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HISTÓRIA 3. (UNICAMP) Referindo-se à expansão marítima


PROF. CERLON NATIVIDADE dos séculos XV e XVI, o poeta português Fernando Pessoa
escreveu, em 1922, no poema “Padrão”:
LISTA DE EXERCÍCIOS 1
EXPANSÃO COMERCIAL E “E ao imenso e possível oceano
MARÍTIMA EUROPEIA E Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
DESCOBRIMENTO DO BRASIL Que o mar com fim será grego ou romano:
(HISTÓRIA B) O mar sem fim é português.”

(Fernando Pessoa, Mensagem – poemas esotéricos. Madri:


1. (UERJ) Ó mar salgado, quanto do teu sal ALLCA XX,1997, p. 49.)
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Nestes versos identificamos uma comparação entre
Quantos filhos em vão rezaram! dois processos históricos. É válido afirmar que o poema
Quantas noivas ficaram por casar compara
Para que fosses nosso, ó mar! a) o sistema de colonização da Idade Moderna aos sistemas
de colonização da Antiguidade Clássica: a navegação
(PESSOA, Fernando. “Mar português”. In: Mensagem, 1970.)
oceânica tornou possível aos portugueses o tráfico de
escravos para suas colônias, enquanto gregos e romanos
Mensagem foi o único livro que o poeta português utilizavam servos presos à terra.
Fernando Pessoa publicou em vida. Ele pensou, a princípio, b) o alcance da expansão marítima portuguesa da Idade
dar-lhe o título de Portugal, considerando que os poemas Moderna aos processos de colonização da Antiguidade
tratavam da história do esplendor e da decadência do antigo Clássica: enquanto o domínio grego e romano se limitava
reino. A estrofe transcrita exprime com lirismo e tristeza ao mar Mediterrâneo, o domínio português expandiu-se
a) o orgulho do poeta em ser descendente de ilustres pelos oceanos Atlântico e Índico.
navegadores. c) a localização geográfica das possessões coloniais dos
b) os motivos da decadência abrupta de Portugal, devido aos impérios antigos e modernos: as cidades-estado gregas e
gastos com as navegações. depois o Império Romano se limitaram a expandir seus
c) a resignação cristã que caracterizou a expansão marítima domínios pela Europa, ao passo que Portugal fundou
portuguesa. colônias na costa do norte da África.
d) as dificuldades inerentes às navegações portuguesas na d) a duração dos impérios antigos e modernos: enquanto o
Idade Moderna domínio de gregos e romanos sobre os mares teve um
fim com as guerras do Peloponeso e Púnicas,
2. (ENEM) Porque todos confessamos não se poder viver respectivamente, Portugal figurou como a maior potência
sem alguns escravos, que busquem a lenha e a água, e façam marítima até a independência de suas colônias.
cada dia o pão que se come, e outros serviços que não são
possíveis poderem-se fazer pelos Irmãos Jesuítas, máxime
sendo tão poucos, que seria necessário deixar as confissões e
tudo mais. Parece-me que a Companhia de Jesus deve ter e
4. (UNESP)
adquirir escravos, justamente, por meios que as Constituições
Ó mar salgado, quanto do teu sal
permitem, quando puder para nossos colégios e casas de
São lágrimas de Portugal!
meninos.
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
LEITE, S. História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Brasileira. 1938 (adaptado).
Para que fosses nosso, ó mar!
O texto explicita premissas da expansão ultramarina portuguesa ao Valeu a pena? Tudo vale a pena
buscar justificar a Se a alma não é pequena.
a) propagação do ideário cristão. Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
b) valorização do trabalho braçal. Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
c) adoção do cativeiro na Colônia. (Fernando Pessoa. Mar Português. Obra poética, 1960. Adaptado.)

d) adesão ao ascetismo contemplativo.


Entre outros aspectos da expansão marítima
portuguesa a partir do século XV, o poema menciona
a) o sucesso da empreitada, que transformou Portugal na
e) alfabetização dos indígenas nas Missões. principal potência europeia por quatro séculos.

