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Cap Antonio

Sumário Geografia – PLADIS 2019


UD 1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA..........................................................................................................2
Assunto 1. Estado-nação e território.............................................................................................................................................3
Assunto 2. Geopolítica e território................................................................................................................................................3
UD2 - A ATUAL FASE DO CAPITALISMO: GLOBALIZAÇÃO E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA..........................5
Assunto 3. O Processo de Desenvolvimento do Sistema Capitalista............................................................................................5
Assunto 4. Os Modelos de Produção Fordista e Pós-Fordista......................................................................................................8
Assunto 5. Revolução Informacional e o atual Processo de Globalização...................................................................................8
Assunto 6. O Estado diante dos Desafios da Globalização...........................................................................................................9
UD 3 - ORDENAMENTO MUNDIAL E RELAÇÕES INTERNACIONAIS..........................................................................12
Assunto 7. Noções básicas de Relações Internacionais..............................................................................................................12
Assunto 8. O Mundo Bipolar e o fim da Velha Ordem Mundial................................................................................................16
Assunto 9. O debate sobre as novas polaridades.........................................................................................................................16
Assunto 10. Blocos Internacionais de Poder...............................................................................................................................18
UD 4 - MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS ESTRATÉGICOS............................................................................24
Assunto 11. Biodiversidade: uma questão estratégica................................................................................................................24
Assunto 12. Panorama energético mundial.................................................................................................................................31
Assunto 13. Água: controle e gestão...........................................................................................................................................31
Assunto 14. Produção mundial de alimentos..............................................................................................................................31
Assunto 15. Acordos e tratados internacionais sobre meio ambiente e recursos naturais estratégicos......................................31
UD 5 - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA: A GRANDE POTÊNCIA MUNDIAL.............................................................38
Assunto 16. Formação territorial dos EUA.................................................................................................................................38
Assunto 17. Construção da hegemonia norte-americana............................................................................................................38
Assunto 18. Ações estratégicas norte-americanas contemporâneas...........................................................................................38
Assunto 19. Imigração, composição da população e segregação nos EUA................................................................................49
UD 6 - EUROPA E OS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS....................................................................................................49
Assunto 20. A União Europeia....................................................................................................................................................49
Assunto 21. Movimentos Nacionalistas......................................................................................................................................49
Assunto 22. O desafio da dinâmica populacional e dos fluxos migratórios...............................................................................49
UD 7 - ÁSIA...............................................................................................................................................................................61
Assunto 23. O desenvolvimento asiático no século XXI............................................................................................................61
Assunto 24. Ásia Central: jogo de poder....................................................................................................................................78
Assunto 25. Oriente Médio: regiões de grandes conflitos..........................................................................................................82
Assunto 26. Sudeste Asiático e Extremo Oriente.......................................................................................................................94
UD 8 - ÁFRICA: INSERÇÃO SELETIVA NA ECONOMIA GLOBAL...............................................................................103
Assunto 27. A formação territorial dos países africanos...........................................................................................................103
Assunto 28. A diversidade regional do continente africano.....................................................................................................103
UD 9 - AMÉRICA LATINA: INTEGRAÇÃO REGIONAL E INSERÇÃO GLOBAL.........................................................103
UD 10 - BRASIL: FORMAÇÃO E EVOLUÇÃO DO TERRITÓRIO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS........................104
Assunto 40. Formação e evolução do território brasileiro........................................................................................................104
Assunto 41. O Brasil no atual ordenamento mundial...............................................................................................................104
Assunto 42. O Brasil e a agenda internacional.........................................................................................................................104
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UD 11 - INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO NO BRASIL......................................................................................108
Assunto 43. O processo de industrialização do Brasil..............................................................................................................108
Assunto 44. O processo de urbanização do Brasil....................................................................................................................112
Assunto 45. Reestruturação produtiva e transformações no espaço urbano.............................................................................113
UD 12 - ORDENAMENTO TERRITORIAL DO CAMPO BRASILEIRO............................................................................114
Assunto 46. O processo de modernização da agricultura.........................................................................................................114
Assunto 47. A estrutura fundiária brasileira.............................................................................................................................121
Assunto 48. As relações de produção e de trabalho no campo.................................................................................................124
Assunto 49. A produção agropecuária brasileira......................................................................................................................127
UD 13 - A POPULAÇÃO NO BRASIL...................................................................................................................................134
UD 14 - COMPLEXOS REGIONAIS BRASILEIROS...........................................................................................................140
Assunto 54. Ordenamento territorial e desenvolvimento regional no Brasil............................................................................140
Assunto 55. Amazônia: desafios para o desenvolvimento sustentável.....................................................................................143
Assunto 56. O dinamismo do Centro-Sul.................................................................................................................................148
Assunto 57. O Nordeste Brasileiro............................................................................................................................................152
UD 15 - INFRAESTRUTURA NO BRASIL...........................................................................................................................156
Assunto 58. O sistema energético.............................................................................................................................................156
Assunto 59. O sistema de transporte.........................................................................................................................................170
Assunto 60. Redes de informação.................................................................................................................................................1
PARCERIAS INTERNACIONAIS...............................................................................................................................8
UD 16 - MEIO AMBIENTE E GESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL....................................................................................10
Assunto 61. Os principais ecossistemas brasileiros....................................................................................................................10
Assunto 62. Sociedade e natureza...............................................................................................................................................10
Assunto 63. Gestão ambiental no Brasil.....................................................................................................................................10
Assunto 64. Impactos ambientais no Brasil................................................................................................................................10
UD 17 - O SISTEMA EDUCACIONAL NO BRASIL..............................................................................................................11
Assunto 65. Estrutura e Funcionamento do Sistema Educacional brasileiro..............................................................................11
Assunto 66. A Educação e o Desenvolvimento Nacional...........................................................................................................17
Assunto 67. Programas e Ações Governamentais na área de educação.....................................................................................21

UD 1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA


SURGIMENTO DO ESTADO-NAÇÃO
No PLANO INTERNO, o processo de surgimento do Estado-nacional ocorre ao longo dos séculos
XV, XVI e XVII, na Idade Moderna, pelo fortalecimento dos seguintes aspectos:
 Monarquias absolutistas (campo político);
 Mercantilismo (campo econômico);
 Formação de exércitos a serviço do Rei (campo militar);
 Formação de uma burguesia identificada com os interesses mercantis (campo psicossocial);
 Observação: Portugal foi o primeiro país a constituir-se em Estado-Nação → final do século XI
→ 1385 → Estado mercantilista e absolutista → expansão marítimo comercial;
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No PLANO EXTERNO, o surgimento do Estado–nacional identifica-se com o Tratado de
Vestefália (1648), que resultou da Guerra dos 30 anos. pois este inaugurou no sistema internacional de
então (Europa):
 A noção de interesse nacional;
 O conceito de soberania territorial;
O Estado nacional requer um território, sobre o qual vai assentar-se o exercício da soberania
territorial e política de um Governo.
Assunto 1. Estado-nação e território

❖ Explicar a importância da dimensão territorial na formação dos estados nacionais.

1. A existência de um Estado nacional fundamenta-se sobre três pilares: território, governo e nação.
Observem que a formação, a evolução e a consolidação de um Estado como ente político soberano
direciona-se para aqueles três pilares.
2. A sobrevivência de um Estado nacional independente e soberano depende do reconhecimento
internacional desses três pilares. Exemplo: vejam que a Palestina ainda não é reconhecida como Estado
independente pela totalidade da comunidade internacional, mas o processo desse reconhecimento já está
instaurado pela criação da Autoridade Nacional Palestina.
3. A ameaça a qualquer um desses pilares constitui ameaça aos interesses vitais do Estado. Os
Estados vão à guerra ou escalam crises pela defesa de seus interesses vitais. Exemplo: crise da
Criméia/Ucrânia - envolve dimensão territorial, prestígios de Estados nacionais e nacionalidades.
4. Observem que a dimensão territorial, normalmente serve de base para a construção da
nacionalidade. Argumenta-se que o sentimento de nação independe da existência de território soberano.
Exemplo: nação judia, palestina, o povo basco. Há outras condicionantes para a formação das
nacionalidades, sendo que a identificação cultural é a mais forte delas.
5. Um dos principais atributos para a caracterização do Estado nacional, a soberania, assenta-se na
dimensão territorial da jurisdição política do Estado sobre determinado espaço geográfico. Tem-se como
resultado a noção de soberania territorial, ou seja, o exercício independente e autônomo do poder do
Estado sobre sua base física.
6. A base física do Estado nacional é limitada juridicamente por fronteiras, as quais estabelecem o
exercício soberano da autoridade do Estado perante os demais no concerto internacional. Daí a
importância do reconhecimento internacional das fronteiras para a formação do Estado nacional e para o
exercício da soberania no plano internacional.
7. Historicamente, a componente territorial na formação dos Estados estimulou o desencadeamento
de disputas fronteiriças para assegurar o exercício da nacionalidade. Essa é uma razão para o
relacionamento que há entre nacionalidade e base territorial: a unificação tardia da Alemanha, 1870,
comprova a importância dessa assertiva. A nacionalidade alemã só foi plenamente atingida após a
consecução de sua unidade política ser garantida sob a segurança de uma base territorial soberana.
8. A dimensão territorial é uma das principais componentes da construção das nacionalidades, pois
ela colabora para aglutinar e legitimar os mesmos interesses de um grupo social sobre determinado espaço
geográfico. Exemplo: o espaço geográfico que mais tarde constituiria o Estado brasileiro (1822) foi
legitimado como unidade política soberana pela ação de luso-brasileiros, de brasílicos e de grupos sociais
dominantes.
9. No mundo moderno, Estado e território são dois conceitos profundamente entrelaçados em que o
Estado é, de imediato, definido como um Estado dotado de um território.
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10. O Tratado de Vestfália (1648), que encerrou a Guerra dos Trinta Anos, lançou as bases
conceituais que legitimaram a soberania territorial como o principal fundamento para assegurar a
estabilidade do sistema internacional. A estabilidade do sistema pode ser definida como a ausência de
crises e de guerras. Os soberanos (príncipes) passaram a respeitar a religião praticada em outras regiões:
“eu respeito seu território e você respeita o meu e assim não haverá mais conflitos”: cujus regio, eius
religio – de quem é a região, dele se siga a religião.”
Assunto 2. Geopolítica e território

❖ Apresentar os principais fatores que influenciam a organização da geopolítica no mundo


contemporâneo.

1. Energia → petróleo:
 Novos temas no cenário internacional, como produção, comércio e energia, têm-se tornado tão
relevantes que explicam grande parte dos conflitos atuais. O petróleo é elemento decisivo no jogo de
poder global. Exemplos: o papel da Venezuela no redesenho do mapa geopolítico da região; intervenções
militares ocidentais no Iraque.
 Os processos de integração regional da América Latina têm, entre outros fatores, como
estímulo, a existência de fontes de energia abundantes na região. Há complementaridade de interesses
entre países consumidores em potencial e grandes exportadores, como a Venezuela.
 Bacia do Cáspio: Ásia Central;
2. O crescimento desigual das economias;
3. A modernização militar dos Estados → corrida armamentista;
4. Mudanças tecnológicas: a posse de tecnologias avançadas são, atualmente, elemento que
demonstra poder;
5. Novo alinhamento de países, com a criação dos grandes blocos de integração econômica;
6. Disputa por recursos naturais escassos.
7. Emergência de novos polos de poder
 China, como potência emergente, torna-se cada vez mais agressiva ao afirmar a posse de
grande parte do Mar Meridional da China e no Mar Oriental da China, provocando disputas territoriais
com vários países da região.
8. Terrorismo:
 Após o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, o combate ao terrorismo tornou-se uma
das prioridades do ocidente em termos político-militares. Houve a securitização da agenda internacional,
reavivando as discussões acerca de um possível “choque de civilizações”, teoria do americano Samuel
Huntington. Segundo essa teoria a qual a principal fonte de conflitos do mundo após a Guerra Fria estaria
relacionada às diferentes identidades religiosas e culturais dos povos. A geopolítica do fundamentalismo
cultural-religioso.
9. O processo de desintegração da União Soviética:
 O referido processo ainda gera consequências no mundo atual. O conflito entre separatistas pró-
Rússia na Ucrânia é exemplo de como a Rússia mantém sua influência em relação a seus vizinhos. Uma
possível explicação ao conflito da União Soviética seria a teoria de geopolítica clássica de Mackinder,
segundo a qual a o Estado que controlasse o Heartland, região com grande diversidade de recursos
naturais que está localizada no centro da Eurásia, seria responsável por decidir os rumos da política
mundial.
10. Fluxo de refugiados e as rivalidades tribais na África;
11. Oposições entre árabes e israelenses → ascensão da direita ultranacionalista em Israel;
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12. A construção de espaços regionais, como, por exemplo, a América do Sul e o Mercosul;
13. Espaço digitalizado mundial, no qual sobressaem a internet → propaganda, interferência
eletrônica;
14. S expansão de um espaço econômico que se pretende virtualmente desterritorializado, mas que se
materializa em fluxos de capital e investimentos diretos.
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UD2 - A ATUAL FASE DO CAPITALISMO: GLOBALIZAÇÃO E REESTRUTURAÇÃO
PRODUTIVA
Assunto 3. O Processo de Desenvolvimento do Sistema Capitalista

❖ Analisar o processo de desenvolvimento do capitalismo.


 DIT
 Divisão internacional do trabalho → papel desempenhado por cada país na economia mundial;

 Lógica do capitalismo
 Reprodução ampliada do capital;

 REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS

 FASES DO CAPITALISMO
 Capitalismo Comercial
 Século XV ao XVIII;
 Período colonial: Colônia x Metrópole
 Balança comercial favorável (exportar mais que importar);
 Ex.: atualmente os EUA possui uma balança comercial desfavorável, mas é o país mais rico
do mundo → Hoje: outras formas de riqueza → capital financeiro, royalties, compra de título público;
 Estado forte (absolutismo): política e economia;
 O Rei é o representante de Deus → poder absoluto;
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 DIT
 Pacto Colonial → favorecimento econômico da metrópole;
 Metrópole: manufaturados;
 Colônia: matéria-prima;
 Crescimento da burguesia;

 Capitalismo Industrial – Após a 1ª Revolução Industrial


 Segunda metade do século XVIII;
 Liberalismo econômico e político
 Fortalecimento da burguesia
 Iluminismo: ciência acima da fé → crise absolutismo → revoluções burguesas;
 Adam Smith: “A Riqueza das Nações” → Mão invisível do mercado → Lei da Oferta x
Procura;
 Independência das colônias americanas;
 Consolidação da lógica:
 Burguesia: detém meios de produção;
versus
 Proletariado: vence a sua força de trabalho → mais-valia = diferença entre o produzido e o
recebido;
 DIT
 Desenvolvidos ou metrópoles: manufaturados;
 Subdesenvolvidos ou colônias: produtos primários;

 Capitalismo Financeiro
 Contexto da 2ª Revolução Industrial → Final século XIX e início século XX;
 Imperialismo europeu na África e na Ásia;
 Surgem os monopólios (1 empresa) e oligopólios (Poucas empresas);
 Cartel: Acordo entre empresas que fabricam os mesmos produtos para controlar os preços e
eliminar a concorrência
 Truste: fusão de várias empresas para criar um monopólio;
 Holding: uma companhia central detém a administração de diferentes empresas, inclusive
concorrentes entre si;
 Dumping: Venda de produtos com preços inferiores para eliminar a concorrência, mesmo
que cause prejuízo
 Capital especulativo (investimento: bancos e bolsas de valores) supera o capital fixo (coisas
concretas) → oscilação maior;
 Crise do liberalismo: I GM / Crise de 1929 / II GM => Nova Política Econômica:
 Keynesianismo: aumento de impostos e de benefícios sociais;
o Wellfare State: é um modelo de
Estado assistencialista e intervencionista, fundado nos
direitos sociais universais dos cidadãos. Nele, o
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governo é responsável pela garantia do bem-estar social e qualidade de vida da população, além da
promoção da igualdade. → Estado do Bem Estar Social;
o Ex.: New Deal como combate a crise de 1929 → obras públicas;
o A Europa adota o keynesianismo após a II GM;

 Capitalismo Financeiro-Informacional
 Dois da fatos:
 3ª Revolução Industrial: técnico-científica (Início da década de 1950);
 Crise do petróleo (década de 1970) → crise econômica → o Estado não consegue manter
seus gastos sociais → neoliberalismo (Estado-Mínimo);
o Países desenvolvidos: década de 1980;
o Países subdesenvolvidos: década de 1990 → Consenso de Washington;
 DIT
 Desenvolvidos: tecnologias e capitais;
 Emergentes: industrializados, commodities e royalties;
 Periféricos: commodities ou são excluídos do processo;
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Assunto 4. Os Modelos de Produção Fordista e Pós-Fordista

❖ Distinguir os modelos de produção fordista e pós-fordista.

Assunto 5. Revolução Informacional e o atual Processo de Globalização

❖ Analisar a importância das novas tecnologias na consolidação das relações de poder no

mundo contemporâneo.

❖ Compreender o papel das redes informacionais.

❖ Examinar o processo de aceleração dos fluxos de informação, capitais, mercadorias e

pessoas.

❖ Comparar as noções de globalização, fragmentação e exclusão.

INDÚSTRIA 4.0

 A Indústria 4.0, ou (Quarta Revolução Industrial) compreende um amplo sistema de tecnologias


avançadas que estão mudando as formas de produção e os modelos de negócios no Brasil e no mundo.
 O conceito de Quarta Revolução Industrial foi criado em 2016 e engloba a estreita cooperação
entre os sistemas de fabricação virtuais e físicos ao redor de todo o planeta.
 Benefícios:
 Aumento da capacidade produtiva: A utilização de tecnologias digitais na indústria acelera a
produção e aumenta a capacidade produtiva de diversos tipos de empresas;
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 Surgimento de novas profissões: Novas profissões que dominem as tecnologias digitais estão
sendo cada vez mais demandadas.
 Mudança da cadeia produtiva: o uso de máquinas e computadores, está mudando os modelos
de negócios, com a automação das etapas de produção e a troca de dados. Customização, eficiência e
inovação são as palavras-chave para definir esse novo conceito.
 Sustentabilidade do mercado: o investimento em tecnologias e em pilares da Indústria 4.0 é
condição obrigatória para as empresas continuarem a inovar e crescer, de modo a se firmarem no mercado
e manterem uma boa reputação.
 Redução de custos: implementação de novas tecnologias agrega economia e eficiência na
produção. Com a automação, as tarefas operacionais gastam menos tempo e menos erros são cometidos.

 Tecnologias:
 Inteligência artificial: busca construir mecanismos e/ou dispositivos que simulem a capacidade
do ser humano resolver problemas e pensar, ou seja, ser inteligente, mediante a aplicação de análise e
técnicas baseadas em lógica.
 Computação em nuvem: é a distribuição de serviços, como por exemplo, servidores, bancos de
dados e armazenamento hospedados em “data center”, proporcionando recursos flexíveis e economia. A
computação em nuvem permite acessar esses recursos como um serviço e a partir de dispositivos remotos
distintos.
 “Big data”: trata-se de uma organização estratégica de um grande volume de dados. O “big
data” utiliza técnicas estatísticas e de aprendizagem de máquina para extrair inferências e tendências não
possíveis de se obter com uma análise humana, gerando informações relevantes aos negócios.
 Incremento de “Cyber” segurança: visa salvaguardar os ativos de informação, contra ameaças
cibernéticas ou ataques maliciosos, preservando a sua confidencialidade, integridade e disponibilidade.
 Internet das coisas: É uma tecnologia das mais recentes que realiza a interconexão entre
objetos, os quais passam a se comunicar e interagir, podendo ser remotamente monitorados e/ou
controlados, resultando em ganhos de eficiência.
 Robótica avançada: são dispositivos que agem em grande parte, de forma autônoma, que
interagem fisicamente com as pessoas ou seu ambiente. São capazes de modificar seu comportamento
com base em dados de sensores. Realizam tarefas cada vez mais complexas, que exigem algum grau de
repetição.
 Manufatura digital: consiste na aplicação de tecnologias digitais aos processos produtivos. A
ideia é integrar sistemas e processos ao longo da cadeia de valor, otimizando o ciclo de vida dos produtos,
do momento em que são projetados até a venda final do item.
 Manufatura aditiva: consiste na fabricação de peças a partir de um desenho digital, feito com
um “software” de modelagem tridimensional, sobrepondo finas camadas de material, uma a uma, por
meio de uma Impressora 3D, possibilitando que peças sejam produzidas em pequenas quantidades,
diminuindo o custo unitário;
 Digitalização: consiste no uso de tecnologias digitais para transformar processos de produção,
de desenvolvimento de produtos e/ou modelos de negócios, visando a otimização e eficiência nos
processos.
 Sistemas de simulação: a simulação permite a construção de protótipos totalmente
digitais/virtual. Dessa maneira, é possível simular condições reais e cenários prováveis aos quais o
protótipo pode ser submetido, aperfeiçoando a cadeia produtiva e a qualidade dos produtos.
Assunto 6. O Estado diante dos Desafios da Globalização

❖ Analisar a situação do Estado-Nação diante dos novos desafios impostos pela globalização;
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 Apresentar as principais ameaças à soberania e integridade territorial dos Estados-nação na
atualidade:

 Criação de organismos internacionais


 Organismos supranacionais que podem apresentar uma legislação acima da nacional,
restringindo a atuação política do país → a exemplo da UE que possui poderes legislativos;

 Internacionalização da economia
 Permitiu que as diversas fases da produção industrial pudessem ser alocadas em vários países,
provocando dificuldade de controle de fluxo de capitais, assim como ingerências políticas e econômicas
de empresas multinacionais sobre diversos governos, gerando conflitos entre os interesses nacionais e os
interesses internacionais, estes representados pelas empresas multinacionais.

 Movimentos separatistas mundiais


 O mundo hoje é palco de diversos conflitos internacionais, fruto de pleitos de pequenos grupos
étnicos e/ou religiosos que não se consideram parte de um Estado-nação, como a Questão da Caxemira, a
Questão Basca e Chechênia. Esses conflitos colocam em risco o atual status quo político desses países.

 Atuação de Organizações Não Governamentais (ONG)


 Centenas de ONG, amparadas por tratados e acordos internacionais, conseguem, em vários
países, liberdade de circulação e insuflar movimentos sociais, sem atender, por vezes, às legislações
nacionais e limites entre Estados-nação. Observa-se, então, na atuação de parcela das ONG existentes, a
possibilidade de ameaças à soberania de nações, principalmente, àquelas de inexpressiva potencialidade
política e militar.

 Atuação de Grupos Terroristas


 Diversos grupos extremistas, baseados principalmente no Continente Asiático, buscam agir
sobre potências ocidentais e nações consideradas inimigas, desrespeitando fronteiras e sobrepujando a
soberania destes. Desta forma, em especial os Estados Unidos da América (EUA) e a Organização do
Tratado do Atlântico Norte (OTAN) vêm empregando, constantemente, forças militares contra as citadas
células terroristas, como vem acontecendo nos atos contrários aos interesses do Estado Islâmico.

 Hegemonia Norte-americana
 Após o colapso da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e da Guerra Fria, no
final do século passado, os EUA assumiram o protagonismo político-militar do mundo. Esta situação,
atrelada às intenções norte-americanas de controle de áreas e recursos de interesse estratégico para os
americanos, tem gerado várias intervenções dos EUA pelo globo, desconsiderando a soberania e
integridade territorial de diversas nações, tendo o aval de sua gigantesca capacidade militar e econômica.

 Velocidade da informação
 O advento de avançadas tecnologias relacionadas à comunicação interpessoal possibilita a
difusão de ideologias (políticas, religiosas, etc) contrárias aos governos vigentes e incrementa os
movimentos sociais, o que vem provocando inúmeros conflitos internos nacionais e tornando-se grande
ameaça à soberania.

 Questões ambientais
 Com a alegação de incapacidade de gestão destes fatos e sabedores da pouca eficácia de
tratados internacionais (Protocolo de Kyoto, Agenda 21), potências mundiais não descartam intervir sobre
outros países desconsiderando limites fronteiriços, posse de territórios e podendo gerar diversos embates
militares.
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 Busca por recursos energéticos naturais


 A quase totalidade dos recursos energéticos naturais são esgotáveis (petróleo, gás, carvão
mineral, etc). Além disso, a demanda energética mundial vem crescendo exponencialmente. Caso
descobertas e/ou tecnologias novas não contribuam, a médio prazo, para a solução destes problemas,
visualiza-se grande ameaça à paz mundial.

 Controle de epidemias mundiais


 A incapacidade de nações pobres em controlar a disseminação de doenças transmissíveis, como
vem ocorrendo com o vírus ebola no Continente Africano, surge como nova ameaça à soberania no
mundo. Isto ocorre face à necessidade premente de potências econômicas terem que intervir, com ou sem
o desejo dos menos abonados, para não serem alvo destas patologias.

 Narcotráfico
 A rede ilegal do narcotráfico produz enorme volume monetário e permeia dezenas de nações.
Este fato provoca grande corrupção de agentes públicos estatais, o que favorece o desrespeito à soberania
e fronteiras dos citados países, gerando diversos conflitos internos e, por vezes, transnacionais.

 Colonização africana mal sucedida


 A partilha feita por potências europeias de maneira arbitrária, sem respeitar as características
étnicas e culturais do povo africano, tornam esta região deveras litigiosa.

 Migrações a longo prazo


 Nas últimas décadas, a evolução dos meios de transporte, a globalização, a facilidade de
fixação em outros países, dentre outros aspectos produziram grande fluxo migratório, em especial de
países mais carentes para nações de economia mais pujante. Entretanto, particularmente no Continente
Europeu, observa-se a chegada de diversos povos com características étnicas e culturais bastante
diferentes dos nativos e possuindo taxas de natalidade bem superiores. Vislumbra-se, a médio prazo,
prováveis ameaças à soberania e integridade territorial, podendo ser originados por conflitos internos.

 Atuação de líderes carismáticos regionais


 Outro fator importante a ser considerado é a atuação de lideranças carismáticas regionais, que
conseguem difundir suas ideologias dentro e fora de suas nações, inflamando grupos e/ou sociedades
contra decisões soberanas de governos estatais vigentes. Pode-se citar como exemplos mais recentes:
Nelson Mandela, Hugo Chávez, Osama Bin Laden, etc.

 Conflitos religiosos
 O radicalismo religioso continua provocando, nos dias atuais, diversos embates bélicos e
ameaças à soberania e integridade territorial de Estados-nação constituídos. A versão mais moderna deste
fato encontra-se exemplificada pelo Estado Islâmico, que por intermédio do conflito armado, busca
ocupar áreas pertencentes hoje a diversas nações (Israel, Líbano, Turquia, Síria, Jordânia, Chipre,
Palestina, etc). Este fato vem provocando a reação militar dos EUA e da OTAN.

 Domínio de aquíferos estratégicos


 O domínio e a preservação dos principais aquíferos mundiais devem ser vistos como um
objetivo estratégico dos Estados-nação, haja vista a real possibilidade de escassez de água potável para a
humanidade, a médio prazo. Podem ser exemplificados: Guarani (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai),
Alter do Chão (Brasil), Arenito Núbia (Líbia, Egito, Chade e Sudão), Grande Bacia Artesiana (Austrália),
Bacia Murray (Austrália), Kalaharijkaroo (Namíbia, Botswana e África do Sul), etc.
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UD 3 - ORDENAMENTO MUNDIAL E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Assunto 7. Noções básicas de Relações Internacionais

❖ Apresentar as principais teorias das Relações Internacionais.

 Anarquia no sistema internacional


 Significa a ausência de governo central no sistema internacional.
 Os Estados são soberanos no plano internacional.
 Não há poder soberano acima dos Estados.
 Como não há uma autoridade que defenda os interesses dos Estados no plano internacional,
cada Estado deve lutar por sua sobrevivência → autoajuda!
 O conceito de política de poder na Política Internacional decorre do conceito de anarquia;

 Balança de poder:
 Relaciona-se às ações de formação de alianças para impedir, ou atenuar, o surgimento de
hegemonias no sistema internacional ou num sistema regional. => BRICS contra a hegemonia das
potências ocidentais.

 Área de influência:
 No campo das relações internacionais, uma esfera de influência é uma área ou região sobre a
qual um Estado ou organização possui significante influência cultural, econômica, militar ou política.

 Armadilha de Tucídides:
 Descreve a aparente tendência inexorável à guerra quando uma potência emergente ameaça
substituir uma grande potência, já consolidada como hegemônica, no sistema internacional.

 REALISTA → Estado e Poder


 Os realistas assumem um pessimismo pronunciado em relação à natureza humana → o sistema
internacional é essencialmente conflituoso: a disputa pelo poder, a política de poder. Fala-se em sistema
internacional.
 Os Estados são os principais atores das relações internacionais.
 Os atores não estatais não possuem um “status” relevante nas relações internacionais, pois sua
influência na dinâmica internacional sempre é indireta e por meio do Estado.
 Os Estados são atores unitários (a “caixa preta” do Estado).

 Os Estados são atores racionais.


 A relevância do conflito no sistema internacional.
 Os Estados são atores egoístas: a cooperação no SI é possível, porém somente se obtiverem
acentuada vantagem sobre o outro.
 A sobrevivência no plano internacional.
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 A política de poder.
 O mecanismo da Balança de Poder como instrumento da estabilidade do sistema internacional.
 A segurança como o assunto de maior importância nas relações internacionais.

 LIBERALISMO → Instituições e Cooperação


 Visão positiva da natureza humana → no sistema internacional existe o conflito, mas a
cooperação também é possível. Fala-se em sociedade internacional.
 Os atores não estatais são importantes entidades das relações internacionais.
 O Estado não é um ator unitário.
 A noção de Estado como ator racional não é útil para a compreensão das relações
internacionais.
 A agenda das relações internacionais é extensa: não há uma hierarquia na agenda internacional,
pois a segurança não é tema prioritário.
 A relevância da cooperação no sistema internacional.
 Importância das instituições multilaterais e do Direito Internacional.
 O Direito Internacional constrange ações dos Estados.
 A força do multilateralismo na construção da Ordem Internacional.
 O conceito de “constrangimento estratégico”, auto imposto pelos EUA ao final da 2ª GM: a
criação de mecanismos multilaterais de convivência internacional (ONU-Conferência de Bretton Woods –
GATT [Acordo Geral de Tarifas e Comércio, de 1947 até 1994 com a criação da OMC])
 Integração.
 O acentuado papel do comércio internacional.
 Interdependência complexa: é uma situação caracterizada por efeitos recíprocos entre países
ou entre atores de diferentes países, ou, simplesmente, o estado de mútua dependência. => crise do
petróleo;

❖ Compreender os principais temas que afetam as Relações Internacionais na atualidade.

 TEMAS:
 Meio-ambiente (Eco-92, Kyoto, Acordo de Paris, Amazônia);
 Desenvolvimento Sustentável (Agenda 2030);
 Blocos Econômicos (Mercosul, UE, APEC);
 ONGs (GreenPeace, Fundação Gaia);
 Energia (petróleo e gás natural, fontes renováveis) =>Crise Energética;
 Crimes transnacionais (tráfico drogas, armas, pessoas, madeira);
 Terrorismo;
 Crime organizado;
 Empresas multinacionais/ transnacionais (Apple);
 Desarmamento nuclear;
 Crise econômica;
 Segurança Alimentar;
 Hidroconfiltos;
 Saúde (pandemias - COVID 19);
 A crise dos refugiados na Europa e Oriente Médio;
 Desemprego estrutural;
 A questão do aquecimento global;
 Crescimento da influência Russa na Ásia central;
 A China como grande potência mundial;
Cap Antonio
 Guerra da Rússia contra a Ucrânia;

 POSIÇÃO DO BRASIL:
 Meio Ambiente:
 A legislação ambiental brasileira é considerada por muitos especialistas ambientais como
umas das mais completas do mundo. Isso porque além de tratar da preservação ambiental, trata também
de ações preventivas e tipifica os crimes ambientais;
 Direitos humanos:
 País aberto e cooperativo, Interlocutor coerente e equilibrado;
 Integração Regional (MERCOSUL)
 Mais abrangente iniciativa de integração da AL;
 Migração Internacional
 Recebimento de refugiados haitianos, venezuelanos e sírios;
 Energia
 Baseado no desenvolvimento sustentável, biocombustíveis e parcerias de cooperação,
principalmente Sul-Sul;
 Desenvolvimento Sustentável
 Ações do Ministério do Meio Ambiente;
 Aquecimento global:
 Acordo de Paris e Protocolo de Kyoto;
 Paz e segurança internacional:
 Brasil participou da Comissão de Consolidação da Paz na ONU em 2005, ativo em missões
de paz;
 Terrorismo:
 Lei Antiterrorismo 2016, Brigada de Operações Especiais em 2004;
 Fome e miséria:
 Combate à pobreza extrema e Programa Fome Zero;
 Desemprego:
 Fomento às escolas técnicas;
 Epidemias:
 Quebra de patentes; genéricos;

❖ Analisar as novas dimensões do Terrorismo no Século XXI.

INTRODUÇÃO
 O terrorismo é uma arma política com uma longa história e, tradicionalmente, tem sido utilizado
a serviço de causas revolucionárias.
 No século XXI, os atentados de 11 de setembro de 2001 repercutiram globalmente e marcaram o
início de uma nova dinâmica do terrorismo, que passou a ser denominado de “terrorismo
internacional”, por possuir características todas próprias que o diferenciam do terrorismo praticado em
períodos anteriores.
 Nesse sentido, o terrorismo, tal como atualmente se manifesta, é, também, um fenômeno da
ordem internacional do pós-Guerra Fria e da globalização, de cujas possibilidades e meios se serve com
eficácia e proveito nas suas operações.

DESENVOLVIMENTO
 Como é o terrorismo do século XXI? O terrorismo no século XXI é um fenômeno:
Cap Antonio
A. Natureza ideológica;
 O terrorismo internacional inspira-se em movimentos islamitas radicais e fundamentalistas, as
quais pregam a “jihad”, a guerra santa contra os infiéis, aí incluído todo o Ocidente e seus valores de
vida. Seu propósito maior é o estabelecimento de um Califado, grosso modo, no Oriente Médio e no norte
da África.

B. Natureza hiperrevolucionária;
 Essa dimensão manifesta-se pelo espírito da “jihad”, que visa a introduzir e a aprofundar
uma clivagem (divisão) irreparável entre o Ocidente e o Islã, de modo a isolar o mundo muçulmano
e, por fim, colocá-lo sob o jugo da “sharia” (sistema jurídico do Islã).

C. Ameaça de dimensão global;


 A capacidade de agir globalmente é um dos traços distintivos do terrorismo do século XXI.
Atentados perpetrados em Nova York, Washington, Bali, Moscou, Riad, Casablanca, Madrid, Londres e
Paris mostram que as ações terroristas não respeitam fronteiras nacionais.

D. Ligação com o Oriente Médio;


 O terrorismo fundamentalista islâmico nutre-se da instabilidade do Oriente Médio,
resultante da longa questão árabe-palestina x israelenses, ainda não resolvida, das invasões norte-
americana do Afeganistão (1991) e do Iraque (2003), da Primavera Árabe, da Guerra Civil Síria, das
ações da Al Qaeda e, mais recentemente, dos avanços do grupo extremista Estado Islâmico.

E. Ameaça à segurança internacional;


 Além do alcance global deste novo terrorismo e de sua capacidade de afetar regiões
estratégicas de interesse geopolítico, o cenário do surgimento de uma potência nuclear muçulmana
comprometida com programas fundamentalistas forçaria um drástico rearranjo do equilíbrio geopolítico
mundial. Essa perspectiva influi sobre a concepção de segurança internacional das grandes potências.

F. A revolução informacional da globalização;


 Esse novo terrorismo sabe explorar com proveito as novas tecnologias midiáticas, os
sistemas globais de informação, as facilidades de movimentação internacional e as comunicações em
tempo real. Tudo isso facilita as suas estruturas organizacionais em redes, as quais ampliam o efeito de
suas ações e dificulta o seu combate.

G. A influência política da globalização


 O terrorismo jihadista fortaleceu-se pela globalização, pois esta minou a estabilidade de
alguns governos autoritários, de regiões que vão da Líbia à Síria, ao Iraque e além, tornando-as
conscientes das condições políticas em que vivem. A queda ou o enfraquecimento desses governos
contribuiu para a ocupação de espaços de poder por novos grupos terroristas.

H. Tensão nas relações do Ocidente com o Islã;


 O terrorismo jihadista cria uma distância no relacionamento entre os ocidentais e o
islamismo, cujo resultado manifesta-se pelo crescente xenofobismo ocidental em relação aos imigrantes
muçulmanos, o que contribui para agravar o terrorismo internacional.

I. Aparente ausência de uma direção centralizada


Cap Antonio
 Não obstante a aparente ausência de uma direção centralizada, o terrorismo atual inscreve-se
numa estratégia única e orientada pela jihad, a qual motiva que mesmo células terroristas isoladas
perpetrem atos de agressão ao Ocidente.

J. A presença de “lobos solitários”.


 O terrorismo internacional também se vale dos denominados “lobos solitários”, agentes que
atuam isoladamente e guiados pela estratégia de combate contra o Ocidente que se sustenta na ideia
de que cada muçulmano deve constituir-se em seu próprio exército, conceito formulado por um dos
principais ideólogos da Al Qaeda, Abu Musab al-Suri.

K. Cujos atentados, geralmente, resultam em elevado número de vítimas;


L. Que se beneficia do maior recrutamento de terroristas depois das invasões do Afeganistão e do
Iraque (“War on terror”);
M.Que se beneficia da identidade muçulmana para aumentar seus quadros e implementar operações
globais.
N. Que concebe a universalização da vítima para aumentar a sua visibilidade midiática;
O. Que se organiza e atua segundo o conceito de redes de redes;
P. Que se financia do crime transnacional, além de receber suporte financeiro secreto de governos
identificados com as causas terroristas;
Q. Que persegue a utilização de armas de destruição em massa;

❖ Examinar a atuação do Terceiro Setor (Organizações Não-Governamentais), em âmbito


nacional.

Assunto 8. O Mundo Bipolar e o fim da Velha Ordem Mundial

❖ Analisar as relações de poder presentes no período da Guerra Fria e a passagem da velha


para a Nova Ordem Mundial.
Assunto 9. O debate sobre as novas polaridades

❖ Analisar o atual ordenamento internacional.

a. O mundo bipolar
 2ª GM: enfraquecimento das potências europeias (França, Inglaterra e Japão) e emergência dos
EUA e URSS como grandes potências mundiais;
 Guerra Fria (1945 a 1991): Conflito de fundo ideológico, político e econômico entre as duas
superpotências, que disputavam áreas de influência com o intuito de alcançar a hegemonia planetária;
 Conflitos e guerras em nome das disputas ideológicas entre capitalistas e socialistas: Guerra da
Coréia, Revolução Cubana, Crise dos Mísseis em Cuba, Guerra do Vietnã e boa parte das guerras civis
relacionadas à descolonização africana e asiática;
 Corrida armamentista sem proporções na história, que teve como desdobramentos a expansão do
arsenal nuclear e a corrida aeroespacial;
Cap Antonio
 Ordem mundial bipolar terminou em 1991, com o desmembramento da URSS e a crise total do
socialismo real;
 Fatores INTERNOS que contribuíram para o fim da União Soviética:
 A estrutura burocrática estabelecida desde os tempos de Stalin, que criou uma classe política
privilegiada;
 A produção insuficiente de bens de consumo;
 As questões políticas e étnicas internas, já que não havia democracia (constituição da URSS se
dera a partir da imposição do domínio russo sobre os demais povos);
 Fatores EXTERNOS que contribuíram para o fim da União Soviética:
 Estagnação da economia nos anos 70 e 80 → Crise do petróleo e a década perdida;
 A dificuldade de incentivar a inovação na maioria dos setores da economia;
 A incapacidade de produzir com padrões razoáveis de eficiência (não acompanhou os avanços
capitalistas da 3ª Revolução Industrial);
 Os elevados gastos militares decorrentes da corrida armamentista;

b. O debate sobre as novas polaridades


 A velha ordem mundial apresentava estrutura claramente definida: dois grandes blocos de poder,
associados às ideologias antagônicas;
 Países podiam se posicionar em três campos: bloco capitalista, bloco socialista ou não-alinhados.
Apesar da tensão vivida no período, a Guerra Fria foi um momento de relativa estabilidade na estrutura
das relações internacionais;
 A Nova Ordem Mundial (a partir da derrocada da URSS), se constitui um arranjo recente, em
definição → Período de transição a um ordenamento que ainda se constrói;
 Um dos principais temas das análises acerca da nova ordem é a definição da distribuição do poder
planetário a partir da noção de polos;
 Substituição do domínio das questões ideológicas e militares pela hegemonia das questões
econômicas → Economia é o principal alicerce das tentativas de definição das novas polaridades: grau de
desenvolvimento econômico, tecnológico e social assume um papel importante na definição dos novos
polos de poder;
 Saída de cena do debate ideológico, abriu espaço para que novas questões, como direitos
humanos, democracia, meio ambiente, geração de energia, segurança e comércio internacional;
 A globalização e o crescimento dos países emergentes alteram a geografia da produção de bens
capitalista e exigem um rearranjo da dinâmica da produção e da distribuição de energia. O crescimento do
volume de produção calcado em uma matriz energética de recursos não-renováveis (aumenta a disputa
pelo controle destes recursos);
 Segurança energética assume um papel relevante na agenda internacional → conflitos recentes,
como do Afeganistão, da Geórgia e a Guerra do Iraque;
 Elevação do poder de organismos internacionais, ONGs e grandes corporações multinacionais →
Atores atuantes da globalização;
 Existência de um grande hegemon com presença e influência efetivamente global: EUA
 Supremacia nos campos militar, político e mesmo cultural → campo econômico: multipolar
(China, Japão, Alemanha, Reino Unido);
 Controle de bases militares ao redor do mundo e possuem o maior orçamento militar do planeta
(38% de todo gasto mundial com o setor);
 Principais universidades, maior registro de patentes, sede da maior parte das grandes
multinacionais, exerce enorme influência sobre o sistema financeiro e o comércio de commodities;
Cap Antonio
 Indústria cultural norte-americana complementa a estrutura de dominação → alta fatia da
produção de filmes, programas de televisão, produção musical;
 Estratégia de controle hegemônico que ocorre por meio das armas, da inovação tecnológica e
da influência sobre os hábitos: Hard and Soft Power;
 A hegemonia estatal norte-americana não se mostra suficiente e eficaz contra a ação de alguns
atores não estatais, que exercem papel perturbador no sistema político internacional;
 Ação de grupos terroristas, do crime organizado e do narcotráfico → ameaças à estabilidade
mundial, desafiando o poder estatal, incapaz de impedir suas ações em um conflito assimétrico (Estado
não está preparado);
 1991 até 2001: Pax Americana → Após 2001:
 Atentados de 11 de setembro de 2001 desafiaram diretamente o poder da “hiperpotência” e
contribuíram para a alteração de algumas características da nova ordem, tendo as seguintes causas:
 Efeitos do processo de globalização sobre as áreas periféricas (opressão política, econômica
e cultural);
 Ações imperialistas dos Estados Unidos no Oriente Médio;
 Estrutura interna de poder dos países dessa região, altamente complexa e conflituosa;
 Resposta norte-americana com predomínio de medidas unilaterais (do campo militar ao político
e econômico, mesclado com algumas ações baseadas no multilateralismo e na busca de parcerias);
 O atentado não alterou a relação de poder entre as potências, mas influiu sobre as novas
posições e prioridades destas → maior exercício do poder pelos Estados Unidos nos mais diversos
aspectos das relações internacionais;
 Ascensão do terrorismo globalizado como um dos principais temas da agenda internacional;
 A globalização possibilitou a organização do terrorismo internacional nos moldes atuais;
 Novos padrões de conflitos que não se estabelecem entre Estados: Invasão do Afeganistão e
incursões no norte do Paquistão realizadas pelos Estados Unidos, bem como os conflitos Israel-Palestina e
Israel-Hezbolah → Estados envolvidos declaram combater ameaças à sua segurança nacional causadas
por grupos terroristas;
 Emergência de novas potências (maior destaque para a China): Há mais de duas décadas apresenta
o maior crescimento econômico mundial e possui no momento o segundo maior PIB do mundo;
 Grupo se completa com Brasil, México, Índia, Coréia do Sul, os Tigres Asiáticos e a África do
Sul: Principal fronteira de expansão do capital multinacional na disputa por mercados e bastante
integração às redes produtivas dos países desenvolvidos;
 Movimentação para reorganizar as relações de poder presentes nos grandes organismos
internacionais como ONU, Organização Mundial do Comércio e Banco Mundial;
 Mudança do conflito Leste x Oeste para o Norte x Sul: Países desenvolvidos x subdesenvolvidos e
emergentes → securitização do meio ambiente;
 Nova ordem varia entre unipolar ou multipolar:
 Unipolaridade considera os Estados Unidos uma superpotência com ampla superioridade frente
aos demais países e concorrentes, destacando aspectos do campo político e militar;
 Multipolaridade enfatiza a emergência de novas potências que vem alterando o equilíbrio de
poder global → campo econômico;
 Integração dos dois conceitos - Unipolar no campo militar e multipolar no campo econômico,
uma multipolaridade com desequilíbrio de poder ou ainda uma unipolaridade que caminha para a
multipolaridade;

Assunto 10. Blocos Internacionais de Poder

❖ Comparar a formação e a evolução dos blocos internacionais de poder.


Cap Antonio

 Fim da disputa ideológica entre capitalismo e socialismo fez com que as aspirações econômicas
predominassem nos espaços de discussões entre Estados → fenômeno de formação de blocos de países
com diversas finalidades;
 Podem se estruturar regionalmente, como acontece com o MERCOSUL e a União Europeia, ou a
partir da defesa de interesses comuns, como ocorre com o G-7 e os G-20's;
 Formação dos blocos econômicos regionais é um processo que se relaciona às necessidades de
expansão de mercados e acumulação de capitais, bem como a uma estratégia de melhor inserção
internacional dos países;
 Projeto econômico e de poder:
 Os blocos regionais facilitam a integração econômica e a circulação de bens nos territórios por
eles abrangidos;
 Nova estratégia de inserção no âmbito das relações internacionais contemporâneas;
 No meio da aceleração dos fluxos comerciais (globalização), os países se juntam para aumentar a
competitividade mútua e ganhar projeção no cenário internacional.

*Livres circulação de mercadorias: ocorre a eliminação ou a diminuição drástica das tarifas


alfandegárias entre os produtos comercializados nos países do bloco;
 INTEGRAÇÃO NA AMÉRICA LATINA
 1948 – Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – Cepal
 Foi criada pela ONU com o objetivo de para contribuir ao desenvolvimento econômico da
América Latina, coordenar as ações encaminhadas à sua promoção e reforçar as relações econômicas dos
países entre si (integração) e com as outras nações do mundo.
 Inicialmente, a CEPAL era influenciada pelas ideias nacionais-desenvolvimentistas do
economista argentino Raul Prebisch. A organização, portanto, incentivava práticas como substituição de
importações e fomento da indústria pelo Estado, exatamente o que o Brasil fazia no período.
 Após os anos 1990, houve uma mudança de postura: a partir do Consenso de Washington, a
CEPAL passou a concordar que o liberalismo seria a melhor solução.

 1960-1980 - Associação Latino Americana de Livre Comércio – ALALC


 Procurava integrar comercialmente a América Latina; no entanto, para que acordos fossem
aprovados, era necessário o consenso de todos os membros, engessando o processo final.
Cap Antonio
 1980-dias atuais - Associação Latino-Americana de Integração – ALADI
 Trata-se da dinamização da antiga ALALC: nesta nova associação, acordos comerciais
poderiam ser feitos sem a aprovação de todos os membros, mas somente dos envolvidos, agilizando o
processo de integração.

 1969-1997 – Pacto Andino e 1997-dias atuais – Comunidade Andina - CAN


 Depois da ALALC, o Pacto Andino foi o segundo grupo de integração da América do Sul,
firmado em 1969 por Bolívia, Colômbia, Peru e Equador.
 Venezuela e Chile fizeram parte do grupo, mas saíram.
 A partir de 1997, o Pacto Andino se transformou em Comunidade Andina (CAN), tendo outros
objetivos a partir de então.

 1991-dias atuais – Mercado Comum do Sul – MERCOSUL


 Inspirados pela ALADI, estes quatro países assinam o Protocolo de Assunção (1991), criando
um projeto de Mercado Comum na América do Sul com a livre circulação de capitais e pessoas. O projeto
ainda não está consolidado: hoje o Mercosul é uma união aduaneira. A Venezuela (vermelho) está
suspensa e a Bolívia (em azul) entrou com pedido de adesão.
Cap Antonio

 2008-dias atuais – União das Nações Sul-Americanas - UNASUL


 A UNASUL é um grupo de cooperação nas mais diversas áreas, inclusive a econômica.
 É, portanto, mais denso que o Mercosul. A UNASUL existe até os dias atuais, no entanto, está
enfraquecida com a suspensão recente do Brasil e de outros países, em 2018.
 Volta à tona com Lula em 2023;

 2012-dias atuais – Aliança do Pacífico


 A Aliança do Pacífico é uma área de livre comércio com objetivos puramente econômicos, com
orientação à Ásia e aos Estados Unidos. São membros: Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Peru.

 MERCOSUL – Mercado Comum do Sul


 Principal bloco econômico da América do Sul
Cap Antonio
 Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai;
 Venezuela membro suspenso;
 Todas as nações do continente participam do bloco como membros associados;

 1979: Acordo Tripartite


 Assinado entre Brasil, Paraguai e Argentina;
 Resolveu a polêmica crise das hidrelétricas, mostrando que era possível compatibilizar os
projetos de Itaipu e Corpus.
 1980: Acordo Nuclear Brasil e Argentina
 1982: Guerra das Malvinas → neutralidade imperfeita;
 Brasil se mantém neutro, mas apoia diplomaticamente à Argentina;
 1985 Acordo Nuclear Brasil e Argentina
 Aprofundou o Acordo Nuclear de 1980.
 Por meio desse novo acordo, foram estabelecidos parâmetros de inspeção e cooperação de
instalações nucleares, isso para garantir que nenhum dos países faria armas atômicas.
 1985: Ata de Iguaçu
 Documento que expressava o objetivo conjunto de Brasil e Argentina estabelecerem maior
aproximação em todas as esferas – cultural, econômica, política;
 1991: Tratado de Assunção → Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai criam o Mercosul
 1994: Protocolo de Ouro Preto → Os países membros dão personalidade jurídica ao Mercosul →
o bloco pode se relacionar com outros países;
 1995: Tarifa Externa Comum (TEC), a ser aplicada às importações de extrazona:
 Planificou as tarifas de importação e exportação. Isso significa que, com exceção dos produtos
e serviços na lista de exceções, os países do bloco praticam a mesma tarifa externa para os produtos
importados.
 1998: Protocolo de Ushuaia – Cláusula Democrática
 Essa cláusula obriga que todos os países do bloco sejam governados por regimes democráticos,
afastando riscos de autoritarismo.
 2004: Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEM) → corrigir assimetrias entre
as economias dos países integrantes;
 2005: Criação do Parlamento o Mercosul → Existência de um alto grau de maturidade
institucional, com uma estrutura complexa;
 2012: Admissão da Venezuela → Mercosul como quarto maior produtor de petróleo do mundo;
 2012: início do processo de adesão da Bolívia, em curso;
 2016: Venezuela suspensa → crise econômica e violação dos direitos humanos
Cap Antonio

 O Mercosul ainda não é um Mercado Comum, pois para isto, ainda faltam políticas de
integração que consolide a livre circulação de pessoas: apesar das fronteiras serem permeáveis no bloco,
não é possível, por exemplo, um paraguaio ou uruguaio trabalhar no Brasil sem pedir a residência, e vice
versa.
 “Uruexit”: o Uruguai, de economia frágil, almeja se afastar do bloco; visando principalmente, um
acordo de livre comércio com a China. Vale lembrar que na atual configuração do Mercosul, qualquer
acordo deste tipo precisa passar pela anuência dos demais membros.
 Estados associados: apesar de oficialmente não fazerem parte do bloco, possuem prioridade nas
relações internacionais e nos acordos comerciais com os países associados.
 Chile, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname;
 Estados observadores: cujo papel é de mediar eventuais conflitos.
 México e, curiosamente, Nova Zelândia.
 Destaques:
 Acordo sobre Documentos de Viagem: Cidadãos de qualquer estado membro ou associado do
Mercosul podem entrar e sair dos países apenas apresentando RG ou outro documento válido, gozando
assim, de livre circulação entre as fronteiras.
 Acordo de Residência: Cidadãos de qualquer estado membro ou associado do Mercosul podem
requerer residência em outros países apenas apresentando RG, passaporte, e declaração de antecedentes
criminais.
 Acordo Multilateral de Seguridade Social: Trabalhadores migrantes e suas famílias têm direito
à seguridade social nos países de destino; além disso, seu tempo de trabalho no país anterior é contado
para fins legais.
 Integração Educacional: Diplomas obtidos em outros países (dentro Mercosul) podem ser
revalidados no país de destino (também dentro do Mercosul)
 No final de 2010, foi criado um modelo de placa único para todos os veículos do bloco, o que
deverá ser implantado nos próximos anos.
 Economia:
 Quase 90% das exportações brasileiras para o bloco são compostas de produtos
industrializados;
 Destaca-se, principalmente, a atuação da indústria automobilística nacional, grande
exportadora em nível regional.
 Embora o Brasil seja um grande produtor de commodities para os países desenvolvidos; para
os vizinhos mais pobres do Mercosul, acaba exercendo liderança regional, exportando produtos de valor
agregado.
 O Mercosul produz as cinco principais culturas alimentares do mundo: trigo, milho, soja,
açúcar e arroz;
 O Brasil é a principal economia do Mercosul, abrangendo mais de 50% do conjunto do Produto
Interno Bruto (PIB) dos estados membros;
 Com a Venezuela: o Mercosul continha cerca de 20% das reservas provadas de petróleo do
mundo;
 A Hidrelétrica de Itaipu Binacional, corresponde por 17% da energia consumida no Brasil e
72% do consumo paraguaio;
 Há uma grande comunidade brasileira no Paraguai, estimada entre 100 e 150 mil pessoas, os
chamados “brasiguaios”, que ajudam a incrementar a economia do país.
Cap Antonio
 O Brasil corresponde hoje ao segundo país com maior estoque de Investimentos Estrangeiros
Diretos (IED) no Paraguai; sendo para alguns, a “nova China” da indústria brasileira, com mão de obra
barata e baixos impostos.

 Núcleo geoeconômico: abrange o Centro-Sul do Brasil – parte das regiões Sul, Sudeste, e
Centro-Oeste – e a Região Platina, composta por Uruguai, Paraguai e Argentina, em destaque à Bacia do
Rio do Prata, ao Pampa Argentino e à porção oriental do Paraguai. Nesta grande área localizam-se as
metrópoles São Paulo e Rio de Janeiro (Brasil) e Buenos Aires (Argentina), além de cidades importantes
como Curitiba, Porto Alegre (Brasil), Rosário e Córdoba (Argentina), ou Assunção e Cidade do Leste
(Paraguai).
 E daí? A existência de um núcleo central, releva que o Mercosul ainda abrange um território
bastante desigual, caracterizado por profundas diferenças internas. Apesar deste núcleo moderno, há, em
grande parte das fronteiras dos países do bloco, uma carência de infraestrutura de transportes e
comunicação que dificulta a integração regional => Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional
Sul-Americana (IIRSA)
Cap Antonio

 Acordos:
 2009: Assinado o Memorando de Entendimento para a Promoção de Comércio e
Investimentos entre o MERCOSUL e a República da Coreia (do Sul), visando aproximar os dois países;
 2016: entrou em vigor o Acordo de Preferências Comerciais MERCOSUL-SACU, União
Aduaneira da África Austral, bloco do qual faz parte a África do Sul;
 2017: entrou em vigor o Acordo de Livre Comércio Mercosul-Egito, lembrando que o bloco
já tinha acordos de livre comércio com outros países do Oriente Médio, como Israel e Palestina;
 2019: Acordo Mercosul-União Europeia.
o O principal motivo para a demora no acordo foi a dificuldade em encontrar um meio
termo entre o protecionismo industrial brasileiro e o protecionismo agrícola europeu.
o Apesar de ter sido uma conquista histórica, o acordo deverá demorar em entrar em vigor.
Para que isso aconteça, o texto deverá ser aprovado pelos parlamentos dos 28 Estados-membros da União
Europeia e dos quatro parlamentos do Mercosul e, além disso, pelos Parlamento Europeu, uma burocracia
que pode gerar morosidade à sua implantação definitiva.
o Do mesmo modo, alguns países europeus poderão utilizar o suposto desrespeito do Brasil
com o meio ambiente e povos indígenas como pretexto para não aprovarem o texto.

 MERCOSUL – Consequências para os seus membros


 Políticas
 Fim dos antagonismos históricos
 Fim das tensões históricas entre estes países, principalmente Argentina e Brasil;

 Estabelecimento de uma estrutura institucional


 Ocorreu em 1994 pelo Protocolo de Ouro Preto, ampliando a participação dos parlamentos
nacionais e da sociedade no bloco. Também deu personalidade jurídica internacional ao bloco, permitindo
relações políticas com outros países e organismos internacionais.
 Estabelecimento de órgãos com capacidade decisória
Cap Antonio
 A partir da instauração da personalidade jurídica, o Mercosul estabeleceu órgãos com
capacidade decisória. O órgão superior é o Conselho do Mercado Comum (CMC). As decisões do CMC
são obrigatórias para os Estados Partes, influindo na legislação dos membros.

 Incorporação de Estados Associados


 A incorporação do Chile e da Bolívia (atualmente em processo de adesão como Estado
parte) como Estados associados, respectivamente em 1996 e 1997, fortaleceu a estrutura do bloco, o que
interferiu na vida política dos seus membros;

 Compromisso Democrático no MERCOSUL


 O Compromisso Democrático no MERCOSUL foi instituído por intermédio do Protocolo de
Ushuaia (conhecido como Cláusula Democrática). Essa cláusula trouxe consequências políticas para seus
membros, pois visou à consolidação e a sustentabilidade dos regimes democráticos entre os membros
signatários

 Criação do passaporte do MERCOSUL


 A criação do passaporte do MERCOSUL e, a consequente, facilitação de viagens de
cidadãos no âmbito intrabloco foram, no campo político, outras consequências para os Estados
signatários. Tais medidas facilitaram a circulação de pessoas entre os países do bloco, o que criou os
primeiros passos para o livre trânsito nos moldes da União Europeia (UE).

