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Cap Antonio

Sumário História – PLADIS 2019


UD 1 - O SURG. DO ESTADO-NAÇÃO E A EXPANSÃO MARÍTIMO-COMERCIAL IBÉRICA..........................................5
Assunto 1 - O mercantilismo: ideias e práticas econômicas dominantes na Europa.......................................................................5
Assunto 2 - O absolutismo e a formação do estado-nação na Europa.............................................................................................6
Assunto 3. A expansão marítima e o pioneirismo português...........................................................................................................9
UD 2 - COLONIZAÇÃO: A PARTILHA DAS AMÉRICAS......................................................................................................14
Assunto 4. A América Portuguesa.................................................................................................................................................14
Assunto 5. A América Espanhola..................................................................................................................................................14
Assunto 6. A colonização da América do Norte............................................................................................................................14
Assunto 7. A ocupação efetiva da colônia e o empreendimento canavieiro..................................................................................21
Assunto 8. As ameaças externas ao litoral, a defesa da colônia....................................................................................................29
Assunto 9. O Brasil na União Ibérica (1580-1640).......................................................................................................................29
Assunto 10. A expansão da ocupação portuguesa para além do tratado de Tordesilhas...............................................................32
Assunto 11. A descoberta do ouro: um novo ciclo econômico......................................................................................................32
Assunto 12. As revoltas coloniais..................................................................................................................................................36
Assunto 13. Ações de corsários no litoral......................................................................................................................................36
Assunto 14. Os tratados de limites: a nova fixação das fronteiras.................................................................................................36
Assunto 15. A crise do colonialismo português e o caminho de independência...........................................................................38
UD 4 - A EUROPA NO SÉCULO XVIII E O MUNDO CONTEMPORÂNEO.........................................................................39
Assunto 16. A crise do Antigo Regime e o Iluminismo................................................................................................................39
Assunto 17. Revolução Industrial: as grandes transformações socioeconômicas (séculos XVIII-XIX).......................................39
Assunto 18. A independência dos EUA.........................................................................................................................................39
Assunto 19. A Revolução Francesa...............................................................................................................................................39
Assunto 20. A Era Napoleônica.....................................................................................................................................................39
UD 5 - O SÉCULO XIX NAS AMÉRICAS.................................................................................................................................40
Assunto 21. O processo de independência nas Américas..............................................................................................................40
Assunto 22. As teorias de pan-americanismo e a cooperação hemisférica....................................................................................43
Assunto 23. A construção dos Estados Unidos..............................................................................................................................44
UD 6 - BRASIL IMPÉRIO: FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO (1822-1889)..................................................................44
Assunto 24. A construção da nova ordem no império...................................................................................................................44
Assunto 25. A reafirmação da ordem agrário-escravista...............................................................................................................44
Assunto 26. A política administrativa do império.........................................................................................................................44
Assunto 27. Crise e consolidação do império................................................................................................................................48
Assunto 28. A política externa do império do Brasil.....................................................................................................................56
Assunto 29. Economia e trabalho em transição.............................................................................................................................58
Assunto 30. O fim do império........................................................................................................................................................59
UD 7 - IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX....................................................................................60
Assunto 31. O nacionalismo na Europa e as unificações tardias: Alemanha e Itália....................................................................60
Assunto 32. O imperialismo europeu.............................................................................................................................................62
Assunto 33. A resistência à dominação.........................................................................................................................................70
Assunto 34. O imperialismo dos EUA...........................................................................................................................................71
Assunto 35. O Império Japonês.....................................................................................................................................................74
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UD 8 - ÁFRICA: DAS FEITORIAS AO IMPERIALISMO.........................................................................................................77
Assunto 36. As relações Brasil-África nos séculos XVI a XIX.....................................................................................................77
Assunto 37. A África colonizada (século XIX): os diferentes projetos imperialistas europeus....................................................80
UD 9 - A I GRANDE GUERRA E A CRISE DE 1929 (1914-1930)...........................................................................................80
Assunto 38. A I Grande Guerra (1914-1918)................................................................................................................................80
Assunto 39. A Revolução Russa (1917)........................................................................................................................................87
Assunto 40. O pós-guerra e a crise de 1929...................................................................................................................................89
UD 10 - A PRIMEIRA REPÚBLICA NO BRASIL (1889-1930)................................................................................................92
Assunto 41. A Proclamação da República e os projetos republicanos..........................................................................................92
Assunto 42. A consolidação da ordem liberal-oligárquica: a centralização e o regionalismo.......................................................92
Assunto 43. As revoltas internas antioligárquicas.......................................................................................................................100
Assunto 44. A industrialização, o trabalho e a imigração............................................................................................................103
Assunto 45. Os militares na república velha................................................................................................................................103
Assunto 46. A política externa da república velha.......................................................................................................................105
Assunto 47. Os anos 20 e a crise da primeira república..............................................................................................................109
UD 11 - SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: DO CONFLITO TRADICIONAL À ERA NUCLEAR.....................................111
Assunto 48. A Itália sob o Fascismo............................................................................................................................................111
Assunto 49. O Nazismo na Alemanha.........................................................................................................................................113
Assunto 50. O avanço dos regimes totalitários............................................................................................................................117
Assunto 51. O militarismo japonês..............................................................................................................................................119
Assunto 52. A primeira fase da guerra: o avanço do eixo (1939-1942)......................................................................................119
Assunto 53. A segunda fase da guerra: a vitória dos aliados (1942-1945)..................................................................................119
Assunto 54. A Organização das Nações Unidas (ONU) e a divisão da Alemanha.....................................................................119
UD 12 - BRASIL: DA REVOLUÇÃO DE 1930 AO FIM DO ESTADO NOVO (1930-1946)................................................124
Assunto 55. A Revolução de 1930...............................................................................................................................................124
Assunto 56. O processo constituinte (1933/1934) e as opções políticas.....................................................................................124
Assunto 57. A contestação ao regime: a Revolução Constitucionalista de 1932........................................................................124
Assunto 58. O fechamento do regime..........................................................................................................................................129
Assunto 59. O estado na economia..............................................................................................................................................131
Assunto 60. Os militares e o governo..........................................................................................................................................132
Assunto 61. Sociedade e cultura..................................................................................................................................................132
Assunto 62. O Brasil na II Guerra Mundial.................................................................................................................................133
Assunto 63. A crise do Estado Novo e a queda de Vargas (1945)..............................................................................................136
UD 13 - GUERRA FRIA: DA BIPOLARIDADE À HEGEMONIA DOS EUA.......................................................................138
Assunto 64. A divisão da Europa.................................................................................................................................................138
Assunto 65. A Guerra Fria...........................................................................................................................................................138
Assunto 66. A União Soviética....................................................................................................................................................138
Assunto 67. O comunismo burocrático no leste europeu.............................................................................................................138
Assunto 68. Revolução e comunismo na China...........................................................................................................................138
Assunto 69. A revolução cubana..................................................................................................................................................138
Assunto 70. Os países não alinhados...........................................................................................................................................138
UD 14 - ORIENTE MÉDIO: OS CONFLITOS RELIGIOSOS E O EQUILÍBRIO DO PODER MUNDIAL..........................152
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Assunto 71. O mundo árabe e a descolonização europeia no Oriente Médio..............................................................................152
Assunto 72. O nacionalismo laico no Oriente Médio..................................................................................................................152
Assunto 73. A criação do Est. de Israel, a Quest. Palestina e o Fundamentalismo Islâmico.......................................................152
Assunto 74. O Ocidente frente ao Oriente Médio........................................................................................................................152
UD 15 - AS AMÉRICAS NO SÉCULO XX...............................................................................................................................153
Assunto 75. A REPÚBLICA NA HISPANO-AMÉRICA...........................................................................................................153
Assunto 76. NACIONALISMO, RADICALISMO E SOCIALISMO NAS AMÉRICAS.........................................................153
Assunto 77. MÉXICO..................................................................................................................................................................153
Assunto 78. ARGENTINA..........................................................................................................................................................153
Assunto 79. CHILE......................................................................................................................................................................153
Assunto 80. PERU.......................................................................................................................................................................153
Assunto 81. EUA: DE EISENHOWER A GEORGE W. H. BUSH...........................................................................................159
Assunto 82. RELAÇÕES INTERNACIONAIS..........................................................................................................................159
Assunto 83. OS CONFLITOS REGIONAIS NA AMÉRICA.....................................................................................................160
UD 16 - A SEGUNDA REPÚBLICA (1945-1964)....................................................................................................................162
Assunto 84. 1946-1951 – A redemocratização e o governo Dutra..............................................................................................162
Assunto 85. Os Partidos Políticos................................................................................................................................................165
Assunto 86. O segundo governo Vargas (1951 – 1954)..............................................................................................................166
Assunto 87. A crise de 1954 e as instituições republicanas.........................................................................................................167
Assunto 88. 1956-1961 – Juscelino Kubitschek..........................................................................................................................168
Assunto 89. O governo Jânio Quadros e a crise da coalizão conservadora.................................................................................172
Assunto 90. Os sindicalismos urbano e rural...............................................................................................................................172
Assunto 91. 1961-1964 – João Goulart........................................................................................................................................173
Assunto 92. A Política Externa Independente em face a Guerra Fria..........................................................................................174
UD 17 - ÁFRICA: DA DESCOLONIZAÇÃO AO FINAL DO SÉCULO XX..........................................................................175
Assunto 93. A crise do colonialismo europeu na África pós-1945..............................................................................................175
Assunto 94.O processo de formação dos países africanos...........................................................................................................175
Assunto 95. O PROC. DE INDEP. DAS PROVÍNCIAS ULTRAMARINAS PORT. NA ÁFRICA.........................................175
Assunto 96. A formação dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)............................................................175
Assunto 97. A África do Sul e o Regime do Apartheid...............................................................................................................175
Assunto 98. As relações Brasil-África e a cooperação Sul Atlântica no século XX...................................................................175
UD 18 - OS GOVERNOS DE PRESIDENTES MILITARES (1964-1985)...............................................................................176
Assunto 99. A crise do trabalhismo, a radicalização da esquerda e o Mov. Cívico-Militar de 1964..........................................176
Assunto 100. As relações entre os governos de presidentes militares e os partidos políticos.....................................................176
Assunto 101. O papel da ESG e os projetos de desenvolvimento...............................................................................................176
Assunto 102. Entre Castello e Costa e Silva................................................................................................................................176
Assunto 103. O AI-2 e o bipartidarismo: ARENA e MDB.........................................................................................................176
Assunto 104. A junta militar e o governo Médici........................................................................................................................176
Assunto 105. O Milagre Econômico............................................................................................................................................176
Assunto 106. Classes médias e consumo.....................................................................................................................................176
Assunto 107. O governo Geisel...................................................................................................................................................176
Assunto 108. O governo Figueiredo............................................................................................................................................176
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Assunto 109. A Política Externa..................................................................................................................................................176
Assunto 110. Os novos atores sociais e políticos.........................................................................................................................176
UD 19 - O CONTINENTE ASIÁTICO.......................................................................................................................................185
Assunto 111. JAPÃO: A POTÊNCIA ECONÔMICA E AS LIMITAÇÕES POLÍTICAS E MILITARES..............................185
Assunto 112. A CHINA: INTERESSES ESTRATÉGICOS.......................................................................................................185
Assunto 113. A Índia: da independência à potência regional......................................................................................................202
Assunto 114. A ÁSIA CENTRAL PÓS-SOVIÉTICA................................................................................................................212
Assunto 115. FUNDAMENTALISMO ISLÂMICO E CRISE NA ÁSIA CENTRAL..............................................................212
Assunto 116. A DISPUTA PELA HEGEMONIA NA ÁSIA CENTRAL: RÚSSIA, EUA E CHINA......................................214
UD 20 - A NOVA REPÚBLICA NO BRASIL: DE 1985 AOS DIAS ATUAIS.......................................................................215
Assunto 117. A MOBIL. PELAS ELEIÇÕES DIRETAS E A ELEIÇÃO DE TANCREDO NEVES......................................215
Assunto 118. O GOVERNO SARNEY (1985-1989)..................................................................................................................215
Assunto 119. FERNANDO COLLOR DE MELLO (1990-1992)...............................................................................................215
Assunto 120. ITAMAR FRANCO (1992-1994) E A INTERINIDADE DA NOVA REPÚBLICA..........................................215
Assunto 121. GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (1995-2002).......................................................................215
Assunto 122. A ASCENSÃO DA ESQUERDA E O GOVERNO LULA (2003-2010).............................................................215
Assunto 123. O PAPEL DO BRASIL PERANTE A INTEGRAÇÃO SUL-AMERICANA.....................................................215
Assunto 124. POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA.................................................................................................................215
UD 21 - A NOVA ORDEM MUNDIAL E O SÉCULO XXI.....................................................................................................219
Assunto 125. O MUNDO PÓS-GUERRA FRIA........................................................................................................................219
A ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS – OEA...........................................................223
Assunto126. OS GRANDES BLOCOS REGIONAIS................................................................................................................224
UNIÃO EUROPEIA..............................................................................................................................224
ACORDO NORTE-AMERICANO DE LIVRE COMÉRCIO – NAFTA............................................225
MERCADO COMUM DO SUL – MERCOSUL..................................................................................226
Assunto 127. SOB A HEGEMONIA DOS ESTADOS UNIDOS..............................................................................................226
Assunto 128. OS CRIMES ORGANIZADOS TRANSNACIONAIS........................................................................................230
Assunto 129. TERRORISMO INTERNACIONAL....................................................................................................................231
Assunto 130. A AMÉRICA DO SUL..........................................................................................................................................233
Assunto 131. OS DIREITOS HUMANOS COMO FATOR DE POLÍTICA INTERNACIONAL............................................240
Assunto 132. O SURGIMENTO DA MULTIPOLARIDADE E O EQUILÍBRIO DE PODER PÓS-GUERRA FRIA...........240
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UD 1 - O SURG. DO ESTADO-NAÇÃO E A EXPANSÃO MARÍTIMO-COMERCIAL IBÉRICA
Padrão de desempenho: Relacionar o mercantilismo (séculos XIV-XVIII), o absolutismo e a formação
do Estado-Nação na Europa (séculos XV-XVI) e a expansão marítima e o pioneirismo português, com
base na documentação referenciada, para explicar o surgimento do Estado-Nação e a expansão marítimo
comercial-ibérica.
Assunto 1 - O mercantilismo: ideias e práticas econômicas dominantes na Europa
a. Principais características do mercantilismo e suas consequências para a consolidação dos Estados
(séculos XIV-XVIII)

CARACTERÍSTICAS DO MERCANTILISMO
1. Balança comercial favorável;
2. Metalismo: riqueza de uma país determinada pela capacidade de acumular metais preciosos;
3. Protecionismo alfandegário (impostos sobre as importações): manter a balança comercial
favorável;
4. Monopólio comercial praticado por países ou concedido a terceiros – Cia Índias Orientais
(Holanda);
5. Integrava o Antigo Regime;
6. Relevância da indústria naval;
7. Corsários ingleses – Acúmulo de capital pela pirataria oficial – Investimentos para a Revolução
Industrial;
8. Sistema colonial foi a principal ferramenta do mercantilismo;
9. Exclusivismo colonial da metrópole com as colônias;

O MERCANTILISMO DOS PAÍSES EUROPEUS


França:
 Invasões na América: Desrespeito ao Tratado de Tordesilhas (1494);
 Investimento em artigos de luxo para exportação: balança comercial favorável;
Holanda:
 Crescente atividade manufatureira;
 Maior consistência ao comércio (balança comercial favorável);
Inglaterra:
 Invasões na América: Saques e Corsários;
 Crescente atividade manufatureira
 Maior consistência ao comércio (balança comercial favorável);
 Desenvolvimento Comercial: Maior economia da Europa;
Espanha:
 Metalismo na América Espanhola;
 Consequência: “Revolução dos Preços” = ↑ 400% inflação na Europa.
Portugal:
 Comercial com as Índias: Especiarias;
 Plantation com a cana de açúcar: Colônias na América e na África;
 Metalismo Séc. XVIII;
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 Tráfico de Escravos africanos;
Portugal e Espanha:
 Não desenvolveram as manufaturas nas colônias (foco na exploração) e não reduziram gastos das
Coroas (levaria à falência do regime);
E daí?
 Quando as reservas de metais nobres entraram em declínio se tornaram dependentes de outros
países com manufaturas e indústrias desenvolvidas;
 Perderam a capacidade de acúmulo de capital (balança comercial desfavorável), que fluía
principalmente para a Inglaterra, o que contribuiu para a Revolução Industrial inglesa;

Assunto 2 - O absolutismo e a formação do estado-nação na Europa


a. Caracterização dos sistemas políticos na Europa Ocidental (séculos XVI-XVII)

O ABSOLUTISMO EUROPEU
 Prática política do Antigo Regime (Séc. XV a XVII): concentração do poder na mão do rei;
 Centralização de poder nos Estados da Europa – Formação de grandes dinastias;
 Necessidade imposta pelo sistema mercantilista: Maior segurança, burocratização e a
profissionalização das ações do Estado;
 Monopólio da força - O exército a serviço do rei com o objetivo de assegurar o acesso à colônias;
 Apoio da Igreja: Assegurar a paz social;
 Principais manifestações do absolutismo na Europa:

 Apresentar as condições que permitiram o surgimento do Estado-Nação no Ocidente.


1) Ascensão da burguesia;
1) Formação de exércitos a serviço do Rei, devido a necessidade de uma concentração de poder
para combater ameaças externas (Guerra dos Cem Anos);
2) A diminuição da renda dos senhores feudais aumentou a pobreza dos servos, que se
rebelaram. As revoltas obrigaram os senhores feudais a se socorrerem junto ao monarca, fortalecendo a
centralização do poder (Revoltas Camponesas – Jacqueries);
3) Necessidade burguesa de maior segurança nas relações comerciais;
4) Necessidade de esclarecer leis para todos;
5) Ascensão das monarquias absolutistas. O Renascimento cria a imagem do indivíduo Rei,
responsável e protetor da sua nação.
6) Mercantilismo:
o Metalismo
o Balança comercial favorável
o Política protecionista
o Política intervencionista
o Sistema Colonial

7) A Reforma Protestante reduz o poder do Papa, criando condições para que o Rei se sentisse
responsável sobre assuntos religiosos de sua nação.
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IDEIAS ENGLOBANTES:
 Campo político:
o Fortalecimento do absolutismo;
o Extensão da legislação para um maior número de pessoas;
o Início das relações entre Estados Soberanos;

 Campo econômico:
o Acúmulo de capitais nas mãos da burguesia mercantil;
o Capitalismo comercial;

 Campo militar:
o Surgimento de exércitos nacionais cada vez mais fortes;
o Exército permanente;
o Serviço militar.

 Campo psicossocial:
o Fortalecimento das identidades nacionais;
o Padronização culturais;

 Comparar o processo de instalação do Absolutismo nos Estados-Nação da Europa, entre os


séculos XVI e XVII.

 Justificativas:
o Maquiavel (O Príncipe);
o Hobbes (homem lobo do homem);
o Jaques Bossuet (direito divino dos reis);
o Jean Bodin (rei como chefe de família).

 França:
o Luís XIV (Rei Sol): maior expoente do absolutismo. Intenções expansionistas e controle
político, econômico e social.
 Inglaterra:
o Dinastia dos Tudors;
o Henrique VIII: rompeu com a igreja católica e fundou a Igreja Anglicana;
o Elisabeth I: ascensão da economia inglesa;

 Espanha:
o Fernando de Aragão e Isabel de Castela.
o Quatro reinos que controlavam a península: Navarra, Leão, Castela e Aragão.
Divergências levaram a necessidade de unificação, ocorridas com alianças matrimoniais e
através da fé, visando integridade dos povos frente às ameaças dos mouros.
o Administração não totalmente homogênea.
o Grande quantidade de metais vindos das colônias americanas.

 Portugal:
o D. João V:
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 Expoente máximo do absolutismo português;
 Nunca convocou as Cortes;
 Criação de três Secretarias de Estado: do Reino, dos Negócios Estrangeiros e da
Guerra, da Marinha e do Ultramar, todas elas presididas pelo monarca
o No Absolutismo português o rei era aclamado e não ungido ou sagrado, obrigado a prestar
um juramento pelo qual se comprometia a respeitar o povo, as leis da Igreja e os
privilégios e costumes do reino, isto é, o monarca comprometia-se a aceitar a lei moral e
religiosa, bem como as tradições.
o Esta situação manteve-se desde o início, vindo apenas a ser alterada com o Marquês de
Pombal, por influência do modelo austríaco e das teorias jusnaturalistas, passando a
colocar-se o rei acima de quaisquer leis.
o Ligação forte com o catolicismo;

IDEIAS ENGLOBANTES:
 Centralizar o poder, estabilizar o Estado e para acumular riquezas;
 Constituição de uma burocracia racional – Administração Organizada: Cobrança de Impostos e
Distribuição da Justiça por meio de códigos escritos em substituição às leis feudais (nascimento da
moderna burocracia);
 Profissionalizou as forças militares em substituição ao antigo Exército de Vassalos da idade
média;
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Assunto 3. A expansão marítima e o pioneirismo português
a. As Grandes Navegações e o domínio dos mares pelos países da Península Ibérica
b. O Tratado de Tordesilhas
OBJETIVOS:
 Compreender o processo de expansão marítima ibérica, com ênfase no caso português.

CAUSAS GERAIS:
1. Necessidade de ampliar a possibilidade de contato da Europa com o Oriente;
2. Quebrar o monopólio italiano e o muçulmano: associação do absolutismo à burguesia;
3. Burguesia: capital financiador da expansão. Interesse no lucro com o aumento das atividades
comerciais;
4. Renascimento: Mudança no pensamento europeu (antropocentrismo e racionalismo) e novos
instrumentos de navegação;
5. Cunho religioso das navegações: aumento do número de cristãos (diminuir influência de outras
religiões);
6. Alto custo das navegações - Projeto dependeria de um Estado forte e centralizado;
7. Países que alcançaram primeiro o modelo de Estado absolutista foram pioneiros na expansão:
Somente um Estado politicamente centralizado seria capaz de mobilizar recursos materiais e humanos
para as grandes navegações;
8. Esgotamento das reservas de metais preciosos na Europa: ouro e prata para cunhagem de moedas.

PIONEIRISMO PORTUGUÊS

● Criação da Escola de Sagres por Dom Henrique (Séc XV): Estudos náuticos e especialistas em
diversas áreas da ciência;

● Emprego de novos instrumentos: Bússola, astrolábio, balestilha, quadrante;

● Renascimento: questionamentos científicos ao Teocentrismo;

● Ausência de conflitos internos e externos;

● Centralização política (monarquia nacional) precoce:

o Dinastia de Borgonha (1139-1383);


o Revolução de Avís (1383-1385);
● Posição geográfica privilegiada: voltado para o Atlântico e a meio caminho entre o mar do Norte e
o Mediterrâneo;

● Acúmulo de capita: apoio financeiro da burguesia;

● Experiência no mar: país de vasto litoral. Viviam da pesca e outras atividades marítimas;
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● Espírito aventureiro: superação do mito do mar tenebroso;

● Espírito Cruzadista: expulsão dos Mouros e Conquista de Ceuta (1415);

Motivações portuguesas

● Busca pelas especiarias das Índias: grande cobiça no mercado europeu;

● Busca por novos mercados;

● Busca por metais: esgotamento das minas europeias de metais preciosos;

● Quebrar o monopólio italiano e muçulmano: novo caminho para as Índias;

● Propagação da Fé Cristã;

A expansão

● Novo caminho para as Índias: Portugal optou pela rota que contornava a África;

● Conquista de Ceuta (1415), Ilha da Madeira (1418-1419) e Ilha dos Açores (1427-1428);

● Objetivo alcançado em 1498, por Vasco da Gama: especiarias entrariam na Europa sem o
intermédio dos muçulmanos e italianos (usavam rotas terrestres);
● Chegada da América em 1500 e efetiva colonização em 1530;

Etapas da expansão marítima portuguesa


1. Tomada de Ceuta (1415): Importante entreposto comercial localizado no norte da África e com
poder de controlar o acesso ao mar Mediterrâneo. A conquista marcou o início da expansão marítima
portuguesa em 1415;

2. Chegada à ilha da Madeira (1418): A chegada de uma expedição portuguesa em 1418 verificou
a possibilidade de exploração agrícola. Início do cultivo da cana-de açúcar;

3. Chegada aos Açores (1427): Reconhecimento do arquipélago dos Açores - Introdução do sistema
de Capitanias;

4. Dobragem do cabo Bojador (1434): Dissipação do mito de sua intransponibilidade;

5. Chegada ao Rio do Ouro (1436): Primeiros cativos africanos, obtendo-se também ouro em pó;

6. Dobragem do Cabo Branco (1441): Obtenção de ouro, marfim e escravos;

7. Chegada a Arguim (1443): Construída uma feitoria para o comércio de produtos africanos -
escravos, ouro, malagueta e marfim;
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8. Chegada a Cabo Verde (1460): Inicio do povoamento e estabelecimento de um ponto estratégico


para a navegação portuguesa no Atlântico;

9. Chegada a Serra Leoa (1460): Importante ponto da costa da África antes da inflexão para leste
do litoral africano;
E daí? Foi um importante ponto da costa da África antes da inflexão para leste do litoral africano.

10. Descoberta de São Tomé e Príncipe (1470): Pela primeira vez os portugueses cruzaram a linha
do Equador;

11. Chegada a São Jorge da Mina (1482): Estabelecido um forte e uma feitoria, vindo a se constituir
mais tarde em importante entreposto do comércio lusitano no Atlântico Sul;

12. Reconhecimento da costa Sudoeste africana (1482-1486): Descoberta da foz do rio Zaire e
estabelecimento relações com o reino do Congo. Utilização pela primeira vez da demarcação de pontos
descobertos por meio de marcos de pedra;

13. Dobragem do Cabo das Tormentas (1488): Bartolomeu Dias (utilizando uma caravela) dobra o
Cabo das Tormentas. Rebatiza-o de Boa Esperança.
E daí? Prova a comunicabilidade entre os oceanos Atlântico e Índico;
14. Descoberta do caminho marítimo para as Índias (1498): Vasco da Gama, realizando uma
viagem entre 1497 e 1499, efetiva a chegada à Calicute na Índia.
E daí? Consolida o domínio das rotas Sul Atlânticas pelos portugueses, iniciando a “Carreira das
Índias”;

15. Chegada ao Brasil (1500): Com uma frota destinada às Índias, Portugal estabeleceu a posse do
Brasil, margem oposta à África no Atlântico Sul.
E daí? Caracteriza o domínio dessa porção do oceano, ponto importante para o comércio com o Oriente;
16. Chegada à costa oriental africana: No início do século XVI os portugueses estabeleceram
pontos de apoio e proteção à “Carreira das Índias” na costa leste africana: Moçambique, Mombaça,
Melinde e Socotra;

17. Conquista de Goa (1510): Afonso de Albuquerque, militar português, conquistou Goa, na Índia,
entreposto ao Norte de Calicute;

18. Conquista da Malaca (1511): Importante entreposto de comércio entre o Ocidente e o Oriente,
onde se fazia comércio com a China, Japão, Egito, Arábia e Índia, caracterizando-se como um centro de
distribuição para o oceano Índico;

19. Chegada ao Sul da China (1513): Portugueses atingiram o Sul da China, estabelecendo bons
negócios em Macau e Cantão;

20. Chegada ao Timor (1515): Grandes lucros por intermédio da exploração da madeira de sândalo;
Cap Antonio
21. Chegada ao Japão (1543): Estabelecimento de relações comerciais, em troca de seda chinesa por
prata japonesa.
E daí? Nipônicos conheceram as armas de fogo e a religião católica por intermédio dos lusitanos;

A EXPANSÃO ESPANHOLA

● Formação do Estado espanhol se concretizou em 1492. O matrimônio entre os reis Fernão II de


Aragão e Isabel I de Castela foi determinante para a consolidação desse Estado;

● Reinos unificados realizaram esforço conjunto para combater os mouros na península Ibérica,
contribuindo para o início da expansão marítima espanhola;

● Começaram as suas explorações pelo ocidente, por meio da descoberta das Índias Ocidentais por
Cristóvão Colombo (1492). Diferente do processo português que ocorreu para leste;

● Colombo (navegador italiano a serviço da Espanha) empreendeu a sua viagem através do Oceano
Atlântico com o objetivo de atingir a Índia. Na prática, descobriu o arquipélago das Antilhas e,
posteriormente, o Golfo do México, possibilitando o início da colonização do continente americano pelos
espanhóis;

RELAÇÕES POLÍTICAS ENTRE PORTUGAL E ESPANHA E PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO


DA PARTILHA DO MUNDO:

● Analisar as relações políticas entre Portugal e Espanha e o processo de negociação da partilha do


mundo.
 Portugal e Espanha assumiram o pioneirismo das Grandes Navegações, estabelecendo relações
políticas entre si que culminaram no processo de negociação de partilha do mundo.
 Após a chegada de Cristóvão Colombo (italiano navegador a serviço da Espanha), teve início a
disputa pelas posses das terras descobertas:

1. Tratado de Toledo (1480)

 Espanha com as Ilhas Canárias;


 Portugal com o monopólio do comércio e navegação do litoral da África ao sul da linha do
Equador.

2. Bula Inter Coetera (1493)

 Ambos os países católicos recorreram a intermediação do papa;


 Papa Alexandre VI usou o arquipélago de Cabo Verde, traçando uma linha de 100 léguas. Nesse
contexto, quase a totalidade das terras da América ficavam de posse da Espanha.
 A bula não teve sucesso.

3. Tratado de Tordesilhas - 1494


Cap Antonio
 Foi o 1º acordo diplomático instituído, dividindo o mundo entre Portugal e Espanha;
 Foi traçada uma linha imaginária a 370 léguas a oeste de Cabo Verde, as terras a oeste eram
espanholas e as terras a leste, portuguesas.

i. Rejeição do Tratado de Tordesilhas


 Inglaterra e França: Esses países tiveram a consolidação do sistema absolutista de forma tardia,
envolvendo-se inclusive em conflitos de longa duração, como a Guerra de Cem Anos entre a França e a
Inglaterra.
 Holanda: foi a primeira república na Europa, atingindo estabilidade somente em 1581. Ao atingir
a estabilidade política, Portugal e Espanha já haviam dividido as terras descobertas.
 E daí? → levou a diversos conflitos e ações de pirataria no período.

ii. Consequências do Tratado de Tordesilhas


 Solução de conflitos posteriores à descoberta de Colombo. Os portugueses se lançaram em direção
às Índias, que foram atingidas por Vasco da Gama em 1498. Os espanhóis iniciaram a colonização da
América.
 Outras potências europeias (França, Inglaterra, Países Baixos). passaram a questionar a
exclusividade da partilha do mundo entre as nações ibéricas.
 Franceses e Ingleses passaram a financiar corsários.
 O Tratado de Tordesilhas não foi considerado pelos portugueses durante a União Ibérica. A
fixação portuguesa em território oficialmente espanhol gerou um longo período de conflitos armados,
conduzindo à negociação do Tratado de Madrid (1750).

4. Tratado de Saragoça - 1529

 Linha imaginária dividindo o mundo oriental entre Espanha e Portugal;


 Referência = lhas Molucas;

CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO MARÍTIMA:


 Deslocamento do eixo econômico europeu do Mediterrâneo para o Atlântico-Índico;
 Decadência das cidades italianas;
 ↑ Países Ibéricos;
 Consolidação do Absolutismo;
 ↑ Mercantilismo;
 Acumulação primitiva de capital na Europa;
 Colonização da América (colonialismo);
 Destruição das civilizações pré-colombianas;
 Escravidão negra e trabalho compulsório indígena;
 Fortalecimento da burguesia mercantil;
 Europeização do mundo;
 Expansão do cristianismo;
 “Revolução dos Preços” = ↑ Inflação decorrente do aumento de fluxo de metais preciosos vindos
da América.
Cap Antonio
Cap Antonio
UD 2 - COLONIZAÇÃO: A PARTILHA DAS AMÉRICAS
Padrão de desempenho: Interpretar o processo de colonização do continente americano, com base nas
fontes de consulta constante das Referências, para compreender a partilha das Américas.
Assunto 4. A América Portuguesa
a. As Feitorias, as Capitanias Hereditárias e a instalação do Governo-geral (1500-1548)
Assunto 5. A América Espanhola
a. A administração espanhola e a divisão dos Vice-Reinos
Assunto 6. A colonização da América do Norte
a. A América Inglesa e o modelo de autoadministração
b. A América Francesa do Canadá

 Compreender a estrutura da colonização europeia nas Américas, nos séculos XV e XVI: o


pacto colonial e o exclusivo comercial; as colônias de exploração e de povoamento;

1. Povos Pré-Colombianos
 1942: Cristóvão de Colombo, navegador e explorador genovês, alcançou o continente
americano sob as ordens dos Reis Católicos de Espanha;
 Diversidade
 Línguas e costumes diferentes;
 Amplo universo cultural;
 Astecas e Maias: Mesoamérica;
 Incas: porção oeste da América Latina => Cordilheira dos Andes;
 Ilhas produtivas por meio do sistema de terraceamento:
 Milho;
 Forma de trabalho: mita => trabalho temporário => tributação em forma de trabalho;
 Os espanhóis utilizaram as rivalidades entre as civilizações para dominação;
 As sociedades asteca e inca possuíam uma centralização do poder na autoridade de um único
governante. Assim, já existia uma máquina administrativa para o controle de regiões distantes, o que
facilitou a dominação espanhola ao conquistar os corações do império. Completamente diferente da
colonização portuguesa.

2. Aspectos gerais
 Mercantilismo e Metalismo;
 Consolidação do Estado-nação português;
 Pacto Colonial e exclusivo comercial => Obrigava os colonos a negociarem somente com a
metrópole;
 Grandes propriedades: mão de obra escrava;
 Relação de dominação: imposição da autoridade do Estado;
 Disputas entre as potências: não permitir que as demais se enriquecessem;
 Estrutura: colônia fornecia matéria prima e gerava mercado consumidor à metrópole (produtos
manufaturados);
 Presença e imposições da Igreja;
 E daí? As colônias serviam para enriquecer as metrópoles (balança comercial favorável);

3. Colônias de Exploração
Cap Antonio
 Destinadas a explorar ao máximo os recursos e riquezas naturais;
 Praticadas por Portugal e Espanha, Inglaterra (colônias do Sul) e França (Haiti);
 Utilização de mão de obra escrava;
 Atraso econômico: falta de interesse da metrópole;
 E daí? Colaboraram para o enriquecimento das metrópoles, em detrimento do próprio
desenvolvimento;

4. Colônias de povoamento
 Destinadas a ocupar e habitar o território colonial - Previsão de permanecer no local;
 Praticada pela Inglaterra: “Nova Inglaterra” (colônias do Norte) e pela França: Quebec (colônia
francesa no Canadá);
 Utilização de mão de obra assalariada;
 Avanço econômico: liberdade administrativa e comercial. Inclusive com desenvolvimento
industrial;
 E daí? Colaboraram para o desenvolvimento das próprias colônias;

ESTRUTURA DA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA

a. Exploração do pau-brasil - Feitorias

 1500 a 1530: antes da ocupação efetiva da colônia;


 Utilizou mão de obra indígena e o escambo: forma de trocas sem uso de dinheiro;
 Madeira produzia tinta vermelha: interessava as indústrias têxteis da Europa (raridade);
 Feitorias:
 Lugares que funcionavam como depósitos, sobretudo de madeira;
 Postos que enviavam mercadorias (madeira) para Portugal;
 Foram instaladas no litoral da colônia;
 E daí? Estruturas incipientes, destinadas ao comércio;
 O pau-brasil despertou interesses dos franceses;
 Razões par ao declínio do ciclo do pau-brasil:
 Pirataria estrangeira: grande roubo de cargas;
 Nomadismo: característica dos índios empregados na extração;
 Não formou núcleos de povoamento, apenas feitorias;
 Esgotamento das matas na faixa litorânea;
 Ascensão da atividade canavieira: a partir de 1530;
 E daí? Necessidade de povoar as novas terras, para garantir sua posse: criação das
Capitanias Hereditárias;

b. As Capitanias Hereditárias

 Implantadas em 1530: povoar, defender e produzir;


 14 capitanias: destaque para Pernambuco e São Vicente;
 Faixas de terras concedidas a donatários;
 Obtiveram pouco sucesso econômico, devido a necessidade de investimento e resistência dos
indígenas;
Cap Antonio
 E daí? Fracasso motivou mudanças na administração política da colônia;

c. O Governo Geral (1548-1808)

 1548: medida político-administrativa adotada pela Coroa;


 Finalidade: centralizar, administrar, restabelecer o poder e reforçar a colonização;
 Criação de cargos administrativos acima dos donatários:
 Ouvidor Mor (justiça);
 Provedor Mor (administrativo e financeiro) e
 Capitão Mor (defesa).
 Bahia: primeira capitania real, sede do Governo;
 Divisão em dois governos-gerais: Norte e Sul, de 1572 a 1578:
 Falta de comercialização interna e a comunicação ineficaz entre as capitanias dificultou a
centralização efetiva do poder;
 Na prática o poder estava nas mãos dos integrantes das câmaras municipais.