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b) o reconhecimento do papel determinante da Coroa no c) a confirmação dos relatos bíblicos, que podiam ser
estímulo às navegações e no apoio financeiro aos constatados com as navegações.
familiares dos navegadores. d) a correspondência entre as crenças europeias e os mitos
c) a crença religiosa como principal motor das navegações, indígenas do Novo Mundo.
o que justifica o reconhecimento da grandeza da alma e) o uso da justificativa religiosa para o financiamento das
dos portugueses. navegações pelas Coroas Ibéricas.
d) a percepção das perdas e dos ganhos individuais e
coletivos provocados pelas navegações e pelos riscos que
elas comportavam. 7. (UNICAMP) Leia o texto.
e) a dificuldade dos navegadores de reconhecer as Colombo fala dos homens que vê unicamente
diferenças entre os oceanos, que os levou a confundir a porque estes, afinal, também fazem parte da paisagem. Suas
América com as Índias. menções aos habitantes das ilhas aparecem sempre no meio
de anotações sobre a Natureza, em algum lugar entre os
5. (FAC. ALBERT EINSTEIN - MEDICINA - pássaros e as árvores.
ADAPTADA) “Mas Colombo não estava tão longe de
(TODOROV, Tzvetan. "A conquista da América: a questão do
certas concepções correntes durante a Idade Média acerca outro". São Paulo: Martins Fontes, 1993. p. 33.)
da realidade física do Éden, que descresse de sua existência
em algum lugar do globo. E nada o desprendia da ideia,
verdadeiramente obsessiva em seus escritos, de que A passagem acima ressalta que a atitude de Colombo
precisamente as novas Índias, para onde o guiara a mão da decorre de seu olhar em relação ao outro. Essa posição,
Providência, se situavam na orla do Paraíso Terreal.” expressa nas crônicas da Conquista, pode ser traduzida pela
Sergio Buarque de Holanda. Visão do Paraíso. São Paulo: Editora a) interpretação positiva do outro, associando-a à
Nacional, 1985, p. 15.
preservação da Natureza.
b) identificação com o outro, possibilitando uma atitude de
A partir do texto, é possível afirmar que Colombo reconhecimento e inclusão.
a) simbolizava o conquistador moderno, marcado pela c) universalização dos valores ocidentais, hierarquizando as
valorização da razão, da aventura e do sucesso formas de relação com o outro.
individual. d) compreensão do universo de significações do outro,
b) demonstrava a persistência, durante o período da permitindo suas manifestações religiosas.
expansão marítima, de traços de uma mentalidade mística
e fabulosa.
c) representava o conquistador moderno, movido pela 8. (FUVEST) Deve-se notar que a ênfase dada à faceta
ganância financeira e pela busca incessante de novos cruzadística da expansão portuguesa não implica, de modo
mercados. algum, que os interesses comerciais estivessem dela
d) demonstrava a persistência, em meio à conquista ausentes – como tampouco o haviam estado das cruzadas do
europeia do Atlântico, da lógica maniqueísta do Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela
pensamento medieval. burguesia das repúblicas marítimas da Itália. Tão mesclados
e) vinculava o ideal de exploração de novas terrras ao andavam os desejos de dilatar o território cristão com as
nacionalismo, buscando a exaltação do Estado Nacional aspirações por lucro mercantil que, na sua oração de
Espanhol obediência ao pontífice romano, D. João II não hesitava em
mencionar entre os serviços prestados por Portugal à
6.(UEPA) As crenças de navegadores portugueses e cristandade o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo,
espanhóis dos séculos XV e XVI, inspiradas na teologia tão seguro e tão ativo” que o nome do Salvador, “nunca
medieval, de que o Paraíso estava ao alcance dos homens, antes nem de ouvir dizer conhecido”, ressoava agora nas
embora em lugar ainda desconhecido, estimularam as plagas africanas…
viagens de “descobertas” que incorporaram o Novo Mundo Luiz Felipe Thomaz, “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de
ao espaço geográfico das terras conhecidas pelos europeus. História (USP), 161, 2º Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado.
As pistas desta mentalidade estão em obras filosóficas e Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a
literárias da Antiguidade Greco-Romana e de autores expansão portuguesa dos séculos XV e XVI foi um
humanistas, além de novelas de cavalaria. O conteúdo empreendimento
destas obras fazia parte do patrimônio intelectual europeu a) essencialmente religioso, bem diferente das cruzadas dos
de fins da Idade Média e forneceu o quadro mental a partir séculos anteriores, já que essas eram, na realidade,
do qual foram escritas as obras de viajantes europeus que grandes empresas comerciais financiadas pela burguesia
vieram à América no século XVI. A busca do paraíso italiana.
terrestre, quando da expansão marítima europeia voltada b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era
para a descoberta de novas rotas de comércio com o comum, à época, a concepção de que a expansão da
Oriente, significou: cristandade servia à expansão econômica e vice-versa.
a) a ruptura entre a mentalidade medieval e aquela do c) por meio do qual os desejos por expansão territorial
Renascimento. portuguesa, dilatação da fé cristã e conquista de novos
b) a permanência de elementos da mentalidade medieval no mercados para a economia europeia mostrar-se-iam
período inicial do Renascimento. incompatíveis.