 Econômicas
 Permitiu o desenvolvimento do Brasil;
 A incorporação de novos membros contribui para o comércio exterior brasileiro;
 Tarifa Externa Comum (TEC)
 O estabelecimento da TEC foi uma consequência econômica para os países do Mercosul.
Assim, planificou as tarifas de importação e exportação. Isso significa que, com exceção dos produtos e
serviços na lista de exceções, os países do bloco praticam a mesma tarifa externa para os produtos
importados.
 Comércio intrazona
 A partir do Protocolo de Ouro Preto, em 1994, iniciou-se um período de consolidação do
bloco, que correspondeu a um aumento do comércio intrazona, principalmente entre Argentina e Brasil,
favorecendo o fluxo comercial do bloco.
 Sistema de pagamentos em moeda local (SML)
 O sistema de pagamentos em moeda local foi uma das consequências do MERCOSUL. O
SML foi estabelecido entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e serve para que as importações e
exportações possam ser realizadas em suas moedas nacionais, diminuindo os efeitos do câmbio
internacional em dólar.
 Comércio extrarregional em bloco
 A criação do MERCOSUL incrementou a realização do comércio extrarregional dos países-
membros e permitiu negociações do bloco como um todo em melhores condições, o que permitiu ao
Brasil incrementar seu desenvolvimento.
 Integração econômica do Cone Sul
 A integração econômica do Cone Sul da América do Sul foi uma das consequências da
criação do MERCOSUL. A integração econômica da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai,
com a criação do MERCOSUL, levou as economias nacionais a melhores condições competitivas no
mercado internacional e de atração de investimentos externos diretos para dentro do bloco. Tal fato
contribuiu para a diminuição de rivalidades e desconfianças na região.
Cap Antonio
 Homogeneidade de tratamento de produtos
 A homogeneidade de tratamento de produtos foi outra consequência da criação do
MERCOSUL. A referida homogeneidade garante que os produtos fabricados ou cultivados em outro país
do bloco recebam o mesmo tratamento que um produto nacional, evitando a discriminação ou o
protecionismo.
 Relações com países não signatários
 A criação do Mercosul fortaleceu as relações comerciais dos seus países com outros fora do
bloco. Nesse contexto, os países foram encorajados a utilizar de suas legislações nacionais para inibir
importações cujos preços estivessem influenciados por subsídios, dumping ou qualquer outra prática
desleal.

 Arranjos de geometria variável: BRICS, IBAS e BASIC


 Trata-se de alianças com objetivos específicos que aumentam a margem de manobra brasileira no
sistema internacional, ampliando seu raio de ação e sua inserção internacional;
 Assim, cada interesse específico terá uma articulação específica:
 O fortalecimento da cooperação Sul-Sul (IBAS);
 O debate da multipolaridade (BRICS);
 A defesa do princípio de “reponsabilidades comuns, porém diferenciadas” nos fóruns
ambientais (BASIC);
 A defesa da abertura dos mercados agrícolas (G-20 Comercial);
 A ampliação do Conselho de Segurança da ONU (G-4);
 Fórum para o debate sobre a crise e o sistema financeiro internacional (G-20 Financeiro),
 Estes são os principais interesses brasileiros discutidos nos fóruns multilaterais.

 IBAS:
 Índia, Brasil e África do Sul;
 Criado em 2003;
 Propósitos do grupo:
 Coordenação política, cooperação setorial e cooperação com países subdesenvolvidos, com
medidas implantadas por um fundo próprio que financia diversos projetos para o combate à fome e à
pobreza;
 O fundo do IBAS financia diversos projetos nas áreas de saúde, desenvolvimento social,
meio ambiente e agropecuária familiar em países pobres, especialmente da África;

 BRICS:
 Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul;
 Institucionalizado em 2008, passando a constituir uma entidade político-administrativa;
 2011: adesão da África do Sul;
 25% da cobertura terrestre;
 40% da população;
 50% da produção de commodities;
 PIB conjunto corresponde a 30% do PIB global → passou o PIB do G-7;
 25% dos semicondutores são consumidos em eletrônicos produzidos na China → Taiwan maior
produtor de semicondutores do mundo;
 Propósitos do grupo:
 É um fórum de diálogo e cooperação;
Cap Antonio
 Desde 2009, os chefes de estado e de governo se encontram em reuniões anuais procuram
ampliar a cooperação política, econômica e multissetorial;
 Por meio do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Banco do BRICS, e do Arranjo
Contingente de Reservas (ACR), órgãos complementares às instituições multilaterais tradicionais de
Bretton Woods: Banco Mundial (financiamento de projetos para o desenvolvimento) e FMI (estabilidade
do câmbio e manutenção dos acordos monetários), os países se ajudam mutuamente em questões
financeiras;
 Lembrar dos conflitos fronteiriços entre Índia e China: Aksai Chin (Caxemira) e Arunachal
Pradesh;
 O grupo almeja reduzir a utilização do dólar em suas transações comerciais → desdolarização
 EUA: inflação, crise bancária, apoiam a Guerra Rússia-Ucrânia → desconfiança no país;
 Perda do poder de compra do dólar;
 Redução das reservas internacionais em dólar em diversos países;
 Embargos econômicos dos EUA contra a Rússia → a utilização das reservas cambiais em
dólares como armas;
 China já utilizada o Yuan na compra de petróleo com a Arábia Saudita;
 O sistema petrodólar foi estipulado da década de 1970’s;
 E daí?
 Possível fragmentação da economia global em blocos comerciais rivais → Nova Guerra
Fria;
 Aumento da projeção global dos BRICS com a efetivação de uma nova moeda de reserva;
 O dólar ainda está muito institucionalizado e possui grande credibilidade histórica;
 A China está usando o BRICS para drenar a hegemonia do dólar. Porém, pode decidir
somente pelo yuan no futuro;
 Desafios da China:
 Ampliar a atuação de suas Forças Armadas, que atualmente está muito restrita à Ásia e ao
Pacífico → a posição geográfica do EUA colaborou com sua expansão: bioceânico → na verdade é
trioceanico se considerar o Oceano Glacial Ártico;
 A saída do mar para a China é relativamente estreita, com países insulares a cercando;
 2ª frota de satélites → grande poder de espionagem →Porém, poucas bases militares no
mundo;

 Muitos países apresentam dificuldades em pagar a China no que tange os investimentos


referentes a Nova Rota da Seda → cerca de 1,0 trilhão de dólares em empréstimos;
 Queda do mercado imobiliário sino;
 Aumento pela demanda dos títulos nacionais sino;
Cap Antonio
 Efeitos no sistema internacional e na Ordem Mundial (equilíbrio internacional de poder)
 A Nova Ordem Mundial nada mais é do que a nova estrutura econômica, política e de
poder;
1. Uso do ouro → corrida para sua aquisição em 2023 → Demonstra o receio mundial acerca da
credibilidade financeira do mundo → uma crise econômica poderia gerar um novo equilíbrio de poder;
 O ouro sendo físico apresenta restrições de transporte, armazenamento e segurança;
2. Uso de moeda digital;

 BASIC:
 Brasil, África do Sul, Índia e China;
 Criado em 2009;
 Propósitos do grupo:
 Exclusivamente focado em questões ambientais e sem a estrutura formal e burocrática dos
outros dois grupos. Enquanto o BRICS e o IBAS realizam cúpulas, por exemplo, o BASIC é apenas um
espaço de diálogo informal.

 ZOPACAS
 Criação: 1986 → Guerra Fria, redemocratização, globalização → buscar maior inserção;
 Objetivos: estabelecimento de um espaço de paz e cooperação, para que as tensões e
rivalidades Leste-Oeste não viessem a afetar as relações econômicas e políticas na região.
 Principais membros: Brasil, Argentina, Angola, Nigéria e África do Sul;

 OTCA
 Criação: 1978 → Guerra Fria, Geisel, pós-Estocolmo → Cooperação Sul-Sul;
 Objetivos: promover o desenvolvimento conjunto, harmônico e sustentável dos territórios
amazônicos. Como parte do Tratado, os Países Membros assumiram o compromisso comum para a
preservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais da Amazônia.
 Principais membros: Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru e Venezuela → França fora;
Cap Antonio

 Tratado Interamericano de Assistência Mútua - TIAR


 Criação: 1947 → Guerra Fria → afastar o comunismo da América Latina;
 Objetivos: O princípio central do acordo é que um ataque contra um dos membros será
considerado como um ataque contra todos, com base na chamada "doutrina da defesa hemisférica;
 Principais membros: Brasil, EUA, Argentina e Chile;

 Organização do Tratado do Sudestes Asiático - SEATO


 Criação: 1954-1977 → Guerra Fria → afastar o comunismo da SE Asiático;
 Objetivos: Organização internacional para defesa coletiva;
 Principais membros: EUA, Reino Unido, França, Austrália e Paquistão;
Cap Antonio

 Organização do Tratado Central - CENTO


 Criação: 1955-1979 → Guerra Fria-Revolução Iraniana → afastar o comunismo no Oriente
Médio;
 Objetivos: Organização internacional para defesa coletiva;
 Principais membros: Reino Unido, Irã, Iraque, Paquistão e Turquia

 NAFTA 2.0 ou USMCA


 O NAFTA original vigorou de 1994 até julho de 2020 quando foi substituído pelo Acordo
Estados Unidos-México-Canadá (USMCA);
 1994: Contexto do neoliberalismo, globalização e EUA na Pax Americana;
 2020: Donald Trump “America First”: proteção do mercado estadunidense, prevenir a fuga das
empresas americanas em busca de baixos impostos e mão de obra mais barata;
Cap Antonio
 Consequências:
o Subsídios à agricultura pelos EUA criou dificuldade para a produção agrícola mexicana;
o Fuga das indústrias para o México e redução da oferta de emprego, por conta da mão de
obra mexicana mais barata - Indústrias Maquiladoras;
o Aumento da imigração ilegal do México para os Estados Unidos;
o Aumentou a concentração de renda tanto no México como nos EUA.

 UNIÃO EUROPEIA
 Origem remonta a década de 1950: reinserção política e de retomada econômica das potências
do continente, que haviam perdido a hegemonia para EUA e URSS;
 Processo de integração:
 1944: BENELUX – área de livre comércio) → Bélgica, Holanda e Luxemburgo;
 1951: CECA – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço);
 1957: Tratado de Roma → CEE – Comunidade Econômica Europeia;
 1960’s: Evolução para União Aduaneira;
 1970’s: Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional;
 1992: Tratado de Maastricht: Atual União Europeia;
 2002: Início da circulação do Euro;
 27 Países (Reino Unido saiu 31/01/2020);
 Euro: não adotado por 8 países (Dinamarca, Suécia, Rep Tcheca, Hungria, Polônia, Bulgária,
Romênia, Croácia);
 Constituição básica:
 Parlamento Europeu: sediado em Bruxelas com representantes de todos os países;
 Comissão Europeia: órgão executivo do bloco;
 Sistema de leis: que rege as relações dos cidadãos dos países, que podem circular livremente
dentro da EU;
 Política externa: três bases:
 a política comercial comum;
 a cooperação para o desenvolvimento; e
 a política de segurança comum.
 Relações Internacionais: posições de protagonista, com uma política externa bem definida.
Com a implantação da Política Comum de Segurança e Defesa, prevê a intervenção da UE em crises
humanitárias e operações de paz;
 Tratado Mercosul-UE ainda em negociações → Mercosul que proteger sua indústria e a UE
seu agronegócio;

 Cooperação Econômica Ásia Pacífico – APEC


 Criação: 1989 → final da Guerra Fria, neoliberalismo, queda da URSS;
 Objetivos: implantar a livre circulação de mercadorias, capitais e serviços; fortalecimento
diante do mercado internacional e, principalmente, ter capacidade para concorrer com a União Europeia.
 Diferença para UE: APEC é focada somente nas questões econômicas;
 Principais membros: EUA, Rússia, China, México, Peru e Chile;
Cap Antonio

 Organização do Tratado de Segurança Coletiva – OTSC


 Criação: 1992 → final da Guerra Fria e do Pacto de Varsóvia
 Objetivos: tratado militar de defesa coletiva;
 Principais membros: Rússia, Armenia e países da Ásia Central
Cap Antonio

 Associação Sul-Asiática para Cooperação Regional – SAARC


 Criação: 1985 → Guerra Fria
 Objetivos: Cooperação política e econômica;
 A incapacidade da SAARC em desempenhar um papel crucial na integração do Sul da Ásia é
frequentemente creditada devido às rivalidades políticas e militares entre a Índia e o Paquistão →
diferente do Brasil e Argentina;
 Principais membros: Índia, Paquistão e Afeganistão;
Cap Antonio

 Organização para a Cooperação de Xangai - OCX


 Criação: 2001 → ascensão do terrorismo;
 Objetivos: Cooperação militar e econômica na Eurásia. Combater o terrorismo, separatismo e
extremismo;
 Principais membros: Rússia, China, Índia, países da Ásia Central

 Associação das Nações do Sudeste Asiático – ASEAN


 Criação: 1967 → Movimento dos Não-Alinhados e Guerra do Vietnã;
 Objetivos: acelerar o crescimento econômico, progresso social e desenvolvimento cultural na
região e promover a paz e a estabilidade através do respeito e justiça entre os países integrantes.
 Principais membros: Cingapura, Indonésia, Filipinas e Malásia;
Cap Antonio

 Parceria Transpacífica – TPP


 Criação: 2015
 Objetivos: estabelecer uma área de livre comércio;
 Principais membros: Japão, Austrália, Chile, Peru e Canadá
 EUA se retirou em 2018 → Trump;

 Parceria Regional Econômica Abrangente - RCEP


 Criação: 2020 → pandemia do covid-19 → a pandemia de Covid-19 e seu abalo na economia
mundial colaborou decisivamente para que as negociações fossem finalmente concluídas após quase dez
anos;
 Maior bloco econômico em circulação de capitais;
 Objetivos: Acordo de livre comércio → mais de 90% das mercadorias comercializadas entre os
países-membros podem ficar sem tarifas
Cap Antonio
 Principais membros: China, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia;
 A Índia também fez parte das negociações, mas desistiu em 2019, por causa das
preocupações de que tarifas mais baixas poderiam prejudicar os produtores locais.

UD 4 - MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS ESTRATÉGICOS


Assunto 11. Biodiversidade: uma questão estratégica

❖ Analisar os ecossistemas mundiais à luz da importância estratégica da biodiversidade na


atualidade.

a. Conceitos gerais
 Biodiversidade:
 É o conjunto de todos os seres vivos existentes, o que inclui todas as plantas, animais e micro-
organismos, de um ecossistema;
 Brasil possui entre 15% e 20% da diversidade biológica mundial;
 O Brasil está no topo dos 18 países megadiversos;

 A questão ambiental:
 É percebida devido à incidência de problemas ambientais globais, tais como o efeito estufa, a
destruição da camada de ozônio e a mudança climática;

 A Amazônia:
 Principal floresta tropical do mundo;
 Detém cerca de 1/3 do estoque genético planetário;
 A Bacia Amazônica (inclui os outros países) concentra cerca de 20% das águas fluviais (doce)
do mundo. O Brasil detém cerca de 12% das reservas de água doce do mundo.

 Florestas tropicais úmidas


 Distribuídas pela América do Sul e Central, a África e a Ásia;
 Apresentam maior complexidade e maior riqueza de espécies;
Cap Antonio

 Corredores ecológicos
 São áreas que unem os fragmentos florestais ou unidades de conservação separados por
interferência humana, como por exemplo, estradas, agricultura, atividade madeireira → possibilitam
trocas genéticas entre populações;
 Só na Amazônia, foram identificados cinco corredores ecológicos;

 Ecossistema: é uma comunidade formada pela interação de organismos vivos e seus ambientes
físicos, desde os minerais do solo até formações topográficas e padrões climáticos;
 Bioma: é a maior unidade geográfica, caracterizada por um tipo de vegetação dominante.

b. Controle do patrimônio genético e recursos naturais


 Contexto atual: avanços proporcionados pela 3ª e 4ª Revolução Industrial;
 Constitui fonte de possíveis descobertas (medicina, estética) e usos (matéria-prima) por meio
da transformação que as novas tecnologias proporcionam;
 E daí?
 Beneficia governos e empresas privadas mais desenvolvidas no campo C&T;
 A disponibilidade de recursos naturais confere maiores vantagens competitivas na sociedade
contemporânea;
 As sociedades mais avançadas em C&T dependem desse suprimento → EUA, Alemanha,
Japão, França e Inglaterra;
 E daí?
 Posse de recursos naturais é objeto de disputas entre países;

c. Conservação da biodiversidade e relevância para a economia


 Objetivo: usufruir dos recursos, de maneira sustentável;
 O desenvolvimento sustentável repele pressões internacionais;
Cap Antonio
 Relevância para a economia, em decorrência de sua exploração, com planejamento, gerando
riquezas para a nação;
 Requer medidas governamentais para o usufruto consciente e organizado;
 E daí?
 Garante desenvolvimento sustentável;
 Contribui para o progresso nacional;

d. Os principais biomas do mundo

 Floresta Tropical: América Latina, África subsaariana, Sul e Sudeste da Ásia;


 Savanas: América do Sul, África Subsaariana e Norte da Oceania;
 Desertos: África Setentrional e extremo Sul, Sudoeste da América do Norte, Atacama (Chile) e
Patagônia (Argentina), Oriente Médio, Ásia Central, China e Austrália;
 Deserto absoluto: Groelândia;
 Chaparral: Mediterrâneo;
 Campos temperados: Centro-Sul da América do Norte, Extremo Norte e Sul da América do Sul,
Sudeste Europeu, Oriente Médio, Ásia Central e Leste Asiático (China) e Austrália;
 Florestas Temperadas: Sudeste da América do Norte, Europa e Oeste Asiático, Extremo Oriente e
Sudeste da Oceania;
 Florestas de Coníferas (Taigas): Centro-Norte da América do Norte e da Rússia, Países Nórdicos
(Europa) e Sul da China;
 Tundra Ártica e Alpina: Extremo-Norte da América do Norte e da Rússia;
 E daí? À luz da biodiversidade e de sua importância estratégica atual, avulta-se de importância o
bioma da Floresta Tropical, presente na América do Sul (Floresta Amazônica), na zona equatorial da
África, no sudeste asiático e no subcontinente indiano. No Brasil, a Floresta Amazônica é considerada a
Cap Antonio
maior diversidade de reserva biológica do planeta, com indicações de que abriga, ao menos, metade de
todas as espécies vivas do planeta.

e. Ideias englobantes
 Grande parte da biodiversidade se encontra em países tropicais normalmente periféricos;
 Essa dinâmica incentiva a geopolítica de controle desses territórios pelas grandes potências;
 O Brasil é dotado da chamada mega diversidade, acirrando interesses estrangeiros;

BIODIVERSIDADE

a. Ranking das biodiversidades no mundo


 Brasil: maior faixa contínua de floresta tropical do planeta e líder de mega diversidade;
 Ranking:
 Brasil (1º lugar), Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Austrália, África do Sul, China, Índia,
México, EUA e RDC (República Democrática do Congo) => 70% da flora e fauna do mundo existem em
apenas 17 países e essas nações representam pouco menos de 10% da superfície da terra => conflitos de
interesses;

 Hotspot: áreas com grande biodiversidade, ricas principalmente em espécies endêmicas, e que
apresentam alto grau de ameaça.
 Condições:
 Abrigar pelo menos 1500 espécies de plantas endêmicas;
 Ter perdido mais de ¾ de sua vegetação original;
 Brasil: Cerrado e Mata Atlântica;
 E daí? Urgência de sua proteção versus Aproveitamento de seu potencial econômico;
Cap Antonio
b. Preocupação ambiental mundial
 Debates capitaneados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA);
 A Conferência das Partes (COP) da biodiversidade ocorre a cada ano par;
 Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB):
 Firmada em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento, Rio de Janeiro (Eco 92);
 Objetivos:
 conservar a biodiversidade global;
 garantir o uso sustentável das espécies e ecossistemas;
 e desenvolver formas justas e equitativas de compartilhar os benefícios do uso econômico
dos recursos genéticos, como drogas e outras tecnologias encontradas na natureza.
 Reconhece a soberania dos países sobre seus recursos genéticos. Direito de cada país
determinar, por lei nacional, o regime de acesso aos recursos de sua biodiversidade;
 O Brasil foi o primeiro país a assinar o texto da Convenção e a ratificou pelo Congresso
Nacional ocorreu em 1994;
 E daí? É a principal referência internacional para o debate e ações relativas à área;

c. Interesses na região amazônica


 Corporações transnacionais, especialmente nos setores de fármacos e de defensivos agrícolas
→ Preservar o patrimônio genético para suas explorações biotecnológicas;
 Grupos e organizações ambientalistas, nacionais e estrangeiras: Greenpeace, Fundação Gaia;
 Bancos multilaterais, pressionados pela opinião pública internacional com respeito à questão
ambiental: Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Novo Banco de Desenvolvimento;
 Governo brasileiro reconhece a importância da biodiversidade para um desenvolvimento em
bases sustentáveis da região;
 Comunidades extrativistas → dependem de exploração sustentável dos recursos biológicos
locais;

 Alternativas de uso sustentável da biodiversidade amazônica


 Extrativismo vegetal e a pesca;
 Transformação dos recursos biológicos localmente, gerando renda e conscientização da
população da região. Setores em destaque: de cosméticos, farmacêutico, inseticidas, insetífugas e
assemelhados, alimentício;
 Aproveitamento de recursos biogenéticos por meio de biotecnologias avançadas e da
engenharia genética;

 A biopirataria
 Retirada ilegal de material genético da região;
 Expedições promovidas por grupos científicos ou empresariais do exterior;
 Atividades de algumas organizações não governamentais que exploram, em contato direto,
comunidades locais e tradicionais;
 Instituições nacionais de pesquisa em cooperação científica com o exterior;

AS FLORESTAS TROPICAIS
 Floresta tropical africana;
 Camarões, República Centro Africana, República do Congo, República Democrática do Congo,
Guiné Equatorial e Gabão;
Cap Antonio
 Amazônia na América do Sul
 Área: 8 países + 1 território ultramarino (Guiana Francesa);
 Maior fronteira geopolítica da biodiversidade;
 Cerca de 30% do estoque genético planetário;
 Principal problemática da Amazônia → Desmatamento:
 Queimadas;
 Expansão da fronteira agropecuária;
 Exploração predatória de madeira;
 Garimpo ilegal;
 Corredor Triplo A
 Corredor biológico Andes – Amazônia – Atlântico;
 Proposto em 2015 pela governante da Colômbia;
 O triplo A é um projeto para a criação de um gigantesco “corredor ecológico” que ligaria os
Andes ao Atlântico passando pela Amazônia Brasileira.
 Englobaria 385povos indígenas, de oito países sul-americanos;
 Ameaça a soberania da Amazônia brasileira;
 Forte presença de ONG - Fundação Gaia (patrocínio Inglaterra);
 E daí? A proposta fere a soberania e os direitos sobre a exploração das riquezas naturais de
cada nação participante. É preciso tomar cuidado, com as reais intensões dos Governos, entidades e
ONGs ligadas ao sistema imperialista, que de há muito tempo querem criar uma zona internacional livre
na região, o que afetaria sim nossos interesses sobre esse importante e extenso território de nosso país.

BIODIVERSIDADE BRASILEIRA
 Legislação e órgãos
 1961: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE): Monitoramento das áreas por satélite,
pesquisa atmosférica e meteorologia;
 1989: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA);
 2012: Código Florestal → estabelece normas gerais sobre a Proteção da Vegetação Nativa;
 Ministério do Meio Ambiente;
 E daí? Aumento da preocupação brasileira, alinhada com políticas exteriores;

 Biomas do Brasil
 Seis Biomas:
 Amazônia (49%);
 Cerrado (24%);
 Caatinga (10%);
 Mata Atlântica (12%);
 Pampas (2%);
 Pantanal (2%);
 Cerca de 15% da biodiversidade mundial;

 Complexo Regional da Amazônia:


 Toma mais da metade do território brasileiro e abrangendo
integral ou parcialmente nove estados: Amazonas, Acre, Amapá, Mato Grosso, Maranhão, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins);
 60% do total de áreas protegidas no Brasil;
Cap Antonio
 10% do seu território na forma de Unidade de Conservação → SNUC - Sistema Nacional de
Unidades de Conservação;
 A Amazônia perdeu 12% da sua área de floresta em 37 anos → queimadas, expansão da
fronteira agropecuária, exploração predatória de madeira;
 Atividades de maior impacto ambiental
 Mineração;
 Geração de energia;
 Exploração de madeira;
 Agropecuária;
 Ameaças à biodiversidade aquática - Garimpo ilegal e pesca ilegal e predatória;
 E daí? Exploração comercial estimula conflitos entre setores que defendem o uso econômico
versus a necessidade de conservação da biodiversidade;

 Participação do Exército na proteção da biodiversidade brasileira


 Operação Ágata: Interagências (IBAMA/ICMBio);
 Organizações Militares de fronteira: vigilâncias na fronteira;
 GLO ambiental: Combate às queimadas → Operação Verde Brasil;
 Limpeza do óleo nas praias;
 Preservação ambiental nos campos de instrução;
 Ações da DPIMA - Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente → Disseminação de
informações, padronização de planos de gestão ambiental e fiscalização interna;

 Ação de preservação da Amazônia


 Decreto 2023: Instituiu a Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do
Desmatamento e restabeleceu o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na
Amazônia Legal - PPCDAm e os Planos de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento no
Cerrado, na Mata Atlântica, na Caatinga, no Pampa e no Pantanal;
 Fundo Amazônia: Capta doações para serem investidas em ações voltadas de prevenção,
monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da
Amazônia Legal. Doadores: Noruega, Alemanha e Petrobras;
 Programa ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta): Trata-se da utilização de diferentes
sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais dentro de uma mesma área. Dessa maneira, otimiza
o uso da terra, elevando os patamares de produtividade de maneira ambientalmente correta, com baixa
emissão de gases causadores de efeito estufa ou mesmo com mitigação desses;
 2021 – Satélite Amazônia 1: Primeiro satélite de Observação da Terra completamente
projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. Visa fornecer dados e sensoriamento remoto para
observar e monitorar o desmatamento especialmente na região amazônica; → em parceria com a Índia;

AÇÕES NA ANTÁRTIDA
 Patrimônio da humanidade:
 27 países signatários do Tratado da Antártida possuem base no continente;
 Tratado da Antártida proíbe testes nucleares;
 Mar de Ross é possível reserva de ferro, petróleo e gás natural;
 Concentra 70% das reservas de água doce do planeta → Congeladas;
 Regulador térmico do mundo;
 Protocolo de Madri proíbe exploração econômica até 2048;
 Base brasileira: Comandante Ferraz (Marinha do Brasil);
Cap Antonio
 Preservação por meio do Acordo de Paris → redução GEE;
 E daí? Preocupação mundial com a preservação;

IDEIAS ENGLOBANTES
 A biodiversidade brasileira pode vir a tornar-se uma vantagem comparativa do país no âmbito da
geopolítica global;
 Fatores favoráveis ao país:
 Possui ampla disponibilidade de recursos biogenéticos;
 A tradição de sua ciência na área biológica;
 Acervo de conhecimentos tradicionais acumulados pelas populações locais e pertinentes para o
acesso à natureza e às aplicações dessa biodiversidade;
 Acesso aos recursos naturais norteia as relações sociais e de poder;
 O controle de territórios com maior riqueza em termos de biodiversidade representa um fator
potencialmente estratégico na busca de vantagens competitivas;
 A biodiversidade passou a ser considerada um recurso estratégico nas últimas décadas, deixando
de ser uma questão meramente ecológica e se tornou uma questão geopolítica;
 O acesso aos recursos naturais tem papel preponderante nas relações de interesse e poder no
âmbito global;
Assunto 12. Panorama energético mundial

❖ Analisar a matriz energética mundial.

Assunto 13. Água: controle e gestão

❖ Examinar o controle e a gestão da água no mundo contemporâneo


Cap Antonio
Assunto 14. Produção mundial de alimentos

❖ Analisar o atual estágio da produção mundial de alimentos

Assunto 15. Acordos e tratados internacionais sobre meio ambiente e recursos naturais estratégicos

❖ Compreender os principais acordos e tratados internacionais sobre meio ambiente e

recursos naturais estratégicos.


 Preservação: sem a interferência humana;
 Conservação: permite a exploração sustentável;

 ONU e as Conferências sobre o Meio Ambiente


 A relação demanda crescente versus recursos
escassos necessita de uma visão ecossistêmica, integrando
sociedade, ecologia e interesses econômicos;
 Meio ambiente: questão global;
 Efeitos da II GM e os ataques nuclearas dos
EUA contra o Japão e a poluição atômica;
 Guerra Fria e a possibilidade de um conflito
nuclear;
 Crescimento econômico acelerado;
 Acidentes ambientais nas décadas de 1950 e
1960;
 1972: Conferência de Estocolmo;
 1ª Conferência sobre Meio Ambiente com chefes de Estado;
 Relações ser humano x ambiente;
 Percepção dos impactos ambientais;
o Poluentes e inversão térmica;
o Secas severas e esvaziamento de corpos d’água;
o Ilhas de calor;
o Poluição atmosférica;
 Debate: crescimento zero (desastre) ou crescimento a qualquer preço?
 1972: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente;
 1977: 1ª Conferência sobre Educação Ambiental;
 1987: Discussão sobre o buraco da camada de ozônio e o compromisso para o banimento do
emprego dos CFC;
 1987: Relatório Brundtland → inseriu o conceito de desenvolvimento sustentável – não
interfere as gerações futuras;
 1992: Rio-92 – 2ª Conf. das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento;
 Chefes de Estado e as organizações não-governamentais;
 A luta contra a pobreza insere-se como uma questão ambiental;
o Convenção sobre Biodiversidade: Convenção para proteger a diversidade biológica,
respeitando a sustentabilidade e a soberania genética dos países.
o Agenda-21: compromissos para serem empregados ao longo do século XXI para a
melhoria do ambiente no planeta;
 1997: Protocolo de Kyoto → metas para a redução dos gases do efeito estufa.
 Metas obrigatórias para países desenvolvidos e voluntárias para países subdesenvolvidos;
Cap Antonio
 Incentivos de novas políticas energéticas;
 Comércio de créditos de carbono;
 Impasses:
o EUA abandonou em 2001;
o Crescimento das emissões de China, Índia e Brasil;
 2002: Rio + 10 → desenvolvimento humano (pobreza) x meio ambiente: os países
comprometeram-se a reduzir a pobreza mundial em 50%;
 2012: Rio + 20 → um balanço geral sobre as metas da Eco-1992. No geral, foram apenas
parcialmente cumpridas.
 2015: Acordo de Paris: estabelecimento de metas concretas para responder às mudanças
climáticas → cada país estabeleceu suas metas de redução de gases estufa;
 Objetivo: controlar o aumento da temperatura média global;
 Trump saiu em 2017 e Biden voltou em 2021;

 Políticas ambientais no mundo


 1872 – Yellowstone: primeira reserva natural do mundo;
 Efeitos das mudanças de percepção sobre o ambiente:
 1952 – Londres: nuvem de gases tóxicos oriundos da queima do carvão;
 1956 – Japão: empresa lançava mercúrio na água → filhos com deformações físicas;
 1962 – EUA: Livro Primavera Silenciosa → aborda o risco do uso de pesticidas;
 1968 – Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares: evitar a proliferação de testes
e armas nucleares → além do poder destrutivo, poluição do ambiente com resíduos radioativos;
 1968: Clube de Roma: um grupo de pessoas ilustres que se reúnem para debater um vasto
conjunto de assuntos relacionados a política, economia internacional e, sobretudo, ao meio ambiente e
o desenvolvimento sustentável.
 Década de 1970:
 EUA cria a Agência de Proteção Ambiental → políticas públicas efetivas;
o Testes e certificações de emissões de poluentes nos automóveis;
 Década de 1990:
 Criada a Agência Europeia do Ambiente (AEA) → políticas ambientais para o conjunto dos
países da União Europa;

 Políticas ambientais no Brasil


 1934: Código de Águas → preservação das águas/
 1934: Primeiro Código Florestal → reserva legal nas propriedades e parques nacionais;
 1965: Segundo Código Florestal → AAPs: Áreas de Preservação Permanente;
 Não devem ter nenhuma alteração feita pelo homem;
 Topos de morros, serras e montanhas;
 Nascentes;
 Margens de cursos d’água;
 Encostas, restingas e mangues;
 1967: IBDF – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal;
 1981: Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) → ordenar e fiscalizar as ações relacionas
ao meio ambiente;
 Inovou ao tratar o meio ambiente de forma sistêmica no Brasil, criando o SISNAMA e o
CONAMA.
o Sisnama: Sistema Nacional do Meio Ambiente;
o Conama: Conselho Nacional do Meio Ambiente;
Cap Antonio
 Licenciamento ambiental: Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto
sobre o Meio Ambiente (RIMA);
 1988: CF – descentralização da política ambiental;
 1989: Criação do IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis;
 1992: Rio-92
 Criação do Ministério do Meio Ambiente;
 1997: Agenda 21 Brasileira;
 1998: Lei de Crimes Ambientais → agressões ao meio ambiente passam a ser crimes
tipificados em legislação;
 2000: Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC;
 Proteção integral ou uso sustentável;
 Estabelecimento do SNUC com Unidades de Conservação de Proteção Integral e de Uso
Sustentável, podendo ser tanto federais, quanto estaduais, municipais ou privadas. Também foram criados
os Planos de Manejo.
 2012: Novo Código Florestal → Flexibilizou as APPs, beneficiando o agronegócio.
 E daí? Uma das legislações mais avançadas no mundo;

 A SECURITIZAÇÃO DO MEIO AMBIENTE


 1992 – Conceito de Estado falido:
 Um Estado incapaz de se sustentar como um membro do sistema internacional, de se
autogovernar e de proteger seus cidadãos de crimes contra a humanidade; em suma, um Estado que
existiria apenas de jure, mas não de facto.
 Esses Estados não teriam recursos para combater, em seu território, genocídios, guerras civis,
terrorismo e diversas outras violações dos Direitos Humanos e, além disso, ameaçariam seus vizinhos – e
o sistema internacional como um todo – através de levas de refugiados, instabilidade política e guerras;
 Guerra Fria:
 Marcada por intensas rivalidades entre Estados → algo só seria visto como um tema de
segurança se tivesse o Estado e as suas Forças Armadas como o cerne da questão;

 Pós-Guerra Fria:
 Ameaças antes ignoradas ou dignas de menos preocupação passam a figurar entre as novas
prioridades de segurança de diversos países.
 Os “Estados falidos” abrigariam diversas dessas novas ameaças → esses Estados passam a ser
tema de segurança;
 Propiciou uma expansão do objeto da segurança internacional, que não seria mais restrita ao
âmbito estatal e militar e passaria a incluir: guerras civis e genocídios, narcotráfico, terrorismo,
pirataria e mudanças climáticas.
 Com a expansão do conceito de segurança, não houve o “fim da história”, mas o fim do
monopólio dos estudos tradicionais de segurança;

 Década de 1980:
 Escola de Copenhague:
 Introduziu uma nova forma de analisar o tema “segurança”, apresentando uma abordagem
que defende a inclusão de atores não-estatais à agenda de estudos de segurança e a sua setorização
(estudos de segurança em cinco setores: militar, político, econômico, societal e ambiental);
Cap Antonio
 Acrescentam elementos internos e externos ao Estado e sustentam que a segurança
dependeria, além do aspecto militar, de outros que não são limitados por fronteiras nacionais;
 Securitização: é o processo através do qual uma questão da vida social passa a ser tratada
como algo acima da política – das práticas políticas institucionais -, ou como uma forma especial dela.
o Não politizado: quando a questão não é alvo de debate público ou atenção do Estado;
o Politizado: quando políticas públicas e decisões passam a ser destinadas para a resolução
desse problema;
o Espectro da securitização:
i. Seria a extrema politização da questão, que passa a ser apresentada como uma ameaça
existencial ao Estado ou a um aspecto aquém (grupos populacionais, cultura) ou além (sistema econômico
internacional, meio ambiente);
ii. Problema é retirado da esfera político-institucional comum e é transferido para o
campo das políticas de segurança, no qual o ator securitizador (quem realiza a securitização) requer
medidas emergenciais – podendo incluir medidas de exceção e práticas inconstitucionais – em nome da
contenção e do fim desta ameaça supostamente existencial.
iii.Feita através de um discurso, de um ato de fala (“speech act”), de tal forma que o
problema não precisa ser de fato uma ameaça existencial, ele só precisa ser construído e apresentado
como tal;
iv. A opinião pública, para tolerar violações de leis e direitos que, outrora, deveriam ser
respeitados, precisa ser convencida de que tal ameaça é existencial e de que este caminho é a única forma
de se escapar dela → a aceitação do discurso vai depender do que a coletividade – e não um indivíduo ou
outro – considera passível de medidas emergenciais;
v. Exemplo: Um excelente exemplo de securitização bem sucedida pode ser visto nos
EUA, quando o assunto é terrorismo.
vi. Enquanto a politização implica um debate político aberto, a securitização prega que
uma ameaça é tão existencial e urgente que não se deve perder tempo com esse tipo de debate.

 A Questão Ambiental
 1972: Os problemas ambientais tiveram sua politização iniciada nos primeiros anos da década
de 1970 → dadas as limitações impostas pela lógica de segurança da época, este movimento era restrito à
academia e a esferas políticas secundárias;
 1992: Com a Rio 92 e as discussões acerca do Protocolo de Quioto no fim da década de 1990, o
tema das mudanças climáticas foi “popularizado”, passando a receber cada vez mais atenção da
comunidade internacional.
 A conferência foi responsável por popularizar a ideia de desenvolvimento sustentável (já
difundida no Relatório Brundtland de 1987), tendo este conceito sido central nas discussões realizadas.
 1994 – Relatório do Desenvolvimento Humano: se apresenta e se defende a adoção do conceito
de segurança humana que possui sete dimensões interdependentes:
 Segurança econômica, alimentar, sanitária, pessoal, comunitária, política e segurança
climática (que teria como ameaça a crescente degradação ambiental, sobretudo nos países em
desenvolvimento);
 A primazia da integridade física do ser humano passa a ser superior sobre a integridade
territorial do Estado, afetando o conceito de soberania westfaliano. A soberania de um país estaria
subordinada à sua capacidade ou vontade de prover segurança à sua população.
 Dado o novo dever dos Estados de proteger os Direitos Humanos, tanto interna como
externamente, resultaria no fim de sua inviolabilidade, através, dentre outras medidas, de intervenções
militares internacionais em proteção da segurança da população, como seria esquematizado nos anos
2000, com o conceito de Responsabilidade de Proteger (R2P);
Cap Antonio
 A vinculação da segurança climática à segurança humana dotou a agenda climática de ainda
maior relevância. Com o relatório, este discurso, que já existia há poucas décadas no meio acadêmico,
passou a ser incorporado ao discurso institucional de uma entidade intergovernamental de grande peso, a
ONU;
 Os movimentos securitizadores possuem outras duas importantes características:
 Recorrem à ligação da segurança climática a outros setores de segurança, como o
econômico;
 Também costumam problematizar conceito de soberania westfaliana, alegando que a
degradação ambiental realizada em um Estado coloca em risco a segurança dos seres humanos no mundo
inteiro.

 EUA
 A primeira vez em que o termo “segurança climática” foi utilizada nos documentos de
segurança nacional só se deu em 1991 – ano que marcaria o fim da Guerra Fria –, sob o governo de
George H. W. Bush;
 Em 1993, com a eleição de Bill Clinton como sucessor de George H. W. Bush, a questão
climática passou a ter um apelo cada vez maior no governo estadunidense.
 Seu Vice-Presidente era Al Gore, um dos grandes porta-vozes da questão climática nos
EUA;
 1994 – Homer-Dixon e Robert Kaplan:
 crescimento populacional exacerbado nos países em desenvolvimento degradaria o meio
ambiente e minaria a estabilidade política de diversas regiões, sobretudo através das levas de refugiados
climáticos;
 2005 – Janet Sawin:
 A drástica redução da oferta de alimentos e dos reservatórios de água faria com que
populações pobres recorressem a organizações terroristas visando à provisão de suas necessidades vitais,
já que as instituições político-econômicas oficiais estariam fracassando nesta tarefa;
 O terrorismo foi securitizado com grande sucesso nos EUA no início dos anos 2000, associar
qualquer ameaça a este tema tem sido uma recorrente estratégia dos atores securitizadores.

 UNIÃO EUROPEIA
 1991 – Britânico A. J. Fairclough:
 Buscou mostrar as implicações de segurança da questão, ao ligá-la ao agravamento de
tensões existentes, levando a violência, estagnação econômica e fluxos de refugiados, e ao equipará-la,
em termos de gravidade, a ameaças militares tradicionais;
 2003 - A Comissão Europeia publicou a Estratégia Europeia de Segurança (EES), que teria
marcado a ascensão da questão climática às discussões sobre segurança na União Europeia;
 2008 - A Comissão Europeia publicou o Relatório sobre a Execução da Estratégia Europeia de
Segurança (REES), um documento destinado a reforçar e atualizar a agenda proposta na EES → a questão
climática passa a ter maior destaque na formulação de defesa europeia, visto que ela teria adquirido uma
maior urgência em relação a 2003;
 2010 – Alemão Harald Welzer:
 Livro: “Guerras climáticas: por que mataremos e seremos mortos no século 21”;
 A escassez de recursos em regiões como África, Ásia, Europa Oriental e América do Sul –
notar que não estão inclusas as ilhas de bem-estar social localizadas na América do Norte e na Europa
Ocidental – levarão seus países a conflitos armados pela disputa por elementos de sobrevivência, como
terras cultiváveis e fontes de água;
Cap Antonio
 Essas guerras teriam o potencial de potencial de gerar uma onda de refugiados climáticos,
que seriam uma espécie de multiplicador de violência, perpetuando-a em seus países de origem ou
propagando-a nos demais;
 Welzer alerta que a América do Norte e a Europa Ocidental terão que aprofundar suas
medidas de segurança se quiserem resistir aos refugiados climáticos;
 Países majoritariamente agrícolas, as variações climáticas não seriam meramente obstáculos
à produção, mas uma grande ameaça à sobrevivência dos humildes agricultores, bem como de toda a sua
família.
 E essa violência não pertenceria apenas ao futuro, já tendo havido, pelo menos, três casos
principais apresentados por Welzer:
o 1994: Genocídio de Ruanda;
o 2003: O Conflito de Darfur, a oeste do Sudão → dito como a primeira guerra climática
do século XXI → A combinação de décadas de secas, desertificação e superpopulação estão entre as
causas do conflito de Darfur, onde os nômades árabes, em procura por água, levam seu rebanho para o
sul, uma terra ocupada predominantemente por comunidades agrárias.
o 2005: Furação Katrina em Nova Orleans → saques a lojas, arrombamentos, estupros e
tiroteios, levando as autoridades locais a declarar estado de guerra, estabelecer a lei marcial e convocar a
Guarda Nacional. Servindo como um microcosmo do que seria o futuro das mudanças climáticas;
 Soluções:
o Plano individual, consistindo em medidas a serem tomadas individualmente, como só
utilizar a máquina de lavar louças quando ela estiver completamente ocupada, separar o lixo orgânico do
reciclável, entre outras.
o Plano internacional, isto é, a tentativa que vem desde os anos 1970 de se construir um
regime ambiental mundial para reger a postura dos Estados no enfrentamento das mudanças climáticas →
Fracasso: a falta de meio coercitivos internacionais para sancionar países que viessem a infringir acordos
previamente estabelecidos
o Plano doméstico: não obstante o caráter transfronteiriço da questão climática, seria neste
plano que haveria a transformação dos acordos internacionais em leis propriamente ditas e que, ademais,
estaria garantido o seu cumprimento, haja vista o monopólio legítimo da força detido pelo Estado
 Analisando o livro de Welzer, fica patente a perspectiva securitizadora da questão
climática formulado pelo autor.

 BRASIL
 Num mundo cada vez mais marcado pela crescente escassez de recursos naturais, possuir a
maior floresta tropical do planeta – a Floresta Amazônica – dota o Brasil de grande influência quando o
assunto se refere às mudanças climáticas;
 Descompasso entre a região e o restante do país:
 Apesar de representar 60% do território brasileiro, a Amazônia Legal é responsável por
apenas 8% do PIB nacional, reunindo não mais do que 13% da população do país;
 Desconhecimento do povo brasileiro (governo incluso) acerca de uma região que responde
por aproximadamente 70% das fronteiras nacionais constitui uma imensa vulnerabilidade, visto que é
difícil gerir e proteger algo que não se conhece plenamente.
 Outra ameaça a Amazônia é o interesse internacional – advindo de Estados, Organizações
Internacionais e Organizações Não-Governamentais (ONGs) – pelos recursos naturais que nela se
encontram, principalmente num planeta que enfrenta as consequências das mudanças climáticas.
 Declarações acerca da Amazônia:
 Em 1977, Henry Kissinger: defendeu o estabelecimento de um sistema de constrangimentos
e pressões políticas, econômicas e militares sobre países em desenvolvimento detentores desses recursos.
Cap Antonio
 Em uma reunião do G-7 em 1983, Margareth Thatcher sugeriu a troca da dívida externa por
territórios na região amazônica.
 Em 1989, Al Gore declarou que a Amazônia não seria apenas dos brasileiros, mas de todos.
 Em 1989, François Mitterand classificou a região como um território de soberania relativa,
pregando que alguns países deveriam abrir mão dela em prol de interesses globais.
 Em 1992, Mikhail Gorbatchev, seguindo o pensamento de Mitterand, sugeriu que o Brasil
delegasse a soberania sobre a Amazônia para organizações internacionais competentes;
 Em 1992, o ex-primeiro ministro britânico John Major afirmou que não se poderia descartar
a realização de intervenções militares para garantir a preservação da região;
 Em 2004, o então secretário do PNUMA Klaus Toepfer sustentou que os recursos naturais
da Floresta Amazônica seriam um patrimônio da Humanidade;
 “A França quando vem conversar conosco se considera país amazônico [...] Não é uma
teoria da conspiração, é real, de fato.”
 Ações brasileiras:
 1985 - Programa Calha Norte (PCN) tem a missão de contribuir para a manutenção da
soberania nacional, a integridade territorial e a promoção do desenvolvimento ordenado e sustentável na
sua área de atuação;
 Sistema de Proteção da Amazônia – SIPAM: voltados para o rastreamento e o
monitoramento do território amazônico (espaço aéreo, terrestre, e de subsolo) através de uma sofisticada
rede de satélites e radares;
 “guardiães do patrimônio e da soberania nacionais”, as Forças Armadas incluem na sua
missão proteger o país de qualquer tentativa estrangeira de apropriação dos recursos naturais brasileiros,
justificando, assim, a articulação entre as Forças Armadas e a questão climática;
 o Brasil possui a legislação ambiental mais detalhada do mundo, o que seria expresso no
fato de que, enquanto a Europa já destruiu 99,7% de suas florestas, o Brasil desmatou apenas 31%,
detendo 28% das florestas do planeta;
 O atenuamento da rivalidade com a Argentina no final da década de 1980, possibilitou o
deslocamento do eixo geopolítico do Cone Sul para a região Norte;
 Ameaças:
 ONGs:
o Em 2013, o General Eduardo Villas Bôas, Comandante Militar da Amazônia, expressou a
insegurança de não se saber exatamente quem está por trás das ONGs, alegando que, em muitas ocasiões,
elas iriam de encontro com os interesses do Estado brasileiro;
o ONGs seguiriam políticas próprias, não respeitando as resoluções acordadas por
organismos como a ONU. Exemplo disso se vê quando o Greenpeace defende internacionalmente o
“desmatamento zero” na Amazônia, sendo que esta medida é vista por parte dos discursos enunciados a
partir das Forças Armadas brasileiras como voltada a interromper a exploração dos recursos naturais
através do congelamento da industrialização;
o “fundamentalismo ecológico”;
 Discurso de internacionalização da Amazônia pela iniciativa dos países industrializados;
 Se constata que a região possui energia, água e alimentos que, ao mesmo tempo em que
poderão dotar o país de maior poder no sistema internacional, também poderão torná-lo alvo da
necessidade de outros países, mesmo que este cenário não seja viso no presente;
 Países desenvolvidos, que universalizariam a questão como uma ameaça a todos,
defendendo a relativização da soberania por parte dos países, em prol de um enfrentamento global
calcado na cooperação internacional;
 As intervenções estrangeiras não se dariam mais pelas armas, mas “pelos mecanismos
criados nos organismos multilaterais e disseminados pelas organizações não governamentais”;
 A Política de Defesa Nacional (PND):
Cap Antonio
o Atenta para o fato de que o conceito de segurança vem sendo gradualmente ampliado,
passando a abarcar ameaças mais complexas e menos previsíveis, como os campos psicossocial,
econômico e ambiental.;
o Do ponto de vista da Defesa, além das regiões onde se concentram os poderes político e
econômico, deve-se dar prioridade à faixa de fronteira, à Amazônia e ao Atlântico Sul;
 Estratégia Nacional de Defesa (END):
o A Amazônia, assim como o Atlântico Sul, também é uma área de interesse geoestratégico
para o Brasil. A proteção da biodiversidade, dos recursos minerais, hídricos, além do potencial energético,
no território brasileiro é prioridade para o País;
o A exploração e o desenvolvimento socioeconômico da Amazônia, de forma sustentável,
continuarão a ser vitais para a integração nacional, exigindo o incremento das capacidades de prover
segurança e soberania, intensificando a presença militar e a efetiva ação do Estado, evitando que
entidades exógenas influenciem as comunidades locais. → desenvolvimento sustentável como
instrumento da defesa nacional, sendo ele uma peça-chave para a proteção da soberania brasileira sobre a
Amazônia;

UD 5 - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA: A GRANDE POTÊNCIA MUNDIAL


Assunto 16. Formação territorial dos EUA

❖ Apresentar o processo de ocupação e formação do território norte-americano, sob o enfoque


da Geografia.

i. Colonização heterogênea, SUL com colônias de exploração e NORTE com colônias de


povoamento.
 E daí? Favoreceu a diversificação econômica e a o embrião liberal nas colônias do Norte.

ii. Independência dos EUA, após os aumentos dos impostos, o monopólio do chá concedido à
Companhia das Índias Orientais, a Festa do Chá de Boston e os Atos Impraticáveis aprovado pelo
parlamento britânico em 1774. As 13 colônias declaram guerra à Inglaterra em 1775 e em 04 de julho de
1776 é lida, na Filadélfia, a Declaração de Independência dos EUA.
 E daí? Após a consolidação da independência e livres das interferências da metrópole, os EUA
iniciaram sua conquista de territórios.

iii. Expansão territorial até o pacífico - "Marcha para o Oeste" , compraram a Louisiana (1803) da
França, a Flórida (1819) da Espanha, o Oregon foi cedido pela Inglaterra (1846), conquista das terras do Texas
à Califórnia (1848) após guerra contra México (Trat. Guadalupe-Hidalgo), compra do Alasca (1867) da
Rússia.
 E daí? Permitiu aos EUA aumentarem seu território, terem acesso a importantes recursos
naturais e acessar à Costa do Pacifico.

Assunto 17. Construção da hegemonia norte-americana

❖ Examinar a construção da hegemonia econômica, política e militar norte-americana.


Cap Antonio
Assunto 18. Ações estratégicas norte-americanas contemporâneas

❖ Analisar as ações estratégicas norte-americanas nas expressões do Poder Nacional, após o 11


de Setembro de 2001.

 ANOS 1990:
 Fim da Guerra Fria
 'Otimismo;
 Fim da história → ideia que seria o fim das guerras e dos conflitos, que não haveria mais
mudanças na história;
 EUA se lançam como novamente "polícia do mundo";
 Guerra do Golfo;
 Haiti;
 Iugoslávia → dissolução da Iugoslávia;
 Somália → Guerra Civil nas décadas de 1990 e 2000;
 Liberalização econômica → Consenso de Washigton;
 Hegemonia monetária
 Anos 1990;
 Dólar sem rivais;
 Moeda de referência global → sinônimo de riqueza;
 Trocas comerciais e financeiras →preço em dólar;
 Cotação de valores;
 Entesouramento;
 Centraliza política monetária;
 Sem risco cambial → sem flutuação;
 Presença norte-americana no mundo todo;
 Pax Americana → país que mantém a ordem nos seus termos;
 EUA como fonte de esperança e culpas;
 Multilateralismo → os EUA sustentam o multilateralismo → ganham legitimidade;
 Conferência da ONU;
 1995 → GATT → OMC;
 A década das conferências → exportar a democracia liberal;
 Atentados;
 1993: World Trade Center → carro bomba no subsolo do WTC;
 Agosto/1998: Tanzânia e Quênia → embaixadas americanas;

 SÉCULO XXI:
 11 de setembro de 2001;
 2977 mortos;
 Primeiro ataque estrangeiro desde Pearl Harbor;
 Al Qaeda e Talibã: O Talibã governava o Afeganistão e davam proteção ao Al Qaeda;
 Guerra ao Terror;
 2001: Afeganistão → com aprovação do CSNU → guerra legal;
 2003: Iraque;
 Guerra preventiva → guerra ilegal → proibida pelo direito internacional;
 Afirmavam que Saddam Hussein possuíam armas de destruição em massa;
Cap Antonio
 Sem autorização do Conselho de Segurança → ataque ao multilateralismo → o
multilateralismo delega poder → mas sou o país hegemon;

 Enfraquecimento da hegemonia monetária


 Enfraquecimento;
 Descontrole fiscal;
 Corte de impostos;
 Duas guerras de ocupação;
 Explosão do endividamento público;
 Juros americanos na mínima história (até então);
 Política de expansão econômica e financiamento do esforço de guerra;
 Expansionismo monetário;
 Desvalorização do dólar;
 Surgimento de um rival
 Euro: o Euro assim como o dólar tem uma forte economia por trás, permitindo irrigar o
mundo com essas moedas;
 Aumento do antiamericanismo;

 Doutrina Bush: Mandato: 20 de janeiro de 2001 – 20 de janeiro de 2009;


 Eixo do mal
 Irã, Iraque e Coreia do Norte;
 Cuba, Líbia e Síria;
 Enfraquecimento das organizações internacionais → EUA: cerca de 22% do orçamento da
ONU → Bush atrasa os pagamentos → enfraquecimento;
 “Reaganismo”
 Papel de liderança do mundo;
 A busca pelo interesse norte-americano;
 Esgotamento → antiamericanismo;

 Crise de 2008
 Crise do subprime → clientes de renda menor; os bancos estavam mais alavancados → a
regulação monetária estava menor durante o governo Bush;
 Excesso de alavancagem bancária;
 Risco de colapso generalizado;
 Não repetir 1929 → O FED socorreu o sistema bancário norte-americano;
 Socorro sem precedentes;
 Mais de US$ 700 bilhões de socorro aos bancos;
 Recuperação lenta;
 EUA perdem força política → os países emergentes conseguem enfrentar a crise de forma
satisfatória → devido as reservas internacionais armazenadas nos anos anteriores, decorrente da política
monetária flexível do Bush;

 Obama: Mandato: 20 de janeiro de 2009 – 20 de janeiro de 2017


 Apoio ao multilateralismo → EUA fragilizado;
 Acordo de Paris;
 Acordo nuclear com o Irã;
Cap Antonio
 Guerras
 Iraque e Afeganistão → aumentou o esforço diante da dificuldade de sair;
 2011: Líbia → Primavera Árabe → bombardeio da Líbia → morte do ditador Gaddafi →
instabilidade até hoje;
 Síria
 Atritos com Israel e Arábia Saudita;
 Política Externa confusa → oscilante;
 Retomada de relações com Cuba → melhorar a aparência norte-americana global;
 2014: Crise da Ucrânia
 Rússia fora do G-8 → retornou o G-7;
 Pivô para Ásia-Pacífico → atenção maior para a Ásia-Pacífico (China em ascensão) em
detrimento do Atlântico;
 Caso Snowden → escutas telefônicas → coleta de dados sem o conhecimento;
 Atritos com Dilma e Merkel → aprovam a resolução na ONU acerca do direito da privacidade;

 Eleição de 2016 – Trump: Mandato: 20 de janeiro de 2017 – 20 de janeiro de 2021


 Críticas à globalização pela sociedade norte-americana
 Nacionalismo;
 Retomada do isolacionismo → atenção para a política interna;
 Diminuição do ônus americano → saindo dos órgãos multilaterais → Ex.: saiu do TPP;
 Alegam que o multilateralismo é assunto da esquerda;
 Política da dúvida;
 Renascimento da geopolítica → disputas pela hegemonia global;
 Contenção à China;

 Trumponomics
 Corte de impostos corporativos → sem corte de despesas → aumento do déficit norte-
americano;
 Atrair investimentos;
 Mais crescimento/emprego;
 Renegociação de acordos comerciais → priorizando o âmbito bilateral;
 Fim no NAFTA → USMCA;
 Reduzir déficit comercial;
 Empregos de volta para os EUA;
 Resultados
 Boas taxas de crescimento;
 Desemprego nas mínimas → antes da pandemia;

1. Petit Cursos - Money talks: a economia dos Estados Unidos em um mundo em transição

 A POTÊNCIA AMERICANA:
 Ter capacidade de realizar investimentos é uma forma de aglutinar poder;
 Bioceânico;
 Século XIX: vendido como a Terra da Liberdade;
 Produção de lixo; consumo de energia;
 Economia baseada no consumo;
Cap Antonio
 Alta capacidade de exportar investimentos, mas significativamente menor que a China;
 Desenvolvimento econômico no século XXI: tecnologia e economia sustentável;

 Os EUA foram fundados num contexto onde se teorizava a teoria da economia capitalista =>
Adam Smith, A Riqueza da Nações => respeito as propriedades privadas => 2ª Emenda: armamento;

 1815: ascensão da Inglaterra como grande potência;


 A Inglaterra vence Napoleão;
 Potência marítima;
 Revolução industrial => não busca expansão territorial dentro da Europa => valores liberais =>
desenvolvimento econômico;
 Valores liberais;

 Primeira Guerra
 EUA como grande potência;
 Valores liberais reiterados;
 Defesa da ortodoxia econômica;
 Instituições internacionais;

 EUA: Sociedade de consumo

 Produção em massa => os EUA se enriqueceram por meio da produção industrial;


 Fordismo: produção em “peças”;
 Escala;
 Custos e preços menores => Ford T: O carro para o homem comum ter;
 Protecionismo
 Indústria;
 Primeira etapa: foco no mercado local;
 Segunda Etapa: exportações => I GM;
 Inovação
 Importação de cérebros;
Cap Antonio
 Capacidade de investimento;
 Domínio global;

 Pós-Segunda Guerra
 Conferência de Bretton Woods (1944);
 Novo sistema financeiro internacional;
 Plano White (EUA) x Plano Keynes (Inglaterra);
 Fundo Monetário Internacional (FMI) => socorro de Estados envidados;
 Banco Mundial => financiamento a longo prazo;
 O dólar torna-se lastreado em ouro => torna-se moeda global => hegemon imbatível. Até
os soviéticos tinham reservas em dólar;
 Comércio multilateral => a aproximação econômica evitaria novas guerras;
 Liderança do mundo capitalista;

 Bússola da economia mundial => A partir da segunda metade do sec. XX até início sec. XXI
=> China;
 Locomotiva do crescimento mundial;
 Principal parceiro comercial da maioria dos países;
 Principal fonte de financiamentos e ajudas;
 Financiador dos organismos multilaterais;
 Fonte de inovação e tendências de mercado;
 Modelo econômico de referência;
 Inspiração econômica para outros países;

 Crise de 2008
 A crise das crises;
 Epicentro da crise;
 EUA como fonte de incerteza;
 Altíssimo custo anticíclico => custo maior que a crise de 1929 com lenta recuperação;
 Lenta recuperação => aproximadamente 7 anos para recuperar;
 Perda do dinamismo;
 Fragilização dos pilares da “bússola”;
 A China:
 Passa a ser o principal parceiro comercial de muitos países;
 Fonte de inovação;

 EUA (Pré-Pandemia)
 Cenário econômico
 O crescimento esperado para 2020 era muito significativo;
 Pleno emprego;
 Inflação sob controle;
 Forte otimismo;

 Coronavírus
 EUA fortemente impactado;
 Muitas mortes => mais mortes que a Guerra do Vietnã;
Cap Antonio
 Forte retração do PIB;
 Desemprego alcança dois dígitos;
 Socorro trilionário;
 Recuperação lenta;
 Isolacionismo americano reforçado;
 Protecionismo americano reforçado => China como investidores globais;
 Brasil – EUA
 Exportação para a China => cerca 80%: soja, minério de ferro e petróleo;
 Exportação para os EUA => cerca de 83%: indústria de transformação => mais impostos, mais
empregos;
 EUA é o país com maior investimento em estoque no Brasil => China se aproxima;

 Novos temas
 Ausência de uma defesa do livre comércio;
 Imigração e crescimento;
 Mudanças climáticas e crescimento;
 Risco político
 Jan/2021: ataque ao Capitólio dos EUA;
 Possibilidade de mudança de regras eleitorais. Ex.: Considerar Washington e Porto Rico
como estados e alterar o colégio eleitoral => imprevisibilidade! => deixa de ser referência institucional
para o mundo;
 Fadiga no crescimento a longo prazo;
 Liderança econômica e institucional em risco;

2. Petit Cursos - Friends and foes: os aliados, os rivais, os inimigos

 FAZENDO ALIADOS
 Marcas da inserção internacional;
 Comércio => economia!
 Segurança => prioridade na escolha dos aliados!
 Segurança é prioridade;
 Determina importância das relações;
 3 categorias de aliados => SEGURANÇA
 OTAN;
 Parceiros globais da OTAN;
 Major non-NATO Ally (EUA) => aliados dos EUA fora da OTAN => Brasil no governo
Bolsonaro;
 OTAN
 Criada pelo Tratado de Washington (1949);
 12 membros originais;
 30 membros hoje;
o Macedônia do Norte (2020);
 Expansão pós-Guerra Fria;
 Guarda-chuva de proteção americano;
 Originalmente, contenção da URSS;
 Pós-Guerra Fria => SEGURANÇA
Cap Antonio
o Democracia;
o Economia;
o Terrorismo;
 Ampliação da atuação geográfica => age em outros temas e fora do seu território => diferente
da forma defensiva que vigorou durante a Guerra Fria;
 “Braço armado da ONU”:
o Bósnia (1992);
o Kosovo (1999);
o Afeganistão (2001);
 Aumento dos custos
 Pressão por maiores investimentos militares dos europeus;
 Compromisso de gastos militares em 2% do PIB até 2024 => atingir a meta aumenta o
prestígio junto aos EUA;

 ISRAEL
 Relação incômoda nos primeiros anos;
 Países árabes são mais atraentes para EUA e URSS;
 Israel mantém boa relação com a URSS => grande comunidade judaica na Rússia;
 Identificação maior com democracia ocidental;
 Virada: Guerra dos Seis Dias (1967)
 Israel derrota aliados soviéticos;
 Captura equipamentos soviéticos => vantagens sobre armamentos soviéticos no Vietnã
 EUA ajudam Israel na Guerra do Yom Kippur (1973) => ajuda com logística, diplomacia;
 Entre 6 e 10 milhões de judeus nos EUA
 Peso eleitoral pequeno;
 NY, Califórnia, DC, Massachussets e Flórida;
 Aliança com Israel responde ao pleito evangélico;
 65% da população é cristã => 43% protestante;
 Compromisso com a segurança de Israel é essencial eleitoralmente;
 Valores compartilhados;
 Fundamental para o Oriente Médio;

 ARÁBIA SAUDITA
 Meca e Medina cidades importantes para o Islã;
 1938: California Arabian Standard Oil encontra petróleo => empresa norte-americana encontra
petróleo no território saudita;
 Torna-se a Arabian-American Oil Company (ARAMCO);
 Hoje, Saudi Arabian Oil Company
 Objetivos americanos:
 Estabilidade política;
 Energia => OPEP+: Arábia Saudita como reguladora do preço do petróleo => grande
fornecedora de petróleo para o mundo;
 Contenção ao Irã e aliados
 Política externa mais destacada;

 IRÃ
Cap Antonio
 Origem persa;
 Aliado fundamental até 1979;
 Xá Reza Pahlevi => tenta ocidentalizar o país;
 EUA ajudam com programa nuclear;
 Aliança geopolítica => apoio frente a expansão soviética no Oriente Médio;
 Revolução Islâmica
 Associação entre EUA e modernização;
 Crise dos reféns;
 Expansão da Revolução
 Guarda Revolucionária => garantir a revolução dentro do país e expandir para o Oriente
Médio;
 Preocupação maior: programa nuclear;
 Bush: sanções;
 2015: Obama => acordo nuclear => troca transparência por diminuição das sanções =>
apresenta grande taxa de crescimento;
 Influência regional => com recursos gerados pela diminuição das sanções!
 Líbano;
 Iêmen;
 Iraque;
 Síria;
 Papel de destaque para Israel e Arábia Saudita => são aliados, mas não possuem relações
diplomáticas => Contra Irã;

 GRANDES RIVALIDADES
 RÚSSIA
 Grande importância no setor de energia;
 Disputa espaço geopolítico;
 Leste europeu;
 Venezuela;
 Oriente Médio;

 CHINA
 Rivalidade econômica e comercial;
 Tecnologia;
 Expansão da influência geopolítica;

 OUTRAS RIVALIDADES
 Resquícios da Guerra Fria
 Temor do comunismo se mantém => retórica poderosa!
 Venezuela;
 Cuba;
 Coreia do Norte;

 Patrocinadores do terrorismo => lista do governo norte-americano;


 1979: Síria;
 1984: Irã;
Cap Antonio
 1993: Sudão;
 2017: Coreia do Norte;

 Outros posicionamentos
 Reino Unido => Aliado Nº 01;
 Austrália => herança britânica e proximidade cultural => alinhamento quase automático;
 Japão => grande proximidade => defesa e contraposição aos chineses => bases norte-
americanas;
 Turquia:
 Pós II GM: OTAN, Guerra Fria (Crise dos Mísseis) => fim do Império Otomano, aliados;
 Atual => Erdogan => neo-otomanismo: política externa mais independente;
 México:
 Vizinho, comércio e imigração;
 “Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto do EUA”;

 BRASIL
 O Brasil não é prioridade da atual política externa dos EUA;
 Gigantes regionais;
 Parceiros comerciais => mais de um século sendo o principal parceiro do Brasil;
 Alinhamento x Independência;

3. Petit Cursos – Duelo de Titãs: EUA e China e o agravamento das tensões globais

 Armadilha de Tucídides
 Guerra da Peloponeso (431 – 404 a.C.)
 “A História da Guerra do Peloponeso”;
 Potência estabelecida: Esparta;
 Potência ascendente: Atenas;
 Esparta vai à guerra contra Atenas:
 Vitória de Esparta e decadência de Atenas;
 Para Tucídides, a guerra foi causada pela ascensão ateniense e o medo gerado em Esparta =>
instabilidades sistêmicas;
 Paralelos com a rivalidade sino-americana
 Haverá guerra?
 Graham Allison:
 Potências ascendentes desafiando potências consolidadas: 16 casos históricos;
 12 deles terminaram em guerra => conflito são a regra, não a exceção;
 Podem os EUA e a China escaparem da Armadilha de Tucídides?
 “Armadilha de Tucídides” entrou no discurso político:
 Xi Jinping: “Temos que nos esforçar para evitar a Armadilha de Tucídides”.

