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7 Alinhamento grosseiro

7 Alinhamento grosseiro..........................................................................................1
7.1 Visão geral de alinhamento grosseiro...............................................................2
7.2 Alinhamento grosseiro mecânico......................................................................2
7.2.1 Folga no acoplamento...............................................................................3
7.3 Alinhamento grosseiro com sistemas de alinhamento com laser duplo............4
7.3.1 Projeção do eixo de rotação - Coning........................................................4
7.3.2 Procedimento de alinhamento grosseiro....................................................6

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7.1 Visão geral de alinhamento grosseiro


O procedimento de alinhamento grosseiro é executado para colocar rapidamente a
máquina nas mesmas condições e dentro da mesma faixa do sistema de alinhamento que
será usado. O alinhamento grosseiro pode ser executado por meio de vários métodos e
ferramentas, mas os métodos mais freqüentemente usados são:
 Alinhamento grosseiro mecânico, com calibrador de laminas e régua
 Uso de sistemas baseados em lasers duplos.

7.2 Alinhamento grosseiro mecânico


Normalmente, o procedimento é executado com uma régua e um calibrador de lâminas. O
procedimento de alinhamento grosseiro é realizado na seguinte ordem:
 alinhamento grosseiro de angularidade no plano vertical
 alinhamento grosseiro de desvio no plano vertical
 alinhamento grosseiro de angularidade no plano horizontal
 alinhamento grosseiro de desvio no plano horizontal

Alinhamento grosseiro de angularidade no plano vertical:


1. Medir a folga no acoplamento, no topo e em baixo.
2. Determinar a diferença.
3. Calcular a diferença = (folga mais larga – folga mais estreita)
4. Se a folga for maior no topo, corrija o desalinhamento angular pela remoção de calços
dos pés dianteiros ou acréscimo de calços sob os pés traseiros.
5. Se a folga for maior na parte inferior, corrija o desalinhamento angular pela remoção de
calços dos pés traseiros ou acréscimo de calços sob os pés dianteiros.

Figura 7.1 Correção de angularidade no plano vertical

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Alinhamento de desvio no plano vertical


1. Medir o desvio vertical usando uma régua e um calibrador de lâminas.
2. Adicionar ou remover calços em todos os quatro pés.

Figura 7.2 Correção de desvio vertical

Alinhamento no plano horizontal


Repita o mesmo processo descrito para o alinhamento de desvio no plano vertical, com a
diferença de que agora as medidas serão tiradas somente no eixo horizontal.

7.2.1 Folga no acoplamento


O procedimento para a verificação da folga no acoplamento é também chamado de
alinhamento axial. A importância da folga no acoplamento pode, em determinadas
aplicações, ser crítica. Para as aplicações nas quais o eixo é exposto à dilatação térmica
ou, nas condições de operação, pode mover-se para uma outra posição axial, a folga no
acoplamento é tão crítica quanto o alinhamento nas outras direções.

Um exemplo é uma bomba que opera com fluidos quentes, onde o eixo poderia sofrer
valores altos de dilatação. O mesmo aplica-se a turbinas, compressores, caixas de
engrenagens, reguladores de velocidade, etc. Outros exemplos incluem motores elétricos
com mancais lisos, que têm folga axial. Em tais aplicações o eixo tem que ser posicionado
no centro magnético antes de ajustar a folga do acoplamento.

Uma folga indevida no acoplamento causa forças axiais excessivas que resultam em
aumentos de carga no rolamento e sua falha prematura. Uma folga indevida no
acoplamento pode ainda causar a destruição de um motor elétrico com mancais lisos.

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Portanto é muito importante ajustar a folga correta no acoplamento de acordo com as


especificações do fabricante.

1. Solte os parafusos do acoplamento e assegure-se de que há uma folga axial.


2. Use uma régua, calibrador de laminas ou cônico, ou um micrômetro interno para medir
a folga entre as metades do acoplamento.
3. Compare com as especificações
4. Para fazer as correções no plano axial mova o motor para trás ou para frente para
ajustar a folga adequada.