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d) militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e a) estimulou o comércio de escravos, promovendo
no qual objetivos econômicos e religiosos surgiriam alterações culturais e econômicas significativas em
como complemento apenas ocasional. sociedades africanas.
e) que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio b) era limitada pelas decisões e pela vontade dos
intercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades governantes locais, que não aceitavam quaisquer
políticas e religiosas afirmarem que seu único objetivo interferências externas.
era a expansão da fé cristã. c) aproveitou-se da tradicional prática africana de vender
escravos para outras regiões do mundo, o que gerava
lucros bastante altos.
d) resumia-se ao fornecimento de produtos industrializados,
9. (FGV ) Leia o texto. evitando estabelecer outros tipos de relação mercantil
Após os primeiros contatos particularmente violentos com governantes africanos.
com a África negra, os portugueses viram-se obrigados a e) ocorreu dentro de um contexto de ocupação territorial e
mudar de política, diante da firme resistência das domínio político, que determinaram a hegemonia
populações costeiras. Assim, empenharam-se, europeia no continente.
principalmente, em ganhar a confiança dos soberanos
locais. Os reis de Portugal enviaram numerosas missões
diplomáticas a seus homólogos da África ocidental. Assim, 11. (FGVRJ) Navegamos pelo espaço de quatro dias, até
entre 1481 e 1495, D. João II de Portugal enviou que, a dez de novembro, encontramos a barra de um grande
embaixadas ao rei do Futa, ao koi de Tombuctu e ao mansa rio chamado de Guanabara, pelos nativos (devido à sua
do Mali. semelhança com um lago) e de Rio de Janeiro pelos
Duas missões diplomáticas foram enviadas ao Mali, primeiros descobridores do local. [...] o Senhor de
mostrando a importância que o soberano português atribuía Villegagnon, para se garantir contra possíveis ataques
a esse país. A primeira partiu pelo Gâmbia, a segunda partiu selvagens, que se ofendem com extrema facilidade, e
do forte de Elmina. O mansa que as recebeu, era também contra os portugueses, se estes alguma vez
filho do mansa Ule (Wule) e neto do mansa (...). quisessem aparecer por ali, fortificou o lugar da melhor
Madina Ly-Tall, O declínio do Império do Mali. In Djibril Tamsir maneira que pôde. Os víveres eram-nos fornecidos pelos
(editor), História geral da África, IV: África do século XII ao XVI. selvagens e constituídos dos alimentos do país, a saber,
peixes e veação diversa, constante de carne de animais
No contexto apresentado, o Império português selvagens (pois eles, diferentemente de nós, não criam
mudou a sua estratégia política, pois gado), além de farinha feita de raízes [...] Pão e vinho não
a) encontrou um povo que desconhecia o uso da moeda na havia. Em troca destes víveres, recebiam de nós alguns
prática comercial. objetos de pequeno valor, como facas, podões e anzóis.
b) descobriu tribos que não passaram pelas etapas do
desenvolvimento histórico, como o feudalismo. THEVET, André. As singularidades da França Antártica. Belo
c) reconheceu a presença de um Estado marcado por sólidas Horizonte/São Paulo, Itatia/Edusp. 1978, p. 93-94.
estruturas políticas.
d) identificou a tendência africana em refutar todas as O frei franciscano André Thevet esteve em terras
influências externas ao continente. brasileiras entre 1555 e 1556, junto com outros franceses
e) percebeu na África, em geral, a produção voltada apenas comandados por Nicolas de Villegagnon. A leitura do
para as trocas ritualísticas. trecho do relato dessa expedição permite
a) constatar a aceitação, pelo reino francês, da partilha do
10. (PUCSP) "Do século XVI ao XIX o comércio de Novo Mundo realizada por portugueses e espanhóis.
escravos na costa atlântica da África foi negócio entre b) identificar as diferenças entre as práticas coloniais e o
comerciantes europeus e africanos, ou representantes dos tratamento dispensado aos indígenas pelos portugueses e
reis africanos, pois na maioria das vezes eram estes os franceses.
grandes fornecedores de escravos para os navios negreiros. c) perceber as diferenças culturais entre os povos indígenas
As trocas eram feitas em alguns pontos da costa, seguindo e os conquistadores europeus.
regras estabelecidas principalmente pelas sociedades d) reconhecer a necessidade da escravidão africana como
africanas. Os comerciantes europeus agiam conforme era base para a montagem das estruturas produtoras
determinado nos locais de comércio; apesar disso, coloniais.
conseguiam ter alguma influência sobre os chefes locais, e) diferenciar as orientações religiosas dos protestantes
que passaram a depender cada vez mais das mercadorias franceses das referências católicas ibéricas.
estrangeiras."
Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano. 12. (FUVEST) - [...] Deveriam afastar-se do litoral
São Paulo: Ática, 2007, p. 60. africano e, auxiliados pelas correntes e pelos ventos, realizar
uma grande curva para fugir das correntes contrárias do
golfo da Guiné. Ao alongar mais para oeste a “volta do
A partir do texto, pode-se afirmar que a ação mar”, Vasco da Gama aproximou-se das costas do Brasil em
europeia na África 1497. Três anos depois, seguindo a mesma indicação do
próprio Gama, Cabral aportou na Bahia.
BUENO. Eduardo. A viagem do descobrimento. Rio de Janeiro:
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Objetiva, 1998. p. 31. 14. (CFTMG – ADAPTADA)