 Outro conceito: Kindleberger - Teoria da estabilidade hegemônica


 Estabeleceu um liame entre o declínio econômico da Inglaterra, a ascensão dos Estados Unidos
e a grande depressão => ocorreu um vácuo de poder entre a I GM e a II GM => Ex.: os EUA criaram a
Liga das Nações mas não permaneceram nela => mundo sem um hegemon!
Cap Antonio
 “Uma economia mundial, liberal e aberta requer a existência de um poder dominante ou de uma
estabilidade hegemônica”;
 A presença de um poder dominante no cenário político internacional produz a concretização de
desejos comuns. Por outro lado, a sua ausência encontra-se associada à desordem no cenário mundial e
resultados desastrosos para os países individualmente.
 China se fortalece, mas não o suficiente para sustentar bens comuns:
 Se beneficia da ordem americana, mas ajuda a enfraquece-la;
 China não oferece alternativas;
o Cria-se um vácuo de poder que pode gerar uma crise global;

 Necessidade de contenção?
 Relações oficializadas em 1979:
 Anos 1980 marcados por relativa aproximação;
 Trocas culturais;
 1989 – Crises relacionadas a Praça da Paz Celestial
o Governo Bush pai endurece relações com a RPC;
o Suspensão da venda der armas;
o Discurso anti-EUA cresce na China;

 Anos 1990:
 Clinton ameniza o discurso;
 Normalização do comércio;
 1998: Clinton visita à China;
 Crises:
 1993: Navio Yinhe => os EUA suspeitaram que o navio chinês estava transportando armas
químicas para o Irã => não tinha nada;
 O presidente de Taiwan visita os EUA;
 1999 – Guerra do Kosovo: Bombardeio a embaixada chinesa em Belgrado;
o Acidental (?);
 Acusações de espionagem nuclear chinesa;

 George W. Bush
 Postura inicialmente hostil a China;
 Mudança com o 11/9
o China apoia a Guerra ao Terror;
o EUA aprovam a China na OMC;

 Barack Obama (2009 – 17)


 Ambiguidade;
 Formalmente, relações amistosas e cooperativas;
 Encontros entre Obama e Xi;
 Tensões difusas e crescentes;
 Crises de baixa intensidade
 Venda de armas a Taiwan;
 Obama visita o Dalai Lama;
 Proposta de criação da Parceria Transpacífica (TPP);
Cap Antonio
o Conter a expansão chinesa no Pacifico;
o Trump retirou os EUA em 2017;

 Pivô para à Ásia e Pacífico;


 Alerta para a construção de ilhas artificiais no Mar do Sul da China;

 Governo Trump (2017 – 21)


 Crises intensificadas;
 Retórica agressiva contra a China;
 Principal alvo da política externa americana;
 Reduziu o déficit comercial com a China;
 Mar do Sul da China se torna prioridade
 Ironia: Trump deixa o TPP;
 EUA e aliados proíbem produtos da Huawei => 5G;
 Temor de espionagem chinesa;
 Acusações de espionagem por parte de diplomatas chineses;
 Pandemia:
 Teorias de fabricação intencional de vírus;
 China reage:
 Política externa de Xi Jinping responde;
 Ampliação da malha internacional chinesa;
 Disputa pela posição de maior economia global;
 Crescimento chinês incomoda;
 Possibilidade de construção de um mundo asiático;
 China moderniza suas forças armadas
 Diferença ainda existe mas está menor;
 Predomínio tecnológico
 Disputa em torno 5G;
 Capacidade de promover inovação é crucial => Índia e China estão se aproximando;

 Joe Biden (2021 – )


 Tom menos agressivo, mas substância similar à de Trump;
 Articulação: QUAD e AUKUS;
 Múltiplos pontos de atritos:
 Cibersegurança;
 Direitos humanos => Xinjiang;
 Mar do Sul da China => Comercio marítimo e recurso naturais;
Cap Antonio
 Taiwan => A província rebelde;
 Hong Kong => Manutenção da democracia;
 Aliança China-Rússia => Comunicado fev/2022;

 E a armadilha?
 Conflito direto é altamente improvável;
 Construção de alianças globais;
o Formação de blocos;
 Interdependência
 China possui cerca de US$ 1 tri em títulos americanos;
 EUA compram US$ 500 bi/ano da China;
 Armadilha de Tucídides
 Construção de limites claros de parte a parte;
 Tensões tendem a continuar, mas com freios naturais => a guerra não interessa a nenhum
dos dois;

Assunto 19. Imigração, composição da população e segregação nos EUA

❖ Compreender a sociedade norte-americana, em sua expressão psicossocial.

UD 6 - EUROPA E OS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS


Assunto 20. A União Europeia

❖ Explicar o processo de formação e evolução da União Europeia.

❖ Analisar a estruturação da União Europeia nas expressões do Poder Nacional.

Assunto 21. Movimentos Nacionalistas

❖ Interpretar os movimentos nacionalistas na Europa.

Assunto 22. O desafio da dinâmica populacional e dos fluxos migratórios

❖ Analisar os dilemas enfrentados pelos países europeus diante das questões populacionais
referentes a crescimento, estrutura e migrações.

 CONFLITO RÚSSIA versus UCRÂNIA


 CONTEXTO
 A geopolítica realmente incrementou a sua importância na política internacional;
 IC: Guerra da Ucrânia;
 Tempo: De Fev/2022 aos dias atuais
 Espaço: Ucrânia: Leste Europeu / Leste: Rússia / Norte: Bielorrússia / Oeste: Polônia / Sul:
Mar Negro

 A Rússia e a OTAN
 1949 – OTAN
 Política da contenção;
Cap Antonio
 Atuação defensiva;
 Limitação à expansão soviética;
 1955 – Pacto de Varsóvia;
 1991 – Fim da URSS
 Fragilidade russa;
 Expansão da OTAN para o leste
 2023 – Finlândia e Suécia em negociação;

 Putin
 Reerguimento do poder russo
 1999 – Chechênia → anexar novamente a região a Federação Russa;
 2008 – Geórgia → Rússia apoiou separatistas;
 2014 – Ucrânia;
o Crimeia;
o Partes de Luhansk e Donetsk;
 Alertas constantes para não aderir a OTAN
 Bósnia;
 Ucrânia;

 Ucrânia
 Berço da Rússia;
 Fundação do Rus de Kiev (séc. IX);
o Primeira união de tribos eslavas;
o Grande poder nos séculos X e XI;
 Dominação estrangeira
 A partir do séc. XIII
o Influência russa (Moscou) crescente sobre a Ucrânia;
 1917 – Revolução Russa
o Ucrânia de torna estado-satélite
 Trauma ucraniano diante da Rússia
 Holodomor (1932 – 1933) → genocídio por fome
o Considerado genocídio por 16 países;
o Responsabilidade de Stálin;
o Enfraquecimento do nacionalismo ucraniano;
o Colheitas particularmente ruins;
o Alimentos direcionados para a industrialização soviética;
 Parte estratégica da URSS:
 Centro industrial;
 Produção bélica e espacial;
 Pesquisa tecnológica;
 Crimeia
 1954 – Nikita Krushev transfere a Crimeia para a República Socialista Soviética da
Ucrânia;
 Símbolo da unidade e amizade entre os povos;
 Construção de um sistema de irrigação que liga a Crimeia a cidade de Kakhovka;
Cap Antonio
 1991 – Independência da Ucrânia
 Crimeia segue parte da Ucrânia;
 Dependência econômica diante da Rússia;
 Acordos com a Rússia:
 1994 – Memorando de Budapeste → Ucrânia cede suas ogivas nucleares à Rússia em troca
da sua integridade territorial!
o Ucrânia possuía o 3º maior arsenal nuclear do mundo;
 Divisão da frota do Mar Negro;
 Questão identitária
 Entre Rússia e Europa Ocidental
o Berço da Rússia;
o Questão linguística → no leste ucraniano a língua mais falada é o russo;
 2004 – Revolução Laranja
 Governo pró-Rússia é eleito → suspeita de fraude → novas eleições → Governo anti-
Rússia;
 2005 – 2010: Governo anti-Rússia
 Postura pró-UE;
 Visto como ameaça para a Rússia;
 Baixa popularidade;
 2010 – 2014: Governo pró-Rússia
 Afastamento da UE;
 Protestos em Kiev e outras cidades;
 Presidente ucraniano foge para a Rússia;
 Rússia invade a Crimeia;
 2014 – 2019: Governo anti-Rússia
 Nacionalismo ucraniano;
 Distância da Rússia;
 2019 - ...: Governo de Zelensky
 Distância da Rússia;
 Energia
 Ucrânia é estratégica para venda de energia
 Malha de gasodutos;
 Alternativa: Nordstream 2;
 Crescente diálogo Ucrânia-OTAN;
 Ucrânia deseja ingressar na UE;
 Possibilidade da Ucrânia bloquear as
exportações de gás para a Europa Ocidental;
 Fronteira direta entre a OTAN e Rússia;
 Impactos da crise
 Estremecimento das relações russas com a UE;
 Dependência mútua;
 Rússia estreita relações com a China
 China reduz sua dependência do mercado Ocidental;
 Ameniza o Dilema de Malaca → O comércio chinês e as importações de energia passam
pelo estreito de Malaca → China busca reduzir sua dependência → importar gás natural da Rússia;
 Impactos para Taiwan
Cap Antonio
 Se os EUA reagirem à Rússia, Taiwan desprotegida => atenção norte-americana na Europa;
 Se não reagirem, incentiva a China a agir contra Taiwan;
 Estados Unidos
 Teste para a política externa de Biden;
 Reminiscências da Guerra Fria;

 DEFLAGRAÇÃO DO CONFRITO
 A Rússia possui o maior território da Europa e a Ucrânia é o segundo;
 Dissolução da URSS feita de forma rápida e sem planejamento → mistura de etnias → conflitos;
 Raízes da Guerra → alegações de Putin:
 Russos e ucranianos são um único povo;
 Russos, ucranianos e bielorrussos são todos descendentes da antiga Rus;
 Moscou se tornou o centro da reunificação, continuando a tradição do antigo estado Rus;
 Nome “Ucrânia” foi usado com mais frequência no significado da palavra russa antiga
“okraina” (periferia);
 Novorossiya – Nova Rússia
 Tomada do Império Otomano na segunda metade do século XVIII;
 Terras entregues à República Socialista Soviética da Ucrânia por Lênin;
 Terras herdadas pela República da Ucrânia com o colapso da URSS;

 Expectativas iniciais
 Operação militar especial
 Tropas em prontidão cercam à Ucrânia;
 Apoios de Belarus;
 Solução rápida:
o Garantia da independência das regiões separatistas (desmilitarização no leste do país);
o Queda do governo de Kiev e substituição por um governo pró-Rússia;
o Possíveis novas sanções, mas de impacto limitado;
 24 fev 2022 – Exército russo invade a Ucrânia por ar, terra e mar com bombas e mísseis;
o Explosões em várias cidades, inclusive Kiev;

 Não corre como o previsto


 Zelensky resiste e fortalece sua liderança;
 Suporte das Forças Armadas locais;
 Uso das redes sociais;
Cap Antonio
 Celebridade internacional e tour virtual pelos parlamentos;
 Ajuda internacional
 Militar, humanitária e financeira;
 Proporcional ao temor em relação ao expansionismo russo;
 Fundamental para a resistência militar ucraniana no campo de batalha;
 As maiores sanções da história
 Fuga de investimentos → a lógica de investimentos deixou de ser o custo por uma lógica
de segurança;
 Sanções comerciais;
 Sanções financeiras;
 Sanções de viagens;
 Sanções de armas;
 Caça aos oligarcas russos;
 Recessão econômica
 Busca de aliados e alternativas;

 Alguns destaques:
 Ataques a infraestrutura de energia e tomada de algumas usinas nucleares;
 Negociações de paz não avançam;
 Possível crime de guerra russo em Bucha;
 jun 2022 – UcrÂDA nia recebe o status de candidata à União Europeia;
 Participação do Zelensky em cúpulas de organismos internacionais e eventos culturais, como
no Festival de Cannes;
 Início da entrada de Finlândia e Suécia na OTAN;
 Mediação da ONU e da Turquia, navios de grãos ucranianos podem deixar os portos
ucranianos;
 Uso de drones;

 Rússia sob pressão


 Putin anuncia a mobilização parcial da Rússia;
 A maior convocação desde a II GM;
 Anexação de Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk (Nova Rússia);
 Ucrânia ataca ponte entre Rússia e Crimeia;

 O futuro do conflito
 Continuidade do auxílio militar e financeiro à Ucrânia;
 Custos crescentes e desdobramentos econômicos;
 Dinâmica econômica é importante;
 Preços dos alimentos e energia;
 Inflação, juros e crescimento global → se os valores chegarem a níveis pré-guerra o conflito
pode durar mais;
 Rússia e sua capacidade militar
 Sinais de fraqueza e limitações na máquina de guerra;
 Continuidade dos ataques à infraestrutura;
 Resistência aos contra-ataques;
 Uso de armas nucleares;
Cap Antonio
 Expressão política
 Desequilíbrio de poder: A dissolução da URSS e a consequente expansão dos EUA, sob o
chapéu da OTAN, na antiga área de influência soviética, acarretou uma alteração na balança de poder do
leste europeu, motivando o conflito atual.
 2007 – Conferência de Munique: Putin criticou a política unilateral dos EUA no mundo,
incluindo a ampliação da OTAN em direção ao leste europeu. Além disso, defendeu a instauração de uma
ordem multipolar, contestando a ordem Mundial pós-Guerra Fria.
 2022/fev – Comunicado conjunto Rússia-China: reafirmam a aproximação em diversas áreas,
como cooperação na Nova Rota da Seda, diplomacia, comércio exterior, e a defesa de uma ordem
mundial policêntrica;
 A Rússia buscou aproximar seus laços diplomáticos com a China, um grande polo de poder.
 Acordo bilaterais: China e Rússia;
 Invasão do território ucraniano;
 Desprestigio de Putin, o líder russo (a maior tragédia geopolítica do século XX foi o colapso
soviético), e exaltação do Zelenski, o líder ucraniano;
 Sanções políticas contra a Rússia => retirada de acordos e retaliações em organismos
internacionais;
 Negociações de paz entre e Rússia e Ucrânia não prosperam;
 Putin realiza anexação de regiões ucranianas;
 Moscou se impõe a adesão da Ucrânia na OTAN;
 Alteração do mapa político europeu;
 Ucrânia como estado tampão entre a Rússia e a Europa;
 A Criméia e os territórios conquistados dificilmente serão devolvidos pela Rússia;
 A Criméia está na parte central do Mar Negro;
 Moscou buscar uma via terrestre com a Criméia;
 1936 - Convenção de Montreux: A convenção dá à Turquia certo controle sobre a passagem de
navios de guerra dos estreitos de Dardanelos e Bósforo, que conectam os mares Egeu, de Mármara e
Negro.
Em tempos de paz, os navios de guerra podem passar pelo estreito mediante notificação diplomática
prévia com certas limitações. E em tempos de guerra, a Turquia pode impedir a passagem dos navios de
guerra das partes beligerantes. => a Rússia não tem como reforçar sua frota no Mar Negro;
 A Rússia busca uma saída para mares de água quente;
 O governo russo adota uma postura oficial de proteger os direitos e os interesses de nacionais
no exterior, amparada na Estratégia de Segurança Nacional e na Política Externa do país => defender o
povo russo que vive fora do território russo;
 O território ucraniano representa um objetivo fundamental para a geopolítica russa, pois
mantém os europeus ocidentais e as influências norte-americanas longe de suas fronteiras.

 Expressão militar
 Uso massivo veículo aéreo não-tripulado (VANTs), ou drones, para reconhecimento ou ataque;
 Revisão nas doutrinas de emprego do poder aéreo;
 Apoio externo: Ucrânia recebe apoio dos países do Ocidente e da OTAN;
 Set/2022: convocação imediata de 300.000 reservistas militares que já serviram no Exército
russo anteriormente, tendo experiência de combate ou habilidades especializadas.
 Emprego de tropas paramilitares (mercenários) => Grupo Wagner e voluntários na Ucrânia;
 Uso da empresa privada norte-americana SpaceX para prover as comunicações ucranianas;
 Tecnologias disruptivas:
Cap Antonio
 Uso expressivo das munições guiadas de precisão (PGMs), armas inteligentes;
 Necessidade de um sistema robusto de inteligência, vigilância e reconhecimento (IVR);
 Utilização das armas do período soviético;
 Rússia: o maior arsenal nuclear do mundo.
 Uso da guerra cibernética: divulgação de informações falsas (minando a opinião pública),
ataque a sistemas computacionais (dificultando a logística e o emprego de armamentos no inimigo),
espionagem cibernética (obter informações sigilosas);
 O domínio marítimo é russo. A Marinha ucraniana possui um baixo poder naval. Sua estratégia
no mar consiste em possuir uma frota com navios pequenos e rápidos que causam ataques pontuais ao
oponente. Também utiliza embarcações não tribuladas e minas navais.
 A Rússia é o 2º maior exportador de produtos de defesa no globo
 O território ucraniano possui extensas planícies aspecto que o torna de fácil locomoção e
transposição. Não custa lembrar que através desses terrenos pouco acidentados que as tropas alemãs
invadiram a Rússia na Primeira (Operação Faustschlag) e na Segunda Guerra Mundial (Operação
Barbarossa);
 Como obstáculos naturais, apesar de considerados de pequeno vulto, temos a Cordilheira de
Cárpatos, a oeste, e uma bacia hidrográfica relativamente extensa.

 Expressão psicossocial
 Migrações forçadas;
 Refugiados e deslocados somam cerca de 8 milhões de pessoas;
 Redução do padrão de vida;
 Queda do turismo;
 Destruição de moradias;
 Redução do crescimento vegetativo;
 Jan/23: Putin ordena cessar-fogo durante o Natal Ortodoxo;
 População pró-Rússia no leste ucraniano => áreas separatistas: Donetsk e Luhansk;
 Idioma: nas cidades do leste e do sul da Ucrânia, o russo é a língua mais falada. Cerca de 2/3 da
população nas regiões separatistas definem o russo como sua língua materna.

 Expressão econômica
 Destruição da infraestrutura de energia ucraniana. Com a aproximação do inverno, o governo
russo priorizou alvos que reduzissem o poder de fornecimento energético da Ucrânia, abalando o esforço
de guerra deste país.
 Controle de usinas nucleares ucrânias por parte dos russos;
 Crise energética;
 Rússia favorece o comércio internacional com rublos;
 EUA proíbem a importação de petróleo russo;
 Cerca de 10% das empresas ocidentais com filiais na Rússia deixaram o país desde o início do
conflito, como a franquia Mc Donald’s;
 Diplomacia do petróleo e gás => a Rússia soube lidar com os embargos econômicos;
 Ataque aos gasodutos Nord Stream;
 Fragilidade dos cabos e dutos submarinos => deve-se protegê-los em caso de conflitos;
 Iniciativa Grãos do Mar Negro: O acordo permiti retomar as exportações de grãos e outros
alimentos e fertilizantes pelo referido mar;
 Comunicações. A empresa SpaceX do empresário Elon Musk garantiu o serviço de acesso à
internet via satélite para a área de conflito.
Cap Antonio
 Redução da produção agrícola ucraniana. A Ucrânia é uma grande produtora de grãos e um
conflito em seu território reduziu a oferta de alimentos em nível global.
 Embargos econômicos. Uma parcela significativa da comunidade internacional aderiu as
sanções econômicas impostas pela UE à Rússia.
 Fortalecimento da União Europeia. A crise econômica gerada pelo conflito e o medo da
expansão russa fortaleceu tal bloco econômico, visto como um porto seguro na inquietação provocada
pela guerra.

 Ameaças à área vital de cada país contendor: área vital ou estratégia de um país é aquela
porção do território em que se concentram os poderes político, econômico, populacional e/ou militar.
 Controle de usinas nucleares ucranianas;
 Destruição da infraestrutura ucraniana, afetando a integração das áreas vitais;
 Embargos econômicos ameaçam a exploração do petróleo em áreas vitais russas;
 Os misseis balísticos russos podem atingir Kiev, centro político da Ucrânia;
 A retomada da Crimeia pela Ucrânia afetaria a projeção de poder naval russo no Mar Negro;
 A anexação do leste ucraniano afetaria demasiadamente a produção industrial deste país,
principalmente nas indústrias de base.
 Outra área vital russa é a própria fronteira com a Ucrânia, devido a elevada concentração de
gasodutos, e sofre sérias ameaças por estar próximo ao conflito.

 Influência das organizações internacionais


 OTAN:
 Envio de armamentos: carros de combate, mísseis balísticos, defesa antiaérea (Sistema
Patriot);
 Treinamento dos soldados ucranianos;
 Envio de recursos financeiros para expansão militar da Ucrânia;
 ONU:
 Condena a invasão russa na Ucrânia;
 Retira a Rússia do Conselho de Direitos Humanos;
 Iniciativa Grãos do Mar Negro
 G-7:
 Mantém a Rússia expulsa e organiza sanções econômicas;
 Fornece ajuda financeira para a Ucrânia;
 UE:
 Ajuda financeira e militar;
 Aceita a candidatura da Ucrânia ao bloco;
 BRICS
 Seus membros não seguem os embargos econômicos, contribuindo para o esforço de guerra
da Rússia;

 Consequências
 Quebra das cadeias europeias de valor;
 Inflação;
 Desabastecimento energético;
 Aumento dos preços dos alimentos;
 Incremento do custo da energia;
 Ameaça à segurança alimentar europeia; joaoportogoncalves@gmail.com
Cap Antonio
 Motivação para novos movimentos separatistas pró-Rússia;
 Alteração das fronteiras dos Estados pertencentes a Europa;

 CP1 + CP2 = SÍNTESE


 Maior inserção russa no cenário internacional + fragilidade na segurança energética do Velho
Continente = Reconfiguração do tabuleiro geopolítico europeu

 CRISE ENÉRGETICA
 EUA: consomem 16% da energia mundial → maior consumidor per capita;
 China: consome 20% da energia global → maior consumidor em termos absolutos
 União Europeia tem 6% da população mundial, usa 4,2% de sua energia → boa relação de
eficiência energética;
 Matriz energética:
 Composta, principalmente, por fontes não renováveis: carvão, petróleo e gás natural;
 Transição energética:
 Descarbonização
 Alcançar uma economia global com emissões reduzidas para conseguir a neutralidade
climática;
 Descentralização
 Modo de produção independente, sustentável e local, o que permite uma autonomia do
fornecimento;
 Digitalização
 Abordagem baseada em dados e aos algoritmos de aprendizado de máquina;
 Petróleo
Cap Antonio

 Poder econômico e político - OPEP


 Apesar da diversificação de países produtores, a OPEP ainda dispõe de grande poder;
 Petróleo, derivados e gás natural são a principal fonte de energia do planeta;
o Parte expressiva da produção global
o Parte ainda mais expressiva nas reservas confirmadas globais;
o Aumento da dependência da OPEP com a guerra entre Rússia e Ucrânia e com a
descontinuidade de plantas nucleares;
o Pressão sobre os membros da OPEP em cenários de crise (elevação do preço do barril);

 ONDA DE CALOR → julho 2022

 Incêndios;

 SEPARATISMO NA ANTIGA URSS


Cap Antonio

 O CZARISMO MODERNO DE PUTIN


 1999 – Putin nomeado primeiro ministro → Boris Yeltsin presidente e renuncia em dezembro de
1999;
 2000 – Vence as eleições para presidente;
 1999-2000 – Guerra na Chechênia → aumento da popularidade;
 Desafios econômicos:
 Dependência do petróleo;
 Dependência do mercado europeu → Índia e China passaram a importar mais gás e petróleo;
 Embargos econômicos;
 Desejo de colocar a Rússia ao palco principal → Grande Rússia;
 2008 – Geórgia: apoia separatistas pró-Rússia;
 2014 – Ucrânia: anexação da Criméia;
 2015 – Síria: apoio ao ditador Sírio no contexto da Primavera Árabe;

 Governo conservador:
 Catolicismo ortodoxo;
 Nacionalismo;
 Prisão de adversários políticos;
 Baixa liberdade de imprensa;
 Restrições aos direitos civis;
Cap Antonio
 ERDOGAN NA TURQUIA
 Neo-otomanismo;
 Expurgos aos opositores políticos;
 Membro da OTAN, mas contesta o apoio dos EUA aos curdos → Os EUA utilizam os curdos
como soldados contra o Estado Islâmico;
 2017: Reforma constitucional aumentando o poder de Erdogan;

 VIKTOR ORBÁN NA HUNGRIA


 Hungria → Inclinação ao ocidente:
 Sentimento anticomunista;
 Distanciamento dos países do leste;
 1996: OCDE;
 1999: OTAN;
 2004: União Europeia;
 2007: Espaço Schengen;
 1998-2002: Torna-se Primeiro-Ministro;
 2010: Volta cargo de Primeiro-Ministro
 Valores:
 Nacionalismo;
 Anti-imigração;
 Anticomunismo;
 Conservadorismo → democracia liberal em defesa do cristianismo;
 Centralização de poderes;
 Pró-Putin;

 PANDEMIA DE COVID-19
 Lideranças na corrida tecnológica das vacinas: EUA, China, Rússia, Índia, Alemanha, Suécia
e Bélgica e Reino Unido;
 Tradição farmacêutica e pesados investimentos em P&D;
 União Europeia
 Fortíssimo impacto inicial:
 Duríssimo isolamento desde o início;
 Maior impacto sobre Itália e Espanha;
 Falhas na coordenação de ações sanitárias;
 Coordenação na ação econômica
 Aumento da interdependência dos membros
 Alto nível de exportações de vacinas:
 Tensão UE - Reino Unido;
 Tensão entre os membros da União Europeia;
 Atraso e descoordenação no processo de vacinação
 Exportações (especialmente para o Reino Unido)
 Busca de consenso e condições melhores
 Descompasso entre os membros da UE
 Busca de um calendário homogêneo
 Tensão entre membros para começar a vacinar
 Vacinação lenta
 Crise Econômica
Cap Antonio
 Pandemia do COVID-19
 Isolamento compulsório ou voluntário;
 Desmoronamento simultâneo da oferta e da demanda agregada
 Oferta Agregada
 Interrupção da oferta de segmentos não essenciais
 Descontinuidade de cadeias de suprimentos
 Deterioração das expectativas
 Queda de Investimentos
 Demanda Agregada
 Queda na renda
 Aumento do desemprego
 Deterioração das expectativas
 Queda do Consumo
 PIB (Zona do Euro - Fonte: FMI)
 -6,6% (2020); 4,4% (2021); 3,8% (2022)
 Impacto inicial
 Falhas na coordenação de ações
 Maior impacto sobre Itália e Espanha
 Forte elevação do desemprego
 Recuperação lenta
 Processo de vacinação irregular
 Abertura cuidadosa
 Melhora das expectativas
 Temor de nova onda

 A REGIÃO DOS BALCÃS

 Graves tensões étnicas e territoriais, com a existência de possível revanchismo entre as nações;

 PAÍSES BALTÍCOS
Cap Antonio

 Pertenceram ao Império Russo e a URSS → forte temor ao expansionismo Russo;


 2004: Juntam-se à OTAN e a EU;

UD 7 - ÁSIA
Assunto 23. O desenvolvimento asiático no século XXI

❖ Apresentar o processo de inserção dos países asiáticos no sistema capitalista;

❖ Interpretar o potencial do continente asiático no atual ordenamento mundial;

 CHINA → Regiões
Cap Antonio

1. Xinjiang:
 Questão dos uigures (muçulmanos) → separatistas;
 Deserto de Gobi;
 Petróleo;

2. Tibet:
 Tibetanos → separatistas;
 Dobramentos modernos: Himalaia;
 Caxemira (Paquistão, China e Índia);
 Região plana;
 Riqueza hídrica;

3. Manchúria:
 Carvão mineral de boa qualidade;
 Invasão do Japão no século XIX;
 País poluente;
 País que mais investe em energia renovável;

4. Planície do Amarelo:
 Rio Amarelo: rico em enxofre, favorecendo a riqueza dos solos;

5. Planície do Azul:
 Rio Azul
 Usina Hidrelétrica de Três Gargantas;

6. Planície Sikiang (do Vermelho):


 Produção de arroz;

 Relevo / Clima / Vegetação


Cap Antonio

 Clima de Monções
 Ventos de monções: ventos sazonais (variam de acordo com as estações) do sudeste asiático;

 Aspectos psicossociais
 1,4 bilhão de habitantes;
 Urbanização lenta;
 Política do filho único (década de 70)
 Neomalthusiana: a pobreza está associada a uma alta taxa de natalidade;
 Movimentos separatistas:
 Tibetanos, uigures (campos de concentração);
 Pirâmide de país subdesenvolvido / emergente;
 Classe média em ascensão: dicotomia entre globalização e censura do Estado chinês;

 História / Economia / Geopolítica


 Século XIX e XX:
 China invadida pelo Japão → em especial a região da Manchúria;
 Brutalidade do exército japonês contra civis e militares chineses;
 1984-1895 – Primeira Guerra sino-japonesa
Cap Antonio
 Japão e China disputaram o controle, principalmente, da Península da Coreia. A vitória
japonesa garantiu ao país o domínio total sobre a península coreana, além da posse de outros territórios e
da imposição de pesada indenização de guerra à China.
 1937-1945 – Segunda Guerra sino-japonesa

 Após a 2ª GM:
 Japão derrotado;

 1949: PCC lidera a Revolução Chinesa:


 Líder Mao Tse Tung → Importância política
 Propostas:
 Grande Salto: Socialização dos meios de produção;
 Revolução Cultural: censura, idolatria à imagem do líder, violência, cotas mínimas de
produção;
 Mão de obra barata e disciplina;
 Capitalistas fogem para a Ilha de Formosa: Taiwan, a Ilha Rebelde;

 1978 – 1989: Era Deng XiaoPing → Importância econômica


 Zonas Econômicas Especiais (ZEE’s): atrair transnacionais
 Baixo custo de mão de obra;
 Baixa fiscalização ambiental;
 Acesso ao Oceano Pacífico;
 Impostos baixos;
 Plataforma de exportação: inicialmente a produção das ZEE’s não atendia o mercado
interno;
 Capitalismo de Estado;

 Década de 1990: abertura de todo o mercado consumidor da China


 Década de ouro do capitalismo;
 Produção de bens de consumo próprios;

 1997: Hong Kong volta à China (50 anos);


 1999: Macau volta à China (50 anos);
 China: um país, dois sistemas!
 Continental: ditadura;
 Dois territórios: democracia;
 2014: Revolução dos Guarda-Chuvas
 Protestos em Hong Kong pró-democracia;

 Anos 2000:
 China inicia sua produção tecnológica;
 BRICS.
 Investimentos na África → Interesse nos recursos minerais;
 Parceria com a Rússia;

 Era Xi JinPing (o novo Deng XiaoPing?)


Cap Antonio
 Nova rota da seda;
 Guerra comercial (tributação EUA x China) e tecnológica;
 Controle dos dados (Huawei versus Google):
 Ameaça à segurança nacional dos EUA;

 Desaceleração da China:
 Crise previdenciária;
 Matriz energética → reduzir a presença do carvão mineral;
 Movimentos separatistas;
 Aumento do custo da mão de obra, decorrente do aumento da demanda com a presença de
muitas industrias;
 Dicotomia globalização x ditadura;

 Conflitos Atuais
 Questão de Taiwan:
 A China considera a ilha uma província rebelde, e não descarta a sua anexação total ao regime
de Pequim. Porém, Taiwan conta com o apoio dos EUA para manter sua autonomia. Também está em
jogo a produção de semicondutores, já que Taiwan responde por mais de 50% desse insumo no mercado
global.
 Questões relacionadas à autonomia da região de Hong Kong:
 Desde a retirada do controle colonial britânico em 1997, Hong Kong tem lutado por mais
liberdades políticas e autonomia. A China tem implementado medidas cada vez mais restritivas, o que
tem levado a protestos e tensão política na região.
 Conflitos étnicos na região autônoma da Mongólia Interior:
 A população han, a maioria étnica da China, tem se expandido para a região, o que tem causado
tensões com as populações locais de minorias étnicas, incluindo mongóis, tibetanos e uigures.
 Conflitos envolvendo minorias étnicas em Xinjiang, nos quais a China tem sido acusada de violar
os direitos humanos.
 Disputas territoriais no Mar da China Meridional:
 A China tem reivindicado vastas áreas marítimas no mar, o que tem gerado disputas com outros
países da região, incluindo Filipinas, Vietnã, Malásia e Brunei.
 Relações tensas com os Estados Unidos:
 As relações entre os EUA e a China são cada vez mais tensas devido a disputas comerciais,
questões de direitos humanos e disputas territoriais no Mar da China Meridional.
 Fronteira com a Índia:
 Existe uma longa disputa fronteiriça entre a China e a Índia, incluindo a região de Aksai Chin
(Caxemira), que é controlada pela China, mas reivindicada pela Índia. A tensão aumentou recentemente,
resultando em confrontos armados em 2020.
 Conflitos fronteiriços na região de Arunachal Pradesh;
 Fronteira com o Vietnã:
 Existe uma disputa fronteiriça na região de Paracel Islands, que é controlada pela China, mas
reivindicada tanto pelo Vietnã quanto pela Tailândia.
 Fronteira com o Japão:
 Há disputas fronteiriças nas ilhas Senkaku, que são controladas pelo Japão, mas reivindicadas
pela China.
Cap Antonio
a. Aspectos políticos
 Capitalismo de Estado: é um sistema político-econômico que mescla características socialistas na
área política com princípios da economia de mercado;
 O país ainda é governado por uma única força, o Partido Comunista da China, que opera de forma
centralizada e tem líderes em cada cidade e região do país.
 “Um País dois sistemas”: Arranjo político econômico que permitiu a retomada de Hong Kong e
abre as portas para a inclusão de Taiwan (República da China). Hong Kong permanece capitalista e muito
autônoma, enquanto a China continua socialista;
 O presidente é eleito pela Assembleia Popular Nacional (o Parlamento), que é controlada pelo
Partido Comunista.
 “Revolução dos guarda-chuvas” (2014): Protestos contra a intromissão chinesa em assuntos de
Hong Kong;
 Presidente: Xi Jinping;
 Fronteiras: conflitos com Índia, Japão e Sudeste Asiático;
 Política Externa: aproximação com a Rússia e Oriente Médio (Mediou a volta das relações
diplomáticas entre Irã e Arábia Saudita);
 Antagonismo: Japão;
 Segurança nacional: movimentos separatistas → Uigures em Xinjiang, Tibet;
 Organismos multinacionais: BRICS, BASIC e OCX;

b. Aspectos econômicos
 Economicamente, a China está hoje mais próxima do capitalismo do que do comunismo;
 Parceiros comerciais da China reclamam do enorme auxílio estatal que as empresas privadas
chinesas recebem e que, portanto, as coloca em vantagem na comparação com seus rivais internacionais.
 PIB 2022: menor taxa de crescimento deste 1976, com exceção de 2000 (pandemia);
 Aderiu à OMC (Organização Mundial do Comércio) em 2001;
 Cidade de Shenzhen: Vale do Silício Chinês;
 Zonas Econômicas Especiais (1980) → Ilhas capitalistas no meio do comunismo:
 Atrair capital e tecnologia sob rígido controle do estado. Implementadas por Deng Xiaoping;
 Mão de obra barata;
 Trabalhadores disciplinados;
 Isenção tributária para importação de máquinas e equipamentos e baixos impostos;
 Facilidade para remessas de lucros para o exterior;
 Insucesso: o governo não permitia a interação com empresas dentro da China, acarretando
problemas no fornecimento de matérias primas (corrigido a partir de 1990);
 Investimentos nas ZEEs da China: Taiwan e Hong Kong, EUA e Japão;
 Não há liberdade de imprensa e, com exceção de alguns meios de comunicação privados, o setor
de mídia está sob controle estatal.
 Política de subsídios → As empresas privadas chinesas têm uma dupla vantagem: tomam
empréstimos de bancos públicos e recebem subsídios de energia de empresas estatais que controlam toda
a produção de energia do país;
 China crescia a taxas de cerca de 10% ao ano no final no século XX e início dos anos 2000.
Porém, vem desacelerando;
 O governo chinês implementou medidas para voltar a crescer → altos investimento estatais;
 Maior exportador mundial: destaque para os produtos industrializados;
Cap Antonio
 China Ocean Shipping Company: está entre as 10 maiores empresas de transporte marítimo
internacional de contêineres;
 Matriz energética:
 altamente poluente → maior emissor de gases do efeito estufa do mundo;
 maior produtor e investido em energia renovável do mundo;
 maior importador de petróleo bruto do mundo e o maior comprador de petróleo russo →
avanços na infraestrutura: oleodutos na Rússia, no Cazaquistão e no Mianmar;
 interesse no pré-sal brasileiro: estratégia de curto e médio prazo do país sino em expandir sua
rede de abastecimento de petróleo e gás pelo mundo.
 medidas para modificar a matriz energética:
 Incremento na utilização de gás natural;
 Nova Rota da Seda → Gasodutos da Ásia Central;
 Aumento na importação de GNL (gás natural liquefeito);
 Cerca de 80% da fabricação global de painéis fotovoltaicos → EUA e UE impõem
restrições;
 Líder em geração de energia eólica e solar;
 Energia hidrelétrica: Usina de Três Gargantas → maior geração do mundo;
 Energia nuclear:
o China será o 1º país do mundo a obter energia em larga escala pela fusão nuclear,
processo mais seguro que o atual que é por fissão;
o Construção de usinas nucleares em outros países (Ex.: Sudão) → aumento de sua área de
influência e ganho financeiro com a implantação de sua tecnologia

Fonte: https://epbr.com.br/a-dupla-guerra-e-a-contingencia-energetica/

 Integra a OMC desde 2001 → possibilitou uma maior integração do país no sistema internacional
→ aumento do comércio exterior;
 Maior mercado consumidor do mundo;
 Plano Made In China 2025:
Cap Antonio
 Lançado em 2015 é uma iniciativa que visa garantir a posição da China como uma potência
global nas indústrias de alta tecnologia, apostando em setores estratégicos;
 Inspirado no plano alemão Indústria 4.0;
 Possui uma das maiores reservas de moeda estrangeira e ouro do mundo → Capacidade de
controle de crises econômicas;
 Ainda é um dos principais destino de Investimentos Estrangeiros Diretos – IED;
 Problemas comerciais com os EUA:
 Viola a propriedade intelectual → engenharia reversa;
 Mantêm a sua moeda artificialmente desvalorizada → favorece suas importações;
 Balança comercial positiva com os EUA;
 2º maior PIB do mundo;
 Um dos maiores credores dos EUA → credor de moeda estrangeira → aumento da importância
internacional como financiador de políticas públicas fora de seu território;

c. Aspectos militares
 Segundo país em gastos militares (1,7% do PIB) → cerca de 14% dos gastos militares do mundo
→ Primeiro vem os EUA, no qual o orçamento de defesa representa 38% dos gastos militares globais
 Maior frota marítima do mundo → 3 porta aviões;
 Mar do Sul da China → Região prioritária de defesa (Ilhas artificiais e bases navais);
 Participa ativamente no envio de tropas militares para as missões de paz da ONU e é o segundo
maior contribuinte para o orçamento destas missões;

Fonte: https://www.sipri.org/sites/default/files/2022-04/fs_2204_milex_2021_0.pdf

 Exército de Libertação Popular (ELP) abarca o maior efetivo militar do planeta (cerca de mais de
2 milhões de militares);
 ELP nos últimos anos, têm participado de exercícios multinacionais e operações de paz da ONU e
intercâmbios militares
Cap Antonio
 As forças armadas chinesas são subordinadas diretamente ao Comitê Militar Central do PCC e
encontram-se, desde 2015, em processo de ampla modernização, com vistas a se tornarem forças de
“classe mundial”, em 2049;
 A China mantém uma capacidade nuclear suficiente para dissuadir qualquer ataque ao seu
território, em razão do desenvolvimento de mísseis intercontinentais e do crescente arsenal de ogivas;
 Influência militar na América do Sul: Venezuela (exercícios militares e venda de equipamentos) e
Argentina (construção de uma estação espacial na Patagônia);
 A RPC gasta, proporcionalmente ao PIB, menos em defesa do que as grandes potencias militares;

d. Aspectos psicossociais
 Maior população do globo: 1,4 bilhão;
 População desigualmente distribuída:
 Norte possui áreas desérticas → Região de Gobi;
 Maiores densidades populacionais estão em planícies nas porções Leste, Nordeste e/ou junto ao
litoral;
 População predominantemente jovem → 60% da população está na idade da PEA → contudo, está
caminhando para o fim do seu bônus demográfico → envelhecendo;
 2022: encolhimento populacional! → primeiro encolhimento populacional chinês desde 1961
 Baixa densidade de médicos por habitante → abaixo da média dos países da OCDE (países ricos)

Fonte:https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-12/numero-de-medicos-cresce-no-brasil-mas-distribuicao-e-desigual

 Predomínio da população urbana → Cerca de 60%;


 Existência de grandes aglomerações urbanas na porção Leste e Nordeste – Mais de 26 milhões de
habitantes em Xangai (L) e 21 milhões em Pequim (capital - NE);
 Altas taxas de alfabetização → Aproximadamente 96% da população;

e. Geopolítica da China
 Assegurar a exploração e o domínio do Mar do Sul da China;
Cap Antonio
 Recursos naturais: petróleo e gás natural;
 Responsável por parcela significativa da produção de pescado mundial;
 Importante rota marítima a nível mundial;
 Nova rota da Seda → One Belt One Road:
 Apresentada em 2013;
 Infraestrutura com portos, gasodutos, estradas, cabos ópticos e ferrovias;
 Foco Europa, Ásia e África
 Importância dos estreitos de Malaca → Bab el Mandeb → Canal de Suez: escoamento do Mar
do Sul da China, em direção ao Mediterrâneo;
 Área de atuação para empresas de construção civil chinesas;
 Investimentos em países que não tem condições de tomar empréstimos no mercado
internacional => Sri Lanka, Quênia, Paquistão, Malásia, Indonésia, Cazaquistão, Camboja;
 Postura mais globalizante da China em relação aos EUA (isolacionista e protecionista) → EUA
saiu do TPP (espaço para influência Chinesa na Ásia);
 Base naval militar no Djibuti (1ª Base Militar Chinesa fora da China) → Chifre da África →
Influência sobre o golfo de Aden e o estreito de Bab-el-mandeb) → No Djibouti também existem bases
dos EUA, França, Itália e Japão;

 Construção de um “colar de pérolas” em estruturas de portos: permite manter navios estacionados


e proteger a rota comercial chinesa → Reforça o Soft Power chinês na Região;
 Aumento de gastos militares da China → tornar o ELP um exército de ação global;
 Aumento de influência na Ásia Central: participação em empresas de infraestrutura e energia,
empréstimos, OCX e Nova Rota da Seda;
 EUA restringe a utilização pela China de sua tecnologia de semicondutores, utilizada na
fabricação de microchips, amplamente utilizado na indústria moderna;
Cap Antonio

1. Hong Kong (China): antigo enclave britânico. Centro financeiro mais importante do mundo, porto, terminal petroleiro.
2. Sanya (Ilhas Hainan, China): Base aérea e base de submarinos nucleares.
3. Ilha Woody (Ilhas Paracel, reivindicadas pela China, Vietnã e Taiwan): Porto, base aérea, projetos turísticos.
4. Ilhas Spratly (Reivindicadas pela China, Vietnã, Filipinas, Brunei, Malásia e Taiwan): Pesquisas de empresas
gasíferas e petrolíferas (explorações submarinas);
5. Sihanoukville (Kampong Som) e Ream (Camboja): Ampliação de portos, acesso naval, recursos da biodiversidade.
6. Istmo de Kra (Tailandia): Projeto de corredor estratégico (rodovia, ferrovia, oleoduto, canal marítimo).
7. Ilhas Coco (Myanmar, posse da China de fato): Base naval, inteligência eletrônica.
8. Kyaoukpyu (Myanmar): Porto, terminal petroleiro, projeto de corredor estratégico para a China
(oleoduto, ferrovia e estrada).
9. Chittagong (Bangladesh): Ampliação das instalações militares e civis do porto, interesses navais.
10. Hambantota (Sri Lanka): Porto, possível projeto de base militar.
11. Marao (Maldivas): Explorações marinhas, possível projeto de base militar.
12. Gwadar e Pasni (Paquistão): Porto, base naval, instalações de inteligência, terminal petroleiro, projeto de corredor
estratégico para a China (oleoduto, ferrovia e estrada).
13. Porto Sudão (Sudão do Norte): porto, terminal petroleiro, corredor estratégico (oleoduto), inteligência, apoio ao governo
norte-sudanês.
14. Al-Ahdab (Iraque): Poço petrolífero, envio de tropas.
15. Lamu (Quênia): Porto estratégico
 Regiões disputadas:
A. Caxemira/Paquistão: Administrada pelo Paquistão, reivindicada pela Índia. População majoritariamente muçulmana.
B. Caxemira/Índia: Administrada pela Índia, reivindicada pelo Paquistão. População majoritariamente muçulmana.
C. Aksai Chin: Administrada pela China, reivindicada pela Índia. População budista de etnia tibetana, mas pro-muçulmana.
Reservas de sal de altitudes elevadas, importantes recursos hídricos.
D. Geleira de Siachen: Administrada pela Índia, reivindicada pela China. A área de disputa mais elevada do planeta.
Importantes recursos hídricos.
E. Vale de Shaksgam: Administrado pela China, reivindicado pela Índia. Estrada do Karakorum: Conexão Sino-Paquistanesa,
acesso a geleiras e lagos.
F. Reserva de biosfera Nanda Devi: Administrada pela Índia, reivindicada pela China. Dois parques nacionais, bacia glacial,
importantes recursos hídricos, biodiversidade, tentativa de espionar a atividade nuclear chinesa.
G. Skkim: Administrada pela Índia, reivindicada historicamente pela China. Única fronteira aberta entre Índia e China.
Cap Antonio
H. Arunachal Pradesh (“Tibete do Sul”): Administrada pela Índia, reivindicada pela China. Relaciona-se com o Tibete,
movimento insurgente maoísta.
I. Sir Creek: Disputa indo-paquistanesa por águas territoriais e pela ZEE no mar Arábico. Hidrocarbonetos, pesca, rotas
marítimas entre Omã e Índia.