 Primeiro Governador-Geral: Tomé de Souza (1549-1553):


 Estimulou a catequese e a educação Jesuítica;
 Criou o primeiro bispado do Brasil: Sacerdote jesuíta Manoel da Nóbrega;
 Desenvolveu a cultura da cana-de-açúcar;
 Introduziu o gado vindo de Cabo Verde no Nordeste;
 1549: Trouxe os jesuítas e fundou Salvador;
 Proibição da escravização indígena, salvo GUERRA JUSTA (oficializado pela Carta Régia de
1570)

 Segundo Governador Geral: Duarte da Costa (1553-1557):


 Invasão dos Franceses (França Antártica) – Rio de Janeiro;
 Aliança francesa com os índios Tamoios;
 Escravizou os índios => revoltas indígenas em diversas capitanias;

 Terceiro Governador Geral: Mem de Sá (1557-1572):


 Não foi rendido, morreu na posição;
 Construiu o Engenho Real e aprimorou a economia açucareira;
 Expulsou os franceses da Guanabara e fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro;

 E daí?
 Contribuiu para a exploração e para a defesa do território;
 Foi uma tentativa de implementar e auxiliar o processo de colonização iniciado pelas
capitanias;
 Dotou a colônia de incipiente aparato administrativo, relativa integração e desenvolveu a
economia açucareira;

A ADMINISTRAÇÃO ESPANHOLA E A DIVISÃO DOS VICE-REINOS.


 Mineração foi a principal fonte de renda (metalismo);
Cap Antonio
 Colônias de exploração com o exclusivismo comercial;
 Objetivo da Espanha: extrair o máximo de riquezas no menor tempo possível;
 Igreja Católica catequizou índios (legitimou o poder do Estado pelo poder divino);
 Instalação de tribunais de Inquisição em dois Vice-Reinos;
 Colonização pode ser dividida em duas partes:
a. Primeiros 150 anos: grande exploração de riquezas. Havia os “chapetones”, classe
dominante na colônia ligada aos interesses espanhóis. Isso gerou crescimento de centros urbanos, vida
cultural e universidades.
b. Posteriores 150 anos (A partir da metade século XVII): declínio produção mineradora, menor
pressão sobre população colonial, desenvolvimento de interesses regionais e fortalecimento de elites
locais.
 As primeiras universidades fora da Europa se fizeram na América espanhola.
 Divisão Social:
 Chapetones: Nascidos na Espanha, gerência da colônia, => poder político;
 Crioulos: descendentes de espanhóis, nascidos na colônia, administração local, podiam ter
haciendas (fazendas) => poder econômico;
 Mestiços/Indígenas => trabalhos compulsórios;
 Escravos;
 Estrutura de controle do pacto-colonial:
 Conselho das Índias (Espanha): órgão máximo da administração colonial, assessorava o rei na
gestão das colônias;
 Casas de Contratação (Sevilha/Cádiz): entrada e saída de produtos da Espanha => cobrança e
arrecadação de impostos;
 Sistema de Porto Único: todos os navios saiam da Espanha apenas do Porto de Cádiz e
chegariam na colônia em apenas 3 portos;

 Estrutura Político-Administrativa:
Cap Antonio
 Vice-Reinados do Rio da Prata, Nova Granada, Peru e Nova Espanha;
 Capitanias-gerais do Chile, Cuba, Flórida, Guatemala e Venezuela.
 Cabildos: atender os interesses locais; órgão de administração local, gerido pelos Crioulos;

 Formas de trabalho:
a. “Encomienda”: exploração local cedida ao encomiendero, que recolhia impostos e catequizava
os índios como forma de pagamento, esses por “trabalho compulsório” (diferença teórica da escravidão);
b. “Mita”: trabalho por revezamento; o chefe da tribo sorteava famílias para ficar um período
trabalhando nas minas => a exploração da mão de obra leveza a mortes;

 Haciendas: grandes propriedades fundiárias dedicadas à lavoura e à pecuária para atender os


núcleos mineiros. Possuíam uma relação mais forte com o comércio intercolonial, isto é, entre as próprias
colônias espanholas, do que com a metrópole.

A AMÉRICA INGLESA E O MODELO DE AUTODETERMINAÇÃO


 1588: após a vitória sobre a Invencível Armada, esquadra do rei espanhol
Felipe II, comerciantes ingleses em conjunto com o Estado passaram a formar
companhias privadas de comércio marítimo, destacando-se a Companhia das Índias
Orientais, o que intensificou os contatos com as terras americanas;
 Colonização peculiar em comparação com a da América Ibérica
 Processo tardio de colonização (início do século XVIII): até então, o objetivo da Inglaterra foi
fortalecer seu poderio como potência marítima-comercial e desenvolver sua manufatura;
 Caráter espontâneo, em grande medida;
 Características físicas do litoral: região não tropical e não se encontrou ouro e prata no início.
Não atendia aos interesses especificamente mercantilistas e às demandas europeias de produtos tropicais.
 Foram duas experiências de colonização distintas:
 NORTE:
 Empreendimento particular familiar => pequenas famílias organizadas em coletividades;
 Colônia particular: organizadas em assembleias populares;
 Colônia de povoamento: produção voltada para o mercado interno, pluricultura e
predomínio da pequena propriedade familiar;
 SUL:
 Empreendimento oficial: Companhia de Comércio => instituição privada que recebia a
concessão de exploração da Coroa;
 Colônia oficial => modelo de exploração mercantilista por Companhias de Comércio;
 Colônia de exploração: voltada para produção de mercadorias de exportação.
o LEME: Latifúndio, Exportador, Monocultor e Escravo;
Cap Antonio

 Outro estímulo da Coroa inglesa foi dado às ações de pirataria nas águas do Atlântico;
 1651: Atos de Navegação: impulsionaram o comércio inglês com a América;
 A religião puritana defendia que o trabalho levava à salvação e à graça divina, contribuindo para a
prosperidade.
 Povoamento ao invés de exploração na América do Norte:
 Colonos perseguidos na metrópole por motivos religiosos;
 Não foram encontrados metais preciosos na América do Norte de início;
 O clima temperado da América do Norte não favoreceu a criação de monoculturas e
latifúndios, não atraindo a burguesia na exploração de matérias primas em abundância;
 Ampla participação dos elementos locais no governo: Assembleias Eleitas;
 Intenso espírito de Autonomia – “self government”:
 Esse sistema permitia que as colônias tivessem certo grau de autonomia em relação ao
governo britânico, o que significava que elas podiam estabelecer suas próprias leis e instituições políticas,
como assembleias e tribunais.
 Subordinadas às Leis do Parlamento Inglês, apesar da Autonomia política e econômica os
colonos não possuíam representantes no parlamento;

A AMÉRCICA FRANCESA NO CANADÁ


 Fundação da Nova França com capital em Quebec (1608);
 Comércio de peles;
 Ocupação do Haiti em 1664, onde produziram açúcar com mão de obra
escrava.

IDEAIS ENGLOBANTES:
 Mercantilismo: balança comercial favorável. Ascensão da burguesia apoiada pelo Estado;
 Fortalecimento dos Estados Nacionais;
 Necessidade da escravidão.
Cap Antonio
Cap Antonio
 Comparar os diferentes processos coloniais e sua relação com as respectivas metrópoles.

Comparação entre as colonizações


Fator de
Portugal Espanha EUA Sul EUA Norte
Comparação
Força de
Escrava negra Compulsória indígena Escrava negra Livre
trabalho
1530: 14 Capitanias
Divisão política- 4 Vice-reinos
hereditárias 13 colônias
administrativa 5 Capitanias gerais
1548: Governo-Geral
Somente com as
Desde o século XVI com o
Interiorização entradas e bandeiras No século XIX, após a independência
domínio dos nativos
no Século XVII
Pouca utilidade no
Mercantilismo Agrário exportador Metalista Agrário exportador
contesto mercantilista
Tipo de colônia Exploração Exploração Exploração Povoamento
Cosmologia religiosa
Cosmologia religiosa católica,
Igreja católica, com pequeno uso da igreja como órgão de Cosmologia protestante
poder político fiscalização política
(Inquisição)
Fiscalização da Política fiscal
Política fiscal asfixiante Elevado grau de autonomia
metrópole asfixiante
Pequenas
Propriedades Plantation, mercado Haciendas, mercado Plantation, mercado
Propriedades,
rurais europeu colonial europeu
mercado interno
Financiamento
Privado Financiamento
Financiamento Financiamento Estatal Financiamento Estatal
Companhias de particular familiar
Comércio
Elite portuguesa Chapetones Puritanos
Sociedade Mestiços (brasileiros) Criollos Elite branca Relativa liberdade
Colonial Indígenas Mestiços/Índios Escravos negros religiosa
Escravo negros Escravos negros Trabalhador livre
Pacto colonial.
Relação Exporta a preço baixo Pacto colonial Pacto colonial
comercial e importa manufatura Exclusivo comercial Relações entre as colônias
a preço alto
1500-30: Pau-Brasil Mineração
Manufaturas e
Atividade ½ XVI – ½ XVIII: Agricultura e pecuária (para
Tabaco/Algodão agricultura para o
Econômica Cana/pecuária atender os núcleos de
mercado interno
XVIII: Ouro mineração)
Cap Antonio
UD 3 - BRASIL COLÔNIA (1500-1820)
Padrão de desempenho:
Assunto 7. A ocupação efetiva da colônia e o empreendimento canavieiro
a. O engenho como unidade produtora: a especialização da produção do açúcar
i. A formação da sociedade colonial
b. Mão de obra escrava
c. O nomadismo nativo

 Interpretar a natureza da colonização portuguesa: a opção pela grande propriedade, o


trabalho escravo e a monocultura;

 Analisar a posse e o uso da terra com relação às questões de trabalho, escravo e livre, na
Colônia;

 Examinar as atividades econômicas no período colonial;

 CRONOLOGIA DAS CONQUISTAS IBÉRICAS

 1492: Cristóvão Colombo a serviço da Coroa Espanhola chega nas Antilhas (Bahamas);

 1500 – 1822: Colonização Portuguesa


 1500 – 1530: Pré-Colonização => sem sistema de colonização, predominou atividade de
extrativismo e de reconhecimento => Estanco: contrato de concessão para exploração extrativista;
 1530:
 14 Capitanias hereditárias: sistema descentralizado de colonização e formação de engenhos;
 1548:
 Governo Geral: sistema centralizado de colonização;
 Estrutura socioeconômica:
 Fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde ouro e diamantes; depois algodão e,
em seguida, café para o comércio europeu;
 O ciclo do algodão no Brasil foi um dos ciclos econômicos do país e aconteceu entre meados
do século XVIII e o começo do século XIX. O período ocorreu entre o declínio da extração do ouro e o
Cap Antonio
começo da expansão da cafeicultura nacional. A industrialização brasileira teve início, a partir da
exportação algodoeira.

 1500 – 1530: Pré-Colonização


 Explorar os recursos naturais em proveito do comércio europeu;
 Pacto Colonial ou Exclusivo Metropolitano

 1ª Atividade Extrativista:
 Pau-Brasil;
 Exploração era monopólio da Coroa Portuguesa;
 Estanco: contrato de concessão para exploração privada;
 Escambo: troca de mercadorias pelo trabalho indígena;

 Expedições pré-colonizadoras
 1501: Expedição de Gaspar de Lemos: nomeação das ilhas, cabos, rios e baias do litoral
brasileiro;
 1503: Expedição Gonçalo Coelho: parceria entre reis e comerciantes para a exploração do
pau-brasil. Um desses comerciantes era Fernão de Noronha;
 1516-20: Expedição Cristóvão Facques: organizada para deter o contrabando de pau-brasil
por franceses => não foram bem sucedidas;

 1530: Expedição de Martin Afonso de Souza e início da colonização:


 Fundou a primeira vila da América portuguesa: São Vicente, localizada no litoral paulista.
Ali distribuiu lotes de terras aos novos habitantes, além de dar início à plantação de cana-de-açúcar.
 Iniciar a ocupação da terra portuguesa: povoar e explorar;
o Povoar, mas sempre pensando no bem da metrópole;
 Combater os corsários estrangeiros;
 Procurar metais precisos;
Cap Antonio
 Sistematizar o reconhecimento do litoral para implementar a produção de cana-de-
açúcar;

 1534: 14 CAPITANIAS HEREDITÁRIAS

 Somente em 1850, com a Lei de Terra, a terra torna-se uma mercadoria! É claro que, antes de
1850, a terra podia ser comercializada, mas essa não era a regra.
Cap Antonio
 As chamadas “terras devolutas”, que não tinham dono e não estavam sob os cuidados do
Estado, poderiam ser obtidas somente por meio da compra junto ao governo. Dessa maneira, a Lei de
Terras transformou a terra em mercadoria no mesmo tempo em que garantiu a posse da mesma aos
antigos latifundiários.
 Existiu uma significativa aproximação entre portugueses e colonos. A existência de cargos
exclusivos para portugueses foi mínima, o que favoreceu a interação social na colônia. Diferentemente na
américa espanhola, na qual haviam cargos destinados exclusivamente para os chapetones.
 Sucesso:
 São Vicente e Pernambuco;
 Nem todas prosperaram:
 Isolamento das capitanias, uma sem relação com as outras. As distâncias eram enormes, por
isso, a comunicação e a circulação também eram difíceis;
 Revolta e ataques dos povos indígenas;
 Dificuldades para desenvolver a lavoura. Nem todas as capitanias possuíam terras férteis;
 Dificuldade para obter mão de obra;
 Falta de recursos dos donatários;
 A ação de corsários estrangeiros, particularmente no contrabando de pau-brasil, obrigava aos
donatários a manter uma força militar para a defesa da capitania, o que gerava a preocupação na sua
exploração econômica.

 1548 – 1808: GOVERNO GERAL

 Funções:
 Militar: comando e defesa da colônia;
 Administrativa: relacionamento com os donatários das capitais e assuntos ligados às
finanças;
 Judiciário: nesse caso, o governador podia nomear os funcionários da justiça e também
mudar penalidades;
Cap Antonio
 Eclesiásticas: indicação de sacerdotes para as Paróquias. Essa prerrogativa era legitimada
pela Igreja Católica e recebeu o nome de padroado => poder político acima da igreja;
 Cargos auxiliares:
 Ouvidor-mor: funções judiciais;
 Provedor-mor: finanças;
 Capitão-mor: defesa do litoral;
 1549: Primeira Sede do Governo Geral => Salvador;
 Capitanias: interesses locais versus Governo Geral: interesses da metrópole => ao longo do
tempo, gerou conflitos;
 Síntese dos governadores gerais:

 1554-67: Conferência dos Tamoios: O movimento é considerado como um dos mais


importantes exemplos de resistência indígena, sendo formado por diversos ameríndios do litoral paulista e
sul fluminenses. Os franceses também se aproveitaram para se aliar aos indígenas contra os portugueses;

 ESTRUTURA SOCIOECONÔMICA
 A civilização do açúcar:
 O foco exportador foi no Nordeste;
 Massapé é um tipo de solo de cor bem escura, quase preta,
encontrado na região litorânea do nordeste brasileiro.
 Significativa utilização da rede hidrográfica como vias de
transportes;
 Crescimento a partir da segunda metade do século XVI;
 O engenho permitia uma significativa permeabilidade social, com grande aproximação física
entre os senhores de engenho, os trabalhadores livres (feitores), o clero e os escravos => o que favoreceu
a miscigenação e a criação de uma identidade nacional;
 Não havia refinarias de açúcar no Brasil. O refino do açúcar era feito pelos holandeses. Em
troca do financiamento para a instalação de engenhos, o governo português concedeu lhes o direito de
refinar e vender o açúcar brasileiro na Europa. Portanto, o capital holandês foi fundamental para a
expansão da produção e do alcance do açúcar brasileiro no mercado internacional;
 A pecuária era subsidiária ao engenho;
Cap Antonio

 Trabalho e sociedade
 Escravidão e aculturação dos indígenas
 1570: Decreto Régio: proibição da escravidão, salvo Guerra Justa => salvo se os indígenas
resistirem a catequese;
 Formação das Missões jesuíticas: aldeamento e aculturação (imposição da cultura e religião
europeias);
 Utilizado na extração das drogas dos sertões;
 Trabalho indígena:
o O primeiro consistia na escravização pura e simples, até 1570;
o O segundo era o estímulo à criação de um campesinato indígena por meio da aculturação
e destribalização => aldeamento dos jesuítas => semelhante a servidão feudal: trabalha na terra e fica
vinculado a ela;
o O terceiro consistia na busca da integração gradual do índio como trabalhador
assalariado;
 Bandeirantes e apresamento indígena;
Cap Antonio

 Substituição do índio pelo negro:


 Transição lenta;
 Questão cultural: os indígenas não estavam acostumados com uma rotina de trabalho que
visasse a produção de excedentes, já que sua cultura era de subsistência;
 O trabalho na lavoura, na visão dos grupos indígenas, era um trabalho para as mulheres;
 Questão demográfica: a população de indígenas, sobretudo no litoral, reduziu com o avanço
da colonização, seja pelas doenças ou pela sua cultura nômade;
 Os indígenas conheciam amplamente o território, o que favorecia as fugas;
 Questão dos jesuítas, os quais eram contra a escravidão dos índios e buscavam sua
catequização. A Igreja católica associava os negros a pecadores, a traidores de Jesus, expulsos do paraíso.
Porém, os índios eram aqueles de alma pura, os esquecidos como animais na natureza, não conheciam a
palavra de Deus: não tem rei, não tem lei, não tem fé. A Igreja legitimava a escravidão negra, mas
condenava a indígena;
 Vinculo social entre brancos e índios, inclusive com casamentos;
 O trafico negreiro era uma atividade econômica muito rentável;

 Diáspora africana;
 O que levou europeus portugueses a Costa Ocidental da África:
 O esplendor aurífero da civilização islâmica africana => costa do ouro;
 Posição estratégica da África na nova configuração geopolítica das rotas marítimas;
 Mão de obra estrava => costa dos escravos;
o Sudan: palavra árabe para “negros” => ocupam a região ao sul do Saara;
o Séc. XVIII e XIX: Moçambique;
o Escravos de ganho: comércio;
o Escravos de eito: lavoura;
Cap Antonio
o Escravos domésticos: trabalhavam nas residências;

 Resistência Africana
 Fugas dos engenhos e formação dos quilombos;
 Abortos;
 Suicídio;
 Sabotagens nos engenhos
 Emboscadas e ataques surpresas à elite branca;
 Negociações com senhores de engenho para obtenção de melhores condições de vida =>
troca de favores;
 1580 – 1694: Quilombo dos Palmares
o Serra da Barriga, atualmente no estado de Alagoas;
o 1681-1694: Guerras Palmarinas => bandeirante Domingos Jorge Velho => recebiam
terras => latifúndios;
o Palmares representou uma ameaça aos poderes coloniais, já que muitos eram os rebeldes
que se organizavam ou se aliavam ao quilombo;

 Estrutura social açucareira


Cap Antonio

 A sociedade não era estruturada por meritocracia e sim pelo núcleo familiar;
 Sociedade de privilégios e não de direitos;
 Mandonismo:
 Estrutura oligárquicas e personalizadas de poder;
 O mandão, o chefe, como indivíduo, é aquele que, em função do controle de algum recurso
estratégico, em geral a posse da terra, exerce sobre a população um domínio pessoal e arbitrário que a
impede de ter livre acesso ao mercado e à sociedade política;
 Clientelismo:
 Poder se baseava simplesmente na capacidade de barganhar empregos, benefícios públicos
em troca de favores;
Cap Antonio
Assunto 8. As ameaças externas ao litoral, a defesa da colônia
a. A ameaça externa: a defesa do litoral
b. A França Antártica e a Equinocial

Assunto 9. O Brasil na União Ibérica (1580-1640)


a. Rivalidades internacionais e as consequências para o Brasil
b. As invasões holandesas (1624 e 1635)

 Analisar os conflitos europeus, a partir do século XVI. Destacar seus desdobramentos para a
América Portuguesa;

 1566 – 1648: Revolta Holandesa: luta de independência da Holanda em relação à Espanha;


 1580 – 1640: União Ibérica
 E daí? Incentivou a Holanda a invadir possessões espanholas/portuguesas na América;
 1585 – 1604: Guerra anglo-espanhola:
 Religioso: Felipe II era contra o anglicanismo, a religião oficial da Inglaterra;
 Político-militar: A Inglaterra passou a investir em atividades navais para enriquecer a
Inglaterra e para dar uma resposta a bloqueios comerciais marítimos instituídos pela Espanha que
prejudicaram as Ilhas Britânicas.
 1588: Inglaterra derrota a Invencível Armada Espanhola no Canal da Mancha;
 1580 – 1640: União Ibérica;
 E daí? Atuação de corsários ingleses na costa brasileira;

 Comparar as ações das expedições de corsários ingleses e franceses no litoral brasileiro;

 Corsários Estrangeiros:
 Contrabando do pau-brasil, no início da colonização;
 1555 – 1567: França Antártica. No atual Rio de Janeiro, tentativa de colonização no sul da
América portuguesa. Contou com a ajuda da Confederação dos Tamoios;
 1595: Saque do Recife: expedição do inglês Lancaster. Apesar desse ataque em terra firme,
as investidas de corsários ingleses ocorriam, em sua maioria, em alto mar.
 1612 – 1617: França Equinocial. No atual Maranhão, tentativa de colonização no norte da
América portuguesa. Fundou o forte que daria origem a cidade de São Luís;
 1624 – 1625: Invasão holandesa na Bahia;
 1630 – 1654: Invasão holandesa em Pernambuco;
 1710: tentativa fracassada dos franceses de saquear a cidade do Rio de Janeiro.
 1711: os franceses lograram êxito e ainda exigiram o pagamento de uma indenização para
deixar a cidade do Rio de Janeiro;
 Tanto Inglaterra como a França emitiram Carta de Corso, institucionalizando a pirataria no
Atlântico. Contudo, a Inglaterra fez um uso mais significativo desse instrumento, auferindo muitas
riquezas;
 1856: Declaração de Paris: aboliu essas autorizações de corso;

 INVASÕES FRANCESAS

 1555 - 1567: França Antártica: litoral da Baía de Guanabara, atual Rio de Janeiro;
Cap Antonio
 1564: Confederação dos Tamoios: formada por diferentes tribos indígenas para enfrentar os
portugueses. Como os franceses eram também inimigos dos portugueses, houve uma aliança entre a
Confederação dos Tamoios e os ocupantes franceses.

 1612 – 1615: França Equinocial:


 A construção do forte de São Luís deu início à fundação da cidade de São Luís, nome escolhido
em homenagem ao monarca francês que foi canonizado.

 Após as derrotas em território luso, os francesas colonizaram o atual território da Guiana


Francesa;

 Examinar a ocupação holandesa na Bahia e em Pernambuco;

 1580 – 1640: UNIÃO IBÉRICA


 1556 Felipe II herdara de seu pai, Carlos 5º, a parte ocidental do império dos Habsburgo,
incluindo a Espanha, os Países Baixos e parte da Itália. O príncipe herdeiro tentou manter a integridade de
seu território com repressão e violência.
 1578: Morte do Rei de Portugal, D. Sebastião, na luta contra os mouros no norte da África =>
sebastianismo => mito messiânico => Crise Dinástica;
 1580: Felipe II da Espanha reivindica e assume o trono português;
 1581: A província da Holanda conquista a Independência em relação à Espanha. Felipe II corta
as relações comerciais, portuguesas e espanholas, com os holandeses;
 1612: Os holandeses dominam a Costa do Ouro africana e fortalecem seus bancos;
 1621: Os holandeses fundam a Cia das Índias Ocidentais com o objetivo de controlar o
comércio do açúcar e dominar as possessões Ibéricas na África e América => dominar todas as etapas de
produção do açúcar;

 1624 – 1625: Invasão Holandesa na Bahia


 Grande centro produtor de açúcar e a capital da colônia;
 População retirou-se para o interior e organizou diversos grupos de guerrilhas (Guerras
Brasílicas)
 1625: As guerrilhas dos habitantes locais e a chegada de uma esquadra luso-espanhola, sob o
comando de D. Fradique de Toledo Osório, colocou um ponto final nas pretensões holandesas;

 1628: A Companhia das Índias Ocidentais ataca um navio espanhol com ouro e prata, o que
permite estruturar uma nova invasão;

 1630 – 1635: Resistência na defesa de Olinda e Recife contra os holandeses


 Ante a fixação das forças da resistência no Recife e o desembarque ao norte de Olinda por parte
das forças da WIC, Matias de Albuquerque inicia a defesa local nas duas vilas da capitania de
Pernambuco, estabelecendo-se no Arraial do Bom Jesus, contendo os batavos por intermédio de estâncias
e volantes, foi a Guerra Lenta, levando o conflito ao impasse.

 1635 - 1654: Invasão Holandesa no Nordeste Brasileiro


 1637 - 1644: Governo de Maurício de Nassau => Domínio dos holandeses na região
pernambucana.
 Reativação econômica, com a concessão de créditos aos senhores de engenho;
Cap Antonio
 Certa tolerância religiosa, pois os holandeses eram protestantes;
 Reforma urbanística, principalmente em Recife: pontes, casas, ruas;
 Relativa estabilidade;
 Com a saída de Nassau:
 Pressão da Companhia das Índias Ocidentais para o aumento de impostos e liquidação dos
créditos cedidos anteriormente;
 Intolerância religiosa, proibindo católicos de praticarem livremente a religião;
 Portugueses e luso-brasileiros se unem para expulsar os holandeses;
 1645 – 1654: Insurreição Pernambucana;
 1645: A Batalha do Monte das Tabocas: na qual se destacou Antônio Dias Cardoso, foi o
primeiro sucesso militar português em campo aberto contra o invasor holandês.
 1648 – 1649: As batalhas de Guararapes: quando das duas batalhas dos Guararapes, em
19 de abril de 1648 e a 19 de fevereiro de 1649, os holandeses ficaram definitivamente isolados no
Recife, se constituindo em vitórias estratégicas, contribuindo decisivamente para o fim do Brasil
Holandês.
 1654: Expulsão dos holandeses do território brasileiro;

 1661: Paz de Haia entre Portugal e Holanda: os holandeses reconheceram a perda do litoral
nordestino, mediante uma indenização => Início da dependência econômica de Portugal em relação à
Inglaterra;

 Consequências das invasões holandesas:


 Perda de inúmeras safras de cana;
 Perda de navios portugueses e engenhos;
 Redução da capacidade produtiva;
 Os holandeses passaram a produzir açúcar nas Antilhas, região da América Central,
comercializando-o a um preço mais baixo na Europa. Além disso, detinham o domínio sobre os mercados
consumidores europeus. A concorrência do açúcar antilhano provocou a queda do preço do açúcar em
cerca de 50% e determinou o fim do monopólio português sobre o produto. Foi o início da decadência da
empresa açucareira no Brasil.
Cap Antonio
Assunto 10. A expansão da ocupação portuguesa para além do tratado de Tordesilhas
a. As Entradas e as Bandeiras, as missões religiosas, a pecuária e a utilização das vias aquáticas;
Assunto 11. A descoberta do ouro: um novo ciclo econômico
a. A atividade mineradora e as mudanças na administração colonial
 Examinar a expansão das fronteiras destacando: a ação das Entradas e das Bandeiras, a
colonização comercial e os tratados de limites;

 Analisar o ciclo econômico do ouro e o desenvolvimento da colônia no século XVIII;

 CRISE DO SISTEMA COLONIAL

 Expulsão dos holandeses: contribuiu para a crise internacional do açúcar;


 O aumento da produção de açúcar incrementou a demanda por escravos negros no comércio
internacional do açúcar => aumento do valor da mão de obra escrava negra => redução do lucro na
atividade açucareira;
 Final do séc. XVII: grave seca, surtos de varíola e epidemia de febre amarela;
 Busca pela diversificação econômica;
Cap Antonio
 A TENTATIVA DE RECUPERAÇÃO ECONÔMICA DE PORTUGAL

 Interiorização da colônia;
 Aumento dos cargos ocupados exclusivamente por Portugueses;

 Tratados com a Inglaterra:

 Bombaim: Índia => Ásia;


 Tanger: Marrocos = África;
Cap Antonio

 ECONOMIA E TERRITÓRIO

 Agentes da ocupação territorial do interior do Brasil:


 Entradas: expedições militares financiadas pela
Coroa. Reconhecimento e mapeamento;
 Bandeiras: colonos sertanistas paulistas;
 Jesuítas missionários: ao fundar aldeamentos
indígenas no sertão, exploraram as riquezas naturais do
território;
 Colonos, criadores de gado (pecuaristas);
Cap Antonio

 Atividades econômicas na ocupação territorial do interior do Brasil:

 Pecuária entorno dos rios;

 Mineração no centro-sul;
Cap Antonio

Assunto 12. As revoltas coloniais


a. A Revolta de Beckman (1684)
b. A Guerra dos Emboabas (1708-1709)
c. A Guerra dos Mascates (1710-1711)
d. Os casos da Revolta de Vila Rica (1720), da Inconfidência Mineira (1789) e Baiana (1798);
 Definir os movimentos nativistas, os levantes no período colonial e sua importância para o
processo de independência do Brasil.

Assunto 13. Ações de corsários no litoral


a. As Incursões Francesas e Inglesas às Cidades do Rio de Janeiro e de Santos
Assunto 14. Os tratados de limites: a nova fixação das fronteiras
a. Os Tratados de Utrecht (1700-1714), Madri (1750), El Pardo (1761), Santo Ildefonso (1777) e
Badajós (1801);
b. A configuração do território brasileiro;

 Comparar as expedições de corsários ingleses e franceses nos litorais do Rio de Janeiro e de


São Paulo.

 Corsários Estrangeiros:
 Contrabando do pau-brasil, no início da colonização;
 1555 – 1567: França Antártica. No atual Rio de Janeiro, tentativa de colonização no sul da
América portuguesa. Contou com a ajuda da Confederação dos Tamoios;
 1595: Saque do Recife: expedição do inglês Lancaster. Apesar desse ataque em terra firme, as
investidas de corsários ingleses ocorriam, em sua maioria, em alto mar.
 1612 – 1617: França Equinocial. No atual Maranhão, tentativa de colonização no norte da
América portuguesa. Fundou o forte que daria origem a cidade de São Luís;
 1624 – 1625: Invasão holandesa na Bahia;
 1630 – 1654: Invasão holandesa em Pernambuco;
 1710: tentativa fracassada dos franceses de saquear a cidade do Rio de Janeiro.
 1711: os franceses lograram êxito e ainda exigiram o pagamento de uma indenização para
deixar a cidade do Rio de Janeiro;
 Tanto Inglaterra como a França emitiram Carta de Corso, institucionalizando a pirataria no
Atlântico. Contudo, a Inglaterra fez um uso mais significativo desse instrumento, auferindo muitas
riquezas;
 1856: Declaração de Paris: aboliu essas autorizações de corso;

 Compreender a importância dos Tratados de Limites para a configuração do território


brasileiro atual.

 Tratados e limites:
Cap Antonio

 1494: Tratado de Tordesilhas: concedia ao território brasileiro somente sua porção leste. Sem
validade durante a União Ibérica (1580-1640), o que facilitou a expansão para o oeste no período;
 1713: Tratado de Ultrecht: estabeleceu as fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa e foram
definidos os limites do Amapá. Decorrente da Guerra de Sucessão Espanhola;
 1715: Tratado de Ultrecht: a Colônia do Sacramento foi devolvida à Coroa Portuguesa;
 1750: Tratado de Madri:
 Praticamente configurou o território atual do Brasil;
 Invocou o direito do “uti possidetis, ita possideatis”. Este princípio estabelece que aquele
que ocupa um território é seu proprietário;
 Portugal cedeu a Colônia do Sacramento (no Uruguai) para a Espanha que, por sua vez,
concedeu o território ocupado pelos Sete Povos das Missões.
 1777: Tratado de Santo Ildefonso: a Colônia do Sacramento e os Sete Povos das Missões
passaram a pertencer à Espanha.
Cap Antonio
 1801: Tratado de Badajós: a Colônia de Sacramento permaneceu com a Espanha e a região dos
Sete Povos das Missões passou para Portugal. O Brasil cede metade do território do Amapá para a França.

Assunto 15. A crise do colonialismo português e o caminho de independência


a. O translado da Família Real Portuguesa para o Brasil em 1808
b. Os tratados comerciais e a abertura dos portos
c. Insurreição Pernambucana de 1817
d. A elevação da colônia a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
e. A Revolução Liberal do Porto

 Compreender o processo de permanência da Família Real Portuguesa na colônia brasileira e


suas consequências para a formação do Estado do Brasil.
Cap Antonio
UD 4 - A EUROPA NO SÉCULO XVIII E O MUNDO CONTEMPORÂNEO
Assunto 16. A crise do Antigo Regime e o Iluminismo
a. Os ideais iluministas e seus expoentes
b. A divisão dos três poderes e o Estado laico
c. Os déspotas esclarecidos"
Assunto 17. Revolução Industrial: as grandes transformações socioeconômicas (séculos XVIII-XIX)
a. As razões do pioneirismo inglês
b. Liberalismo econômico e a consolidação do capitalismo
c. A burguesia como centro de poder e surgimento do operariado

Assunto 18. A independência dos EUA


a. Dois países em um: as diferenças entre as colônias do Norte e as do Sul
b. As modificações da administração inglesa e a reação dos colonos: A Guerra de Independência
(1776-1783)
c. A Constituição Norte-Americana

Assunto 19. A Revolução Francesa


a. A defesa dos ideais do povo francês: liberdade, igualdade e fraternidade
b. As fases da revolução e suas consequências para a sociedade europeia
c. As consequências para as colônias luso-espanholas na América

Assunto 20. A Era Napoleônica


a. Do Consulado ao Império
b. O Império Francês e as Guerras Napoleônicas
c. O Congresso de Viena e a Santa Aliança
d. A nova Europa

 Definir o iluminismo e sua relação com as mudanças políticas, econômicas e sociais


ocorridas no período;
 Analisar as transformações ocorridas na Europa do século XVIII.
 Interpretar a independência dos Estados Unidos da América, como evento mundial,
concluindo sobre os impactos nos continentes americano e europeu;
 Analisar o processo revolucionário na França e seus reflexos para o Brasil;
 Examinar as Guerras Napoleônicas e o Congresso de Viena, e o consequente arranjo político
das potências europeias.
Cap Antonio
UD 5 - O SÉCULO XIX NAS AMÉRICAS
Assunto 21. O processo de independência nas Américas
a. A Doutrina Monroe dos EUA e o apoio britânico
b. O caso do Haiti
c. Os novos Estados

 Compreender como o "haitianismo" influenciou os processos de independência da América


Espanhola;

 Apresentar os motivos que levaram a Grã-Bretanha e os Estados Unidos a apoiarem os


processos de emancipação nas Américas;

 O CASO DO HAITI
 Os franceses ocupavam a porção oeste da Ilha de Hispaniola enquanto os espanhóis, a parte
leste;
 1789: Revolução Francesa:
 A região era a mais rica das colônias francesas, produzindo 40% do açúcar do mundo;
 O monopólio era administrado por 40 mil colonos franceses a serviço da metrópole e os
escravos representavam meio milhão de pessoas;
 1791, apoiando-se na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, o novo
governo francês decidiu dar cidadania francesa para todo homem que fosse livre e proprietário, sem
considerar a cor da pele;
 Despertou revolta nos escravos, pois esperavam ganhar a liberdade com a Revolução
Francesa.
 Desta maneira, destruíram plantações, expulsaram os colonizadores e mataram os que se
recusaram a sair.
 1804, Saint-Domingue foi declarado uma república independente e passou a usar o nome de
indígena de Haiti.
 E daí?
 O Haiti foi a primeira nação independente do Caribe, sendo que o movimento de
independência foi liderado pelos negros, a primeira república negra do mundo e o primeiro país do
hemisfério ocidental a abolir a escravidão.
 O HAITIANISMO foi um termo cunhado pela historiografia para se referir ao alinhamento
dos interesses políticos dos negros escravizados e ex-escravos à revolução do Haiti.
 As elites agrárias de outros países americanos decidiram tomar a liderança em seus
processos de independência para garantir a manutenção das estruturas econômicas e sociais. O objetivo
das elites era evitar a repetição da Revolução Haitiana em outros locais.
“para o restante do continente restava um preocupante aviso: na primeira
colônia independente da América Latina as consequências haviam sido a
acentuada decadência econômica, supressão dos brancos proprietários de
terras e um Estado organizado por escravos insurretos ou mulatos
libertos.”
 Portanto, senhores em todo o continente passaram a temer que o chamado HAITIANISMO
– termo que definiria a influência da Revolução Haitiana sobre a ação política de negros e mestiços –
inspirasse a população negra de outras localidades a seguirem os passos de seus companheiros haitianos.
Cap Antonio
 No Brasil, por exemplo, esse medo levou senhores a maior repressão aos escravos. Uma
medida de controle tomada, por exemplo, foi a vigilância constante e suspensão dos momentos de
confraternização, como festejos e folgas, para prevenir o alastramento revolucionário. Diversas tentativas
de levantes negros ocorreram durante a primeira metade do século XIX no Brasil, a Revolta do Malês na
Bahia pode ser considerado o mais famoso deles.

 INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA


 Ocorreu, primordialmente, nas primeiras décadas do século XIX;
 Fatores externos:
 XVIII – Iluminismo => liberalismo;
 1750 – Revolução industrial => nova forma de produzir riquezas => diferente do
mercantilismo;
 1776 – Independência dos EUA => paradigma da nova sociedade => República Federalista
com Poder Tripartite;
 1789 – Revolução Francesa => luta concreta contra o Antigo Regime;
 1799-1814 – Expansão Napoleônica => invasão da Península Ibérica => desarticulação das
monarquias => vácuo de poder;

 Fatores internos:
 Ambição das elites criollas => almejavam o aumento do poder local => criaram as juntas
governamentais;
 Revoltas populares => sentem as agruras do sistema vigente;

 Antecedentes:
 Estrutura Social da América Espanhola
 Chapetones: espanhóis nascidos na Espanha => tinham acesso exclusivo aos cargos
administrativos e os políticos => não queria a independência;
 Criollos: espanhóis nascidos na Colônia => controlavam as atividades econômicas e
exploração do trabalho dos povos originários => queriam a liberdade econômica;
 Povos originários e mestiços: serviam como mão de obra servil ou escrava => desejavam a
liberdade em relação a metrópole e, também, em relação aos criollos e chapetones;
Cap Antonio

 Descontentamentos da elite crioula:


 Não acesso aos cargos públicos;
 Cobrança elevada de tributos, sobretudo, de exportação;
 Restrição ao desenvolvimento de manufaturas;

 Descontentamento das camadas populares:


 Fim da escravidão;
 Igualdade de direitos;
 Fim dos privilégios das elites;
 Terras para a produção familiar.

 A formação do caudilhismo
 Fenômeno político hispano-americano do século XIX;
 Poder local: político, econômico e militar;
 Organização de milícias baseadas nas estruturas organizadas para a independência;

 INTERESSES INGLESES E NORTE-AMERICANOS


 Aspectos socioeconômicos
 Comum:
 Extinguir com o pacto colonial:
 Permitir o estabelecimento de relações econômicas com outros países e as colônias;
 Adquirir matérias-primas e vender produtos industrializados;
 Revolução industrial:
 Necessidade de expansão de mercados para os produtos industrializados;
 Possibilidade de manutenção da dependência econômica:
 Semelhante à estrutura econômica colonial;
 Consumo de produtos industrializados e venda de matéria-prima;
 Fortalecer a relação de dependências às grandes potências;
 Facilidade de negociar com ex-colônias de forma individual;
 Práticas clientelistas;
Cap Antonio
 Obtenção de vantagens em negociações com os países pouco desenvolvidos;
 Inglaterra:
 Manutenção do livre trânsito no Rio da Prata;
 EUA:
 Destino Manifesto;
 Missão Divina de Levar o Desenvolvimento;
 Povo norte-americano foi eleito por Deus para expandir-se e civilizar novas terras;
 Desenvolver-se economicamente e ter uma posição preponderante no mundo;
 Sistema colonial impedia a missão norte-americana de “civilizar” o continente americano;

 Aspectos político-militares
 Comum:
 Enfraquecimento do controle metropolitano;
 Oposição à Santa Aliança (1815), que defendia a volta dos princípios absolutistas, e
consequentemente a retomada das colônias. Assim, representava uma ameaça à independência
estadunidense e à projeção econômica inglesa no continente;
 Conquistar áreas de influência;
 Não havia interesse dos EUA e da Inglaterra na formação de um estado forte na América
Latina, pois tal fato poderia gerar concorrência;
 Inglaterra:
 Furar o Bloqueio Continental imposto por Napoleão;
 EUA:
 Doutrina Monroe (1823) ocorreu após a maioria das independências e consolidou o processo
pela não aceitação de interferência europeia (metrópoles) na área de interesse norte-americana => A
América para os americanos;

 Ideias englobantes
 Atuação dos EUA e da Inglaterra em apoio ao processo de independência das colônias
espanholas favoreceu a fragmentação da região.
 A independência das ex-colônias ibéricas se deu exclusivamente no campo político. No campo
econômico houve apenas uma alteração da dependência (estruturas coloniais foram mantidas);
 As ex-colônias se tornaram ponto estratégico para o novo equilíbrio internacional que
começava a se definir: EUA e Inglaterra;

Assunto 22. As teorias de pan-americanismo e a cooperação hemisférica


a. O projeto Pan-Americano: Bolívar e a construção de uma nação hispano-americana
b. O fracasso do projeto Pan-Americano
 Analisar o processo que levou à fragmentação da América Espanhola em diversos Estados
Nacionais;

 Desarticulação da monarquia Espanhola com a invasão napoleônica na Península Ibérica;


 Fortalecimento das Juntas Governamentais, com poder locar e descentralizado;

 Apresentar os ideais pan-americanos e sua reapropriação na América do Sul atual;

 CONFLITOS ARMADOS NA AMÉRICA LATINA – SÉC. XIX


 Início do século XIX – Guerras de independência das colônias espanholas;
Cap Antonio
 1821-24 – Guerras de independência do Brasil;
 A resistência maior a D. Pedro I partiu das províncias do Maranhão, Pará, Bahia e Cisplatina,
cujas tropas, sob o comando de oficiais portugueses, resolveram se manter fiéis ao governo das Cortes de
Lisboa. Para comandar as operações de guerra, D. Pedro contratou oficiais estrangeiros, como o almirante
inglês Thomas Cochrane e o general francês Pedro Labatut.
 1825-28 – Guerra da Cisplatina;
 Brasil e Argentina;
 Disputa pela Foz do Rio da Prata => colônia de Sacramento;
 Mediação do Reino Unido => Criação do Uruguai;
 Endividamento do Brasil e queda da popularidade de D. Pedro I;
 1836-1839 – Guerra da Confederação Peru-Bolívia contra o Chile
 A união entre Peru e Bolívia como um Estado único ameaçava as pretensões econômicas e
políticas chilenas na região;
 1846-48 – Guerra Mexicano-Americana
 México e Estados Unidos;
 No contexto da marcha para o oeste norte-americana, os EUA almejavam anexar o território
mexicano da Califórnia. Após a recusa do México em vender a referida região iniciou-se o conflito
armado.
 Derrota do México com perda significativa do seu território;
 Enfraquecimento do México e ascensão dos EUA;
 1864-70 – Guerra do Paraguai;
 Brasil, Argentina, Uruguai versus Paraguai;
 Política expansionista de Solano Lopez com invasão de territórios brasileiros e argentinos;
 Derrota do Paraguai com a destruição de seus poderes político, econômico e militar;
 Endividamento do Brasil com bancos ingleses e fortalecimento do Exército;
 1879-84 – Guerra do Pacífico;
 Chile versus Bolívia e Peru;
 A exploração de guano e salitre (utilizados na produção de fertilizantes e de pólvora) na costa
boliviana do Pacífico;
 As indústrias chilenas, fomentadas por capitais britânico, francês e americano, se instalaram na
região;
 Derrota da Bolívia que perdeu seu acesso ao mar;
 O salitre e o guano impulsionaram a economia do Chile entre 1890 e 1910.

Assunto 23. A construção dos Estados Unidos


a. A Marcha para o Oeste e o papel da fronteira
b. O “Destino Manifesto” e a ocupação da Costa Oeste do território dos EUA
c. O Liberalismo, o federalismo e o constitucionalismo
d. O surgimento da potência Militar
 Distinguir, a partir da Marcha para o Oeste, a expansão econômica, demográfica e
territorial dos Estados Unidos;

 Compreender as diferenças entre o Sul e o Norte dos EUA e expor as condições que levaram
à Guerra de Secessão;
Cap Antonio
UD 6 - BRASIL IMPÉRIO: FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO (1822-1889)
Assunto 24. A construção da nova ordem no império
a. O processo de independência e o confronto com os portugueses
b. A Constituição de 1824 e os Partidos Políticos
c. A Confederação do Equador (1824)

Assunto 25. A reafirmação da ordem agrário-escravista


a. O surto cafeeiro e a integração aos circuitos comerciais mundiais
b. A mão-de-obra escrava

 Examinar as diferentes fases do Império: 1º Reinado, Regências e 2º Reinado;

 Analisar os laços entre a crise militar e política na Europa (Época Napoleônica), destacando:
a estagnação do desenvolvimento português (considerando-se os tratados de comércio anglo-lusos) e
a Independência do Brasil.

 Comparar as características econômico-sociais da colônia com as estruturas do Estado


Imperial brasileiro, concluindo sobre as continuidades ou rupturas dessas estruturas;

Assunto 26. A política administrativa do império


a. O Exército, a Guarda Nacional e a política imperial
b. O sistema eleitoral
c. A administração pública

 Compreender as estruturas políticas, econômicas e sociais do Império;

 Compreender a situação das Forças Armadas no cenário nacional, após a criação da Guarda
Nacional;

 CONTEXTO INTERNACIONAL
 1815 – 1830: Com a derrota de Napoleão, nasceu a lógica de Restauração do Antigo Regime;
 Avanço do liberalismo;
 Avanço do capitalismo;
 2ª Revolução Industrial;
 1870: Unificação Alemã e Italiana => neocolonialismo;
 Inglaterra: contra a escravidão => mudança dos valores sociais;

 CONTEXTO INTERNO
 Agrário exportador escravista;
 Exportação de produtos primários;
 Latifúndios com a mesma característica dos plantations;
Cap Antonio

 Psicossocial
 Elevado crescimento populacional: melhoria das condições de vida e migrações;
 Alta taxa de analfabetismo;
 A educação era obrigação das famílias => educação pública estatal: final do séc. XIX;
 Política
 Organização da diplomacia;
 Consolidação da unidade territorial;
 Poder aglutinador do trono;

 PRIMEIRO REINADO – 1822-1831


 07/set/1822 - Independência;
 1831 – Abdicação de Dom Pedro I => instabilidade;
 Economia
 Agrário exportador escravista;
 O açúcar ainda representa cerca de 30% da economia nacional;
 O algodão era importante no contexto na Revolução Industrial;
 Ascenção do café;
 PIB per capita: América Latina avança pouco. Enquanto os EUA, ao desenvolver as indústrias,
apresentou um crescimento econômico exponencial.
 Brasil busca investimentos estrangeiros para aplicar em obras de infraestrutura => ferrovias =>
dívidas com a Inglaterra;
 1829: Banco do Brasil decreta falência => ressurgiu na metade do século XIX;
 Entrada de bancos ingleses no país => dependência do sistema financeiro inglês;

 Psicossocial
 Elevado crescimento populacional: melhoria das condições de vida e migrações;
 Alta taxa de analfabetismo;
 A educação era obrigação das famílias => educação pública estatal: final do séc. XIX;

 Político
 Consolidar a soberania;
Cap Antonio
 Presença marcante do antilusitanismo;
 Forças políticas:
 Partido Brasileiro: descentralização política;
versus
 Partido Português: centralização política; representa o fantasma da recolonização;

 1823 – Constituinte
 A Constituição da Mandioca
 Forte sentimento antilusitano: proibia que portugueses ocupassem cargos públicos
(deputados, senador);
 Limitação do poder do imperador;
 Voto Censitário: baseado na produção de mandioca;
 E daí?
o Deixava o país nas mãos dos “cidadãos-proprietários” do Partido Brasileiro, excluindo
portugueses, radicais e o povo;
o Dom Pedro I se afasta do PB e se aproxima dos Portugueses, dissolvendo a Assembleia
Constituinte por meio da força;
 1824 – D. Pedro I outorgou a Constituição;
 Poder Moderador: o monarca poderia interferir nos demais poderes;
 Legislativo divido em Senado, mandato vitalício, e Câmara dos Deputados, mandato de
quatro anos;
 Monarquia hereditária e constitucional, com a administração centralizada no Rio de Janeiro;
 O catolicismo se manteve como religião oficial do Brasil;
 Manteve o padroado: os clérigos remunerados pelo Estado e o imperador escolhia os
nomes que preencheriam diversos cargos eclesiásticos e regulava as bulas papais que seriam aplicadas no
Brasil;
 Voto censitário masculino;
 Manutenção da ordem escravista;

 Crise do Primeiro Reinado


 1824 – A Confederação do Equador
 Nasceu em Pernambuco e se espalhou para CE, RN, PB e AL;
 Lideranças: frei carmelita Frei Caneca, jornalista Cipriano Barata;
 Objetivo: implementar um República Federalista. Também defendiam o fim do tráfico de
escravos, o que estimulou a participação de homens livres e pobres;
 As elites abandonaram o movimento diante da defesa da igualdade social e do fim do tráfico
negreiro;
 Controle:
 Esquadra mercenária inglesa e força terrestre comandada pelo Francisco de Lima e Silva, pai
do Duque de Caxias;
 Líderes presos e condenamos à morte;

 1825 – 1828: Guerra da Cisplatina


 Guerra de Independência do Uruguai;
 Envolvidos:
 Brasil e Argentina;
 Motivação:
 Controle da Foz do Rio da Prata, com a anexação do território da Provincia da Cisplatina;
 A Inglaterra tinha o interesse de manter o monopólio do comércio na área;
Cap Antonio
 Consequências:
 Contribuiu para a falência do Banco do Brasil em 1829;
 O Brasil perdeu a província da Cisplatina, mostrando a inabilidade do imperador no
comando do país;
 Um acordo, mediado pela Inglaterra, foi assinado criando um estado-tampão entre os países
beligerantes, o Uruguai;
 Agravou a crise econômica e politica do Brasil, afetando a credibilidade do Imperador e
contribuindo para o fim do Primeiro Reinado.

 1826 – Morte de D. João VI


 D. Pedro era o legitimo herdeiro do trono português;
 As elites liberais brasileiras se opuseram à ideia de que o imperador acumulasse as duas coroas,
o que o levou a renunciar ao trono luso em favor de sua filha, Maria da Glória.
 D. Miguel, irmão de D. Pedro, proclamou-se rei de Portugal => D. Pedro envia tropas para
derrubar o usurpador, aumentando sua impopularidade no Império.

 1830 – Morte de Líbero Badaró


 O jornalista, um dos principais opositores do governo na imprensa, foi assassinado em
novembro de 1930, causando desconfiança e protestos dos brasileiros;
 D. Pedro busca alianças em Minas Gerais sem sucesso;

 1831 – Noite das Garradas


 Ocorreu em março de 1831 e envolveu portugueses partidários do imperador Dom Pedro I e
brasileiros que lhe faziam oposição, aprofundando a grave crise politica que levou D. Pedro a abicar dias
depois;

 07 abril de 1831 – O Exército e parcelas das elites da terra forçaram D. Pedro I a abdicar do trono
em favor e seu filho, Pedro de Alcântara.
Cap Antonio
Cap Antonio
Assunto 27. Crise e consolidação do império
a. Período Regencial (1831-1840)
b. Os conflitos internos
c. Cabanagem (1833-1836)
d. Sabinada (1837-1838)
e. Balaiada (1837-1840)
f. Revolta dos Malês (1835)
g. Farroupilha (1835-1845)
h. As Revoltas Liberais de 1842 (Minas Gerais e São Paulo) e a Revolução Praieira (1848)

 Interpretar o sistema político do Império;

 Compreender os conflitos internos e a reação do governo central;

 REGÊNCIA – 1831-1840
 Poder Moderador suspenso => experiência republicana federalista;
 Instabilidade política;
 Progressistas:
 Descentralização => federação;
 1870: originou os partidos republicanos;
 Regressistas:
 Centralização => poder central forte;

 Política – Partidos Políticos


 Restaurador ou caramuru: Defendia a volta de D. Pedro I ao Brasil. Contrário às reformas
socioeconômicas, era favorável à centralização monárquica.
 Liberal moderado ou chimango: Defendia a ordem vigente, baseada na monarquia e na
escravidão. Opunha-se à volta do ex-imperador e defendia o governo centralizado no Rio de Janeiro e a
manutenção da unidade territorial do Brasil.
 Liberal exaltado ou jurujuba: Era o grupo de tendência mais radical dentro do cenário
político. Defendia a autonomia das províncias e a descentralização do poder imperial, eliminando o Poder
Morador;
Cap Antonio

 1831: Regência Trina Provisória


 Participação dos militares e da aristocracia;

 1831 – 1834: Regência Trina Permanente


 Brigadeiro Francisco de Lima e Silva e deputados José de Costa Carvalho e João Bráulio
Muniz;
 Momento Progressista:
 1831: Idealizada a Guarda Nacional, mas era uma força local;
 Guarda civil de cidadãos com direito a voto (elite) criada para defender a Constituição, a
ordem pública e a unidade do Império. Criação da função de Coronel;
 A maioria esmagadora dos dirigentes da Guarda comprava o seu título de “coronel” junto ao
Estado Brasileiro.
 Com o passar do tempo, os “coronéis” valiam-se de suas tropas armadas para simplesmente
preservar seus interesses econômicos e políticos pessoais.
 Presença do “coronelismo” na República Velha;
 1834: Ato Adicional
 Criação das Assembleias Legislativas Provinciais;
 Adoção do modelo uno de regência, sendo estabelecido mandato de quatro anos para o cargo
de regente;
 Criação do Código do Processo Criminal, que garantiu maiores atribuições aos juízes de paz
 E daí? Aumento do poder local;

 1835 – 1840: Regências Unas


 1834: Ato Adicional
 A classe política passou a se organizar em dois grupos:
o Os progressistas antigos liberais exaltados favoráveis à autonomia provincial e à
descentralização política;
o Os regressistas moderados e caramurus que se unem em defesa da centralização política e
da unidade do Império;

 1835 – 1837: Regência Una de Feijó


 Progressista;
 Período marcado por grandes turbulências, com a explosão de várias revoltas sociais, o que
levou Feijó à renúncia;
 A descentralização é vista como uma ameaça à integridade nacional;

 Momento Regressista:
 1837 – 1840: Regência Una de Araújo Lima
 Líder dos regressistas;
 Lei de Interpretação do Ato Adicional:
o Diminuiu a autonomia das províncias ao retirar algumas prerrogativas de suas
Assembleias Legislativas;
o Reviu a descentralização da Justiça promovida pelo Código Criminal;

 1840: Golpe da Maioridade;


 Golpe da Maioridade foi o nome que se deu para a antecipação da maioridade de Pedro de
Alcântara para que ele pudesse ser coroado como D. Pedro II, em 1840. Com o golpe da maioridade, D.
Pedro II tornou-se imperador do Brasil, em 1840, com apenas 14 anos.
Cap Antonio

 AS REVOLTAS REGENCIAIS
 Causas:
 Crise econômica;
 Modelo politico excludente: politica nas mãos dos cidadãos-proprietários;
 Escravidão;
 Desigualdades regionais;
 Começa a ser difundido o conceito de justiça social;
 “Culpados”:
 Para as camadas mais populares: os grandes fazendeiros;
 Para as elites: o governo central do Rio de Janeiro;
Cap Antonio
 1831 – 1848: a unidade territorial foi posta à prova por diversas rebeliões que eclodiram por todo
o Império;
Cap Antonio

 1835 – Revolta do Malês


 Local: Salvador, Bahia;
 Envolvidos: Escravos africanos de origem islã;
 Motivação: instaurar uma ordem islamizada em Salvador. Depois planejavam conquistar outros
locais do NE;

 1835 – 1840: Cabanagem


 Local: Grão-Pará;
 Líder: Antonio Vinagre;
 Envolvidos:
 Elite: reivindicava maior participação nas decisões do governo central;
 Populares (indígenas, cabanos [moradores de precárias habitações], negros: fim da miséria e
da injustiça social;
 Motivação: fim da escravidão e o direito à autonomia local;
 1936: as elites buscam o apoio do governo regencial para conter as massas populares;
 1936 – 1940: movimento popular;
Cap Antonio
 Foi o primeiro movimento popular a chegar no poder.

 1835 – 1845: A Farroupilha


 Local: Rio Grande do Sul;
 Lider/envolvidos: Bento Gonçalves, membros da elite - criadores de gado e produtores de
charque (estancieiros e charqueadores);
 Motivação:
 Estancieiros e charqueadores reclamavam que seus produtos eram mais taxados que os
oferecidos pela Argentina e Uruguai;
 Reivindicavam maior autonomia;
 1836 – Proclamaram a República Rio-Grandense (ou Piratini):
 Mantiveram o voto censitário e a escravidão;
 1839 – Republica Juliana:
 Na região de Santa Catarina;
 Para conter a revolta na província do Rio Grande do Sul, o governo brasileiro nomeou Luís
Alves de Lima e Silva, o Barão de Caxias (futuro Duque de Caxias). A ação de Caxias foi muito eficiente,
pois conseguiu sufocar os farrapos com ações militares estratégicas e, com a diplomacia, levá-los à
negociação.
 1845: Tratado de Poncho Verde
 Taxação sobre o charque estrangeiro;
 Anistia aos envolvidos;
 Incorporação dos militares dos farrapos ao Exército Imperial;
 Os escravos seriam alforriados => NÃO CUMPRIDO;

 1837 – 1838: Sabinada


 Local: Salvador, Bahia;
 Líder/envoldidos: o médico Sabino, com a adesão das camadas médias da cidade;
 Motivação:
 A aprovação da Lei de Interpretação do Ato Adicional, de 1837, diminuía a autonomia
provincial da Bahia e demais regiões do país
 Contrários ao recrutamento forçado da população, em 1837, para combater os farroupilhas
gaúchos;
 Acreditavam que a ascensão de D. Pedro II poderia conter os poderes da aristocracia e
conter as revoltas;
 1837: Proclamaram a República Bahiense, que perduraria até a maioridade de D. Pedro II;
 O Império enviou tropas para conter os rebelados;

 1838 – 1840: Balaiada


 Local: Maranhão;
 Líder/envolvidos: vaqueiro Raimundo Gomes, o Cara Preta, as elites e os balaios (vaqueiros,
artesãos, negros)
 Motivação:
 Grave crise econômica, decorrente da decadência do produção de algodão;
 Disputas entre as elites locais: A “Lei dos Prefeitos”: o presidente da província, escolhido
pelo governo federal, iria escolher os governantes das vilas e das cidades. Assim, os conservadores
ganhariam ainda mais poder;
 A contenção da revolta foi feita por Luís Alves de Lima e Silva, futuro Duque de Caxias;
 Duque de Caxias atuou primeiramente na Balaiada para depois atuar na Farroupilha;
Cap Antonio

 SEGUNDO REINADO – 1840-1889


 1840 – Assume Dom Pedro II;
 Não esquecer da existência no Poder Moderador;
 A presença de um imperador era vista como uma forma de estabilizar o Império, garantindo a
integridade da nação;

 Partido Políticos

 Partido Conservador:
 centralização política e administrativa;
 unitarismo: menor autonomia para as províncias;

 Partido Liberal:
 descentralização política e administrativa;
 federalismo: maior autonomia para as províncias;

 Pontos em comum:
 Defesa da monarquia;
 Defesa da unidade do Império;
 Manutenção da escravidão;
Cap Antonio
 Política

 1840 – Eleição Parlamentar: maioria dos votos para os liberais;


 1841 – O imperador substitui o ministério por maioria de conservadores e anula as eleições;
 1842 – Revolta Liberal
 Principais polos revolucionários: a província de Minas Gerais e a de São Paulo;
 Foi contida pelo Duque de Caxias;
 1848 -1850 – Revolta Praieira
 Ocorreu em Pernambuco;
 Disputa se deu entre o Partido Praieiro (dissidência dos Liberais) e o Partido Conservador;
 A Revolução Praieira foi a última rebelião de caráter liberal no Nordeste e marcou também a
derrocada dos liberais.
Cap Antonio
 E daí?
 A monarquia ainda possuía um forte caráter centralizador, principalmente com a utilização
do Poder Moderador;
 Parlamentarismo às avessas: é o Imperador que nomeia o Presidente do Conselho de
Ministros (equivalente ao 1º Ministro), o que deveria ser feito pelos eleitos;
 Após 1848 assegurou-se uma relativa estabilidade política, marcada pela alternância no poder
entre Liberais e Conservadores;

 Modernização e Identidade
 Contexto Internacional
 Busca de uma identidade nacional;
 Aumento da produção literária;
 1848: Primavera do Povos => movimentos nacionalistas;
 2ª Revolução Industrial;
 Século XIX: Século das Teorias Raciais => Imperialismo na África e na Ásia;
 Brasil
 Expansão da produção cafeeira + fim do comércio escravista + expansão capitalista =>
modernização e busca por identidade;
 1850 – Lei Eusébio de Queiróz: fim do Tráfico Negreiro;
 1850 – Lei de Terras: a terra passou a ser incorporada à economia comercial, estabelecendo o
critério de compra e venda => concentração latifundiária;
 Segunda Metade do Século XIX: Surto de Industrialização
 Era Mauá: surgimento de pequenas indústrias alimentícias, de tecidos, de vestuário,
mineração;
 1852: Implantação do Sistema de transporte ferroviário;
 Implantação do telégrafo;
 Iluminação de ruas, bondes, bancos e teatros;
 Intensificação da atividade migratória;
 O nacionalismo no romantismo: exaltação da natureza (território) e construção de um símbolo
étnico que nos representasse (indígena);
Cap Antonio
Assunto 28. A política externa do império do Brasil
a. A polarização na Região Platina e a influência britânica
b. Lutas no Prata: Oribe e Rosas (1851-1852), Aguirre (1864-1865)
c. Guerra da Tríplice Aliança (1864-70)
d. A Questão Christie (1862-1865)
 Apresentar os reflexos dos conflitos em que o Brasil se envolveu na região platina,
correlacionados com os antagonismos e interesses das nações sul-americanas;

 Política Externa

 Questões com a Inglaterra


 1845 – Bill Aberdeen
 Proibição de navegação de navios negreiros;
 Patrulhamento nas águas brasileiras;
 A Inglaterra estava colonizando a África e almejava que os africanos ficassem em sua terra,
pois constituíam força de trabalho e mercado consumidor;
 1862-65 – Questão Christie
 Definição: Crise diplomática envolvendo o Brasil e a Inglaterra que resultou no rompimento
de relações entre esses dois países entre 1863 e 1865.
 Antecedentes:
o Insatisfação da Inglaterra com a Tarifa Alves Branco (1844) criada pelo governo
brasileiro (fim das tarifas alfandegárias reduzidas p/ produtos ingleses);
o ⇧ Pressão da Inglaterra p/ que o Brasil abolisse o tráfico negreiro (Bill Aberdeen);
 Incidentes:
o 1861: o diplomata acusou o Brasil de roubar a carga de um navio britânico naufragado e
exigiu uma indenização;
o 1862, oficiais britânicos embriagados foram presos no Rio de Janeiro por estarem
fazendo arruaça. Nesse caso, o diplomata exigiu um pedido formal de desculpas e a demissão dos
policiais brasileiros envolvidos;
 1862: O Brasil rompe as relações diplomáticas com o Império Britânico;
 1863: Rei Leopoldo, da Bélgica, faz mediação e dá razão para o Brasil;
Cap Antonio
 1865: Rainha Vitória pede desculpas e os países reatam relações => interesse britânico em
financiar a Guerra do Paraguai;
Cap Antonio
 Questões da Bacia do Prata

 Bacia do Prata essencial para escoar a produção do interior do continente;


 Quem controla o estuário do Prata controle todo o fluxo da Bacia do Prata;

 1864 – 1870: Guerra da Tríplice Aliança


 Envolvidos:
 Brasil, Argentina, Uruguai versus Paraguai;
 Motivação:
 A politica expansionista de Solano López que almejava formar o “Grande Paraguai”;
 A invasão paraguaia dos territórios brasileiro e argentino;
 Consequências:
 Destruição da infraestrutura econômica, política e militar do Paraguai;
 Endividamento externo do Brasil, principalmente com a Inglaterra;
 Fortalecimento do Exército Brasileiro, o que aumenta seu prestígio;
 Apoio do Exército a causa abolicionista, já que muitos escravos foram enviados para o
combate, lutando lado a lado com os demais brasileiros;
Cap Antonio

Assunto 29. Economia e trabalho em transição


a. A Lei de Terras e a Lei Eusébio de Queirós (1850)
b. Do escravismo à mão-de-obra livre
c. A imigração
 Analisar a questão da escravidão e o fim do tráfico negreiro, concluindo sobre os seus
impactos na economia e nas políticas interna e externa do país;

 Economia no 2º Reinado
 Café => ouro verde;
 Começa no Vale do Paraíba, em São Paulo, e marcha para o oeste até o Mato Grosso, Paraná
e Minas Gerais;
o Vale do Paraíba: produção mais arcaica com utilização expressiva de mão de obra
escrava;
o Oeste paulista: produção mais avançada, com novas tecnologias => estimula a vinda de
imigrantes;
 Santos: Bolsa do Café, ferrovia e Porto;
 Indústria do Café, divisão em setores: produção, transporte, negociação na bolsa;
 Formação de um novo grupo econômico: a aristocracia cafeeira;
 Formação de um novo centro político-econômico: São Paulo;
 Expansão da ferroviais, principalmente por meio de investimentos estrangeiros;

 Força de Trabalho

 Da escravidão (negros) para o assalariamento (brancos livres);


 Pressão da Inglaterra pelo fim da escravidão;
 1845 – Lei Bill Aberdeen: lei britânica que autorizava sua frota apreender navios negreiros;
o Inglaterra estava colonizando a África e almeja mercado consumidor e força de trabalho
no continente africano;
 1850 – Lei de Eusébio de Queiróz;
 Ideal do branqueamento
o Tornar a população mais branca,
como no Velho Continente;
Cap Antonio
 1872 – Primeiro Censo Brasileiro => os dados mostram os males/as raízes da sociedade;
 8.031.000: brasileiros livres;
 1.511.000: escravos;
 388.000: imigrantes estrangeiros;
Cap Antonio
Assunto 30. O fim do império
a. A questão sucessória
b. A crise com o poder militar.
c. O Regime do Padroado
d. A Campanha Abolicionista

 Analisar o isolamento da Monarquia e sua posterior queda, relacionando-a com as


“Questões Militares”, as “Questões Religiosas”, a Questão Sucessória e a Abolição da Escravatura;
Cap Antonio
UD 7 - IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX
Assunto 31. O nacionalismo na Europa e as unificações tardias: Alemanha e Itália
a. A Guerra Franco-Prussiana (1870-1871)
 Apresentar os fatores que levaram às unificações da Itália e da Alemanha e as consequências
deste processo para a nova configuração política da Europa.

 UNIFICAÇÃO ITALIANA → risorgimento


 A unificação da Itália foi um processo de união entre os vários reinos que compunham a
Península Itálica, após a expulsão dos austríacos.
 Ocorreu na segunda metade do século XIX e terminou em 1871.

 Antecedentes
 Fragmentação política:
 A Península Italiana era formada por diferentes reinos, ducados, repúblicas e principados
muito distintos entre si. Ao norte, parte do território estava ocupado pelos austríacos.
 Hegemonia do Império Austríaco.
 Burguesia industrial (Norte);
 Aristocracia rural (Sul);

 Fatores
 ↑ Capitalismo;
 Interesse da alta burguesia em expandir seus mercados por meio da livre circulação de
mercadorias na Península Itálica;
 Aumento do nacionalismo → ligação por elementos culturais, como a língua, a religião e um
passado histórico comum → confere uma identidade para seus membros;

 Liderança
 Reino Piemonte-Sardenha (norte) → mais desenvolvido (indústria e comércio);
 Burguesia almeja a unificação para intensificar o comércio regional;
 Conde de Cavour:
 Primeiro-ministro do Piemonte-Sardenha;
 Monarquista liberal que defendia a unificação com a conservação da hegemonia de
Piemonte-Sardenha sob os demais reinos;
 Giuseppe Garibaldi:
 Defende a implementação de uma República Democrática;
 Líder dos Camisas Vermelhas.

 Processo
 Durante o processo, Garibaldi se convence que a monarquia seria a melhor solução para manter
a integridade do território;
 1860 – Garibaldi promove a anexação do Reino das Duas Sicílias e concede as áreas
conquistadas a Piemonte;
 1861 – Criado o Reino da Itália. Vitor Emanuel, Rei de Piemonte, é declarado rei de toda a
Itália;
 Não conseguiram anexar Roma, dada a forte presença militar francesa em apoio ao papa.
Cap Antonio
 1870 – Os alemães, liderados pelo Reino da Prússia, declararam guerra à França, durante o
processo de unificação alemã. Napoleão III retirou as tropas francesas de Roma. Aproveitando este
momento, os italianos anexaram Roma ao Reino de Itália.
 1870 – Tropas italianas tomam Roma e a tornam centro administrativo da Itália → anexação
dos Estados Pontifícios → O papa Pio IX não aceitou a perda do “Patrimônio de São Pedro” e declarou-se
prisioneiro do governo italiano, dando origem à Questão Romana.

 Consequências
 Criação do Reino da Itália;
 Questão Romana (1870-1929):
 Conflito entre o Papado (Pio IX) e o Reino da Itália, provocado pela anexação dos Estados
da Igreja (Estados Pontifícios) pela Itália. O papa perde seu poder temporal.
 1929 – Tratado de Latrão: Criação do Estado do Vaticano por Mussolini;
 Grande diferença econômica:
 Sul agrário e Norte industrial;
 Imigração de italianos.
 Atraso na “Corrida Colonial”.

 UNIFICAÇÃO ALEMÃ
 Antecedentes
 Não ocorreu a centralização absolutista como na Europa Ocidental;
 Fragmentação política:
 Confederação Germânica → Confederação: os Estados constituintes não abandonam a sua
soberania (poderes de autodefesa e auto regulação);
 39 Estados;
 O Império Austríaco e o Reino da Prússia eram os maiores e mais importantes membros da
confederação → Os prussianos possuíam uma forte aristocracia militar → Almejavam tornar-se uma
potência industrial bélica;

 Fatores
 Nacionalismo no século XIX;
 ↑ Nacionalismo germânico → o nacionalismo exprime a necessidade para cada povo de um
Estado totalmente independente, homogêneo territorial e linguisticamente, laico e parlamentar;
 ↑ Capitalismo.

 Liderança
 Reino da Prússia:
 Região mais desenvolvida e industrializada.
 Poderio militar;
 Otto von Bismarck → unificação pela guerra;
 Primeiro-ministro da Prússia;
 “Chanceler de ferro”.

 Processo de unificação
 Zollverein (1834)
 Não incluiu a Áustria;
Cap Antonio
 União aduaneira entre os Estados Germânicos;
 Suspensão das tarifas alfandegárias;
 Livre circulação de mercadorias;
 Fortalecimento das indústrias de base;
 Modernização;

 1864: Guerra dos Ducados


 Prússia + Áustria x Dinamarca (ducados de Hosltein + Schleswig);
 Holstein = Sob domínio da Áustria;
 Schleswig = Sob domínio da Prússia.

 1866: Guerra Austro-Prussiana


 Fatores:
o Oposição da Áustria à unificação alemã;
o Prússia invade Holstein (domínio da Áustria);
 Consequências:
o Vitória da Prússia;
o Formação da Confederação Germânica do Norte.

 1870-1871 – Guerra Franco-Prussiana


 Vitória da Prússia;
 Anexação da Alsácia-Lorena;
 ↓ Napoleão III = ↑ III República Francesa;
 Comuna de Paris (1871): Os operários revoltaram-se e tomaram o poder em Paris.

 Consequências
 Revanchismo francês → Primeira Guerra Mundial;
 A Alemanha nasce como potência econômica e militar → Soube aproveitar a industrialização
tardia vendo os erros e acertos dos britânicos;
 A Alemanha abria caminho para tornar sua economia forte → necessidade de mais mercados
→ rivalidade com as demais potências europeias;
 ↑ II Reich (Império) = Kaiser Guilherme I;
 ↑ Expansão industrial e científica;
 Atraso na “corrida colonial”.