Figura 7.3 Folga no acoplamento

7.3 Alinhamento grosseiro com sistemas de laser duplo


Ao usar os sistemas de alinhamento com laser você usa o mesmo princípio usado no
alinhamento de precisão descrito anteriormente na seção “Métodos de cálculo”. Para tornar
isso mais claro, vamos descrever o conceito de projeção do eixo de rotação, chamado de
“coning” em inglês.

7.3.1 Coning
Como já foi mencionado na primeira seção, o alinhamento de eixos trata de tornar
paralelos dois eixos rotativos. Diversos métodos são usados para alcançar isso, visando
determinar o eixo de rotação de uma máquina e compará-lo com o da outra máquina. No
emprego de sistemas de laser duplo, usa-se um método especial de projeção do eixo de
rotação, chamado “coning”, ou formação de um cone. O fato de que a luz de laser cria uma
linha perfeitamente reta, sem vergamento, torna possível a projeção do eixo de rotação de
qualquer objeto rotatório, mesmo vencendo longas distâncias. Fixando o laser num objeto
giratório, o feixe de laser descreverá um cone. Quando tal “cone” for projetado num plano,
o feixe descreverá um círculo e o centro desse círculo será o centro de rotação naquele
plano particular. A direção do eixo de rotação é determinada projetando o eixo de rotação
sobre dois planos. Esse é basicamente o princípio usado no método reverso descrito
anteriormente, e está ilustrado abaixo na figura 7.4 - Coning 1.

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Figura 7.4 Coning 1

O eixo de rotação é o centro do círculo que o laser em rotação descreve. Este é o


princípio básicos de alinhamento de dois eixos próximos um ao outro, como é o caso na
maioria de alinhamentos de eixos.

Ao ajustar o ângulo do feixe de laser emitido sobre o transmissor, o diâmetro do círculo projetado
diminui, até que o feixe finalmente descreve um ponto. Essa técnica de formação de conexidade
pode ser usada para criar “pontos” em diferentes distâncias do objeto em rotação para projetar o
eixo de rotação como mostrado na figura 7.5 – Coning 2. O processo está descrito em detalhe na
seção 11 “Mecanismos de transmissão fora de alinhamento”

Figura 7.5 Coning 2

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O eixo de rotação torna-se um ponto numa distância da extremidade do eixo. Isso é útil
quando os eixos estão afastados um do outro (alinhamento de eixos cardan).

Procedimento de alinhamento grosseiro


Esse procedimento é usado quando o feixe de laser acerta fora do campo de medição dos
detectores e está baseado no princípio de “coning 1” descrito acima.

1. Fixe o sistema sobre os eixos, conecte os cabos e ligue o sistema. Selecione o


programa 1.

2. Coloque as unidades de TD na posição de 9


horas. Feche os alvos de cada unidade e aponte
o laser ao centro de cada alvo usando os
parafusos de ajuste..

Figura 7.6 Centralização dos feixes de laser na


posição de 9 horas

3. Gire os eixos para a posição de 3 horas. Usando uma


régua determine o quanto os feixes se moveram do
centro dos alvos.

Figura 7.7 Giro para a posição de 3


horas

4. Use os parafusos manual para ajustar horizontalmente


o feixe até a metade do percurso de volta aos centros
dos alvos.

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Figura 7.8 Ajustar horizontalmente a metade da distância

5. Gire até a posição de 12 horas e ajuste a máquina móvel verticalmente, até que os dois
feixes apontem às linhas de centro dos alvos opostos.

6. Gire de volta até a posição de 3 horas e ajuste a máquina móvel horizontalmente até
que os dois feixes apontem às linhas de
centro dos alvos opostos

Figura 7.9 & 7.10 Gire para 12:00 e ajuste a máquina verticalmente, depois volte até 3:00
e ajuste horizontalmente.

7. Ao movimentar a máquina recomenda-se que sejam seguidas as seguintes diretrizes:


 Comece pelo ajuste dos pés dianteiros da máquina móvel até que o feixe aponte ao
centro do alvo TD-M.
 Passe a mover os pés traseiros da máquina móvel até que o feixe aponte ao centro do
alvo TD-S.

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Figura 7.11 Movimentação da máquina

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