 ÍNDIA
 Período colonial → Império Britânico (joia da coroa);
 Plantation: exportação;
 Jardinagem: relevo irregular → baixa mecanização / alta produtividade / terraceamento
(degraus);
 1947: Independência;
 Pós-II GM → Inglaterra sem recursos para manter as colônias;
 Líder: Ghandi e Nehru;
 Consequência: divisão religiosa

 Índia tentou se configurar como uma liderança do 3º Mundo na Guerra Fria → Conferência de
Bandung (1955). Mesmo assim, recebeu influências da potencias da Ordem Bipolar:
 Estados Unidos apoiou a Revolução Verde na Índia;
 URSS → apoiou a Índia na aquisição de armamentos e na indústria estatal de base;
 Atualmente:
 Após 1991: neoliberalismo → atração de investimentos;
 País emergente: BRICS / G4 (Reforma do CSNU) / G-20 Comercial (fim dos subsídios
agrícolas dos países desenvolvidos);
 HOJE: Faz parte da Commonwealth Britânica → laços de cooperação;

a. Fatores Fisiográficos
Cap Antonio

 País baleia;
 Índia + Paquistão + Bangladesh → único território até 1947;
 Norte:
 Maior cadeia montanhosa do mundo → Cordilheiras do Himalaia → muro da Índia;
 Encontro de placas tectônicas → abalos sísmicos, vulcanismo, terremotos;
 Nascem os rios Indo e Ganges (rio considerado sagrado pelos hindus);
 Nordeste → solos férteis, montanhas → agricultura de jardinagem, esquema de curvas de
níveis;
 Noroeste → Deserto de Thar;
 Sul:
 Planalto Decã → minerais metálicos;
 Verão indiano: monções de verão (úmido) → chuvas → enchentes. Mas também, arroz;

b. Fatores Psicossociais
 1,41 bilhões de pessoas (2º) → em breve será o país mais populoso, vive o bônus demográfico;
 Alta densidade demográfica;
 Baixo IDH e grande desigualdade;
 Grande desenvolvimento do ensino na área de exatas (matemática), língua inglesa;
 Estratificação social com pouca mobilidade → apesar de abolida legalmente, o sistema de casta
ainda perdura na sociedade indiana;
 Vive seu bônus demográfico;
 Elite intelectual coexistente com mão de obra de baixa qualificação;
 Alto crescimento vegetativo;
 Governo não consegue implantar políticas anti-natalidade;
 Democracia;
 Cerca de 50% da população vive em zona rural;
 Religião → hinduísmo → muitos filhos ajudam a purificar a população;
Cap Antonio
 Oficialmente o sistema de castas não existe mais no país. Apesar do governo não admitir, a
verdade é que esse sistema está presente na sociedade, interferindo diretamente na qualidade de vida da
população indiana;
 Estado laico, mas ocorre a influência religiosa;
 Recebe muito estudantes estrangeiros (Destaque: Oriente Médio e África);
 Diversidade étnica-religiosa → conflitos religiosos → terrorismo;
 80% hinduísmo;
 14% islamismo (norte – Caxemira);

c. Fatores Políticos
 Democracia consolidada;
 República parlamentarista;
 Primeiro-ministro: Narendra Modi desde 2014;
 Antagonismos: Paquistão e China;
 Potência regional natural → população, território, PIB, gastos militares → Paquistão se recusa a
aceitar uma liderança regional indiana;
 Política Externa
 Busca preservar sua neutralidade e pauta sua inserção regional e global pelo pragmatismo político
e econômico;
 Participa de acordos multilaterais e bilaterais com grandes blocos econômicos ou países, como
Brasil e Rússia;
 Principais participações em blocos internacionais:
 BRICS;
 IBAS;
 SAARC: Associação Sul-asiática para a Cooperação Regional;
 OCX: Organização para Cooperação de Xangai;
 2004 - G-4: Reformulação do Conselho de Segurança da ONU;
 Conflitos atuais:
 Desde 2017, a Índia tem exposto certa preocupação em relação ao projeto chinês da Nova Rota
da Seda e sua estratégia do Colar de Pérolas Chinês, de expansão de influência e militarização do Oceano
Índico.
 A tríplice fronteira Butão, Índia e China, platô de Doklam;
 Com a Índia na área de Arunachal Pradesh;
 A relação entre a Índia e o Paquistão é historicamente conflituosa, marcada por assimetrias e
pelo caráter religioso dos dois países. Contudo, o principal ponto de divergência entre os dois países
continua sendo a região da Caxemira. E são dois países com armamentos nucleares.
Cap Antonio

d. Aspectos militares
 Maior importador de armamento do mundo, principalmente da Rússia (1º) e Israel (2º) → Questão
da Caxemira;
 País com arsenal nuclear;
 Não é signatária do TNP;
 Um dos maiores exércitos do mundo em efetivo, grande população;
 2022: quarto maior gasto em defesa do mundo, atrás de EUA, China e Rússia;

e. Aspectos econômicos
 Quinta maior economia do mundo (2022): US$ 3,47 trilhões;
 País capitalista e de economia de mercado;
 A diáspora indiana, composta por aqueles que deixaram a Índia em algum momento da história ou
pelos seus descendentes, encaminha, anualmente, para a Índia um fluxo de divisas que cerca os 15% do
PIN indiano;
 PIB: 18% setor primário, 24% setor secundário e 49% setor terciário;
 EXPORTA: tecnologia de ponta e commodities agrícolas: softwares, biotecnologia
(medicamentos), arroz (35% do mercado global), açúcar, trigo, carne bovina (búfalos), petróleo refinado e
joias → heterogênea;
 Política de desvalorização da rupia para incentivas as exportações;
 Grande rebanho bovino;
 Maior produtor de softwares do mundo;
 Diante da guerra comercial sino-americana recebe parques industriais transnacionais que saem
da China;
 IMPORTA: petróleo cru, gás natural, ouro;
 País em desenvolvimento
 Exportação de commodities agrícolas e produtos industrializados de média complexidade, mas
que domina tecnologias sensíveis em setores como indústria de biotecnologia e nuclear;
 Forte crescimento econômico nas últimas décadas;
 2030: Índia possivelmente terá uma crise hídrica;
Cap Antonio
 Significativa reservas de capital estrangeiro (reservas internacionais) → financiar investimentos,
empréstimo a países parceiros;
 A Índia vem aumentando significativamente seus investimentos diretos em outros países;
 Transportes
 Fartamente servida por ferrovias;
 Conectada por uma boa rede de rodovias, um pouco afetadas pelo relevo do norte;
 Pouca intermodalidade e complementaridade;
 Recursos naturais
 Carvão, ferro, incidência solar, ferro, metais preciosos, terras cultiváveis;
 Indústria
 Siderurgia (pela grande riqueza de ferro, manganês e carvão)
 Têxtil (juta e algodão;
 Agropecuária
 Algodão, juta, chá, cana de açúcar, arroz (chuvas de monções);
 Maior gado bovino do mundo e grande fornecedor de carne para o mercado global (oriunda do
búfalo, que é considerado gado bovino pela FAO);
 Grande produtora de leite;
 Situação energética
 Predomínio do carvão;
 Grande importadora de petróleo → exporta petróleo refinado;
 Grande capacidade de refino do petróleo → comprar petróleo bruto e vender refinado;
 Terceira maior demanda de energia do mundo (1º China, 2º EUA);
 Significativa capacidade de energia eólica instalada;
 Atualmente, a Índia importa cerca de 85% de sua demanda de petróleo bruto, o que ameaça sua
segurança energética.
 Em 2022, os EUA se tornaram o maior importador de produtos refinados de petróleo da Índia,
apesar de grande parte do petróleo adquirido para produzir esses produtos vir da Rússia → Mesmo com
os EUA fazendo embargos comerciais devido ao conflito Rússia x Ucrânia.
 Cerca de 25% da população não têm acesso à eletricidade → uso significativo da lenha para
cozinhar;
 Terceiro maior emissor de Gases de Efeito Estufa do planeta, atrás apenas da China e EUA;
 Oleoduto TAPI: Turcomenistão → Afeganistão → Paquistão → Índia: dificuldade de
integração da rede de dutos;
 A Índia é o país que apresenta desafios energéticos mais significativos entre os emergentes;
 Segurança energética: a Índia depende de importações significativas de petróleo e gás natural
para atender à sua demanda por energia, o que a torna vulnerável a interrupções no suprimento e
flutuações nos preços internacionais.
 Alternativas: Renováveis e nuclear (essa em expansão);
 Sustentabilidade: a Índia está buscando aumentar a participação de fontes de energia
renovável em sua matriz energética, como eólica, solar e hidrelétrica, para reduzir sua pegada de carbono
e contribuir para o combate às mudanças climáticas.
 A burocracia prejudica plano da Índia de se tornar ‘alternativa comercial’ à China. A Insegurança
no ambiente de negócios e morosidade no sistema jurídico afastam investidores estrangeiros.
 Principais Cidades:
 Nova Déli (Capital), Mumbai/Bombaim (principal centro financeiro e industrial), Calcutá,
Bangalore (Centro de tecnologia de ponta – tecnopolo – Novo Vale do Silício);
Cap Antonio
 Presença de empresas de alto valor agregado (software, aviônica, biotecnologia) → fatores de
atração: engenheiros recebem salários menores, existência de um tecnopolo e língua inglesa;
 Inserção indiana na economia mundial
 Mão de obra barata (qualificada em exatas);
 Crescimento do mercado interno;
 Política de desregulamentação → Desburocratização;
 Grande exportador de softwares;
 Moeda desvalorizada: rúpia indiana;
 Agropecuária → arroz, trigo, algodão (indústria têxtil), búfalo e leite;
 Carência de Infraestruturas (energia e transportes);
 Indústria do Cinema em Bollywood → inserção cultural;
 Telecomunicações → equipamento e terceirização de serviços para países anglófonos → Call
centers;

f. Grande Estratégia da Índia


 Economia: Make in Índia, visando tornar país atrativo para empresas estrangeiras;
 Diplomacia: Pragmatismo / não-alinhamento → demanda de meios militares para salvaguardar os
interesses nacionais;

 RÚSSIA
 2ª Guerra → URSS do lado dos aliados → vitoriosa → prestígio do comunismo;
 Guerra Fria:
 Participa das conferências do pós-guerra;
 Faz parte do Conselho de Segurança da ONU;
 1979: Guerra do Afeganistão: Vietnã da URSS → Afeganistão não se torna comunista;
 Década 1980: Crise da URSS → corrupção, burocracia, altos gastos;
 1985: Era Gorbachev: Perestroika (abertura econômica) e Glasnost (abertura política);
 1991: fim da URSS
 Exposição da corrupção estatal → venda de armas à África;
 CEI: URSS sem a Rússia exercer sua influência diretamente;
 1991 – 1999: Boris Yeltsin
 Choque de capitalismo (economia de mercado);
 Tempos difíceis para a Rússia;
 Surgimento dos oligarcas russos → privatizações a preços baixos;
 Pequinês geopolítica;
 Crises:
 1993 → dissolveu o parlamento → os militares russos garantiram a continuidade do seu
governo → nova constituição
Cap Antonio

 1998: crise econômica → moratória;


 Leste Europeu se aproxima da EU;
 Privatizações a preços baixos;
 1994 – 1996: Derrota para a Chechênia;
 1999: Renuncia → assume Putin, seu vice;
 1999 + 2000 – 2008: 1ª Era Putin
 2000 – Reconquista a Chechênia;
 Crescimento econômico;
 Ativa o nacionalismo russo;
 Centralização do poder → indica governadores;
 Estatização dos recursos naturais (petróleo e gás), devido ao efeito China → aumento dos
valores das commodities;
 Resgate do nacionalismo russo (hard power) → investimentos nos setores militares e coibiu
manifestações;
 Venda de armas e petróleo para os envolvidos em conflitos → garantiu boa envergadura
econômica;
 2008 – 2012: Era Medevedev (Putin – 1º Ministro) → fantoche do Putin;
 Guerra na Geórgia => Rússia apoia separação Abecásia e Ossétia do Sul;
 Aumento das tensões com EUA (Venezuela e Geórgia) => grande “reset” => Rússia na OMC;
 2012 – 2024: 2ª Era Putin => Rússia, aliada da China, como grande potência novamente;
 2014: O povo ucraniano estava dividido entre aqueles que queriam uma maior integração com a
Rússia e aqueles que apoiavam uma aliança com a União Europeia => Moscou invade a Criméia
(Ucrânia) alegando defender o povo russo da região → Expulsa do G8;
 2015: Intervenção na Síria (auxílio ao Asssad) → reprimir o Estado Islâmico;

a. Fatores Fisiográficos
 Posição estratégica: EUA (Alasca), Europa, China e Japão;
 17 milhões km2 (11 fusos);
 País bicontinental (Placa Euroasiática) → separado pelos Montes Urais → Parte Asiática: Sibéria;
 RELEVO:
Cap Antonio

 Oeste: Planície Russa e Sibéria → combustíveis fósseis;


 Centro: Platô Sibéria Central;
 Cáucaso: dobramentos modernos;
 Leste: Planaltos antigos;
 Permafrost: solo congelado => camada de gelo que envolve gás metano => o seu derretimento
contribui para o aquecimento global;
 CLIMA:
 Altas latitudes => polar / subpolar / temperado frio
 Continentalidade: altas amplitudes térmicas;
 VEGETAÇÃO:
 Tundra: vegetação adaptada a sazonalidade climática;
 Taiga => floresta de coníferas => madeira de qualidade;
 Floresta temperada;
 Estepes → grandes campos;
 HIDROGRAFIA
 Rio sazonais → congelam no inverno;
 Ob e Ienissei: planícies ocidentais;
 Volga: maior rio da Europa;
 Sem acesso a oceanos quentes;

b. Fatores Psicossociais
 População majoritariamente urbana;
 Populoso, mas pouco povoado;
 Tendência de queda: queda da taxa de natalidade e alta emigração (fuga de cérebros) → pacote de
estimulo a natalidade → Feriado: “Dia da Reprodução”;
 Solução: imigração? (necessário 300 mil/ano) → Putin adotou políticas pouco eficientes →
Rússia fere os direitos humanos e é um país xenófobo!
 Passado czarista e URSS glorioso!
 Grandes reservas de combustíveis fósseis → Produção: 2º gás natural / 3º petróleo;
 1917: Revolução Russa;
Cap Antonio
 1922: União Soviética
 Economia Socialista: Estatização, reforma agrária, planificação econômica;
 Investimentos: indústrias de base, bélica;

c. Fatores Econômicos
 PIB: US$ 2,1 trilhões → 9º economia do mundo;
 Matriz energética baseada em combustíveis fósseis: gás natural+petróleo+carvão (88%), nuclear
(7%) e renováveis (5%);
 Mercado de telecomunicações é o maior da Europa, sustentado por uma população próxima a 147
milhões; o mercado geral é dominado pelas regiões ocidentais, particularmente Moscou e São
Petersburgo;
 Extensa malha ferroviária e dutoviária;
 A Rússia opera a maior frota de quebra-gelos de classe polar do mundo, com 52 navios, incluindo
os únicos sete quebra-gelos pesados movidos a energia nuclear do mundo;
 EXPORTA: petróleo bruto, petróleo refinado, carvão e minerais nobres (ouro), fertilizantes,
presença forte nos mercados mundiais de cereais – sobretudo trigo, centeio, cevada e aveia.
 IMPORTA: carros, peças de veículos, medicamentos, equipamentos eletrônicos;

d. Fatores Militares
 Possui armamento nuclear;
 Aproximadamente 850 mil soldados ativos;
 Quinto maior gasto militar do mundo;
 Segundo maior exportador de material bélico, atrás dos EUA;
 2023: As forças militares russas continuam a conduzir operações de combate ativas na Síria. A
Rússia interveio na guerra civil síria a pedido do governo de ASAD em setembro de 2015.
 Rússia é o principal membro da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) e
contribui com aproximadamente 8.000 soldados para a força de reação rápida do CSTO;

e. Fatores Políticos
 Líder: Putin, desde 1999, direta ou indiretamente;
 Antagonismo históricos com os EUA;
 A Federação Russa é uma república semipresidencialista federal que tem o Presidente como chefe
de Estado e o Primeiro-Ministro como chefe de Governo.
 O Legislativo é bicameral, isto é, a Assembleia Russa possui duas casas para representar o povo: a
Duma – a câmara baixa – e o Conselho de Federação – câmara alta do parlamento russo. A Duma
equivale à Câmara dos Deputados e o Conselho de Federação ao Senado;
 Pluripartidarismo;
 Fronteiras:
 Rússia-Japão: a disputa de soberania sobre as Ilhas Curilas do Sul", ocupadas pela União
Soviética em 1945, agora administrado pela Rússia e reivindicado pelo Japão;
 Rússia-Ucrânia: Criméia e o leste ucraniano;

f. Questões atuais
 Interferência política estrangeira (Brexit / Trump): manipulação de notícias e redes sociais;
 Separatismo: Daguestão e Chechênia (maioria islâmica) → rota de dutos → caso independentes
→ custo de 9 bilhões de Euro/ano para a Rússia;
Cap Antonio
 Jovens progressistas → direitos humanos e liberdade de imprensa (Putin para sempre?);
 Perseguições políticas → morte de opositores;
 Envelhecimento populacional e inflação;
 Crise com a Ucrânia (OTAN x Rússia);
 Corte no abastecimento nos gasodutos/oleodutos da Europa → Europa busca novas rotas →
Oriente Médio e Ásia Central;
 Explosão do Nord Stream 2 → gasoduto Rússia-Alemanha;

g. Relações Brasil e Rússia


 1828-1917 – Relações diplomáticas existentes, porém quase nulas. Brasil priorizava a Europa
Ocidental e depois os EUA:
 1828 – Início das relações bilaterais;
 1892 – A Rússia reconheceu a República Brasileira
 A Rússia era governada por monarcas e havia uma resistência em reconhecer uma não-
monarquia;
 1917 – Revolução Russa
 1917-1945 – Relações diplomáticas inexistentes, por conta do rompimento brasileiro ao regime
comunista. O Brasil priorizou o americanismo;
 1939-1945 – Aliados na II GM;
 Após a vitória da URSS na II GM o Brasil viu a necessidade de reconhece-la, afinal, ela tinha
se tornado um importante ator no sistema internacional → o prestígio comunista;
 1945-1947 – Relações diplomáticas existentes;
 1947 – Dutra rompe relações com a URSS e cassa o PCB → PEB: alinhamento sem
recompensa;
 Fortes críticas da imprensa soviética contra o Brasil;
 1947-1961 – Relações diplomáticas inexistentes
 1950 – Juscelino Kubitschek retoma as relações comerciais → PEB: OPA → frustação devido
à aderência de Washington → esgotamento das relações com o EUA → busca pelo leste Europeu;
 As relações com a Europa Ocidental também estavam ruins, devido ao aumento do
protecionismo agrícola;
 1961 – João Goulart retorna as relações diplomáticas → PEB: política externa independente;
 1961-em diante – Relações diplomáticas existentes
 1964 – Castelo Branco rompeu com Cuba, mas não rompeu com a URSS → PEB: política
externa dos círculos concêntricos: segurança nacional e integração continental, com forte alinhamento aos
norte-americanos no combate ao comunismo. Assim, também seria denominada a política externa de “um
passo fora da cadência”, pois, desde 1961, e nos governos miliares, após Castelo Branco, existirá uma
forte tendência ao universalismo;
 1970’s: Brasil passa a importar petróleo da URSS;
 1980: Figueiredo não apoia o boicote às Olimpíadas de Moscou. Também rejeitou o embargo
econômico proposto pelos EUA:
 Acordos de cooperação técnico-cientifica;
 1983 – Ápice dos fluxos econômicos;
 Sarney visitou a URSS;
 1990’s – Quase congelamento mediante o fim da URSS
 Oligarquização da sociedade russa → as empresas estatais russas foram compradas pela elite
russa;
Cap Antonio
 2002 – Acordo de parceria estratégica;
 A Rússia apoia a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU;
 2008 – BRICS
 2014 – Ocidente embargou Rússia pela invasão da Crimeia
 O Brasil não aderiu e assistiu seu fluxo econômico com o país crescer exponencialmente,
semelhante ao que ocorreu na década de 1980.
 Século XXI:
 Presença da Sadia e Marcopolo em território Russo;
 Cooperação técnico-espacial-militar:
o Acordo espacial sobre veículos de lançamento de satélites;
o Compra de material bélico russo;
o Cooperação Petrobras-Gazprom;
o Utilização do Glonass, sistema de posicionamento global russo;
o 2006: Contribuiu para o envio do astronauta brasileiro a Estação Espacial Internacional;
o Brasil importa fertilizantes;
Assunto 24. Ásia Central: jogo de poder

❖ Analisar a posição estratégica e as disputas na Ásia Central, sob o enfoque das expressões do
Poder Nacional.
❖ Compreender o protagonismo russo na região.

❖ Interpretar o potencial do continente asiático no atual ordenamento mundial.

 Novo Grande Jogo é a competição geopolítica na Eurásia Central entre os Estados Unidos, o
Reino Unido e demais países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra a Rússia, a
China e demais países da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), com fim de "influência, poder,
hegemonia e lucros na Ásia Central e no Cáucaso". É uma referência ao "Grande Jogo", uma rivalidade
política entre o Império Britânico e o Império Russo na Ásia Central durante o século XIX.
 Com a queda da URSS, em 1991, emergiu o “Novo Grande Jogo”, que se tornou numa
competição pela influência, poder, hegemonia e lucros na Ásia Central e no Cáucaso, de lembrar que
ambas as regiões são muito ricas em petróleo.
 De uma forma geral, a Rússia procura restabelecer a sua posição privilegiada no espaço pós-
Soviético, já que os recém-estabelecidos Estados procuraram uma viragem geopolítica para o bloco
ocidental, o que explica as sucessivas guerras que a Rússia tem travado no Cáucaso (Edwards, 2003).
 No entanto, a situação atual não implica só dois atores, no caso do chamado “Novo Grande Jogo”,
existem muitos outros atores estatais, como o Paquistão, a Índia, a China, a Turquia e o Irão. No que toca
aos atores não-estatais, trata-se dos grandes consórcios multinacionais, que competem entre si pelos
recursos abundantes.

ÁSIA CENTRAL E O JOGO DE PODER


a. Campo político;
 Fronteiras => A oeste: Mar Cáspio, a leste: China, ao norte: Rússia e ao sul Afeganistão e Irã;
 Países => Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão e o Uzbequistão;
 Independência => fim da URSS, presença de governos autoritários;
 Política externa => Diversificação das relações com as grandes potências: Rússia, China e EUA;
Cap Antonio
 A perda da força americana nos países centro-asiáticos, devido à recente ausência no
Afeganistão, deixou o caminho aberto tanto para a influência russa quanto chinesa;
 China: interesse energético e busca combater o extremismo, o separatismo e o terrorismo;
vetores que contribuem para a instabilidade da região e que influencia as minorias muçulmanas presentes
em territórios chineses;
 Rússia: petróleo e gás;
 União Europeia: principal destino dos gasodutos e oleodutos russos e do petróleo centro-
asiático, a União Europeia tem papel fundamental na diplomacia energética liderada por Moscou. =>
queda
 Posição estratégico => proximidade com os territórios do Afeganistão, do Irã, da Rússia e da
China;
 Governos participaram da URSS => Órbita russa;
 Governos centralizadores favorecem a implementação de medidas nacionalistas;
 Influência russa e chinesa por meio de blocos de poder:
 CEI: Comunidade dos Estados Independentes => Georgia saiu em 2008;

Geórgia deixou a CEI em 2008 devido o apoio russo aos movimentos separatistas em seu território. A
Ucrânia deixou a CEI em 2018, devido a restrições comerciais e a anexação da Crimeia por parte da Rússia.

 OTSC: Organização do Tratado de Segurança Coletiva, 1992 => tratado militar => suprir a
ausência de uma proteção mútua no leste europeu após o fim do Pacto de Varsóvia.
Cap Antonio

 UEE: União Econômica Euroasiática;

 OCX: Organização para Cooperação de Xangai


Cap Antonio

 Ocupa a região da Heartland => Coração do Mundo;

 Região intermediária entre o oriente e a Europa => ligação terrestre dos continentes;
 Instabilidade regional por guerras próximas: Afeganistão e Caxemira, Síria, Iraque e Cáucaso;
 Redução da influência russa e chinesa:
 Gasodutos BTC e o BTE representam uma vitória ocidental em matéria de contenção da Rússia
e de apoio à independência das repúblicas do Cáucaso e Ásia Central => escoamento de gás e petróleo da
região direto para o Ocidente;
 Gasoduto TAPI (Turcomenistão-Afeganistão-Paquistão-Índia) => união destes países reduziria
a influência russa e chinesa na região e isolaria o Irã;

b. Campo econômico
 Abundancia de petróleo e gás natural;
 Importante rota entre Europa e Ásia;
 Principais rios: Sir Daria e Amu Daria => desembocam no Mar de Aral;
 Mar Aral está secando => desvio dos rios para atender as necessidades de irrigação (algodão) e o
aquecimento global;
 A produção agrícola em áreas irrigadas é, ao lado da mineração e da exploração de petróleo e gás,
a atividade econômica mais importante das Repúblicas da Ásia Central e também a maior geradora de
empregos;
Cap Antonio
 Oleodutos da era soviética ligavam unicamente à Rússia; => infraestrutura da era soviética;
 Caminham para um mercado comum (UEE);
 Recebem investimentos da Rota da Seda pela China;
 Investimentos russos na infraestrutura e no setor de energia;
 Parcerias firmadas pelos EUA na região => garantir espaços para o fluxo comercial e evitar o
transporte de produtos em território russo;
 OCX está se tornando um bloco energético-financeiro na Ásia Central em contraponto à influência
norte-americana;
 Aproximação chinesa do Irã – Demarcação de suas prioridades na Ásia Central e no mundo -
Pequim compra grandes quantidades de petróleo de seus vizinhos, apesar das críticas ao desempenho da
região em direitos humanos;
 Aspecto econômico do Novo Grande Jogo: disputa pelos combustíveis fósseis na região;
 Construção pelos EUA do oleoduto BTC (Baku-Tbilisi-Ceyhan) e do gasoduto BTE (Baku-
Tbilissi-Erzurum) em 2003 => transportar óleo e gás do Azerbaijão, percorrendo a Geórgia e terminando
na Turquia => Escoamento para o ocidente sem passar por terras russas;
 BTC e BTE oferecem aos Estados Unidos e à Europa a possibilidade de lançar outros projetos
para diversificar suas fontes de abastecimento;
 EUA têm apoiado projetos bilaterais, buscando a construção de novos oleodutos e gasodutos que
liguem o ocidente aos países produtores da Ásia Central => Diminuir a dependência econômica de
Moscou => Gasoduto TAPI (Turcomenistão-Afeganistão-Paquistão-Índia) é um dos principais projetos;

c. Campo psicossocial
 Religião predominante é o islamismo;
 Arabia Saudita => tem financiado o renascimento do Islã na região;
 Região instabilidade social => Presença de grupos radicais e terroristas e conflitos étnicos e
religiosos: Movimento Islâmico Uzbeque (MIU);
 1954: Campanha das Terras Virgens => migração forçada que alterou a composição étnica na
região;

d. Campo militar
 Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC),1992:
 São membros: Rússia, Armênia, Belarus,Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão;;
 Os EUA usaram a região para estabelecer bases militares na época da Guerra ao Terror => retirou-
se em 2014 com a entrega da Base aérea de Manas para o governo do Quirguistão;
 A Rússia continua a ser um importante garantidor da segurança na região, com instalações em três
dos cinco países da Ásia Central, controlando dois terços das importações de armas e apoiando os
governos da região;
 Acordo de cooperação militar entre Rússia e Cazaquistão;

e. Objetivos da UE na Ásia Central


 Acordos de Parceria e Cooperação com os países da região;
 Incrementar a infraestrutura de transportes na Ásia Central, importante rota entre a Ásia e a
Europa;
 Europa cada vez mais dependente recursos energéticos estrangeiros => principalmente petróleo e
gás natural;
 Embates da UE com os Direitos Humanos desrespeitados na Ásia Central;
Cap Antonio

Assunto 25. Oriente Médio: regiões de grandes conflitos

❖ Analisar a posição estratégica e as disputas no Oriente Médio, segundo as expressões do


Poder Nacional.

 ORIENTE MÉDIO
 Se estende desde a Turquia até o Irã, passando pelo Golfo Pérsico;
 Ou “Sudoeste Asiático” → região estratégica;
 Petróleo;
 Berço das três mais tradicionais religiões monoteístas;
 Nó geográfico (Europa / África / Ásia);
 Petróleo
 65% das reservas mundiais → concentrado no Golfo Pérsico;
 Exploração era feita pela “7 irmãs” → empresas estrangeiras que realizam a exploração;
 Década 1960: criação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo - OPEP (cartel do
petróleo);
 1973: nacionalização das reservas após a Guerra do Yom Kipur → crise do petróleo;
 Escoamento:
 Terrestre: Síria, Iraque e Turquia;
 Marítima: Irã (Estreito de Ormuz);
 Berço das três religiões monoteístas;
 Judaísmo: Tora;
 Cristianismo: Bíblia;
 Islamismo:
 622 d.C. → Alcorão → Sunitas (Califas: profetas próximos de Maomé) e Xiitas (Seguidores
do genro de Maomé, Ali) → 80% sunitas e 20% xiitas;
 Jihad → Guerra Santa: aumentar os números de seguidores;
 Peregrinação à Meca;
 Oração 5x por dia;
 Nó geográfico
 Etnia é diferente de religião;
 Turcos → Turquia;
 Persas → Irã;
 Hebreus → Israel (judeus);
 Curdos → maior povo “sem terra” → Almejam formar o Curdistão: onde fica o a nascente
dos Rios Eufrates e Tigres → conflitos;
 Árabes → norte da África e Oriente Médio;
 Aspectos humanos:
 Desigualdade, urbanização crescente e explosão demográfica (aumento dos jovens);
 Pirâmide etária com base larga e topo estreito (muitos jovens e poucos idosos);
 Aspectos econômicos:
 Setor Primário:
 Pecuária de transumância → migração sazonal do gado → devido à grande amplitude
térmica entre verão e inverno;
Cap Antonio
 Destaque: Israel → emprego de grande tecnologia;
 Setor Secundário:
 Petroquímicas;
 Setor Terciário:
 Turismo;

 QUESTÃO PALESTINA
 Hebreus (judeus) versus Árabes (muçulmanos): palestinos;
 Histórico
 Até 70 d.C.: Palestina ocupada pelos judeus, mas dominada pelos romanos → Roma teme a
expansão dos hebreus → diáspora: expulsão dos judeus;
 Árabes ocupam a região;
 Judeus são perseguidos por séculos na Europa;
 Século XIX: judeus criam o Movimento Sionista (religioso) → almejavam a criação de um
estado judeu na terra prometida, agora dominado pelo Império Otomano e ocupado por árabes;
 II GM
 Holocausto → fortaleceu o Movimento Sionista;
 Ocidente passa a apoiar o sionismo → holocausto + Guerra Fria (ter um aliado no Oriente
Médio com uma cultura parecida com o ocidente);
 A Palestina era uma área de influência da Inglaterra → cede o território à ONU;
 1947: ONU faz o plano de partilha da Palestina:
 Judeus → satisfeitos;
 Palestinos → insatisfeitos;
o Conflitos;

 1947/48: Guerra de Formação de Israel


 Judeus x Países Árabes → vitória dos judeus, com apoio
indireto do Ocidente (EUA);
 Criação do Estado de Israel;
 Jordânia (Cisjordânia);
 Egito (Faixa de Gaza);
Cap Antonio
 Não há um Estado Palestino desde então (Território + Povo + Governo reconhecido
internacionalmente;

 1956: Guerra de Suez (Canal no Egito)


 Liga o Mediterrâneo e o Mar Vermelho (Oceano Índico);
 Estava sob o domínio britânico e francês;
 Nasser assume o poder:
 Nacionaliza o canal de Suez;
 Manda tropas para a fronteira de Israel;
 Egito versus França, Inglaterra e Israel → URSS e EUA → Egito vence! → assinala a
decadência europeia na geopolítica internacional.
 1967: Guerra dos Seis dias
 Maior alteração das fronteiras;
 Israel alega “ataque preventivo”
 Colinas do Golã (Síria) → nascente do Rio
Jordão;
 Cisjordânia → acesso ao Rio Jordão;
 Faixa de Gaza;
 Península do Sinai → Canal de Suez;
 Jerusalém → Religião;
 1973: Guerra do Yom Kippur
 Feriado judeu → “dia do perdão”;
 Árabes atacam no feriado;
 Judeus ganham a guerra → EUA apoiam os judeus declaradamente;
 A exploração do petróleo era realizada por empresas estrangeiras, as Sete Irmãs;
 Os países árabes nacionalizam as reservas de petróleo → aumento do petróleo em cerca de
400% em poucas semanas;
 Corte dos gastos públicos no Ocidente;
 Crise do Petróleo: o conflito da Palestina envolve recursos econômicos → destaque
internacional;
 1979: Acordo de Camp David (nos EUA)
 Egito não considera mais Israel como inimigo (paz) versus Israel devolve a Península do Sinai
→ sucesso!
 Anwar Sadat, o responsável pelo acordo, é assinado por radicais egípcios;
 Assume Hosni Mubarak, aliado aos EUA, que somente saiu do poder em 2011 com a
Primavera Árabe;
 1987: Intifadas (Revoltas palestinas) → intensificação dos atentados terroristas → surgimento
do Hamas que tem como objetivo a destruição de Israel;
Cap Antonio

 1993: Acordo de Oslo


 OLP (Organização para a Liberdade da Palestina) versus Israel (1995: Rabin é assassinado);
 OLP concede a paz e Israel concede a Faixa de Gaza (Hamas – radical) e a Cisjordânia (Fatah –
moderado) → fracasso, pois os grupos palestinos usaram de ataques terroristas!
 Israel construí assentamentos judeus na Cisjordânia e a Faixa de Gaza, apesar de ser um
território autônomo, vive sob embargos e não é reconhecido internacionalmente;

 IRÃ
 País persa (farsi), maioria xiita (rivalidade com os sauditas), grande aliado da Síria;
 Localizado na porção norte do Estreito de Ormuz → ameaças de fechar o estreito;
 O Irã e os Emirados Árabes Unidos reivindicam as ilhas de Abu Musa e Tunb Maior e Tunb
Menor, para estenderem seu controle sobre o Estreito de Ormuz.
 O Estreito de Ormuz é a ligação entre o Golfo Pérsico e os oceanos.;
 Transita mais de 30% do petróleo mundial e 20% do transporte marítimo mundial;
 Membro da OPEP;
 Contra intervenções ocidentais no Oriente Médio;
 Dois polos de poder: Irã (e Síria) com o apoio da Rússia e China versus Arábia Saudita com o
apoio dos EUA;
 O Estado Islâmico é contra os xiitas do Irã;

 Antes de 1979
 País monárquico → controlado pelo Xá Reza Pahlev;
 Mal do petróleo: má distribuição de renda → grande desigualdade social;
 Aliado do mundo ocidental (Revolução Branca → ocidentalização do Irã);
 Setores conservadores culpavam os EUA;

 1979: Revolução Fundamentalista Islâmica Xiita


 União Religião + Política → Aiatolá (sharia: aplicação do Alcorão como lei pública);
 Sai o Xá e entra o Aiatolá Khomeini;
 Corte das relações com o mundo ocidental;
 Iraque teme que seus xiitas também façam uma revolução → EUA se une ao Iraque→ Guerra
Irã x Iraque → 2º Choque do Petróleo → redução dos gastos públicos nos países ocidentais →
neoliberalismo;
 Anos 1990 e 2000:
 Sanções dos EUA contra o Irã;
 Enriquecimento de Urânio → fins pacíficos? Irã diz que sim e é signatário do TNP;
 2015: Acordo EUA e Irã (governo Obama)
 Motivo: Crise financeira do Irã e inimigo comum → ISIS;
 AIEA passa a fiscalizar o enriquecimento de Urânio;
 2018: Trump cancela o acordo com o Irã
 Motivos: Irã apoia “terroristas” (Huthis no Iêmen) e aproximação com Israel e Arábia Saudita;
 Irã passa a não respeitar o limite de enriquecimento de urânio!
 2020: Trump mata o general Soleimani no Iraque → líder militar do Irã;
 Milícias xiitas estavam atacando a zona verde no Iraque!
 Irã promete respostas → ataca bases americanas;
Cap Antonio
 2021: Biden assume os EUA
 Início das negociações com o Irã → fim do apoio aos sauditas no Iêmen;
 Irã continua enriquecendo urânio acima do permitido;

1. Petit Cursos - O Irã e os conflitos do Oriente Médio


 Maior nação xiita do mundo;
 Antigo Império Persa → tanto árabes como ocidentais temem;
 País populoso e extensão territorial significativa;
 Fronteira com a Ásia Central;
 Forte nacionalismo persa;
 Século XX
 1923: Reza Xá derruba a dinastia e assume o trono; → “Xá” soberano dos persas;
 Esforço de ocidentalização;
 Mudanças de hábito;
 Aproximação do país com ao Reino Unido
o Não tinham a capacidade técnica-profissional de exploração do petróleo;
o Criação da Anglo-Iranian Oil Company (AIOC);
 Litígio contra o Reino Unido;
o 1933: Aproximação à Alemanha → raízes “arianas”;
o 1935: Adoção oficial do nome Irã (“terra dos arianos”);
 II GM
 Irã se mantém neutro;
 Petróleo é estratégico;
 Aliados invadem o Irã → assegurar o fornecimento de petróleo → crescimento no
nacionalismo;
 Reza Xá abdica em favor de seu filho, Reza Pahlevi;
 Atritos com o Reino Unido → divisão do petróleo;
 Nacionalismo em alta;
 1953: o petróleo é nacionalizado pelo primeiro ministro;
 Reino Unido implementa sanções;
 1953: CIA organiza golpe → Xá Reza Pahlevi assume o poder e instaura uma ditadura →
monarquia absolutista → Xá é tido como fantoche dos EUA;
 Xá Reza Pahlevi
 Bem visto internacionalmente → investe em educação, direito às mulheres;
 Proximidade política aos EUA
 Ocidentalização;
 Israel;
 Identidade persa associada à evolução cientifica;
 Parceria nuclear;
 Anos 1970: Revolução Branca → mudanças econômicas e nos hábitos do país;
 Modernização e reformas;
 Reforma agrária;
 Sindicatos;
 Mulheres sem usar véu;
 Crescente impopularidade;
 Corrupção;
Cap Antonio
 Violência do regime;
 Pobreza;
 Religião como alternativa para a ditadura do Xá;
 Aiatolá Khomeyni → exímio orador;
 Inspira manifestações em 1978;
 Desembarca em Teerã em 1979 → recebido como herói;
 Irã revolucionário
 O Irã se tornou um pária no mundo;
 Forte sentimento antiamericano;
 República teocrática islâmica na qual os poderes são supervisionados por um corpo de clérigos;
 O Líder Supremo é o chefe de Estado e eleito para um mandato vitalício;
 A Guarda Revolucionária responde ao Líder Supremo e não ao presidente! A Guarda
Revolucionária possui um papel prioritário, acima do Exército.
 O poder executivo é exercido pelo Presidente, que deve ser um xiita iraniano;
 Os candidatos ao cargo devem ser previamente aprovados pelo Conselho de Guardiães;
 Segundo a constituição do Irã, o Presidente é a mais alta autoridade do país após o Guardião
Supremo;
 Atritos com os EUA;
 Crise da embaixada → funcionários presos;
 Rompimento com Israel;
 Defesa e expansão da Revolução;
 Guarda Revolucionária;
 1980-88 – Guerra Irã-Iraque
 Resultou de disputas fronteiriças entre as duas nações e de questões políticas e religiosas;
 EUA apoiaram o Iraque (Saddam);
 Programa Nuclear
 2002 – Programa nuclear ativo → pressões e sanções;
 2003 – Guerra do Iraque;
 Influência iraniana sobre xiitas iraquianos;
 Atritos indiretos;
 A guerra dos EUA no Iraque é considerada uma guerra contra o Irã dentro do território
iraniano;
 Tensões crescentes;
 2010 – Declaração de Teerã
 Irã, Brasil, Turquia e Rússia;
 Permite o enriquecimento de Urânio;
 EUA se opõem;
 2015 – Acordo nuclear liderado pelos EUA no CSNU + Alemanha (P5 + 1) e o Irã;
 O Irã tem que fornecer transparência total no seu programa nuclear;
 Desativação de algumas centrais nucleares;
 Irã aceita a fiscalização da AIEA;
 Sanções econômicas gradualmente retiradas → crescimento econômico exponencial do Irã;
 Tabuleiro Regional
Cap Antonio

 Irã expande sua influência


 Bashar al-Assad → Siria;
 Houthis → Iemen;
 Hezbollah → Libano;
 Xiitas → Iraque;
 Irritação saudita e israelense → 2018 Trump sai do acordo nuclear → novas sanções
americanas e assassinato do General Soleimani, líder da Guarda Revolucionária;
 Potência
 Região de passagem terrestre entre a Ásia e a Europa;
 Enorme mercado consumidor;
 82 milhões de habitantes;
 Ótimo potencial de expansão;
 Excelentes oportunidades de investimento;
 Correria para investir com o fim das sanções;
 Saída do país com a volta das sanções;
 Baixíssimas reservas internacionais;
 Gigantesca dependência do petróleo;
 Oportunidades para a China;
 Irã versus Arábia Saudita → xiita versus sunita → aproximação entre Arábia Saudita e Israel;
 2023: Irã e Arábia Saudita retomam as relações diplomáticas com mediação de Xi Jinping →
Quem sai enfraquecido são os Estados Unidos que têm influência histórica na região.
2. Petit Cursos – O inverno árabe: a guerra civil síria e seus desdobramentos globais
 A SÍRIA
 População antes da guerra: 21 milhões → atual: 17 milhões;
 PIB antes da guerra: US$60 bi → atual: US$15 bi → per capita: US$ 800 → país miserável;
 1516-1918: Parte do Império Otomano;
 1919-1920: Monarquia;
 1920-1946: Síria fica sob o mandato francês;
 1918: Acordo de Sykes-Picot;
Cap Antonio

 1946: Independência → instabilidade: em 10 anos, 4 constituições e 20 gabinetes;


 Concentração de poder nas mãos dos militares;
 Formação tardia como Estado → conflitos;
 1956: Crise de Suez
 Nasser nacionaliza o Canal de Suez;
 Intervenção francesa, britânica e israelense contra o Egito → marca da decadência britânica
e francesa como potência;
 Síria se aproxima da URSS e do Egito → Preocupação para a Turquia (aliada dos EUA e
membro da OTAN);
 1958-61: República Árabe Unida (Egito + Síria) → Nasser presidente;
 Militares não se contentam com o papel secundário;
 1961: Golpe de estado restitui a República Árabe da Síria;
 Desde 1963 o mesmo partido está no poder;
 1966: Novo golpe de estado → Síria dá guinada à esquerda → Postura hostil diante de Arábia
Saudita e Israel;
 1967: Derrota na Guerra dos Seis Dias;
 Perda das Colinas de Golã (água e monitoramento das fronteiras) e do Mar da Galileia (água
doce);
 Crescente impopularidade do governo;
 1970: Golpe não-violento → al-Assad (pai do atual) assume o poder;
 1973: Derrota da Guerra do Yom Kippur
 Israel avança ainda mais no território sírio;
 1976: Síria intervém na Guerra Civil Libanesa;
 30 anos de presença síria no país vizinho;
 Governo Assad: estabilidade pelo loteamento de poder → estrutura corrupta
 A divisão do poder não é comum no Oriente Médio;
Cap Antonio
 Proximidade a URSS;
 Governo laico;
 2000: morre o governante → assume o Bashar al-Assad, via referendo;
 Postura modernizadora;
 Combate a corrupção;
 Tensões com os EUA
 Relações próximas a Hamas, Jihad Islâmica e Hezbollah;
 Síria é incluída por Bush no “Eixo do Mal” (Irã, Iraque e Síria);
 2010: Primavera Árabe
 Movimentos populares se iniciam na Tunísia;
 Renúncia de presidente na Tunísia e no Egito;
 Grandes manifestações em outros países;
 2011: Protestos crescem no sul da Síria;
 Governo reprime com violência e com apoio da Guarda Revolucionária Iraniana;
 Manifestações se espalham;
 Governo amplia escalada de violência;
 Oposição cria em Istambul o Conselho Nacional Sírio
 Braço armada: Exército Livre da Síria → heterogêneo e envolvimento com grupos
terroristas;
 Passa a ser armada por vizinhos (Turquia, Catar e Arábia Saudita) e EUA, Reino Unido e
França;
 Discurso de democracia versus ditadura;
 Exército Livre da Síria é uma guarda-chuva para grupos opositores;
 Abarca desde grupos pró-democracia até jihadistas;
 Táticas de guerrilha;
 Vitórias pontuais contra o Exército Árabe da Síria (Exército Regular);
 Guerra
 Governo em risco;
 2015: Rússia entra na guerra;
 2016: Turquia passa a agir no norte da Síria;
 Alvo: governo Assad e curdos;
 Grupos oposicionistas tornam-se cada vez mais dependentes de Istambul → reúnem-se sob o
nome de Exército Nacional Sírio;
 Uso de armas químicas;
 2018: EUA, Reino Unido e França atacam a Síria → ataque teatral, sem efeito estratégico;
 Estado Islâmico
 Grupo começa a se consolidar no Iraque;
 2013: anuncia expansão para a Síria;
 Ataques a forças do governo e da oposição;
 2014: Expansão leva o grupo a se declarar o Califado;
 Oportunidade para Assad
 Rússia e EUA se engajam contra o Estado Islâmico;
 Consolidação de Assad contra a oposição;
 Conflitos internos, dentro da própria família do governo (que domina a economia síria);
 Hoje:
 Quase 600 mil mortos;
Cap Antonio
 Migrações e deslocados;
 Cerca de 40% do território está fora do controle Estatal:
 Ao norte, grupos religiosos apoiados pela Turquia;
 Ao nordeste, curdos apoiados pelos EUA;
o EUA e Turquia são membros da OTAN e apoiam grupos rivais → atritos seguem no
norte;
a. Importância da região na geopolítica mundial
 Oriente Médio => região que liga o Ocidente ao Oriente na confluência da Ásia, Europa e África;
 Árabes muçulmanos: Arábia Saudita, Iraque, Síria, Jordânia, Líbano, Iêmen, Omã, Emirados
Árabes Unidos, Catar, Barein e Kuwait.
 Persas muçulmanos: Irã e Afeganistão;
 Judeus: Israel;
 Rota marítima Europa-Suez-Ásia;
 Reservas de petróleo (60% das reservas globais);
 Berço das 3 religiões (lugares sagrados) => judaísmo, cristianismo e islã;
 Síria cedeu o Porto de Tartus à Rússia como base naval => acesso russo ao mediterrâneo;

b. Campo Político
 1) Acordo Sykes-Picot - Partilha do Oriente Médio entre França e Inglaterra;
 2) Instabilidade política;
 3) Liga Árabe - 22 países;
 4) ASPA (Cúpula América do Sul - Países Árabes) – Liga Árabe mais AS – 34 países;
 5) Influência de potências estrangeiras - Rússia, EUA, China;
 6) Israel – Possuidor de Bomba Atômica (extraoficialmente);
 7) Fronteiras questionadas - Israel (Colinas de Golã) - Questão de Jerusalém (Estado Árabe na
Palestina);
 8) Antagonismos entre Estados - Israel x Árabes (Palestina), Curdos x Turcos, Arábia Saudita x
Irã;
 9) Revolução do Irã;
10) Nações sem Estado - Palestinos (OLP, que passou a se chamar ANP) e Curdos;
11) Primavera Árabe (2010/11): a) Guerra civil na Síria, Iêmen e Líbia (intervenção Europeia);
b) Mudança de Governo - Tunísia, Líbia, Egito;

12) Áreas Vitais:

a) Canal de Suez;
Cap Antonio

b) Portos mediterrâneos de Turquia, Síria, Líbano, Israel e Egito;


c) Mar Vermelho e Golfo de Aqaba;
d) Golfo de Suez, Estreito de Bab-el-Mandeb, Estreito de Tiran;
e) Golfo de Áden, Golfo de Omã, Estreito de Ormuz, Golfo Pérsico;
f) Mar Cáspio e Mar Negro; 13) Disputa por liderança regional - Irã e Egito;
14) Uso do Petróleo como arma política - Crise do petróleo em 1973 (guerra do Yom Kippur);
15) Acordos de paz mediados por EUA – Camp David e Oslo;
16) Grupos extremistas:

a) FATAH;
b) HAMAS;
c) HEZBOLLAH;
d) TALIBAN;
e) AL-QAEDA;
f) Estado Islâmico (ISIS);
g) HOUTHI; 17) Alinhamentos externos:

a) EUA - Israel, Arábia Saudita, Líbano, Paquistão, Afeganistão e Iraque;


b) Rússia - Diversos árabes;
c) China - Investimentos econômicos; c. Campo Econômico 1) Petróleo e Gás são as principais fontes
de recursos - Preço da commodity influencia tudo nos países - Região do Golfo Pérsico;
2) OPEP;
3) Meio ambiente desértico - Água muito importante - Mar da Galileia (Lago), Rio Jordão, Tigre e
Eufrates - Disputa entre Israel, Líbano, Síria e Jordânia;
4) Agricultura em Israel – Dessalinização (exportado para o Brasil) e no Crescente fértil;
5) Principais economias - Israel, Egito, Arábia Saudita;
6) Influência de potências - EUA (BTC-BTE), China (Nova rota da seda), Rússia (Síria);
7) Embargo econômico dos EUA para o Irã (Acordo Nuclear Irã) - Europa não concorda - Tentativa
de contornar o embargo;
8) Atividade Industrial (Pequena) - Destaque para Israel (Química e Bélica), Turquia (Cimento,
fosfato, siderurgia), Irã e Iraque (Siderurgia);
Cap Antonio

9) Turismo – Egito (Cairo e Nilo), religioso em Jerusalém, Meca e Medina (Arábia Saudita), Turquia
(Istambul);
10) Comércio do Brasil com Oriente Médio: a) Superávit de mais de 4 bilhões de dólares em 2018;
b) Brasil exporta muita carne para Liga Árabe (carne Halal) – Metade da carne de frango produzida no
Brasil vai para os 22 países da Liga;

d. Campo Psicossocial 1) Diversas etnias - Rivalidades históricas;


2) Religiões na região: a) Israel - Único Estado Judeu do Mundo;
b) Irã - Estado Teocrático (Sharia);
c) Extremismo Islâmico - Conflitos Religiosos - Perseguição a outras religiões (cristãos coptas no
Egito);
d) Eixo Moderado - Arábia Saudita, Egito, Jordânia e Paquistão X Eixo Fundamentalista - Irã, Iraque,
Afeganistão e Síria;
e) Irmandade Muçulmana - Finalidades políticas;
f) Divisão no Islã - Xiitas e Sunitas (Ressentimentos);

3) Ligações árabes (língua e etnia);


4) Crise migratória - Síria, Afeganistão (grande Oriente Médio), Iraque, Norte da África, Europa
(grande Oriente Médio);
5) Baixo IDH da região - Exceções: Israel, Bahrein, Kuwait, Emirados Árabes Unidos;
6) Desigualdade social e entre os sexos - Poucos direitos das mulheres;
7) Concentração da PEA na atividade primária;
8) Baixa produtividade e remuneração;
9) Falta de rede de proteção social - Favorece a atuação de atividades paraestatais extremistas;

e. Campo Militar 1) Aliança Militar EUA - Arábia Saudita;


2) Ação militar da Arábia Saudita na Guerra civil do Iêmen - Apoio do Irã ao Houthis;
3) Apoio militar na Primavera Árabe;
4) Missões de Paz da ONU - UNIFIL - Força Naval (Fragata Brasileira) e UNDOF (United Nations
Disengagement Observer Force) nas Colinas de Golã;
5) Turquia faz parte da OTAN;
Cap Antonio

6) Exportação dos ASTROS para Arábia Saudita;


7) Cadetes da Arábia Saudita no Curso de Artilharia AMAN - Intercâmbio de Instrução Militar;
8) Guerras civis - Líbano, Síria, Iêmen;
9) Guerras entre Estados - Irã X Iraque e Iraque x Kuwait (ocupação);
10) Guerras contra uma coalizão de Estados - Egito, Síria, Jordânia X Israel – Guerra Árabe-
Israelenses;
11) Conflitos de cunho religioso - Egito (2013) - Desdobramento da Primavera Árabe;
12) Guerras de países ocidentais contra regimes árabes - 1ª e 2ª Guerras do Golfo;
13) Ação deliberada de grupos terroristas no mundo (fundamentalismo islâmico) - Sede no Oriente
Médio - Ataque as Torres Gêmeas em Nova Iorque (2001) e atentado à bomba nos trens em Madri (2004);
14) Morte de Qasem Soleimani (2020);

f. Campo Científico-tecnológico 1) Israel - Potência tecnológica mundial;


2) Cooperação para irrigação do Semiárido Brasileiro;
3) Cooperação para o resgate em Brumadinho;
4) Israel domina a tecnologia nuclear;
5) Irã - Desenvolvimento de programa nuclear próprio (ameaça regional);

g. Principais organizações do OM 1) OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo


(1960): a) 5 dos 14 membros – Arábia Saudita, EAU, Kwait, Irã e Iraque;
b) 75% das reservas e 40% das exportações de petróleo do planeta;
c) Coordena de forma conjunta a Política petrolífera;
d) Controle da produção - Controle dos preços (Oligopólio da Oferta);
e) Consequência - 2 grandes choques do petróleo (1973 e 1979) - Preço alto tornou viável a exploração
de novas reservas (pré-sal brasileiro) e desenvolvimento de novas fontes independentes das fósseis (pró-álcool
no Brasil e álcool do milho nos EUA);

2) Liga Árabe: a) Formada por 22 países - Síria está suspensa desde 2011 (Guerra civil);
b) Aproximar as relações entre os estados membros;
c) Coordenar a colaboração entre eles - Proteger independência e soberania;
d) Considerar os negócios e os interesses dos países árabes;
e) Árabe é o idioma majoritário - Maioria da população muçulmana;

Assunto 26. Sudeste Asiático e Extremo Oriente

❖ Examinar o Sudeste Asiático e o Extremo Oriente segundo as expressões do Poder Nacional.


Cap Antonio
JAPÃO
a. Aspectos Fisiográficos
 Ilhas vulcânicas => sem recursos minerais: combustíveis fósseis e metais) => mas solo fértil;
 Dobramentos modernos;
 Conjuntura de placas tectônicas => abalos sísmicos, vulcanismo, tsunami => infraestrutura
preparada para amenizar os efeitos desses abalos sísmicos;
 Círculo de Fogo do Pacífico;

 71% dobramentos e 29% planícies (onde ocorre a ocupação da população);

 Clima temperado
 Encontro de correntes marítimas frias e quentes => abundância de algas e peixes;
 Monções de verão => chuvas => cultivo do arroz;
 Pode ocorrer tufões (Tufões: Sudeste Asiático / Furações: Restante do mundo);
Cap Antonio

b. Aspectos Políticos
 País arquipélago: 4 ilhas principias => há disputas de ilhas com China e Rússia;
 Extremo Oriente;
 Pequeno território;

c. Aspectos econômicos
 Economia deflacionária;
 Agropecuária:
 Pequena participação no PIB e PEA;
 Grande tecnologia: hidroponia, terraceamento (degraus), confinamento do gado;
 Predomínio de pequenas propriedades e dificuldades naturais;
 Destaque: ARROZ e PESCA;
 Importam carne bovina da Austrália;
 Industrialização
 Fase 1: Era Meiji (1868 – 1912):
 Zaibatsus (grupos familiares) => Toyota, Honda, Nissan => Líder da 2ª Revolução Industrial
junto com Alemanha e EUA;
 Repulsor da população => 1908: 1º imigração para o Brasil;
 Ocidentalização do Japão => filhos foram estudar na Europa;
 E matéria-prima? => Imperialismo Nipônico => Ex.: Manchúria => rica em carvão mineral;
Cap Antonio

 Fase 2: 1945 – 1973 => Milagre Japonês (10% ao ano)


 Ajuda econômica dos EUA => Plano Colombo => $ em educação, P&D;
 Mão de obra barata / Estado Forte => Toyotismo (just-in-time);
o Estado forte é diferente de Estado interventor => o Japão possui uma economia livre,
mas tem um Estado atuante (segurança jurídica, respeito às leis), uma coisa não anula a
outra;
 Pós 1980: desconcentração industrial => Ex.: Tigres Asiáticos;

d. Aspectos psicossociais
 Religião: xintoísmo => respeito à natureza;
 País populoso;
 Densamente povoado => concentrado no litoral;
 Crescimento vegetativo negativo => baixa taxa de fecundidade e alta expectativa de vida;
 Habitação: Micro apartamentos => 8 m2;
 Problemas: poucos jovens e muitos idosos;
 Solução: importação de mão de obra: coreanos, chineses e brasileiros;
 1908: início da migração de japoneses para o Brasil;

e. Desafios atuais
 Alto soft power (grandes marcas, animes, Olimpíadas, música, comida);
 Baixo hard power => aumento dos gastos em defesa / armas => Conflitos com a Rússia, China e
Coreia do Norte;
 G-4 – ONU: reforma do Conselho de Segurança => Alemanha, Brasil, Japão e Índia;
 Aumento da concorrência e envelhecimento da população;
 Juros Negativos => para incentivar a economia => perigo de criar uma bolha imobiliária;
Cap Antonio

Via Prussiana de Inserção Capitalista (semelhante a alemã):


 Aliança da Burguesia com as Oligarquias;
 Concentração de Terra (Latifúndio);
 Forte presença do Estado;
 Industrialização tardia, século XIX;
 Participa de vários blocos:
 APEC: Cooperação Econômica Ásia-Pacifico;

 TPP: Acordo de Associação Transpacífico => EUA saiu em 2017 (Trump)


Cap Antonio
 Possui multinacionais espalhadas pelo mundo (assim como a Coreia do Sul);
 Toyotismo => atendimento pela demanda e a redução dos estoques;
 Um dos maiores credores dos EUA: reservas internacionais em títulos com baixo risco de calote;
 Grande dívida externa;
 A existência de uma alta parcela da dívida pública em moeda estrangeira deve ser observada
com atenção, pois o país pode estar mais vulnerável às instabilidades econômicas.
 Poucos gastos militares (após a 2ª GM). Porém, tem crescido muito ultimamente (ameaça da
Coreia do Norte);
 Escassez de recursos naturais. Justificativa para expansão do império japonês;
 Apoio logístico às forças EUA nas Guerras da Coreia e do Vietnã;
 Bastião de contenção ao comunismo no Oriente. Aliança com EUA;
 Força de trabalho barata, abundante e esforçada (para o crescimento);
 Posição geopolítica estratégica, junto com Coreia do Sul e Taiwan ao redor da China;
 Cultura xintoísta: disciplina, hierarquia, espírito de grupo;
 Papel do Estado: Planejador (promover o aumento da poupança interna);
 Grandes corporações e trustes: Zaibatsu pré-guerra, Keiretsu pós-guerra;
 Pré II GM: O zaibatsu designa conglomerados empresariais industriais e financeiros que são
controlados por holdings familiares. Por definição, os zaibatsu
eram monopólios verticais de controle familiar controlados por uma holding no topo, com uma
subsidiária bancária e várias subsidiárias industriais dominando setores específicos de um mercado;
 Pós II GM: Keiretsu é um termo japonês que indica uma estrutura de negócios em que
grandes empresas firmam parcerias e colaboram entre si para alcançar objetivos estratégicos.
 Distribuição equilibrada de renda;
 Estímulo à educação (mão de obra qualificada);
 Plano Dodge: recuperação do Japão pós-II GM;
 Desvalorização cambial: Fixação de 360 yens para 1 dólar americano (manter os preços de
exportação baixos);
 Investimentos em infraestrutura;
 Megalópole de Tóquio até Nagasaki;
 Tecnopolo em Tsukuba (1º e mais famoso);
 Evolução tecnológica:
 Produção de produtos copiados dos EUA;
 Desenvolvimento de tecnologia própria;
 Líder em tecnologia e robotização;
 Reorganização Industrial moderna (Sistema Just-in-Time);
 Estratégia japonesa de contenção da China:
 Fortalecimento na autossuficiência em metais estratégicos;
 Estratégia de ajuda ao desenvolvimento no Indo-Pacífico. Isolar a China para se proteger;
 Situação energética:
 O Japão apresenta limitados recursos energéticos.
 Grande importador de gás natural e petróleo => Oriente Médio;
 A hidreletricidade é a principal fonte de energia renovável do Japão;
 Mesmo impopulares, as usinas nucleares se promoveram como meio de reduzir a dependência
do petróleo. Entretanto, o acidente nuclear de 2011 fomentou a adoção de fontes de energia renováveis;
 Alternativa: liderança em energia solar. Investimentos para instalação de estações solares
(painéis sobre a água) – Usina solar de Kagoshima;
Cap Antonio
 Recursos naturais escassos - Necessidade de importação:
 Escassez de terras cultiváveis. Alta tecnologia no campo;
 Indústria pesqueira de grande importância;
 Qualidade dos minerais japoneses: Fraca, muito dispersos, escasso volume de reservas;
 Iniciativas "Futuro Verde" do Japão. Experiência e apoio a países em desenvolvimento:
 Conservação e uso sustentável da biodiversidade;
 Promoção da educação para o desenvolvimento sustentável;
 Proteção da água e do solo;
 Gestão adequada de resíduos;
 Segurança Alimentar;

TIGRES ASIÁTICOS
 Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Singapura;
 Industrialização Tardia (via colonial de inserção no capitalismo);
 Industrialização orientada para a exportação:
 Direcionamento da produção para o mercado externo. Plataformas de exportação de produtos
manufaturados. No início de baixo valor e pouco tecnológico, atualmente com maior tecnologia;
 Produtos de elevado valor agregado. Aparelhos elétricos, eletrônicos, automóveis,
computadores;
 Japão: principal fonte de investimentos;
 Presença de Zonas de Processamento de Exportações (ZPE): Isenção de impostos e terrenos
cedidos pelo Estado;
 Baseado na associação entre empresas privadas e governo: Criação de uma infraestrutura
necessária (Transportes, comunicação e energia);
 Política de desvalorização cambial e medidas protecionistas (tarifárias) contra os concorrentes
estrangeiros;
 Controle das importações e grandes investimentos em infraestrutura;
 Superexploração da força de trabalho. Pouca ou nenhuma atenção para:
 Seguro-desemprego;
 Aposentadoria;
 Salário-Mínimo;
 Sindicalismo (restrito);
 Hong Kong:
 Conglomerado industrial e um paraíso fiscal.
 Região Administrativa Especial da China desde 1997 (autonomia exceto para defesa e política
externa);
 Importante centro financeiro do mundo;
 Coreia do Sul:
 domínio de grandes conglomerados industriais (Chaebols): Samsung, Hyundai e LG;
 nos anos 60 o governo da Coreia do Sul, visando um rápido desenvolvimento do setor
industrial, investiu pesadamente nestas empresas;
 está entre os 10 maiores exportadores de armas do mundo;
Cap Antonio

 Taiwan:
 líder na indústria global de semicondutores => chips de circuitos integrados;
 65% da produção mundial de semicondutores;
 Coreia Sul e Taiwan:
 Grande influência do Ocidente;
 Cinturão geopolítico capitalista em torno da China;
 Produzem atualmente mercadorias de média e alta sofisticação tecnológica:
microcomputadores, calculadoras, aparelhos óticos;
 Indústria Bélica;
 Hong Kong e Singapura:
 Núcleos urbanos internacionalizados situados em rotas marítimas estratégicas;
 Eram entrepostos de reexportação de manufaturas ou produtos primários;
 Atualmente são paraísos fiscais atraindo bancos internacionais e conglomerados industriais.
Mão-de-obra barata e qualificada;

NOVOS TIGRES ASIÁTICOS


 Indonésia, Malásia, Vietnã, Tailândia e Filipinas;
 Passaram a fazer parte da rede de negócios dos EUA, Japão e outros países: ASEAN, APEC;
 ASEAN: Associação de Nações do Sudeste Asiático;
 APEC: Cooperação Econômica Ásia-Pacífico;
 Mão de obra menos qualificada e muito barata. Tigres originais se desenvolveram e a mão de obra
ficou mais cara;
 Presença de investimentos dos Tigres originais;
 Indústria têxtil, eletrônica, brinquedos e calçados;
Cap Antonio
Cap Antonio
UD 8 - ÁFRICA: INSERÇÃO SELETIVA NA ECONOMIA GLOBAL
Assunto 27. A formação territorial dos países africanos
Examinar as relações de poder que marcaram a organização dos territórios dos países africanos.
Assunto 28. A diversidade regional do continente africano
Analisar a diversidade regional do Continente Africano.
Assunto 29. Características da economia africana
Compreender o processo de inserção seletiva de países do Continente Africano na globalização.
Assunto 30. Os Estados-Nação africanos e o caráter predatório
Analisar os processos de apropriação dos estados-nação africanos por interesses privados e suas
consequências .
Assunto 31. Conflitos étnicos e as disputas por poder econômico e político-territorial
Analisar as causas e consequências das diferenças étnicas nas disputas por poder econômico e
político-territorial .
Assunto 32. África do Sul: integração à economia global - Interpretar o papel da África do Sul na
integração do Continente Africano à economia global .
Assunto 33. África e Brasil: em busca de uma proximidade estratégica - Analisar as interações do
Brasil com países do Continente Africano, com destaque para os do entorno estratégico brasileiro .
UD 9 - AMÉRICA LATINA: INTEGRAÇÃO REGIONAL E INSERÇÃO GLOBAL
Assunto Objetivo
Assunto 34. América Latina: identidade e diversidade - Interpretar a questão da identidade
regional e nacional na América Latina .
Assunto 35. A inserção da América Latina na economia mundial - Examinar a formação
econômica latino-americana e a inserção da região na economia mundial .
Assunto 36. Processos de integração na América Latina - Analisar os desafios para o processo de
integração e desenvolvimento regionais .
Assunto 37. Os novos arranjos políticos e institucionais - Analisar os novos arranjos políticos e
institucionais nos países latino-americanos .
- Analisar as questões psicossociais e econômicas mais relevantes na América Latina .
Assunto 38. Os ilícitos transfronteiriços na América Latina - Analisar a expansão dos ilícitos
transfronteiriços (tráfico internacional de drogas, de armas e contrabando) e suas implicações nos
países latino-americanos .
Assunto 39. As migrações populacionais na América Latina - Apresentar os fluxos populacionais
transfronteiriços na América Latina e seus reflexos para os países envolvidos .
Cap Antonio
UD 10 - BRASIL: FORMAÇÃO E EVOLUÇÃO DO TERRITÓRIO E RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
Assunto 40. Formação e evolução do território brasileiro

❖ Analisar o processo de formação e evolução geoeconômica do território brasileiro.