Assunto 32. O imperialismo europeu


a. A Conferência de Berlim (1884-1885): a partilha da África
b. A divisão da Ásia
 Comparar as principais características dos colonialismos nos séculos XVI e XIX;
 Comparar a atuação das diversas potências imperialistas no século XIX;

 NEOCOLONIALISMO (IMPERIALISMO)
Colonialismo Neocolonialismo
Sec. XVI e XVII Sec. XIX e XX
Continente Americano Ásia e África
Mercantilismo Capitalismo Financeiro – 2ª Rev. Ind.
Cap Antonio

 IMPERIALISMO DO SÉCULO XIX

 A Inglaterra enfrentará outras potências na expansão do capitalismo;

 2ª Revolução Industrial
 Industrialização de outros países além da Inglaterra;
 EUA, Alemanha, Itália e Japão;
 Inovações tecnológicas;
 Energia: eletricidade e carvão;
 Matéria-prima: aço;
 Transportes: motor à combustão, locomotiva elétrica e aviação;
 Comunicação: telégrafo, fotografia, cinema e rádio;
 Inovações cientificas;
 Química, física, biologia e medicina;
 Alemanha → vantagem do desenvolvimento tardio:
 Copiou as tecnologias já existentes;

 Capitalismo no final do século XIX


 Disputa das empresas no cenário internacional → envolvem os Estados e não as empresas entre
si;
 Novas formas de organização dos capitais e investimentos:
 Concentração econômica → monopólios, holdings e cartéis;
 Associação entre o capital industrial e financeiro;
 Capitalismo monopolista-financeiro;
 Associação entre política e economia → as grandes corporações passaram a afetar
significativamente as políticas governamentais → neocolonialismo África e Ásia;
 Controle de mercado e manipulação;

 1870-2ª Metade do Século XXI – Imperialismo


Cap Antonio

 Interesses Britânicos – a partir da 2ª Metade de XIX


 Maior império colonial da época;
 América:
 Expandir o território canadense até o Alasca;
 Ásia:
 Manter o comércio desigual com a China;
 Expandir seu domínio na Índia até o Irã, Afeganistão e Indochina → Tratado de Sykes-
Picot;
 Controlar o Estreito de Malaca, passagem entre o Oceano Pacifico e o Índico, em Singapura;
 Impedir a expansão russa sobre o Império Turco e controlar os Estreitos de Bósforo e
Dardanelos, além do Canal de Suez → conflitos com a Alemanha pelas fatias no Império Turco;

 Interesses Franceses – a partir da 2ª Metade de XIX


 Vasto império colonial;
 Ásia:
 Expandiu a conquista para a Indochina: Camboja, Vietnã e Laos;
 Comércio desigual com a China;
 África:
 Argélia, Marrocos e aumentar sua influência no Egito;
 Europa:
 Recuperar a Alsácia-Lorena, ocupar o Sarre e Renânia (Vale do Rio Reno) → conflitos com
a Alemanha;
 Participar do desmembramento do Império Turco;

 Interesses Russos – a partir da 2ª Metade de XIX


 Ao redor do seu entorno estratégico;
 Ásia:
 Expandiu para o Império Persa (Irã) e pontos da Ásia Central; → choque com a Inglaterra
que vinha do Sul → Grande Jogo;
Cap Antonio
 Mais ao oriente estendeu sua influência para partes da China, como a Mongólia e a
Manchúria, sendo detida na Coreia em 1904-1905, pelo Japão;
 Europa:
 Conter o Império Turco;
 Ampliar sua tutela nos Países Bálticos;

 Interesses Italianos – a partir da 2ª Metade de XIX


 Vivia uma dualidade: Irredentismo nas regiões do norte e nos balcãs ou expansionismo
colonial;
 Ao se alinhar com a Alemanha:
 Nice, Córsega, Saboia e colônias francesas na África;
 Ao se alinhar com a França e Inglaterra:
 Anexar áreas povoadas por italianos na Áustria, Albânia, Dalmácia e parte do território turco
→ durante a I GM se alinha aos franceses e ingleses;
 África:
 1935 – Etiópia;

 Interesses Norte-Americanos – a partir da 2ª Metade de XIX


 Baseado na Doutrina Monroe e suas interpretações ao longo da história;
 América:
 Controlar o Mar do Caribe e os países circunvizinhos → dominar a passagem entre Pacífico
e Atlântico;
 Impulsionar a expansão comercial para a América do Sul;
 Ásia:
 1854 – Tratado de Kanagawa → pois fim a política de isolamento japonesa e abriu os portos
nipônicos para o comércio estadunidense;
 Política de portas abertas com a China;
 Utilizar a Filipinas como base de sua expansão comercial rumo a Ásia;
 Europa:
 Adotaram a defesa de um equilíbrio de poder, entre seus países;
 Comedida posição contrária ao colonialismo;

 Interesses Japoneses – a partir da 2ª Metade de XIX


 Tornar uma potência imperialista regional e não ser submetido novamente a outro país como
ocorrera em 1854;
 Ásia:
 Aumentar suas possessões;
 Conquista da Coreia, Taiwan, Manchúria e colônias alemães → conflitos com a Alemanha
na I GM;

 Interesses Alemães – a partir da 2ª Metade de XIX


 Constituía-se em uma potência mundial, mas possuía número reduzido de colônias;
 1880 → política de expansão na África, Ásia e Oceania;
 África:
 Colônias francesas → Questão do Marrocos;
 Petróleo no Egito;
 Europa:
 Expansão para o leste: Polônia, países bálticos e Ucrânia → Choque com os russos;
Cap Antonio
 Desejo de controle econômico nos Países Baixos e norte da França → Choque com
franceses e ingleses;

 Interesses Austro-húngaros – a partir da 2ª Metade de XIX


 Sérias divisões étnicas e religiosas → vivendo seu ocaso;
 Maior interesse era manter a integralidade do Império;
 Dificuldade nos Balcãs → Sérvia e o pan-eslavismo → apoio russo;
 1908: anexou a Bósnia e a Herzegovina → antes pertencentes ao Império Turco;

 Interesses Austro-húngaros – a partir da 2ª Metade de XIX


 Sérias divisões étnicas e religiosas → vivendo seu ocaso;
 Maior interesse era manter a integralidade do Império;
 Dificuldade nos Balcãs → Sérvia e o pan-eslavismo → apoio russo;
 1908: anexou a Bósnia e a Herzegovina → antes pertencentes ao Império Turco;

 Interesses Turcos – a partir da 2ª Metade de XIX


 A Turquia estava enfraquecida e viu grades proporções do Império Otomano sendo controladas
pelas potências europeias;
 Inglaterra → controlava Egito, Sudão e Chipre;
 França → controlava Argélia e Tunísia;
 Itália → Líbia;
 Nações balcânicas se tornaram independentes → Sérvia, Montenegro e Romênia;
 Aliaram-se ao Império Otomano com a ambição de proteger e recuperar seus territórios
perdidos;

 1875:
 A produção em larga escala precisava ser vendida;
 Os capitais até então acumulados precisavam ser investidos;
↪ Estagnação econômica!
 Necessidade de expandir internacionalmente;
 Contradição na fase monopolista e financeira do capitalismo: os mercados na Europa
encontravam-se fechados devido às medidas protecionistas;
↪ Corrida Colonial!
 Competição econômica, política e militar entre as grandes potências europeias;

 Cultura no século XIX – expressão usada na época: civilização;


 Transformações na sociedade europeia geradas pela expansão econômica;
 Expansão demográfica;
 Urbanização acelerada;
o Formação de um mercado consumidor forte para os produtos de uso domésticos e os
elementos culturais;
 Positivismo:
 Surgiu na França no início do século XIX;
 Corrente teórica inspirada no ideal de progresso contínuo da humanidade. O pensamento
positivista postula a existência de uma marcha contínua e progressiva e que a humanidade tende a
progredir constantemente.
 Apostava no progresso moral e científico da sociedade por meio da ordem social e do
desenvolvimento das ciências;
Cap Antonio
 1859: publicação da obra A origem das espécies por meio da seleção natural, do naturalista
britânico Charles Darwin. Nela Darwin tentou explicar os mecanismos que levam às mudanças nas
espécies ao longo do tempo e são responsáveis pelo surgimento de novas espécies. Seu trabalho
apresenta dois pontos principais: a ancestralidade comum e a seleção natural.
 1871-1914 - Belle Époque: cultura europeia do final da Guerra Franco Prussiana até o início da
I GM;
 Paris tornou-se o centro urbano e cultural referência;
 Expressava e representava o sentimento otimista de evolução e progresso → hábito do
consumo refinado → diferente do American Way of Life, do século XX, que pregava o consumo em
larga escala;

 Partilha Afro-Asiática
 Corrida neocolonial ou imperialista
 Busca por 3 M’s → mercado consumidor, mão de obra barata (extrativismo) e matéria-
prima;
 1845 – Lei Bill Aberdeen: Inglaterra proíbe o tráfico negreiro, favorecendo que os nativos
permaneçam trabalhando nas colônias britânicas;
 1884-1885 – Conferência de Berlim
 Partilha da África;
 Busca pelo equilíbrio de poder entre os países europeus;
↪ Rivalidades entre as potências europeias → corrida armamentista!
 Interiorização do continente africano → os africanos perdem a autonomia do seu território;

 Os povos “colonizados”
 Eugenia:
 A eugenia foi um conceito criado na Inglaterra em 1883 que se difundiu em diversos países
no começo do século 20, especialmente nos Estados Unidos e na Alemanha.
 Pregava à exclusão de elementos indesejados da sociedade a fim de "melhorar"
geneticamente a população. Assim, teorizava que era preciso "cruzar" pessoas com boas características
genéticas perpetuando suas características.
 Missão civilizatória → levar a civilização aos povos selvagens;
 O fardo do homem branco → as línguas europeias, a religião cristã, as técnicas, a educação, a
medicina e até mesmo noções de higiene deveriam ser levadas aos “selvagens”, isto é, os não-brancos.
Este era o “fardo”, a missão difícil e pesada do homem branco “civilizado” para os “tristes povos, metade
criança, metade demônio”.
 Darwinismo social:
 Os europeus difundiram a ideia de que o imperialismo, ou neocolonialismo, seria uma
missão civilizatória de uma raça superior branca europeia que levaria a civilização (tecnologia, formas de
governo, religião cristã, ciência) para outros lugares;
 Espalhar a civilização da belle époque para os selvagens;

 Conferência de Berlim (1884-1885)


 Conferência realizada na capital alemã que definiu a partilha colonial da África entre as
Potências europeias.
 Estabeleceu os territórios que seriam ocupados e divididos na África da forma que melhor
agradasse as potências industrializadas;
 Busca pelo equilíbrio de poder entre os países europeus;
↪ Rivalidades entre as potências europeias → corrida armamentista!
Cap Antonio
 RESUMO: CAUSAS DA COLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
 2ª Revolução Industrial → expansão industrial;
 Processo de independência do continente americano;
 Fez com que o imperialismo europeu se voltasse para a África e Ásia;
 Disputa por matérias primas industriais;
 Ferro + Carvão
 Disputa por novos mercados consumidores;
 Exploração agrícola:
 Promoveram as “plantations” para atender as necessidades econômicas da Europa: café, chá,
cana-de-açúcar e cacau;
 Busca por mão de obra;
 Excedente de capitais na Europa;
 Busca de locais para investimentos → Investiram em infraestrutura para escoar matérias
primas;
 Crescimento demográfico europeu;
 Diminuir a pressão demográfica na Europa;
 Darwinismo social:
 Missão civilizadora (“Fardo do Homem Branco”) → levar a civilização aos selvagens;
 Eugenia → purificação genética da população;
 Inovações tecnológicas que permitiram acessar o interior da África;
 Medidas protecionistas entre os países europeus → contexto do capitalismo financeiro e
surgimento dos monopólios;
 Ambição dos líderes → Rei da Bélgica no Congo;
 Mapear o Continente Africano → demarcar as reservas de recursos naturais;
 Disputa entre os países europeus: conquistar para os outros não conquistarem;
 Diplomacia das canhoneiras → canhoneiras: navios de guerra versáteis para atuação em águas
rasas ou áreas restritas → Foi utilizado por várias potências imperialistas como forma de intimidação ou
intervenção militar visando a atingir resultados em política externa;
 Superioridade bélica;

 RESUMO:
 APRESENTAR o processo da descolonização afro-asiática → o que veio antes, também as
causas;
 Consequência para a África pós independência;

 2ª Revolução Industrial → as novas relações de trabalho, a urbanização, a expansão das


telecomunicações causaram mudanças politicas e sociais nas colônias;
 Provocou o esgotamento dos recursos naturais e do solo;
 Instabilidade política oriunda da Conferência de Berlim → tribos africanas historicamente
rivais foram obrigadas a viver num mesmo país → antagonismo e movimentos sociais para a
independência;
 Divisão não respeitou a história e as relações étnicas dos povos do continente;
 Instabilidade política entre as lideranças locais → guerras civis, destruição e mortes →
obstáculos para a construção dos novos países;
 Organização político-administrativa nos moldes ocidentais → gerava insatisfação nos povos
africanos;
Cap Antonio
 A manutenção das organizações após a independência → não representavam a realidade da
sociedade africana, com suas relações tribais e étnicas → conflitos de ideias e desorganização;
 Regionalização dos partidos políticos → formação de grupos de resistência baseado nas
identidades étnicas. Esses grupos deram origem aos partidos políticos;
 Sem um sentimento de caráter nacional e desconsideração pelas aspirações de grupos rivais
→ ausência de visão política nacional;
 Despreparo e a corrupção das elites políticas: o despreparo da elite politica sempre foi um
obstáculo a descolonização → assumiu a burocracia estatal após a independência;
 Corrupção e total alienação dos objetivos nacionais;
 Falta de recursos humanos qualificados: outro obstáculo ao processo de independência → após
a saída dos europeus os cargos públicos foram ocupados por profissionais locais despreparados e sem
qualificação
 Dificuldades para manter a estrutura vigente e instauração de novos modelos
administrativos;
 Urbanização acelerada → a colonização acelerou a urbanização, o que favoreceu o crescimento
dos ideais de liberdade na sociedade africana;
 A urbanização acelerada e o êxodo rural reduziram a produção agrícola, afetando a
alimentação da população;
 Exploração econômica → grande motivador para a lutas de independência;
 Continuou na mão da elite local e das empresas estrangeiras que pagavam baixos salários e
ou realizavam trocas desiguais. Em parte, isso remonta a tradição da elite africana em se aliar aos
europeus em troca de vantagens econômicas, como na época da escravidão negra;
 Sistema educacional deficiente → instituído em moldes concebidos na Europa → dissociado da
realidade africana e dos problemas sociais → ensejou a busca pela descolonização
 Diferença profunda entre a massa camponesa e a elite instruída, a qual resiste em
compreender os problemas da população;
 Saneamento básico e sistema de saúde deficientes → sem condições mínimas de saneamento e
saúde → motivaram os povos africanos pela descolonização;
 Após a independência → sem recursos e com instabilidade politica os problemas
permaneceram → ebola, malária, febre amarela → reduzem a força de trabalho;
 Estagnação econômica e crise financeira → situação econômica deteriorou-se
progressivamente nas colônias, fruto das crises europeias → redução dos investimentos das metrópoles;
 As guerras civis pós independência agravaram a crise, principalmente com as medidas
restritivas impostas pelo FMI e Banco Mundial a partir dos anos 80;
 Infraestrutura controlada pelos europeus → A construção e o controle das infraestruturas
permaneciam nas mãos dos europeus, o que revoltava os africanos;
 A instabilidade politica e os conflitos fizeram que muitas dessas infraestruturas fosses
destruídas ou não possibilitam sua manutenção ou ampliação → muitos projetos ficaram abandonados e
agravaram a crise econômica;
 Controle dos investimentos privados estrangeiros → os colonizadores regulavam os
investimentos estrangeiros e limitavam as capacidades de cada região explorada, ensejando uma reação
contrária a colonização;
 A instabilidade política e a ausência de segurança jurídica afastaram ainda mais os
investimentos estrangeiros, o que constitui um óbice para a África até os dias atuais;
 I GM: enfraqueceu economicamente a Europa;
 1917 – Revolução Russa: disseminou os ideais comunistas e influenciaram os colonos a
combater o capitalismo;
 Crise de 1929: abalou o capitalismo liberal e as economias europeias;
Cap Antonio
 II GM e a crise econômica dos países europeus;
 ONU → maior participação política internacional das ex-colônias;
 Princípio da autodeterminação dos povos → confere aos povos o direito de autogoverno e de
decidirem livremente a sua situação política;
 Guerra Fria → EUA e URSS buscavam novas áreas de influência;
 A interferência das potências da Guerra Fria no processo patrocinou o prolongamento das
guerras civis que continuaram após a independência;
 1955 – Conferência de Bandung → movimento dos não alinhados com discurso anti-
imperialista;
 1956 – Crise do Canal de Suez → marca o ocaso da Inglaterra e da França nas relações
internacionais pós-II GM;
 Opinião pública internacional contrária a exploração das colônias;
 Surgimento de lideranças nas colônias;
 Movimento de resistência → causavam grande desgaste econômico às metrópoles;

 Consequências do imperialismo
 Expropriação das terras dos nativos;
 Provocou a “ocidentalização” do mundo → destruindo estruturas tradicionais;
 Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
 Segunda Guerra Mundial (1939-1945)

Assunto 33. A resistência à dominação


a. A Guerra do Ópio (1839-1842)
b. A Revolta dos Cipaios (Índia, 1857)
c. A Rebelião dos Boxers (China, 1900)
d. A Guerra dos Bôers (1898-1902)
 Examinar os movimentos de resistência à ação imperialista na África e na Ásia;

 1839-1842 – Guerra do ópio → China


 China versus Inglaterra;
 Fator:
 Comércio de ópio pelos britânicos em território chinês;
 Consequências:
 Derrota da China;
 Tratado de Nanquim (1842):
o Abertura dos portos chineses para livre-comércio;
o Ilha de Hong Kong passa para o domínio britânico, voltou para a China em 1997;
o A China teve que realizar o pagamento de vultuosa indenização de guerra;
o Início dos Tratados Desiguais;

 1857 – Revolta dos Cipaios → Índia


 Índia versus Inglaterra;
 Revolta dos nativos que serviam no exército colonial contra a ocupação britânica;
 Consequências:
 Vitória da Inglaterra;
 Extinção da Companhia das Índias Orientais dando início à administração direta da Coroa
Britânica;
Cap Antonio
 Índia incorporada ao Império Britânico → lembrar que a Companhia das Índias Orientais era
uma companhia privada;

 1900 – Guerra dos Boxers → China


 China versus Inglaterra + França + Rússia + Japão;
 Movimento nacionalista (antiocidental e anticristão) contra o domínio imperialista da China;
 Boxers: sociedade secreta formada por lutadores de artes marciais (Sociedade dos Punhos
Harmoniosos e Justiceiros) que praticava atentados contra estrangeiros e missionários cristãos;
 Consequências:
 Derrota da China;
 1901 – Paz de Pequim:
o Pagamento de indenização;
o Abertura de novos portos;
o Proibição de importação de armamentos.

 1899-1902 – Guerra dos Bôeres (Fazendeiros) → África do Sul


 Inglaterra (Cabo) versus Transvaal e Orange (Colonos holandeses);
 Fator:
 Expansão britânica em territórios ocupados por descendentes de colonos holandeses;
 Descoberta de ouro, ferro e diamantes.
 Consequências:
 Vitória da Inglaterra;
 Anexação dos territórios por parte da Coroa Britânica e o estabelecimento da União Sul
Africana (Cabo + Transvaal + Orange);

Assunto 34. O imperialismo dos EUA.


 Explicar os interesses políticos e econômicos dos Estados Unidos sobre a América Latina que
nortearam a Doutrina Monroe e o “Big Stick”;

CONTEXTO INTERNACIONAL
Cap Antonio

 SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX:


 Europa
 Expansão do nacionalismo e expansão da economia capitalista;
 Forte rivalidade entre as potências europeias → proteger seus mercados internos e conquistar
novos mercados internacionais;

 Estados Unidos

 Doutrinas do século XIX → expansão e consolidação do território;


 1823 – Doutrina Monroe: neutralidade dos EUA em relação as questões europeias
(restauração do Antigo Regime) e não interferência europeia no continente americano;
Cap Antonio
 1845 – Destino Manifesto: expressa a crença de que o povo americano foi eleito por Deus
para civilizar o continente e o mundo;
 1845 – Corolário Polk: reafirmação da Doutrina Monroe. Era uma política expansionista no
Contexto da Marcha para o Oeste. Defendia a ideia de que os EUA estavam abertos a qualquer território
que pretendesse anexar-se a eles;

 Século XIX e XX → imperialismo;


 1895 – Corolário Olney → pretendeu impedir qualquer interferência nos destinos políticos
de um Estado latino-americano sem prévia consulta aos EUA;
 1897-1901 – A Marinha dos EUA passou a efetivamente promover intervenções militares de
um novo tipo, que resultaram na conquista de colônias subtraídas a países europeus fora da tradicional
área de expansão territorial norte-americana, até então restrita à América do Norte;
 1898 – Guerra Hispano-Americana que consolidou a hegemonia militar da potência ianque
no “lago americano” e garantiu a independência de Cuba frente aos espanhóis.
o Além disso, os EUA tomaram dos espanhóis Porto Rico, Guam e as Filipinas → aos
EUA, tiveram uma vitória militar que garantiu a aplicação da Doutrina Monroe no Caribe e, de quebra,
incrementou a presença da Marinha de guerra ianque no Pacífico.
 1898 – O Havaí torna-se território da União;
 1899-1949 – Política das Portas Abertas → China;
o Na virada do século, a projeção norte-americana no Pacífico já era suficiente para influir
na política das potências européias em relação à China, onde se consagrou publicamente a “política de
portas abertas” (Open Door Policy);
o Exigia que as grandes potências teriam as mesmas condições comerciais na China. Para
tanto, deveriam manter a soberania e a integridade territorial chinesa.
 1901: Os EUA pressionaram Cuba para inserir em sua Constituição a Emenda Platt,
que assegura aos norte-americanos significativos poderes no país caribenho, autorizando intervenções do
governo ianque na ilha para preservar a ordem ou garantir a independência do país;
 1902: A Venezuela sofreu intervenção para cobrança de dívidas pela força, como era
comum à época. Antes de intervir, no entanto, as duas maiores potências europeias, Alemanha e Grã-
Bretanha, mostraram reconhecer a hegemonia norte-americana na região e respeitar o espírito do
“corolário Olney”, consultando o governo dos EUA.
 1903: Intervenção na independência do Panamá em relação a Colômbia → Construção
do Canal homônimo;
 1904-1934 – Corolário Roosevelt → imperialismo na América Latina;
“no Hemisfério Ocidental a adesão dos Estados Unidos à Doutrina
Monroe pode forçar os Estados Unidos, ainda que com relutância, em
casos flagrantes de tais irregularidades ou incapacidade, ao exercício de
um poder de polícia internacional”.
o Garantiram o direito ao EUA do uso da força para intervir na América Latina e garantir a
estabilidade da região, evitando o constrangimento europeu como ocorreu na Venezuela em 1902;
o O Corolário Roosevelt buscava, portanto, legitimar as intervenções militares dos EUA
como defensivas e preventivas, já que não visavam à aquisição de territórios, mas à preservação da
civilização, da ordem, da estabilidade e do progresso.
o Política do Big Stick: controle diretos dos EUA sobre a América Latina por meio de
acordo econômicos, formação de governos fantoches e intervenção militar → despertou o
antiamericanismo;
o Empresas norte-americanas dominam o monopólio de frutas e de cana de açúcar na
América Central;
Cap Antonio
o Por meio da diplomacia comercial e, principalmente, da ação militar, os interesses das
empresas norte-americanas ficavam garantidos → essas empresas se tornaram donas de imensas
propriedades que produziam produtos agrícolas para exportação e exploravam minérios e petróleo:
United Fruit Company (Frutas na América do Sul), Standart Oil (Petróleo) e Consórcios Americanos-
Anaconda e Kennecott (Cobre no Chile);
 Em 1905, Roosevelt foi o mediador do Tratado de Portsmouth, que encerrou a Guerra
Russo-Japonesa (1904-1905) → rendeu ao presidente mais expansionista da história dos EUA, até então,
o Prêmio Nobel da Paz;
 Entre 1898 e 1906 o Tio Sam saíra da infância americana para a juventude global;
 1908 – “Diplomacia do Dólar”: os bancos norte-americanos foram incentivados a comprar
as dívidas de países do Caribe e América Central com credores europeus, como forma de preservar a
segurança do canal do Panamá e seguir os fundamentos do corolário Roosevelt, que visavam estabilizar
política e economicamente os países da região a fim de prevenir intervenções europeias na área de
influência norte-americana;
 Intervenções militares → papel de polícia regional
o Nicarágua: 1912 e 1927 → estabilização política;
o México: 1914 → Revolução Mexicana;
o Haiti: 1915 → Garantir os interesses da empresa Sugar Company;
o República Dominicana: 1916 → instabilidades políticas;
 1934 – Política da Boa Vizinhança
o Passou a privilegiar a diplomacia e a aproximação cultural;
o Franklin Delano Roosevelt, primo distante de “Teddy”, revogou a Emenda Platt e
evacuou suas tropas do Haiti, encerrando a Big Stick Policy;
o Em contexto de profunda crise econômica e crescente sentimento antiamericano nas
Américas, a influência dos fascismos se alastrava, principalmente entre as Forças Armadas dos países
latino-americanos → Começava então a Política da Boa Vizinhança;
 1947 – Doutrina Truman
o Conflito capitalistas x comunistas → impedir a expansão comunista soviética,
especialmente em nações capitalistas frágeis, como na América Latina;
o 1947: TIAR e Plano Marshall;
o 1949: OTAN;
o 1951: Plano Colombo
 Combate a influência da URSS
o Retornou ao intervencionismo na América Latina;
o Movimentos políticos e de luta armada contrários aos governos de esquerda e
identificados ideologicamente com os EUA receberam apoio financeiro e militar dos norte-americanos,
especialmente após a Revolução Cubana de 1959;
 1989 – Consenso de Washington
o Medidas neoliberais com intenção de combater as crises e misérias dos países
subdesenvolvidos, sobretudo os da América Latina → lembrar que a Índia também;
o Disciplina e reforma fiscal, privatizações de estatais;
 1990 – Proposta da Área de Livre Comércio das Américas – ALCA
o A ideia não prosperou devido a grande defasagem entre as economias no continente;
 1994 – Tratado Norte-Americano de Livre Comércio -NAFTA
 Combate ao narcotráfico
Cap Antonio
o Combate ao narcotráfico particularmente nas áreas produtoras: Colômbia, Peru, Bolívia e
México
o Inibir o tráfico internacional de drogas e o decorrente financiamento de grupos
paramilitares antiamericanos;
 Combate a imigração ilegal
o Desestimular e reprimir o movimento migratório ilegal, principalmente por meio de
medidas políticas e econômicas na América Central e no México;
Assunto 35. O Império Japonês.
a. A Restauração Meiji (1898).
b. Guerra sino-japonesa (1894-1895).
c. Guerra russo-japonesa (1904-1905).

 Analisar o processo de evolução institucional do Japão que proporcionou sua ascensão


política e econômica na Ásia;

 Meados do século XIX → Contexto da 2ª Revolução Industrial


 País agrícola;
 Semifeudal → xogunato → chefe supremo: xogum;
 Dominado pelos samurais;
 Fechado em relação ao mundo externo;
 1854: Os EUA obrigam o Japão a assinar um acordo de livre trânsito e comércio;
 A partir dos EUA, outras nações impuseram acordos em condições desfavoráveis;

 1868-1912 – Era Meiji → Restauração do Império


 Centralização com o aumento do poder central;
 Romper com as concepções feudais e assimilar os avanços tecnológicos do Ocidente;
 1890 a 1947 – Constituição Meiji → monarquia constitucional na qual o Imperador do Japão
era um governante com considerável poder político, mas partilhava-o com uma Dieta (parlamento) eleita.

 Aspectos econômicos
 Abertura para o Ocidente industrializado;
 Reformas financeiras: casa da moeda, sistema bancário inspirado no norte-americano;
 Lema: alcance, ultrapasse;
 Inovações: telégrafo, serviço postal, jornais;
 Ferrovias → transporte de produtos e pessoas;
 Surgimento de novas cidades;
 Dispunha de mão-de-obra numerosa e disciplinada;
 Capital acumulado no setor privado (comércio);
 Investimentos do Estado em setores considerados importantes: ferrovias, indústria têxtil e o
setor elétrico;
 Formação das grandes concentrações industriais, fortalecimento de famílias tradicionais:
Sumitomo, Mitsubishi, Yasuda e Mitsui, que detinham parcelas consideráveis da economia;
 A escassez de carvão e ferro retardou o desenvolvimento da siderurgia e de outros setores da
indústria pesada;

 Aspectos sociais
Cap Antonio
 O calendário tradicional foi substituído pelo gregoriano;
 Estabelecimento da educação universal;
 1877: Universidade de Tóquio;
 Envio de intercâmbios culturais para o ocidente;
 O ensino foi utilizado como ferramenta de transmissão de princípios nacionalistas;
 Implantação do culto à personalidade do Imperador, o que ficou conhecido como Xintoísmo de
Estado. O Imperador era visto como encarnação da deusa do sol do Xintoísmo;
 Morrer pelo imperador constituía uma grande honra;

 Aspectos militares
 Modernização: metralhadoras, armamento importado do Ocidente;
 1873: instituiu o serviço militar obrigatório → esvaziando a função dos samurais, pois qualquer
homem poderia ser um potencial soldado;
 Enfraquecimento dos samurais: proibiu o uso de suas espadas;

 1ª Guerra Sino-Japonesa (1894-1895)


 Controle sob a Coreia: grande reserva de matéria-prima: carvão e ferro;
 China concede a Ilha de Taiwan e vultuosa indenização ao Japão, a Coreia tornou-se
independente da China e o Japão passa a ter influência na Manchúria;
 E daí? Acordo marcou o triunfo do imperialismo japonês no Extremo Oriente;

 Guerra Russo-Japonesa (1904-1905)


 Disputa territorial entre os dois países pelos territórios da península da Coreia e da Manchúria;
 A Rússia reconheceu a soberania japonesa sobre a Coreia e teve que abandonar a Manchúria;
 Consequência direta para a Rússia → enfraquecimento do regime czarista com a derrota nesse
conflito → contribuiu Revolução Russa de 1917;
 E daí? Japão passou a ser reconhecido como potência regional;

 1910: Japão anexa a Coreia ao seu império


 A Coreia permaneceu como colônia no Japão até 1945, com o fim da II GM;

 1912: Morre o Imperador Meiji;

 1914-1918 – I Guerra Mundial


 O Japão participou da I GM em uma aliança com a Tríplice Entente (Inglaterra, França e
Rússia);
 O Japão contribui para a conquista de diversas colônias alemães na Ásia e no Pacifico;
 Além dos conflitos na Ásia e no Pacifico, o País enviou uma força naval ao Mediterrâneo para
ajudar a combater os submarinos adversários, e contribuiu, em 1918, com o envio de tropas para a Sibéria
com o objetivo de auxiliar o Exército Branco Russo em sua disputa contra os bolcheviques, após a
Revolução Russa.
 Foi membro permanente do principal órgão da Liga das Nações, o Conselho da Liga, ao lado de
França, Inglaterra e Itália;

 1931: O Japão invade a Manchúria.


 Os japoneses estabeleceram um Estado fantoche, chamado Manchukuo, e sua ocupação durou
até o final da Segunda Guerra Mundial → a invasão contribuiu para o fracasso da Liga das Nações;
Cap Antonio
 Ato contrário à política norte-americana de Portas Abertas: declaração de princípios iniciada
pelos Estados Unidos em 1899 e 1900. Ela clamava pela proteção de privilégios iguais para todos os
países que comercializavam com a China e pelo apoio à integridade territorial e administrativa da China.
A política de Portas Abertas foi a pedra angular da política externa americana no Leste Asiático até
meados do século XX.

 1933: O Japão se retira da Liga das Nações;

 2ª Guerra Sino-Japonesa (1937-1945)


 Ambições imperialistas japonesas sobre territórios chineses, em especial na Manchúria;
 Comunistas e nacionalistas chineses se unem para enfrentar o invasor;
 1937 – Massacre de Nanquim: retrata a brutalidade institucionalizada no exército japonês
durante esse período de guerras;
 1941 – A China contou com o apoio americano na guerra após os Estados Unidos serem
atacados pelos japoneses em Pearl Harbor → forneceram armas e suprimentos aos exércitos chineses;

 1939-1945 – II Guerra Mundial


 1940 – Assinatura do Pacto Tripartite → Formação do Eixo (Alemanha, Itália e Japão);
 1940:
 Os Estados Unidos, para conterem o expansionismo japonês, impuseram um embargo sobre
a vital importação de petróleo para o Japão;
 Também era importante para o Japão a expulsão dos Estados Unidos do continente asiático
para que as ambições territoriais japonesas fossem garantidas;
 A ampliação da zona de influência do Japão entrou em divergência com os interesses dos
EUA no Pacífico;
 1941 – Japão ataca Pearl Harbor;
 No início do conflito, o Japão conseguiu expandir seu Império de maneira avassaladora;
 1942 – Os Estados Unidos passaram a reconquistar todos os territórios ocupados pelo Japão →
Marco da virada norte-americana: Batalha Naval de Midway: a marinha americana afundou quatro porta-
aviões japoneses e impôs outras pesadas perdas materiais à Marinha Imperial Japonesa;
 1945 - Para evitar uma invasão territorial, os Estados Unidos optaram por lançar as bombas
atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki;
 Os nacionalistas do Kuomintang assumem o controle de Taiwan com o acordo dos Aliados
(Conferência do Cairo de 1943);
 Divisão do Coreia pelo Paralelo 38;
 Perda da Manchúria;
Cap Antonio
UD 8 - ÁFRICA: DAS FEITORIAS AO IMPERIALISMO
VER BAREMAS: AS1 2011 / AT5 2011 / AF1 2014 / AT1 2016 / AT3 2018
Assunto 36. As relações Brasil-África nos séculos XVI a XIX
a. Feitorias e entrepostos na costa ocidental africana: laços com a América portuguesa
b. Tráfico negreiro
 Compreender as relações sociais, políticas e econômicas entre a África e a América
portuguesa. Destacar a importância desse processo histórico para o Brasil atual;

 Comparar os sistemas coloniais portugueses no Brasil e na África;

Feitorias
 Organizações de mercadores de um determinado Estado que se instalavam em um local fora de
suas fronteiras.

 Eram os entrepostos comerciais europeus em território estrangeiro.

 Prioritariamente ocupadas no litoral

 Tinham como finalidade:


o defender os interesses comuns
o manutenção de relações comerciais e diplomáticas com a metrópole
o realizar a defesa local

 Motivos para instalação de feitorias portuguesas na África:


o Comércio de especiarias (Oceano Índico)
o Comércio de ouro (Costa da Guiné)
o Comércio de escravos para o novo mundo (Brasil)

 Tráfico de escravos:
o Relações importantes para a economia portuguesa
o Maiores lucros para os comerciantes portugueses
o Principal atividade econômica que ligava a África e a América portuguesa
o Intenso intercâmbio cultural reflexo na sociedade brasileira
o Comércio triangular
Cap Antonio

Tráfico Negreiro
 Após a descoberta da América, intensificou-se o comércio escravo, com a finalidade de se
substituir a mão-de-obra indígena;

 O tráfico negreiro, além de ser uma grande fonte de mão-de-obra, caracterizava-se por ser também
uma forma de mercantilismo, sendo de interesse da metrópole, já que além dos traficantes e dos colonos,
lucravam também a Coroa portuguesa e até a Igreja Católica;

 A principal atividade econômica que ligava África e América no império colonial português era o
tráfico de escravos destinados, especialmente, ao cultivo da cana de açúcar e, depois, à mineração e à
lavoura cafeeira.

 Condições precárias de transportes de escravos pelas embarcações da época- perda de escravos


devido às péssimas condições sanitárias e lotações;

 Companhia das Índias Ocidentais era a detentora do tráfico de negros para o Brasil

 Os africanos, todos subsaarianos, mandados para o Brasil eram divididos em dois grandes grupos:
os bantos e os oeste-africanos.
o Os bantos, descendentes de um grupo etnolinguístico que vive atualmente desde a atual
região de Camarões em direção ao sul, atingindo tanto o litoral oeste quanto o leste da
África. Constituíram a maior parte dos escravos levados para o Rio de Janeiro, Minas
Gerais e para a zona da mata do Nordeste.
o Os oeste-africanos, provinham de uma vasta região litorânea que ia desde o Senegal até a
Nigéria, além do interior adjacente ao sul da região do Sahel, constituíram a maior parte
dos escravos levados para a Bahia.

 A origem étnica dos escravos recebidos no Brasil é muito variada. Uma das razões foi o momento
histórico em que ocorreu cada ciclo econômico em uma região do Brasil (açúcar no Nordeste, ouro em
Minas Gerais e café no Rio de Janeiro)
Cap Antonio
Observações:
 A maneira como Portugal se relacionava com as colônias acabou por gerar uma "hierarquia" entre
as colônias, com preferência para o Brasil
 O Conselho Ultramarino Português: gerenciava as colônias a partir de Portugal;
 Havia Clientelismo na escolha dos representantes da metrópole na Colônia
 Os representantes da Metrópole na África que se destacavam, conseguiam um cargo no Brasil e,
posteriormente, estavam aptos a assumirem cargos no Conselho Ultramarino;
 Essa "Hierarquia" era notada em todos os cargos públicos da administração da Colônia.