O autor do texto reforça a tese de que a chegada da TEXTO 1


esquadra de Pedro Álvares Cabral, em 1500, às terras
brasileiras
a) confirma os portugueses como os primeiros povos
europeus a desembarcarem em terras americanas.
b) resultou da ação de corsários africanos que obrigou o
navegador a mudar seus planos marítimos, afastando-se
do seu real destino, a África.
c) atendeu aos interesses das coroas ibéricas em dividir o
mundo entre as duas nações, constituindo limites à
expansão de outros países europeus.
d) resultou da intenção portuguesa em tomar posse de terras,
noticiadas por outros navegadores e que já lhes TEXTO 2
pertenciam, pelo Tratado de Tordesilhas. “A ciência e a arte, dentro de um processo
e) respondeu a uma necessidade do navegador Vasco da intrincado, fabricavam realidades mitológicas que tiveram,
Gama de comprovar a existência de um novo continente, e ainda têm vida prolongada e persistente”.
ainda desconhecido pelos europeus. COLI, Jorge. A invenção da descoberta. In: Como estudar arte
brasileira no século XIX? São Paulo: Senac, 2005, p. 23.

13. (UNESP) - Observe a figura e leia o texto.


Sobre os documentos referentes ao Descobrimento
do Brasil e à arte produzida no século XIX, é correto
afirmar que
a) ignoram a participação dos indígenas no processo de
formação da identidade nacional.
b) derrubam uma imagem hierarquizada do encontro das
etnias que formaram a nação brasileira.
c) consolidam uma visão da colonização marcada pela
exploração portuguesa das matérias-primas.
d) constroem uma memória pacífica do nascimento da
(Reprodução da tela Primeira Missa no Brasil. Vítor nação fundada sob a égide do catolicismo.
Meireles, 1861.) e) demonstram a preocupação principal da arte com a
Chantada a Cruz, com as Armas e a divisa de Vossa narração objetiva dos fatos históricos.
Alteza, que primeiramente lhe pregaram, armaram altar ao
pé dela. Ali disse missa o padre Frei Henrique (...). Ali 15. (UNICAMP) Leia o documento a seguir.
estiveram conosco (...) cinqüenta ou sessenta deles, Agora vejo que vós outros sois grandes loucos, pois
assentados todos de joelhos, assim como nós. (...) [Na atravessais o mar e sofreis grandes incômodos para chegar
terra], até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem aqui. Trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos
prata, nem coisa alguma de metal (...) Porém, o melhor filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra
fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta que vos nutriu suficiente para alimentá-los também? Temos
gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de
em ela deve lançar. que, depois de nossa morte, a terra que nos nutriu também
(Pero Vaz de Caminha. Carta do Achamento do Brasil,
10.05.1500.) os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
LÉRY, Jean de. Viagem à terra do Brasil. Disponível em:
<www.iande.art.- be/textos/velhotupinamba.htm>. Acesso em: 28 jan.
A respeito da tela e do texto, é correto afirmar que 2013. (Adaptado).
a) demonstram a submissão da monarquia O contato entre os viajantes europeus e as
portuguesa à contra-reforma católica. populações indígenas foi marcado pela oposição entre
b) expressam o encantamento dos europeus com a modos de vida. O documento apresentado evidencia a
exuberância natural da terra. percepção de tempo do tupinambá, quando ele critica a
c) atestam, como documentos históricos, o caráter a) necessidade de acumulação de riqueza por parte do
conflituoso dos primeiros contatos entre brancos e índios. europeu para provimento futuro.
d) representam o índio sem idealização, reservando- b) concepção messiânica europeia evocada pelos sacrifícios
lhe lugar de destaque no quadro, o que era pouco comum. vivenciados na travessia marítima.
e) apresentam uma leitura do passado na qual os c) continuidade da vida após a morte em analogia aos ciclos
portugueses figuram como portadores da civilização. da natureza.
d) existência de gerações distintas que trabalham pelo bem
comum.