Assunto 41. O Brasil no atual ordenamento mundial

❖ Examinar as inserções comerciais do Brasil no ordenamento mundial.

❖ Compreender as relações entre a política externa atual e a Política Nacional de Defesa.

Assunto 42. O Brasil e a agenda internacional

❖ Analisar os posicionamentos de governos brasileiros diante dos principais temas da agenda


internacional.

⮚ O Entorno estratégico é a área de interesse prioritário para o Brasil, que inclui a América do Sul, o
Atlântico Sul, os países da costa ocidental africana e a Antártica;
⮚ A Política Nacional de Defesa (PND) estabelece que se deve dar prioridade à faixa de fronteira, à
Amazônia e ao Atlântico Sul;

⮚ AMÉRICA DO SUL
 Influência do espaço geográfico
 Maior país da América do Sul;
 Fronteira com 10 dos 12 países do subcontinente → exceções: Chile e Equador;
 Influência natural na América do Sul;
 Protagonismo nas principais organizações regionais
 Poder industrial
 Pujança agrícola
 EMPBRAPA → Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária → coopera científica e
tecnicamente com instituições dos países da América do Sul e da África;
 Ascendência econômica
 Permite que empresas brasileiras estejam presentes na América do Sul → Itaú, Gerdau,
Grupo JBS;
 Arranjos regionais
 Mercosul
o Mercosul, que atualmente abrange quatro países (situados no chamado Cone Sul);
 IIRSA → Iniciativa para a Integração Regional Sul-Americana;
o Projetos de integração física;
o Abrange todos os modais de transportes e que tem por objetivo mais amplo implantar
uma extensa rede de circulação no Subcontinente.
o Corredor Bioceânico → Brasil, Paraguai, Argentina e Chile;
 OTCA → Organização do Tratado de Cooperação Amazônico;
Cap Antonio
o Reúne os países amazônicos: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru,
Suriname e Venezuela;
o Tem passado por um processo de fortalecimento na sua estrutura institucional;
o Objetivo principal: a articulação de políticas e ações comuns em torno das questões
ambientais e outras correlatas para a Amazônia, tais como a defesa da soberania, a proteção dos
ecossistemas e o uso sustentável dos seus recursos naturais em geral;
 UNASUL → União de Nações Sul-Americanas;
 Liderança no Mercosul
 Influência psicossocial
 Cerca de 49% da população da América do Sul;
 Turismo, circulação social e imigração intrarregional;
 Projeção científica e cultural
 USP, Unicamp;
 Comunidade dos Países de Língua Portuguesa;
 Dissuasão militar;
 Expressão militar mais expressiva da América do Sul;

⮚ ATLÂNTICO SUL
 Importância da costa brasileira
 Litoral com mais de 7 mil quilômetros de extensão, que se projeta para o Atlântico Sul e
para a costa ocidental da África;
 Paraguai e Bolívia usam os portos brasileiros;
 Amazônia Azul, ecossistema de área comparável
à Amazônia territorial brasileira incorpora elevado potencial
de recursos vivos e não vivos;
 Engloba os limites da Zona Econômica
Exclusiva e as ampliações da Plataforma Continental
brasileira;
 Petróleo e gás do Brasil;
 Potências externas têm incrementado sua
presença e influência nessas áreas;
 Crescimento de ilícitos transnacionais, pesca
predatória, crimes ambientais e a presença de países
estrangeiros;
⮚ Importância estratégica do Atlântico Sul:
 Soberania.
 Possui um elevado grau de envolvimento com a segurança nacional, já que qualquer ameaça
que nele surja, pode afetar nossos interesses e, por conseguinte, a nossa soberania;
 SisGAAz: Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul;
 1986 - ZOPACAS: da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul;
o Visa maior cooperação do Brasil com os países africanos, o que tem contribuído para a
consolidação do Brasil como ator regional relevante, aumentando sua influência no entorno estratégico e
minimizando a possibilidade de interferência militar de potências extrarregionais no Atlântico Sul.
 As grandes potências têm intensificado sua atuação no Atlântico Sul. Tal fato ocorreu após
as descobertas de petróleo no Pré-Sal:
Cap Antonio
o Controle britânico de pequenas ilhas;
o Reativação da IV Frota Naval estadunidense em 2008, responsável pelo entorno da
América do Sul;
 Científica
 A existência do Pré-Sal e uma vasta biodiversidade potencializa as pesquisas e o
desenvolvimento tecnológico na região, favorecendo o desenvolvimento do país.
 Ambiental
 A preservação dos recursos do Atlântico Sul propicia a criação de riqueza, emprego e
permite um desenvolvimento sustentável das atividades econômicas;
 Os desastres ambientais no Atlântico Sul são uma forte ameaça à economia, devido à
degradação das fontes de arrecadação pelo turismo, pelos custos que impõem à saúde pública ou, ainda,
pelas restrições operacionais que geram em determinadas áreas marítimas;
 À dimensão oceanopolítica: o risco crescente de ingerência estrangeira com respaldo de
uma opinião pública internacional comprometida com o meio ambiente é uma considerável ameaça à
soberania nacional.
 Econômica
 A história da formação do Estado Brasileiro desenrola-se ao redor desta região;
 Petróleo do Pré-Sal;
 A Amazônia Azul é detentora de 85% do petróleo, 75% do gás natural, 45% do pescado
nacional e mais de 95% do comércio exterior brasileiro, com existência de quantidade expressiva de
recursos naturais minerais e de biodiversidade;
 Via de transporte essencial para seu comércio exterior, fonte de riquezas, especialmente na
exploração do petróleo, elemento fundamental para a sua defesa e segurança energética e via para sua
projeção marítima internacional;
 E daí?
 O Atlântico Sul é essencial para a projeção de poder, a manutenção da soberania e o
desenvolvimento econômico brasileiro;
 Pode proporcionar mediante suas riquezas o desenvolvimento econômico, social, acadêmico
e militar do Brasil, podendo promover um novo arranjo no sistema internacional. Tal fato, poderá atribuir
ao Estado brasileiro à condição de país articulador, estabelecendo sua autoridade diplomática no seu
entorno estratégico;

⮚ ÁFRICA
 ZOPACAS
 Cooperação Militar
 A Marinha do Brasil realiza exercícios militares em conjuntos com países da costa ocidental
africana;
 A cooperação naval é um dos eixos principais das relações entre Brasil e Namíbia,
envolvendo treinamento de pessoal, construção naval e apoio técnico para o processo de levantamento da
plataforma continental.
 Brasil e África do Sul construíram os Mísseis Ar-Ar, uma tecnologia conjunta;
 EMBRAPA
 Escritório em Gana: trabalha em programas que visem estimular a agropecuária de acordo
com as condições ambientais da região.
 Prosavana
Cap Antonio
 Em parceria entre a EMBRAPA e o Japão, há o programa Prosavana, que busca desenvolver
a exploração agrícola na savana africana, melhorando seu potencial produtivo.
 Projeção científica e cultural
 Comunidade dos Países de Língua Portuguesa;
 Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ
 Investe em pesquisas na área imunológica de remédios, visando dar maior autonomia ao
continente africano para produzir suas próprias vacinas;
 Influência das empresas brasileiras
 Várias empresas brasileiras foram para a África ou ampliaram a sua atuação, tais como: Vale
(mineração); Petrobrás (petróleo); Marcopolo (ônibus); Odebrecht (construção civil), entre outras.
 Cancelamento ou renegociação de dívidas → 2013 → Dilma Rousseff
 Com o objetivo de melhorar sua imagem no continente, o Brasil perdoou a dívida de vários
países africanos; ato justificado pela solidariedade periférica dentro da lógica de cooperação Sul-Sul.
 Além disso, nesse momento, o Brasil reconhecia sua dívida histórica com a África,
sobretudo por conta dos séculos de escravidão. Este fato, evidentemente, ajudava a justificar o perdão
destas dívidas
 Acordos na área espacial
 Com o lançamento de satélites CBERS mais modernos, o Brasil doou satélites mais antigos
para países africanos;
 No âmbito do IBAS, Índia, Brasil e África do Sul lançaram um satélite conjunto para fins
meteorológicos.
 Acordos do Mercosul
 O Mercosul possui acordos com o União Aduaneira da África Austral (SACU) e com o
Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).

 DESAFIOS
 No início do século XXI Brasil e China passaram a disputar áreas de influência e poder no
continente. Enquanto os brasileiros possuíam grande influência diplomática, cujas relações haviam sido
costuradas desde a década de 1960, os chineses possuíam elevado poderio econômico.
 Por um momento, especificamente no Governo Lula, ambos os países chegaram a disputar o
continente africano. No entanto, por conta da apatia diplomática do Governo Dilma e da eclosão de crises
domésticas no Brasil, a China acabou se tornando hegemônica na África, sobretudo na costa oriental.

 POR FIM
 O Brasil está fazendo ações de cooperação técnica, investindo, levando embaixadas, e
aumentando sua presença na África. Aumentando, portanto, a sua concertação política para que, no
futuro, esse esforço seja revertido em benefícios econômicos e políticos. Atualmente, no entanto, pode-se
considerar que a presença do Brasil mais solidária do que objetivando ganhos imediatos.
 Os maiores parceiros comerciais do Brasil na África Atlântica são: Nigéria (1º na África),
África do Sul, Angola, Guiné Equatorial e Gana;

⮚ ANTÁRTICA
 O Continente Gelado influência nas circulações atmosféricas e oceânicas, afetando o clima e
condições de vida no globo, com destaque para o hemisfério sul;
 É fundamental para o Brasil estudar a região antártica e compreender os fenômenos naturais
que atingem o território nacional e influenciam a agricultura, a pecuária e as atividades pesqueiras.
Cap Antonio
 Rica em recursos minerais (carvão e petróleo), ainda não explorados em função das diretrizes
estabelecidas pelo Protocolo de Madri;
 A Antártica possui a maior reserva de água doce do planeta.
 A enorme biomassa de krill antártico, um importante elemento da cadeia alimentar de baleias,
focas, pinguins e outras espécies, assegura a existência de vida marinha abundante e, consequentemente,
condições extremamente favoráveis para a pesca nos mares austrais.
 A navegação através do estreito Drake, que separa a Antártica do continente sul-americano, é a
rota marítima mais próxima do Brasil para passagem do oceano Atlântico ao Pacífico.
 1959 – Assinado o Tratado da Antártica;
 os países que desenvolvem atividades na Antártica se comprometem a dialogar sobre o uso do
continente, com o propósito de preservá-lo e de não permitir que se torne objeto de discórdia
internacional. Além de proibir atividades militares, como o estabelecimento de bases militares ou testes
de armamento;
 1975 – Brasil tornou-se signatário;
 1982 – Programa Antártico Brasileiro (Proantar):
 Realizou a primeira Operação Antártica;
 Tem como objetivo:
o Realizar pesquisas científicas diversificadas e de alta qualidade na região antártica;
o Garantir ao País a condição de Membro Consultivo do Tratado da Antártica, alcançada
em 1983, que assegura a plena participação do Brasil nos processos decisórios relativos ao futuro do
Continente Branco.
 1983 – Elevado à categoria de Membro Consultivo do Tratado da Antártica;
 1984 – Inauguração da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF)
 1998 – Passa a vigorar o Protocolo de Madri
 concedeu à Antártica o status de “Reserva Natural Internacional dedicada à Ciência e à Paz”
e só poderá ser modificado em 2048 → proibi a exploração dos seus recursos naturais;

⮚ TEMAS DA AGENDA INTERNACIONAL


 Meio ambiente, narcotráfico, as novas bases da competitividade internacional, direitos
humanos, conflitos étnico-religiosos, entre outros. Na verdade, as questões relativas à segurança
estratégica não deixaram de ocupar posição de destaque, mas passaram a ser vistas de modo cada vez
mais integrado a esses novos temas da agenda internacional.
 Os países e regiões não vivem processos de mudança de modo homogêneo → o dinamismo
tecnológico varia de setor para setor e, estruturalmente, também há a formação de focos de competência
técnica e de resistência a mudanças

UD 11 - INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO NO BRASIL


Assunto 43. O processo de industrialização do Brasil

❖ Analisar o processo de industrialização do Brasil.

⮚ Formação:
 Associada ao aumento populacional e a estrutura socioeconômica;
Cap Antonio
⮚ Fatores impeditivos no Brasil:
 Pacto colonial;
 Escravidão => pouca mobilidade social;
 Dependência externa;
 1785: D. Maria I assinou um alvará, extinguindo todas as manufaturas têxteis da colônia,
exceto a dos panos grossos para uso dos escravos e trabalhadores. Era o golpe de morte na indústria
colonial. => favorecer a Inglaterra => 1808: com a vinda da família real o alvará é abolido;

FASE AGROEXPORTADORA (ATÉ 1930)

⮚ Brasil dependia de “ciclos econômicos” => surtos econômicos;

⮚ Atividades pontuais e simples (bens não duráveis);

⮚ Surtos industriais;

⮚ Século XIX => boicote a empresários => pressão dos britânicos para o país não se industrializar;

⮚ 1ª Guerra Mundial (1914 – 1918) + Crise de 1929 => início da substituição de importações;

⮚ Capital privado nacional (cafeicultores) => sem auxílio do Estado


 Passa a produzir bens não duráveis para o mercado interno;
 Concentrado em São Paulo => café: infraestrutura, excesso de capital;

FASE NACIONALISTA (1930 – 1955)

⮚ Brasil passa a ter uma política industrial;

⮚ Sociedade urbano-industrial;
Cap Antonio
⮚ Getúlio Vargas => fim da República Velha
 Apoio as indústrias;
⮚ Indústrias de base (Estado) => sustentam as demais indústrias!
 Companhia Vale do Rio Doce;
 Petrobras (Hoje: destaque no pré-sal);
 CSN;

⮚ PARTICIPAÇÃO DOS GOVERNOS DA SEGUNDA REPÚBLICA

⮚ Redemocratização
 Dutra
 O regime democrático estabelecido proporcionou a união de forças políticas voltadas para o
incremento do processo de industrialização do país.
⮚ Promulgação da Constituição de 1946
 Dutra
 A nova carta constitucional estabeleceu as bases políticas de estabilidade e a segurança jurídica
para o processo de industrialização nacional.
⮚ Aproximação com os EUA
 Dutra
 O estreitamento de vínculos entre Brasil e EUA proporcionou um ambiente político favorável
de cooperação norte-americana ao processo de industrialização brasileiro. Os EUA não realizaram
investimentos governamentais como o governo brasileiro almejava (daí o nome “alinhamento sem
recompensa”), mas teve a participação no capital privado estrangeiro.
 Vale lembrar que o governo norte-americano financiou a construção da CSN (de 1941 a 1946);
⮚ Criação da ESG
 Dutra
 A ESG tinha por finalidade a criação de uma intelectualidade militar e civil capaz de planejar e
dirigir a segurança nacional. O modelo proposto pela Escola era o de se criar um desenvolvimento
baseado na industrialização, de forma a tornar o país cada vez mais autônomo em relação ao sistema
capitalista internacional.
⮚ Plano SALTE
 Dutra;
 Traduziu-se em importante vetor de crescimento e desenvolvimento da economia brasileira
com importante papel no processo de industrialização nacional.
⮚ Plano Lafer
 Vargas;
 O Plano Lafer teve como objetivo central a industrialização do Brasil, tendo sido determinante
para a evolução desse processo no período. Em seu escopo foram criados o Banco Nacional de
Desenvolvimento Nacional (BNDE) e a Petrobras.
⮚ Estabelecimento do monopólio estatal sobre o petróleo
Cap Antonio
 Vargas;
 O monopólio petrolífero nacional teve forte impacto positivo no processo de industrialização
do Brasil.
⮚ Construção de usinas hidrelétricas: o significativo aumento da oferta de energia elétrica
viabilizou o processo de industrialização brasileiro;
 Governo Dutra / Vargas: construção da usina hidrelétrica de Paulo Afonso;
 JK: Furnas e Três Marias;
⮚ Abertura de importantes eixos rodoviários: rodovias permitiram a integração dos mercados
regionais e o escoamento da produção em âmbito nacional, impulsionando o processo de industrialização
do país.
 Dutra: Rodovia Presidente Dutra;
 Vargas: Rodovia Fernão Dias;
 JK: rodovias transregionais: Belém-Brasília e Regis Bittencourt (Curitiba-São Paulo);

FASE NACIONAL-DESENVOLVIMENTISMO (1956-1985)

⮚ Tripé industrial: BASE + BENS DURÁVEIS + BENS NÃO DURÁVEIS

⮚ Fase de 1956-1985: atrair as transnacionais;

⮚ JK (1956 – 1961)
 Plano de Metas => “50 anos em 5” => desenvolvimento => empréstimos => aumento da dívida
externa;
 objetivou a superação de obstáculos estruturais ao desenvolvimento do processo de
industrialização nacional;
 Atração de transnacionais (empresa que se instala em vários países);
 Indústria automobilística;
 Interiorização da ocupação:
 Rodovias;
Cap Antonio
 Brasília => segurança, ocupação do interior, afastado das pressões sociais;
o A construção da nova cidade e capital federal contribuiu decisivamente para a
alavancagem do processo de industrialização brasileiro.
 Grandes projetos;

⮚ Governo Militar (1964 – 1985)


 Desenvolvimento da infraestrutura => empréstimos;
 Serra dos Carajás, Itaipu, Ponte Rio-Niterói, Zona Franca de Manaus, ocupação agrícola do
Centro-Oeste e Norte, Transamazônica;
 País que mais crescia no mundo ocidental;

 1973: 1ª Crise do Petróleo (Questão Palestina – Guerra Yom Kippur)


 Juros pós-fixados => aumento da dívida;
 1979: 2ª Crise do Petróleo (Irã x Iraque)
 Década de 1980 =>> década perdida => hiperinflação;
 1980: governo militar tenta salvar a economia
 Inflação + protecionismos => balança comercial favorável;
 Sucateamento das Estatais;
 Indústrias nacionais se “desenvolvem”. Ex.: Gurgel;

NEOLIBERAL (1985 – hoje)

⮚ Governo Sarney => hiperinflação;

⮚ 1989: Consenso de Washington (FMI + Banco Mundial + EUA) => cartilha neoliberal;
 Aumento dos juros, abertura econômica, privatizações, corte de gastos públicos,
desregulamentação do mercado financeiro => medidas de austeridade (ajuste fiscal);
Cap Antonio

⮚ Atualmente:
 Desconcentração => ida para outras regiões;
 Tecnopolos => Ex.: São José dos Campos: ITA / Embraer;
 Novos setores => diversificação;
 Concorrência externa: China e Tigres Asiáticos;
 Desindustrialização da economia => reprimarização da economia => aumento do setor
primário;
 Brasil: baixas vantagens competitivas e privilégios ao agronegócio => indústria vão para
outros locais;

Assunto 44. O processo de urbanização do Brasil

❖ Examinar o processo de urbanização do Brasil.

⮚ País rural até a década de 1970;


 Ciclos econômicos associados ao meio rural;
 A maior parte da população brasileira vivia em ambientes rurais até por volta da década de
1970, quando há mudanças na estrutura socioeconômica em função da entrada do país no universo da
industrialização e das sociedades predominantemente urbanas.
Cap Antonio

⮚ Efeitos
 Crescimento acelerado;
 Expansão da malha urbana;
 Suburbanização;
 Especulação imobiliária;
 Segregação espacial => deslocamento das pessoas para outras áreas;
 Segregação urbana => existência de condomínios fechados;

⮚ Tendências recentes
 Deflação metropolitana => deslocamento das pessoas para as cidades menores;
 Cidades médias.

Assunto 45. Reestruturação produtiva e transformações no espaço urbano

❖ Analisar os atuais desafios para o desenvolvimento e a gestão dos espaços urbanos.

⮚ Urbanização brasileira:
 Atualmente: cerca de 80%;
 Processo veloz, recente e desordenado;
 Falta de planejamento;

⮚ Desafios:
 Periferização;
 Especulação imobiliária;
 Deficiência de serviços públicos;
 Falta de empregos;
 Falta de terras;
 Déficit de moradias;
Cap Antonio
⮚ Discussões recentes
 Função social da terra => os interesses coletivos devem ser atendidos. A terra deve cumprir
uma função social que garanta os direitos dos proprietários, dos trabalhadores e do meio ambiente;
 2001: Estatuto das cidades => planejamento participativo, elaboração do plano diretor, função
social da terra;
Cap Antonio
UD 12 - ORDENAMENTO TERRITORIAL DO CAMPO BRASILEIRO
Assunto 46. O processo de modernização da agricultura

CONCEITOS BÁSICOS

⮚ Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA):


 Responsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, pelo fomento
do agronegócio e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor;

⮚ Participação do agronegócio no PIB:


 O agronegócio envolve todas as atividades da cadeia agroindustrial: antes da porteira
(sementes, defensivos, máquinas e implementos), dentro da porteira (agropecuária básica
ou primária), e depois da porteira (indústria e serviços), envolvendo o processamento, a
distribuição e o consumo.
 Cerca de 25% do PIB

⮚ Participação do agronegócio no mercado de trabalho:


 Cerca de 20% da PEA

⮚ Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (1973)


 Inovação tecnológica focada na geração de conhecimento e tecnologia para a agropecuária
brasileira;

⮚ Revolução Verde:
a. Conjunto de iniciativas tecnológicas que transformou as práticas agrícolas e aumentou
significativamente a produção de alimentos no mundo;
b. Modernização de práticas agrícolas:

✔ Teve como base as sementes geneticamente modificadas, os maquinários agrícolas e os


insumos químicos, como fertilizantes e agrotóxicos.
c. No Brasil: a partir do final da década de 1960;

✔ Inicialmente, os planos e programas de ação elaborados entre 1964 e 1970 previam a


modernização técnica da produção agrícola, o aumento da produção de alimentos, o
abastecimento do mercado interno com matérias-primas, e melhorias no setor de
exportação.
✔ A partir de 1970, estabeleceram-se três Planos Nacionais de Desenvolvimento, que
consolidaram a Revolução Verde nos campos brasileiros e determinaram o avanço das
fronteiras agrícolas para as áreas de Cerrado. A modernização técnica da produção
agropecuária brasileira fez-se por meio de incentivos fiscais e subsídios provenientes dos
Estados e destinados aos produtores. Com isso, houve um aumento na produção, em
especial de commodities agrícolas, e ampliação das exportações.
Cap Antonio

⮚ Modernização da agropecuária brasileira:


a. Estratégia do Estado para adquirir divisas e aumentar o PIB;
b. Produção agrícola orientada para a exportação: grandes incentivos e financiamentos do
Estado para cultivo de gêneros agrícolas (soja, o trigo, o café e a laranja), produtos de maior valor no
mercado internacional;
c. Brasil é um dos principais produtores de commodities agrícolas no mundo: celeiro do
mundo;
⮚ Fatores para o crescimento do setor agrícola:
a. Adoção de ciclo de inovação na década de 1970 (Revolução Verde);
b. Diversificação da matriz energética, como o Programa Proálcool e Biodiesel;
c. Investimento em pesquisa, como a criação da EMBRAPA;
d. Existência de solos férteis, como no Oeste paulista;
e. Grande disponibilidade de água, o que reduz necessidade de irrigação;
f. Investimento em maquinário e implementos agrícolas (Mecanização);
g. Política agrícola incentivando a expansão do setor (crédito e benefícios fiscais);
h. Investimentos em infraestrutura;
i. Aumento da tecnologia, da demanda interna e da internacional;
j. Criação de programas específicos pelo MAPA;
k. Aspectos climáticos e tropicalização de culturas;
l. Dinamismo empreendedor;
m. Políticas macroeconômicas de estabilização, como controle da inflação e taxas de câmbios
mais realistas;

⮚ A partir da Revolução Verde, o produtor do Sul migrou para o Centro Oeste visando maior
produtividade (Plantio da Soja), acarretando na expansão da fronteira agrícola (desmatamento do
cerrado);

⮚ Chegada da soja no Centro Oeste:

✔ Pecuária (presente na região) migrou para a região Norte. Responsável por parte do
desmatamento da Amazônia;

⮚ A partir da década de 1990: o setor agrícola passou a ser o principal responsável pelo superávit da
balança comercial brasileira. Atualmente, corresponde por cerca de 50% das exportações brasileiras;

❖ Analisar as consequências do processo de modernização da agricultura brasileira na


organização de seu espaço agrário.

⮚ Na agricultura:
a. Desenvolvimento e modernização da agricultura;
Cap Antonio
b. Avanços tecnológicos => Revolução Verde => Incremento da mecanização;
c. Novas culturas;
d. Produção de biocombustíveis;
e. Expansão para Amazônia; (Questão ambiental na expansão agrícola.)
f. Alimentos transgênicos;
g. Políticas governamentais específicas;
h. Participação significativa na balança comercial;
i. Inserção de novos métodos de cultivo, como o Plantio Direto:
✔ Mínimo revolvimento do solo, cobertura do solo com palhada e rotação de culturas;

⮚ Na pecuária:
a. Desenvolvimento e modernização;
b. Exportação de carne bovina para mais de 100 países;
c. Aprimoramento genético dos animais;
d. Política de governo em desenvolvimento para prover infraestrutura;
e. Melhoria do nível da mão de obra;
f. Óbices atuais: barreiras protecionistas e entraves sanitários;

⮚ Modernização na expressão econômica:


a. Surgimento de Complexos Agroindustriais - CAIs (Chapecó-SC. Itajaí-SC, DAIA –
Distrito Agroindustrial de Anápolis-GO);
b. Atuação de empresas estrangerias (uso intensivo de insumos e defensivos agrícolas);
c. Aumento da produtividade (emprego da biotecnologia);
d. Políticas governamentais (subsídios agrícolas);
e. Efetividade de pesquisas científicas (ação da EMBRAPA);
f. Expansão das fronteiras agrícolas (Centro-Oeste e Amazônia);
g. Surgimento de novas indústrias (Agrale – 1962);
h. Multiplicação de crédito para linhas agropecuária (Plano Safra);
✔ O Plano Safra foi instituído em 2003 para fomentar a produção rural brasileira. Todos
os anos, o governo federal destina verbas para investimento ou para custeio,
industrialização e comercialização dos produtos agrícolas. Trata-se do maior incentivo
financeiro para a área, no contexto nacional.
i. Desenvolvimento da indústria de insumos;
✔ Sementes Modificadas;

✔ Fornecedores: Bayer e Cargill;

✔ Pesquisas na Embrapa;
j. Estímulo à indústria do Beneficiamento => Processamento do produto colhido => agregar
valor (Nestlé, Danone,
k. Óbices atuais:
Cap Antonio
✔ Logística deficiente dos modais de transporte: ausência de hidrovias e ferrovias e pouca
interligação com o modal rodoviário => Perda de grãos (soja, café e trigo) => um dos
fatores que inibe um maior crescimento das exportações;
✔ Deficiência na logística de armazenagem: falta de silos para armazenamento de grãos
(principalmente nos portos);

⮚ Modernização na expressão psicossocial:


a. Diminuição dos postos de trabalho (Mecanização);
b. Abertura de novos empregos ligados às atividades de apoio (Serviços);
c. Êxodo rural ligado à modernização; => fome, miséria e exclusão social: as cidades não
estavam preparadas para receber tantos trabalhadores;
d. Exigência de especialização da mão-de-obra;
e. Os trabalhadores com baixa qualificação técnica, os boias-frias, tem trocado a campo pelo
trabalho na construção civil em áreas urbanas;
f. Melhoria do padrão de vida: aumento de IDH puxado pelo campo (chegada de luz, água,
internet);
g. Aumento da produção de alimentos: maior produtividade e aumento da capacidade da
agricultura em produzir alimentos para o mercado interno;
h. Melhoria do padrão educacional da população: formação de mão de obra mais qualificada
a ser aplicada na agricultura (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR);

⮚ Outras consequências:
a. Impacto ambiental:
✔ Novas fronteira agrícolas na Amazônia, destaque para Rondônia e Pará;

✔ Causado pela expansão ilegal na região Norte e pelos defensivos agrícolas;

✔ Ações governamentais para mitigar:


 monitoramento por satélite;
 legislação: Novo Código Florestal Brasileiro (APP e ARL);
i. APP: As Áreas de Preservação Permanente estão localizadas ao longo dos rios ou de
qualquer curso d'água; ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou
artificiais; nas nascentes; no topo de morros, montes, montanhas e serras; nas encostas
ou partes destas; nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
nas bordas dos tabuleiros ou chapadas; e em altitude superior a 1.800 metros. Não é
permitido fazer uso dos recursos florestais em áreas de APP. A supressão da vegetação
em APP somente poderá ser autorizada apenas em casos de utilidade pública ou
interesse social.
ii. ARL: de acordo com a Lei 12.651/2012, todo imóvel rural deve manter uma área com
cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal.

✔ E daí?
 Buscar o desenvolvimento sustentável;
Cap Antonio
 A legislação brasileira estimula a preservação e o desenvolvimento sustentável.
Contraposto pelos danos causados de forma ilegal;

b. Fortalecimento da minoria agroexportadora:


✔ Investimentos e incentivos governamentais se destinaram aos agroexportadores;

✔ Foco na melhoria da produtividade e da qualidade dos produtos;

✔ E daí?
 Aumenta a proeminência do país no cenário mundial, mas levanta questões relativas
à segurança alimentar interna;

c. Crescimento da monocultura => maior concentração de grandes propriedades:


✔ Voltada para o mercado externo;

✔ Maior centralização das terras;

✔ Estrutura fundiária desigual;

d. Policultura (pequena propriedade)


✔ Voltada para o mercado interno;

✔ Importante para a segurança alimentar e geração de empregos;

e. Aumento das tensões e conflitos no campo:


✔ Choque de interesses decorrente da expansão da fronteira agrícola: grandes
proprietários, agricultores familiares, posseiros, sem-terra, ONGs, terra indígena;
✔ MST, GreenPeace;

⮚ Ideias englobantes:
a. Revolução Verde: em 40 anos o Brasil passou de importador para exportador de alimentos;
b. O processo de modernização do espaço agrário nacional foi muito bem-sucedido sob o
ponto de vista do aumento da produtividade e diversidade dos gêneros;
c. O agronegócio estimula o aumento do IDH (saúde, educação e renda);
d. Apresenta óbices ligados ao escoamento da produção, demonstrados pelas fragilidades de
integração;
e. A modernização diminuiu a demanda por mão de obra no campo;
f. A modernização aumentou a oferta e a qualidade dos alimentos;
g. A industrialização do país reorientou e reorganizou a realidade do campo brasileiro;
h. A modernização do campo favorece o surgimento das indústrias voltadas para a produção
de insumos e equipamentos agrícolas;
i. O Brasil é um dos líderes mundiais em produção e exportação de vários produtos
agropecuários
Cap Antonio
✔ Soja: o Brasil ocupa a primeira posição no ranking mundial de plantio e exportação da
soja.
✔ Café, açúcar, suco de laranja: O Brasil é primeiro em produção e exportação;

✔ Outros produtos destaques: milho, proteína animal, tabaco, couro e calçados de couro;
j. Processo de modernização da agropecuária brasileira tornou o país o celeiro do mundo e
trouxe outros desafios para a sociedade, como promover um processo de desenvolvimento sustentável em
longo prazo;
k. A modernização do campo no Brasil baseou-se na importação do modelo econômico e
social de países desenvolvidos e apresenta como desafio o correto manejo ambiental do campo brasileiro
(questão do desenvolvimento sustentável);

❖ Apresentar as principais ações e incentivos do Estado na reorganização do campo brasileiro.

PROGRAMA OBJETIVOS OBSERVAÇÕES


Programa Nacional de  Envolve um conjunto de ações Benefícios: aumento da
Fortalecimento da destinadas a aumentar a capacidade produtividade, a partir da
Agricultura Familiar produtiva, geração de emprego e racionalização do uso da terra, a
(PRONAF) elevação da renda dos agricultores evolução da qualidade de vida
familiares, com o intuito de dos produtores e suas famílias;
promover o desenvolvimento no
meio rural.
 Acesso ao crédito rural pelo
segmento da agricultura familiar

Programa Brasil Sem  Aumentar a capacidade produtiva Pequenos e médios agricultores


Miséria de agricultores familiares
 Promover a entrada de seus
produtos nos mercados
consumidores
Plano ABC (Agricultura  Adoção de tecnologias de Alinhamento com as políticas
de Baixa Emissão de produção sustentáveis para atender ambientais de redução de GEE
Carbono) aos compromissos assumidos pelo
país de redução da emissão de GEE
na agropecuária
Plano Safra  Prevê o direcionamento de Embrapa participa com ações de
recursos públicos para financiar e Transferência de Tecnologia e
assegurar as atividades de pequenos, Intercâmbio de Conhecimento,
médios e grandes produtores do país. levando soluções tecnológicas
 É uma das principais ferramentas para fortalecer esse segmento.
para garantir segurança financeira
das diferentes partes envolvidas com
a agropecuária
 Foco nos pequenos e médios
produtores rurais.

Política Nacional de  Promover a recuperação de -


Cap Antonio
Integração Lavoura- pastagens degradadas com a
Pecuária-Floresta (ILPF) utilização de diferentes sistemas
produtivos, agrícolas, pecuários e
florestais dentro de uma mesma área.
 Otimizar o uso da terra;
Fundo Amazônia  Prevenção, monitoramento e -
combate ao desmatamento, e
promover a conservação e o uso
sustentável da Amazônia Legal
Inova Social  Promover a inserção social de -
agricultores familiares, por meio de -
intervenções orientadas pelos
princípios da inovação social
AgroNordeste  Fortalece as cadeias produtivas, Voltado para pequenos e médios
ampliando o potencial de sucesso produtores rurais de municípios
dos agricultores familiares da zona dos nove estados do Nordeste,
semiárida. além de Minas Gerais.
 Impulsionar, por meio da
integração de ações e políticas
públicas, o desenvolvimento
econômico, social e sustentável da
Região Nordeste e do norte de Minas
Gerais e Espírito Santo.

Programa de  Produtores podem financiar a Voltado para produtores rurais


Modernização da Frota aquisição isoladas de máquinas, (pessoa física ou jurídicas) e
de Tratores Agrícolas e implementos e equipamentos cooperativas de produtores rurais
Implementos Associados agrícolas novos ou revisados.
e Colheitadeiras Engloba colheitadeiras, tratores,
(Moderfrota) semeadoras, pulverizadores e outros.

Produção Integrada de  Incentivo à formação de Voltado ao pequeno e médio


Sistemas Agropecuários cooperativas agrícolas e associações produtor rural
em Cooperativismo e rurais → aumentar a competitividade
Associativismo Rural no mercado
(Pisacoop)

Rural sustentável  Promover o desenvolvimento Pequenos e médios proprietários


rural sustentável nos biomas
Amazônia e Mata Atlântica,
contribuindo para a redução da
pobreza, conservação da
biodiversidade e proteção do clima;

Programa Nacional de  Financiamento para custeio e Médio produtor


Apoio ao Médio Produtor investimentos dos médios produtores
Rural (Pronamp) rurais em atividades agropecuárias.
Cap Antonio
Programa de Incentivo à  Programa de crédito que apoia a Voltado para produtores rurais
Inovação Tecnológica na inovação tecnológica nas (pessoa física ou jurídicas) e
Agropecuária (Inovagro) propriedades rurais, destinando cooperativas de produtores rurais
recursos financeiros para esse
investimento;

Programa de Garantia da  Programa de saneamento Foco em pequenos e médios


Atividade Agropecuária (reparação) de eventuais dívidas de produtores
(Proagro) custeio decorrentes de e eventos
climáticos, pragas ou doenças que
afetam a lavoura.
 Principal mitigador de risco para
a agricultura familiar

Programa de Garantia de  Possui objetivo de garantir a Pequenos e médios produtores


Preços da Agricultura sustentação de preços da agricultura
Familiar (PGPAF Mais) familiar e estimular a diversificação
da produção agropecuária;

⮚ E daí?
 O Governo busca estimular a produtividade, especialmente da agricultura familiar,
reduzindo desequilíbrios sociais e garantindo a segurança alimentar do País;
 A maior parte dos projetos conta com o apoio da EMBRAPA;

⮚ Outros programas e incentivos do governo:


a. Pesquisa e assessoramento agronômico da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMPRAPA, 1973);
b. Atuação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA,1970) tanto no
processo de distribuição de terras quanto no assentamento e viabilização produtiva das propriedades
rurais distribuídas, inclusive, com a prestação de assessoramentos agronômicos.
c. Transposição do Rio São Francisco: Proporciona irrigação ao semiárido nordestino de
estados como Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará;
a. SUDENE - Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste. Fomenta o
desenvolvimento includente e sustentável, com recursos gerados pelo Fundo de Desenvolvimento do
Nordeste (2001);
b. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR): Capacitação e acompanhamento
técnico (máquinas condensadoras em Feira de Santana e Maceió);
c. Programa Terra Class - EMBRAPA e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
monitoram e qualificam os desmatamentos na Amazônia;
d. Investimento em infraestrutura para o escoamento e armazenamento da produção: BR 163
e Ferrogrão;
e. Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER): Pesquisa e assessoramento
agronômico;
f. Aproximação com Israel: Soluções tecnológicas para os problemas da agropecuária
nacional;
Cap Antonio
g. Programa Agro Energia: foi criado com o objetivo de incentivar e viabilizar o
financiamento da implantação de sistemas de geração de energia alternativa proveniente de fontes
renováveis, como energia solar, de biomassa e eólica.
h. Conciliação entre a necessidade do aumento da produção agropecuária e preservação do
meio ambiente;
i. Isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): estimular a modernização da
pecuária leiteira (insumos e equipamentos para produção de leite);
j. Luz Para Todos: viabiliza o fornecimento de energia elétrica para o homem do campo;

Assunto 47. A estrutura fundiária brasileira

❖ Examinar os processos que caracterizam o quadro da distribuição de terras no Brasil.

A DISTRIBUIÇÃO DE TERRA NOS BRASIL


a. Histórico da questão agrária: da colonização até a Lei de Terras
⮚ Sesmarias – 1500 a 1822:

✔ Acesso à terra estava condicionado às doações realizadas pela Coroa Portuguesa;

✔ Consolidou o plantation para garantir a oferta de produtos no mercado europeu


(agroexportador);
✔ Plantation (origem dos latifúndios): Mão de obra escrava, monocultura, latifúndio e
voltados para a exportação;

⮚ A posse livre em terras devolutas – 1822 a 1850:

✔ Acesso à terra não era regulamentado por legislação específica sobre a propriedade
desta;
✔ Mesmo assim, não surgiram no Brasil pequenos e médios proprietários de terra. A
escravidão impedia os negros de adquirirem propriedades rurais e os poucos imigrantes
que vinham ao Brasil se estabeleciam nas cidades;

⮚ As leis de 1850:
i. Lei Eusébio de Queiroz:
✔ Proibiu o tráfico de escravos para o país => preço do escravo aumenta, tornando
insustentável a escravidão;
✔ E daí? Estimulou a vinda de mão de obra livre => Imigrantes;

ii. Lei de Terras:


✔ Estabelece a compra como a única forma de acesso à terra. Aboliu as sesmarias;
Cap Antonio
✔ Dificuldade de os imigrantes comprarem, devido aos baixos salários;

✔ Terra virou mercadoria;

✔ E daí? Ações do governo visavam à manutenção do quadro social para continuidade


da estrutura social vigente;

iii. Leis de incentivo à imigração:


✔ Incentivo a vinda de europeus. O primeiro a organizar esforços nesse sentido, foi o
senador Nicolau de Campos Vergueiro, entre 1847 e 1857, trouxe aproximadamente 180
famílias europeias.
✔ Sistema de parcerias:
 Os imigrantes que desejavam vir, eram contratados pelos proprietários das fazendas.
Estes pagavam a passagem de navio, o deslocamento do porto até a fazenda, e a
hospedagem. Deste modo, chegavam ao destino endividados e sem poder obter a
sonhada propriedade da terra. Igualmente, os colonos não podiam abandonar a fazenda
enquanto não pagassem o que deviam. Este sistema era tão cruel que foi registrada
uma revolta de imigrantes alemães na fazenda Ibicapa, do Senador Vergueiro, em São
Paulo.
✔ Sistema de colonato:
 Na segunda fase foi aplicado o sistema de colonato e a vinda de imigrantes era
assumida pelos governos provinciais (estaduais). Assim, o imigrante não vinha
endividado. Também recebiam uma remuneração mensal ou anual, podiam plantar
alimentos para sua subsistência e estavam livres para deixar a propriedade. Este
sistema era mais atrativo para os imigrantes e muitas colônias puderam prosperar.
✔ Italianos, alemães e outros europeus => Baixos salários;

✔ Estimulou o desenvolvimento de novas práticas no Brasil com a expertise estrangeira;

✔ E daí? Imigrantes não tiveram facilidade para aquisição de terras;

⮚ Crise de 1929:

✔ Antes da crise, a produção agrícola brasileira era quase inteiramente voltada ao mercado
externo (café);
✔ Quando a maioria de outros países não mais podia consumir os bens brasileiros, a
produção agrícola nacional se voltou ao mercado interno;
✔ Durante esse período de tempo, houve um aumento no número de pequenos e médios
produtores rurais no Brasil.
Cap Antonio
✔ Apesar do crescimento no número de pequenos e médios proprietários de terra, a
desigualdade social e econômica no campo continuou sendo um enorme problema
brasileiro.

b. Estatuto da Terra (1964) – Marechal Castello Branco


⮚ Metas: execução de uma reforma agrária e o desenvolvimento da agricultura;

⮚ A terra deve exercer uma função social;

⮚ Criado o módulo rural:

✔ A menor unidade de terra em que uma família pode se sustentar;

✔ É a propriedade mínima de terra, base para o sustento de uma família (de 4 pessoas) e
que seja capaz de proporcionar seu progresso social e econômico. Esse módulo rural possui valor relativo,
depende da fertilidade de solo, tipo de produto cultivado e localidade da propriedade. Assim, o tamanho
torna-se variável de acordo com a região e estado brasileiro.

⮚ E daí? Os governos militares tentaram realizar reformas na estrutura fundiária, mas obtiveram
pouco sucesso;

c. Da década de 1970 aos anos 90


⮚ Expansão da fronteira agrícola (1970):

✔ Avanço nas terras do Cerrado e da Amazônia;

✔ Falta de infraestrutura para escoar produção;

✔ Estimulou a grilagem e expansão dos latifúndios;

⮚ Criação do INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (1970):

✔ Executar a reforma agrária e o ordenamento fundiário nacional;

⮚ Plano Nacional da Reforma Agrária (1985):

✔ Custo burocrático elevado com poucos resultados;

d. A atual estrutura fundiária do Brasil


⮚ A agricultura brasileira é bastante desigual.
Cap Antonio
✔ 77% dos estabelecimentos brasileiros são de agricultura familiar. Contudo, este
numeroso contingente de agricultores familiares ocupa 23% da área de todos os
estabelecimentos agropecuários;
⮚ Enquanto a maior parte dos agricultores ocupa uma pequena porção de terra, uma grande
porção de terra é ocupada pela menor parte dos agricultores: muita gente com pouca terra e pouca
terra com muita gente;
⮚ Maior concentração de terras nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste;

⮚ Legislação fundiária no Brasil: Privilegia a formação de pequenas e médias propriedades rurais


e a distribuição da terra para pequenos produtores agropecuários (expressão política);
⮚ Grandes propriedades:

✔ Produzem, no geral, produtos para a exportação; especialmente a soja, que agrega


grande valor ao PIB brasileiro
✔ A maior parte da soja (84%), do trigo (79%), do arroz (66%), e do café (66%) são
cultivadas em propriedades não-familiares.
⮚ Médias e pequenas propriedades:

✔ De acordo com o Governo Federal, a agricultura familiar responde por cerca de 70%
dos alimentos consumidos em todo o País.
✔ A maior parte da mandioca (87%), do feijão (70%), e do leite de vaca (58%) são
produzidos no país são feitos por meio da agricultura familiar. Além de verduras e
legumes;
10) Produção das médias e pequenas propriedades está voltada principalmente para o mercado interno -
Impacto contundente no abastecimento do mercado interno e na fixação do homem no campo;

e. Ideias englobantes
⮚ O Brasil apresenta uma área agricultável disponível total estimada em 152,5 milhões de
hectares ou 17,9% do território, sendo que 61 milhões de hectares já são áreas cultivadas, o que
corresponde a cerca de 8% de todo o território nacional; => Possui elevado potencial de expansão.
⮚ MATOPIBA: Região compreendida por parte dos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e
Bahia => nova fronteira agrícola do Brasil
⮚ A distribuição de terras apresenta maior concentração de área para os latifundiários;

⮚ A distribuição de terras no Brasil consolidou o sistema de grandes propriedades;

⮚ Formato de ocupação: desigual, voltada ao comércio exterior e concentração fundiária;


Cap Antonio
❖ Apresentar as principais motivações e os desafios para a implementação da reforma agrária
para o Brasil.

a. MOTIVAÇÕES PARA A REFORMA AGRÁRIA


⮚ Facilita a regulamentação da atividade no campo, auxiliada pelo Estatuto pela Terra e INCRA;

⮚ Aumento da produtividade dos latifúndios, devido ao temor de invasão;

⮚ Incrementa a transferência de tecnologia por empresa estatal (EMBRAPA);

⮚ Contribui para a liberação de crédito para agricultura familiar (Plano Safra);

⮚ Favorece a educação dos assentados (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária -


PRONERA);
⮚ Motiva o surgimento de cooperativas nos assentamentos;

⮚ Aumento da produtividade com a mecanização da lavoura, devido ao aumento da facilidade na


obtenção de crédito;
⮚ Lei da Regularização Fundiária de 2017: permitiu a redução da quantidade de latifúndios,
favorecimento à produtividade no setor e do acesso à terra pelo pequeno produtor (expressão política);
⮚ Permite que a terra exerça sua função social (CF/88) - Geração de renda e ocupação;

⮚ Combate à fome e miséria;

⮚ Permite a interiorização de serviços públicos;

⮚ Reduz o êxodo rural;

⮚ E daí? O principal ganho é a regulamentação da atividade no campo, contribuindo para a


diminuição de atos ilícitos e aumento da produtividade agrícola rural;

b. DESAFIOS ATUAIS PARA A REFORMA AGRÁRIA


⮚ Aumento das unidades de conservação ambiental;

⮚ Incremento na demarcação de terras indígenas;

⮚ Disputa de poder entre movimentos sociais de luta pela posse de terra e proprietários rurais;

⮚ Grilagem: invasão ilegal de terras, sem ordem judicial;

⮚ Latifundiários: a região amazônica possui os maiores latifúndios do país;

⮚ Urbanização do país e a resistência em sair das áreas urbanas e desenvolvidas;

⮚ Diminuição de postos de trabalho no campo devido a mecanização;


Cap Antonio
⮚ Desamparo de encargos sociais para os trabalhadores temporários;

⮚ Fazendas especializadas que utilizam grande quantidade de produtos químicos;

⮚ Não permitir que a reforma agrária acarrete o aumento do desmatamento de áreas florestais;

⮚ Realizar a reforma agrária sem que isso aumente a inflação dos alimentos;

⮚ Impossibilidade de desapropriação de terras produtivas - CF (Artigo 185);

c. IDEIAS ENGLOBANTES
⮚ Prioridade de aplicação da Reforma Agrária nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste;

⮚ Conflitos no campo e preservação ambiental;

⮚ A partir de 1970, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) passa a


gerenciar o processo de reforma agrária no Brasil. O referido instituto foi concebido com a finalidade de
realizar a reforma agrária, manter o cadastro nacional de imóveis naturais e administrar as terras públicas
da União;
⮚ Reforma agrária no Brasil vem evoluindo a doses muito baixas;

⮚ Diferenças radicais de ideologia e histórico de diversas beligerâncias entre as partes estão na


base deste insucesso;
⮚ A ausência de uma reforma agrária eficaz prejudica a melhoria da qualidade de vida do povo
rural brasileiro e limita o crescimento da produção agrícola do País;

Assunto 48. As relações de produção e de trabalho no campo

❖ Compreender as relações de produção e de trabalho no campo brasileiro.

a. Relações de trabalho
⮚ Escravidão e trabalho familiar camponês: da Colônia até a abolição dos escravos (1888);

⮚ Sistema de parceria e de colonato (final de década de 1840):

✔ Fortalecido pela Lei Eusébio de Queiroz;

✔ Concomitante com escravos até 1888;

✔ Grande força no ciclo do café: substituiu o trabalho escravo;

⮚ Trabalho assalariado: final do século XIX até hoje;

✔ Advindo do processo de modernização do campo;


Cap Antonio
✔ Trabalhador assalariado permanente: Recebe salário fixo e direitos trabalhistas
(tratoristas e administradores);
✔ Trabalhador assalariado temporário: Trabalha no período da colheita, recebe por tarefa
(boias-frias); mais comum nas grandes propriedades; não possui seus direitos trabalhistas
assegurados;

b. O trabalho familiar
⮚ Predomina nas pequenas propriedades;

⮚ Reduz o fluxo migratório (êxodo rural) com a fixação do homem à terra;

⮚ Produção de alimentos para o consumo interno da população brasileira: pequenos produtores


rurais, extrativistas e pescadores;
⮚ Representa cerca de 70% dos alimentos consumidos em todo o país;

⮚ Estímulos privados a agricultura familiar:

✔ Algumas empresas estimulam esse tipo de produção - Sadia, Perdigão e Souza Cruz;

✔ Produção de Frango e fumo;

⮚ Principais produtos da agricultura familiar:

✔ 87% da mandioca;

✔ 70% do feijão;

✔ 58% da produção de leite;

⮚ E daí? Garante segurança alimentar para o Brasil;


Cap Antonio
⮚ Nota-se, primeiramente, que no Brasil, a maior parte das terras é cultivada pelos próprios
donos, ou proprietários, tanto em relação a área quanto em relação ao número de estabelecimentos.
⮚ Outra coisa que chama a atenção é o fato dos arrendatários ocuparem maior área que as
demais categorias, mesmo sendo números de estabelecimentos semelhantes. Com base nos dados,
podemos supor que o agronegócio tecnificado, aquele voltado à exportação, de grande densidade técnica,
também está utilizando terras alugas e não somente áreas próprias.

❖ Apresentar os principais movimentos sociais no campo.

a. Principais reivindicações
⮚ Reforma agrária;

⮚ Melhoria das condições de trabalho;

⮚ Combate a substituição do homem pela máquina;

⮚ E daí? Buscam reforma agrária em regiões boas que, geralmente, já estão ocupadas. Assim,
acarretam impasses e conflitos;

b. Principais movimentos sociais


⮚ Ligas Camponesas:

✔ Forte atuação entre as décadas de 1940 a 1960;

✔ Orientadas pelo PCB – Partido Comunista Brasileiro;

⮚ Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG):

✔ Entidade brasileira criada em 1963 para representar os trabalhadores rurais;

⮚ Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST:

✔ Origem: Cascavel/PR (1984);

✔ Agenda: Reforma agrária, luta pela terra, transformação social;

✔ Atuação: Ocupações, invasões, assentamentos;

✔ Exige do Estado infraestrutura como rede elétrica;

✔ Atuação recente: interior de São Paulo (Acampamento Marielle Vive) e Mato Grosso;
Cap Antonio
✔ Forte viés ideológico: alinhamento com políticas de esquerda;

✔ Proeminência durante os governos FHC e Lula: maior número de invasões (Eldorado


dos Carajás/ PA – 1996);
✔ h) Principais casos de atuação:
 Corumbiara - RO (1995) - 12 mortes;
 Eldorado dos Carajás - PA (1996) - 19 mortes;
 Bico do Papagaio - TO, PA e MA;
 MATOPIBA: Região de grande violência no Campo: ação do banditismo de
Jagunços;

⮚ Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST):

✔ Movimento político-social brasileiro criado em 1994;

✔ Seu objetivo é a realização da reforma agrária no país;

✔ É tido como uma dissidência do MST;

⮚ 5) Liga dos Camponeses Pobres (LCP):

✔ Movimento camponês atuante em todo o Brasil;

✔ Surgimento se dá após o Massacre de Corumbiara (1995): Parte do movimento


camponês rompe com a direção do Movimento dos Sem-Terra (MST);
✔ Conclama os camponeses a romperem com a ideia de reforma agrária do governo e
mobilizarem suas forças para uma transformação radical no campo;
✔ Atualmente tem maior atuação na região norte do país (Rondônia);

⮚ Posseiros e Grileiros:

✔ Posseiros – Usucapião: Só pode ser feito uma vez;

✔ Grileiro – Falsificador: Costumam ser autoridades;

⮚ Gato e a Escravidão por Dívida:

✔ Gato - Engana o trabalhador e a família: endivida o trabalhador;

✔ O trabalhado vira escravo por dívida;

✔ Ação de Jagunços;
Cap Antonio

⮚ Reservas indígenas:

✔ Reservas indígenas – cerca de 14% do território;

✔ Ação de ONGs (Raposa Serra do Sol): recursos minerais (nióbio e a maior jazida de
ouro);
✔ Antagonismo com madeireiras ilegais e garimpos;

Assunto 49. A produção agropecuária brasileira

❖ Compreender os principais aspectos da produção agropecuária brasileira.

a. O agronegócio
⮚ Conjunto de atividades ligadas à produção agropecuária. Engloba toda a cadeia produtiva;

⮚ Congrega fornecedores de equipamentos e serviços, industrialização e comercialização de


produtos;
⮚ No PIB, o agronegócio participa em cerca de 25%;

⮚ Potencial de expansão da agricultura, especialmente na região do cerrado, cerca de 10% do


território são de áreas agricultáveis disponíveis e não utilizadas;
⮚ Pressão de grupos na questão ambiental: ONU e a agenda ambiental (Expressão Política);

⮚ E daí? Avanços na produção facilitam a cadeia produtiva e auxiliam na economia;

b. Divisão entre produtores


⮚ Divisão desigual entre pequenos e médios produtores versus grandes;

⮚ Pequenos e médios produtores: mandioca, feijão, produção de leite, suínos, aves, verduras,
legumes, frutas. Abastecem o mercado interno (Agricultura Familiar);
⮚ Grandes: Carne bovina, soja, cana e arroz. Produção para o mercado externo;

⮚ E daí? A modernização também atingiu as pequenas propriedades (em menor grau);


Cap Antonio

c. Expansão das fronteiras agrícolas


⮚ Incorporação de novos espaços produtivos;

⮚ Fruto do agronegócio empresarial-comercial, em expansão;

⮚ Aumento da produção, da área produzida, do maquinário => aumento das exportações;

⮚ Principais regiões: Amazônia e MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia);

⮚ PRODECER – Já encerrado!

✔ Programa de Cooperação Nipo-Brasileiro para o Desenvolvimento Agrícola dos


Cerrados), foi instituído em 1979. O programa foi constituído de cooperação financeira e cooperação
técnica e teve como objetivo tornar a região dos Cerrados produtiva, aproveitando todo seu potencial.
⮚ Cultura mais explorada na fronteira agrícola é a soja, sobretudo a transgênica => exportação;

⮚ Expansão dos complexos agroindustriais (CAI): Complementaram a cadeia do agronegócio de


exportação naquelas regiões, ampliando as ofertas de emprego no meio rural;
⮚ Agropecuária no Nordeste:

✔ Atenção especial no que tange ao combate à seca crônica e à busca de soluções para
atividade;
✔ Transposição do Rio São Francisco;

✔ Perfuração de poços artesianos no sertão semiárido;

✔ E daí? Em constante evolução: o agronegócio impulsiona a economia;


Cap Antonio

d. Agronegócio na economia e o meio ambiente


⮚ Cerca de 25% do PIB e 48% das exportações;

⮚ Mais de 15 milhões de pessoas estão ocupadas com atividades agropecuárias;

⮚ Notável investimento em pesquisa e desenvolvimento =>modernização, EMBRAPA;

⮚ Bem-sucedido na questão do meio ambiente: a vegetação nativa preservada ocupa cerca de


60% da área do Brasil;
⮚ Relevância da Soja:

✔ Primeiro lugar em produção;

✔ Principal produtor: Sorriso/MT;

✔ Na década de 70, o grão já era a principal cultura do agronegócio brasileiro;

✔ É fundamental para a indústria alimentícia chinesa, que garante desde óleo de cozinha
até a alimentação de rebanhos suínos.
✔ Centro-Oeste surgiu como opção produtiva de soja:
 Na região, predomina o bioma cerrado, que apresenta topografia muito plana e
favorável à mecanização (máquinas para realizar a colheita).
Estudos profundos acerca da fertilização dos solos do cerrado, propiciando tecnologias e ferramentas
para aumentar a produção => EMBRAPA;
✔ Contribui significativamente para sustentar o superávit da balança comercial brasileira;

e. Resumo da agropecuária brasileira

Produto Produção Exportação Principais polos


Sorriso/MT
Disputa o 1º com os
Soja 1º Mato Grosso, Tocantins, Maranhão,
EUA
Pará, Roraima e Rondônia

Cana-de-açúcar Cerca de 600 milhões 1º São Paulo (Oeste Paulista)
de ton.