Relações sociais, políticas e econômicas entre a África e a América portuguesa


 O Brasil (América portuguesa) recebia escravos oriundos da África;
 No Brasil e na África foram estabelecidas as feitorias nos pontos de interesses mercantis;
 A compra de escravos se dava, também, pelo escambo de fumo e aguardente;
 A vinda de escravos contribuiu para a formação da cultura afro-brasileira;
 O Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravidão;
Comparação do sistema colonial português no Brasil e na África
Fator de Comparação Brasil África
implantação de feitorias e o
implantação de feitorias e trocas
Estabelecimento da empreendimento da cana-de-açúcar
comerciais por produtos como ouro,
Colonização no território da colônia para a
goma-arábica e escravos.
produção de açúcar.
baseada em produtos como o pau- baseada principalmente no tráfico de
Economia colonial brasil (século XVI), açúcar (séculos escravos para as demais colônias do
XVI e XVII) e ouro (século XVIII) Império Português
o tráfico de africanos capturados nas
Brasil era o principal mercado guerras tribais e vendidos a
Tráfico Negreiro consumidor dos escravos vindo da traficantes portugueses para
África portuguesa. servirem de mão de obra na
economia colonial
escrava vinda da África na escrava nativa na África Portuguesa
economia colonial, devido ao
Mão de Obra
fracasso do uso da mão de obra
indígena
a grande expansão territorial do a pouca ocupação portuguesa da
Brasil colonial através das Entradas África, pontilhada em seu litoral
Território e Bandeiras com diversas feitorias, tendo uma
expansão territorial relevante apenas
em Angola e Moçambique
O Brasil dentro do Império a pouca organização político-
Português com uma máquina administrativa das feitorias
Administração Colonial político-administrativa centralizada, portuguesas na África, fragmentada
aperfeiçoada durante o ciclo do ouro e presente especialmente em Angola
no século XVIII. e Moçambique
Sociedade Colonial a diversificação da sociedade no a pouca diversificação da sociedade
Brasil colonial, em especial após o da África colonial, dividida entre
ciclo do ouro, com o surgimento de uma massa de escravos e uma
profissionais liberais como pequena elite que administrava os
professores, artesãos, advogados e interesses portugueses
Cap Antonio
mercadores, dentre outros
O grande prestígio do Brasil dentro O pouco prestígio da África no
no Império Português: elevado ao Império Português: exploração
Principado em 1645, com alta econômica e repressão à população
Prestígio no Império
mobilidade social devido a sua nativa, com baixa mobilidade social
Português
importância política e econômica,
tornou-se sede do Império com a
vinda da Família Real em 1808.
As relações entre o Brasil colonial e As relações da África Portuguesa
a África Portuguesa, especialmente com o Brasil colonial – influências
Relações entre as
a influência dos colonos luso- africanas na sociedade brasileira:
colônias
brasileiros em Angola. idioma, religião e política (fugas de
escravos e quilombos).
A política de “assimilação” dos A política de “assimilação” dos
nativos das colônias do Império nativos das colônias do Império
Português: o Português: a
Brasil se tornou um destino para a escravidão negra e o tráfico de
Política de Assimilação
imigração de muitos portugueses, escravos impediram que tal política
que se
consideraram a terra uma extensão desenvolvesse na África Portuguesa
da sua pátria.

Política de assimilação:
 Portugal incentivou uma política de assimilação numa tentativa de diminuir a tradição local em
proveito de uma europeização, formando uma elite que colaborasse com os colonizadores.
 A política de “assimilação” portuguesa: transformar as populações nativas em cidadãos do
Império Português.

Assunto 37. A África colonizada (século XIX): os diferentes projetos imperialistas europeus
a. Portugal e as províncias do ultramar
b. A França e suas extensões ultramarinas
c. A Inglaterra: do Cabo ao Cairo

 Analisar os principais impérios coloniais na África e os seus diferentes projetos


neocolonialistas.

UD 9 - A I GRANDE GUERRA E A CRISE DE 1929 (1914-1930)


Assunto 38. A I Grande Guerra (1914-1918)
a. O choque entre Estados e o conflito bélico
b. A questão dos tratados ao fim da guerra
 Explicar os principais interesses em choque na Grande Guerra;
 Analisar os blocos antagônicos; as etapas dos conflitos e seus resultados, em especial os
tratados de paz e o surgimento da Liga das Nações;
 A I GRANDE GUERRA (1914-1918)
 Séc. XIX: consolidação do capitalismo e a Era dos Impérios → desfecho: I GM → guerra
imperialista;
Cap Antonio
 Conflito de grandes proporções, também conhecido como a Grande Guerra, decorrente de
disputas imperialistas e nacionalistas.

 ANTECEDENTES
 Inovações nas ciências e na tecnologia;
 Belle Époque → expansão cultural → nacionalismo;
 A economia atingia quase todas as nações por meio do comércio e do capitalismo;
 Não havia um sistema político internacional que pudesse intermediar os conflitos pela
diplomacia;

 FATORES
 Corrida imperialista ou neocolonialista (3 M’s):
 Disputa por matéria-prima, mercados consumidores e mão de obra barata;
o Conquista da África e da Ásia e rivalidades entre as potências;
 Corrida armamentista
 Aumento das indústrias bélicas;
 Aumento dos efetivos militares;
 Criação de alianças militares;
 “Período da Paz Armada” → política de Alianças
 Período no qual as potências ainda não haviam começado as hostilidades, mas estavam
preparando-se para desencadeá-las;
 Política de tratados e alianças entre as potências europeias caracterizada pela corrida
armamentista que antecedeu a Primeira Guerra Mundial.
 1882 – Tríplice Aliança: Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália (muda para a Tríplice
Entente em 1915);
o Alemanha: ainda era império. Passou pela unificação com forte pendor militar, oriundo
da liderança prussiana;
o Império Austro-Húngaro: por meio das alianças realizadas por meio do casamento a
dinastia Habsburgo conseguia influenciar parcela significativa dos países europeus → grande tradição
absolutista;
 1907 - Tríplice Entente: França, Inglaterra e Rússia.
Cap Antonio
o 1904 – Entente Cordiale: França e Inglaterra;
o Rússia: servidão no campo, mas passava por forte industrialização → crescimento do
proletariado;
 Aumento do nacionalismo:
 Naquele contexto, várias minorias nacionais começam a reivindicar seu autogoverno,
baseando-se, inclusive nas ideias liberais e nas experiências da unificação da Itália e Alemanha;
 Identidade étnico-cultural, soberania popular, política territorial;
 Passa a ser utilizado para estimular a xenofobia e a rivalidade, incrementado os conflitos
entre Estados e o expansionismo;
 Aumento das rivalidades:
 Alemanha x Inglaterra:
o Industrialização da Alemanha;
o Alemanha conquista mercados consumidores da Inglaterra;
o Projeto de construção da ferrovia Berlim-Bagdá → passava pelo Estreito de Bósforo →
conflitos entre a Alemanha com Inglaterra e Rússia;
 Revanchismo francês → Alemanha x França:
o Derrota da França na Guerra Franco-Prussiana (1871) → os alemães proibiam os
franceses de enterrarem seus mortos → humilhação cultural;
o França perde os territórios da Alsácia-Lorena;
o 1905-1911: Crise do Marrocos → Conflito entre a França e a Alemanha por territórios
no Marrocos, mas a França foi considerada soberana nesses territórios, degradando os germânicos.
 Expansionismo russo:
o Pan-eslavismo russo: agrupar todos os eslavos da Europa Oriental.
o Era orientado e liderado pelo governo do czar russo da dinastia Romanov;
o Choque com a Alemanha, com o Império Turco e com o Império Austro-Húngaro;
 Pangermanismo:
o Visava anexar à Alemanha territórios da Europa Oriental onde viviam os povos
germânicos;
 Nacionalismo sérvio:
o A Sérvia pretendia unificar em um país (“Grande Sérvia”), sob sua direção, os povos
eslavos do sudeste europeu (apoio da Rússia);
o Oposição dos Impérios Turco e Austro-Húngaro: a “Grande Sérvia” só seria possível com
o desmembramento parcial desses impérios;
o A Bósnia é anexada pelo Império Austro-Húngaro, em 1908, contrariando os interesses
da Sérvia.
o 1908-1914: Questão Balcânica:
i. Os Balcãs constituíram-se em um dos principais focos de atrito entre as potências
europeias envolvendo interesses nacionalistas e econômicos;
ii. Em 1908 o Império Austro Húngaro invadiu, ocupou e anexou a região da Bósnia
Herzegovina que era etnicamente eslava;
iii.A Sérvia e, indiretamente, a Rússia não aceitaram essa situação. A Sérvia pretendia
unificar-se com a Bósnia para conquistar uma saída para o Mar. Era o Projeto da Grande Sérvia. O
próprio povo Bósnio não queria, pois estava em processo de independência política em relação ao
Império Otomano;
Cap Antonio
iv. Nesse contexto, formaram se alguns grupos nacionalistas que passaram a usar táticas
violentas (guerrilhas nacionalistas urbanas que marcaram o séc. XX) para tentar expulsar a ocupação
austríaca. Esses grupos vinham da Sérvia ou da Bósnia e um deles era o chamado Mãos Negras;

 CAUSA IMEDIATA DA GUERRA


 Crise dos Balcãs: assassinato do futuro imperador austríaco, Francisco Ferdinando, na Bósnia,
em 28/06/1914;
 O Império Austro Húngaro atribui o atendado ao Estado da Sérvia → pangermanismo x pan-
eslavismo;
 O sistema de Aliança em funcionamento coloca a Europa toda em Guerra;

 A Alemanha ao invadir a Bélgica, ameaça a soberania territorial da França;


 1914: grande euforia em torno guerra, motivada pelo nacionalismo;
 Os governos e os poderosos grupos econômicos tinham conseguido mobilizar o sentimento
nacionalista, a tal ponto de conseguir a adesão popular ao projeto militar de conduzir uma guerra.

 FASES DA GUERRA
 1ª Fase: 1914-1915 – Guerra de movimento
 Intensa movimentação das tropas beligerantes;
 Rápida ofensiva da Alemanha – Plano Schlieffen:
 Elaborada ainda em 1905, o Plano Schlieffen previa uma ágil tomada do norte da França.
Após essa significativa vitória, a Alemanha teria tempo para reorganizar suas tropas e enfrentar as
possíveis ofensivas britânicas e russas;
 O exército alemão tentou empregar essa tática, mas não tinha efetivos suficientes para abafar
a reação das várias frentes de ataque que enfrentou.
 Rápida defensiva da França;
 Saldo Zero;
 Batalha do Marne (1914);
 Batalha de Tannenberg (1914).

 2ª Fase: 1915-1918 – Guerra de trincheiras


 Tempo desgastante, marcado por imobilismo, guerra química, doenças, fome, crise econômica;
Cap Antonio
 A fome espalhou-se e se tornou a marca da I GM fora dos campos de batalha → Contestação
da Guerra → deserções russas e alemães;
 As forças inimigas ficavam abrigadas em extensas linhas de trincheiras fortemente defendidas:
o Batalha de Verdun (1916);
o Batalha do Somme (1916);
o Batalha de Ypres (1917);
o Batalha de Cambrai (1917).
 1917:
 Saída da Rússia: → mobilização social → Fim do Império Russo
o Revolução Russa (bolchevique);
o Tratado de Brest Litovsk → tratado de paz com a Alemanha e Império Austro-Húngaro
em que a Rússia cedeu a Finlândia, Letônia, Lituânia, Estônia, Polônia, Bielorrússia e parte da Ucrânia;
 Entrada dos EUA na Tríplice Entente:
o Revigora as estratégias militares;
o Inovações tecnológicas;
o Interesses econômico-financeiros;
o Questão geopolítica (manter o equilíbrio de poder na Europa para garantir a segurança
dos EUA).
 1918:
 Nova fase de mobilização, sobretudo com o uso de carros de combate e aviões;
 Fevereiro: chegada das primeiras tropas norte-americanas à França;
 Março: os alemães iniciam uma última ofensiva na Frente Ocidental, mas mais uma vez não
conseguem tomar Paris;
 Julho: contraofensiva aliada na França. Os alemães começam a bater em retirada;
 Setembro: rendição da Bulgária → os aliados da Alemanha foram se rendendo
individualmente → vários acordos no pós-I GM;
 Outubro: rendição do Império Otomano → o Oriente Médio passa a ser protetorados da
França e da Inglaterra → imperialismo no Oriente Médio;
o 1916 – Tratado de Sykes-Picot: O tratado, firmado durante a Primeira Guerra Mundial e
já com a expectativa de vitória aliada em mente, permitiu a partilha do Oriente Médio entre as duas
principais potências da época, a França e o então Império Britânico.
 Novembro:
o 03 → Império Austro Húngaro se rende;
o 06 → Revolução Alemã: Queda do Reich;
o 11 → Governo Provisório Republicano assina o armistício;
 1918 – Revolução Alemã → mobilização social: culminou na derruba do kaiser Guilherme II,
estabelecimento de uma república parlamentarista e a assinatura da rendição alemã na I GM;
 A República de Weimar (1918-1933) é o período da história alemã compreendido entre a
queda da Monarquia - a abdicação do Kaiser como consequência direta da derrota alemã na Primeira
Guerra Mundial - e a ascensão de Hitler ao poder.

 TRATADOS PÓS - I GM → Desmoronamento de quatro grandes impérios


 1918 - Plano dos 14 pontos
 Proposta de paz dos EUA, presidente W. Wilson;
 “Diplomacia nova” → “paz sem vencedores” → sem anexações territoriais ou indenizações,
ideia de autodeterminação nacional para grupos étnicos → Teoria Liberal da Relações Internacionais;
Cap Antonio
 Um dos idealizadores da Liga das Nações, um organismo para revolver diplomática e
publicamente as disputas internacionais, prevenindo guerras futuras;
 Cooperação e colaboração;
 1919 – Liga das Nações
 Garantir a paz e resolver conflitos entre os países por meio de negociações e arbitramentos;
 Os EUA ficaram de fora!

 1919-1920 – Conferência de Paris


 Junho 1919 - TRATADO DE VERSALHES → Império Alemão dissolvido
 Cláusula de Culpa da Alemanha:
o Artigo 232: a Alemanha era a única culpada e responsável pelo conflito;
o Hitler usou isso para promover seu fascismo na década de 1930 → a humilhação alemã;
 Questões Territoriais
o Renúncia de todas as colônias em favor dos vencedores;
o A Itália não recebeu o mesmo prestígio que Inglaterra e França, o país recebeu apenas
uma modesta parte dos territórios que reivindicava → Mussolini usaria isso em seu discurso, alegando
que a Itália lutou lado a lado, mas foi esquecida nos acordos pós guerra;
o Alsácia-Lorena deveria ser devolvida à França;
o Formação da Polônia com territórios cedidos pela Alemanha;
o A Alemanha perde as minas de carvão do Sarre, as quais seriam exploradas pela França;
 Desmilitarização
o A Alemanha teve que entregar quase todos os navios mercantes à Inglaterra, França e
Bélgica;
o Redução do efetivo militar;
o Proibição de fabricação de tanques, aviões, carros e qualquer outro instrumento que
servisse à guerra;
o Criação de uma zona desmilitarizada na fronteira alemã com a França;
 Reparações
o A Alemanha teve que pagar pesadas indenizações para os países vitoriosos;
 Os EUA não assinaram, pois consideravam que o tratado era uma nova declaração de guerra
contra a Alemanha;

Barema PEP/2017 - 3ª AT - 2ª Q
 Setembro 1919 - Tratado de Saint-Germain → Fim do Austro-Húngaro
 Assinado em 10 de setembro de 1919, regulou o desmantelamento do Império Austro-
Húngaro, ficando a Áustria sem saída para o mar, com o exército reduzido e com uma população de
origem alemã vivendo em seu território, potencializando o problema das etnias deslocadas, um dos
fatores que contribuíram para desencadeamento da II GM.
 A Áustria reconheceu a independência de parte do seu território, dando origem a Estados
independentes, como Hungria e Polônia;

 Novembro 1919 – Tratado de Neuilly


 Assinado em 27 de novembro de 1919 com beligerantes menores;
 Obrigou a Bulgária a ceder territórios para a Iugoslávia, Romênia e Grécia, contribuindo
ainda mais para aumentar a tensão na região balcânica.
Cap Antonio
 Junho 1920 – Tratado de Trianon
 Assinado em 4 de junho de 1920, esse documento regulou a situação da Hungria, separada
da Áustria. Por esse tratado, a Hungria cedeu dois terços de seu território, e três milhões de húngaros
ficaram em terras estrangeiras, a maioria na Romênia.

 Agosto 1920 – Tratado de Sèvres → Fim do Império Otomano


 Em agosto de 1920 foi assinado o Tratado de Sèvres, com a intenção de reduzir o Império
Otomano.
 Estabeleceu que a Armênia, fosse organizada como uma república independente cristã
ortodoxa e que a maior parte da Turquia Europeia fosse entregue à Grécia. Já a Palestina e a Mesopotâmia
passaram a ser controlados pelos britânicos e a Síria, juntamente com o Líbano, pelos franceses,
redesenhando o Oriente Médio.

 CONSEQUÊNCIAS
 Fragmentação dos velhos impérios e a formação de novas repúblicas;

 Prevaleceu a ideia de condenação radical dos perdedores;


 Criação do Corredor Polonês:
 Criado para que a Polônia tivesse uma saída para o mar;
 Essa região, uma área longa e estreita que cortava em duas partes o território alemão, passou
a ser chamado “Corredor Polonês”. Vigorou de 1919 a 1939, quando o exército nazista o atacou por
ambos os flancos, na invasão à Polônia que marcou o início da Segunda Grande Guerra.
 Ao fim da guerra, em 1945, não apenas o Corredor Polonês, mas também as áreas
subjacentes, foram entregues à Polônia, permanecendo assim até hoje.
Cap Antonio
 Mudanças no mapa político europeu;
 Ascensão dos EUA como a nação mais poderosa do mundo econômica, política e militarmente
→ ausentaram-se do cenário político internacional na década de 1920;
 1919: Criação da Liga das Nações;
 Objetivo resolução dos conflitos;
 Sem a participação do EUA;
 1919: Criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
 Promover a justiça social, por meio da criação de oportunidades para que homens e
mulheres possam ter acesso a um trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade, equidade,
segurança e dignidade.
 Vigente até os dias atuais;
 Diminuição do estado liberal e aumento da intervenção estatal na economia;
 Propiciou a ascensão do nazifascismo;
 Evolução tecnológica bélica: carros de combatem aviões, granadas, metralhadoras, submarinos
e gases tóxicos;
 1918-1933: A República de Weimar. A Constituição alemã de 1919 teve forte apelo social,
assim como a mexicana de 1917. É o período da história alemã compreendido entre a queda da
Monarquia - a abdicação do Kaiser como consequência direta da derrota alemã na Primeira Guerra
Mundial - e a ascensão de Hitler ao poder.
 1921-1922: Conferência de Washington
 As potências reconheceram o “status quo” territorial no Pacífico e Extremo-Oriente e
concordaram em limitar suas marinhas de guerra → sustando uma corrida naval anglo-americana-
japonesa → o sistema internacional parecia estabilizado no início dos anos 1920;

 BRASIL NA GRANDE GUERRA E A LIGA DAS NAÇÕES


 Causas da Participação Brasileira
 Alinhamento com os EUA → dependência econômica: os norte-americanos eram um dos
principais consumidores do café brasileiro;
 Declaração de guerra por parte do governo Wilson (EUA) → favoreceu o entendimento
hemisférico de oposição as Potências Centrais;
 A opinião pública brasileira → favorável à entrada na guerra após o torpedeamento de navios
mercantes brasileiros;
 Nilo Peçanha como chanceler → o novo chanceler brasileiro adotou postura favorável à
Tríplice Entente;
 Ação de submarinos alemães contra navios mercantes brasileiros;
 Assegurar o pagamento das dívidas alemães referentes a exportações brasileiras ainda não
pagas;
 Assegurar a posse e a utilização de navios alemães ancorados em portos brasileiros desde o
início da guerra;
 Busca pelo prestígio internacional → sendo o único país sul-americano a participar
militarmente, havia a expectativa de obter participação mais relevante no cenário internacional no
contexto pós guerra, como ocorreu na Conferência de Paris e na Ligas da Nações.
 O Brasil teve uma participação modesta. O país forneceu apoio pontual, em colaboração nos
combates aéreos e marítimos, bem como no auxílio aos feridos nos campos de batalha.
 Abril 1917: rompimento das relações diplomáticas, devido ao torpedeamento de um navio
brasileiro no Canal da Mancha pelos alemães;
 Outros navios brasileiros torpedeados no Mar Mediterrâneo;
Cap Antonio
 Outubro 1917: declaração de guerra contra a Tríplice Aliança → Presidente Venceslau Brás;

 Participação Brasileira
 Novembro 1917: conter um eventual levante dos imigrantes e descendentes de imigrantes
alemães no terreno nacional:
 Restrições aos imigrantes alemães de realizarem comércio com o exterior e fiscalização
excepcional sobre os bancos e companhias alemães;
 Abertura dos portos brasileiros aos navios de guerra das nações aliadas;
 Patrulhamento do Atlântico Sul;
 1918: Oficiais do Exército serviram na Frente Ocidental, em unidades do Exército Francês
→ um deles, o Tenente José Pessoa, posteriormente, foi o grande reformador da Escola Militar de
Realengo, criador da mística do cadete de Caxias e idealizando a AMAN;
 Maio 1918: envio da Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), contendo sete navios
de combate para participar da guerra antissubmarina;
 A Divisão só chegou a Gibraltar em novembro de 1918, pois ficou retida na costa africana
devido à pandemia da gripe espanhola.
 Aviadores brasileiros combateram ao lado dos pilotos britânicos e franceses;
 Agosto 1918: Oitenta e seis médicos, incluindo dezessete professores de Medicina, quase todos
civis, comissionados oficias, integraram a Missão Médica que trabalhou no hospital Franco-Brasileiro,
mantido pelos brasileiros residentes em Paris. Os médicos permaneceram por algum tempo em Paris após
o fim da guerra, amenizando as mazelas oriundas do conflito.
 Junho 1919: dissolvida a Divisão Naval de Operações de Guerra (DNOG);

 Brasil na Conferência de Paris


 Buscou o apoio norte-americano para:
 Maximizar o prestígio brasileiro, como no número de delegados, conseguindo três,
semelhantemente à Espanha;
 O pagamento ao café brasileiro devido pelos alemães;
 A partilha dos navios alemães apresados em portos brasileiros;
 De um modo geral, a aliança com os EUA foi suficiente para que o Brasil alcançasse sucesso
em seus pontos de vista;
 O chefe da delegação brasileira era Epitácio Pessoa que, ao ser eleito presidente do Brasil,
favoreceu o prestígio nacional na conferência;

 Liga das Nações:


 1919: Por causa da participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial, o país ajudou a criar a
Liga e foi um dos primeiros a integrar-se aos seus quadros.
 O Brasil foi, por muito tempo, o único país americano com assento no Conselho da Liga.
 Tese de "representação americana” no quadro permanente do Conselho: na ausência dos
Estados Unidos, o Brasil seria o candidato da América com as melhores credenciais para ocupar esta
vaga, pois era um país de dimensões continentais, grande população e comércio dinâmico;
 1926: Diante do fracasso em conseguir o almejado acento permanente do Conselho da Liga e a
entrada a Alemanha como membro permanente neste órgão, o Brasil se retirou da Liga em 1926;

 Consequências da participação brasileira na I GM;


 Escolha da doutrina militar francesa como base para a reestruturação do Exército.
Cap Antonio
 1919-1940: A Missão Militar Francesa (MMF) de Instrução no Brasil foi contratada em
setembro de 1919 para orientar, a partir de 1920, a modernização do Exército Brasileiro (EB);
 Atualizou a instrução profissional;
 Valorização e reorganização das escolas:
 O Brasil se comprometeu a dar preferência a indústria bélica francesa na compra de
armamento, desde que os preços fossem compatíveis com os praticados no comércio mundial.

Assunto 39. A Revolução Russa (1917)


a. A utopia socialista e a expansão soviética
 Compreender as origens do comunismo na Rússia e as fases do processo revolucionário;
 Czarismo → sistema político desde a Idade Média
 Às vésperas da I GM, a Rússia ocupava um sexto do território de toda a Terra;
 Cerca de 80% da população morava no campo → regime de servidão até 1861;
 Paisagem rural era predominante, salvo alguns centros urbanos com investimentos industriais:
Moscou, São Petersburgo, Odessa e Kiev;
 A população operária tinha baixos salários e era submetida a jornadas de trabalho que
chegavam a 12 horas diárias;
 Império russo multiétnico e multireligioso, com predomínio da Igreja Ortodoxa que legitimava
o poder do czar;
 A partir da segunda metade do século XIX: as populações não russas (poloneses, georgianos,
finlandeses e judeus) passaram a ser perseguidos;
 1898 – Partido Operário Social-Democrata Russo
 Mencheviques: minoria;
o Consideravam o proletariado do país desorganizado para conduzir uma Revolução;
o Julgam necessário desenvolver o capitalismo e a burguesia, para que depois o
proletariado pudesse antagonizar com os donos dos meios de produção;
 Bolcheviques: maioria;
o Defendiam a tomda imediata do governo pelos trabalhadores, por meio da ditadura do
proletariado: os meios de produção e o poder político permaneceriam nas mãos da classe operária;
o Lenin;
 1905:
 1904-1905: Derrota na guerra russo-japonesa;
 Jan/1905: Domingo Sangrento → massacre de manifestantes que almejam entregar uma
petição ao czar → Lenin chama de “Ensaio Geral” da Revolução;
 A tripulação do encouraçado Potemkin se rebelou, devido aos maus tratos e a péssima
alimentação, recebendo apoio da população;
 Czar sinalizou que criaria a Duma (parlamento), instituindo uma monarquia constitucional.
Porém, logo retira a autonomia desse poder legislativo;
 1914: entrada da Rússia na I GM → mais críticas ao czar;
 1917: Revolução Liberal
 As graves gerais de intensificaram nos centros urbanos, transformando-se em uma revolução
quando o Exército se recusou a combater os manifestantes;
 Mar/17: Nicolau II é deposto;
 Mencheviques assumiram a Duma → fazem algumas concessões, mas não retiram a Rússia
da guerra;
Cap Antonio
 1917: Revolução Bolchevique
 Lenin publicou as Teses de abril, nas quais defendia “todo poder aos sovietes”, nome dado
aos comitês políticos;
 “Paz, terra e pão”:
o Paz: saída de I GM;
o Terra: reforma agrária;
o Pão: distribuição de alimentos;
 Outubro: os bolcheviques alcançaram o poder e prenderam membros do governo provisório,
por meio da Guarda Vermelha → estatizam a economia e as terras privadas dos nobres e da Igreja.
 Março 1918 – Tratado de Brest-Litovsk:
 Assinado entre a Rússia e as chamadas Potências Centrais (Alemanha, Áustria-Hungria,
Bulgária e Império Otomano) e oficializou a retirada da Rússia da Primeira Guerra Mundial;
 Pelo tratado os russos abriram mão de vastos territórios e levou a Rússia a perder reservas de
carvão e petróleo e parte de sua infraestrutura industrial;
 1918-1921 – Guerra Civil

 Temor que a Revolução Russa se espalhe pelo mundo → apoio da Inglaterra e França;
 Lenin adotou o comunismo de guerra: o Estado confiscou toda a produção e eliminou a
economia de mercado;
 Czar Nicolau II e sua família são assassinados;
 Nova Política Econômica (NEP)
 Algumas concessões liberais, como a retorno da propriedade privada, vendas de parte das
colheitas pelos camponeses e permitida a obtenção de empréstimos no exterior;
 O Partido Comunista centralizou o poder e perseguiu os opositores;
 1919: Fundação da Terceira Internacional Comunista
 Prever, preparar e liderar as revoluções comunistas ao redor do mundo;
 Essas tarefas surgiram do caráter da época imperialista, em que todos os pré-requisitos
econômicos para a revolução socialista estavam maduros;
 Nos anos seguintes, milhões de trabalhadores revolucionários em todo o mundo se juntariam
aos partidos comunistas da Terceira Internacional. → 1922: PCB;
 1922 → Criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) sob a tutela do Soviete
Supremo, em Moscou, que controlava a economia, a defesa militar e a definição da política externa;
Cap Antonio
 1924 → Morte de Lenin → Stálin x Trotski → Stálin, que controlava o aparato burocrático,
assumiu a liderança;

 1927-1953 – Stalinismo:
 Implementou uma ditadura na União Soviética;
 Perseguiu todos os seus adversários com um forte aparato repressor;
 1936-1938 – “Depurações stalinistas” → Também chamadas de Grande Expurgo, foram
uma série de perseguições e assassinatos de pessoas consideradas opositoras ao governo de Stálin.
 Plano Quinquenais: Estado tomava para si a tarefa de organizar todas as atividades
produtivas no país;
o Desenvolvimento da indústria de base;
o A produção do campo foi coletivizada;
o Instituído o ensino obrigatório e gratuito, com o intuito de formar o novo homem
soviético, eliminando as diferenças internas entre os povos da URSS;
Assunto 40. O pós-guerra e a crise de 1929
a. O surgimento de um novo Império (EUA)
 Examinar as causas da crise econômica ocorrida nos Estados Unidos em 1929, destacando
suas consequências para o restante do mundo;
 Compreender a política de recuperação da economia norte-americana, denominada “New
Deal”, para enfrentar a Grande Depressão econômica;

Queda das exportações do café;


A política de valorização do café, com o estoque regulador, não é suficiente para manter o preço;
Queda do valor global em quase 90% em apenas um ano;
Crise econômica → gerou grande instabilidade política;
Mudança no foco de poder no país, acabando com o pacto político interno;
Cap Antonio
Formação da oligarquia dissidente;
 PERÍODO ENTRE GUERRAS

 EUROPA NOS ANOS 20: RECONSTRUÇÃO E RECUPERAÇÃO


 1919-1925: Reconstrução
 Empréstimos norte-americanos;
 Recuperação da infraestrutura e produção;
 Importação de bens de consumo;
 EUA fortalecem seu papel de grande investidor e exportador no mundo;

 1925-1929: Recuperação → retomada europeia;


 Diminuição dos empréstimos;
 Retomada da produção;
 Diminuição das importações;
 A Europa passa a concorrer com os EUA → crise de 1929;

 EUA NO ENTRE GUERRA → os loucos anos 20;


 Os EUA não sofreram diretamente as mazelas da Grande Guerra, a distância geográfica
favoreceu sua integridade territorial diante do conflito armado;
 Os EUA passaram por uma forte expansão econômica → empréstimos e investimentos →
Europa e América Latina;
 Estrutura econômica voltada para o consumo → “american way of life”: mais pessoas
consumindo e a mesma pessoa consumindo mais → propaganda para incentivar o consumo, avanços
tecnológicos, lógica de pertencer seguindo o mesmo padrão;
 Aumento da especulação, como forma de expandir seu capital com pouco trabalho;
 Incremento no fornecimento de crédito;
Cap Antonio
 CRISE DE 1929
 Mecanismo que impulsionou a expansão econômica e o modelo cultural:
 Produção em massa + Propaganda em massa → Consumo em massa;
o Produção: fordismo → em larga escala;
o Meios de comunicação de massa: rádio e cinema;
o Pensava-se que a oferta conduziria a demanda → o que se mostrou um erro, a demanda
pode retrair memo com a ampliação da oferta;
 Especulação: crédito fácil e barato → investimentos em ações na bolsa de valores;
 Concessão de crédito de forma desregulamentada, que ampliava de maneira artificial a
capacidade de consumo da população;
 1925:
 A Europa havia se reconstruído e diminuiu as importações dos EUA. Além disso, recuperou
parte do seu antigo mercado consumidor, impactando nas exportações norte-americanas;
 Mecanização no campo e a especialização da produção geraram uma produção significativa.
A diferença entre oferta e demanda se torna muito ampla, derrubando o preço dos alimentos
(superprodução agrícola) e bens de consumo e ampliando os produtos parados no estoque;
 O endividamento da classe média atinge um limite e muitas famílias não conseguem quitar
suas dívidas, o que diminui a capacidade de consumo norte-americana;
 Insolvência civil e dos bancos;
 Pânico generalizado:
o Quando a bolsa de valores começou a cair, muitos investidores entraram em pânico e
começaram a vender suas ações, o que contribuiu para a queda livre do mercado;

 REFLEXOS NO BRASIL
 Queda nas exportações: → café
 A crise reduziu a demanda por produtos brasileiros, o que levou a uma queda nas
exportações e uma redução nas receitas do país.
 Redução nos preços das commodities: → café
 O Brasil dependia fortemente da exportação de commodities, como café, borracha e açúcar,
que tiveram seus preços reduzidos na crise.
 Aumento do desemprego:
 Com a queda na produção e nas exportações, muitos trabalhadores perderam seus empregos.
 Dificuldades financeiras:
 Muitas empresas brasileiras, especialmente aquelas que dependiam de empréstimos
externos, enfrentaram dificuldades financeiras devido à crise.
 Queda na arrecadação de impostos:
 A redução nas receitas das exportações e a queda na atividade econômica levaram a uma
redução na arrecadação de impostos pelo governo.
 Redução do investimento estrangeiro:
 A crise levou a uma redução no investimento estrangeiro no Brasil, o que afetou
negativamente a economia do país.
 Aumento da inflação:
 A redução na oferta de bens e serviços levou a um aumento da inflação no país.
 Instabilidade política:
 A crise econômica acentuou instabilidade política no Brasil, agravando as tensões na
Primeira República e contribuindo para a Revolução de 1930;
Cap Antonio
 Redução na demanda por crédito:
 A crise afetou a disponibilidade de crédito, o que reduziu a capacidade de investimento das
empresas e limitou o consumo das famílias.
 Queima de sacas de café
 Com o intuito de elevar o preço do café no mercado internacional, que tinham caído a um
terço do valor da cotação anterior a 1929, Getúlio Vargas, então presidente do país, ordenou que milhares
de sacas de café fossem queimadas;
 Incentivou a industrialização nacional
 Com a crise do café e sem fornecedores internacionais de manufaturados, muitos
cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira. Assim, a
política de substituição de importações foi implementada com o objetivo de desenvolver o setor
manufatureiro e resolver os problemas de dependência externa.

 NEW DEAL
 Foi um plano de recuperação econômica, iniciado em 1933, no governo Franklin Roosevelt. O
referido plano foi baseado na doutrina keynesiana. Dessa forma, foi desenvolvido nos EUA o Estado do
bem estar social, que se caracterizou pela intervenção do Estado na vida social e econômica do país,
garantindo oportunidades iguais para todos os cidadãos por meio da distribuição de renda e a prestação de
serviços públicos como saúde e educação.
 Controle governamental dos preços;
 Limitação da produção e dos preços;
 Empréstimos para a produção agrícola;
 Obras públicas: geração de empregos → geração de renda;
 Salário-desemprego;
 Salário-mínimo;
UD 10 - A PRIMEIRA REPÚBLICA NO BRASIL (1889-1930)
Assunto 41. A Proclamação da República e os projetos republicanos
Assunto 42. A consolidação da ordem liberal-oligárquica: a centralização e o regionalismo
a. O Pacto dos Governadores
 Compreender o papel das ideias liberais e do ideário positivista na Modernização do Brasil,
os militares e as instituições de ensino militar; a imprensa.
 Analisar os projetos oligárquicos na República e a regionalização da política;
 Examinar a Constituição de 1891 e o sistema eleitoral brasileiro;
Cap Antonio

 Disputas políticas

 Federação → autonomia entre os entes federados: União, Estados e Municípios → divisão de


competências;
 Estado Unitário → ditadura republicana → Republicanos do RS: florianistas → a União detém
o poder de legislar;
 Jacobinos → República Social → garantir direitos sociais (leia: para os homens);
 1889-1891 – GOVERNO PROVISÓRIO DE MARECHAL DEODORO
 Reformas administrativas: consolidar o Estado Republicano → instabilidades;
 Grande naturalização para imigrantes;
 Política Econômica do Encilhamento → Rui Barbosa
 Objetivo: estimular o crescimento econômico e a expansão industrial;
 Estratégia:
o Emissão de papel moeda sem latro;
o Concessão de créditos;
 Crise →
Cap Antonio

 Constituição de 1891
 Extinção do Poder Moderador e a manutenção do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário;
 Mandato (eleito) presidencial fixado em quatro anos, bem como dos presidentes dos estados;
 Separação entre Igreja e Estado → Estado Laico;
 Adoção do federalismo: estados dispõem de autonomia → passam a redigir suas constituições,
decretam impostos, elegem seus governadores e fazem empréstimos no exterior (SP para salvar o café) →
atende aos interesses das oligarquias;
 Voto universal masculino aos maiores de 21 anos → excetuando mulheres, analfabetos,
mendigos, as praças (militares) e clérigos submetidos ao voto de obediência;
 Voto aberto;
 O atual desinteresse pela política remonta os períodos nos quais o voto ainda era muito
elitista → exclusão e desinteresse popular;
 Deodoro foi eleito indiretamente Presidente da República e Floriano o vice;

 1891 – GOVERNO CONSTITUCIONAL DE MARECHAL DEODORO


 Grande crise política e disputa com liberais;
 Deodoro positivista e Constituição liberal;
 Centralizador → isolamento político e forte oposição (PRP - Partido Republicano Paulista +
florianistas);
 Congresso discutia reduzir os poderes do presidente → Deodoro fecha o Congresso e coloca o
país sob Estado de Sítio
 1891 – 1º Revolta da Armada
 Renúncia do presidente Marechal Deodoro (novembro de 1891).

