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ATENÇÃO!
Proposta de redação:
A relação entre os princípios institucionais do MP e a competência para
promover atividades investigatórias para fins de preparação e eventual
instauração de ação penal precisa ser considerada segundo a legislação
relativa ao MPU e a própria Constituição Federal (CF).
Nesse sentido, em relação à competência para realizar investigações
penais antes da instauração de ação penal, tal incumbência é em regra da
polícia judiciária (polícia civil e polícia federal). Isso porque, nas funções
institucionais do MP na Constituição Federal (art. 129 da CF), não está prevista
a investigação penal de modo expresso. Contudo, ao se analisar o Art. 129, I
e IX da CF, há possibilidade de permissão da investigação efetuada pelo MP
de modo implícito, adotando o STF a teoria dos “poderes implícitos”. Logo,
depreende-se que a competência em apreço está expressa de forma indireta
na CF.
Essa matéria já foi objeto de análise do Supremo Tribunal Federal (STF)
e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O STF considerou, em 2015, que a
CF/88 confere ao MP as funções de promover a ação penal pública (art. 129,
I). Dessa forma, ela atribui ao Parquet também todos os meios necessários
para o exercício da denúncia, entre eles a possibilidade de reunir provas para
que fundamentem a acusação. Ademais, a CF/88 não conferiu à Polícia o
monopólio da atribuição de investigar crimes. Em outras palavras, a colheita
de provas não é atividade exclusiva da Polícia. Portanto, não é inconstitucional
a investigação realizada diretamente pelo MP.
Quanto à forma como o STF aplica a doutrina dos “poderes implícitos” a
essa matéria, cabe registrar que essa doutrina, nascida nos EUA (Mc CulloCh
vs. Maryland – 1819), prevê que, se a Constituição outorga determinada
atividade-fim a um órgão, significa dizer que também concede todos os meios
necessários para a realização dessa atribuição. Deste modo, se cabe ao MP
ser o “dono” da Ação Penal Pública, que é precedida de inquérito e
investigação policial, pode o próprio MP realizar a investigação que irá
fundamentar a futura ação penal. Em outras palavras, o STF atende à
prerrogativa de aceitar a atuação do MP em uma investigação de ação penal
por haver esse poder implícito na legislação. Tal possibilidade é, inclusive,
prevista por uma lei, pois, além da teoria dos “poderes implícitos”, há
fundamentação legal infraconstitucional para permitir a investigação penal do
MPU. Trata-se da LC nº 75/93, que em seu Art. 8º, dispõe que, para o exercício
de suas atribuições, o Ministério Público da União poderá, nos procedimentos
de sua competência, entre outras ações, notificar testemunhas e requisitar sua
condução coercitiva, no caso de ausência injustificada, realizar inspeções e
diligências investigatórias e ainda expedir notificações e intimações
necessárias aos procedimentos e inquéritos que instaurar.
Assim, fica claro que o STF não só aplica a doutrina dos poderes
implícitos para tratar de atividade investigatória do MP, como também tal
atuação do MP está respaldada em lei específica, a LC 75/93.
Domínio do tema;
Coesão e coerência;
Correção gramatical.
Como estabelecer
coesão?
Palavra de
referenciação
(anáfora)
Palavra de
transição
Conjunção
causal
Palavra de
referenciação
(anáfora) Conjunção
conclusiva
Sentido Conectores
Causa Porque, já que, visto que, uma vez que, como (no
início da frase)
Definição o que é, o que constitui
Exemplos:
A decisão judicial do STF está adequada porque/já que/visto que há
sustentação na CF para que o MP possa investigar crimes na esfera penal.
A decisão judicial do STF está adequada porque há sustentação na CF para que
o MP possa investigar crimes na esfera penal. Contudo/todavia, no entanto,
tal possibilidade é expressa de forma implícita.
Sentido Conectores
Exemplos:
Essa matéria já foi objeto de análise do Supremo Tribunal Federal e do
Supremo Tribunal de Justiça. O STF considerou, em 2015, que a CF/88 confere
ao MP as funções de promover a ação penal pública (art. 129, I). Dessa
forma/diante disso/assim, ela atribui ao Parquet também todos os meios
necessários para o exercício da denúncia, entre eles a possibilidade de reunir
provas para que fundamentem a acusação.
2. Avaliação da questão discursiva da banca CESPE
A prova discursiva para Analista do MPU
valerá 40,00 pontos e consistirá de dissertação, de até 30 li-
nhas, sobre o tema Legislação aplicada ao MPU e ao CNMP, cons-
tante dos Conhecimentos Básicos.