Suco de laranja 1º São Paulo
(+ de 50% total)
Varginha/MG
Café 1º 1º Cultivado em MG
(também SP, ES e RO)
Jataí/GO

Milho 1º MT, PR, MS, GO e MG
(atrás de EUA e China)
(Centro-Sul)
Cap Antonio
2º Cultivado em pequenas propriedades
Fumo 1º
(atrás da China). RS (também SC e PR)
Vale do São Francisco/BA
3º Exporta menos de
Frutas São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Rio
(atrás de China e Índia) 5% da produção.
Grande do Sul e Pará
2º 1º
Carne bovina MT, MG, GO, MS
(atrás dos EUA) (21% do total)
Carne de 2º 1º Destaque para a região Sul do país
Frango (atrás dos EUA) (+ de 10 anos) (Cerca de 50% do rebanho)
Destaque para a região Sul do país
Carne suína 4º 4º
(Cerca de 50% do rebanho)

f. Principais parceiros internacionais

Produto Principais compradores


Soja China/ Espanha/ Irã
Açúcar Argélia/ Nigéria/ Arábia Saudita
Café EUA/ Alemanha/ Itália
Carne bovina China/ Egito/ Chile
Frango China/ Japão/ Arábia Saudita

⮚ E daí?

✔ As commodities agrícolas são a principal ferramenta de inserção do Brasil no comércio


internacional;
✔ A China é a grande compradora do país: cerca de 30% de todo o volume agrícola
exportado pelo Brasil vai para o país sino;

g. Fatores para elevado desenvolvimento


⮚ Disponibilidade de recursos naturais;

⮚ Aspectos climáticos favoráveis;

⮚ Políticas públicas direcionadas: investimentos e programas;

⮚ Competências técnico-científica: geração de tecnologia => papel da EMBRAPA e


universidades;
⮚ Empreendedorismo dos agricultores;
Cap Antonio

h. CEASA – Centro Estadual de Abastecimento


⮚ Centrais estaduais de abastecimento;

⮚ Promover e organizar a comercialização de produtos hortifrutigranjeiros, em uma determinada


região;
⮚ Surgiram na década de 1960 por iniciativa do Governo Federal;

⮚ Implantação: buscou-se ajuda da Organização das Nações Unidas para Alimentação e


Agricultura (FAO);

⮚ E daí?

✔ Atuam de forma eficiente, aproximando o agricultor familiar do consumidor final;

i. O mercado interno
⮚ Produção das médias e pequenas propriedades;

⮚ Ampliação das áreas destinadas à produção agrícola para o mercado interno decorrentes do
crescimento dos mercados urbanos;
⮚ Produção avícola e suína: grande crescimento nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do
Sul e Paraná;
⮚ Cultivo da soja, em rodízio com o trigo: cresceu nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do
Sul, Paraná;
⮚ Pecuária bovina se expandiu no território => Impacto positivo na economia;

⮚ Principais alimentos para o mercado interno: trigo (depende de importação), feijão, carne suína
(Sul), leite, carne de aves, milho (Centro-Oeste, Sudeste e Sul) e arroz;

j. Reflexos da agropecuária para o desenvolvimento do país


⮚ Incremento do acesso à terra pelo pequeno produtor => atuação do Estado;

⮚ Favorece à agricultura de subsistência e o suprimento do mercado interno;

⮚ Aumenta a oferta de alimentos => potencializa o desenvolvimento;

⮚ Especialização da mão de obra rural => melhoria de seu padrão de vida;

⮚ Os CAI´s ampliaram as ofertas de emprego no meio rural;

⮚ As divisas auferidas pelas exportações colaboraram para o crescimento da economia e a


geração de empregos, beneficiando todo a população;
Cap Antonio
k. Ideias englobantes
⮚ Pujança do agronegócio brasileiro;

⮚ Expansão agrícola gerou impactos positivos, foi importante para o abastecimento do mercado
interno e contribuiu para o acúmulo de capital, com o crescimento das exportações;
⮚ Brasil melhorou muito suas técnicas de produção agrícola. Transitou de uma baixa para uma
alta produtividade;
⮚ Culturas como soja, carnes de frango e bovina, cana-de-açúcar, suco de laranja e café se
tornaram competitivas no mercado internacional;
⮚ O mercado interno é suprido por gêneros cada vez melhores e em maior quantidade;

⮚ Transformação do Brasil numa potência agropecuária é fruto da resposta em termos de


pesquisa científica em transgênicos;
⮚ Desafio de se manter como um país relevante em um ambiente cada vez mais competitivo e
sujeito a revoluções tecnológicas;
⮚ A modernização da agropecuária exigiu uma melhoria na capacitação, elevando o padrão de
vida e dando condições necessárias à fixação do homem do campo;
⮚ Tornou a alimentação mais acessível ao mercado interno, favorecendo o desenvolvimento
humano no país;

❖ Interpretar as consequências do modelo agrário-exportador para a segurança alimentar.

a. A segurança alimentar

⮚ O conceito de segurança alimentar faz referência à disponibilidade e acesso aos alimentos em


quantidade e qualidade suficiente para atender ao mercado interno.
⮚ Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PLANSAN):

✔ contempla ações voltadas para a produção, o fortalecimento da agricultura familiar, o


abastecimento alimentar e a promoção da alimentação saudável e adequada ao cidadão brasileiro;
✔ realiza a promoção de práticas alimentares saudáveis e prevenção de distúrbios
nutricionais;
⮚ Alimentação: um dos temas Agenda 2030 e previsto na CF/88;

⮚ E daí?

✔ Brasil atende vastos mercados consumidores (internos e externos);


Cap Antonio
✔ Interfere significativamente na segurança alimentar a nível nacional e global (celeiro do
mundo);

b. Consequências do modelo agrário-exportador para a segurança alimentar

⮚ Países da América Latina, Ásia e África: grande parte de suas economias se concentram na
agricultura de exportação, o que pode comprometer a segurança alimentar;
⮚ Favorece a concentração de terras;

⮚ Diminui a capacidade do pequeno agricultor de garantir a segurança alimentar;

⮚ Reduz a diversidade da produção de alimentos;

⮚ Aumenta a qualidade dos alimentos voltados à exportação em detrimento à do consumo


interno;
⮚ Os melhores solos são destinados a essa produção;

⮚ Aumenta a possibilidade de intoxicações relacionadas aos agrotóxicos;

⮚ Estimula a criação de programas sociais para amenizar a questão da fome: Programa Nacional
de Alimentação Escolar (PNAE) e Bolsa Família;
⮚ E daí?

✔ A crescente evolução do setor tem sido favorável ao desenvolvimento nacional;

❖ Apresentar os aspectos positivos e os óbices para a utilização de organismos geneticamente


modificados.

a. Os alimentos transgênicos
⮚ Protocolo de Cartagena (2003): assegurar um nível adequado de proteção no domínio da
transferência, manipulação e utilização seguras de organismos geneticamente modificados (OGM)
resultantes da biotecnologia moderna, que possam ter efeitos adversos sobre a diversidade biológica,
tendo em conta os riscos para a saúde humana e centrando-se especificamente nos movimentos
transfronteiriços.
⮚ Organismos geneticamente modificados (OGM): produzidos pela engenharia genética, a partir
da incorporação de genes de espécies que não se reproduziram em condições naturais;
⮚ Brasil é o segundo maior semeador de transgênicos do mundo => impulsionou o agronegócio
para a exportação;
⮚ Proposta da EMBRAPA para modificação da Lei de Biossegurança (11105/2005) –
Desregulamentar a pesquisa e o uso comercial dos OGM (expressão política);
Cap Antonio
⮚ Parcela significativas das exportações de grãos do Brasil são de produtos transgênicos;

⮚ Principais cultivos de OGM´s no Brasil:

✔ Soja transgênica - 98% do total cultivado no Brasil;

✔ Milho transgênico - 91% do total cultivado no Brasil;

✔ Algodão transgênico - 99% do total cultivado no Brasil;

b. Aspectos positivos do uso de transgênicos


⮚ Aumento da produção e o melhor aproveitamento no uso das terras;

⮚ Plantas maiores, mais resistentes a pragas e a oscilações atmosféricas;

⮚ Menor tempo de maturação;

⮚ Aprimoramento da qualidade dos produtos;

⮚ Redução do uso de agrotóxicos com a produção de plantas resistentes;

⮚ E daí? O incremento de tecnologias amplia a produtividade;

c. Óbices do uso de transgênicos


⮚ Contaminação de plantações que podem inviabilizar alimentos livres de transgênicos =>
poluição genética;
⮚ Alguns genes da planta podem ser transferidos para outras espécies, a partir do fluxo gênico (ou
escape gênico) modificando parentes silvestres;
⮚ Pode ocorrer o surgimento das chamadas super pragas, que são resistentes a pesticidas e
herbicidas;
⮚ Plantas mais resistentes e agressivas podem gerar o extermínio de insetos benéficos à
agricultura;
⮚ Aumento nos casos de alergia (Caso no milho “Star Link” nos EUA);

⮚ A alteração da quantidade de nutrientes pode interferir na absorção desses alimentos;

⮚ Monopólio do controle de sementes por grandes empresas => prejudica o pequeno agricultor
(cobrança de royalties);
Cap Antonio
UD 13 - A POPULAÇÃO NO BRASIL
Assunto 50. O crescimento e a distribuição populacional no Brasil

❖ Analisar o crescimento e a distribuição populacional brasileira.

Assunto 51. A estrutura da população

❖ Interpretar a estrutura da população brasileira, a partir das expressões do Poder Nacional.

Taxa de natalidade: número de nascimentos por ano, a cada 1000 hab.


Taxa de mortalidade: número de óbitos, por ano, a cada 1000 hab.
Crescimento vegetativo (natural): Tx Natalidade – Tx Mortalidade
Crescimento Demográfico: Crescimento Vegetativo + Saldo migratório (Imigração – Emigração)
Taxa de Fertilidade ou Fecundidade: número de filhos, por mulher, em idade fértil (IBGE: 14 a 49
anos). OBS.: Reposição = 2 filhos/casal
Mortalidade infantil: número mortes, até 1 ano, em 1000 nascimentos
Populoso: alta população absoluta (independe da área)
Povoado: alta população relativa (densidade demográfica) – hab/km2
Gráfico de Transição Demográfica

Fase 1: Pré-Transição (País rural)


⮚ Alta natalidade
 Filho como mão de obra
 Menor acesso a métodos contraceptivos
 Casamentos mais cedo
 Papel social da mulher (como ventre reprodutor)
⮚ Alta mortalidade
 Pouco acesso a saneamento e medicina preventiva (vacinação) e curativa
⮚ Baixo crescimento vegetativo

⮚ BRASIL: até 1930 – Expectativa de vida era 45 anos

Fase 2: Inicio da transição (urbanização) – êxodo rural


⮚ Alta natalidade
Cap Antonio
 Costumes mais tradicionais (mudança em + - 1 geração)
⮚ Queda da mortalidade
 Maior acesso a saneamento e medicina preventiva e curativa
⮚ Alto crescimento vegetativo – “explosão demográfica”

▪ não confunda com BabyBoom: após períodos traumáticos

⮚ HOJE: países subdesenvolvidos periféricos

⮚ BRASIL: 1930 até 1970

Fase 3: Conclusão de Transição


⮚ Queda da Natalidade (urbanização)
 Alto custo de criação do filho
 Mulher no mercado de trabalho
 Acesso a métodos contraceptivos
 Casamentos tardios e papel social da mulher
⮚ Estabilização da queda de mortalidade
 País já é urbanizado – melhora menos acelerada
⮚ HOJE: países emergentes (Ex.: Brasil: 1970 a 2035? 40?)

⮚ Crescimento Vegetativo é positivo, mas menos acelerado

Fase 4: Pós-Transição – países desenvolvidos


⮚ Queda da Natalidade
 Países extremamente urbanizados
⮚ Leve aumento da mortalidade
 Alto número de idosos
⮚ Crescimento Vegetativo baixo, nulo ou negativo
 Consequências:
 Altos gastos com saúde e previdência
 Redução da PEA
⮚ Soluções:
 Reforma da previdência? Protestos!
 Atração migrantes? Xenofobia!
 Incentivo à natalidade?

Pirâmides Etárias
⮚ Gráfico que mostra a distribuição da população por gênero e idade
 Reflete características socioeconômicas do país
Cap Antonio
⮚ PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS (2ª Fase)
 Base larga (alta natalidade); topo estreito (baixa expectativa de vida)

⮚ PAÍSES EMERGENTES (3ª Fase)


 População adulta (produtiva) superior aos jovens e idosos (dependentes)
 bônus ou janela demográfica: Fase significativa para a prod. nacional

⮚ PAÍSES DESENVOLVIDOS (4ª Fase)


 Base estreita (baixa natalidade); topo largo (alta expectativa de vida)

POPULAÇÃO DO BRASIL:
⮚ País populoso – Aprox. 210 milhões de habitantes (6º mais populoso)
Cap Antonio
 China, Índia, EUA, Indonésia, Paquistão e BRASIL
 Estamos crescendo em um ritmo pouco acelerado!
 Redução das taxas de natalidade! Fecundidade abaixo de 2 filhos por mulher;

⮚ Distribuição – População Absoluta:


 Sudeste: aprox. 81 milhões
 Nordeste: aprox. 58 milhões
 Sul: aprox. 28 milhões
 Norte: aprox. 19 milhões
 Centro Oeste: aprox. 17 milhões

⮚ País pouco povoado: baixa densidade demográfica (aprox. 24 hab/km²)


 5º MAIOR PAÍS DO MUNDO!
 Sudeste: 87 hab/km²
 Sul: 48 hab/km²
 Nordeste: 36 hab/km²
 Centro Oeste: 12 hab/km² - aumentando
 Norte: 4 hab/km² - aumentando

⮚ Darcy Ribeiro: “Povo de costas para o seu país)


 População concentrada no litoral
 Cuidado com o determinismo: nunca dizer que uma região é desprovida de
qualidade de vida devido aos seus aspectos naturais

⮚ Tendência a interiorização da ocupação (processo lento)


 Migrações:
 rugosidades nas áreas centrais + atrações da porção do interior;
 Crescimento vegetativo menor no litoral:
 Aumento da urbanização > Queda na natalidade;
Cap Antonio
⮚ HISTÓRICO DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
 Fase 1 – Pré-Transição
 País rural (ATÉ 1930)
 Alta natalidade e alta mortalidade;
 Baixo crescimento vegetativo;

 Fase 2 – Início da Transição demográfica


 Urbanização (1930 a 1970): Getúlio Vargas e JK
 Alta natalidade e queda da mortalidade;
 Explosão demográfica;

 Fase 3 – Conclusão da Transição


 1970 a _____?
 Queda da natalidade e queda menos acentuada da mortalidade
 Predomínio de adulto > bônus ou janela demográfica

⮚ COMPOSIÇÃO ÉTNICA DO BRASIL


 Brancos: 42,7%
 Pardos: 46,8%
 Pretos: 9,4%
 Indígenas: 1,1%

 Povos indígenas:
 Genocídio (4 milhões > 800 mil)
 Etnocídio (costumes)
 Violação direitos (conflitos de terra, FUNAI)
 As terras indígenas ocupam cerca de 11,6% do território nacional. Extensão maior
do que o território da França e da Inglaterra juntos.

 Negros:
 Marginalização socioeconômica
 Ausência de medidas compensatórias na época da abolição: sem terras ou ajuda
financeira;
 Ausência de medidas afirmativas na atualidade: acesso ao trabalho, a educação e a
política;

Assunto 52. Migrações internas e externas no Brasil

❖ Compreender os diferentes fluxos migratórios e suas relações com as Expressões do Poder


Nacional.

⮚ MIGRAÇÕES INTERNAS
 Questões econômicas e políticas
Cap Antonio
 Ex.: êxodo rural, industrialização, arquipélagos de desenvolvimento (drogas do
sertão, café, borracha,...)

 NE para SUDESTE (1930/40)


 Industrialização

 SUL e SUDESTE para C.O. E NORTE (1950/60/70)


 JK e militares + avanço das front. agrícolas (frentes pioneiras)

 GRADES METRÓLES para CIDADES MÉDIAS (1980 – HOJE)


 Desconcentração econômica

 SUDESTE para NORDESTE (1990 – HOJE)


 Migração de retorno

⮚ MIGRAÇÕES EXTERNAS
 Período colonial (1500 – 1822)
 (Espanha + Portugal) / Holanda / França

 Pós-independência
 Italianos (séc. XIX) > SUDESTE (SP)
o Porque saíram?
o Unificação tardia
o Paz Armada
o 2ª Revolução Industrial
o I e II GM
o Porque vieram?
o Fazendas de café: escravidão por dívida
o Indústrias – mão de obra

 Alemães (final do séc. XIX) > SUL (SC e RS)


o Porque saíram?
o Unificação tardia
o 2ª Revolução Industrial
o I e II GM
o Porque vieram?
o Ocupação do sul: ser donos de peq. propriedades
o Embranquecimento populacional
o Clima

 Japoneses (pós 1908) > SP, PR e C.O.

 ATUALMENTE
Cap Antonio
 Peruanos e Bolivianos > SUDESTE (indústria têxtil)
 Haitianos: Guerra Civil + Terremoto
 Venezuelanos > RORAIMA (Pacaraima e Boa Vista)
 Sírio-Libaneses, pós guerra civil 2011

Assunto 53. Fatores psicossociais de relevância

❖ Analisar a atuação dos fatores psicossociais de relevância para o desenvolvimento do País.


Cap Antonio
UD 14 - COMPLEXOS REGIONAIS BRASILEIROS

⮚ REGIONALIZAÇÃO DO BRASIL – PEDRO PINCHAS GEIGER


 Segue os critérios geoeconômicos para divisão do país. O Brasil é dividido em três
macrorregiões: Amazônia, Nordeste e Centro-sul.
 Nessa divisão, as unidades federativas não respeitam as fronteiras estaduais.
 A Região da Amazônia foi dividida em geoeconômica porque, na percepção de Pedro Pinchas,
é uma região com reduzida densidade demográfica e também por ter uma floresta exuberante (maior
floresta equatorial do planeta).
 Quanto à Região Nordeste, ele percebeu que era uma região de expulsão demográfica, devido
ao polígono das secas.
 A Região Centro-sul seria o “coração” financeiro e industrial do país.
 O norte de Minas Gerias, uma das regiões mais pobres do Brasil, está vinculado ao
Nordeste, por se tratar de uma região pobre. Já o restante de Minas Gerais, que possui condições
financeiras melhores, está vinculado à Região Centro-sul.
 Divisão geoeconômica (1967): Leva em conta não apenas os aspectos naturais, mas também os
humanos e o processo histórico de formação do território do país, em especial a industrialização. Essa
organização regional favorece a compreensão das relações sociais e políticas do país, pois associa os
espaços de acordo com suas semelhanças econômicas, históricas e culturais.

⮚ O Complexo Regional da Amazônia compreende toda a extensão da Floresta Amazônica


localizada em território brasileiro. É integrado pelos estados da Região Norte, pelo Mato Grosso, exceto
sua porção sul, e pelo oeste do Maranhão. É uma região que, embora de grandes proporções territoriais,
apresenta baixa densidade demográfica.
⮚ O Complexo Regional do Nordeste vai desde a porção leste do Maranhão até o norte de Minas
Gerais, incluindo todos os estados nordestinos. Abrange cerca de trinta por cento do território nacional.
Nessa região, ocorreu, durante décadas, o processo de povoamento do País.
⮚ O Complexo Regional do Centro-Sul é o complexo regional formado pelas regiões Sul, Sudeste
(com exceção do norte de Minas Gerais), Centro-oeste (com exceção do norte do Mato Grosso) e o
extremo sul do estado do Tocantins;
Cap Antonio
Assunto 54. Ordenamento territorial e desenvolvimento regional no Brasil

❖ Analisar o papel das ações estatais e do capital privado para o ordenamento do território e
para o desenvolvimento regional.

a. Sistema Centro-Periferia
⮚ A tipologia “centro-periferia”: “centro” que primeiro assimila o desenvolvimento técnico possui
uma estrutura diversificada e integrada, especializada em produtos industriais, a “periferia” tem como
papel principal a produção de matéria-prima.
⮚ O centro retém ganhos dos produtos industrializados e a periferia, mais pobre, por fornecer
matéria prima e alimentos;
⮚ Centro-Sul tem o papel de centro e as regiões norte e nordeste são as periferias;
 Resquícios do modelo colonizador: primário-exportador;
 O modelo de industrialização favoreceu esse cenário: tardia e concentrada numa única região;
 Era Vargas: Indústria de base e substituição de importações;
 Era JK: Automobilística e bens de consumo (modelo desenvolvimentista);

b. Papel das ações estatais e do capital privado


⮚ Papel do Estado:
 Realizar planejamento regional e planos estatais de desenvolvimento regional;
 Elaborar políticas de governo e de Estado;
 Compensar e induzir regiões menos privilegiadas ao desenvolvimento;
 Otimizar a exploração das riquezas naturais;
 Reduzir os desequilíbrios social e econômico;
 Atrair o capital privado;
 Integrar espaços nacionais ao mercado externo, como as obras de integração com o
MERCOSUL e o IIRSA e os corredores de exportação da produção de carne e de grãos do Centro-Oeste;
 E daí? Contribui para reduzir desigualdades regionais e colabora para a integração nacional;

⮚ Papel do capital privado:


 Aquecer a economia;
 Aplicar investimentos produtivos;
 Gestão de concessões, como a infraestrutura de transportes;
 Geração de empregos;
 Inclusão social;
 Contribuir para o desenvolvimento sustentável;
 E daí? Complementa o papel do Estado;

c. Contexto atual e globalização


⮚ Grandes desigualdades entre as regiões;

⮚ Proeminência do Centro-Sul: Sudeste e Sul concentram 91% dos municípios mais desenvolvidos;
Cap Antonio
⮚ As disparidades influenciam a demografia, as estruturas rurais e urbanas e o acesso a
oportunidades e direitos dos habitantes;
⮚ Efeitos da globalização:
 Busca por mercados globais (externos), em detrimento dos internos;
 Tendência a estimular a especialização regional;
 Reforça o modelo do capitalismo: gera especialização regional e fragmentação do espaço;
⮚ Novos atores para investimentos: multinacionais;

⮚ Aumento das disparidades intrarregionais;

⮚ Iniciativa privada direciona indústria têxtil no NE: inserido na desconcentração industrial


(vantagens locacionais);
⮚ Desconcentração industrial e avanço do setor terciário direcionam a urbanização pelo país;

⮚ E daí?
 Exige medidas governamentais para equilibrar o desenvolvimento;
 Globalização contribui para a fragmentação do espaço brasileiro, o que sugere medidas
governamentais para compensar as desigualdades;

d. Fatores que influenciam na concentração e desconcentração produtiva


⮚ Necessidade de mão de obra qualificada;

⮚ Acesso ao conhecimento;

⮚ Densidade da infraestrutura;

⮚ Acesso a mercados consumidores específicos ou de alto padrão;

⮚ Rede bancária evoluída;

⮚ Redução dos custos de investimento;

⮚ Abertura comercial;

⮚ Importância da logística locacional;

⮚ Proximidade com o cliente final;

⮚ Expansão da fronteira agrícola;

⮚ Incremento da atividade extrativa;

⮚ Aumento da atividade industrial;

⮚ Presença de recursos naturais;


Cap Antonio
e. Instrumentos das políticas de incentivos
⮚ Investimento em infraestrutura;

⮚ Estímulo à indústria e às pequenas e médias empresas;

⮚ Expansão do setor terciário;

⮚ Incremento de tecnologias;

⮚ E daí?
 Contribui para o desenvolvimento Regional e/ou nacional;

f. Iniciativas estatais
⮚ CODEVASF – Cia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba;

⮚ SUDENE – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste;

⮚ SUDAM – Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia;

⮚ SUFRAMA – Superintendência da Zona Franca de Manaus;

⮚ Atuação do Ministério do Desenvolvimento Regional;


Cap Antonio
Assunto 55. Amazônia: desafios para o desenvolvimento sustentável

❖ Compreender o processo de ocupação do espaço amazônico.

a. Processo de ocupação
⮚ Início da ocupação nos séculos XVI:
 Construção de fortes militares nas margens dos rios;
 O pouco povoamento era sazonal: exploradores que desbravavam o curso do rio acima,
pescadores e coletores de ervas e especiarias que faziam viagens de ida e volta;
⮚ Intensificação no Séc. XIX: Ciclo da Borracha (migração do NE);

⮚ Primeiro esforço de integração na Era Vargas (Estado Novo);

⮚ Governo JK constrói a Belém-Brasília: década de 1950;

⮚ Governos Militares → integração pelo desenvolvimento de infraestrutura


 Integrar para não entregar;
 Transporte – Transamazônica;
 Energia – Usina de Tucuruí;
 Indústria – Zona Franca de Manaus;
⮚ Ideias englobantes:
 Amazônia deixou de ser ilha com produção voltada ao exterior;
 Tem passado por forte processo de urbanização;
 Está consolidada como grande produtora da indústria mineral e de bens de consumo duráveis;

b. Ocupação atual
⮚ Investimentos em redes de circulação rodoviária: expansão das rodovias;

⮚ Melhoria do setor de telecomunicações;

⮚ Expansão urbana: atração de investimentos privados;

⮚ Melhoria das hidrovias;

⮚ Ocupação linear: segue os eixos de transporte;


 A dinâmica territorial concreta na Amazônia caracteriza-se por um padrão de ocupação linear,
ao longo dos eixos de circulação fluvial e rodoviária, separada por grandes massas florestais com
população dispersa, terras indígenas e UCs.
⮚ Migração intrarregional: sentido rural => urbano;

⮚ Ocupação produtiva:
 Arco de povoamento na borda da floresta: impulsionado pela agropecuária (base econômica da
região);
Cap Antonio
 Enclaves de extração mineral: Vale em Carajás-PA e a Alumínio Brasileiro S.A. - "Albrás",
próximo de Belém-PA;
⮚ Manaus (ZFM) e Belém: ambas com mais de 1,5 milhão de habitantes;

⮚ Sul da região: agropecuária moderna (soja e outros grãos) e expansão da agroindústria acima da
média nacional;
⮚ Norte da região: extrativismo e pecuária (Bubalinos, em Marajó, e extração de minérios na Serra
do Navio/AP e na Serra dos Carajás/PA);

⮚ E daí?
 Aprimora a exploração de recursos naturais;
 Possibilidade de gerar óbice: aumento dos problemas sociais e ambientais (urbanização
desordenada);
 Ocupação é reflexo de interesses econômicos variados;
c. Ações estatais de incentivo à ocupação e à economia
⮚ Zona Franca de Manaus (ZFM):
 Regime diferenciado de incentivos fiscais e tarifação;
 Estimula a presença de empresas: eletrodomésticos e veículos;

⮚ Projeto Calha Norte - 1985


 Possui como objetivos estratégicos:
 O aumento da presença do Poder Público;
 A melhoria da infraestrutura nas áreas de defesa, educação, esporte, segurança pública,
saúde, assistência social, transportes e desenvolvimento econômico.
 Promove a ocupação e a estruturação de uma faixa de fronteira no extremo norte do país;
 Abrange mais de 70% do território nacional;
 Cooperação junto aos Pelotões Especiais de Fronteira;
 Contribui para a manutenção da soberania nacional, a integridade territorial e a promoção do
desenvolvimento ordenado e sustentável na sua área de atuação.

⮚ Programa Grande Carajás – Década de 1970


 Constituí em um dos maiores programas de exploração mineral do mundo;
 Também compreende projetos de produção agrícola e de produção energética, que também
inclui infraestruturas logísticas e de comunicação em uma imensa região do meio-norte brasileiro.
 Mina de Carajás: considerada a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo;
 Estrutura: Projetos agropecuários e de assentamento, construção de cidades, da Estrada de
Ferro Carajás, do sistema portuário de Porto de Ponta da Madeira, da usina de Tucuruí e incentivos à
siderúrgicas e metalúrgicas;
Cap Antonio

❖ Analisar a importância estratégica da Amazônia nos contextos nacional e internacional.

⮚ Campo Político:
 Cerca de 55% do território nacional;
 Fronteira terrestre com outros países → segurança nas fronteiras;
 Demarcação de terras indígenas → grandes áreas com pouca presença do Estado: mais de 400
Tis representado 23% do território nacional;
 Amazônia vai além do Brasil → OTCA;
 A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) é uma organização
intergovernamental, formada por oito países amazônicos: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana,
Peru, Suriname e Venezuela, que assinaram o Tratado de Cooperação Amazônica (TCA), tornando-se o
único bloco socioambiental da América Latina.
 Discurso internacional sobre a Amazônia → Securitização da Região → Ameaça a soberania;
 Isolamento dos centros de poder político e econômico: dificuldade de controle → circulação
política deficitária;
 Segurança nacional afetada pelos crimes transnacionais: tráfico de drogas, de animais
silvestres, biopirataria, atuação de ONGs;
⮚ Campo Econômico:
 Menor participação no PIB nacional, cerca de 8%;
 Disponibilidade hídrica (o Brasil detém 12% de toda a reserva de água doce mundial e mais da
metade está na Amazônia);
 Recursos estratégicos: ferro, alumínio, ouro;
Cap Antonio
 Reservas de nióbio (utilizado na indústria aeroespacial): 98% mundial no Brasil;
 Polos industriais (ZFM): atrativo ocupacional → mas a industrialização ainda é baixa;
 Reservas de combustíveis fósseis: Gás Natural e Petróleo → Região de Urucu e Coari;
 Desde 2009, o gasoduto Urucu-Coari-Manaus opera interligando a província petrolífera à
capital do Amazonas, totalizando 663 quilômetros de extensão. O gasoduto tem capacidade de transportar
até 5,5 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, desde Urucu até a capital do Amazonas.
 Possui uma rica biodiversidade → variedade de produtos para patentes → indústria
farmacêutica, cosmética, nutricional (açaí, cupuaçu, andiroba, castanha do Pará, buriti) → biopirataria;
 Extrativismo:
 Açaí, Castanha do Pará, Madeira, Borracha;
 Agropecuária:
 Potencial pecuário: ausência de geadas e pela relativa abundância e distribuição de chuvas;
 Expansão da fronteira agrícola: sul Amazônia Legal;
 Nova fronteira agrícola na região do MATOPIBA;
 Soja → cerca de 1/3 da produção nacional → Exporta para a Ásia e Europa;
 Milho → Mato Grosso e Pará;
 Mandioca → Pará;
 Pecuária de bovinos: em expansão → grande participação nacional: O Mato Grosso é
responsável pela maior produção de gado bovino do Brasil;
 Búfalos na Ilha do Marajó;
 Busca pela modelo sustentável;
 Transportes:
 Hidrovias → Rio Solimões-Amazonas, Tocantins;
 Baixa capilaridade de rodovias e de ferrovias;
 Energia:
 Significativo potencial hidroelétrico, o que poderia contribuir com abastecimento energético
nacional. Porém, deve-se considerar as questões ambientais;
 1% da produção nacional de petróleo, 10% de gás e 0% de carvão;
 Eletricidade:
 Predomínio de hidrelétricas e termoelétricas (gás + óleo diesel);
 20% da geração elétrica total do país → 30% da geração hidrelétrica do país;

⮚ Campo Psicossocial:
 Cerca de 10% da população nacional;
 Baixa densidade populacional: vazios demográficos;
 Migração rural-urbano → intrarregional: acompanha eixos de transporte;
 Baixa qualidade de vida, principalmente área rural (ribeirinha): miséria, educação deficiente;
 Infraestrutura sanitária e de saúde precárias;
 Dificuldade de acesso e de movimentação → Isolamento de populações locais;
 População indígena → preservação cultural (características próprias);
 Possibilidade de aproveitamento do ecoturismo;
 Tensões agrárias principalmente no leste do Pará →

⮚ Campo Militar
 Organizações militares na fronteira → Pelotões de Fronteira;
Cap Antonio
 CMN: Comando Militar do Norte, CMA: Comando Militar da Amazônia e CMO: Comando
Militar do Oeste (MT+MS);
 Apoio sanitário: Operação Acolhida;
 Instrução: Curso de Guerra na Selva;
 Aumento de tropas na região: novas Unidades das FAs – Btl e Pel Fron EB;

⮚ Campo da Ciência e Tecnologia


 Publicações universitárias muito pequenas;
 Pesquisadores e doutores concentrados em Belém e em Manaus, mas em níveis bem abaixo do
restante do país;
 Biotecnologia;
 Busca pela sustentabilidade ambiental;

a. No contexto internacional
 1/3 das florestas tropicais;
 Grande reserva de biodiversidade => grande potencial para o desenvolvimento da
biotecnologia.
 Localização estratégica na geopolítica no subcontinente sul-americano;
 Pressões pelas questões ambientais;
 E daí?
 Significativa valorização da região do ponto de vista de sua inserção internacional;
 Exerce influência nas ações do Estado: Alteração na essência dos projetos de infraestrutura e
de produção para conservação do meio ambiente;
 Desenvolvimento sustentável;

b. Projetos para a preservação do meio ambiente


⮚ SIPAM: Sistema de Proteção da Amazônia;
 Promover a proteção e o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal;
⮚ Projeto Rondon;
 O Projeto Rondon foi reativado em 2005, funcionando até os dias atuais de forma ininterrupta,
beneficiando municípios no interior de diversos estados do País, com prioridade para as Regiões Norte e
Nordeste, enviando professores e alunos universitários de diferentes áreas do conhecimento, que
propõem soluções para superação de demandas locais.
⮚ Projeto Calha Norte
 Aumento da presença do Poder Público, melhoria da infraestrutura e desenvolvimento
econômico;
⮚ Satélite Amazônia 1: monitoramento de crimes ambientais, em especial o desmatamento ilegal;

⮚ Programa Mais Luz para a Amazônia;

⮚ SISFRON: Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras;

c. A questão ambiental
Cap Antonio
⮚ Interesse na biodiversidade:
 Reserva de capital natural;
⮚ Disputas pela apropriação e controle de recursos naturais;

⮚ Maior organização da sociedade civil;

⮚ Presença de ONGs (Green Peace) e corredor “Triplo A” (Andes, Amazônia e Atlântico);

⮚ Constituição de áreas protegidas → Terras indígenas e unidades de conservação;

⮚ Aquecimento global: a queima e o corte das florestas contribuem para a emissão dos GEE =>
aumento da temperatura → Relação com o Acordo de Paris (2015: conter o aumento do aquecimento
global);
⮚ Obtenção de área para atividade agropecuária → desmatamento;

⮚ Contaminação dos aquíferos → Aquífero Alter do Chão: maior aquífero do mundo em volume de
água disponível;
⮚ Monocultura comercial (soja): pode provocar a exaustão do solo;

⮚ Adubação do solo e combate às pragas sem o manejo correto → os compostos químicos presentes
nos fertilizantes e nos pesticidas podem causam a contaminação de rios, lagos e lençóis freáticos;
⮚ Impactos sociais;

⮚ Efeitos da mecanização: compactação do solo → redução da produtividade;

d. Óbices da região
⮚ Controle da biopirataria, do contrabando, do tráfico de armas e de pessoas;

⮚ Deficiência na infraestrutura de transportes;

⮚ Mobilidade transfronteiriça;

⮚ Iniciativas de integração física regional (IIRSA): Necessidade de reavaliação, aprimorando os


projetos em benefício da região e não somente ao serviço dos mercados globais;
⮚ Dificuldades âmbito OTCA:
 A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) apresenta dificuldades para
implementar seu Plano Estratégico;
 Legislação ambiental diverge de país para país, dificultando iniciativas de gestão ambiental em
áreas de fronteira (Ex.: Gestão dos recursos hídricos no tríplice fronteira de Brasil/Peru/Colômbia;

⮚ E daí?
 Demandam ações com outros países amazônicos;
Cap Antonio
e. Ações governamentais para promover a integração da Região Norte com o país
⮚ Pavimentação da BR-163, Cuiabá-Santarém;

⮚ Pavimentação e a manutenção da BR-230, Transamazônica;

⮚ Concessões para conclusão da ferrovia Norte-Sul;

⮚ Conclusão das eclusas de Tucuruí: Ligação de Barra do Garças-MT a Belém-PA;

⮚ Operação da hidrovia Tocantins-Araguaia;

⮚ Operação da hidrovia do rio Madeira com conexão com a BR-364;

⮚ Construção e operação de Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte (IP4);

⮚ Ampliação da infraestrutura portuária na região;

⮚ BR do Mar: incentivo a cabotagem no Brasil;

f. Ideias englobantes
⮚ O vasto território, com tamanha biodiversidade e recursos estratégicos, atrai a atenção das
grandes potências mundiais diante da atual securitização do meio ambiente;
⮚ Desafios ao planejamento estatal brasileiro: interesses da geopolítica, questão ambiental, gestão
dos recursos naturais e da biodiversidade;
⮚ Grande desafio: equilibrar as oportunidades econômicas (intensificação da produção) com
desenvolvimento sustentável (conservação do meio ambiente, distribuição de renda e melhoria das
condições de vida);

Assunto 56. O dinamismo do Centro-Sul

❖ Analisar o papel do Centro-Sul nas expressões do Poder Nacional.


Cap Antonio
⮚ Expressão política
 Território:
 Complexo regional formado pelas Regiões Sul, Sudeste (com exceção do norte de Minas
Gerais), Centro-Oeste (com exceção do norte do Mato Grosso) e o extremo Sul do Tocantins;
 Concentra as principais áreas vitais do Brasil;
 Cerca de 25% do território nacional;
 Organização político-administrativa:
 Centro político-administrativo do Brasil: Brasília;
 Capacidade de influência nacional:
 Concentra os municípios mais desenvolvidos e apresenta as duas maiores metrópoles: São
Paulo e Rio de Janeiro;
 Coração do país;
 Ligações e Circulação Política:
 O Centro-Sul é o complexo regional brasileiro que apresenta as melhores ligações políticas
do País, decorrentes de uma infraestrutura de transporte mais robusta e do melhor acesso à internet;
 Lideranças políticas:
 A grande maioria dos presidentes brasileiros nasceram no Centro-Sul, ratificando esta região
como um importante berço da liderança política nacional;
⮚ Expressão econômica
 Atividade industrial:
 Base da industrialização do Brasil: Era Vargas e JK;
 Grande São Paulo → maior parque industrial da América Latina;
 Eixo Rio - São Paulo - Belo Horizonte → maior concentração industrial do país;
 EMBRAER: centro de excelência e pesquisa;
 Indústrias siderúrgicas: CSN;
 Principais refinarias de petróleo;
 Maior concentração da indústria automobilística e da rede de concessionárias;
 Desconcentração industrial das grandes metrópoles → avanço para o interior. Ex.: Resende
(Nissan);
 CAI em Chapecó/SC (aves e suínos) e Cascavel/PR (soja, aves e suínos);
 Queda do peso da indústria no PIB nos últimos anos: competição chinesa, oscilações
cambiais, queda na competividade e na produtividade, falta de inovação, Custo Brasil; →
desindustrialização
 Agropecuária:
 Destaque para a produção da soja → exportação para a China;
 Crescimento do Agronegócio: Centro-Oeste;
 Modernização da agricultura: existência dos complexos agroindustriais e melhoria
tecnológica;
 Biotecnologia → EMBRAPA;
 São Paulo: é o maior produtor de laranja e cana de açúcar;
 Ascensão das commodities agrícolas: aumento da demanda alimentar no mundo;
 Erva-mate no sul do país; café, arroz, laranjas, soja;
 Aves, porcos, ovinos e bovinos;
 Transporte e integração:
 Boa malha ferroviária e extensa rede de estradas: maiores do país;
Cap Antonio
 Melhor integração e base logística no território nacional: principais portos e aeroportos;
 Transporte público mais eficiente, rede integrada de transportes (Metrô), rodízio de placas
em SP;
 Poluição, acidentes, estresse, tempo perdido na produção;
 Mercado de trabalho mais diversificado do país. Porém, atravessa perda de postos de trabalho
na indústria (grandes parques industriais e setor automobilístico);
 Maior mercado consumidor do Brasil;
 PIB:
 cerca de 77% do PIB nacional;
 O estado de São Paulo responde sozinho por cerca de 30% do PIB brasileiro;
 SP + RJ + MG: mais da metade do PIB;
 Energia:
 Grande disponibilidade na região: renováveis e não-renováveis;
 Contribuiu para a concentração industrial;
 Importantes usinas: Itaipu (Paraná), Angra I e II (nuclear – Rio de Janeiro), Ilha Solteira e
Furnas (São Paulo) e Três Marias (MG);
 Petróleo do Pré-Sal: Bacia de Campos, Santos e do Espírito Santo;
 96% da produção nacional de petróleo, 82% de gás e 100% de carvão (Região Sul);
 Eletricidade:
o Predomínio de hidrelétricas e termoelétricas (biomassa: bagaço da cana);
o 55% da geração elétrica total do país → 60% da geração hidrelétrica do país, 65% da
geração termelétrica e 100% da geração de energia nuclear;
 Comunicações:
 Concentração industrial no Sudeste demandou o aumento do setor de comunicações;
 Desenvolvimento de redes de fibra óptica, internet, redes de telefonia móvel e bancária;
 Setor terciário:
 O setor terciário engloba turismo, serviços públicos, corretagem de imóveis, hospitais,
restaurantes, escolas e atividades financeiras em geral. Os profissionais que exercem tais atividades, o
fazem de modo a oferecerem um serviço útil ao consumidor, e não um produto final.
 Turismo, Praias, Pontos turísticos, Cidades históricas, Pantanal;
 Recursos Naturais:
 Ferro e manganês (Quadrilátero ferrífero: MG);
 Petróleo (Bacia de Campos: RJ);
 Água doce: Aquífero Guarani → águas subterrâneas (se estende do Mato Grosso até o Rio
Grande do Sul na sua porção localizada em território brasileiro);
 Mão de obra:
 Especializada (indústria);
 Fortalecimento dos Sindicatos (ABCD Paulista);
 Comércio:
 Forte exportação de commodities;

⮚ Expressão psicossocial
 População:
 Cerca de 60% da população do país;
 Região mais densamente povoada do Brasil;
 Predominantemente Urbana (mais de 80%);
Cap Antonio
 Grande metrópole nacional: São Paulo;
 Metrópoles nacionais: Brasília e Rio de Janeiro;
 Melhores taxas de expectativa de vida;
 Migrações:
 Área de atração migratória → migrantes do Norte e Nordeste (Século XX) → Melhor
qualidade de vida, ofertas de trabalho e expansão agrícola;
 Migração de retorno (Centros urbanos saturados) → Desconcentração industrial;
 Padrão de Vida
 Mão de obra mais valorizada, aumento do consumo e melhora da qualidade de vida;
 Maior IDH do país e maior renda per capita;
 Turismo
 Potencial de exploração do turismo: Sul, Praias do RJ, SP e SC (nível mundial);
 Trabalho
 Melhores oportunidades de trabalho;
 Principais polos industriais;
 Setor terciário tem se desenvolvido nos grandes centros;
 Desconcentração industrial rumo ao interior, propiciando melhores condições de trabalho
em regiões mais afastadas dos grandes centros;
 Circulação Social:
 A integração da região (modais de transporte) favorece o fluxo de circulação de pessoas →
diversificação cultural;
 Prejudicada nos grandes centros → Saturação → Engarrafamentos;
 Sistema de transporte coletivo integrado. Ex.: bilhete único;
 Habitação
 Favelas nas grandes metrópoles e crescimento horizontal desordenado (dificuldade de
mobilidade urbana);
 Saúde
 Fiocruz e Instituto Butantã (Coronavac);
 Melhores índices de acesso à saúde pública e privada;
 Mobilidade social
 Parque industrial do Sudeste criou oportunidades de ascensão por ofertas de emprego;
 Desequilíbrios sociais
 Decorrente da concentração industrial;
 Crime Organizado - Facções (PCC, CV e ADA);
 Instrução e educação
 Maior oferta de educação: Infantil, básica e superior;
 Maiores centros universitários do país => Formação de tecnopolos;

⮚ Problemas Urbanos:
 Falta de esgoto sanitário;
 Deficiência na oferta de saúde pública;
 Problemas na coleta de lixo;
 Aumento do tráfico de drogas;
 Déficit habitacional;
 Crise na segurança pública;
 Alta densidade populacional;
Cap Antonio
 Especulação imobiliária;
 Oferta insuficiente de transportes de massa;
 Enchentes nas áreas metropolitanas;
 Aumento do número das pessoas em situação de rua;
 Grandes congestionamentos;
 Poluição do ar;

⮚ Expressão militar
 Imagem das Forças:
 Apoio às enchentes e desmoronamentos (Região Serrana do Rio de Janeiro) => aumento da
credibilidade e da confiabilidade;
 Ensino, pesquisa e instrução militar:
 IME, AMAN, ECEME, ITA;
 Capacidade Logística:
 A região possui uma infraestrutura de transportes mais consolidada, apresentando um
transporte intermodal avançado para a média nacional, o que facilita o apoio logístico militar;
 Muito boa capacidade de realizar as funções suprimento e manutenção;
 Efetivo:
 Maior efetivo de militares do Brasil;
 Concentra o poder naval dissuasório do Brasil;
 Comunicações:
 Comunicações favorecidas pela estrutura material e tecnológica;
 Adestramento e mobilização:
 Realização de Exercícios e Grandes Eventos;
 Estrutura Militar:
 Sede do Ministério da Defesa e presença significativa das três forças (Exército, Marinha e
Aeronáutica);
 Moral militar:
 Presença de OMs com participação na II GM, contribuindo para a consolidação dos valores
militares e do prestigio junto à população;

⮚ Expressão Científica e Tecnológica:


 Educação
 Maior concentração de mestrados e doutorados do país (SP+RJ);
 Concentra o maior número de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia: IME, ITA, USP
e UNICAMP;
 Comunicações
 Realização da maior feira de Defesa e Segurança da América Latina, a LAAD, expondo os
produtos nacionais para o exterior;
 Nível de Pesquisa e Desenvolvimento
 Maior nível de P&D do país;
 Apresenta instituições entre os 3 maiores de depositantes brasileiros de patentes no ranking
do INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial;
 Recursos naturais → diversidade mineral
 Ferro, bauxita, manganês, estanho, nióbio (Araxá-MG);
Cap Antonio
 Tecnologias críticas
 Nuclear: Enriquecimento do urânio para a produção de energia elétrica;
 Biotecnologia: Embrapa;
 Dinâmica produtiva
 As principais industrias da Base Industrial de Defesa estão na região: Embraer, Helibrás,
Avibras, Taurus, Imbel;
 Infraestrutura científica e tecnológica – estrutura de produção
 Tecnopolo: reúne grandes empresas, universidades, laboratórios, centros de pesquisa,
institutos, além de uma mão de obra extremamente qualificada, voltados para atividades de pesquisa e
desenvolvimento (P&D);
o São José dos Campos (SP): importante tecnopolo de material bélico, metalúrgico e sede
do maior complexo aeroespacial da América Latina. Presença importante do ITA (Instituto de Tecnologia
Aeronáutica) e da empresa Embraer;
o Campinas (no interior de SP): concentra laboratórios tecnológicos da Unicamp
(Universidade de Campinas), empresas de tecnologia de ponta, incubadoras e parques industriais.
(Motorolla, Dell, IBM).
o Blumenau (SC): destaque para a área de desenvolvimento de softwares (cibernética).

⮚ Ideias englobantes
 Base da economia nacional: maior potencial financeiro baseado nos três setores econômicos
(primário, secundário e terciário) → Economia mais diversificada;
 Maior índice de aproveitamento de terras para agricultura e pecuária do Brasil;
 Elevadas taxas de urbanização e industrialização → Maior parte PIB nacional (cerca de 77%);
 Abarca as principais ferrovias e rodovias do País;
 Presença dos tecnopolos brasileiros;
 Concentração dos efetivos e dos estabelecimentos de ensino militares;
 Melhores Universidades do País e do mundo;

Assunto 57. O Nordeste Brasileiro

❖ Analisar o papel do Nordeste Brasileiro nas expressões do Poder Nacional.

⮚ Expressão Política
 Território
 Cerca de 20% do território nacional: potencial de exploração de riquezas naturais (Biomas:
caatinga, cerrado e mata atlântica);
 Maior litoral do país: detém mais 3 dos 7 mil km de faixa litorânea;
 Partidos políticos:
 Predominam os de esquerda → tem força no Senado (9 estados);
 Segurança pública:
 Solicita apoio federal repetidamente → Greves das Polícias Militares;
 Estados com elevadas taxas de homicídios: BA, CE, PE e SE => Baixo nível de segurança
proporcionado à sociedade;
Cap Antonio
 Áreas vitais ou estratégicas:
 Posição estratégica, com ampla costa (Base de Lançamento de Foguetes em Alcântara –
MA) e Saliente Nordestino (proximidade Europa e África);
 Políticas de Governo:
 Transposição do Rio São Francisco;
 SUDENE: Catalisa as potencialidades locais;
 CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale do Rio São Francisco);
 Operação Carro Pipa: Exército Brasileiro e Ministério da Integração Nacional;
 Programa de auxilio social, como o Auxilio Brasil ou Bolsa Família: quase 50% do número
de beneficiários do país;
 Bolsa Estiagem: auxílio financeiro pago a agricultores familiares que residam em
municípios de situação de emergência ou calamidade pública;
 Garantia Safra: garantir condições mínimas de sobrevivência aos agricultores familiares que
perderem a safra;
 Linha de crédito, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE);
 Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR): desenvolvimento sustentável e
redução de desigualdades econômicas e sociais;
 Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE): seis eixos estratégicos;

Figura: Eixos estratégicos do PRDNE

⮚ Expressão econômica
 PIB:
 Cerca de 15% do PIB nacional;
 Mercado Interno:
 Matérias-primas, frutas (Petrolina), têxtil, cana-de-açúcar;
 Mercado Externo:
 Soja, milho e algodão (MATOPIBA);
 Indústria:
Cap Antonio
 Aumento na capacidade industrial → mão-de-obra abundante e de baixo custo, incentivos
fiscais, proximidade com as fontes de matéria-prima → participação ativa na desconcentração
industrial do país;
 Polo Industrial de Camaçari/BA: empresas químicas e petroquímicas;
 Centro Industrial de Aratu/BA;
 Polo Automotivo de Pernambuco: Jeep;
 Porto Digital de Recife: indústria de softwares;
 Vale do Rio São Francisco: Agroindústria;
 Ceará: indústria têxtil e de calçados;
 Mais de 50% da produção de calçados do Brasil;
 Agroindústria na região de MATOPIBA;
 Comunicação:
 Aumento do número de cidades atendidas pela fibra óptica (eixo Fortaleza-Porto Alegre);
 Cabos submarinos → conexão Fortaleza com o Continente Americano, Europa e África;
 Pecuária:
 Destaque para o rebanho de caprinos e ovinos → BA, PE, PI e CE; → BA cerca de 1/3 do
rebanho nacional de caprinos;
 Aquicultura:
 Grandes polos na produção de peixes e crustáceos (CE, BA, RN) → CE maior produtor
nacional de camarão e lagosta;
 Mercado:
 Ampliação no mercado consumidor por meio dos programas sociais → aumentaram poder
de compra da região, apesar da baixa renda per capita;
 Segundo maior mercado consumidor: cerca de 24% da PEA brasileira;
 Cidades e Regiões mais dinâmicas:
 Salvador, Recife, Fortaleza, Região do Vale do Rio São Francisco e MATOPIBA;
 Energia:
 A região Nordeste é líder em energias renováveis → eólica e solar;
 Eólica: Ceará e Ventos do Araripe (PI e PE);
 Hidrelétricas: Sobradinho/BA, Xingó/AL, Paulo Afonso/BA (Rio São Francisco);
 Solar: Parque São Gonçalo e Nova Olinda (PI) e placas sobre a água em Sobradinho
(experimental);
 Ondas: Porto do Pecém/CE (experimental);
 Petróleo e gás natural:
o Bahia → Complexo Petroquímico de Camaçari;
o RN → maior produtor de petróleo em terra no Brasil;
 Urânio: Caetité/BA => única mina de urânio atualmente em atividade no Brasil;
 3% da produção nacional de petróleo, 8% de gás;
 Eletricidade:
o Destaque para a produção de energia pelas fontes eólica e solar;
o 25% da geração elétrica total do país → 90% da geração elétrica eólica do país, 70% da
geração solar;
 Agricultura:
 Cana-de-açúcar é o principal produto (AL, PE, PB);
 Soja, milho e algodão (MATOPIBA);
 Cacau: BA
Cap Antonio
 Fruticultura irrigada:
o Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), com uva, goiabas e manga → Exportadas pelo aeroporto
de Petrolina/PE;
o CE: melão, manga e melancia;
o RN: melão;
 Transportes:
 Corredor Nordeste → dois eixos centrais: Eixo São Luís e Eixo Salvador;
 Principais Portos: Itaqui/MA, Salvador/BA, Pecém/CE, Suape/PE, Aratu/BA, Ilhéus/BA;
 Principais aeroportos: Salvador, Recife, Fortaleza, Natal;
 Leilões de aeroportos realizados entre 2019 e 2021 (Recife/PE e Maceió/AL);
 Principais Estradas: BR-101, BR-116, BR-135, BR-230 e estaduais duplicadas (CE 040);
 Ferrovias: Parcialmente acabadas, em obras ou processo de autorização no TCU →
Transnordestina (Suape-Pecém-Eliseu Martins/PI), FIOL (Ilhéus-Ferrovia Norte-Sul), Norte-Sul (espinha
dorsal do sistema ferroviário brasileiro quando concluída, cortará o Maranhão);
 Aumento da circulação econômica:
 Mão de obra e terras mais baratas → desconcentração industrial do Sudeste;
 Migrações de retorno → força de trabalho;
 Integração Nacional: estradas e ferrovias;
 Novas tecnologias agrícolas: irrigação por gotejamento;
 Ações governamentais;
 Capital:
 Estatal: investimento do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento),
SUDENE, CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba);
o Desenvolver a região de forma integrada e sustentável, contribuindo para a redução das
desigualdades sociais e econômicas entre as regiões brasileiras;
 Privado Interno (Empresas Nacionais): Queiroz Galvão setor petrolífero na BA, OAS,
Odebrecht;
 Privado Externo;

⮚ Expressão Psicossocial
 População
 30% da população nacional;
 Expectativa de vida: menor que a média brasileira (77 anos)
 Menor IDH do Brasil;
 Movimentos sociais
 Grande foco de tensões agrárias
⮚ Educação
 Maior taxa de analfabetismo país;
⮚ Saúde
 Condições médico-sanitárias abaixo da média nacional, principalmente no Agreste no
Sertão;
 Mais de 70% da população ainda carece de coleta de esgoto;
 Baixo índice de acesso à água potável;
Cap Antonio
⮚ Habitação
 Maior déficit habitacional do país;
⮚ Turismo
 Grande potencial de exploração → praias;
⮚ Costumes
 Identidade cultural do povo nordestino: ligação com o interior (sertão);

⮚ Expressão militar
 Imagem das Forças:
 Condução da Operação Caminhão Pipa - Integração do EB com a população;
 Ensino, pesquisa e instrução militar:
 Nova Escola de Sargentos que será construída em PE
 Efetivo:
 Efetivo concentrado principalmente no litoral;
 Existência de distritos navais;
 Existência de comando aéreo regional (Comar) e bases aéreas;
 Comunicações:
 Comunicações favorecidas pela estrutura material e tecnológica;
 Cabos submarinos → conexão Fortaleza com o Continente Americano, Europa e África;
 Adestramento e mobilização:
 Realização de Exercícios e Grandes Eventos;
 Capacitação em ambiente de caatinga;
 Terreno
 O saliente nordestino situa-se no ponto de estrangulamento entre o Atlântico Norte e Sul e
mantém uma posição relativamente próxima da África e da Europa, constituindo-se, portanto, em uma
plataforma significativa para projeção de poder naval ou aéreo;

⮚ Expressão Científica e Tecnológica


 Infraestrutura científica e tecnológica:
 Tecnopolo Porto Digital em Recife-PE → parque tecnológico e de inovação → softwares.
serviços de tecnologia da informação e internet das coisas;
 Tecnologias críticas
 Aeroespacial: Centro de Lançamento de Alcântara – MA;
 Cibernética: Porto Digital;
 Educação
 Baixo índice de doutores e mestres;
 Comunicações
 Fortaleza como o eixo de integração entre o Brasil e o mundo por meio de cabos
submarinos, o que atrai empresas de comunicações para a região, a exemplo de empresas responsáveis
por servidores. Esse fato otimiza a velocidade e a qualidade da internet no país.
 Nível de pesquisa e desenvolvimento
 Apresenta instituições entre os 10 maiores de depositantes brasileiros de patentes no ranking
do INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial;
Cap Antonio

UD 15 - INFRAESTRUTURA NO BRASIL
Assunto 58. O sistema energético

❖ Analisar a constituição da matriz energética brasileira e sua importância estratégica para o


desenvolvimento do País.

IDEIAS PARA A INTRODUÇÃO

1. Infraestrutura é uma área vital para o desenvolvimento socioeconômico de um país;

2. É formada pelos serviços de saneamento, transporte, energia e telecomunicação (Redes de


Informação);
3. Todos contribuem para a integração nacional. Favorece o desenvolvimento do País;

4. Caracterização de espaço:

o País continental e marítimo, com cerca de 8,5 milhões de km2 e 7,5 mil km de litoral;

o 5º maior país do mundo em extensão territorial;

5. Matriz Energética: Conjunto de fontes disponíveis (renováveis e não-renováveis) em um país


para suprir a necessidade de energia;
6. Matriz elétrica: Conjunto de fontes disponíveis apenas para geração de energia elétrica;

7. Energia renovável: Proveniente dos recursos naturais que são reabastecidos espontaneamente e
com relativa rapidez: Solar, eólica, chuva, marés e energia geotérmica;
8. Energia não renovável: Proveniente do recurso energético que, depois de utilizado, não pode
ser regenerado pelo ser humano ou pela natureza em um prazo útil – Combustíveis fósseis (Petróleo, Gás
Natural, Gás Xisto, Carvão Mineral) e elementos radiológicos (energia nuclear – Urânio, Plutônio, Césio,
etc);

A MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA – Cerca de 45% renovável


1. Fontes não renováveis:
a. Petróleo - Cerca de 34%;

b. Gás Natural - Cerca de 13%;

c. Carvão Mineral – Cerca de 6%;

d. Nuclear – Cerca de 1%;

2. Fontes renováveis:
a. Biomassa - Cerca de 16%;

b. Hidráulica - Cerca de 11%;

c. Carvão Vegetal – Cerca de 9%;


Cap Antonio
d. Eólica – Cerca de 2%;

e. Solar - Cerca de 0,5%;

f. Energia das ondas – Porto do Pecém (1ª usina da América Latina);


g. Energia maremotriz – Altura das marés (incipiente no Brasil – alto custo);

E daí? Apresenta uma das matrizes energéticas mais sustentáveis do mundo (cerca de 45% de fontes
renováveis) - Favorecendo o desenvolvimento nacional;

PRINCIPAIS SETORES CONSUMIDORES DE ENERGIA


1. Transporte - Cerca de 32%;

2. Indústrias - Cerca de 32%;

3. Residências - Cerca de 11%;

4. Setor energético - Cerca de 10%;

5. Agropecuária - Cerca de 5%;

 "Setor energético" representa as indústrias que transformam energia primária em energia


secundária (por exemplo, a transformação do petróleo nas refinarias) e esse processo também consome
energia. Reveja esses conceitos em Formas de Energia e sobre a cadeia do petróleo em O que são
combustíveis.
Cap Antonio

E daí?