 1891-1894 – GOVERNO DE MARECHAL FLORIANO PEIXOTO


 Consolidador da República ao se consagrar vitorioso nas revoltas que enfrentou → Armada,
Federalista;
 Forte autoritarismo e centralização política;
 Medidas de Floriano
 Reabertura do Congresso e afastar opositores;
 Correção da política industrializante de Rui Barbosa;
 Controle de empréstimos à indústria;
 Certo protecionismo do mercado nacional;
 Importação de maquinário;
 Desagradou os defensores da ideia de “vocação agrícola”
 Medidas sociais para camadas populares urbanas → assistencialismo → Hoje: Bolsa Família!
 Diminuição do preço da carne e dos aluguéis;
 Estímulo à construção de casas populares
 Florianismo (assistencialismo)
Cap Antonio
 Grande repressão aos opositores (presidentes dos estados, setores da Marinha, deodoristas e
oligarquias);
 Articulação da oposição
 Questionamentos sobre a legitimidade de seu mandato, pois Deodoro havia ficado menos de
dois anos no poder → exigiam novas eleições;
 1892 – Manifesto dos 13 Generais → contestavam o governo de Floriano;

 O Marechal de Ferro
 1893-1895 – Revolução Federalista – RS
 Ocorreu no Rio Grande do Sul;
 Federalistas (que defendiam o parlamentarismo no Brasil) x florianistas (que defendiam um
poder central forte);
 Os federalistas tiveram o apoio da Marinha e os florianistas das tropas federais;
 Vitória dos florianistas e consolidação da República por Floriano Peixoto;

 1893-1894 - Revolta da Armada - RJ


 Marinha alegava que o governo de Floriano era ilegal (não cumprimento do art. 42)
 Rivalidade entre Marinha (Armada) e Exército;
 Apoiaram os federalistas na Revolução Federalista no RS;
 Vitória do governo Floriano;

 1894-1930 - REPÚBLICA DAS OLIGARQUIAS

 ASPECTOS POLÍTICOS
 1894-1898 – Prudente de Morais
 Estabilizar politicamente o país
 Combate aos sertanejos de Canudos;
 Anistia aos revoltosos da Revolta Federalista;

 Preparar o domínio definitivo das oligarquias


 Descentralização do poder;

 1910-1914 – Hermes da Fonseca → militar


 Política de Salvações:
oSanear as instituições republicanas e combater a corrupção que existia nas instituições
políticas, principalmente dos estados.
oRetirar do poder as oligarquias estaduais que eram suas oposicionistas;

 Características Gerais da República Oligárquica


 1903: Tratado de Petrópolis → garantiu ao Brasil o atual território do Acre;
 Construção da Ferrovia Madeira-Marmoré;
 Final da década de 1910: Combate à Gripe Espanhola;
 Presidentes eleitos pelo voto direto;
 SP e MG vão hegemonizar a política nacional;
 SP: força econômica (café) e MG: maior colégio eleitoral;
 Governo de poucas pessoas (pequeno grupo no poder);
Cap Antonio
 Grupo fechado composto pelas classes dominantes (cafeicultores de SP+MG e os
latifundiários);
 Ascenção da oligarquia do café ao poder;
 Periodização: 1894-Prudente de Morais até 1930-Washington Luís
 Relações de poder: VOTO → VERBA →VOTO

 Política do "café com leite" → SP + MG: poder econômico e poder eleitoral


 Alternância de paulistas e mineiros na presidência da República.
 Poder econômico de SP e MG (maiores produtores e exportadores de café);
 Poder eleitoral (maior número de representantes de SP e MG na Câmara dos Deputados e
maior número de eleitores).
 Política dos governadores → política de favores
 Pacto (acordo não escrito) entre o Governo Federal e as oligarquias estaduais.
 O Governo Federal concede autonomia às oligarquias estaduais (não intervenção nos
estados), recursos financeiros e favores políticos;
 As oligarquias estaduais dão apoio político total ao Governo Federal na Câmara dos
Deputados e no Senado.
 Coronelismo → voto aberto + poder local dos coronéis + comissão verificadora de votos
 Atuação e predomínio dos chefes políticos locais (geralmente latifundiários conhecidos
como “coronéis”).
 Comissão verificadora de votos: a comissão era vinculada aos políticos → o Tribunal
Eleitoral surgiu na década de 1930;
 Clientelismo: favores e proteção em troca de votos → relação de clientela entre o “coronel”
e seu eleitorado (“curral eleitoral”);
 “Voto de cabresto”: voto dirigido → os eleitores deveriam votar em candidatos indicados
pelo “coronel”;
 Consequências
 Fraudes favorecidas pelo voto aberto;
 Mandonismo local → Quem exerce o poder local são os latifundiários;

 1922: Tensão e Centenário da Independência


Cap Antonio

 Movimento Operário:
 1917: Greve Geral
 Anarquistas: imigrantes italianos;
 1922: PCB → comunistas;
o 1919: Lênin funda a Terceira Internacional Comunista para expandir sua ideologia pelo
mundo e agrupar os partidos comunistas mundiais;
 Pelegos: sindicatos aliados aos patrões;

 1922: Eleição presidencial


 Arthur Bernardes (MG+SP) versus Nilo Peçanha (Reação Republicana: BA+PE+RS+RJ)
 Vitória de Arthur Bernardes, mas demonstra uma dissidência oligárquica;
Cap Antonio
 ASPECTOS ECONÔMICOS
 Economia baseada na exportação do café → pouca diversidade;
 Políticas de valorização de café;
 Dívida externa herdada do Império e aumento do déficit público, ao usar dinheiro público para
valorizar o café;
 Matriz agrária;
 Economia mundial: o café perdia 56% do seu valor → crise inflacionária e déficits
orçamentários → aumento do custo de vida;
 Aceleração da industrialização, da urbanização, do crescimento do proletariado e do
empresariado versus tradição colonialista, os latifúndios, o sistema oligárquico e o desenvolvimento
desigual das regiões;
 Ações governamentais:
 1898: Funding Loan → renegociação da dívida externa com credores ingleses, como
garantia é dada parcela da arrecadação nacional (Taxas alfandegárias, de água, de trem);
 1898: Saneamento Financeiro → valorização da moeda para equilibrar o orçamento
público → empregou medidas austeras para aumentar as receitas: aumento dos impostos, congelamento
dos salários, restrição ao crédito, incineração de papel-moeda → contribuiu para o equilíbrio financeiro,
mas gerou recessão e desemprego;
 1906: Convênio de Taubaté → Estado passa a comprar café para manter um estoque
regulador;
 Consequências
 A oligarquia cafeeira salvou sua ruina com dinheiro público;
 Ampliação da dívida externa com Bancos Privados, em especial, os britânicos;
 Ampliou a dependência da economia em relação ao desempenho do café;

 O Surto da Borracha
 Final do século XIX até o final da I GM (1914-1918);
 1903: Tratado de Petrópolis → garantiu ao Brasil o atual território do Acre;
 Período que antecede a I GM: corrida armamentista na Europa;
 Desenvolvimento da indústria automobilística;
 Expansão industrial no contexto da 2ª Revolução Industrial;
 Localização: Floresta Amazônica (Região Norte) – AM + PA + RO + AC;
 Consequências:
 Aumento da migração do Nordeste para a Região Norte;
 Modernização de Manaus e de Belém → Teatro Amazonas;
 Formação de uma elite de “coronéis da borracha” → concentração fundiária;
 Formação de uma massa miserável de seringueiros, constituída principalmente por
migrantes nordestinos deslocados pela seca.
 Decadência (fatores):
 Borracha sintética (derivada do petróleo);
 Concorrência com o Sudeste Asiático;

 O Surto de couro e peles


 Durante a I GM → incentivou o comércio regional no continente e a industrialização no Brasil;

 Década de 1920:
Cap Antonio
 Aumento da industrialização → alimentar e têxtil;
 Criação de uma nova elite econômica;
 Formação da classe operária;
 Aumento da urbanização;
 Expansão da classe média;
 Movimento intelectual: Modernismo;
 Movimento operário;

 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS
 Não incorporou o povo como ator → elite como agentes de poder → relação de
subalternidade e déficit de cidadania;
 Sociedade marcada pelos privilégios;
 Não se implantou uma escola pública universal e gratuita → A partir de 1930;
 Não facilita o acesso à propriedade da terra;
 Os votantes correspondiam a menos de 10% da população;

 Pensamento social → ideal do branqueamento;


 Darwinismo-social, evolucionista, naturalista;
 Os problemas do povo brasileiro e do caráter nacional tinha origem na raça;
 A mestiçagem seria o caminho para extinguir os grupos indígenas e negros através de sua
diluição na raça branca → levaria ao branqueamento da população → homogeneidade nacional;
 Lei da Vadiagem
 Negros, africanos e trabalhadores → classe perigosa → o país era contra receber imigrantes
negros;
 Brancos são o padrão da moralidade, beleza e progresso;
 A questão social: vista como um problema moral (preguiçoso) e de higiene do povo brasileiro
→ propostas de Reforma Sanitária, Urbana e da Educação;
 1919: Jeca Tatu de Monteiro Lobato → estigmas sociais;
 Movimento Sanitarista:
 Década de 1900: criação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) → soros e vacinas, inclusive
com o registro de patentes → alto desenvolvimento tecnológico para a época;
 Os sanitaristas consideram a federalização da República o maior obstáculo a uma ação
coordenada com vistas ao combate às doenças endêmicas do país;
 1918: Liga Pró-Saneamento do Brasil → deslanchou com a epidemia da gripe espanhola;
 1919: Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP) → maior amplitude aos serviços
sanitários federais → participação e a intervenção do Estado na área de saúde pública → contribuiu para
minar o sistema oligárquico.
 1922: Semana de Arte Moderna de São Paulo;

 Reforma urbana do Rio de Janeiro


 Modernização do Porto + Reforma Urbana + Reforma Sanitária;
 Política do “bota-abaixo”: sanear, higienizar, ordenar, demolir e civilizar;
oRetirada das pessoas de suas moradias e negócios de forma autoritária;
 Periferização e favelização;

 ASPECTOS MILITARES
 1896: Criação do Estado-Maior das Forças Armadas;
Cap Antonio
 Construção de Organizações Militares: Vila militar de Deodoro e HCE;
 Entre 1906 e 1912: foram enviadas turmas de oficiais brasileiros à Alemanha com o objetivo
modernizar as forças armadas nacionais, diante da preocupação da diplomacia brasileira com a soberania
do país → “jovens turcos”;
 Construção de escolas militares:
 1905 – ECEME;
 1913 – Escola Militar do Realengo – 1913;
 1919 – EsAO;
 1917-1918 – Participação na I GM;
 1919: A Missão Militar Francesa → aparelhou escolar, fábricas e arsenais;
Assunto 43. As revoltas internas antioligárquicas
 Comparar as revoltas internas contra a ordem liberal-oligárquica: Canudos, Contestado,
Juazeiro e os levantes populares no Rio de Janeiro;

 1896-1897 – CANUDOS: Bahia → crise doutrinária e operacional → Jovens Turcos na


Alemanha;
 Liderança messiânica:
 Antônio Conselheiro → crítico da separação entre Igreja e Estado, do sistema de impostos e
das mudanças da moeda;
 Alegava ser um enviado de Deus;
 Monarquista
 Fatores:
 ↑ Miséria dos sertanejos;
 Exclusão social e opressão dos sertanejos pelo governo e pelos latifundiários;
 Omissão das autoridades.
 Misticismo;
 Características:
 Belo Monte: comunidade religiosa criada por Conselheiro, às margens do rio Vaza-Barris,
no arraial de Canudos, sertão da Bahia;
 Economia comunitária;
Cap Antonio
 Messianismo (É a crença na vinda ou no retorno de uma pessoa dotada de poderes especiais
que trará paz e a prosperidade na Terra, inaugurando uma nova era);
 Oposição: Igreja + latifundiários (“coronéis”) + governo;
 Consequências:
 ↑ Repressão do governo federal:
o4 Expedições militares;
oCerca de 20.000 mortos;
 Levantou o problema da busca de melhores fórmulas de integração nacional;

 1904 - REVOLTA DA VACINA: Rio de Janeiro


 Fatores:
 Reação à obrigatoriedade de vacinação contra a varíola;
 Sem campanha de esclarecimento da população por parte do governo;
 Reurbanização (“bota abaixo”) do Rio de Janeiro:
oDemolição de cortiços com o desalojamento das pessoas pobres, obrigadas a viver nos
morros e na periferia.
 Oposição ao governo: florianistas e imprensa;
 ↑ Custo de vida;
 ↑ Desemprego.
 Características
 Saneamento do Rio de Janeiro: Oswaldo Cruz (médico sanitarista);
 Vacinação forçada da população pelas brigadas sanitárias.
 Consequências
 Vitória do governo;
 30 mortos, 110 feridos e 461 deportados para o Acre;
 Extinção da varíola no Rio de Janeiro.

 1910 - REVOLTA DA CHIBATA: Rio de Janeiro


 Definição: rebelião (motim) dos marinheiros;
 Fatores:
 Baixa remuneração;
 Má alimentação;
 Excesso de trabalho;
 Castigos físicos (uso da chibata).
 Líder: João Cândido (“almirante negro”);
 Consequências:
 O governo anuncia o fim dos castigos físicos na Marinha;
 Inicialmente, o governo anuncia anistia aos revoltosos, mas depois desrespeita a anistia
prendendo ou deportando os envolvidos na Revolta da Chibata;
 João Cândido é internado em um manicômio;

 1912-1916 – CONTESTADO: Área disputada entre Paraná e Santa Catarina → batismo


brasileiro do uso de aeronaves em conflitos;
 Líder: Monge José Maria;
 Fatores:
 Construção de uma ferrovia que cortava a região → Expulsão dos camponeses e posseiros
da terra pelo governo federal;
Cap Antonio
 Latifundiários (invasões de fazendas) + governo federal x camponeses.
 Características
 Criaram uma comunidade sem impostos e sem a concepção de propriedade sobre a terra;
 Durante os governos de Hermes da Fonseca e Venceslau Brás;
 Messianismo;
 ↑ Repressão do governo federal.
 Batismo do avião em operações militares no Brasil;

 1914 – REVOLTA DE JUAZEIRO: Ceará → fruto das


 Líder: Padre Cícero → o “Patriarca do Nordeste”
 Fatores:
 Luta entre as elites locais pelas intervenções de Hermes da Fonseca, que retirou a família
Acyoli do poder;
 Os coronéis buscaram o apoio de Padre Cícero para depor o governador indicado por
Hermes da Fonseca → os seguidores do padre acreditavam estar lutando uma “Guerra Santa”;
 Características
 Durante os governos de Hermes da Fonseca;
 Messianismo;
 As oligarquias cearenses venceram e voltaram ao poder;

 Final Séc. XIX-1940 – CANGAÇO: Sertão Nordestino


 Líderes: Virgulino Ferreira da Silva (“Lampião”); Antonio Silvino, Corisco;
 Fatores
 ↑ Miséria no sertão nordestino;
 Omissão do governo;
 Opressão dos sertanejos pelos “coronéis”.
 Características
 Período: final do século XIX até 1940;
 Localização: sertão nordestino;
 Banditismo social: bandos armados e nômades atacando cidades e fazendas pelo sertão;

 1917 - GREVE GERAL: São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul
 Fatores
 Péssimas condições de trabalho dos operários:
oBaixos salários;
oJornadas extensas;
 Influências ideológicas:
oComunismo;
oAnarquismo, principalmente com os imigrantes italianos;
 Consequências
 Repressão do governo:
oPrisão dos líderes operários;
oDeportação dos imigrantes envolvidos;
oPerseguição à imprensa ligada ao movimento operário.
Cap Antonio
 Pequeno aumento de salário aos operários → mudanças maiores viriam na década de 1920,
com a aprovação de uma legislação coibindo o trabalho infantil, estipulando a jornada diária, concedendo
férias remunerada e maior liberdade sindical;

 1922 - MOVIMENTO MODERNISTA


 Características
 Fim da I GM: acordos e tratativas → fim dos impérios;
 Fim da Belle Époque: fim da euforia com a ideia do progresso constante;
 Semana de Arte Moderna de 1922 – São Paulo;
 Críticas ao academicismo, ao elitismo e aos modelos europeus;
 Exaltação do nacionalismo;
 Valorização da cultura nacional:
oCultura indígena;
oCultura caipira;
oFolclore;
oVida da classe operária.
 Destaques:
 Villa Lobos;
 Tarsila do Amaral;

Assunto 44. A industrialização, o trabalho e a imigração


 Apresentar a influência da imigração para a economia e a industrialização no Brasil e suas
consequências para vida política nacional;
 1914-1918 – SURTO INDUSTRIAL
 Presidente Wenceslau Brás → Primeira Guerra Mundial:
 Dificuldade de importação;
 Disponibilidade de capitais, oriundos do café;
 ↑ Exportações de matérias primas como a borracha (boom da borracha).
 Disponibilidade de mão de obra (imigrantes);
 Industrialização por substituição de importações;
 Baixa tecnologia: têxtil e alimentícia;
oFarináceos, enlatar peixe, derivados do tomate → uso do conhecimento dos imigrantes;
oAinda depende da atividade agrícola;
 Intensifica:
 Expansão da malha ferroviária brasileira;
 Urbanização;
 Explosão demográfica com a vinda de imigrantes → mito do paraíso racial no sistema
internacional;
 Ampliação das classes médias urbanas;
 Ampliação da classe operária;
 Ampliação da burguesia nacional → empresários;
 Novos grupos sociais em um novo espaço social
oNovos grupos sociais urbanos: novas sociabilidades e novas formas de pensar;
Cap Antonio
Assunto 45. Os militares na república velha
a. Do Florianismo ao Tenentismo
b. Rondon e a integração nacional
 Compreender o papel político dos militares na República Velha, destacando seus
movimentos, dentre eles o Tenentismo, e a obra integradora de Rondon;
 OBRA INTEGRADORA DE RONDON
 Responsável pela construção de telégrafos para estabelecer a comunicação entra o Rio de
Janeiro, antiga capital federal, e as regiões mais distantes do interior do país;
 Colaborou para a proteção aos índios e se tornou o primeiro diretor do Serviço de Proteção ao
Índio (SPI);
 Um dos principais incentivadores da criação da reserva indígena do Xingu, consolidada em
1961;
 Contribuiu para a interligação entre as regiões mais distantes do Brasil;
 Contribuiu para a construção de estradas no interior do país para estabelecer a comunicação
entre o oeste e o Rio de Janeiro;
 Expedições com a finalidade de explorar a região do vale dos rios Paraguai e Amazonas;
 Supervisão das fronteiras brasileiras
 Mediador do conflito entre Peru e Colômbia, entre 1934 e 1938;
 Atuou junto ao governo brasileiro para que fossem demarcadas as áreas de proteções indígenas,
 O estado de Rondônia leva o nome do sertanista como homenagem;
 Estampou a cédula da moeda brasileira em 1990;

 Década de 1920 – MOVIMENTO TENENTISTA


 Movimento político-militar dos jovens oficiais (tenentes e capitães) do Exército contra as
oligarquias;
 O aspecto temporal do tenentismo se estende na década de 1920 até os primeiros anos da Era
Vargas. Porém, o aspecto ideológico, aquele baseado no positivismo de ordem e progresso, terá seu ápice
no Movimento Cívico-Militar de 1964;
 Prestes torna-se comunista após o fim da Coluna, já na década de 1930;
 Características:
 Ideal de salvação nacional;
 Elitismo;
 Nacionalismo econômico;
 Contribuiu significativamente para o fim da Primeira República;
 Destruiu a hegemonia dos cafeicultores;
 Contava com ampla simpatia da opinião pública urbana, mas não houve mobilização
popular;
 Contribuiu para o insucesso do movimento sua escassa coesão interna e a retomada da
hierarquia no Exército, imposta pelos oficiais superiores.
 Contexto:
 Nomeação de um civil para comandar o Ministério da Guerra;
 Escassez de armamentos e medicamentos nas Forças Armadas;
 Má remuneração;
 Crise da sociedade agroexportadora;
 Objetivos
Cap Antonio
 Voto secreto;
 Combate à corrupção administrativa e à fraude eleitoral;
 Verdadeira representação política;
 Liberdade de imprensa e pensamento;
 Limitação das atribuições do Poder Executivo e restabelecimento do equilíbrio entre os três
poderes;
 Ampliação da autonomia do Poder Judiciário;
 Moralização do Poder Legislativo;
 Centralização do Estado e correção dos excessos da descentralização federativa.
 Intervenção na economia;
 Promover a industrialização;
 Líderes → oficiais de baixa patente;
 Luís Carlos Prestes;
 Juarez Távora;
 Joaquim Távora;
 Isidoro Dias Lopes;
 Eduardo Gomes;
 Siqueira Campos;
 Miguel Costa.

 1922: Os 18 do Forte de Copacabana - Rio de Janeiro


 Insatisfação com a eleição de Arthur Bernardes;
 Primeiro movimento tenentista → Também teve levantes na Vila Militar e na Escola Militar do
Realengo;
 Não houve tentativas de mobilizar o apoio popular e nem de se aliar às oligarquias dissidentes;
 Vitória das forças leais ao governo;
 Sobreviventes: Siqueira Campos e Eduardo Gomes, que viria a se tornar uma figura política no
cenário nacional e concorreu à presidência em 1945;

 1923: Revolução Gaúcha de 1923


 Fator: reação à reeleição de Borges de Medeiros (PRR) para governador pela 5ª vez;
 Líder: Assis Brasil (Partido Libertador);
 Embora o Exército permanecesse neutro, muitos oficiais e sargentos participaram do
movimento.
 Pacto de Pedras Altas:
 Borges de Medeiros continuou seu mandato, mas ficou proibido a reeleição para governador
no estado;;
 Maior participação política para o Partido Libertador.

 1924: Revolução de 1924 – São Paulo


 Líder: general Isidoro Dias Lopes;
 Objetivava a derrubada de Artur Bernardes, em nome de uma “republicanização da República”,
ou seja, a efetivação na prática política dos princípios liberais contidos na Constituição de 1891;
 Tornou-se um foco inspirador para outros movimentos no mesmo ano;
 Vitória das tropas governistas;
 Os sobreviventes se retiram para o Paraná para se fundir a Coluna Prestes;
Cap Antonio

 1924-1927 - Coluna Prestes


 Líder: Luís Carlos Prestes;
 União entre os membros do movimento de São Paulo e do Rio Grande do Sul;
 Objetivo político fundamental: fazer a propaganda armada da revolução, propagando seu
ideário político e incentivar a eclosão de novos movimentos revolucionários que solapassem
gradativamente o regime oligárquico vigente.
 Utilizava uma tática militar de tipo guerrilheiro: grande mobilidade e rapidez de movimentos;
 24.000 km percorridos por 11 estados brasileiros → 1926 Bahia: a coluna foi perseguida pelos
jagunços recrutados pelos coronéis no sertão → resolveram emigrar → 1927: os remanescentes chegam
na Bolívia;
 Derrota política: pouca ou nenhuma mobilização popular.

Assunto 46. A política externa da república velha


a. A questão das fronteiras
b. A obra de Rio Branco
c. O Brasil na Grande Guerra (1914-1918)
 Analisar a política externa da república velha brasileira;

 QUESTÕES DE FRONTEIRAS
 QUESTÃO DE PALMAS (oeste do Paraná e Santa Catarina)
 1895 → Brasil e Argentina → Barão do Rio Branco → árbitro presidente dos EUA;

 Consequências
 Vitória do Brasil e manutenção da integridade dos estados do Paraná e Santa Catarina;

 QUESTÃO DO AMAPÁ (porção norte)


 1900 → Brasil e a França (Guiana Francesa) → Barão do Rio Branco → árbitro presidente da
Suíça;
Cap Antonio

 Consequências
 Vitória do Brasil.
 A França reconheceu o rio Oiapoque como o limite da Guiana Francesa e teve que recuar
centenas de quilômetros;

 QUESTÃO DO ACRE
 1903 → Brasil x Bolívia → Barão do Rio Branco;
 Ocupação de terras da Bolívia por brasileiros para extração do látex e comercialização da
borracha;

 Consequências
 1903: Tratado de Petrópolis:
oA incorporação definitiva do Acre ao território do Brasil;
oO compromisso, por parte do Brasil, do pagamento de dois milhões de libras esterlinas à
Bolívia;
oA promessa, por parte do Brasil, de construir a estrada de ferro Madeira-Mamoré, que
possibilitaria o escoamento de produtos bolivianos;
oO Brasil cedeu à Bolívia um território de aproximadamente 3200 km² que pertenciam ao
Mato Grosso;

 QUESTÃO DO PIRARA (leste de Roraima)


Cap Antonio
 1904 → Brasil e Inglaterra (Guiana Inglesa não era independente) → Joaquim Nabuco →
árbitro Rei da Itália;

 Consequências
 Vitória parcial da Inglaterra;
 O território da Guiana conseguiu saída fluvial para a Bacia Amazônica;
 HOJE: abriga a Reserva Indígena Raposa Serra do Sol;

 PEB: 1889-1930 – PRIMEIRA REPÚBLICA


 Grande expoente: Barão do Rio Branco;
 Americanização da PEB;
 Reconhecimento internacional das fronteiras brasileiras;
 Assegurar empréstimos para manter a política de preços do café;
 Início do Pan-Americanismo → Brasil como protagonista regional → 1948: OEA;
 Propaganda para a imigração na Europa → política de atração → almejavam mais imigrantes:
EUA, Brasil e Argentina;
 I GM;
 1889-1903:
 Transição do eixo Rio-Londres para eixo Rio-Washington;
 Início da linha panamericana, que confirmará a preponderância americana;
 A I Conferência Pan-Americana se deu em 1889-1890 em Washington. A iniciativa buscava
incrementar o comércio intrarregional e a busca pacífica dos conflitos, culminando com a fundação da
OEA em 1948;
 Início do século XX:
 Processo de americanização da PEB;
 Romper sua ênfase exclusiva nas questões regionais, para uma atuação com abrangência
continental;
Cap Antonio
 1902-1912 – Gestão de Rio Branco: a política externa brasileira teve o alargamento de sua
inserção internacional nas Américas, com ênfase na aproximação com os Estados Unidos;
 Legado:
 Reduziu a influência do Presidente da República nas questões da PEB;
 Conceito de que as alianças são sempre instrumentos para alcançar os objetivos fixados pelo
Estado sendo, portanto, contingentes (pragmatismo);
 Tentou pôr em prática uma grande politique, que satisfazia o nacionalismo brasileiro,
alimentado na vastidão do território nacional, no potencial de suas riquezas, no crescimento demográfico,
na prosperidade da lavoura comercial e na estabilidade das instituições políticas;
 Intenção de utilizar o poder e o prestígio dos Estados Unidos, que o mundo começava a
respeitar, para atingir determinados objetivos no campo da política externa;
 Características:
 Americanização da PEB: permitiu o deslocamento do eixo Londres para Washington,
retraindo a influência inglesa e possibilitando maior autonomia ao País dentro do sistema internacional;
 Processo de demarcação territorial;
 Inserção na economia mundial como país agroexportador:
o A política econômica externa está voltada para a solução dos conflitos intra-oligárquicos;
o Parte considerável das exportações brasileiras já estava solidamente direcionada para o
mercado norte-americano (café). A reorientação da política externa brasileira para o sentido Rio de
Janeiro-Washington, em parte foi uma adequação aos vínculos comerciais já estabelecidos;
 A aliança Brasil - Estados Unidos, dentro de um subsistema regional alargado para abranger
as três Américas, serviria:
o Tanto para consolidar as fronteiras nacionais, já que a aliança com os EUA aumentava o
poder de barganha brasileiro;
o Quanto para diminuir a influência europeia (maior autonomia em relação ao sistema
internacional);
o Refrear o caráter unilateral das intervenções americanas fundamentadas na Doutrina
Monroe, ao propor a multilateralização desta doutrina;
 Aproveitando-se da rivalidade chileno-argentina, o barão do Rio Branco manteve uma
íntima articulação com o Chile, que teve o mérito de eliminar os riscos dessa possível frente antibrasileira
na América do Sul;
o "O Brasil só tem dois amigos no continente: o Chile no sul e os Estados Unidos no
norte": frase atribuída ao barão, retrata bem o peso da aliança com os Estados Unidos para respaldo dos
interesses brasileiros e o papel do Chile na neutralização de uma reação negativa por parte da
Argentina.

 1912-1930: americanização tendendo para um alinhamento automático;


 Acomodação brasileira em sua relação com os Estados Unidos em função do atendimento dos
interesses dos agroexportadores (café);
 Primeira Guerra Mundial e, principalmente, a depressão a partir do crash da Bolsa de Nova
York vão fomentar a perspectiva da industrialização brasileira, com a diminuição forçada das
importações, sem a pressão da concorrência externa.

 EUA:
Cap Antonio
 Corolário Roosevelt (“big stick”): atribuía aos Estados Unidos o direito de intervenção em
países que se mostrassem em dificuldades para resolver os seus problemas e por isso se sujeitassem à
intervenção de outras potências. Os Estados Unidos agiriam antes que outros o fizessem.
 Estados Unidos poderia exercer um poder de polícia internacional no continente;
 Ao afirmar o afastamento da ingerência europeia no hemisfério e ao invocar a Doutrina
Monroe, o presidente Theodore Rooseelt (1901-1909) considerou, unilateralmente, a América Latina
como parte do sistema internacional norte-americano;
 Os Estados Unidos já tinham superado a Inglaterra como a principal economia internacional
 A essa iniciativa norte-americana em direção à América Latina não houve reação da Grã-
Bretanha como seria de esperar. A diplomacia inglesa estava atenta as pretensões das nações europeias,
que se traduzia na paz armada;

 E daí?
 Embora já estejam presentes perspectivas pan-americanas e o comércio exterior brasileiro
esteja muito mais direcionado para os Estados Unidos, a gestão Rio Branco como ministro das relações
exteriores marca, emblematicamente, o processo de americanização da política externa brasileira.
Entende-se como americanização a ampliação dos contatos internacionais do Brasil, deixando sua política
externa de estar, de forma genérica, prioritariamente, alocada nas questões regionais, adquirindo agora
uma perspectiva mais continental;
 Mudança do eixo Rio-Londres para Rio-Washington;
 Americanização seguida de um processo de alinhamento automático;

Assunto 47. Os anos 20 e a crise da primeira república


a. As Revoltas Tenentistas (1922 e 1924)
b. A Coluna Miguel Costa-Prestes (1924-1927)

 Explicar a instabilidade na década de 20 no Brasil e as rebeliões e movimentos ocorridos no


período;
 1922: Tensão e Centenário da Independência
Cap Antonio

 Movimento Operário:
 1917: Greve Geral
 Anarquistas: imigrantes italianos;
 1922: PCB → comunistas;
o 1919: Lênin funda a Terceira Internacional Comunista para expandir sua ideologia pelo
mundo e agrupar os partidos comunistas mundiais;
 Pelegos: sindicatos aliados aos patrões;

 1922: Eleição presidencial


 Arthur Bernardes (MG+SP) versus Nilo Peçanha (Reação Republicana: BA+PE+RS+RJ)
Cap Antonio
 Vitória de Arthur Bernardes, mas demonstra uma dissidência oligárquica;

 Tenentismo:
 Militares de baixa patente que almejavam a derrocada das oligarquias estatuais e o
fortalecimento no poder central forte;

 Movimento Modernista
 Movimento liderados por intelectuais brasileiros da década de 1920. O movimento ficou
marcado pela busca do nacionalismo e o rompimento com o padrão europeu nas relações culturais;

 Criação do PCB
 O Partido Comunista Brasileiro foi criado em 1922, sob forte influência soviética. Em 1919
Lênin havia fundado a Terceira Internacional Comunista que visava expandir o comunismo pelo mundo e
agrupar todos os partidos políticos vinculados a sua ideologia.