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b) explique como era feito o comércio de


GABARITO especiarias na baixa Idade Média.
1.D 2.C 3.B 4.D 5.B
6.B 7.C 8.B 9.C 10.A ________________________________________
11.C 12.D 13.E 14.D 15.A ________________________________________
________________________________________
________________________________________
QUESTÕES DISCURVAS
________________________________________
________________________________________
1. UNICAMP - A ideia de que a demanda de ________________________________________
especiarias resultava da necessidade de disfarçar o ________________________________________
gosto da carne e do peixe putrefatos é um dos ________________________________________
grandes mitos da história da alimentação. Na ________________________________________
Europa medieval, os alimentos frescos eram mais __________________________________
frescos que os atuais, pois provinham da produção
2.UERJ
local. Os alimentos em conserva mantinham-se
em salga, curtição, dessecação ou gordura, assim
como hoje em dia são enlatados, refrigerados,
liofilizados ou embalados a vácuo. De qualquer
forma, os aspectos determinantes do papel
desempenhado pelas especiarias na gastronomia
eram o gosto e a cultura. A cozinha muito
temperada com especiarias era objeto de desejo
por ser cara e por “condimentar” a posição social
dos ricos e as aspirações de quem ambicionava
sê-lo. Além disso, a moda gastronômica
predominante na baixa Idade Média europeia
imitava as receitas árabes, que exigiam sabores
doces e ingredientes fragrantes: leite de amêndoa,
extratos de flores aromáticas e outras iguarias
Como indicado no mapa acima, a expansão
orientais.
marítima promovida pela Coroa de Portugal, nos
(Adaptado de Felipe Armesto-Fernández, 1492: o séculos XV e XVI, permitiu a incorporação de
ano em que o mundo começou. São Paulo: Companhia das novas regiões e sociedades ao comércio europeu.
Letras, 2017, p.27).
Apresente dois interesses da sociedade portuguesa
A partir do texto acima e de seus na exploração da costa ocidental africana e
conhecimentos históricos: explique a importância da região para o
estabelecimento dos portugueses na Ásia.
a) defina o que são as especiarias e explique
seu significado social na Europa medieval. ________________________________________
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________________________________________ navegação de contornamento da África para


________________________________________ chegar à Índia.
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________________________________________

INDICATIVO DE RESPOSTA DAS


QUESTÕES DISCURSIVAS
QUESTÃO 1
a) As especiarias eram produtos de origem
oriental usados principalmente como temperos,
condimentos, muitos raros na Europa ocidental,
na qual eram vendidos por preços extremamente
elevados. Tais itens não circulavam entre as
camadas sociais mais humildes, sendo consumido
entre nobres e ricos comerciantes, o que fazia das
especiarias um indicativo de prestígio social e de
poder econômico. O desejo de controlar o
comércio das especiarias acabaria por mobilizar a
sociedade de diversos países europeus
desenvolveram projetos náuticos visando, pela
exploração marítima, chegar às Índias, processo
que acabou por provocar profundas
transformações sociais.
b) Após uma longa jornada por rotas terrestres
que cortavam o oriente, as especiarias eram
embarcadas por comerciantes judeus, árabes e
turcos em navios procedentes de portos
localizados no Mediterrâneo Oriental e entravam
na Europa pelas cidades italianas de Gênova e de
Veneza, as quais possuíam o monopólio da
distribuição das especiarias no mercado europeu.

QUESTÃO 2
A sociedade portuguesa tinha interesse na
exploração da costa africana para a obtenção de
produtos como marfim, ouro e escravos para ter a
oportunidade de expansão do cristianismo.
Quanto à importância da exploração da costa
africana para o estabelecimento português na
Ásia, as feitorias serviam como pontos de apoio
para o avanço dos navios lusitanos que faziam a
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