✔ Setor de transporte e o industrial consomem cerca de 65% de toda a energia gerada no país;

✔ Consumo per capita brasileiro é 7,5 vezes menor que o norte-americano e 3 vezes menos que o
europeu (UE) e o chinês;

✔ Ao mesmo tempo em que tem grande consumo nos transportes, o Brasil consome grande volume
de biocombustíveis - Mais limpos que o petróleo;

Consumo de energia no setor de transportes


1. Óleo Diesel - 45%;

2. Gasolina - 26%;

3. Etanol - 17%;

4. Biodiesel - 5%;

E daí?

✔ Expressiva participação de energia oriunda de fontes renováveis (etanol e biodiesel). Contribui para
protagonismo brasileiro em fóruns sobre mudanças climáticas;

✔ Elevada utilização de fontes renováveis (etanol e biodiesel). Contribui para o desenvolvimento do


Brasil de forma sustentável;
Cap Antonio
A MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL – Cerca de 80% renovável
1. Hidrelétrica - 53%;
2. Gás natural - 13%;
3. Eólica - 11%;
4. Biomassa - 8%;
5. Derivado do Petróleo – 4%
6. Carvão – 3%
7. Solar – 3%;
8. Nuclear – 2%

E daí?
✔ Óbices das fontes renováveis: poluição visual e deslocamento da fauna e da flora;

✔ A matriz elétrica tem importância estratégica, contribuindo para o desenvolvimento do País;

✔ Governo tem tomado medidas para diversificar sua matriz elétrica, reduzindo a dependência da
hidroeletricidade (sazonal);

✔ Matriz elétrica constituída predominantemente por fontes renováveis, reforçando o desenvolvimento


sustentável do país;

SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN)


1. Sistema hidro-termo-eólico;
Cap Antonio
o A geração do SIN é composta, principalmente, por usinas hidrelétricas distribuídas em
dezesseis bacias hidrográficas nas diferentes regiões do país.

o A instalação de usinas eólicas, principalmente nas regiões Nordeste e Sul, apresentou um


forte crescimento, aumentando a importância dessa geração para o atendimento do
mercado.

o As usinas térmicas, em geral localizadas nas proximidades dos principais centros de carga,
desempenham papel estratégico relevante, pois contribuem para a segurança do SIN.

2. Predominância de usinas hidrelétricas;

3. Constituído por quatro subsistemas - Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da


região Norte;
4. Roraima ainda não está integrada.

o O estado de Roraima passou a ser abastecido por usinas termelétricas a diesel desde março
de 2019, após a suspensão do fornecimento de energia pelo Linhão de Transmissão de
Guri, da Venezuela. As usinas térmicas são responsáveis por quase 100% do fornecimento
de energia elétrica em Roraima. A Usina Hidrelétrica de Jatapu, situada no município de
Caroebe, contribui em apenas 0,35%.

5. Permite a gestão dos estoques de água armazenada nos reservatórios das usinas hidrelétricas.
Assegurar o atendimento futuro;

E daí?

✔ Favorece a integração nacional - Contribui para o desenvolvimento do País;

✔ Integração dos recursos de geração e transmissão permite o atendimento ao mercado com


segurança e economicidade;

AS FONTES NÃO-RENOVÁVEIS NO BRASIL


Petróleo:
 Uso em transporte e termelétricas;

 Bacias de petróleo:

o Pré-Sal (Bacias de Campos e Santos);

o Recôncavo Baiano (Camaçari);

o Bacia de Urucu (Amazonas);

 Megaleilão em 2019 da Bacia de Santos – China;

o A Petrobras, que terá 90% da participação, apresentou oferta em consórcio com as estatais
chinesas CNODC e CNOOC, ambas com 5%.

Gás Natural:
 Mercado em expansão no Brasil;
Cap Antonio
 Dependência externa:

o Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol): 20% da demanda de gás brasileira;

 Campo do Azulão em Silves – Amazonas;

 Não-renovável e emite menos dióxido de carbono e outros poluentes comparado com outros
combustíveis fósseis;

o Ainda que a queima de gás natural gere menos gases de efeito estufa em comparação com
outros combustíveis fósseis, ele ainda os gera em um volume que inviabiliza os objetivos
do Acordo de Paris até o final do século. Outro problema é o vazamento de metano, um
potente gás de efeito estufa, à atmosfera.

 Desafio: Aumentar a infraestrutura de transporte (dutos);

 Incentivo do governo termelétricas a gás - Atendimento a demanda ambiental;

 PPT (Programa Prioritário Termeletricidade - 2000) - Investimento do governo em termelétricas


movida a gás natural;

 Formas de uso: Residencial, geração de eletricidade e no setor de transporte;

Carvão mineral:
 Pouca, baixa qualidade e no Sul do País;

 Jazidas no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina - Maior produção de carvão (Vale do rio
Tubarão);

 Formas de uso: Prioritariamente para siderurgia e para geração de eletricidade (alternância com
hidrelétricas);

Nuclear:
 A maior rentabilidade por grama de combustível;

 Reservas significativas de urânio. O Brasil possui uma das maiores reservas de urânio do mundo. A
resistência ocorre devido a questão ambiental e possíveis acidentes;

 Acordo com a Alemanha (1975) - Uso pacífico;

 Construção das usinas Angra I e Angra II;

 Extração em Caetité – Bahia e Santa Quitéria - Ceará;

 Enriquecimento de urânio em Resende – Indústrias Nucleares do Brasil (INB);

 Inauguração da 8ª cascata de ultracentrífugas na INB (2019);

Xisto Betuminoso
 EUA possui a maior reserva, o Brasil possui a segunda maior (Paraná)
Cap Antonio

AS FONTES RENOVÁVEIS NO BRASIL


 Conhecer quais são as fontes alternativas de energia é importante para entender como a matriz
elétrica do Brasil pode ser expandida e deixar de ser tão dependente das hidrelétricas e termelétricas.

 Projetos de energia limpa, como eólica, solar e biomassa, são cruciais para a diminuição da poluição
e dos gases de efeito estufa, mas também PRECISAM AVALIAR IMPACTO AMBIENTAL;

o O silício usado em painéis solares é adquirido pela mineração, uma atividade que provoca
impacto ambiental em uma área muito grande, e ainda aumenta o preço daquele território.

o As torres muito altas de geração de energia eólica têm problemas de vibração e podem
afetar a rota migratória de aves;

o Outro impacto social e ambiental indireto das fontes renováveis é a intermitência. Menor
incidência de sol e de ventos ou secas prolongadas com esvaziamento de reservatórios de
hidrelétricas obrigam o país a acionar usinas termelétricas, muitas movidas a combustíveis
fósseis como óleo e carvão, que são poluentes, contribuem com o efeito estufa e ainda
custam mais.

VANTAGENS:

o Diferente dos combustíveis fósseis, as fontes renováveis são, em teoria, inesgotáveis;

o Ajuda no combate à emissão de gases do efeito estufa e do aquecimento global;

o Garantia da autonomia energética, uma vez que não depende da importação de


combustíveis fósseis;

o Criação de novos empregos, principalmente em áreas menos favorecidas;

o Menos arriscada que a energia nuclear;

o Estimula o desenvolvimento de novas tecnologias.

Hidráulica:
 Cerca de 65% da eletricidade vem das hidrelétricas;

 Principais usinas hidrelétricas (UHE): Itaipu (PR), Belo Monte e Tucuruí (PA) e Sobradinho (BA);

 Desafios - Aumentar o aproveitamento hidrelétrico;

 Maior capacidade encontra-se na Amazônia. Impactos ambientais (ataque à flora e fauna local);

 UHE Balbina (AM) - Exemplo negativo - Área inundada x capacidade de geração;

Biocombustíveis e Biomassa:
Biomassa: 19% da cana de açúcar + 9 % de carvão vegetal;
 Local: Sudeste (interior de São Paulo) e Nordeste;

 Brasil é um dos maiores produtores de biocombustível do mundo;


Cap Antonio
 25% de álcool na gasolina - Cana de açúcar na produção de álcool;

 Até 15% de biodiesel no diesel até 2023

o Óleo de soja x exportação do grão de soja;

 Proálcool (1975) - Redução do IPVA;

 Aumento da produção de etanol de milho;

o Goiás e Mato Grosso;

 Uso da biomassa de cana: Setor de transporte. 73% da frota de veículos é flex;

 Uso da biomassa de carvão vegetal: Setor industrial (produção de ferro gusa) e residências (cocção);

 Óbices:

o sazonalidade da cana;

o incentivo à monocultura;

o concentração latifundiária; e

o êxodo rural;

 Benefícios econômicos:
o Reduz riscos decorrentes da oscilação do preço do petróleo e aumenta a segurança
energética;
 Benefícios sociais:
o Criação de emprego e renda - Agricultura e indústria;

 m) Benefícios ambientais:
o Menor geração de poluentes (saúde) e redução dos reflexos nas mudanças climáticas;

E daí? Favorecem a diversificação da matriz energética nacional, contribuindo para o desenvolvimento do


País;

Eólica:
 Maior capacidade de energia eólica da América Latina;

 Segunda fonte na matriz elétrica do Brasil;

 Vem passando por uma forte expansão;

 Uma das maiores capacidades instaladas no mundo de energia eólica, junto com China, EUA, Índia
e Alemanha.

 Destaque para o nordeste: Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará;

o Destaque também para o Parque Eólico de Osório, Rio Grande do Sul;

 Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Tem alavancado a


inserção da energia eólica na matriz energética do Brasil;
Cap Antonio
 Vem crescendo e se consolidando como fonte complementar para fornecimento de energia;

 O potencial de geração eólica do país é de cerca de 500 gigawatts. Esse número é três vezes maior
que o atual parque nacional gerador de energia elétrica com todas as fontes disponíveis.

Solar:
 Energia Solar: atende prioritariamente residências, seguido do comercio e serviços;

 Grade potencial: sol praticamente o ano todo no NE;

 Destaque:

o Parque solar de São Gonçalo (PI);

o Parque Solar Nova Olinda (PI);

 Usina solar fotovoltaica flutuante - Instalada no reservatório da UHE de Sobradinho (Bahia);

 As desvantagens da energia solar são:

o alto custo de aquisição inicial,

o não funcionar à noite em sistemas sem baterias;

o baixo incentivo no Brasil; e

o poucos estudos sobre os impactos provenientes do descarte dos painéis.

Energia geotérmica:
 Águas aquecidas pelo processo de geotermia. No Brasil, apenas em áreas de lazer: Parques Termais
de Poços de Caldas (MG) e Caldas Novas (GO);

Energia das Ondas:


 Energia cinética através do movimento das ondas: Usina do Porto do Pecém - CE;

Energia maremotriz:

 Oscilação das marés (grandes desníveis): Rio Bacanga (São Luís – MA) e Ilha de Macapá (AP);

 Porém, essa fonte de energia ainda é pouco explorada no Brasil, pois o investimento para a
construção das barragens é muito alto para um retorno baixo de potencial energético.

 Vantagens:

o É limpa e renovável;

o É uma alternativa para a geração de energia em locais em que outras fontes são mais
escassas, mas há a possibilidade de aproveitar o movimento das marés.
Cap Antonio
o Essa energia não depende do clima, como é o caso de fontes de energia como a solar,
eólica e hidrelétrica.

 Desvantagens:

o Os locais propícios para a geração desse tipo de energia são muito específicos, já que é
preciso que o desnível das marés seja maior do que 5 a 7 metros.

o O investimento para a construção das barragens é muito alto para um retorno baixo de
potencial energético. Baixo custo-benefício.

o É intermitente, dependo do ciclo das marés

IMPORTAÇÃO DE ENERGIA DO BRASIL


 Gás Natural:

o Bolívia: GasBol, 20% da demanda nacional de gás;

o EUA;

 Carvão Mineral:

o EUA;

o Australia;

o Colômbia;

o Rússia;

 Petróleo:

o Brasil exporta petróleo pesado (commoditie) e importa petróleo leve. Capacidade de refino
insuficiente;

 Arabia Saudita;

 EUA;

 Energia Elétrica, propriamente dita:

o Venezuela:

 Hidrelétrica de Guri - Roraima (fora do Sistema Integrado Nacional);

 SUSPENSA!

o Paraguai:

 Itaipu binacional;

o Argentina e Uruguai:

 O CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), criado pelo Ministério de


Minas e Energia para buscar soluções para enfrentamento da crise hídrica,
autorizou a importação de energia da Argentina e do Uruguai. (ago. 2021)
Cap Antonio

AS PRIVATIZAÇÕES E O RACIONAMENTO DE ENERGIA NO BRASIL


1. Eletrobras: holding que controlava a geração, a transmissão e a distribuição;

2. A partir de 1990: Os governos optaram pela privatização dos investimentos e das empresas
controladas pela Eletrobras;
a. Neoliberalismo;
b. Consenso de Washington – nov. de 1989
c. A privatização ocorreu com mais facilidade no setor de distribuição;

3. Controle das privatizações - Programa Nacional de Desestatização (PND);

4. 2022: Privatização da Eletrobras;

E daí? Atribui ao Estado a regulação e fiscalização por intermédio do Ministério de Minas e Energia
(MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) - Favorece o desenvolvimento nacional;

5. Grande episódio de racionamento de energia no ano 2001:


a. Crise hídrica. Escassez de chuva que baixou os níveis de reservatórios. Sazonalidade das
hidrelétricas;
b. Baixo investimento no setor energético na segunda metade da década de 1980;
c. O país vinha passando por um processo de privatizações;
d. Distribuição desigual. Inexistência de uma rede unificada. Não havia ainda redes de
transmissão o suficiente para atender as regiões deficitárias, e as termelétricas, que hoje são acionadas em
momentos de necessidade, estavam em fase de construção.

E daí? Condiciona o crescimento das empresas - Reflete no desenvolvimento nacional;

AÇÕES GOVERNAMENTAIS
1. Marco legal para micro e minigeradores de energia:

a. Até 2045, micro e minigeradores existentes pagarão os componentes da tarifa somente


sobre a diferença — se esta for positiva — entre o consumido e o gerado e injetado na rede de
distribuição, como já ocorre hoje.

b. A regra também valerá para consumidores que pedirem acesso à distribuidora em 2022;

2. Programa de Energia Renovável Social (PERS):

a. Destinado a financiar a instalação de geração fotovoltaica e outras fontes renováveis para


consumidores de baixa renda;

3. Mais Luz para a Amazônia:


Cap Antonio
a. Levar energia limpa e renovável a 70 mil famílias que vivem em áreas remotas da
Amazônia;

b. Desenvolvimento social e econômico das comunidades, que são, em sua maioria,


ribeirinhas, indígenas e quilombolas;

c. Também será possível a implementação de diversas políticas públicas, como a construção


de postos de saúde, escolas e outras ações que possuem como premissa básica a disponibilidade de
energia elétrica para serem colocadas em prática.

d. A tecnologia utilizada será de painéis fotovoltaicos;

4. Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve);

5. RenovaBio - Política Nacional de Biocombustíveis:


a. Incentivo à redução da emissão de GEE;
b. O principal instrumento do RenovaBio é o estabelecimento de metas nacionais anuais de
descarbonização para o setor de combustíveis, de forma a incentivar o aumento da produção e da
participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do país.
c. Associada ao compromisso assumido por ocasião da COP 21 (Acordo de Paris);
d. Possibilita a inclusão social por meio da agricultura familiar;
e. Sustentabilidade ambiental + viabilidade econômica;

6. PNPB - Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel: Incentivar o biodiesel.


Aumentar a mistura do biodiesel no diesel para 15% até 2023;

7. Financiamento do BNDES: Programa Fundo Clima.

o Apoiar a implantação de empreendimentos e a aquisição de equipamento com maior


eficiência energética e menor emissão de GEE;
8. Incentivos fiscais para energia eólica e solar.

o Isenção fiscal para implantação e distribuição;

9. Incentivo às Pequenas Centrais Hidrelétricas.

o Simplificação na autorização da exploração de potencial hidráulico (Queluz e Lavrinha);

10. Estímulo à geração distribuída.

o Incentivo à produção residencial (solar);

11. Leilões de contratação de energia da Aneel - Menores preços na distribuição;

12. Retomada do Programa Nuclear. Concluir Angra III;

13. Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT). USAR NO PASSADO

o Lançado durante o agravamento da crise de energia do país, o Programa Prioritário de


Termelétricas (PPT) foi criado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em fevereiro de
2000;
Cap Antonio
o A iniciativa tinha por objetivo estimular a construção de usinas termoelétricas, com prazo
médio de implantação de 24 meses.

o O PPT estabeleceu condições atrativas para investimentos em termelétricas a gás natural e


outros benéficos que viabilizaram a construção de algumas dezenas de usinas;

14. Proálcool (1975) - Subsídios para a produção de etanol; - USAR NO PASSADO

DESAFIOS PARA A EXPANSÃO ENÉRGETICA BRASILEIRA


1. O investimento inicial na infraestrutura necessária para produzir energia renovável ainda é alto;

2. Investimento de risco:

o A performance da geração depende de uma série de fatores externos, assim como da


sazonalização e condições climáticas favoráveis.

3. Atender a grande amplitude territorial do país;

4. Diversificar a matriz energética. Diminuindo a dependência do petróleo e seus derivados;

5. Dificuldade de expansão das Usinas Hidrelétricas. Projetos se encontram na Amazônia;

6. Oposição de ambientalistas à exploração na Amazônia.

o Belo Monte (PA) e Balbina (AM). Alagamento de áreas, retirada de pessoas e prejuízo à
fauna para pouca geração de energia;

7. Dificuldade de expandir UHE faz com que se use combustíveis fósseis. Eleva emissão gases
estufa;

8. Necessidade de mais reservatórios de água como reserva para outras matrizes;

9. Expandir a geração de energia eólica e solar, ambas com grande potencial ainda pouco
explorado;

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA ENERGIA


1. Segurança energética:
a. Atualmente a combinação principal é entre hidrelétrica e termelétrica;
b. Ideal: Combinação entre Eólica, Solar e Hidrelétrica - Energia intermitente com
distribuição constante;
c. Diversificação da matriz energética – Biomassa, eólica e solar e Pequenas Centrais (PCH);
2. Abastecimento do Parque Industrial - Crescimento econômico do país;
3. Aumento da qualidade de vida;
4. Alinhamento com Organismos e Tratados Internacionais – Atração de investimentos;
5. Abastecimento energético do país;
6. Dificuldades da Energia Hidrelétrica:
Cap Antonio
a. Redução das Chuvas - Diminuição da capacidade de armazenamento e produção;
b. Aumento lento frente ao aumento da demanda;
c. Questões ambientais;

SISTEMA ENERGÉTICO, AGENDA 2030 E ACORDO DE PARIS


1. Agenda 2030 da ONU. Assembleia Geral da ONU traçou 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável Globais para diversas áreas (2015);
2. Principais metas da Agenda 2030 para o setor energético (ODS-7) e o Brasil:
a. Meta 7.1 – Assegurar o acesso universal, confiável, moderno e a preços acessíveis a
serviços de energia;
b. Meta 7.2 –Manter elevada a participação de energias renováveis na matriz energética
nacional - Brasil assumiu a responsabilidade de atingir 45% da Matriz Energética em fontes renováveis
(já atingiu a meta);
c. Meta 7.3 – Aumentar a taxa de melhoria da eficiência energética da economia brasileira -
Brasil se propôs a aumentar a sua taxa de eficiência energética sem estipular metas específicas;
d. Meta 7.a – Reforçar a cooperação internacional para facilitar o acesso a pesquisa e
tecnologias de energia limpa;
e. Meta 7.b – Expandir a infraestrutura e aprimorar a tecnologia para o fornecimento de
serviços de energia modernos e sustentáveis para todos - Brasil adotou medidas para expandir a sua
infraestrutura de energia limpa (expandiu GN, solar, eólica e biocombustíveis);

3. Acordo de Paris. Firmado durante a COP-21 (2015), rege medidas de redução de emissões de
gás carbônico a partir de 2020 e combate o aumento da temperatura média global;
4. Metas estipuladas pelo Brasil para atender ao Acordo de Paris:
a. Reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025;
b. Reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030;

Ideias englobantes

✔ Estado brasileiro, ao longo dos anos, soube desenvolver mecanismos e aproveitar oportunidades
concedidas pelas condições de clima, solo e relevo do país (fisiográficas);
✔ A importância estratégica para o desenvolvimento do país;

✔ A utilização de energias renováveis contribui significativamente para o desenvolvimento nacional;

✔ O país vem expandindo sua produção de energia de fontes renováveis;

✔ Apesar das críticas, o Brasil é responsável por uma parcela pequenas das emissões se comparado ao
ranking de territórios que mais emitem gases do efeito estufa no mundo. Somados, China, Estados
Unidos, Índia e União Europeia são responsáveis por 51,2% das emissões. Ainda assim, são alvos de
críticas de forma menos frequente que o Brasil.
Cap Antonio
Assunto 59. O sistema de transporte

❖ Examinar a constituição do sistema de transporte brasileiro e seu papel no processo de


integração do território.

 Situação atual:
 gargalo econômico junto com a matriz energética => Custo Brasil;
 pouca intermodalidade (dependência do modal rodoviário);
 concentrado no litoral e no Centro-Sul;
 Ferrovia perpendicular ao litoral => entregar mercadoria ao litoral;
 Histórico:
 1840 – 1930:
 Cafeicultura, auge ferroviário – Privado, diferentes bitolas;
 Estrutura radial para o litoral;
 1930 – 1955:
 Nacionalização de ferrovias e rodoviarização;
 1955 – 1990:
 Rodoviarização => dívida externa e, após 1980, sucateamento;
 Rodovias:
 Baixo custo de instalação e rápida construção;
 Atrais montadoras;
 1990 – Hoje:
 Privatizações (Rodovias e Ferrovias);
 Ferrovias: minérios e grãos;

ANALISAR A MATRIZ DE TRANSPORTE BRASILEIRA NOS DIAS ATUAIS:


 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS
 Turismo; => integridade do patrimônio nacional
 Atualmente, o elevado custo das passagens aéreas e o estado das rodovias brasileiras, das
quais somente 12% são pavimentadas, afetam diretamente o turismo nacional. Tal fato dificulta as trocas
culturais entre os brasileiros, evocando preconceitos dentro do mesmo país.
 Assistência à saúde e padrão de vida
 Ademais, a utilização de hidrovias no Brasil corresponde a somente cerca de 30% de todo o
potencial de nossos rios. Dessa maneira, muitas populações ribeirinhas na Região Amazônica e no
Pantanal, onde existe pouca capilaridade dos transportes terrestres, ficam desassistidas em suas
necessidades básicas, o que afeta sua saúde, reduz seu padrão de vida e cria disparidades sociais no
Brasil.
 Desequilíbrio social => paz social
 A Região Centro-Sul é a área que concentra parcela significativa da malha rodoviária,
ferroviária e aérea do país. Assim, essa parcela do território é melhor atendida em suas necessidades
humanas básicas, criando desequilíbrios sociais frente as outras regiões do Brasil.
 Organizações não-governamentais
 O vácuo de poder, decorrente, em parte, da atual matriz de transportes desequilibrada do
Brasil contribui para o fortalecimento de ONGs. Tal fato é percebido, especialmente na Amazônia e no
Cap Antonio
Pantanal, onde essas organizações são capazes de aglutinar a população em movimentos sociais, afetando
a justiça social.

 ASPECTOS POLÍTICOS
 Ações governamentais:
 Ademais, nos últimos anos notou-se uma tentativa do governo federal em diminuir as
mazelas da matriz de transportes nacional. Assim, para atenuar as dificuldades de consecução dos
objetivos fundamentais do pais foram adotadas algumas ações governamentais, como os Programas Pro
Trilhos,que permite a iniciativa privada construir ferrovias, e o BR Mar, que busca aumentar a
participação da cabotagem dos atuais 10% para 30%.
o Obras de pavimentação e manutenção da BR-163 e da BR-230 (Transamazônica);
o Programa Pro Trilhos: Permite que o setor privado possa construir e operar ferrovias,
ramais, pátios e terminais ferroviários;
o Construção das eclusas de Tucuruí;
o Operação e manutenção de hidrovias: Madeira, Tocantins-Araguaia;
o Construção, manutenção e operação das Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte
(IP4);
o Projeto BR do Mar: Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem, visa aumentar
a participação desse meio de transporte na matriz logística brasileira. Entre outros pontos, flexibiliza o
afretamento de embarcações estrangeiras para serem usadas no transporte de cargas na cabotagem
brasileira;
 Organização político-administrativa
 Ministério dos Transportes: é o órgão responsável pelo assessoramento do presidente da
República na execução e formulação e da política de transporte do país;
 DNIT: O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes é uma autarquia federal
vinculada ao Ministério dos Transportes. O órgão é gestor e executor das vias navegáveis, ferrovias e
rodovias federais, instalações de vias de transbordo e de interface intermodal e instalações portuárias;
 ANTT: Agência Nacional dos Transportes Terrestres é responsável pela regulação e
fiscalização dos transportes terrestres;
 Ministério dos Portos e Aeroportos;
 INFRAERO: Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, tem como missão prover
infraestrutura e serviços aeroportuários e de navegação aérea, contribuindo para a integração nacional e o
desenvolvimento sustentável do país.
 ANAC: Agência Nacional de Aviação Civil, uma das agências reguladoras federais do País,
foi criada para regular e fiscalizar as atividades da aviação civil e a infraestrutura aeronáutica e
aeroportuária no Brasil.
 Território
 A atual matriz de transportes do Brasil não atende plenamente o vasto território do país. A
concentração de rodovias e ferrovias no litoral brasileiro e na região Centro-Sul oferece dificuldades na
integração física das regiões, dificultando a incorporação de todo território no contexto político nacional.
 Fronteiras => soberania
 A baixa capilaridade da malha de transportes brasileira, principalmente, na Região
Amazônica, reduz o poder de fiscalização das fronteiras do Brasil, o que dificulta a manutenção da
soberania nacional.
 Circulação política => democracia
Cap Antonio
 A atual malha de transportes não favorece a circulação política. A péssima condição das
estradas e a participação pouco expressiva das hidrovias, cerca de 5%, reduz a capacidade do poder
central de exercer sua função estatal nos mais variados rincões no país, afetando a garantia dos direitos
fundamentais do homem.
 Política Externa
 No tempo presente, cerca de 4% do transporte de carga brasileiro é atendido pelo modal
dutoviário. Dentre as principais cargas desse modal estão o petróleo, o gás natural e minérios. Brasil e
Bolívia possuem um gasoduto pelo qual os brasileiros importam gás do país vizinho, constituindo-se em
uma pauta da política externa brasileira.

 ASPECTOS MILITARES
 Apoio sanitário
 Navios de assistência hospital da Marinha braseira: prestam apoio médico e odontológico às
populações ribeirinhas na Região Amazônica e no Pantanal;
 Adestramento
 Outro aspecto da atual matriz de transportes do Brasil e o baixo interesse da iniciativa
privada nas obras demandas em regiões afastadas dos grandes centros produtivos. Assim, o Exército
executa pelo Brasil a construção e manutenção de rodovias, ferrovias, barragens e aeroportos, como na
construção de trechos da FIOL, contribuindo para o adestramento dos militares.
 Capacidade logística
 O Brasil possui uma matriz de transportes com baixa capilaridade em direção ao interior.
Isso constitui um gargalo para possíveis operações militares no território nacional, pois diminui a
capacidade logística das Forças Armadas, o que constitui um óbice para a defesa da pátria.

 ASPECTOS ECONÔMICOS
 Circulação econômica
 A atual matriz de transporte afeta diretamente a circulação interna das riquezas.
 Comércio internacional
 Mais de 80% do comércio internacional entre o Brasil e o mundo ocorre por vias marítimas.
Contudo, a alta burocracia e a situação precária dos portos brasileiros é um entrave nessa relação,
limitando o desenvolvimento econômico e social do país.
 Rodoviarismo;
 Cerca de 65% de todo o transporte de nacional é efetuado por meio de rodovias, pelo qual
atribui-se ao Brasil o título de país rodoviarista. Contudo, percorrer grandes distâncias utilizando-se
rodovias encarece demasiadamente o custo final dos produtos, dificultando a consecução dos objetivos
fundamentais.
 Custo Brasil;
 O vasto território brasileiro e a existência de rios naturalmente navegáveis no país demanda
uma matriz de transporte com maior participação de ferrovias e de hidrovias, o que não ocorre. Assim,
aumenta-se o Custo Brasil, o que interfere no crescimento econômico do país.
 Cidades
 Cidades do litoral bem assistidas, cidades do interior com maior dificuldade de transporte.

IDEIAS
Cap Antonio
 Ampliação da malha rodoviária ocorreu no governo Vargas. Criação do Departamento Nacional
de Estradas de Rodagem (DNER);
 Rodoviarismo: Juscelino Kubitschek (JK) trouxe para o Brasil a Ford e a Volkswagen e acelerou a
construção de rodovias;
 Infraestrutura de transportes no Brasil é uma condicionante para o desenvolvimento econômico
nacional. Responsável pela circulação de pessoas e mercadorias;
 Extenso território; variada fisiografia; diferenças regionais: Demandam capilaridade e
multimodalidade;
 Logística de transporte: interfere diretamente no valor final dos produtos e sua competitividade
internacional;
 Custo Brasil elevado: Diferentes níveis de desenvolvimento dos modais, falta de integração,
discrepâncias regionais. Estrutura onerosa, lenta, insegura e burocracia complexa;

Há um desequilíbrio com predominância do modal rodoviário, necessitando da ampliação dos demais;


A matriz de transportes brasileira

Modal Importância da malha no país

Rodoviário Cerca de 65%


Ferroviário Cerca de 15%
Cerca de 15%
Aquaviário
(10% cabotagem / 5% fluvial)
Dutoviário Cerca de 4%
Aéreo Cerca de 1%

E daí?
a) Matriz de transportes desequilibrada e pouco adequada às dimensões do território brasileiro.
Exige investimentos em ferrovias e cabotagem para equilibrar essa situação;

b) Políticas governamentais, com foco no rodoviarismo, ao longo do século XX levaram o


sistema às atuais condições. O modal rodoviário tem menor custo de implantação;

O MODAL RODOVIÁRIO
Principal matriz nacional – motivos históricos:
 1930: GV – solução rápida e barata;
 1950: JK – atração automobilísticas (atrair transacionais);
 1970: Governo Militar:
 PIN: Programa de Integração Nacional;
 Integrar para não entregar;
 Ex.: Cuiabá – Santarém, Transamazônica;
 1980: Sucateamento;
 1990: Privatizações: boa qualidade, mas ocorreu o aumento do preço (pedágio);
Cap Antonio
Vantagens e Desvantagens do modal

VANTAGENS DESVANTAGENS
Capilaridade: alcança quase todos os locais do
Baixa capacidade de carga
território brasileiro
Facilidade para organizar o transporte e Pouco alcance em comparação ao
contratar terceirizados tempo gasto com o transporte
Flexibilidade na organização de rotas Maiores chances de extravio de carga, devido a
roubos e acidentes
Baixa dependência de outros modais Custo do combustível, condições das estradas,
restrição na circulação de cargas, impostos
Baixo custo de instalação Alto custo de manutenção - CUSTO BRASIL
Ótimo para curtas distâncias/ Emissão de gases do efeito estufa
Não vale a pena para longas distâncias

Características
 É o único capaz de realizar o serviço porta-porta;
 Possuem boa capilaridade no litoral e no centro-sul → fundamenta elo de ligação econômico;
 BR-163 → facilita o escoamento com as hidrovias e portos do Pará;
 BR-230 → importante papel de conectar o litoral ao extremo ocidente do país;
 BR-364 → escoamento da produção agrícola: soja, milho, pecuária e produtos de mineração →
facilita o escoamento para o Porto de Santos;
 Principal modal do país. Mais de 1,7 milhão de km no total;
 Cerca de 95% são estaduais e municipais;
 Somente cerca de 12% é pavimentada - 213 mil km;

Conservação das Estradas BR por região

Diversificação
 Cerca de 65% da matriz brasileira é rodoviária;

E daí? Está entre os maiores índices no universo das principais economias mundiais;
Cap Antonio
Privatizações e concentração da malha
 A partir de 1990: Consenso de Washington (neoliberal) e PND (Programa Nacional de
Desestatização);
 Mais de 20 concessões: Cerca de 10mil km – Cerca de 12% da malha;
 NOVA DUTRA/CCR (402 km), BR-116 SPxRJ
 AUTOPISTA RÉGIS BITTENCOURT/ARTERIS (402 km), BR-116 SPxCuritiba;
E daí?
 Possibilitaram a renovação das vias, especialmente na região Sudeste, mais rentável;
 Concentração na Região Centro-Sul: Ligada ao desenvolvimento industrial;

Nomenclatura das rodovias

Principais rodovias
 BR 364 – Leste/Oeste – SP-AC;
 BR 381 – SE/SE – SP-ES
 BR 116 – Norte/Sul – CE-RS;
 BR 101 – Norte/Sul – RN-RS;
 BR 040 – CO/SE - DF-RJ
 BR 230 - Leste/Oeste – PB/AM;
Transamazônica – 4.223 km
 BR 163 – Norte/Sul – PA-RS;
3.579
Cap Antonio

Estrada do Pacífico – Rodovia Interoceânica => Brasil-Peru;


 Primeiro eixo multimodal Atlântico-Pacífico na América do Sul. Liga Brasil ao Peru;
 Finalidade: Promover o comércio e turismo regional;
 No Brasil, é representada pela BR-364 (diagonal que liga SP ao AC);
 E daí? Ligação com APEC;

Corredor Bioceânico BR 267/040 => Brasil-Chile;


 Ligação do Mercosul com o Chile;
 Projeto da IIRSA - Visa interligar os litorais do Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico no Cone
Sul da América do Sul;
 Ligação Porto de Santos (Brasil) ao Porto de Antofagasta (Chile);
 E daí?
 Agilizar as exportações para países asiáticos, aumentando a competitividade dos produtos
brasileiros;

Greve dos Caminhoneiros


 Ocorrida em maio de 2018;
 Evidenciou grande dependência do modal;
 Sistema “just in time” (globalização): Empresas não possuem grandes estoques e dependem dessa
modalidade de transporte;
 E daí? O valor do combustível tem grande peso na economia;

Ideias englobantes do modal rodoviário


1) Boa malha rodoviária na Região Sul, apesar de insuficiente.
 Razão do grande movimento de veículos leves e cargas;
 Boa conexão com os países limítrofes do Mercosul e ligação com os principais portos;
2) Malha rodoviária pouco desenvolvida na Região Centro-Oeste;
 Em expansão, fruto do crescimento populacional e econômico das últimas décadas;
3) Criou-se no Brasil um sistema dependente das rodovias e dos caminhoneiros. Ao mesmo tempo
em que gera empregos, está apoiado no seu trabalho para o abastecimento interno;
Cap Antonio
4) Subsistemas/malhas (principalmente as estradas rurais ou vicinais) degradaram-se e geraram um
consumo de combustível mais elevado, o que acarretou um aumento no custo operacional, frete, número
de acidentes e tempo de viagem;
5) Todos os corredores da exportação brasileira apresentam o modal rodoviário como o principal
no escoamento de produtos para os blocos internacionais de poder. Contundente na logística de
exportação para o MERCOSUL;
6) Conclusão da BR-163 (Tenente Portela/RS a Santarém/PA) permite o escoamento de produtos,
sobretudo os agrícolas do Centro-Oeste, para o mercado externo - Reduz o Custo Brasil;
7) Rodovias BR-116, BR-101, BR-040 e a BR-070 realizam um importante papel estratégico de
integração nacional, ligando o país de Norte a Sul e de Leste a Oeste, passando pelo centro geográfico
brasileiro;
Cap Antonio
O MODAL FERROVIÁRIO
 Potencial subaproveitado: razões históricas;
 Ferrovia Norte-Sul → conecta-se com o Porto de Itaqui no Maranhão;
 Ferrovias atuais:
 Desarticuladas e voltadas para o litoral; => trazer mercadoria do interior para o litoral;
 Grãos e minérios;
 Atualmente está em expansão;
 Principais ferrovias:
 Estrada de Ferro Carajás: Carajás (PA) – Itaqui (MA) => Exportação minérios;
 Estrada de Ferro Vitória a Minas: Vitória (ES) – BH (Minas Gerais) => Exportação de
minérios;
 Transnordestina: Porto Pecém (CE) – Porto de Suape (PE) => Elevar a competitividade da
produção agrícola e mineral da região Nordeste
 Atrasos e superfaturamento;
 Ferrovia Norte-Sul: Pará ao Rio Grande do Sul => Espinha dorsal do sistema ferroviário
brasileiro;

Vantagens e desvantagens do modal


VANTAGENS DESVANTAGENS
Grande capacidade de carga Alto custo de implantação
Adequado para grandes distâncias Exige planejamento e investimentos
Dificuldade de integrar o sistema:
Baixo custo de transporte e de manutenção Diferentes tamanhos de bitolas
(questão histórica)
Flexibilidade energética: vapor, diesel e eletricidade Dificulta a integração com os países
sul-americanos
Longa durabilidade
Baixa capilaridade
Menos poluente que o rodoviário
(depende de outros modais)
Sem congestionamento e problemas climáticos Ruim para pequenas distâncias
Baixa poluição Dependente do relevo
Baixa manutenção

Panorama atual
 Programa de Autorizações Ferroviárias, Pro Trilhos:
 Autoriza o setor ferroviário à livre iniciativa no mercado.
 Visa aumentar a atratividade do setor privado para realizar investimentos em ferrovias, sejam
elas por meio de novos empreendimentos ou utilizando ferrovia já existente.
 Cerca de 15% da matriz brasileira, cerca de 30 mil km de vias férreas, quase a totalidade está sob
administração da iniciativa privada por meio das concessões;
 Grande potencial de expansão;
 Empenho governamental na recuperação de ferrovias e na implantação de outras, mitigando a
baixa densidade de tráfego do modal;
 Privatizações a partir da década de 1990;
Cap Antonio
 Exemplo: Ferrogrão: os recursos serão injetados pela iniciativa privada e o prazo de concessão
é de 69 anos. =>

 Tipos de mercadoria:
 Baixo valor agregado e em grandes quantidades;
 Minério de ferro, produtos agrícolas, fertilizantes, carvão mineral, derivados de petróleo e
produtos siderúrgicos;
 Principais fluxos (carga por região do país):
 Minerais no Norte;
 Minerais e matérias-primas para as indústrias do Sudeste;
 Grãos na região Sul e Centro-Oeste;
 Combustíveis no Nordeste;

Principais ferrovias
 Ferrovia Norte-Sul;
 Integração Oeste-Leste (FIOL);
 Transnordestina;
 Ferrogrão;
 Ferrovia de Integrão Centro-Oeste (FICO)

 Ferrovia Norte-Sul
 Espinha dorsal da logística do país;
 Quando totalmente concluída, chegará a cerca de 4.500 km;
 Cortará do Maranhão ao Rio Grande do Sul, 9 estados;
 Interligará os portos de Santos (SP) e o de Itaqui (MA);
 E daí? Ampliando a capacidade de escoamento da safra de grãos, reduzindo os riscos do
produtor e atraindo novos investimentos;
Cap Antonio

 Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL)


 Atende as necessidades das regiões produtoras de minério de ferro na Bahia e de grãos na
Bahia e no Tocantins;
 Opção de transporte econômico, eficaz e seguro;
 Possui cerca de 1.500Km;
 Liga Tocantins ao Porto de Ilhéus (BA);
 Participação do Exército nas obras: Batalhão de Engenharia Ferroviário em apoio ao Ministério
da Infraestrutura;
 Quando finalizada, poderá contribuir para a integração dos oceanos Atlântico e Pacífico: Eixos
de integração da IIRSA;
 Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana
 E daí?
 Redução do custo do transporte de cargas;
 Aumento do nível de competitividade dos produtos agrícolas no mercado;
 Importância do CAI “MATOPIBA”;
Cap Antonio

 Ferrovia Transnordestina
 Um dos principais projetos do Programa de Aceleração de Crescimento. Cerca de 1.700Km
 Otimiza o transporte de cargas no Nordeste: minérios e grãos;
 Liga o Piauí aos Portos em Pernambuco (Suape) e Ceará (Pecém) e parte do Piauí;
 Há cuidados com os impactos ambientais;
 E daí?
 Incentivo à produção local;
 Promove novos negócios;
 Dinamiza a economia do Nordeste;
 Aproxima o Brasil dos principais mercados mundiais;
Cap Antonio
Cap Antonio
 Ferrogrão (EF-170)
 Ferrovia longitudinal que liga os estados de Mato Grosso (Sinop) e Pará (Miritituba);
 Consolidar o novo corredor ferroviário de exportação do Brasil pelo Arco Norte;
 Extensão de 933 km: Conecta a região produtora de grãos (soja e milho) do Centro-Oeste
(Sinop-MT) ao Pará (Porto de Miritituba);
 Contempla a expansão da fronteira agrícola brasileira;
 Prevê interligação com o modal aquaviário;
 E daí?
 Alta capacidade de transporte e competitividade no escoamento da produção pelo Arco
Norte;
 A ferrovia promoverá a redução do fluxo logístico pelo modal rodoviário;
 Alta capacidade de carga, o que contribuirá para redução nas emissões de carbono;
 Desafogo ao Porto de Santos-SP e de Paranaguá-PR: Atuais portos de escoamento de grande
parte da produção de grãos do Mato Grosso;

 Ferrovia Integração Centro-Oeste (FICO)


 Projeto de uma ferrovia transversal brasileira. Aproximadamente 1.600 km;
 Interligará a Ferrovia Norte-Sul em Mara Rosa (GO) até Vilhena (RO);
 Escoamento da produção de grãos da região Centro-Oeste, em direção aos portos brasileiros de
grande capacidade, acessados a partir da Ferrovia Norte-Sul;
 Ferrovia é parte do contexto do projeto da Ferrovia Transoceânica: Litoral atlântico brasileiro e
litoral pacífico peruano;
Cap Antonio

Sistemas Ferroviários Urbanos


 Sistemas ferroviários urbanos estão presentes no Distrito Federal e em onze estados brasileiros:
 Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo;
 Menor porcentagem da malha ferroviária está no Piauí (1,2%) e a maior em São Paulo (33,8%);
 Rede de metrôs nas áreas urbanas - Aquém das necessidades;
 Poderiam auxiliar na melhoria dos transportes urbanos, predominantemente rodoviários;

Ideias englobantes
1) Revela oportunidades para a diversificação da matriz de transportes nacional. Notável empenho
governamental;
2) A grande extensão territorial e a característica dos produtos a serem transportados (grandes e
pesados) indicam que o modal ferroviário é uma boa alternativa;
3) A baixa extensão da malha ferroviária do Brasil ainda é um óbice para a integração nacional.
4) Dependência do transporte rodoviário;
5) Empenho governamental na recuperação de ferrovias e implantação de outras, mitigando a baixa
densidade de tráfego do modal;
6) A baixa participação do modal nos corredores logísticos de exportação elevam o Custo Brasil;
Cap Antonio
O MODAL AQUAVIÁRIO
 Potencial subaproveitado:
 Melhores hidrovias estão distantes dos grandes centros: Amazonas, Paraguai;
 Falta de interesse econômico (eclusas);
 Não há perspectivas de maiores investimentos no setor;
 A construção de eclusas no RS possibilitou a intermodalidade com as rodovias e as ferrovias
daquele estado;
 Vias marítimas:
 Mercado interno pelo litoral: Cabotagem;
 Ótima alternativa: barato, população no litoral;
 Pouco utilizado: portos ruins, alta burocracia;
 Ações governamentais:
 Portos Secos: a parte burocrática é realizada fora do porto;
 Privatizações e concessões;
 MP da Cabotagem;

Vantagens e desvantagens do modal


VANTAGENS DESVANTAGENS
Capacidade de transporte de grande volume de
Depende de fatores naturais
cargas
Preservação da infraestrutura rodoviária Exige uma infraestrutura de portos robusta
Maior segurança das cargas transportadas Maior lentidão
Menor consumo de combustíveis e menor
Baixo custo de manutenção
emissão de poluentes
Geração de novos empregos Custo elevado com seguro da carga
Liga populações litorâneas (realidade brasileira)

Características
 Cerca de 15% da matriz de transportes;
 Demanda menores investimentos;
 Condicionado por efeitos climáticos;
 Maior potencial de carga;

Potencial de emprego
 Cerca de 64 mil km de rios navegáveis;
 Cerca de 19 mil km (30%) são utilizados; => 2/3 do potencial não são devidamente utilizados;
 O Brasil possui 12 bacias hidrográficas;
 E daí? Utiliza menos da metade do seu potencial e demanda grandes investimentos para o
aproveitamento pleno;

Principais produtos escoados


 Gêneros agrícolas - Soja e milho;
Cap Antonio
 Combustíveis e Minério de ferro;
Cap Antonio
Principais hidrovias

 Solimões-Amazonas – Liga a Amazônia ao Oceano Atlântico


 Madeira-Amazonas - Porto Velho x Manaus;
 Tocantins-Araguaia - Barra do Garça/MT x Belém;
 Paraná-Paraguai - Cáceres/MT x Uruguai;
 Tietê-Paraná - Oeste paulista;
 Teles Pires-Tapajós - Sorriso x Santarém;
 São Francisco;

 Hidrovia Solimões-Amazonas
 Principal rota para o escoamento da produção da região Norte;
 Grande volume de instalações portuárias

 Hidrovia do Madeira
 Região Norte: 2ª mais importante da região;
 Mais nova e moderna do país;
 Integra o “Corredor Logístico Norte”;
 Escoa soja, milho e açúcar do Mato Grosso;
Cap Antonio
 E daí? Promove a integração à BR-364 (MT), Porto-Velho até o Rio Amazonas;

 Hidrovia Paraná-Paraguai
 Região Centro-Oeste;
 Desde Cáceres/MT até Nova Palmira/Uruguai;
 Potencial para escoar commodities agrícolas e minérios;
 Percorre 3.442 quilômetros por cinco países - Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e
Uruguai;
 Brasil tem somente 5% de participação – Escoamento de minérios;
 E daí? Grande potencial não utilizado para escoar gêneros agrícolas;
Cap Antonio
Cap Antonio
 Hidrovia Paraná-Tietê
 Situada entre as Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste;
 Importante via para escoamento da produção agrícola dos estados do Centro-Oeste e
Sudeste;
 Utiliza eclusas para integrar os dois rios;
 Integra um grande sistema de transporte multimodal do Corredor Sudeste de Logística;
 E daí?
o Sua operação impulsionou a implantação de 23 polos industriais e 17 polos turísticos;
o Onde é gerada quase a metade do PIB (estado de SP);
Cap Antonio
 Hidrovia do Mercosul
 Na Região Sul, ligando rios e lagos no Rio Grande do Sul;
 Rota de transporte e incentivo ao desenvolvimento econômico;
 Via de mão dupla entre Brasil e Uruguai, favorecendo o intercâmbio comercial entre os
países;
 E daí? Facilita o transporte e o turismo entre Uruguai e RS.
Cap Antonio
 Hidrovia do São Francisco
 Ligação entre o Centro-Sul e Nordeste do País;
 É parte de uma cadeia multimodal de exportação de produtos agrícolas;
 Atende ao transporte da cultura de frutas e de cana-de-açúcar irrigada na região do Vale do
São Francisco;
 Atende o transporte de grãos e outras culturas (frutas, cana, algodão) e minérios de MG, BA,
PI e PE;
 E daí? Promove a integração multimodal, incluindo rodovias e ferrovias, até o porto de
Aratu/BA;
Cap Antonio
 Hidrovia do Parnaíba
 Localizado na Bacia Hidrográfica do Nordeste: Composta pelos rios Parnaíba e Balsas;
 Utilizada para o transporte de gêneros produzidos no MATOPIBA (soja, cana, arroz e
milho);
 E daí? Facilita o escoamento para os portos de São Luís/MA e Pecém/CE;
Cap Antonio
 Hidrovia do Tapajós
 Promove a integração da Região Centro-Oeste com a Região Norte;
 A hidrovia permite a ligação entre os maiores centros de produção agrícola do Brasil, de
Sinop e Porto dos Gaúchos (MT) até Santarém (PA) e poderá se tornar no mais intenso e competitivo
corredor de exportação de agrogranéis do Brasil;
 E daí? Promove a integração com modal rodoviário – BR-230 (Transamazônica) e BR-163
(Cuiabá-Santarém);
Cap Antonio
 Hidrovia do Tocantins-Araguaia
 Promove a integração do corredor Centro-Norte brasileiro;
 Potencial navegável em aproximadamente 3.000 km: Sai do Mato Grosso e segue até o Pará;
 Transporta principalmente grãos, da região Centro-Oeste, e minérios;

Principais limitações
 Limitada infraestrutura portuária existente;
 Dificuldade em implementar a navegação ininterrupta na hidrovia (24 horas);
 Necessidade de construção de eclusas;
 Falta de planejamento do setor energético e setor de transporte;
 Burocracia na gestão da documentação de importação e exportação;
 Alto custo de tarifas portuárias;

Plano Hidroviário Estratégico (PHE)


 Regula a implantação das hidrovias no País;
 Com metas de implantação até 2031;
 Dilema de implantação:
 Hidrovias x hidrelétricas;
 Eclusas (alto custo);
Ideias englobantes
1. Amazônia Legal é a mais desprovida de vias de acesso terrestres. Transporte hidroviário torna-se
fundamental para o deslocamento de cargas entre as localidades ribeirinhas, especialmente na Amazônia
Cap Antonio
Ocidental;
2. Setor não recebe muito investimento, pois as regiões com maior potencial de aproveitamento
estão distantes dos centros produtivos do país;
3. Potencial de navegação é pouco explorado nos rios de planície;
4. A pequena exploração do potencial desse modal de transporte (em um território permeado por
rios navegáveis) incorre em elevação de gastos logísticos e do Custo Brasil;
5. Existência do PHE (Plano Hidroviário Estratégico), com o objetivo de integração nacional e de
aprimorar ainda mais o transporte de cargas e passageiros por hidrovias;

VIA MARÍTIMA:
Principais portos marítimos do Brasil

Santos/SP* Maior porto da América Latina


Sudeste Vitória/ES – Porto de Tubarão* Vale do Rio Doce => Minérios

Rio de Janeiro/RJ – Porto de Itaguaí Entre as maiores movimentações

Paranaguá/ PR* 2º maior porto do país


Sul Rio Grande/RS*

Itajaí/SC*

Vila do Conde/PA Principal da Região Norte


Norte Complexo administrativo e operacional com
Chibatão/AM*
elevada tecnologia
Grãos (soja, milho), fertilizantes,
São Luís/MA – Porto de Itaqui*
combustíveis
Nordeste
Suape/PE*

Pecém/CE* Um dos mais modernos

Características
 Transporte marítimo: Responsável por mais de 80% do escoamento das exportações nacionais;
 Cerca de 12% da matriz brasileira – cabotagem;

Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte (IP4)


 Projeto de Instalação portuárias públicas de pequeno porte, conduzida pelo DNIT - Departamento
Nacional de Infraestrutura e Transportes;
 Impulsionar o desenvolvimento do mercado regional e melhoria da qualidade de vida da
população;
 Estão concentradas nos estados do Pará e Amazonas. Se faz presente em Rondônia, Roraima e
Maranhão;
 Estrutura simplificada. Equivalente a uma pequena rodoviária às margens do rio (Itacoatiara -
AM):
Cap Antonio
 Contribui para a fixação das populações interioranas em seus municípios;
 Proporciona acesso à política agrícola, de saúde, segurança, educação e cultura;
 Reduz as perdas da produção agrícola e do pescado ao disponibilizar fábrica de gelo, armazém de
carga e agilizar o transporte;
 Reduz os custos logísticos de transporte fluvial, para empresas de navegação e usuários
ribeirinhos;
 E daí? Aumenta o fluxo turístico e incrementa o comércio local;

Portos secos e a MP de cabotagem


Portos Secos:
o Entreposto comercial e facilitador aduaneiro;
o Brasil tem uma das menores taxas de armazenagem;
o Porto Seco em Uruguaiana - RS é um dos maiores do mundo (2º da AL) e está no centro
da principal rota do comércio exterior entre Brasil, Argentina e Chile;
o Integra diferentes modais de transporte (Anápolis - GO);

BR do Mar:
o Programa de estimulo ao transporte por cabotagem no país;
o Lei nº 14.301/2022
o Flexibiliza o transporte de cabotagem, facilitando o afretamento de embarcações
estrangeiras para serem usadas no transporte de cargas na cabotagem brasileira;
o E daí? Facilita a diversificação da matriz nacional;
o Ideia englobante: Investimento em cabotagem pode estimular o crescimento econômico
brasileiro - Barateamento dos transportes que hoje são escoados por rodovias do interior para os portos;

Cadeia Logística Portuária Inteligente (Portolog)


Sincronizar as datas de chegada dos navios e das cargas nos terminais marítimos;
Integração da ANTT (terrestre), ANTAQ (aquáticos) e EPL (Empresa de Planejamentos
Logísticos);
 E daí?
o Permite o rastreamento da mercadoria em todo seu trajeto, desde a origem da carga;
o Promove agilidade e eficiência em todo processo de embarque e desembarque de cargas;
o Contribui para redução dos custos de transporte no Brasil;
o Reduz os trâmites burocráticos;

O MODAL DUTOVIÁRIO
Vantagens e desvantagens do modal

VANTAGENS DESVANTAGENS
Realiza transporte contínuo de determinado produto: Transporta apenas o produto para o qual
agilidade, segurança e alta capacidade de fluxo; foi projetado;
Trajeto fixo, sem possibilita de flexibilizar
Grande quantidade de carga por longas distâncias;
a rota;
Reduz o volume de emissões de gases do efeito estufa; Investimento inicial elevado;
Cap Antonio
Custo operacional baixo, já que não utiliza mão de obra Risco de acidentes ambientais, porque a
recorrente e seu consumo de energia não é alto; falta de manutenção pode causar prejuízos
ao meio ambiente.