 Questão social
 Reformas:
oSanitária: movimentos sanitaristas;
oUrbana: política do “bota-abaixo” → favelização e periferização;
oEducação: movimento da Escola Nova → defendiam um sistema estatal de ensino
eficiente como forma de superar as desigualdades sociais brasileiras;

UD 11 - SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: DO CONFLITO TRADICIONAL À ERA NUCLEAR


Assunto 48. A Itália sob o Fascismo
 Analisar os principais fatores que formaram a base do surgimento do fascismo na Itália;
 Ascenção do Nazifascismo
 Memórias recentes da I GM;
 Crise econômica e social decorrente da Crise de 1929, apenas dez anos após a I GM;
 Crise inflacionária;
 Retração do comércio internacional;
 Geração de traumas sociais: terríveis condições de vida para o conjunto da população;
 Descrédito nas democracias liberais → liberalismo econômico associado a democracia liberal
→ esses regimes interviram fortemente na econômica → Volkswagem
 Busca por soluções políticas fáceis;
 Líderes com ótimas oratórias;
 1930’s – Disputas políticas da época:
 Nazismo e fascismo: Alemanha e Itália;
 Comunismo: URSS e leste europeu;
Cap Antonio

 O fascismo na Itália
 “O berço do fascismo é a trincheirada I GM”;
 Nacionalismo exagerado: antiliberal, antidemocrático e anticomunista;
 Estado no centro da vida política e social → apagamento do indivíduo;
 Líder único;
 Autoritarismo político: violência, medo e mentira como práticas políticas;
 Propaganda política oficial: censura aos meios oficiais de comunicação e às artes;
 Formação de milícias: grupos armados associados ao partido político → ex-combatentes da I
GM;
 Discurso recheado de idealismo e romantismo → fascismo como estilo de vida → fé na nação,
no partido e no líder;
 O Estado é visto como FIM, o objetivo de todo italiano deve ser fortalecer o Estado (nação) →
Para o nazismo, o Estado é apenas um MEIO de evolução da raça (Estado como purificador da raça
superior);
 Corporativismo e sindicalismo → influenciou na formação da Estrutura Sindical no Brasil (Era
Vargas) → o Estado promove a harmonia entre o capital e o trabalho;
 O Estado controla os sindicatos;
 Todo trabalhador faz parte do sindicato;
 O sindicato é controlado pelo Partido Fascista (pelo Estado);
 Não ocorreu sindicalismo no nazismo;
 Discurso patriarcal → sociedade centralizada na figura no homem;
 Discursos reproduzidos nos cinemas e nos rádios → influência no Peron;
 Sistema educacional: a educação do “Novo Homem” → construir adultos apoiadores da
Revolução Fascista → militarização;
 Influência na cultura → futurismo → a glorificação da ideologia da guerra e da velocidade
proporcionada pelos avanços técnicos e militares → incentivo a fabricação de motos;
Cap Antonio
 O avanço do fascismo na Itália
 1912-1914: Mussolini milita pelo Partido Socialista;
 1914: Mussolini é expulso do partido por suas posições anti-pacifistas;
 Pós-I GM: pouco despojo de guerra → apenas algumas conquistas territoriais;
 Crise econômica:
 Desorganização da produção;
 Alta inflação;
 Crise política:
 Parlamento popular divido entre esquerdistas e direitistas;
 Monarquia desacreditada;
 Crise social:
 Greves, ocupação de fábrica e terras;
 1919: Mussolini constitui o Esquadrão de Combate, uma milícia armada antissocialista e
antiliberal → É financiado pela burguesia italiana;
 1921: Oficialização do Partido Fascista;
 1922: Prevista uma Greve Geral na Itália → o grupo promoveu a Marcha Sobre Roma, colocou
Mussolini como Primeiro Ministro e instituiu o primeiro Estado oficialmente fascista no mundo;
 1924: Eleições parlamentares → o Partido Fascista vira maioria parlamentar;
 1929: Fechamento Parlamento;

 Apoio da Igreja e a criação do Vaticano


 1870: Perda dos territórios Pontifícios → Questão Romana;
 1929: Tratado de Latrão: o Estado do Vaticano é constituído em Roma;
Assunto 49. O Nazismo na Alemanha
 Analisar o nazismo alemão e suas características peculiares;
 Expor o rearmamento da Alemanha e as questões de fronteira (Teoria do Espaço Vital);
Cap Antonio

 Características gerais do totalitarismo

 Características peculiares
 Arianismo: ideia que a “raça” alemã era superior;
 Deveria ser purificada: extirpar riscos e ameaças;
 Ideia eugenista: melhoramento das raças;
 Antissemitismo
 Elegeram o judaísmo como o principal obstáculo para a purificação da raça alemã;
 Judeus visto como praga → sanitarizar a Alemanha;
 Antissemitismo como uma política de Estado;
 Espaço Vital
 É a ideia geopolítica de que a raça pura tem o direito ao território original de onde extrairia
tudo o que precisa para a sua manutenção;
 Justificou a expansão territorial;
 Coletivismo acima do indivíduo
 Nenhum indivíduo pode se sobrepor ao coletivo;
 Isso justifica o fortalecimento do Estado;

 Mentira, propaganda e repressão


 “O sistema educacional deve ter como objetivo dar às crianças de nosso povo a certeza de que
são absolutamente superiores aos outros povos;” → Hitler;
 Forte propaganda → razão instrumental → trabalhar com sentimentos e emoções → Goebbels;
 Repressão pelo medo → Himmler;

 O AVANÇO DO NAZISMO NA ALEMANHA


 Contexto
 Crise econômica e social
 Dívidas do Tratado de Versalhes → pressão da França;
 Alta inflação;
 Desemprego e falências de empresas;
Cap Antonio
 A Alemanha estava sem o acesso a importantes minas de carvão em decorrência dos tratados
pós-I GM;
 Crise política
 Cresce um nacionalismo antirrepublicano;
 Formação de grupos extremistas e nacionalistas contra a república e a democracia;

 Ascenção Política
 1920 – Fundação do Partido Nazista;
 1923-1925 – Soldados franceses e belgas invadem a bacia do Ruhr na Alemanha → grandes
jazidas de carvão mineral e ferro, fontes de matérias primas para as indústrias de base e para a economia
desse país;
 Devido ao fracasso da República de Weimar em quitar suas dívidas financeiras aos Aliados
após a derrota do Império Alemão na Primeira Guerra Mundial;
 1923 – Golpe de Munique: uma tentativa falhada de golpe de Estado de Adolf Hitler e do Partido
Nazista contra o governo da região alemã da Baviera → Hitler é preso;
 Hitler ganha os holofotes da mídia e discursa contra a República → ganha as massas;
 1925 – Publicação do livro: Minha Luta → Hitler expressou suas ideias antissemitas,
anticomunistas, antimarxistas, racialistas e nacionalistas de extrema-direita;
 1925:
 Parlamento dividido e em crise política;
 Plano Dawes: ajuda econômica dos EUA para viabilizar o pagamento das dívidas que a
Alemanha possuía após o final da Primeira Guerra Mundial, decorrentes do Tratado de Versalhes.;
 1926:
 Alemanha é aceita na Liga das Nações;
 Tentativa de reconstruir a Alemanha;
 1929:
 Crise do capitalismo mundial;
 Radicalização das ideias, radicais nacionalistas contra a República, Democracia, Comunismo,
Judeus e o Liberalismo;
 1932
 O Partido Nazista consegue uma votação expressiva nas eleições parlamentares;
 1933: Hitler é escolhido pelo Parlamento como Chanceler (Chefe do Governo → 1º Ministro);

 NO PODER
 Busca de apoio político e financeiro dos empresários alemães
 Em 20 de fevereiro de 1933 ocorreu um grande jantar de gala entre Hitler, alguns membros
do Partido Nazista e executivos de grandes companhias, entre elas Allianz, Basf, Bayer, Simens
Thyssenkrupp;
 1933-1934 – Eliminação da oposição
 Fevereiro de 1933: o edifício do Reichstag (Parlamento) foi incendiado
oOs deputados socialistas e comunistas foram acusados e tiveram seus mandatos cassados;
oAtivistas desses grupos políticos foram enviados para o Campo de Concentração e de
trabalho forçado de Dachau;
 30 de junho de 1934: Noite dos Longos Punhais → assassinato dos opositores;
 1933 – Reformas Políticas
 Dissolução dos partidos políticos e definição do Partido Nazista como o partido único;
Cap Antonio
 Fim da autonomia dos Estados → poder centralizado na esfera federal;
 Transferência do poder legislativo ao chefe do executivo → as competências legislativas
foram para Hitler;
 Alemanha se retira da Liga das Nações;
 Queima de livros em praça pública → lista de livros proibidos;

 Agosto 1934: Morte do Presidente Hindenburg;


 Este é o momento da fusão entre Partido, Governo e Estado;
 Associação entre a águia alemã e a cruz gramada nazista → Um povo, um Império e um
líder;
 A incorporação da bandeira nazista como bandeira nacional;

 Política Expansionista
Cap Antonio

 1936: Remilitarização da Renânia → Fronteira com a França;


 Em resposta à ratificação do apoio franco-soviético, em 27 de fevereiro de 1936, Hitler
reocupa a zona desmilitarizada da Renânia para restaurar a soberania do III Reich na fronteira ocidental
da Alemanha, continuando a violar as disposições do Tratado de Versalhes.
 1938: Áustria
 Adolf Hitler anuncia o "Anschluss", a "união" entre a Alemanha e a Áustria, o que, de fato,
era a anexação da Áustria à Alemanha nazista;
 1938: Tratado de Munique
 Em 30 de setembro de 1938, Hitler, Benito Mussolini, o premiê francês Edouard Daladier e
o primeiro ministro britânico Neville Chamberlain firmaram o Pacto de Munique, que selou o destino da
Tchecoslováquia, virtualmente entregando-a à Alemanha em nome da paz.
 O Acordo entregou à Alemanha a região da fronteira tcheca conhecida como Sudetos em
troca da promessa de Hitler de resolver todos os conflitos futuros de forma pacífica;
 1938: Sudetos (Posição Norte da Tchecoslováquia)
 A ocupação alemã ocorreu de 1 a 10 de outubro, subtraindo assim cerca de 30 mil km² da
Tchecoslováquia, sem que as outras potências europeias reagissem.
 1939: Tchecoslováquia
 Tropas do exército de Adolf Hitler invadem e ocupam em 15 de março de 1939 a
Tchecoslováquia, uma nação sacrificada no altar do Pacto de Munique, que foi uma tentativa inócua de
evitar os objetivos imperiais da Alemanha.
 01 de setembro de 1939: Polônia
 Em 1º de setembro de 1939, a Alemanha invadiu a Polônia. Para justificar aquela ação, os
propagandistas alemães acusaram a Polônia de perseguir grupos de origem étnica alemã que viviam
naquele país.

 Holocausto
 1935: Congresso de Nuremberg → Escala de Terror;
Cap Antonio
 Lei da Bandeira;
oTornava a suástica um símbolo integrante da bandeira da Alemanha e reforçava que as
cores da Alemanha seriam o vermelho, o branco e o preto.
 Lei da Cidadania:
oJudeus não tinham direito à cidadania alemã;
oOs judeus mestiços recebiam subclasses;
 Lei da Proteção do sangue e da honra:
oProibição do casamento entre judeus e não judeus;

Assunto 50. O avanço dos regimes totalitários


a. O fascismo na Península Ibérica
b. A Guerra Civil Espanhola
 Apresentar a composição dos regimes totalitários na Espanha e em Portugal;
 Compreender o processo da Guerra Civil na Espanha;

 Salazarismo em Portugal
 1926-1974 – Estado Novo português
 Salazar esteve à frente por 35 anos;
 Este regime também era inspirado pelo fascismo e, especialmente, o nacional-catolicismo.
 Doutrina Social da Igreja → destaque para a aproximação do Estado Novo com a Igreja
Católica, que ficou isenta de pagar impostos e garantiu seu espaço na educação pública.
 Nacionalismo;
 Tradicionalismo;
 Corporativismo;
 Autoritarismo;
 Antidemocrático;
Cap Antonio
 Colonialismo;
 Anticomunismo;
 Antiparlamentarismo;
 Unipartidarismo;
 II GM: marcada pela neutralidade durante a Segunda Guerra Mundial. Portugal não entrou no
conflito, mas cedeu bases militares para os ingleses e americanos nos Açores.
 1949 – O regime salazarista confirmou seu caráter anticomunista, ao se aliar aos EUA e
ingressar na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
 1960’s – Imersão portuguesa em diversas guerras coloniais, especialmente contra o movimento
separatistas em Angola, Cabo Verde, Guiné, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Moçambique.
 1974: Revolução dos Cravos
 Os militares foram responsáveis pelo fim da ditadura que conquistou Lisboa e outros pontos
estratégicos com apoio popular.

 Guerra Civil Espanhola


 A Guerra Civil Espanhola resultou de um confronto entre forças nacionalistas fascistas e
comunistas, que passaram a disputar o poder na década de 1930.
 1936: O Partido Comunista da Espanha chega ao poder;
 1936: Francisco Franco organizou um golpe de estado contra o governo da Segunda República
na Espanha, o que iniciou a guerra civil.
 1936-1939: Guerra Civil → As tropas do governo vigente lutaram contra as de Franco até
1939, quando foram derrotas;
 1939: Franco assume o poder da Espanha;

 Franquismo na Espanha
 1939-1975 – Sistema político ditatorial constituído na Espanha aos moldes dos fascistas;
 Francisco Franco
 Conservadorismo nacional baseado no nacionalismo;
 Mantinha a divisão aparente dos Três poderes;
 Estado autoritário e corporativo que apregoava um discurso romântico nacionalista,
catolicista, anticomunismo e tradicionalista, o qual, por sua vez, estava centrado na figura do Ditador,
enaltecido constantemente por meio de propagandas de Estado.
 II GM: Estado espanhol sob Francisco Franco defendeu a neutralidade como sua política oficial
de guerra

Assunto 51. O militarismo japonês


 Apresentar as principais características da política expansionista do Japão sobre a Ásia e
suas consequências;

Assunto 52. A primeira fase da guerra: o avanço do eixo (1939-1942)


Assunto 53. A segunda fase da guerra: a vitória dos aliados (1942-1945)
Assunto 54. A Organização das Nações Unidas (ONU) e a divisão da Alemanha
a. A Conferência de Bretton Woods
Cap Antonio
 Explicar os principais interesses em choque na II Guerra Mundial; os blocos antagônicos; as
etapas do conflito e seus resultados, em especial as reuniões decisórias (Casablanca, Teerã, Yalta,
Potsdam) e a criação da ONU;
 Antecedentes

 Cláusula de Culpa → Alemanha como única culpada → humilhação internacional:


revanchismo;
 Crise de 1929 → Crise econômica mundial;
 Expansionismo Militar → Alemanha, Japão e Itália;
 Política de Apaziguamento → estabelecimento de acordos diplomáticos com concessões aos
nazifascistas na tentativa de conter a guerra;

 Montagem da Guerra: expansionismo territorial e militar


 1936: Pacto Anti-Comintern
 Alemanha e Japão contra a expansão da URSS;
 1937: A Itália aderiu ao pacto → Eixo

 1938: Acordo de Munique


 França e Inglaterra permite ao Hitler anexar os Sudetos;
Cap Antonio

 Política de Expansão do Eixo


 Japão
o1931: Invasão da Manchúria – China;
 Itália
o1935: Etiópia (Abissínia) → Chifre da África → Mar Vermelho → Suez → Mar
Mediterrâneo;
o1939: Albânia – Balcãs;
 Alemanha
o1936: Remilitarização da Renânia → Fronteira com a França;
o1938: Áustria;
o1938: Sudetos (Posição Norte da Tchecoslováquia);
o1939: Tchecoslováquia;
oAgosto 1939: Pacto Germano-Soviético
i. Pacto de Não Agressão entre a Alemanha: estipulava que os dois países não entrariam
em conflito e que haveria neutralidade em casos de anexações de alguns países europeus por ambas as
partes.
ii. O pacto permitia ainda que a URSS anexasse a Letônia, Estônia, Lituânia, Finlândia e
parte da Polônia Oriental a suas fronteiras. Por outro lado, os nazistas poderiam anexar Dantzig, na
Polônia.
o01 de setembro de 1939: Polônia → 17 de setembro de 1939: A URSS invade a porção
oriental da Polônia;
o03 de setembro de 1939: A Grã-Bretanha e a França mantiveram suas garantias de
proteção à fronteira da Polônia, e declararam guerra contra a Alemanha;

 Desenrolar da Guerra

 14 junho de 1940: Invasão da França


 A derrota da França levou ao surgimento da França de Vichy, um regime francês que
colaborou com os nazistas ao longo da guerra.
Cap Antonio
 Outra parte da França foi ocupada por tropas alemães e, mais ao sul do país, formou-se um
governo de resistência liderado por Charle de Gaulle.
 Após a batalha na França, os alemães voltaram-se para o Reino Unido e realizaram pesados
ataques aéreos, principalmente em Londres; → Batalha Aérea entre a RAF e a Luftwaffe;

 2ª Fase da Guerra

 Fevereiro de 1943: Europa do Leste (Frente oriental da Guerra) → vitória da URSS sobre a
Alemanha e seus aliados na famosa Batalha de Stalingrado;
 Junho de 1944: Europa Central (Frente Ocidental da Guerra) → desembarque na Normandia
(França), o Dia D, em 06 de junho, responsável pelo processo de libertação da França em agosto de 1944.
 12 de abril de 1945: morte de Roosevelt → Assume Truman: anticomunista ferrenho;

 A rendição da Alemanha
 O Alto Comando Alemão decidiu lutar até morrer! Para isso mobilizou mulheres, idosos e
crianças.
 Em 25 de abril de 1945, Berlim já estava cercada pelo Exército Vermelho.
 Em 30 de Abril de 1945, Hitler se suicida.
 Em 01 de Maio de 1945, Goebbels se suicida.
 Em 08 de Maio de 1945, a Alemanha se rende, finalmente. Essa é a data considerada como o
Dia da Vitória porque é oficialmente a derrota da Alemanha nazista para os Aliados.
 Em 23 de Maio de 1945. Himmler, preso, se suicida.

 A Guerra no Pacífico
 Ficaram autorizados os ataques ao Japão, por dois motivos:
oDerrotar definitiva e rapidamente o Japão
oDemonstrar suas intenções em relação à Nova Ordem Mundial, sobretudo, no que se
referiam às disputas pela influência e hegemonia no mundo com a URSS

 Balanço Final
Cap Antonio
 EUA e URSS como potências industriais e bélicas;
 Descolonização afro-asiática;
 O nazifascismo precisava ser varrido do mundo;
 1944: Conferência de Bretton Woods
 FMI, Banco Mundial e GATT;
 Dólar passou a ocupar o lugar do ouro nas referências de valor monetário no mundo
capitalista;
 1945: Carta das Nações Unidas
 Princípios básicos: manutenção da paz e da segurança internacionais, relações amistosas
entre os países, estímulo à cooperação entre os países;
 1945-1946 – Tribunal de Nuremberg: na tradicional cidade nazista de Nuremberg, foi criado o
Primeiro Tribunal Internacional para julgar os principais líderes nazistas e colaboradores do nazismo;
 1948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos: a Assembleia Geral das Nações Unidas
proclamou um documento que tinha por objetivo ser uma referência para os direitos das pessoas no
mundo.

 ACORDOS DA II GM:
 1941: Carta do Atlântico
 A Carta do Atlântico foi negociada pelo primeiro-ministro britânico Winston Churchill e
pelo presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt. A Carta estabeleceu uma visão Pós-Segunda
Guerra Mundial, apesar dos Estados Unidos ainda não estarem na guerra.
 Primeiro documento relevante que precedeu a Organização das Nações Unidas;
 1942: Declaração das Nações Unidas
 O dia 1º de janeiro: representantes dos “Quatro Grandes” países aliados (Estados Unidos,
Reino Unido, União Soviética e China) se reuniram em Washington para assinar a Declaração das Nações
Unidas, formalmente prometendo cooperação para derrotar as forças do fascismo.
 No dia seguinte, representantes de 22 outros países Aliados (África do Sul, Austrália,
Bélgica, Canadá, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Grécia, Guatemala, Haiti, Holanda, Honduras, Índia,
Iugoslávia, Luxemburgo, Nova Zelândia, Nicarágua, Noruega, Panamá, Polônia, República Dominicana e
Tchecoslováquia) também assinaram.
 Foi o presidente Franklin Roosevelt quem sugeriu o termo “Nações Unidas”, originalmente
usado para designar os países aliados contra as potências do Eixo: Alemanha, Itália e Japão. A
denominação permaneceu e deu nome à ONU em 1945;
 1943: Conferência de Casablanca
 Coordenação dos Aliados e na formulação de uma estratégia comum para a derrota do Eixo
e libertação da França;
 A declaração de Casablanca anunciou ao mundo que os aliados não aceitariam nada além da
“rendição incondicional” das Potências do Eixo;

 1943: Conferência do Cairo


 Decidiu o destino do Império Japonês;
 Todos os territórios tomados da China, com exceção da Coreia, seriam devolvidos;

 1943: Conferência de Teerã (Irã)


 Discutir a coordenação das forças aliadas na luta contra as potências do Eixo, que culminou
com a invasão aliada da França → Dia D;
 Discussão acerca da criação da Organização da Nações Unidas;
Cap Antonio

 1944: Acordo de Bretton Woods


 O dólar foi definido como moeda forte do setor financeiro mundial e como fator de
referência para as outras moedas;
 Criação do FMI, Banco Mundial e GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio – embrião
da OMC);

 1945: Conferência de Yalta → as bases para a Guerra Fria;


 A conferência teve como objetivo discutir a divisão da Europa após a guerra, incluindo a
definição de zonas de ocupação e a futura governança de países ocupados → divisão do mundo em
zonas de influência Oeste e Leste;
 Declaração da Europa Libertada;

 1945: Conferência de Potsdam:


 Participação dos vitoriosos;
 A conferência teve como objetivo discutir o estabelecimento de uma ordem mundial pós-
guerra, incluindo a divisão da Alemanha em zonas de ocupação e a definição dos termos de paz com a
Alemanha;
 Declaração de Potsdam: exigia a rendição incondicional do Japão e declarava que as forças
aliadas trabalhariam juntas para garantir a estabilidade e a segurança internacional após a guerra → com a
negativa dos japoneses ocorreram os ataques nucleares;
 Marcou a intensificação do envolvimento dos Estados Unidos na Ásia, com o objetivo de
acabar com a guerra no Pacífico.

 1945: Criação da ONU


 Salvaguarda da paz mundial, a proteção dos direitos humanos e a autodeterminação dos
povos;
 Conselho de Segurança com os vencedores da guerra ocupando assentos permanentes e com
direito de veto: EUA, Rússia, China, França e Inglaterra;

 Criação de tribunais para o julgamento de crimes de guerra


 Julgamentos do pós-guerra estabeleceram precedentes jurídicos importantes, normatizando o
que é considerado lícito em operações militares, o chamado Direito Internacional dos Conflitos Armados;

 1961: Construção do Muro de Berlim


UD 12 - BRASIL: DA REVOLUÇÃO DE 1930 AO FIM DO ESTADO NOVO (1930-1946)

Assunto 55. A Revolução de 1930


a. a. Ruptura com as velhas estruturas
b. b. O projeto liberal

Assunto 56. O processo constituinte (1933/1934) e as opções políticas


a. Liberalismo, corporativismo, fascismo, socialismo e comunismo
Cap Antonio
Assunto 57. A contestação ao regime: a Revolução Constitucionalista de 1932

 Analisar a Revolução de 1930, identificando as novas ideias de nacionalismo e modernização


autoritária;
 Definir o papel dos militares;
 Compreender a tentativa de reforma liberal e o retorno das elites tradicionais;
 Apresentar os reflexos da Constituição de 1934 no sistema político brasileiro;

REVOLUÇÃO DE 1930
 Crise da República Oligárquica
 Surto de industrialização: substituição das importações na I GM;
 Formação da “burguesia nacional e operariado” e as greves;
 Urbanização;
 1917: Revolução Russa e a Greve Geral;
 Década de 1920:
 1922 – Criação do PCB;
 Tenentismo → sustentará o governo Vargas;
 1922 – Semana da Arte Moderna;
 Eleição presidencial de 1922: indícios de enfraquecimento do mecanismo da política dos
governadores: Artur Bernardes (MG e SP) x Nilo Peçanha (Reação Republicana – BA, PE, RS e RJ);
 Corrupção eleitoral (clientelismo {troca de bens e serviços por apoio político} e “voto de
cabresto”) → exclusão dos grupos urbanos (proletariado e classe média) da representação política.
 A 1ª República não incorporou o povo como ator → ausência de proposta para o ex-escravo,
não se implanta a escola pública universal e gratuita, não se facilita o acesso à propriedade da terra;
 Crise de 1929:
 Queda significativa das exportações do café;
 A cotação do café no mercado internacional, caiu cerca de 90% em um ano;
 A crise econômica gerou grande instabilidade política;
 Ocorreu uma mudança no foco de poder no país, acabando com o pacto político interno e
formando a oligarquia dissidente → a oposição formou a Aliança Liberal para disputar as eleições de
1930 com Getúlio Vargas (antigo Ministro da Fazenda de Washington Luís) na liderança;

 Governo Washington Luís (1926-1930)


 Último presidente da República das Oligarquias;
 Lema: “Governar é abrir estradas”;
 Suspensão do Estado de sítio;
 Perseguição aos comunistas;
 Economia:
 Caixa de estabilização: equilíbrio monetário e cambial até a Crise de 1929.

 Aliança Liberal
 Tenentismo:
 Governo central forte e capaz de intervir na economia;
 Promover a industrialização → industrialismo;
 Proteger o país da exploração estrangeira → nacionalismo;
Cap Antonio
 Enxergavam no regionalismo (coronelismo) a origem da corrupção e dos fracassos nacionais
→ antifederalistas;
 Liberais em temas sociais e autoritários em político;
 Destruir o poder das oligarquias regionais, reduzir o quadro das profundas desigualdades
sociais;
 Apoiam Getúlio na esperança de implementar politicamente suas aspirações;

 O programa político dos aliancistas para Eleição de 1930 previa:


 Reforma política do país;
 Voto secreto;
 Justiça Eleitoral;
 Independência do Judiciário →
formar um Estado burocrático, baseado em
regras e impessoalidade;
 Medidas econômicas protecionistas
para produtos de exportação além do café;
 Estímulo à industrialização da
economia nacional → nacionalismo econômico
→ soberania nacional;
 Medidas de proteção aos trabalhadores;

 Eleição Presidencial de 1930


 Rompimento da Política do “Café com Leite”:
 Indicação de Júlio Prestes, governador de São Paulo, pelo presidente Washington Luís,
como candidato à presidência nas eleições de 1930;
 Insatisfação de Minas Gerais.

→ Vitória de Júlio Prestes


 Processo revolucionário
 Vitória de Júlio Prestes (apoiado por Washington Luís) nas eleições presidenciais de 1930;
 Alegações de fraude eleitoral;
 Eleição marcada por violência e fraude de ambos os lados;
 Oligarquia Dissidente sinaliza aceitar o resultado;
 Os tenentistas e os setores mais populares não aceitavam;
 Julho 1930: Assassinato de João Pessoa → comoção nacional → unidade e radicalização dos
aliancistas;
 Outubro 1930: ocorrem inúmeras revoltas armadas pelo país → Washington Luís renuncia;
Cap Antonio
 Novembro 1930: O poder é entregue a Getúlio Vargas, considerado líder do Movimento
Político-Militar de 1930;

GOVERNO PROVISÓRIO (1930 – 1934) - POPULISMO E TRABALHISMO


 Aspectos Políticos
 Extinção da Política do Café com Leite;
 Centralização do poder político nacional → Suspensão da Constituição de 1891 → Vargas
governava por meio de decretos-leis e nomeava os interventores;
 Fechamento do legislativo (em todos os níveis);
 1933: Instituição do Código Eleitoral → voto secreto, voto feminino e a Justiça eleitoral;
 Nomeação de interventores:
 interventores nomeados por Vargas com plenos poderes (executivo + legislativo);
 Fim da autonomia dos Estados.
 Centralizar o poder e acabar com a força do coronelismo;
 Grupos oposicionistas formaram o movimento constitucionalista → destaque para a oposição
em São Paulo;
 Estado de compromisso: maior centralização, intervencionismo ampliado e não restrito apenas
à área do café → incorporou a função de intermediador dos interesses dos vários grupos que atuavam na
esfera política;
 Populismo:
 Líder carismático;
 Demagogia;
 Propaganda intensa;
 Censura;
 Nacionalismo;
 Controle dos sindicatos pelo Estado (peleguismo);
 Trabalhismo:
o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio;
o Lei da Nacionalização do Trabalho (2/3 de trabalhadores brasileiros);
o Regulamentação do trabalho feminino e noturno;
o Lei da Sindicalização:
Cap Antonio
i. Sindicatos controlados pelo Estado;
ii. Peleguismo: O termo deriva de "pelega", o líder sindical que mediava entre os
interesses do estado e as reivindicações dos operários.
o Carteira Profissional;
o Jornada de Trabalho de 8 horas/dia;
o Direito à Férias e Descanso Semanal Remunerado.
 Ministério da Educação e Saúde Pública
o Reforma do ensino secundário e Reforma Universitária;

 Revolução Constitucionalista de 1932 (São Paulo)


 Líderes: generais Bertoldo Klinger e Isidoro Dias Lopes;
 Fatores:
 Perda da autonomia política de São Paulo com a Revolução de 1930;
 Instabilidade política (4 interventores em 2 anos).
 Exigiam um interventor paulista e a eleição de uma Assembleia Constituinte para a
elaboração de uma nova Constituição;
 O Movimento foi para as ruas e alcançou parte da população em manifestações contra o
Governo Federal → Campanha Doe Ouro para a Revolução;
 Montou-se um “exército popular” liderado pela Força Pública e por voluntários chamado
MMDC (iniciais dos estudantes mortos);
 Consequências:
 Vitória militar do governo Vargas e vitória política de SP;
 Nomeação de interventor civil e paulista;

 Deputados classistas (eleitos pelos sindicados) – Influência da Constituição da Itália


Fascista;
 Constituição de 1934
 Mantinha os princípios federativos, porém com redução do grau de autonomia dos estados →
Esse cenário constitucional frustrava a tendência centralizadora de Vargas;
 Poder judiciário mais estruturado: Justiça Eleitoral e do Trabalho;
 Voto secreto (para alfabetizados e maiores de 18 anos), direto, feminino;
Cap Antonio
 Direitos trabalhistas;
 Voto profissional = deputados classistas;
 Mandato presidencial = 4 anos;
 Leis trabalhistas;
 Nacionalismo Econômico: terras, jazidas minerais, águas, riquezas naturais passavam a integrar
os bens do Estado Brasileiro. Admitia-se a hipótese da nacionalização de empresas estrangeiras;
Art 119 - O aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, bem como
das águas e da energia hidráulica, ainda que de propriedade privada, depende de
autorização ou concessão federal, na forma da lei.
§1º - As autorizações ou concessões serão conferidas exclusivamente a brasileiros
ou a empresas organizadas no Brasil, ressalvada ao proprietário preferência na
exploração ou coparticipação nos lucros.
§4º - A lei regulará a nacionalização progressiva das minas, jazidas minerais e
quedas d'água ou outras fontes de energia hidráulica, julgadas básicas ou essenciais à
defesa econômica ou militar do País.
 Vargas eleito presidente do Brasil indiretamente pelos parlamentares;

GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934 – 1937)


 Conjuntura externa
 Polarização ideológica;
 Esquerda (comunistas e socialistas) x direita (fascismo e nazismo);
 Totalitarismo = democracia liberal.
 Descredito nas democracias pela incapacidade de resolver os problemas da crise de 29.

 Conjuntura interna
 1934 – Vargas: eleito presidente pelo Congresso. Eleições indiretas pela própria Assembleia
Constituinte;
 Período de legalidade com ampla agitação social e política;
 Polarização ideológica: esquerda x direita. → radicalização política;

 AIB – Ação Integralista Brasileira – DIREITA


 Líder: Plínio Salgado;
 Apoio da Igreja e setores das Forças Armadas;
 Orientação fascista;
 nacionalismo;
 rituais/símbolos;
 Culto à personalidade do líder;
 Antiliberais: não concordavam com alguns pontos da Constituição;
 Antidemocráticos: não concordavam com a diversidade política, cultural e religiosa;
 Se organizam em milícias armadas;

 ANL – Aliança Nacional Libertadora – ESQUERDA


 Líder: Luís Carlos Prestes;
 Progressistas: frente ampla que reunia tenentes de esquerda, socialistas, comunistas e
estudantes;
 Pretendiam o aprofundamento das liberdades civis e dos direitos trabalhistas que estavam na
Constituição;
Cap Antonio
 Pagamento da dívida externa;
 Nacionalização de empresas;
 Reforma agrária;
 Governo popular;
 Aliança com a URSS.

 1934 - Intentona Comunista


 O Partido Comunista tenta um levante armado a partir dos Batalhões das Forças Armadas →
Prestes disse, naqueles tempos, que “era mais fácil construir o Partido Comunista nos quartéis do que nas
fábricas”;
 O objetivo era iniciar uma revolução de caráter comunista;
 Antecedentes
 Discurso de Prestes contra Vargas;
 Em abril de 1935, um mês após a sua criação, foi aprovada uma Lei de Segurança Nacional e,
em julho, a ANL foi colocada na ilegalidade;

 Ações no Natal, Recife e Rio de Janeiro;

 Consequências
 Vitória do governo;
 Fracasso total porque a classe trabalhadora não estava insatisfeita com o governo a ponto de
derrubá-lo;
 Os revoltosos foram presos (Prestes) ou deportados (Olga Benário);
 O desfecho da escalada repressiva iniciada em novembro de 1935 foi a instalação, em
novembro de 1937, do Estado Novo, um regime ditatorial chefiado por Vargas e que vigorou até 1945.
 O temor de uma revolução comunista pairou sob o Estado Brasileiro. Em diversas fases da
nossa história, a ameaça comunista, através do “lembrai-vos de 1935”, foi utilizada como um forte
recurso de poder;

Assunto 58. O fechamento do regime


a. Da Lei de Segurança Nacional
b. A Intentona Comunista de 1935
c. O Estado Novo, 1937
d. A consolidação do Estado Novo

 Explicar a opção autoritária e as condições internas e externas que permitiram a criação do


Estado Novo. A outorgarão da Constituição de 1937;

ESTADO NOVO (1937 – 1945)


 1935-37 – Vargas iniciou uma guinada autoritária;
 1935: lei de crimes políticos;
 1935: Intentona Comunista → Estado de Sítio → perda dos direitos constitucionais e temor do
comunismo;
 Comissão Nacional de Repressão ao Comunismo;
 A realização do golpe do Estado Novo só aconteceu porque Vargas possuía o apoio do
Exército.
Cap Antonio
 1937: Plano Cohen → suposto Plano de Ataque Estrangeiro Comunista → “ameaça
comunista”;
 1937: Instauração do Estado Novo
 Governo decreta suspensão de todas as liberdades civis e políticas;
 Suspenção das eleições presidenciais;
 Governo fecha o Congresso Nacional;
 Cessa os mandatos, extingue os partidos e suspende a Constituição de 1934;
 Outorga a Constituição de 1937;

 Constituição de 1937:
 “a polaca” (inspirada na Constituição autoritária da Polônia) → Inspiração fascista;
 Outorgada;
 Amplos poderes ao presidente: o presidente nomeava os interventores estaduais e estes as
autoridades municipais;
 Extinção dos partidos políticos;
 Censura + tortura + pena de morte;
 Nacionalização dos recursos minerais e fontes de energia.

 1938: Putsch Integralista


 Tentativa frustrada de golpe integralista;
 Líder: Plínio Salgado;

 Formas de controle da sociedade


 Repressão:
 Lei de Segurança Nacional → crime político;
 Polícia Política – DOPS (Delegacia de Ordem Política e Social);
 Propaganda:
 1938: DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda:
o Censura: fim da liberdade de expressão;
o Propaganda do governo;
o Uso do rádio para a comunicação em massa → “A Hora do Brasil” (atual “A voz do
Brasil”) → Em 1938, passou a ter transmissão obrigatória;
o Doutrinar e controlar as manifestações do pensamento;
o Sambas da legitimidade → influência na cultura;
 Ministério da Educação → formar o homem novo para o Estado Novo;
o Criação de Delegacias de Ensino;
o Produção de Cartilhas Oficiais para as escolas públicas;

 Características Políticas
 Concentração de Poder no Executivo → Vargas: regime autocrático;
 A industrialização crescente concedia a Vargas apoio políticos dos empresários;
 Supressão das instituições democráticas;
 Fim da autonomia do Judiciário;
 Fechamento do Legislativo;
 Extinção dos Partidos Políticos;
 Eleições suspensas;
Cap Antonio
 DOPS: criminalização de toda e qualquer dissidência política;
 Guerra interna contra os dissidentes, assumindo posturas parecidas com suas congêneres dos
países totalitários;
 Fim do federalismo → Estado Unitário → Constituir uma unidade política e cívica do Brasil;
 Estados perdem sua autonomia política e administrativa;
 Estados são governados por interventores nomeados por Vargas;
 As bandeiras estatuais são extintas;
 Ideologia do trabalhismo e do populismo;

 Populismo
 Trás o povo para o debate político, envolvendo a conversa com as massas;
 Personificação da política na figura no governante → associação entre a obra e o líder;
 Criação de uma mitologia em torno do governante → Getúlio o “pai dos pobres”;
 Relação direta e pessoal com os trabalhadores → uso do rádio e presença em grandes
manifestações cívicas;
 Concessões sociais → educação e direitos trabalhistas;
 Necessidade de uma população urbana;

 Trabalhismo
 Valorização do trabalho e do trabalhador;
 Trabalho enaltece o homem;
 Fortalecimento dos sindicatos, porém controlados pelo Estado;
 Valorização do uso do uniforme e da ida ao trabalho;
 Trabalhador sindicalizado é trabalhador disciplinado;
 Hoje: dificuldades para realizar reformas trabalhistas;

Assunto 59. O estado na economia


a. Industrialização e modernização
Cap Antonio
b. As origens do modelo de industrialização por substituição do modelo de importações
c. A questão do trabalho
d. Integração e desenvolvimento no campo

 Analisar a opção por um novo modelo de desenvolvimento econômico;

 Aspectos Econômicos - ERA VARGAS


 Introdução da política de valorização do café
 Crise de 1929 preço do café desabou → 1930: Conselho Nacional do Café – CNC: compra e
queima, estabilizando o preço;
 Diversificação da econômica:
 Fomento a demais culturas agrícolas, como algodão e açúcar, bem como a ampliação da
indústria;
 Industrialização por substituição de importações:
 Protecionismo, aplicação de altas tarifas alfandegárias e linhas de financiamento → têxtil,
alimentícia e alguns setores da indústria leve;
 Intervenção estatal:
 Ideias intervencionais e antiliberais → centralização da coordenação e do planejamento
econômico → empresas estatais: petróleo, mineração, siderurgia e energia elétrica;
 Construção de um projeto nacional econômico:
 Houve um incremento no aparato burocrático do Estado: fundação de ministérios,
autarquias, empresas estatais, institutos e conselhos, o que propiciou a ação do Estado nas políticas
econômicas em diversos setores;
 Implementação de benefícios trabalhistas
 Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio;
 Férias, salário-mínimo, pensões e aposentadorias, evitando tensões com a classe
trabalhadora e viabilizou a industrialização;
 1943: CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas;
 Investimentos na indústria de base
 Priorizou as quatro áreas: petróleo, mineração, siderurgia e energia elétrica;
 CHESF: Companhia Hidrelétrica de São Francisco;
 Companhia Vale do Rio Doce;
 Condução de uma política externa pendular
 EUA e Alemanha estavam em franca projeção econômica → Vargas procurava obter o
máximo de vantagens econômicas de ambos os lados;
 Criação da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN
 1941 com negociações com os EUA no contexto da II GM;
 Integração econômica dos vazios demográficos
 A população estava concentrada no litoral → Vargas promoveu a interiorização,
incorporando regiões como MT, MS e TO a vida politica do país → criação de colônias agrícolas,
estradas e desenvolvimento do setor agropecuário;
 Incremento da urbanização
 Desenvolvimento do setor industrial, aliado aos benefícios ao trabalhador urbano → êxodo
rural → novas demandas urbanas → incremento da construção civil, do entretenimento e da
comunicação;
 Criação de um mercado consumidor interno
Cap Antonio
 Benefícios trabalhista, industrialização, substituição de importações e urbanização →
Melhor distribuição de renda → ascensão da classe média → formação de um mercado consumido
interno;
 Alinhamento econômico com os EUA
 Consolidou o sistema capitalista no Brasil e propiciou o incremento da economia e a
modernização da infraestrutura brasileira;

Assunto 60. Os militares e o governo


a. As interventorias, o Golpe Integralista contra o Estado Novo
 Comparar o papel dos militares e dos intelectuais antes da participação da FEB na II
Guerra Mundial com o papel desempenhado por estes mesmos militares no período do pós-guerra;
Assunto 61. Sociedade e cultura
a. A difusão do rádio
 Compreender o projeto Varguista para unificação do país pela cultura, com ênfase no papel
do rádio;

 Propaganda:
 DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda:
 Censura: fim da liberdade de expressão;
 Propaganda do governo;
 Uso do rádio para a comunicação em massa → “A Hora do Brasil” (atual “A voz do Brasil”)
→ Em 1938, passou a ter transmissão obrigatória;
 Doutrinar e controlar as manifestações do pensamento;
 Sambas da legitimidade → influência na cultura;
 Ministério da Educação → formar o homem novo para o Estado Novo;
 Criação de Delegacias de Ensino;
 Produção de Cartilhas Oficiais para as escolas públicas;

Assunto 62. O Brasil na II Guerra Mundial


a. A atuação do Brasil nos campos italianos
b. A política externa varguista
c. Os acordos com os EUA e a implantação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)

 Compreender a participação do Brasil na II Guerra Mundial. A importância militar e


política dessa participação;

 POLÍTICA EXTERNA: equidistância pragmática (1939-1942)


 O “jogo duplo” de Vargas;
 Neutralidade oficial;
 Aproveitar as possibilidades da conjuntura internacional para implantação das indústrias de
base (negociar com quem oferecesse as melhores condições);
 EUA → Doutrina Roosevelt: a política da boa vizinhança;

 Negociações para a participação da II GM


 Jan/1942:
Cap Antonio
 Pressão dos EUA para o Brasil apoiar os Aliados
 Reunião dos Chanceleres da América → objetivo: colaboração dos países do continente com
os esforços de guerra dos EUA;
 Maio/1942:
 Comissão Militar Mista Brasil-Estados Unidos: estabeleceu a colaboração entre os dois
países;
 Termos do Acordo:
 Brasil:
o Concedia aos EUA o direito de instalar bases militares no NE Brasileiro (Saliente
Nordestino) → Trampolim da Vitória → posição geográfica privilegiada em relação à África e à Europa
o Envio de matérias-primas de base, especialmente de ferro;
 EUA:
o Empréstimo para a reequipar as forças armadas brasileiras;
o Financiamento para a construção da usina siderúrgica de Volta Redonda, a CSN, e a
Companhia Vale do Rio Doce;
o Compra de matéria-prima destinada à indústria bélica, como ferro, bauxita e borracha;

 BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL


 Eventos de interesse estratégico: aqueles fenômenos econômicos, políticos, políticos, cientifico-
tecnológico e/ou militar com influência na mobilização e fortalecimento do poder nacional:
 A política de boa vizinhança dos EUA com a América Latina
 Ao notarem o avanço da influencia alemã na continente, os EUA adotaram medidas pra
aumentar a presença cultural e econômica norte-americana na região;
 Implementação de medidas socioeconômicas
 A partir da Revolução de 1930: reformas na leis trabalhista, no sistema tributário e no setor
produtivo, que minimizaram os impactos negativos na população e fortaleceu a vontade nacional diante
da guerra;
 Bloqueio marítimo imposto pelos britânicos aos alemães
 Impossibilitou que os alemães mantivessem as relações comerciais com o Brasil,
fortalecendo a posição do EUA aqui;
 Diminuição de produtos importados
 Substituição de importações, fortalecendo a indústria nacional e, por consequente, a
fabricação de materiais de emprego militar que seriam utilizados na guerra;
 Aumento da exportação de bens agrícolas e semimanufaturados
 Atender às encomendas dos países aliados;
 Diversificação da estrutura produtiva brasileira
 Aumento da produção manufatureira → industrialização e modernização da produção;
 Crescimento demográfico da população brasileira
 A década de 1940 assistiu um forte crescimento demográfico e urbanização da população
nacional, o que favoreceu o recrutamento do contingente da FEB;
 1941:
 Criação da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN durante o Estado Novo por decreto do
presidente Getúlio Vargas, após um acordo entre Brasil e EUA;
 Jan/1942
 Adoção da educação profissionalizante: a criação do sistema S: Serviço Nacional de
Aprendizagem favoreceu a diversificação da mão de obra brasileira, o que possibilitou a especialização de
Cap Antonio
militares em moto mecanização e comunicações. Tal fato contribuiu para o emprego da FEB no TO
italiano;
 Jan/1942
 O Brasil rompe as relações diplomáticas com o Eixo;
 Mar/1942
 Assinatura do Acordo Brasil-EUA → permitiu a exportação privilegiada de minério de
ferro e borracha para o esforço de guerra norte-americano, em troca do fornecimento de equipamentos
militares. Além disso, o Brasil permitiu a utilização do Saliente Nordestino pelo EUA;
 Construção da Base Aeronaval de Natal (BANT) → duas bases áreas: uma brasileira e outra
norte-americana → Trampolim da Vitória;
 Ago/1942
 Brasil declara guerra contra o Eixo → após submarinos alemães atacarem embarcações
brasileiras;
 Redirecionamento das atividades econômicas para atender o esforço de guerra → extração
de látex e envio de carne enlatada do Sul para o Norte da África;
 Jan/1943 – Conferência de Potengi
 O presidente Franklin D. Roosevelt visitou o Brasil a fim de observar a preparação das bases
norte-americanas em Natal.
 Aqui se encontrou com o Vargas e juntos realizaram a conferência, onde ficou definido a
criação de uma força militar brasileira em troca do reaparelhamento bélico das Forças Armadas
Brasileiras;
 Envio de oficiais brasileiros para treinamento nos EUA → aprenderem os métodos e táticas
militares empregadas pelos norte-americanos;
 Ago/1943:
 Criada, sob comando do general Mascarenhas de Moraes, a Força Expedicionária Brasileira
(FEB);
 1944:
 O governo enviou os primeiros regimentos de infantaria para o Teatro de Operações
Italiano;
 FEB (Força Expedicionária Brasileira):
o Cerca de 25 mil homens;
o Participou de diversos combates, com destaque para as tomadas de Monte Castello,
Castelnuovo e Montese, posições fortemente defendidas por tropas alemãs;
 1945:
 Retorno vitorioso da FEB ao Brasil.

