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OBJETIVOS
JUSTIFICATIVA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com Moscheta e Santos (2012), “apesar de ser o tipo mais comum de
câncer entre os homens, é também o mais difícil de ser discutido”. Os autores apontam como
maiores obstáculos ao tratamento, fatores socioculturais – incluindo os estereótipos de
gênero, crenças e valores que definem o que é ser masculino – sendo o exame de toque retal
ainda encarado de maneira relacionada a preconceitos e estereótipos de gênero.
Os autores apontam que as redes de apoio social têm um papel importante nesse
processo de enfrentamento da doença que, além dos fatores normalmente associados ao
câncer – como a morte, por exemplo – ainda atravessa questões de impotência, perda de
libido e incontinência urinária, o que resulta em mudanças drásticas na vida dos pacientes.
Os grupos de apoio entendidos como “uma estratégia complementar de cuidado, cuja
principal característica é oferecer um contexto de socialização e compartilhamento de
sentimentos e emoções, ambos necessários para o enfrentamento de uma doença grave, que
carrega o estigma de ser potencialmente fatal”.
A partir do acompanhamento de 11 estudos publicados, Moscheta e Santos (2012),
procuraram investigar alguns fatores que favorecem a participação de homens nos grupos de
apoio, bem como potenciais benefícios dessa participação, as principais preocupações que
eles manifestam e a influência da identidade de gênero no processo de enfrentamento da
doença.
Como resultado, os autores pontuaram como fatores que contribuem para a adesão aos
grupos terapêuticos: as doenças que determinam maior estigma social, como o câncer e a
AIDS, favorecem a adesão aos grupos de apoio; o isolamento social, a deficiência da rede de
apoio social e níveis mais baixos de escolaridade.
Dentre os principais benefícios dos grupos de apoio, é destacada “a possibilidade de
manutenção e/ou criação de uma rede de apoio psicossocial, que é considerada fundamental
para o bom enfrentamento da doença”. Dado o fato de que os homens tendem a buscar os
grupos de apoio em momentos mais críticos da doença – na ocasião do diagnóstico e no
agravamento da enfermidade – destaca-se “o papel do grupo como espaço de amparo às
angústias despertadas ao longo dos diferentes estágios de enfrentamento da doença, do
diagnóstico ao tratamento e reabilitação psicossocial”.
Além dos benefícios apontados, o texto traz ainda: “o aumento no nível geral de
informação sobre a doença, melhor adaptação às sequelas físicas do câncer e do tratamento,
atitudes mais positivas frente aos cuidados com a saúde, maior nível de ajustamento sexual,
maior adesão ao tratamento, melhor relacionamento com o cônjuge e menor preocupação
com a incontinência urinária”.
Para finalizar, o estudo aponta ainda que os grupos considerados “ideais” são aqueles
que “valorizam o aspecto homogêneo do grupo, a afetividade do coordenador e a
possibilidade de obter informação sobre a doença”. Sobretudo aqueles em que o coordenador
também esteja passando/tenha passado pela experiência do câncer:
INTERVENÇÕES PROPOSTAS
Local: UNILASALLE – RJ
01 - Roda de Conversa
02 - Panfletagem informativa
CONCLUSÃO
Diante dos pontos aqui expostos, acreditamos que as intervenções propostas são
adequadas e podem contribuir significativamente para alcance dos objetivos elencados.
BIBLIOGRAFIA
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https://www.scielo.br/j/csc/a/rQGRk934WWVScBXkmmSLfsb/?lang=pt# Acesso em 26
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