Representatividade e características
Cerca de 4% da carga transportada;
Podem ser oleodutos e gasodutos, terrestres ou submarinos;
Há necessidade de tecnologia: oportunidade para desenvolver;

Gasodutos
Transportam gás natural;
Mais de 9.000 km de extensão;
Interligam as capitais do Nordeste e se concentram mais no Sudeste;
Principais Gasodutos - Reduc (RJ) e Urucu-Coari-Manaus (AM), que se destaca no Norte;

GASBOL – Gasoduto Brasil – Bolívia


Maior da América Latina - 2.500 km em solo brasileiro;
Fundamental para abastecimento das termelétricas no eixo que se estende até São Paulo;
Possui dois trechos - Norte (Mato Grosso do Sul) e Sul (Rio Grande do Sul);
Participação da GAZPROM (Empresa estatal russa) na Bolívia;
Ideias englobantes
1. Projeta-se o aumento do escoamento de etanol e outros biocombustíveis por meio de dutos para
portos ou países do MERCOSUL, o que desonerará a logística de exportação desses produtos;
2. Gasodutos e oleodutos operados pelas Petrobras e empresas privadas contribuem para a
integração energética e servem como reserva operacional de energia;
3. Os minerodutos – tubulações que levam o minério de ferro em estado arenoso misturado com
água, como se fosse uma polpa – causam grande desperdício de água;

O MODAL AÉREO
 Passageiros e cargas valiosas;
 Anos 1990:
 Abertura do mercado (barateamento): novas empresas;
 Anos 2000:
 Crescimento econômico do Brasil;
 Negócios, turismo, oportunidades;
 “boom” modal aeroviário: revelou a carência de infraestrutura;
 Atualmente:
 Concessões;
 Abertura do mercado (atrair novas empresas);

Vantagens e desvantagens do modal

VANTAGENS DESVANTAGENS
Cap Antonio
Rapidez na transposição de longas distâncias, com
cargas leves e passageiros Elevado custo operacional
Controle de tráfego feito pela FAB - Facilita a Defesa Pequena capacidade de carga
Depende da eficiência de aeroportos e de
Comporta cargas sensíveis - Vacinas combustíveis especiais, muito onerosos
-
Ligações com áreas isoladas e de difícil acesso

Grande rapidez
Características
Cerca de 1% da matriz brasileira;
Cresceu consideravelmente nos últimos anos, principalmente o número de passageiros em voos
domésticos;
Brasil:
o 10ª posição em volume de tráfego aéreo;
o 2º em número de aeroportos – mais de 2000;
Panorama atual
Privatizações de aeroportos e de empresas;
Copa do Mundo: melhorias na infraestrutura aeroportuária;
Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER): posição de destaque internacional na fabricação e
venda de aeronaves (KC-390);

Empresas aéreas e principais aeroportos


Empresas aéreas:
o Todas privadas - GOL, Azul e LATAM;
Reguladas pela ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil;
Principais aeroportos:
o Carga - Guarulhos, Viracopos, Brasília e Manaus;
o Passageiros - Guarulhos, Galeão e Confins;
Cap Antonio

Ideias englobantes
1) É um setor em expansão que colabora com a integração nacional, com a geração de empregos e
com o desenvolvimento de tecnologias;
2) Representa vetor de modernização;
3) Programa de privatização atingiu os aeroportos e empresas;
4) Elevado custo operacional e a pequena capacidade de carga comprometem o comércio com os
blocos extracontinentais via modal aéreo;

COMPARAÇÃO DA MATRIZ DE TRANSPORTES COM OUTROS PAÍSES


Pouca diversificação;
Dependência do modal rodoviário – Óbice;
Projetos de melhorias - ferrovias, cabotagem (BR do Mar);
Países desenvolvidos, diferentemente do Brasil, possuem maior expressividade em modais
diferentes do rodoviarismo;
Meio ambiente – poluição:
o País está bem no cenário mundial, decorrência dos biocombustíveis nos transportes (menos
poluentes):
 Etanol: 27% na mistura da gasolina;
 Biodiesel: 10% na mistura do diesel; (15% em 2023)

FATORES QUE ELEVAM O CUSTO BRASIL


Baixo nível tecnológico dos portos brasileiros;
Incipiente intermodalidade dos transportes;
Interesses externos na inviabilização de alternativas mais baratas;
Custo do transporte rodoviário;
Estado atual das rodovias brasileiras;
Inexpressiva na navegação de cabotagem nacional;
Privatização das estradas – Pedágios;
Cap Antonio
Predomínio do modal rodoviário do sistema de transporte brasileiro;
Falta de incentivos para utilização dos modais hidroviário e ferroviário;
Falta de padronização na malha ferroviária brasileira;

PAPEL NO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO DO TERRITÓRIO


Interligar a Região Sudeste ao Interior do País, principalmente ao Norte e Centro-Oeste;
Interligar os demais polos industriais aos pontos fornecedores de matérias primas;
Ampliar e facilitar o escoamento da produção;
Ligação da produção com as zonas portuárias nacionais;
Aumento das ligações entre os diversos modais viários, desenvolvimento da matriz de transportes;
Ampliação da circulação econômica;
Contribuir para circulação política;
Colabora para o aumento do turismo;
Aumento da circulação de pessoas;
Contribui para o surgimento de novos polos industriais, desafogando os grandes centros;
Ligação com pontos longínquos do país, como o interior da Amazônia;
Melhoria da infraestrutura nacional;
Redução do Custo Brasil;

AÇÕES DO EXÉRCITO BRASILEIRO


Reforma BR-163;
Construção e manutenção de trechos de rodovias, BR-230, BR-226 e BR-101;
Parceria do EB com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) para a
Construção do Aeroporto Internacional da Grande Natal (São Gonçalo do Amarante);
Construção de parte da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL);
Participação de obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco;
Obras para atenuação da seca no semiárido, perfurações de poços artesianos em sete estados do
nordeste e em Minas Gerais (Operação Semiárido);
Apoio à distribuição de água na região do semiárido brasileiro – Operação PIPA;
Cap Antonio
AÇÕES DO GOVERNO BOLSONARO
Concessão Ferrovia Norte-Sul;
Eclusas Rio Tucuruí;
Manutenção das Hidrovias do Madeira e do Tocantins-Araguaia;
Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte (IP4): Construção de pequenos portos para
municípios ribeirinhos para auxiliar escoamento de pessoas e mercadorias;
Ampliação dos aeroportos Manaus, Marabá, Rio Branco, Macapá e Foz do Iguaçu;
Pavimentação BR-153 e BR-364;
Ampliação dos Portos de Santarém, Belém, Manaus e Macapá;
Regulamentação da navegação cabotagem (BR do Mar): Ampliar a oferta de serviços na costa
brasileira;
Viabilização de ferrovias FIOL, Norte-Sul, Ferrogrão e Transnordestina;

LIMITAÇÕES DA MATRIZ DE TRANSPORTE DO BRASIL


Custo Brasil: Custos no Transporte elevam preço final do produto brasileiro e reduz a
competitividade no mercado internacional;
Dependência do modal rodoviário;
Grande número de acidentes e mortes nas estradas (Psicossocial: Taxa de Mortalidade);
Danos ao meio ambiente: Construção das estradas e dependência do combustível fóssil;
Perdas de mercado por incapacidade logística: China cancela compra de soja;
Congestionamentos nas entradas das cidades, no interior das cidades e nos portos;
Reduzida integração intermodal;
Pouca aviação regional;

IDEIAS ENGLOBANTES
Economia nacional está́ muito ligada aos commodities. Assim, a infraestrutura de transportes
interfere diretamente no custo final dos diversos produtos brasileiros;
O investimento nos diversos sistemas de transporte levará ao desenvolvimento nacional;
O sistema de transporte brasileiro necessita de investimentos públicos e privados para solucionar
gargalos, ampliar o volume de cargas transportadas, expandir as vias navegáveis, ampliar o transporte de
produtos e intensificar o turismo
A intensificação do transporte multimodal permitirá a dinamização do comércio exterior do Brasil;
A deterioração das navegações de cabotagem e de longo curso onera os custos dos transportes
domésticos;
A busca por saídas marítimas para o Pacífico facultaria rotas marítimas mais econômicas e céleres
em ligação aos países da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC);

Assunto 60. Redes de informação

❖ Compreender a importância das redes de informação para a integração e o desenvolvimento


nacionais.
Cap Antonio
Pg 117: Análise nas expressões econômica e psicossocial;
Pg 285: Novas tecnologias, de 1950 aos dias atuais;
Pg 314: Análise nas expressões econômica e cientifico-tecnológica;

AS REDES DE INFORMAÇÃO
Redes de informação

1. Exercem papel importante na estruturação do território;


2. Vitais para o funcionamento da economia;
3. Litoral do Brasil é o eixo principal de difusão do país;
E daí? A integração nacional por meio das redes de comunicação e informação é um desafio para o
Brasil;

Ampliação dos fluxos de informação

1. A partir da década de 1970;


2. Ocorreu devido ao avanço das telecomunicações;
3. Produção de satélites artificiais, centrais telefônicas, fibra óptica e telefones celulares;

E daí? Possibilita a integração e desenvolvimento de forma mais equilibrada no território nacional;

Integração comercial e social


1. Comunicação em massa, fruto do uso da internet. Uso de redes sociais:- Whatsapp e Twitter;

2. Radiodifusão foi pioneira com a integração nacional. Getúlio Vargas (Voz do Brasil);

3. TV aberta e radiodifusão. Principais fontes de informação da população brasileira;

4. Redes sociais aumentam a inclusão social;

5. Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para redução da pobreza e diminuição das


desigualdades:

6. Agricultores, pescadores, pecuaristas, pequenos comerciantes - Com acesso à internet, uso de


celulares ou computadores, conseguiram ampliar e modernizar seus negócios e parcerias;

7. Diminuição dos custos de produção, aumentando a renda e gerando empregos;

8. Digital Green (DG): Um dos projetos de TIC da Microsoft Research. Promove o uso de vídeos
instrutivos gravados localmente para ensinar pequenos agricultores a adotar técnicas mais produtivas;

Fibra óptica (cabos submarinos)

1. Insere as diversas regiões do Brasil na era da globalização das comunicações;

2. Interliga as capitais e as principais cidades litorâneas no eixo Fortaleza - Porto Alegre;

3. Vantagens:
Cap Antonio
o Vence limites geográficos e independe condições meteorológicas;

o Conecta continentes: Brasil e África (Fortaleza-Camarões), Brasil (NE) e Europa;

o Evolução no padrão da conexão: velocidade, estabilidade e preço;

o Aprimoramento dos serviços;

o Fluxo constante de conexão;

4. Programa Amazônia Conectada: Cabos de fibra ótica na Amazônia Ocidental;

o Projeto de fibra óptica subaquática levando modernidade e tecnologia para as comunidades


afastadas do Amazonas.

Internet no Brasil
1. Concentração da banda larga fixa em grandes centros. Destaque para os estado de São Paulo,
Rio de Janeiro e Minas Gerais;

2. Em 2021, 82% dos domicílios brasileiros tinham acesso à internet, taxa que aumentou
consideravelmente em relação a 2019 (71%).

3. Entre famílias da classe A, 100% possuem acesso à internet; na classe B, são 98%, contra 89%
da classe C. Já nas classes D e E, apenas 61% das famílias têm acesso à internet, deixando quase 40%
desconectados.

4. Infraestrutura de informação:

o Programa Nacional de Banda Larga - Massificar o acesso à internet em banda larga no


país, principalmente nas regiões mais carentes dessa tecnologia;

o Amazônia Conectada;

E daí? Reflete desigualdade social e econômica. Empresas de internet se instalam próximas de cidades
industrializadas;

5. Melhoria da Educação:

o Importante para educação e o aprendizado;

o Serviços de acesso à internet nas escolas públicas, privadas e locais de trabalho;

o Home office e Ensino a Distância (EAD);

o Canais de TV dedicados à educação;

o Tentativa do governo de implementar o ENEM digital;

E daí? Possibilitam a integração social;

Sistema de televisão e rádio


Cap Antonio
1. TV aberta e a radiodifusão são as principais fontes de informação para a maior parte dos
brasileiros;

2. Uso na educação: TV Cultura, Canal Futura;

3. 97% das casas brasileiras possuem TV;

4. Região Sudeste maior índice e Região Norte o menor;

5. A radiodifusão atinge 90% das residências;

6. Serviço público de radiodifusão;

7. Inclui algumas redes de televisão e rádio dedicadas à educação e à cultura, e a maior parte delas
depende de financiamento do governo: TV Cultura, Voz do Brasil;

Disputa pelo controle do 5G no Brasil


1. A internet 5G é a nova fronteira tecnológica a ser alcançada. A tecnologia 5G contribuirá para a
implementação das seguintes inovações:

o uso massivo de inteligências artificiais;

o carros autônomos;

o comunicação imersiva;

o realidade virtual aumentada;

2. 2021: Leilão das frequências para o uso do 5G no Brasil: Arrecadou mais de R$47 bilhões de
reais por 85% das faixas de radiofrequência 5G.

3. Atualmente, poucas empresas conseguem produzir as infraestruturas necessárias para o sistema


5G:

o Chinesas Huawei e ZTE;

o Finlandesa Nokia;

o Sueca Ericsson;

o Norte-americana Qualcom;

o Sul-coreana Samsung;

4. Conflito 5G entre EUA e China:

a. Huawei tem oferecido preços abaixo das concorrentes nas licitações pelo mundo, por conta
de fatores locacionais da economia chinesa (escala produtiva, custo de mão de obra etc.);
b. Essa capacidade chinesa de liderar em uma área tecnológica tão importante tem incomodado os
EUA. Assim, os EUA buscam barrar a participação da China em todos os países que estão na sua
esfera de influência;
Cap Antonio
c. Principal justificativa trazida pelo governo dos EUA é a segurança. Segundo a Casa Branca, os
chineses estão interessados em roubar dados e espionar através da rede 5G;
E daí? Argumento contra essa justificativa é que atualmente já existem muitas infraestruturas da
Huawei no Brasil relacionadas a rede 4G.

Cronologia da criação de leis sobre internet no Brasil


1. 2012: Lei "Carolina Dieckmann" (penal);

o Voltada para crimes virtuais e delitos informáticos;

2. 2014: Marco Civil da internet;

o É a norma legal que disciplina o uso da Internet no Brasil por meio da previsão de
princípios, garantias, direitos e deveres para quem faz uso da rede, bem como da
determinação de diretrizes para a atuação do Estado

3. 2018: LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados;

o Regulamenta a proteção e a privacidade dos dados pessoais;

4. 2019: ANPD - Autoridade Nacional de Proteção de Dados – 2019;

o É um órgão da administração pública federal que deve realizar a a implementação e a


fiscalização da LGPD;

5. 2020: Entra em pleno vigor a LGPD;

Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)


1. Lei de 2018.Entrou em pleno vigor a partir de 2020;

2. Inspiração na lei da UE - General Data Protection Regulation (GDPR)/2018;

3. Regulamenta a proteção e a privacidade dos dados pessoais;

E daí? Complementa o escopo legal do Marco Civil da Internet no que tange aos direitos e as garantias;

Participação das Forças Armadas


1. Sistema Visiona: Empresa integradora de sistemas espaciais. Embraer é responsável pela
indústria aeroespacial e defesa e Telebrás responsável pela Telecom;

2. Uso de sistemas como Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS);

3. Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM). Criado para integrar informações e gerar


conhecimento atualizado para ações que contribuam para a proteção, inclusão social e ao
desenvolvimento sustentável da região, desde 2002;

4. Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM). Monitoramento do espaço aéreo da Amazônia;


Cap Antonio
5. GESAC - Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão: Inclusão de comunidades
ribeirinhas e isoladas. Internet gratuita (escola, unidades de saúde e aldeias indígenas). Atende aos
Pelotões e Destacamentos de Fronteira do Exército;

6. Projeto Amazônia Conectada - Fibra óptica no leito do rio Amazonas - Expandir programas
governamentais e interligar Manaus, Tefé e Tabatinga;

7. SISGAAZ - Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul;

E daí?
 Prover soberania ao Brasil no ponto de vista comunicação militar e ampliar acesso à internet de
qualquer ponto do país;

 Potencializar a atuação dos entes governamentais com responsabilidades sobre a área. As Forças
Armadas sob a égide do trinômio monitoramento/controle, mobilidade e presença;

Ações governamentais
1. Conecte SUS: Digitalização das informações do SUS. Carteira de vacina COVID 19;

2. Projeto Centelha. Visa estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a


cultura empreendedora no Brasil.

3. Programa Nacional de Banda-Larga (PNBL - Anatel). Massificar o acesso à internet em banda


larga no país, principalmente nas regiões mais carentes dessa tecnologia.

4. PortoLog:
a. Sistema que visa o monitoramento da chegada do transporte por rodovias e ferrovias aos
portos;
b. Foco na intermodalidade;
c. Racionalizar o processo e diminuir a burocracia;

5. Porto Sem Papel:

a. Sistema de informação que tem como objetivo reunir em um único meio de gestão as
informações e a documentação necessárias para agilizar a análise e a liberação das mercadorias no âmbito
dos portos brasileiros;
b. Racionalizar o processo e diminuir a burocracia;

E daí? O processo logístico deve ganhar mais segurança, celeridade e índices expressivos de
desempenho;

6. Programa Constelação Catarina:

a. prevê a criação e fabricação de 13 satélites. Desenvolvido pela Agência Espacial Brasileira


(AEB), o programa prevê uma “constelação de satélites” que ajudarão o Brasil a monitorar clima,
a fim de prevenir desastres naturais e aprimorar o processo de agricultura de precisão.

Circulação de capital e multinacionais


1. Desenvolvimento do comércio internacional. Bolsa de valores e bancos;
Cap Antonio
2. Desenvolvimento do comércio eletrônico. E-commerce;

3. Dinamização do comércio eletrônico. Mercado Livre, Amazon;

4. Crescimento de empresas multinacionais. Podem ser controladas em qualquer lugar do mundo;

5. Evolução da distribuição territorial do trabalho (DTT);

Formação de tecnopolos
 Porto Digital - Recife-PE;

 TECNOPUC - Porto Alegre – RS;

 ITA - São José dos Campos-SP;

Impactos e benefícios do Sistema Informacional


1. Circulação de capitais - Transação via smartphone;

2. Circulação de informações;

3. Comunicação em massa;

4. Transformação da paisagem - Cabos e antenas;

5. Diminuir o tempo consumido nas tarefas;

6. Agilizar e facilitar o acesso às informações vitais para o gerenciamento de empresas;

7. Oferecer informações integradas, simples e seguras, a qualquer instante em que forem


necessárias. Consultas em telas ou em relatórios;

Proteção de dados transmitidos por meio eletrônico


1. Vulnerabilidade dos dispositivos e redes à infecção por vírus digitais;

2. Possibilidade de danos nos dispositivos eletrônicos;

3. Possibilidades de interrupção de redes de computadores e prestação de serviços;

4. Invasão de dispositivos e redes por “hackers” e “crackers”. Crimes digitais - Art 5º CF/88
(inviolabilidade da intimidade, privacidade, honra e imagem das pessoas);

5. Ocorrência de vazamento de dados. Lei Carolina Dieckmann de 2012 (crimes virtuais);

6. Possibilidade de danos emocionais e psicológicos. Vazamento de audiovisuais particulares;

7. Prática de crime sexuais. Crime digital;

8. Ocorrência de furto de informações confidenciais. Marco civil da internet 2014 (regula o uso da
internet);

9. Prática de extorsão na internet. Crime digital;

10. Ocorrência de crimes relacionados a vendas online. E-commerce;


Cap Antonio
11. Compartilhamento indevido de dados pessoais e coorporativos por empresas e instituições -
Bancos de dados (CPF e CNPJ);

12. Possibilidade de ações judiciais motivadas por má gestão de informações confidenciais


sensíveis. Segurança jurídica;

13. Possibilidade de danos de imagem;

14. Proteção e salvaguarda de conhecimentos estratégicos sensíveis - Segurança nacional;

15. Condição para inserção empresarial e institucional - Exigência de mercado (UE);

16. Condições para relações com organizações e instituições internacionais – OCDE;

Situação das principais redes de informação no Brasil


1. Aumento do comércio eletrônico. Dinamiza e integra a economia;

2. Investimentos da iniciativa privada em tecnologias. Contribuem para integração e


desenvolvimento;

3. Participação no mercado financeiro. Redes são fundamentais para circulação do capital


financeiros;

4. Expansão do mercado consumidor. Incremento nos setores de Informação e Comunicação;

5. Concentração regional dos recursos humanos especializados. O Centro sul concentra esses
recursos: melhores salários e infraestruturas nas áreas de comunicação e informação;

6. Construção e lançamento de Satélites - CBERS e SGDC. Parceria com outros países;

7. Expansão das telefonias fixas e celular (crescimento da demanda). Aumento da integração


nacional;

8. Novas tecnologias aplicadas à aviação. Áreas de georreferenciamento e microeletrônica


(EMBRAER);

9. Incentivo a formação de Tecnopolos - ITA (São José dos Campos) e o Porto Digital de Recife
(cluster de desenvolvimento de softwares);

10. Difusão da internet no Brasil. Popularização de redes sociais e aplicativos, o que favorece a
integração comercial e social;

11. Ampliação do uso da Fibra Ótica. Maior qualidade, estabilidade e velocidade nas conexões;

12. Uso do Rádio. Um dos primeiros meios de difusão de informações do Brasil;

13. Utilização do EAD. Democratização do acesso à educação;

14. Incentivo a pesquisa e desenvolvimento. País desenvolve estudos nas áreas de microeletrônica,
meios de transporte, satélites, cabos de fibra ótica, tecnologia da informação e comunicações;

Ideias englobantes
Cap Antonio
✔ As redes de Informação e Comunicação são vitais para a diminuição das desigualdades sociais;

✔ Redes de informação exercem papel importante na estruturação do território, vital para o


funcionamento da economia;

✔ Redes de Informação e Comunicação evoluíram no cenário nacional. Porém, não atendem


satisfatoriamente às crescentes demandas impostas pelo desenvolvimento econômico nacional;

✔ As redes de Informação são capazes de articular o convívio e a capacidade de mobilização


nacional diante dos desafios de um mundo cada vez mais globalizado;

PARCERIAS INTERNACIONAIS
Sistema de Satélites (CBERS - Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres)
 Parceria inédita entre Brasil e China no setor técnico-científico espacial;

 Início projeto 1988 - Último lançamento em 2019;

 Fiscalizar áreas despovoadas e com vastos recursos naturais;

 Satélites próprios (BRA e CHI) de sensoriamento remoto;

E daí? Busca consolidar a autonomia neste segmento para controle do desmatamento e queimadas na
Amazônia Legal, o monitoramento de recursos hídricos, áreas agrícolas, crescimento urbano, ocupação
do solo, educação;

Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC)


 Satélite de comunicação geoestacionário brasileiro construído pela Thales Alenia Space (Franco-
Italiana);

 Data de lançamento: 4 de maio de 2017 (duração de 18 anos);

 Projeto estratégico, de natureza dual: Comunicação estratégica e implementação de políticas


públicas de banda larga (pesquisa e defesa para todo território nacional);

Satélite Amazônia-1 (Brasil e Índia)


 Primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado
pelo Brasil;

 Lançamento pelo Centro de Lançamento Sriharikota, na Índia – 2021;

 Imagens de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento, especialmente na


região amazônica;

 Alerta de danos ambientais na Amazônia;

E daí? Insere o Brasil no conjunto de países com tecnologia espacial;

Glonass
Cap Antonio
 Glonass - "GPS" russo;

 Brasil é o maior usuário fora da Rússia;

 Empresa possui escritório no Brasil;

 Possui parceria com a UNB;


Cap Antonio
UD 16 - MEIO AMBIENTE E GESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL
Assunto 61. Os principais ecossistemas brasileiros

❖ Examinar os principais ecossistemas do território brasileiro e o uso de seus recursos


naturais.

Assunto 62. Sociedade e natureza

❖ Compreender as relações entre sociedade e natureza como historicamente construídas.

❖ Analisar a relação entre conservação da natureza e os diferentes modos de vida da


população brasileira.

Assunto 63. Gestão ambiental no Brasil

❖ Compreender as relações entre sociedade e natureza como historicamente construídas.

❖ Analisar a relação entre conservação da natureza e os diferentes modos de vida da


população brasileira.

Assunto 64. Impactos ambientais no Brasil

❖ Analisar os principais impactos ambientais no Brasil (urbanos, industriais e rurais).

 Principais recursos naturais estratégicos do Brasil e seus reflexos para a influência política e
econômica do País no cenário internacional vigente.

 Os recursos naturais estratégicos são aqueles vitais para a sociedade, disputados mundialmente. E,
devido a sua escassez e significativa demanda global, a posse, ou domínio, desses referidos recursos
podem representar uma série de vantagens econômicas e até geopolíticas.

 Reservas de água doce


 O Brasil detém cerca de 12% das reservas de água doce do mundo. As bacias hidrográficas
do Rio Amazonas e o Aquífero Guarani contribuem para esse domínio brasileiro nas reservas de águas
potáveis, facilitando sua produção agrícola e consumo humano. Salienta-se que tal fato projeta o Brasil no
cenário político internacional pois fortalece o seu poder de negociação.

 Incidência solar
 O país possui um grande potencial para gerar eletricidade a partir do sol. A região com maior
incidência de irradiação solar no Brasil é o chamado Cinturão Solar, que engloba a região Nordeste até o
bioma do Pantanal, favorecendo uma matriz energética renovável. Cabe destacar que politicas
sustentáveis aumentam a influência brasileira no cenário global

 Incidência de ventos
Cap Antonio
 A abundância de ventos no Brasil, em especial no nordeste, permite ao país diversificar sua
matriz energética. O Brasil está entre os dez maiores geradores de energia eólica do mundo, fortalecendo
sua política sustentável. Merece destacar que tal fato incrementa a influência brasileira na questão
ambiental, tão em voga do cenário internacional vigente.

 Biodiversidade
 O Brasil lidera o ranqueamento dos países com maior biodiversidade. A importância deste
recurso natural reside na possibilidade de fabricar alimentos, medicamento e cosméticos, diversificando a
econômica nacional. Salienta-se que deter essa riqueza possibilita o Brasil aumentar sua influência
econômica nas grandes empresas farmacêuticas, como Bayer e Johnson e Johnson.

 Petróleo e gás natural


 O país possui grandes reservas de petróleo e gás natural, especialmente na bacia de Santos e
de Campos. Assim, o Brasil está entre os maiores produtores de petróleo do mundo, fortalecendo sua
economia. Destaca-se que essa produção reflete positivamente na projeção de poder econômico do Brasil
no cenário internacional.

 Nióbio
 O Brasil possui mais de 90% de todas as reservas de nióbio do mundo. A utilização desse
minério está atrelada a produção de ligas metálicas de alta resistência, utilizadas em aviões e foguete,
incrementando o desenvolvimento tecnológico do país. Ressalta-se que a posse de minério concede ao
Brasil posição privilegiada na corrida espacial internacional.

 Madeira
 O Brasil possui a maior Floresta Tropical do mundo. Essa característica permite ao país está
entre os grandes produtores de madeira do mundo, o que fortalece a posição brasileira na produção de
móveis e celulose. Merece destacar que o país é grande exportador de celulose, influindo diretamente no
preço global desta matéria-prima.

 Minério de ferro
 O Brasil é o segundo maior produtor mundial de minério de ferro. O mesmo possui grandes
reservas localizadas na região de Carajás, no estado do Pará, e no Quadrilátero Ferrífero, em Minas
Gerais, o que assegura ao país grande relevância na produção siderúrgica. Ressalta-se que isso reflete
positivamente para o Brasil no cenário internacional.

 Manganês
 Essencial na fabricação de ligas metálicas, combinando, especialmente, com o ferro na
produção de aço;
 Brasil→ responsável por cerca de 15% da produção global;

 Urânio
 7ª maior reserva do mundo;
 O Brasil faz parte do seleto grupo de países que domina todo o ciclo do combustível, da
mineração ao enriquecimento e o uso em usinas nucleares;

 Lítio
 Utilizado na fabricação de baterias. Atualmente, avulta-se de importância pela fabricação de
carros elétricos;
 O país está entre os 10 maiores produtores do mundo;
Cap Antonio

 Carvão Mineral
 Uso interno pouco expressivo. Porém, há reservas significativas na Região Sul do país,
podendo ser empregado na geração de energia, nas termoelétricas, ou na metalurgia;

 Terras férteis e disponíveis


 O Brasil apresenta uma área agricultável disponível total de cerca de 18% do território
nacional. Tal fato permite ao país ser um grande exportador de commodities, fortalecendo seu comércio
exterior. Porém, ainda existe um elevado potencial de desenvolvimento e expansão do setor
agropecuário, pois estima-se que 10,5% do território brasileiro ainda não foi explorado. Destaque-se que
o Brasil contribui para a segurança alimentar do mundo, aumentando sua influência política no mundo.
 Elementos de terras raras (ETR)
 O Brasil detém a 2ª reserva de terras raras do mundo. Os ETR possuem ampla aplicação na
fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como celulares e fibras óticas, o que permite ao país
alavancar o desenvolvimento de sua indústria de alta tecnologia.

 Extenso litoral
 O litoral brasileiro possui mais de sete mil quilômetros de extensão. Isso permite ao Brasil
usufruir facilmente das riquezas provenientes do mar, seja na pesca, no turismo, ou como via de
transporte no seu comércio internacional, ensejando o seu progresso nacional.

 AMAZÔNIA
 Grande superfície territorial → 59% do território nacional;
 Fronteira terrestre com sete países;
 Litoral Atlântico;
 Posição relativa → região do Brasil mais próxima aos mercados consumidores dos EUA,
Europa e Ásia → incrementando o comércio exterior nacional;
 Extensa hidrografia;
 Rica biodiversidade;
 Exploração econômica dos recursos vegetais;
 Exploração econômica dos recursos minerais;
 Exploração econômica dos recursos energéticos → mais de 40% do potencial hidrelétrico
nacional, mas gera somente 16%;
 Atividade agropecuária → fronteira agrícola → nova fronteira: MATOBIPA → soja, gado
bovino e gado bubalino;
 Produção industrial → Zona Franca de Manaus;
 Mercado de crédito de carbono:
 Permite que empresas compensem suas emissões de gases do efeito estufa (GEE) a partir da
aquisição de créditos gerados por projetos de redução de emissões e/ou captura;
 Exemplos de projetos que podem gerar créditos de carbono: agricultura sustentável,
biocombustíveis, eficiência energética, preservação e reflorestamento, energias renováveis;

 Presença das Forças Armadas:


 MB, EB e FAB com dezenas de Organizações Militares;
 Pelotão Especiais de Fronteiras;
 Distritos Navais;
 Dezenas de Capitanias dos Portos
Cap Antonio
 COMAR: Comando Aéreo Regional;
 A PND define a Amazônia como uma das prioridades do ponto de vista da Defesa;
 SIVAM → Sistema de Vigilância da Amazonia;
 SIPAM → Sistema de Proteção da Amazônia;
 Operações conjuntas com outros órgãos públicos e com países vizinhos;
 EB na construção e manutenção de rodovias;

UD 17 - O SISTEMA EDUCACIONAL NO BRASIL


Assunto 65. Estrutura e Funcionamento do Sistema Educacional brasileiro

❖ Analisar a atual situação do sistema educacional brasileiro.

 LEGISLAÇÃO
a. Constituição Federal
 Art 6º: Educação é um direito social;
 Art 205º: A educação, direito de todos e dever do Estado e da Família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho;

b. Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB


 Regulariza a educação brasileira com base nos princípios presentes na Constituição.

c. Plano Nacional de Educação (PNE): 2014-2024


 Vigência de 10 anos a contar de 2014 (diretrizes, estratégias e metas para educação).
 Principais diretrizes:
 melhoria na qualidade da educação;
 educação para todos;
 erradicação do analfabetismo; e
 valorização do profissional de saúde.

 ESTRUTURA
Cap Antonio

 Educação Básica
 É normatizada pela Base Nacional Comum Curricular – BNCC, padronizado a educação básica
em nível nacional e contribuindo para a redução das disparidades regionais;
 Desenvolver o educando;
 Assegurar a formação indispensável para o exercício da cidadania;
 Fornecer meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Esta última finalidade deve
ser desenvolvida de maneira precípua (essencial) pelo ensino médio, uma vez que entre as suas
finalidades específicas incluem-se “a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando”, a
serem desenvolvidas por um currículo, que destacará a educação tecnológica básica.

a. Educação Infantil - Esfera municipal


 Completar a ação da família e da sociedade;
 Desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social.
 Creches (0-3 anos)
 Pré-Escolas (de 4 a 5 anos) – Obrigatória;
b. Ensino Fundamental (de 6 a 14 anos) – Esfera estadual e municipal
 Formação básica do cidadão (obrigatório e gratuito nas escolas públicas).
 Há uma equidade entre escolas estaduais e municipais.
c. Ensino Médio (de 15 a 17 anos) – Esfera estadual
 Prepara o educando para o ensino superior;
 Etapa final da educação básica, consolidação dos objetivos adquiridos no ensino fundamental.
Obrigatório e gratuito desde 2013.

 Educação Superior
 Formar profissionais nas diferentes áreas do saber;
 Possui o objetivo de ajudar na captação de conhecimentos e habilidades, passando a dominar
uma área de sua escolha, para futuramente exercer uma profissão;
 Estímulo à criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento
reflexivo.
 Desenvolvimento da ciência e tecnologia e criação e difusão da cultura;
 Graduação
 Pós Graduação
 Extensão

 MODALIDADES ESPECIALIZADAS DE ENSINO


1) Educação Profissional e Tecnológica
 A Educação Profissional e Tecnológica (EPT) é destinada aos trabalhadores em geral, sem
exigência de nível de escolaridade, ou aos alunos do ensino médio e superior.
 Um dos seus objetivos é capacitar o educando para sua inserção econômica na sociedade, haja
vista o elevado nível tecnológico da atualidade.
 Divide-se em:
 Formação inicial e continuada (FIC) ou qualificação profissional: oferecem cursos
organizados para o desenvolvimento de aptidões básicas para a vida produtiva e social e, em sua maioria,
não exigem nível de escolaridade;
Cap Antonio
o São ofertados pelas redes de educação profissional e tecnológica, os Serviços Nacionais
de Aprendizagem (SENAI, SENAC), instituições privadas;
 Educação Profissional Técnica de Nível Médio
o Ocorre de forma articulada com o ensino médio, podendo ser integrado (na mesma
matricula), concomitante (com matriculas distintas) ou subsequente (cursado após a conclusão do ensino
médio);
o Os cursos e programas são organizados por eixos tecnológicos;
o São ofertados pelos Institutos Federais, escolas técnicas vinculadas às Universidades
Federais, instituições do sistema s, dentre outras;
 Educação Profissional Tecnológica de graduação (tecnólogos);
o Os graduados denominam-se tecnólogos e são profissionais de nível superior com
formação para a produção e a inovação científico-tecnológica;
o Esses cursos superiores são ofertados nas esferas municipal, estadual e federal e também
pela iniciativa privada e Sistema S;
o Duração de dois a três anos;
o Os cursos são agrupados em 13 eixos tecnológicos;

 Educação Profissional Tecnológica de pós-graduação


o Desenvolvida por meio de cursos e programas oferecidos para profissionais graduados
com o objetivo de manter a continuidade do aperfeiçoamento;
o É oferecida na por meio de programas de pós-graduação, especialização tecnológica,
mestrado e doutorado;
Cap Antonio

 Redes de Educação Profissional


Cap Antonio

2) Educação Especial
 Educandos portadores de necessidades especiais;
 assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
e altas habilidades/superdotação;

3) Educação de Jovens e Adultos - EJA


 É destinada aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental
e médio na idade própria (também denominado Supletivo);

4) Educação Indígena
 Visa manter a cultura e tradições indígenas. Aulas bilíngues.

5) Educação à Distância
 Modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente
e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação.

6) Educação Básica do Campo


 Atender as peculiaridades das comunidades rurais, ribeirinhas e extrativistas;

7) Educação Escolar quilombola


 Manter os valores históricos e culturais da comunidade;

8) Educação Bilingue de Surdos


 Educação escolar oferecida em Língua Brasileira de Sinais (Libras), como primeira língua, e
em português escrito, como segunda língua;
Cap Antonio
 E Daí? O funcionamento do Sistema Brasileiro de Educação é regulamentado por leis e planos
que estruturam a educação, na tentativa de atender todas as demandas em cada faixa etária, nível
profissional/ educacional, e situação socioeconômica.

 A ATUAL SITUAÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO


a. Brasil investe atualmente 6% do PIB em educação pública. Meta 2024: 10%;
b. Educação Básica:
 Desafios de infraestrutura: Acesso à água, esgoto, internet;
 Baixo acesso à creche (0 a 3 anos) → falta creche → dificulta a inserção no mercado de
trabalho da mulher;
 O ensino fundamental:
 Desafio: evasão escolar;
 Baixa qualidade: baixas notas na Prova Brasil que avalia a qualidade do ensino dos alunos
do ensino fundamental;
 Ensino Médio:
 Desafio: evasão escolar

c. Base Nacional Comum Curricular - BNCC


 A Base Nacional Comum Curricular – BNCC é uma série de registros compilados que
determinam as habilidades e competências que todos os alunos inscritos em escolas públicas e privadas
precisam desenvolver durante o Ciclo da Educação Básica, ou seja, da Educação Infantil até o Ensino
Médio.
 O objetivo da BNCC é garantir que todos os alunos tenham acesso ao mesmo conhecimento.
Com isso, é esperada uma redução significativa das desigualdades educacionais no país, nivelando o
estudo e aumentando a qualidade do que é passado em sala de aula.

d. Novo Ensino Médio


 Ensino médio regular (1800 horas) mais curso técnico ou profissionalizante (1200 horas) que
o jovem escolheu;
 Organizado por áreas do conhecimento e não por matérias;
 Matemáticas e suas Tecnologias;
 Linguagens e suas Tecnologias;
 Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
 Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; e
 Formação Técnica e Profissional;
 Aumento da carga horária;
 Adoção de uma base comum curricular;
 Escolha dos itinerários formativos por parte do aluno;
 Profissionais da educação:
 Deverão planejar e realizar as aulas de maneira integrada entre as diferentes áreas de
conhecimento e disciplinas;
 Para o itinerário de Formação Profissional e Técnica, é permitida a atuação de profissionais
com notório saber, reconhecidos pelos respectivos sistemas de ensino para ministrar conteúdos
relacionados a sua experiência profissional;
 Flexibilidade do currículo;
 Contribui ainda com o desenvolvimento do projeto de vida e carreira dos alunos;
Cap Antonio
 Proporciona menos aulas expositivas e focar mais em projetos, oficinas, cursos e atividades
práticas e significativas;

e. Educação superior
 Instituto Nacional de Pesquisa Educacional (INPE) realiza o Censo da Educação Superior
 O Brasil tem cerca de 7 doutores a cada 100 mil habitantes, enquanto que a média da OCDE é
40 por 100 mil.
 Elevado número de Instituições de Ensino Superior (IES). Destaque para ações
governamentais a fim de premiar projetos inovadores em P&D.
 Baixo número de matrículas na graduação. Se comparada a Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
 Predomínio de faculdades particulares. Representam, aproximadamente, 80% do total de
IES.
 Aumento da evasão escolar. Destaque para o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação
e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que busca ampliar o acesso e a permanência na
educação superior.
 Universidades são as IES com mais matrículas. Destaque para o programa “Ciência é 10”,
articulando as universidades públicas com os governos municipais, estaduais e federal.
 Aumento da proporção do EaD. O empreendimento já corresponde a aproximadamente 20%
dos cursos de graduação.
 Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é um ambiente online — site, sistema ou
software — utilizado para ministrar aulas, cursos e capacitações em geral pela internet. Nesse espaço, os
alunos também interagem entre si e recebem a tutoria dos professores.
 Predomínio de cursos noturnos. A maioria dos alunos estuda à noite e exerce suas atividades
profissionais durante o dia.
 Predomínio de mulheres nos IES. Trata-se de um fenômeno mundial, que vem sendo
constatado na última década no Brasil.
 Baixa valorização das carreiras relacionadas ao magistério, o que se explica pela baixa
remuneração dos professores.
 Baixa valorização das carreiras relacionadas à Ciência e Tecnologia. Destaque para o novo
Plano de Ação para a Promoção da Inovação Tecnológica.
 Integração deficiente entre Universidades e empresas. Destaque para a autorização do
naming rights (ter o nome de empresas/patrocinadores e patronos na instituição) nos campi e em
edifícios.
 Baixa captação de recursos privados, demandando estímulo ao compartilhamento de
conhecimento e experiências entre eles.
 Número reduzido de pesquisas nas áreas das ciências exatas. Destaque para o Programa
“Future-se”, visando, dentre outros objetivos, a captação de recursos para desenvolvimento de pesquisas.
 Integração escola e empresa. Ambiente de negócios pouco favorável à criação e consolidação
de startups, ou seja, de empresas com base tecnológica.
 Infraestrutura deficiente. Poucos laboratórios de ciências, física, robótica, salande
computadores, música e quadras de esporte. Destaque para o programa Educação em Prática.
 Baixa qualidade do ensino superior. Vide as áreas de engenharia e em atividades P&D.
Destaque para o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) avaliando os cursos.

f. Exame Nacional do Ensino Médio -ENEM


g. Sistema de Seleção Unificada - SISU
Cap Antonio

 EDUÇAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA (EPT) e A INDÚSTRIA 4.0

 Educação Profissional e Tecnológica (EPT)


 O que é:
 É uma modalidade educacional prevista na LDB com a finalidade precípua de preparar “para
o exercício de profissões”, contribuindo para que o cidadão possa se inserir e atuar no mundo do
trabalho e na vida em sociedade;
 A qualificação profissional é um dos caminhos para impulsionar a economia e para o
fortalecimento da empregabilidade, da inclusão produtiva e da geração de renda.
 Ela também é um grande diferencial para a carreira e para o crescimento profissional, trazendo
conhecimento, oportunidades e melhorias na remuneração.

 Legislação:
 1988 – Constituição Federal → educação é um direito social;
 1996 – LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e suas atualizações;
 2014 – PNE: Plano Nacional de Educação: determina diretrizes, metas e estratégias para a
política educacional no período de 2014 a 2024.
 Engloba metas e estratégias para toda a estrutural educacional brasileira, para a EPT tem-se:
o Meta 10: oferecer a educação de jovens e adultos (EJA) integrada cm a educação
profissional → EJATEC;
o Meta 11: expandir a educação profissional técnica de nível médio;
o Meta 12: elevar a taxa de matrícula na educação superior;
o Meta 13: elevar a qualidade do ensino superior e ampliar a proporção de mestres e
doutores no corpo docente;
o Meta 14: expandir a titulação anual de mestres e doutores;

 Atores da EPT
 Órgãos normatizadores da EPT
 Congresso Nacional;
 Conselho Nacional de Educação;
 Ministério da Educação;
 Secretarias de Educação Estaduais;
 Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec);
o É responsável por formular, planejar, coordenar, implementar, monitorar e avaliar
políticas públicas de Educação Profissional e Tecnológica (EPT), desenvolvidas em regime de
colaboração com os sistemas de ensino e os agentes sociais parceiros;
 Secretaria de Educação Superior (Sesu);
o Tem por atribuição planejar, orientar, coordenar e supervisionar o processo de
formulação e implementação da política nacional de educação superior. Cabe-lhe propor e executar
programas voltados para a ampliação do acesso e da permanência de estudantes na etapa da formação
superior.

 Órgãos ofertantes de cursos


 Universidades e Institutos Federais;
 Universidades estaduais;
Cap Antonio
 Serviço Nacional de Aprendizagem – Sistema S (Senai, Senac)
 Instituições de ensino privadas;

 Estrutura e formas de oferta


 Integrado com a educação de jovens e adultos (Ejatec);
 Formação inicial e continuada (FIC) ou qualificação profissional:
 Oferecem cursos organizados para o desenvolvimento de aptidões básicas para a vida
produtiva e social e, em sua maioria, não exigem nível de escolaridade;
o São ofertados pelas redes de educação profissional e tecnológica, os Serviços Nacionais
de Aprendizagem (SENAI, SENAC), instituições privadas;
 Educação Profissional Técnica de Nível Médio
 Ocorre de forma articulada com o ensino médio, podendo ser integrado (na mesma
matricula), concomitante (com matriculas distintas) ou subsequente (cursado após a conclusão do ensino
médio);
o São ofertados pelos Institutos Federais, escolas técnicas vinculadas às Universidades
Federais, instituições do sistema s, dentre outras;
o Os cursos são agrupados em 13 eixos tecnológicos;
 Educação Superior
 Graduação em cursos de licenciatura e bacharelado → a graduação convencional;
 Graduação Profissional e Tecnológica: título de tecnólogo;
o Esses cursos superiores são ofertados nas esferas municipal, estadual e federal e também
pela iniciativa privada e Sistema S;
o Duração de dois a três anos;
o Os cursos são agrupados em 13 eixos tecnológicos;
 Educação Superior de Pós-graduação
 Especialização, mestrado e doutorado;
o Os tecnólogos recebem diploma de graduação e têm o mesmo direito de fazer cursos de
especialização, de mestrado ou de doutorado e participar de concursos públicos. Podem também ingressar
em curso de mestrado profissional.
Cap Antonio

 Estrutura operacional
 Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica - Sistec
 O SISTEC é um sistema informatizado em que as instituições de ensino ofertantes de
educação profissional e tecnológica inserem as informações sobre os cursos técnicos de nível médio e os
cursos de qualificação profissional, incluindo matrícula, frequência, concluintes dentre outros.

 Polos de Inovação
 A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial – Embrappi junto com ao Institutos
Federais fomentaram a criação de polos de inovação. Atualmente, há mais de 10 destes polos, abrigados
dentro de Institutos Federais, os quais atuam em diferentes áreas tecnológicas e projetos de pesquisa
aplicados em parceria com o setor produtivo.

 Rede e-Tec Brasil – ensino a distância


 Sua finalidade é desenvolver a educação profissional e tecnológica na modalidade da
educação a distância, ampliando e democratizando a oferta e o acesso à educação profissional pública e
gratuita no País.

 Novo Ensino Médio:


 A novidade com o novo ensino médio é que a EPT passa a fazer parte do currículo regular
do ensino médio, e isso pode acontecer em um mesmo período/turno escolar, o que permite atender o
estudante de forma integral e integrada, por meio de um currículo que aborde as diversas dimensões do
desenvolvimento do jovem.

 Catálogos Nacionais de Cursos


 Explicitam, regulam e orientam a oferta dos cursos da educação profissional e tecnológica
(EPT), tanto no nível médio como superior. Além disso, estipula a carga horários dos referidos cursos.
Assim, garante uma uniformidade na qualificação nacional.
Cap Antonio
 Programas, ações e políticas do ensino
 Exame Nacional do Ensino Médio – Enem
 Ideia matadora: surgiu com o objetivo de avaliar o desempenho escolar dos estudantes no
termino da educação básica. Porém, atualmente, é utilizado como mecanismo de acesso à educação
superior, inclusive no exterior;
 E daí: unificou a banca aplicadora dos vestibulares, otimizando a preparação dos alunos
para o acesso à educação superior;

 Sistema de Seleção Unificada - Sisu


 Ideia matadora: plataforma digital que utiliza centraliza a seleção dos candidatos aos cursos
superiores de instituições públicas por meio da nota do Enem;
 E daí: dinamizou o acesso dos jovens à graduação, incrementando a mão de obra qualificada
no Brasil;

 Programa Universidade para todos – Prouni


 Ideia matadora: oferta bolsas de estudos, integrais e parciais, em cursos de graduação nas
instituições de educação superior privadas;
 E daí:
o Ampliou a acesso dos jovens ao ensino superior, aumentando a oferta de mão de obra
qualificada no mercado de trabalho brasileiro;
o Democratizou o ensino superior brasileiro, o que possibilitou que mais pessoas se
matriculassem nas universidades;

 Fundo de Financiamento Estudantil – Fies


 Ideia matadora: concede financiamento a estudantes de cursos superiores bem avaliados
pelo Ministério da Educação e que não sejam gratuitos;
 E daí:
o Ampliou a acesso dos jovens ao ensino superior, aumentando a oferta de mão de obra
qualificada no mercado de trabalho brasileiro;
o Democratizou o ensino superior brasileiro, o que possibilitou que mais pessoas se
matriculassem nas universidades;

 Programa Idiomas sem Fronteiras – IsF


 Ideia matadora: promove o estudo de línguas estrangeiras entre os professores e estudantes
da educação superior brasileira e estimula o aprendizado da língua portuguesa para pessoas não nativas,
em prol da internacionalização das universidades brasileiras;
 E daí:
o Possibilita o intercâmbio com outras nações que detenham tecnologias de interesse do
país;
o Promove o intercâmbio cultural;

 Programa Estudantes-Convênio de Graduação - PEC-G


 Ideia matadora: oferece oportunidade de formação superior a cidadãos de países com os
quais O Brasil possui acordos educacionais e culturais;
 E daí:
o Possibilita o intercâmbio com outras nações;
Cap Antonio
o Promove o prestígio internacional do Brasil;
o Promove o intercâmbio cultural;

 Programa de Mobilidade Acadêmica Regional do Mercosul


 Ideia matadora: incentiva a mobilidade e o intercâmbio acadêmico entre estudantes,
docentes, pesquisadores e coordenadores;
 E daí:
o Melhora a qualidade acadêmica da região do Mercosul;
o Promove o intercâmbio cultural;

 Programa Educação Tutorial - PET


 Ideia matadora: estimula, por meio da concessão de bolsas, à formação de grupos de
estudantes que recebem tutoria de um docente/profissional;
 E daí:
o Aumento da qualidade na formação acadêmica;
o Estimula a formação de profissionais e docentes de elevada qualidade técnica;

 Programa Nacional de Assistência Estudantil - Pnaes


 Ideia matadora: ampliar a acesso e a permanência na educação superior de estudantes de
baixa renda, matriculados em instituições federais;
 E daí:
o Aumento o número de concluintes do ensino superior, qualificando a mão de obra
nacional;

 Programa Novos Caminhos - (antigo Pronatec)


 Ideia matadora: fortalecer a educação profissional e tecnológica do país, aumentando a
oferta de cursos profissionalizantes e facilitando o acesso dos estudantes a esses cursos;
 E daí:
o Suprir as demandas do setor produtivo e atender as evoluções tecnológicas;

 Programa Jovem Aprendiz Industrial


 Ideia matadora: qualifica jovens para a indústria de forma gratuita, sendo necessário ter
concluído o ensino médio ou estar no último ano;
 E daí:
o Amplia o número de pessoas qualificadas por todo o Brasil;
o Contribui para uma melhor distribuição geográfica da industrias, pois grande parte ainda
está no Centro-Sul;

 Educação Centrada na Aprendizagem → “Learning by Doing”


 Ideia matadora: promove a incorporação pelas instituições de Educação Profissional e
Tecnológica dos conceitos da educação para o Mundo 4.0, no contexto da atual Quarta Revolução
Industrial e a internet das coistas;
 E daí:
o Proporciona a atualização dos estudantes e docentes para o contexto econômico atual;

 Monitor de Profissões
Cap Antonio
 Ideia matadora: plataforma digital que fornece dados acerca de cursos e do mercado de
trabalho acerca de determinada profissção;
 E daí:
o Contribui para as políticas públicas educacionais;
o Mostra o contexto entre oferta e demanda de inúmeros perfis profissionais;

 INDÚSTRIA 4.0 → conceito criado em 2016


 Benefícios
 Aumento da capacidade produtiva;
 Surgimento de novas profissões;
 Mudança na cadeia produtiva → customização, eficiência e inovação;
 Sustentabilidade do mercado → as inovações permitem que o mercado garanta o
desenvolvimento das gerações futuras;
 Redução de custos → novas tecnologias agregam economia e eficiência na produção. Além de
otimizar a utilização do recurso humano;
 Tecnologias
 Inteligência artificial → dispositivos que simulam a capacidade cognitiva humana;
 Computação em nuvem → é a utilização de “data center”, por vezes terceirado, para armazenar
servidores e banco de dados, proporcionando flexibilidade de uso e economia;
 “Big data” → consiste na recepção, análise e geração de informações que auxiliam as empresas
e as instituições públicas;
 Incremento da segurança cibernética → manutenção das confidencialidades, integridade e
disponibilidade dos dados digitais;
 Internet das coisas → interconexão entre objetos por meio da rede mundial de computadores;
 Robótica avançada → dispositivos autônomos, desde nos domicílios, passando por cirurgias
médicas até a exploração espacial;
 Simulação em ambiente virtual → permite a visualização em 3D do produto final e o estudo de
sua utilização em condições análogas às reais;
 Manufatura aditiva → fabricação de peças pelo uso da sobreposição de material, permitindo
maior flexibilidade e otimizando a substituição de peças sem necessidade de produção em larga escala;
 Digitalização → utilização de processos digitais no desenvolvimento, produção e destinação
final do produto, o que garante um processo continuo de aperfeiçoamento do bem em questão;

 Impactos no Brasil
 Aumento da competitividade em alguns setores no Brasil, devido a oferta de mercados
exteriores;
 Necessidade de desenvolver políticas de estímulo ao desenvolvimento tecnológico;
 Geração de novos produtos, com mais qualidade e interesse do consumidor brasileiro;
 Maior integração digital nos setores da economia;
 Necessidade das empresas otimizarem sua gestão de pessoas e recursos materiais;
 A implementação das tecnologias poderá incrementar o PIB nacional;
 Otimização da produção e a facilitação das tomadas de decisão;
 Novos modelos de negócio e de inserção nos mercados, com a possível redefinição de setores
da economia;

 EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Cap Antonio
 Importância
 Auxílio na democratização do ensino → viabiliza condições de estudar para mais estudantes,
com custos menores ou flexibilização de horários;
 Universalização do conhecimento → permite o aprendizado para moradores das cidades
afastadas dos grandes centros ou com qualquer limitação física;
 Diminuição da evasão escolar → flexibilidade de horários e interatividade com o mundo
digital → consegue estudar depois do trabalho ou nos finais de semana;
 Facilitação do emprego da Educação 4.0 → maior interação com as ferramentas digitais, o
que favorece a inserção no mundo tecnológico atual;
 Auxílio da inclusão social → disseminando um ensino de qualidade e valores de cidadania;
 Desenvolvimento de capacidades → permite ampliar o conhecimento além dos aspectos
teóricos e práticos, integrando pessoas de diferentes regiões do país;
 Viabilização de ensino em caso de catástrofes → permite a continuidade do ensino mesmo na
ocorrência de pandemias ou acidentes naturais;
 Aumento da oferta de cursos → o estudante tem acesso a um número maior de cursos ao
alcance de suas mãos, não necessitando se locomover ou se filiar fisicamente a uma instituição de ensino;
 Complementação do ensino fundamental → o EAD poderá ser empregado na
complementação do ensino fundamental em casos de situações emergências, facilitando a continuidade da
educação em casos de problemas de saúde;
 Estímulo à inclusão digital → o EAD impulsiona o uso de celulares e computadores,
estimulando uso desses equipamentos e incentivando os alunos a superar qualquer dificuldade de
interação;
 Aproveitamento dos polos de ensino para variados empregos → a instituição de ensino que
emprega a modalidade EAD deve possuir instalações que permita a realização de provas e a
apresentações de trabalho. Esses polos podem ser empregados pela sociedade para a realização de
congressos ou feiras de ciências, incrementando o conhecimento local;
 Especialização extra dos professores → os professores necessitam desenvolver habilidades
digitais, o que colaborando a capacitação do corpo docente;
 Aumento da matrícula em cursos de graduação → valores acessíveis, flexibilidade e a
pandemia provocaram o aumento no número de matriculados, demonstrando sua crescente importância;
 Incentivo ao estabelecimento de bibliotecas virtuais → o EAD trouxe consigo a necessidade
de ampliar os livros em formato eletrônico. O acervo digital de livros permite um acesso mais fácil e
amplo, incremento as pesquisas e a qualidade dos trabalhos acadêmicos;
 Emprego de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) → é o sistema que permite a
realização das aulas online. O seu uso aquece o mercado de programação computacional e incentiva as
instituições de ensino a aperfeiçoarem seu sistema;

 Pontos fortes
 Flexibilidade de horário e autonomia ao estudante;
 Incluir digitalmente pessoas em faixas etárias mais elevadas;
 Inclusão de pessoas com deficiência;
 Possibilidade de conciliar emprego e estudo;
 O estudante aprimora sua disciplina, proatividade e organização;
 Incentiva o usuário a utilizar diversas ferramentas de TI;
 A biblioteca virtual atende tanto os alunos presenciais como os do ensino a distância;
 O aperfeiçoamento do AVA e sua utilização para diferentes contextos;
Cap Antonio
 Oportunidades de melhoria
 Alto custo de implantação → internet, computadores;
 Os dispositivos eletrônicos podem desviar a atenção/concentração dos estudantes;
 As relações interpessoais ficam afetadas;
 A qualidade dos cursos de EAD deve se equiparar aos presenciais, o que por vezes não ocorre;

Assunto 66. A Educação e o Desenvolvimento Nacional.

❖ Interpretar os indicadores da educação no Brasil.

❖ Explicar a importância da educação no processo de desenvolvimento econômico, social e


político do Brasil.

 ASPECTOS ECONÔMICOS:
 Melhoria da qualidade da Força de Trabalho
 Aumento da produtividade
 Melhoria da competitividade no mercado de trabalho
 Inserção na economia global
 Aumento da renda
 Aumento do PIB
 Redução dos gastos do governo
 Aumento do desenvolvimento e produção Científico-Tecnológica
 Redução no desequilíbrio econômico no país
 Qualificação dos recursos humanos

 ASPECTOS POLÍTICOS
 Exercício da cidadania
 Conscientização política
 Votação qualitativa
 Gestores públicos melhores qualificados
 Fortalecimento da democracia
 Melhoria na qualidade do eleitorado
 Melhoria na qualidade de lideranças políticas

 ASPECTOS PSICOSSOCIAL
 Redução da violência
 Redução da pobreza
 Redução das diferenças sociais
 Melhoria na qualidade de vida
 Melhoria na saúde
 Preservação do Meio Ambiente
 Aumento da empregabilidade
 Inclusão Social (deficientes e baixa renda)
 Melhoria na mobilidade social
Cap Antonio
 Contribuição para a formação da nação
 Melhoria da integração regional

Assunto 67. Programas e Ações Governamentais na área de educação

❖ Apresentar os programas e ações governamentais vigentes no Brasil, com destaque para as


áreas da educação básica, profissional e tecnológica, continuada, superior e a distância.

❖ Compreender os atuais desafios da educação no Brasil.

a. Educação Básica
Desafio Programa

❖ Aumentar a qualidade da alfabetização e equidade do ✔ Programa Conta para Mim _promover


sistema escolar práticas de literacia familiar

❖ Melhorar o índice de alfabetização infantil ✔ Política Nacional de Alfabetização –


PNA
❖ Diminuir taxa de analfabetismo
✔ Programa Nacional do Livro e do
(Somente 45% das crianças alfabetizadas até 8 anos / 7% Material Didático - PNLD
da população analfabeta)

✔ Programa Educação em Prática _os


alunos vivenciam as profissões

✔ Programa Caminho da Escola


❖ Diminuir a evasão escolar _padronizar a frota de veículos escolares
das redes de educação básica pública

✔ Programa Auxilio Brasil

_exige frequência mínima

❖ Aumentar a qualidade do ensino na rede pública ✔ PECIM

_Programa Nacional das Escolas Cívico-


Militares

✔ PNBE

_Programa Nacional Biblioteca na Escola


Cap Antonio
✔ SAEB

_Sistema de Avaliação da Educação Básica

✔ Piso Salarial Profissional Nacional – Lei


nº 11.738/2008 - para os profissionais do
magistério público da educação básica

✔ FUNDEB
❖ Reajustar o salário dos docentes
_Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
❖ Valorizar o profissional da educação da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação

✔ Programa Forma Brasil Docente

✔ Formação Continuada para Professores


❖ Oferecer cursos de qualificação pedagógica aos
docentes ✔ Formação de Profissionais da Educação
Básica em Educação Especial

✔ FUNDEB

✔ Programa de Inovação Educação


❖ Aperfeiçoar e melhorar a infraestrutura escolar Conectada
_Apoiar a universalização do acesso à
(Ex.: saneamento, água, luz e internet)
internet de alta velocidade e fomentar o
uso de tecnologia digital

✔ Pró-Infância

❖ Universalizar acesso na educação infantil


✔ Pró-infância

❖ Aumentar número de vagas nas creches (Somente


✔ Brasil Carinhoso
30% das crianças)

❖ Universalizar ensino fundamental e ensino médio ✔ Programa Auxilio Brasil

_exige frequência mínima

✔ Projovem - Programa Nacional de


Inclusão de Jovens
_ jovens de 18 a 29 anos residentes em
regiões urbanas que saibam ler e escrever,
Cap Antonio
mas não tenham concluído o ensino
fundamental

✔ PEJA

_ Destinado a pessoas com 15 anos ou mais


que não completaram o ensino
fundamental ou médio.

✔ PRONATEC
❖ Melhorar educação profissional técnica
✔ Programa Novos Caminhos
(Somente cerca de 10% dos estudantes entre 15 e 19 anos
estudam em escolas técnicas)
✔ Inovação 4.0

✔ Simercosul

❖ Melhorar a Integração educacional com outras nações _ articulará as iniciativas de mobilidade


acadêmica em educação no âmbito do
MERCOSUL

✔ Programa escola Acessível


❖ Melhorar a acessibilidade
_ Promover condições de acessibilidade ao
(65% das escolas possuem alunos com deficiência e ambiente físico, aos recursos didáticos e
muitas delas não possuem a acessibilidade correta) pedagógicos e à comunicação e informação
nas escolas públicas de ensino regular

b. Educação Superior
Desafio Programa

❖ Ampliar e democratizar o acesso à educação superior ✔ FIES


de qualidade
_Fundo de Financiamento Estudantil /
(Somente 40% dos jovens entre 18 e 24 anos) Empréstimo

✔ PROUNI

_Programa Universidade para Todos /


Bolsas de estudo

✔ SISU

_Sistema de Seleção Unificada

✔ PNAES
Cap Antonio
_Programa Nacional de Assistência
Estudantil / oferece assistência à moradia
estudantil, alimentação, transporte, à saúde,
inclusão digital, cultura, esporte, creche e
apoio pedagógico.

✔ ProExt

_Programa de Extensão Universitária /


Apoiar as instituições públicas de ensino
superior no desenvolvimento de programas
❖ Aumentar a quantidade de mestres e doutores
ou projetos de extensão que contribuam
para a implementação de políticas públicas.

✔ Bolsas de Mestrado e Doutorado - MEC


(CAPES)

❖ Aumentar a oferta de cursos de extensão universitária ✔ ProExt

✔ CAPES

_Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior / desempenha
papel fundamental na expansão e
consolidação da pós-graduação stricto
❖ Incrementar a integração entre ensino, pesquisa e sensu (mestrado e doutorado) em todos os
estados da Federação
extensão
✔ FUTURE-SE

_ dar maior autonomia financeira a


universidades e institutos por meio do
fomento à captação de recursos próprios e
ao empreendedorismo;

❖ Criar mecanismos de motivação para o exercício da ✔ PET


docência superior _Programa de Educação Tutorial

❖ Evitar a evasão de graduandos ✔ PNAES

(50% dos que ingressam não se formam)


✔ Bolsa Permanência

_ concessão de auxílio financeiro aos


estudantes, sobretudo, aos estudantes
quilombolas, indígenas e em situação de
vulnerabilidade socioeconômica
matriculados em instituições federais de
Cap Antonio
ensino superior e assim contribuir para a
permanência e a diplomação dos
beneficiados.

✔ Incluir

_ O Programa de Acessibilidade na
Educação Superior (Incluir) propõe ações
❖ Superar desigualdades no ensino que garantem o acesso pleno de pessoas
com deficiência às instituições federais de
ensino superior (Ifes).

✔ Sistema de cotas

✔ Arcu-sul
❖ Melhorar a Integração educacional com outras nações
_ é um mecanismo permanente de
❖ Validação de diplomas e reconhecimento de estudos acreditação regional do Setor Educacional
do Mercosul.

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