 Consequências da II GM para o Brasil


 Consequências políticas
 O Brasil foi a única nação sul-americana que enviou tropas para combater na II GM →
aumento do prestígio internacional;
 A consolidação da democracia no Brasil:
 A FEB simbolizou a defesa da liberdade e da democracia, e muitos brasileiros se
identificaram com essa causa.
 Os sacrifícios impostos aos brasileiros na luta contra o totalitarismo nazifascista em defesa dos
ideais democráticos entraram em choque e acabaram por derrubar a ditadura de Vargas.
 O fortalecimento da relação entre Brasil e Estados Unidos:
Cap Antonio
 A participação do Brasil na guerra estreitou os laços entre o país e os Estados Unidos, que
apoiaram o Brasil com equipamentos, armas e treinamento militar.
 O reconhecimento internacional do Brasil:
 A participação do Brasil na guerra ajudou a aumentar a visibilidade do país no cenário
internacional. O Brasil foi um dos poucos países da América Latina a enviar tropas para a guerra, e isso
contribuiu para aumentar sua credibilidade no mundo.
 O país foi excluído da Conferência de Reparações de Guerra de Paris, ficando, assim, sem
receber qualquer indemnização pelos prejuízos e sofrimentos experimentados, conforme ficara acordado
em Ialta e Potsdam.
 A FEB projetou o Brasil no exterior sobremaneira;

 Consequências econômicas
 Ponto crucial para o estopim da industrialização de base do Brasil;
 Perda de navios mercantes afundados pelos submarinos do Eixo, correspondendo a mais de um
terço da nossa frota comercial;
 Perda de valores significativos pagos à Alemanha, referentes à compra de material de artilharia
não entregue em virtude da deflagração da guerra.
 Despesas operacionais das Forças Armadas;
 Os saldos congelados nos EUA e na Inglaterra, provenientes de exportações feitas durante e
após a guerra, foram mal empregados, não alavancando nossa economia como esperado;
 Recorremos a empréstimos externos e à emissão de moeda, dando origem a contínuo fluxo
inflacionário, para criar um parque industrial e promover o crescimento econômico;

 Consequências militares
 Os efeitos mais duradouros deste acordo militar não foram alterações nas táticas de guerra ou
nos equipamentos utilizados pelas nossas forças armadas. Uma nova concepção de organização da
corporação militar seria desenvolvida a partir dessa aproximação;
 A imagem do militar cresceu no âmbito da sociedade, ganhando o merecido respeito da Nação
resultante do elogiado desempenho face a experimentados e determinados combatentes.
 Ampliação dos contingentes e quadros das Forças Armadas, em decorrência da compreensão da
necessidade de segurança e modernização das Forças Armadas.
 O Exército reestruturou-se completamente, adquirindo armamento moderno, canhões antiaéreos
e de campanha com maior alcance, motorizando-se, mecanizando-se e substituindo as unidades
hipomóveis por outras dotadas de grande capacidade de fogo e mobilidade.
 A estruturação da FEB marcou o início da influência dominante norte-americana sobre as
forças armadas brasileiras. Além do aporte financeiro para reaparelhamento militar, o Brasil conseguiu
que oficiais fossem enviados aos Estados Unidos para treinamento e familiarização com a doutrina e os
métodos militares daquele país, substituindo a antiga tradição militar francesa, até então predominante.
 Os norte-americanos exerceram influências altamente benéficas na padronização dos
programas de instrução e de métodos atualizados de ensino e de instrução, nivelando e sistematizando os
conhecimentos.
 A desmobilização prematura da FEB (antes da sua chegada ao Brasil), por razões políticas e
injustificáveis ciúmes, geradora de problemas insolúveis até agora, impediu-nos a absorção de valiosos
ensinamentos colhidos a duras penas nos campos de batalha.
 Consequências psicossociais
 O reconhecimento dos veteranos da FEB:
Cap Antonio
 Os soldados que lutaram na FEB foram recebidos como heróis quando voltaram ao Brasil, e
muitos deles se tornaram líderes e figuras influentes na sociedade brasileira.
 A FEB foi a única tropa ibero-americana, integrada por brancos, negros, pardos e amarelos, a
cruzar o Atlântico para lutar além-mar;
 A guerra registrou a penetração norte-americana no País e o pós-guerra a disseminação da
cultura e dos costumes norte-americanos. O francês saiu de moda e a língua inglesa dominou por meio do
cinema, do rádio, da música e da mídia em geral.
 O fascínio pelo way of life, pelos automóveis luxuosos e bens de consumo atraentes, resultado
de propaganda, levou à americanização da sociedade brasileira.
 As correntes migratórias avolumaram-se no pós-guerra, quantitativa e qualitativamente,
incluindo até contingentes de alemães, italianos e japoneses, prova de nossa índole pacífica e hospitaleira
 No pós-guerra, constatou-se elevação da expectativa de vida e queda da mortalidade infantil,
valorização do homem, com redução das chagas do analfabetismo e de doenças endêmicas

Assunto 63. A crise do Estado Novo e a queda de Vargas (1945)


a. O Queremismo e o processo constituinte: a construção do trabalhismo

 Apresentar as condições que levaram à crise e à queda do Estado Novo, e a reação do


movimento de apoio a Vargas, o “Queremismo”;

 O FIM DA ERA VARGAS


 Vargas prometia a normalização da vida política do país para logo após o fim da guerra, em
“ambiente próprio de paz e ordem” → a oposição não acreditava;
 1943 – Manifesto dos Mineiros: uma carta aberta redigida e assinada por expoentes intelectuais
do estado em favor da redemocratização do país
 1945 – 1º Congresso Brasileiro de Escritores;
 A guerra foi uma faca de dois gumes: de um lado o “Estado de Guerra” dava tempo ao
governo, por outro lado, abria uma contradição: “como pode um ditador lutar pela liberdade?”
 Vitória das democracias aliadas na Segunda Guerra → Com o fim da Guerra, a defesa da
liberdade e da democracia se voltada contra o Estado Novo e ao autoritarismo característico da Era
Vargas;
 Perda do apoio dos militares;

 Redemocratização de Vargas
 1945 – Ato adicional:
 Anistia para presos políticos – dentre eles Prestes;
 Anúncio de eleições diretas para presidente;
 Suspensão da censura;
 Pluripartidarismo:
o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) – fundado por Vargas: orientação populista;
o PSD (Partido Social Democrático) – orientação populista;
o UDN (União Democrática Nacional) – oposição ao populismo;
o PCB (Partido Comunista Brasileiro);
o PRP (Partido Representação Popular) – abrigar os antigos integralistas;
Cap Antonio
 Queremismo
 Movimento político que defendia a permanência de Getúlio Vargas na presidência da
República:
 Slogan: “Queremos Getúlio” e “Constituinte com Getúlio”;
 Defendia a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte sob a liderança de Vargas;
 Organizado pelo PTB com apoio do PCB (o PCB era contra o imperialismo dos EUA e
acreditavam que o populismo e o nacionalismo intransigente de Vargas seriam a melhor opção;

 Deposição de Vargas
 25 outubro 1945: Getúlio Vargas nomeia seu irmão, Benjamin Vargas, para chefe de polícia do
Distrito Federal. Surge o temor de novo golpe;
 29 outubro 1945: Getúlio foi deposto com a atuação do Exército;
 Vargas declarou que concordava com a deposição, retirou-se pra São Borja, sua cidade
natal;
 José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, assumiu a presidência e a transmitiu
em 1946 ao candidato vitorioso nas eleições, Eurico Dutra.
Cap Antonio
UD 13 - GUERRA FRIA: DA BIPOLARIDADE À HEGEMONIA DOS EUA
Assunto 64. A divisão da Europa
a. O Plano Marshall
b. Alianças militares: a OTAN e o Pacto de Varsóvia
c. COMECON
d. O Muro de Berlim
 Analisar a reorganização da Europa após a Segunda Guerra Mundial, salientando os
aspectos políticos, econômicos, ideológicos e estratégicos;

Assunto 65. A Guerra Fria


a. Bipolaridade, contenção e dissuasão. Bases, características e diferenças dos poderios norte-
americano e soviético
 Definir a origem da Guerra Fria como resultante das disputas por poder decorrente da II
Guerra Mundial;

 Apresentar as características centrais da Guerra Fria: bipolaridade; paz armada e corrida


armamentista; negociações políticas; detentes;

 Compreender o processo de independência da Indochina, destacando a influência dos


diferentes blocos;

 Compreender os conflitos ocorridos no Sudeste asiático: Coréia (1950-1953) e no Vietnã


(1961-1975). A disputa travada entre os blocos liderados pela URSS e EUA;

Assunto 66. A União Soviética


 Explicar os diferentes momentos históricos da União Soviética;

Assunto 67. O comunismo burocrático no leste europeu


 Compreender os governos comunistas no leste europeu e apontar de que forma realizaram
sua consolidação;

Assunto 68. Revolução e comunismo na China


 Interpretar a Revolução Chinesa, comparando-a com a Revolução Russa;

Assunto 69. A revolução cubana


 Compreender o processo revolucionário cubano e suas consequências: As relações
conflituosas com os EUA;
Cap Antonio
Assunto 70. Os países não alinhados
 Explicar as aspirações do bloco dos países não-alinhados, em contraposição à lógica bipolar
do período;

 1947-1953 – Máxima tensão: EUA e URSS disputam a ocupação de territórios na Europa,


através de planos de ajuda financeira como o Plano Marshall ou o Comecon. Igualmente, tem lugar a
Guerra da Coreia, onde o mundo esteve à beira de uma disputa nuclear;
 1953-1977 – Coexistência pacífica: apesar de haver conflitos no Vietnã, Cuba e continente
africano, esta fase é chamada assim porque todos estes confrontos estavam controlados. Em nenhum
momento, as duas potências mostraram interesse em usar armas atômicas nas batalhas travadas.
 1977-1991 – Recrudescimento e fim da Guerra Fria: a Guerra do Afeganistão é o último
conflito armado da Guerra Fria. O sistema socialista não tinha como competir com o capitalista e a URSS
não tinha como ajudar financeiramente seus aliados e ela mesma tem que pedir empréstimos ao Ocidente.

 ANTECEDENTES
 Conferências da II GM → definiam a Ordem Mundial pós-guerra, com a divisão do mundo em
áreas de influência;

 Julho de 1944 – Conferência Econômica de Bretton Woods


 O dólar americano tornou-se a moeda padrão para transações internacionais;
 Estabelecia o padrão dólar-ouro numa paridade fixa e consolidava a centralidade da moeda
norte-americana na configuração econômica e política internacional;
 Criação do FMI e do BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento);

 Junho de 1945 – Carta da Nações Unidas


 Fundação da ONU: manutenção da paz e da segurança internacionais e estímulo à cooperação
entre os países;

 1945-1946 – Tribunal de Nuremberg


Cap Antonio
 Primeiro Tribunal Internacional para julgar os principais líderes nazistas;

 1948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)


 Referência para os direitos das pessoas no mundo;

 Expressão econômica
 Plano Marshall: EUA no oeste europeu;
versus
 Plano Molotov (COMECON): URSS no leste europeu;
 Expressão militar
 1949 – OTAN: EUA, Canadá e países europeus;
versus
 1955 – Pacto de Varsóvia: URSS e repúblicas satélites;
 Expressão política
 1961 – Divisão de capital alemã, Berlim, em duas áreas de influência: Berlim Ocidental
(EUA+França+Inglaterra) e Berlim Oriental (URSS);

 CARACTERÍSTICAS
 Disputa por áreas de influência: militar, cultural, política e economicamente;
 Ordem mundial bipolar: EUA e URSS;
 Plano Econômico dos EUA: 1947 → Plano Marchall.
 Plano Econômico da URSS: 1949 → COMECON: Conselho para Assistência Econômica
Mútua;
 Aliança Militar do EUA: 1949 → OTAN;
 Aliança Militar da URSS: 1955 → Pacto de Varsóvia;
 Cortina de Ferro → 1946: Churchill → formada por nações socialistas do leste europeu que
estavam sob influência da URSS → criando uma barreira ideológica entre as nações da Europa Ocidental
e Oriental;
Cap Antonio
 Muro de Berlim → 1961: dividias a Alemanha em duas;
 Disputa ideológica: capitalismo liberal x comunismo intervencionista;
 Corrida armamentista: investimentos no poderio bélico;
 Movimentos revolucionários patrocinados → financiamento e envio de material bélico,
buscando aumentar o alinhamento dos países → AL: recebeu esse influência para mudar regimes de
governo;
 Corrida aeroespacial: conquista do espação, inovações tecnológicas;
 1957: URSS lança o Sputnik → primeiro satélite artificial;
 1958: EUA lança o Explorer;
 Guerra por procuração → conflitos indiretos entre URSS e EUA;
 1950-53: Guerra das Coreias;
 1959-75: Guerra do Vietnã → 1965-73: presença dos EUA;
 Conflitos no Oriente Médio;
 Descolonização Afro-Asiática;
 Influência cultural: filmes, cinema, jogos;
 Inteligência e contrainteligência → busca por informações, sabotagem e espionagem → AL:
Operação Condor no Chile;

 AS DISPUTAS EM JOGO
 EUA
 1947: Doutrina Truman → combater o avanço comunista → Plano Marshall e Plano
Colombo;
 1947: Criação da CIA → espionagem;
 1949: Criação da OTAN;
 Macarthismo
 Perseguição aos comunistas em território norte-americano;
 O comunismo era associado a diversas disparidades sociais;

 URSS
 1949: COMECON → Conselho para Assistência Econômica Mútua;
 1954: Fundação da KGB → espionagem;
 1955: Pacto de Varsóvia;

 Corrida aeroespacial
 1957: URSS lança o primeiro satélite artificial, o Sputinik;
 1961: URSS envia o primeiro homem ao espaço;
 1969: A Missão Apollo 11, dos EUA, enviou os primeiros homens a pisarem na Lua;

 1962: Crise dos mísseis


 Equilíbrio de terror → EUA (Kennedy): Turquia versus URSS (Krushev): Cuba;
 Krushev visitou os EUA;

 GUERRAS NA GUERRA FRIA


 1950-1953: Guerra da Coreia
 1910-1945: Japão ocupou a Península da Coreia → imperialismo japonês;
 Fim da II GM: divisão entre as Coreias pelo Paralelo 38 → a URSS ocupou o norte e os EUA
ocuparam o sul;
Cap Antonio
 1950: tropas norte-coreanas ultrapassam a fronteira rumo a Seul, para reunificar o território;
 1953: um armistício, sem tempo definido, foi assinado entre os governos dos dois países,
passando a existir dois países: a Coreia do Sul e a Coreia do Norte. Também foi estabelecida uma zona
desmilitarizada na fronteira entre os dois países que permanece até os dias atuais;

 1946-1954: Guerra da Indochina


 Indochina era colônia da França e na II GM o Japão ocupou a região;
 1945: Ho Chi Minh, após expulsar os japoneses, declararam a independência do Vietnã;
 1946-1954: Guerra da Indochina → França não aceita independência;
 As forças do Vietminh passaram a receber armamentos eficazes e modernos da China e União
Soviética. Já os franceses recebiam apoio dos Estados Unidos, preocupados com o crescimento do
comunismo na região;
 1954: Conferência de Genebra → As derrotas francesas, aliada à pressão popular na França
pelo fim da guerra, levou o governo francês a negociar a paz. Os acordos em Genebra decretaram o fim
do domínio colonial francês na região e instituíram a independência de Laos, Camboja e Vietnã dos Sul e
Vietnã do Norte;
 Divisão do Vietnã em duas áreas administrativas: O Vietnã do Norte, liderado por Ho Chi Minh
e sua capital sediada em Hanói, e o Vietnã do Sul governado pelo monarca Bao Dai, que logo foi
destituído, com capital Saigon.

 1959-1975: Guerra do Vietnã


 1956: Estava previsto um plebiscito para decidir acerca da unificação do Vietnã. Porém, o
governo do sul impede e instala uma ditadura com política de hostilidade ao norte;
 1960: Forma-se no sul a FLN (Frente de Libertação Nacional), de tendência socialista e que se
opunha à ditadura a favor da reunificação → exército popular dos vietcongues;
 1964: EUA intervém diretamente → Teoria do Efeito Dominó de Eisenhower;
 A Guerra do Vietnã virou o epicentro da situação mundial da Guerra Fria;
 Forte mobilização da opinião pública diante das notícias televisivas;
 1973: Acordo de Paris
 Determinaram, principalmente, a retirada das tropas norte-americanas, a libertação dos
prisioneiros norte-americanos e a reunificação pacífica dos dois territórios.
 1975: Ocorre a tomada de Saigon e queda do Vietnã do Sul. O país se reunifica sob a égide do
comunismo;
 Questão ambiental: além das sequelas humanitárias, ficaram também as sequelas ambientais.
Após a estratégia norte-americana de lançar desfolhantes nas plantações vietnamitas, contaminando os
solos e os tornando estéreis para plantação;
 Questão Palestina
 Hebreus (judeus) versus Árabes (muçulmanos): palestinos;
 Histórico
 Até 70 d.C.: Palestina ocupada pelos judeus, mas dominada pelos romanos → Roma teme a
expansão dos hebreus → diáspora: expulsão dos judeus;
 Árabes ocupam a região;
 Judeus são perseguidos por séculos na Europa;
 Século XIX: judeus criam o Movimento Sionista (religioso) → almejavam a criação de um
estado judeu na terra prometida, agora dominado pelo Império Otomano e ocupado por árabes;
 II GM
 Holocausto → fortaleceu o Movimento Sionista;
Cap Antonio
 Ocidente passa a apoiar o sionismo → holocausto + Guerra Fria (ter um aliado no Oriente
Médio com uma cultura parecida com o ocidente);
 A Palestina era uma área de influência da Inglaterra → cede o território à ONU;
 1947: ONU faz o plano de partilha da Palestina:
 Judeus → satisfeitos;
 Palestinos → insatisfeitos;
o Conflitos;

 1947-1948: Guerra da Independência de Israel


 Judeus x Países Árabes → vitória dos judeus, com apoio indireto do
Ocidente (EUA);
 Criação do Estado de Israel e alargamento das fronteiras;
 Jordânia →Cisjordânia;
 Egito → Faixa de Gaza;
 Não há um Estado Palestino desde então (Território + Povo + Governo
reconhecido internacionalmente;

 1956: Guerra de Suez (Canal no Egito)


 Liga o Mediterrâneo e o Mar Vermelho (Oceano Índico);
 Estava sob o domínio britânico e francês;
 Nasser assume o poder no Egito:
 Nacionaliza o canal de Suez;
 Manda tropas para a fronteira de Israel;
 Egito versus França, Inglaterra e Israel → URSS e EUA → Egito vence! → assinala a
decadência europeia na geopolítica internacional.

 1967: Guerra dos Seis dias


 1964: Surge a OLP → Organização para a
Libertação da Palestina, que usa a Al Fatah como braço
armado e terrorista;
 Nasser se recusa às exigências do Banco
Mundial e do FMI e como retaliação restringe a
navegação israelita nos mares egípcios;
 Israel alega “ataque preventivo”
Cap Antonio
 Colinas do Golã (Síria) → nascente do Rio Jordão;
 Cisjordânia → acesso ao Rio Jordão;
 Faixa de Gaza;
 Península do Sinai → Canal de Suez;
 Jerusalém → Religião;
 Maior alteração das fronteiras;

 1973: Guerra do Yom Kippur


 ONU pressionava Israel a devolver os territórios ocupados em 1967. Além disso, realizava a
colonização desses territórios por migrações e unidades agrícolas;
 Assim no feriado judeu do “dia do perdão” → árabes atacam;
 Judeus ganham a guerra → EUA apoiam os judeus declaradamente;
 A exploração do petróleo era realizada por empresas estrangeiras, as Sete Irmãs;
 As árabes, derrotas militarmente, usam o petróleo como arma de pressão nas relações
internacionais;
 Os países árabes nacionalizam as reservas de petróleo e controlam a oferta → aumento do
petróleo em cerca de 400% em poucas semanas;
 Corte dos gastos públicos no Ocidente;
 Crise do Petróleo: o conflito da Palestina envolve recursos econômicos → destaque
internacional;

 1975: Guerra Civil no Líbano


 Sykes-Picot → Libano sob influência da França até 1943;
 Consequência direta das migrações de palestinos dos territórios ocupados por Israel → choque
religioso;
 Muçulmanos libaneses e palestino versus libaneses cristãos;
 1987: Tratado de Paz;
 Intervenção de Israel até 2000;
 Intervenção da Síria até 2005;

 1978: Acordo de Camp David (nos EUA)


 Egito não considera mais Israel como inimigo (paz) versus Israel devolve a Península do Sinai;
 Israel não devolveu os demais territórios ocupados, desrespeitando até mesmo as resoluções da
ONU. Assim, Síria e Jordânia, ausentes no acordo, acusaram o Egito de traição;
 O mundo árabe rejeita veementemente o acordo;
 Egito: Anwar Sadat, o responsável pelo acordo, é assinado por radicais egípcios;
 Assume Hosni Mubarak, aliado aos EUA, que somente saiu do poder em 2011 com a
Primavera Árabe;

 1987: Intifadas (Revoltas palestinas) → intensificação dos atentados terroristas → surgimento do


Hamas que tem como objetivo a destruição de Israel;

 1993: Acordo de Oslo


 OLP (Organização para a Liberdade da Palestina) versus Israel (1995: Rabin é assassinado);
 OLP concede a paz e Israel concede a Faixa de Gaza (Hamas – radical) e a Cisjordânia (Fatah –
moderado) → fracasso, pois os grupos palestinos usaram de ataques terroristas!
Cap Antonio
 Israel construí assentamentos judeus na Cisjordânia e a Faixa de Gaza, apesar de ser um
território autônomo, vive sob embargos e não é reconhecido internacionalmente;

 1979 - A Revolução Iraniana


 Irã
 País persa (farsi), maioria xiita (rivalidade com os sauditas), grande aliado da Síria;
 Localizado na porção norte do Estreito de Ormuz → ameaças de fechar o estreito;
 O Irã e os Emirados Árabes Unidos reivindicam as ilhas de Abu Musa e Tunb Maior e Tunb
Menor, para estenderem seu controle sobre o Estreito de Ormuz.
 O Estreito de Ormuz é a ligação entre o Golfo Pérsico e os oceanos.;
 Transita mais de 30% do petróleo mundial e 20% do transporte marítimo mundial;
 Membro da OPEP;
 Contra intervenções ocidentais no Oriente Médio;
 Dois polos de poder: Irã (e Síria) com o apoio da Rússia e China versus Arábia Saudita com o
apoio dos EUA → 2023 reataram as relações diplomáticas por mediação da China;
 O Estado Islâmico é contra os xiitas do Irã;

 Antes de 1979
 País monárquico → controlado pelo Xá Reza Pahlev → influência dos EUA desde o II GM e
ocidentalização/modernização do país
 Mal do petróleo: má distribuição de renda → grande desigualdade social;
 Aliado do mundo ocidental (Revolução Branca → ocidentalização do Irã);
 Setores conservadores culpavam os EUA;

 1979: Revolução Fundamentalista Islâmica Xiita


 Sai o Xá e entra o Aiatolá Khomeini;
 Nova Constituição → teocracia → União Religião + Política → Aiatolá (sharia: aplicação do
Alcorão como lei pública);
 Corte das relações com o mundo ocidental e críticas à URSS → anseio de independência
absoluta;
 Iraque teme que seus xiitas também façam uma revolução → EUA se une ao Iraque→ Guerra
Irã x Iraque → 2º Choque do Petróleo → redução dos gastos públicos nos países ocidentais →
neoliberalismo;

 1980-1988: Guerra Irã-Iraque


 1974-1975 → Choques fronteiriços;
 1979 → Saddam assumi o poder com a pretensão de colocar o Iraque como força dominante no
Golfo Pérsico e evitar a expansão xiita iraniana para o Iraque;
 1980 → Iraque ataca Irã, acreditando num conflito rápido;
 Iraque poder militar superior;
 Irã fanatismo religioso e missões suicidas → discurso de guerra santa → seguram o avanço
iraquiano. Também contou com o apoio dos curdos
 Uso de armas químicas;
 1988 → cessar-fogo proposto pela ONU;

 1979-1989 – Guerra do Afeganistão


Cap Antonio
 Século XIX → alvo do Grande Jogo → Império Russo e Império Britânico → elo de ligação
entre as “Ásias” com importantes rotar de passagem;
 Influência britânica até o final da II GM;
 Influência norte-americana pós-II GM → conter a expansão do comunismo soviético;
 Porém, o Afeganistão não se alinhou diretamente com os EUA e mantinha relações amigáveis
com a URSS;
 1973 → fim da monarquia e início da República;
 1978 → os comunistas chegam ao poder;
 1979 → Sob a influência da Revolução Iranianas os afegãos passaram a lutar contra o regime
recém instalado no país;
 1979 → a URSS, sob a Doutrina Brejnev, invade o Afeganistão para assegurar a continuidade
do regime comunista no país;
 Grupos rebeldes defendiam o fim da influência soviética → eram os mujahidins;
o Usavam táticas de guerrilha e possuíam vantagem nas montanhas afegãs;
o Apoio de outras nações árabes e países ocidentais → EUA forneciam financiamentos,
armas e treinamentos;
o Emprego da CIA para barrar os esforços de paz e prolongar o conflito desgastando a
URSS;
o Desses grupos surgiram dois grandes grupos terroristas: Al-Qaeda (Osama Bin Laden) e
Talibã;
o Fortalecimento dos rebeldes islâmicos, sobretudo por conta do financiamento
internacional.
 1989 → a URSS deixa o Afeganistão → os conflitos continuam;
 1992 → o presidente comunista renuncia;
 1992-1996 – Guerra Civil Afegã
 1994 → Criação da Talibã e expansão das suas áreas de influência;
 1996 → Regime Talibã → Impões leis islâmicas estritas ao povo afegão
 1997 → Aproximação do Talibã com Osama Bin Laden;
 1998 → Talibã controla 90% do Afeganistão;
 2001 → 11 setembro: ataque terrorista nos EUA;
 2001 – 2021 – Invasão norte-americna com aprovação da ONU e apoio da OTAN→ impedir
que o Talibã forneça refúgio para a Al-Qaeda;
 2011: Morte de Osama Bin Laden no Paquistão
 2021 – EUA se retiram do Afeganistão e o Talibã volta ao poder;

 1982 – Guerra das Malvinas


 As ilhas estão sob domínio britânico desde 1883;
 1982
 Argentina: inflação, recessão, empobrecimento da classe média → crise econômica e
esgotamento do governo militar→ Leopoldo Galtieri → reacender o nacionalismo argentino e dar um
fôlego ao governo;
 Reino Unido: era governado pela ministra Margareth Thatcher que também enfrentava um
período de baixa popularidade e usou a guerra como arma política interna, reagindo prontamente.
 Argentina invade a Ilha → Reino Unido envia tropas para o local e retoma o arquipélago;
 Os Estados Unidos, um dos membros do Tiar, optaram pela Organização do Tratado do
Atlântico Norte (Otan).
Cap Antonio
 O Peru ofereceu uma esquadrilha à Argentina e a Bolívia mobilizou voluntários. O único
país da região que manifestou apoio aos ingleses foi o Chile, então governado pelo ditador Augusto
Pinochet.
 O Brasil permaneceu neutro. Porém, a entrada de um bombardeiro britânico em seu espaço
aéreo e o potencial abate do avião quase torna o país um beligerante do conflito
 Com ampla superioridade militar, o Reino Unido saiu vencedor da guerra e manteve o controle
das Ilhas Malvinas. O governo trabalhista de Thatcher ganhou força e ela conseguiu se reeleger primeira-
ministra.
 Já a Argentina entrou em profunda crise econômica e política, teve o presidente Galtieri
deposto e deu início ao processo de redemocratização do país
 1990: Retorno das relações diplomáticas entre britânicos e argentinos;
 2012: 30 anos após o conflito, o governo argentino solicitou a reabertura do caso para
negociações. O governo britânico recusou prontamente, causando novamente um mal-estar nas relações
diplomáticas entre os dois países.

 1990-1991 – Guerra do Golfo


 O Iraque acusava o Kuwait de vender petróleo abaixo dos determinados pela OPEP;
 Além disso, o Kuwait começou a cobrar do Iraque os empréstimos concedidos durante a
Guerra Irã-Iraque.
 Ademais, Saddam exigia mudanças na fronteira entre os dois países;
 1990 → Iraque invade o Kuwait, enfrentando pouco resistência;
 ONU embarga o Iraque, que não se retira;
 1991: bombardeios sob o Iraque e o avanço de tropas aliadas, lideradas pelo EUA;
 Uso de mísseis teleguiados, alto nível tecnológico e presença da imprensa ao vivo;
 Saddam deixa o Kuwait;
 Questão ambiental: derramamento de petróleo no Golfo Pérsico;
 Iraquianos atearam fogo em poços de petróleo no Kuwait;
 Porque os EUA não tiraram Saddam do poder:
 A aprovação da ONU era somente para desocupar o Kuwait;
 O governo de Saddam poderia conter os curdos e os xiitas dentro do Iraque, contribuindo
para os interesses norte-americanos na região;

 ANOS 50 e 60
Cap Antonio

 Movimentos políticos com forte presença dos estudantes:


 Maio de 1968 na França → EUA, México, Polônia, Tchecoslováquia e Iugoslávia;
 Desdobramentos: greves e movimentos nas periferias do capitalismo;
 AI-5 no Brasil;

 OS PAÍSES NÃO ALINHADOS


 Descolonização Afro-Asiática
Cap Antonio

 Formas de independência
o Negociada: alcançada mediante acordos → Inglaterra;
o Conflituosa: alcançada por meio de confrontos armados entre forças de libertação
nacional e tropas das metrópoles → Portugal;

o Argélia:
i. Batalha de Argel: uso de guerrilhas para minar a metrópole com forte apoio e unidade
popular;
ii. Argelinos que lutaram na II GM com o Exército Francês;
iii. Soldados deslocados da Indochina para a Argélia;
iv. Ataques terroristas em território francês;
v. 1958: General De Galle assume o poder e busca pacificar o conflito;
vi. 1962: Acordos de Evian → fim dos conflitos e independência da Argélia;
vii. Após a independência, e no seguimento de uma política de não-alinhamento e
solidariedade ideológica, os líderes argelinos prestaram um grande auxílio a alguns movimentos de
africanos de libertação, nomeadamente aos angolanos, moçambicanos e guineenses, mas também a
grupos de exilados políticos portugueses.
 Período mais intenso: décadas de 1960-1970;
Cap Antonio
 Pan-Arabismo → luta contra o colonizador no Norte da África e aproximação com os
países árabes-muçulmanos do Oriente Médio.
o Baseado em preceitos nacionalistas, seculares e estatizantes;
o Objetivos: independência em relação aos países europeus e impedir a constituição do
Estado de Israel;
 Pan-Africanismo → na África Subsaariana: unir a África como força de integração e como
um movimento de libertação;
o Unidade e cooperação política, cultural e econômica na África;

 1947: Independência da Índia


 Nehru e Gandhi e a desobediência civil;

 1955: Conferência de Bandung


 Ocorreu na Indonésia, principais participantes: República Popular da China, Egito, Índia,
Indonésia, Irão, Iraque, Etiópia;
 Acontecimento na luta contra a dominação colonialista e, ao mesmo tempo, contra as
influências da URSS e EUA;
 Marco importante na organização do chamado “países do terceiro mundo”;
 O alinhamento com alguma potência era visto como uma nova forma de exploração para
atender aos interesses econômicos;

 1949 - REVOLUÇÃO CHINESA


 1912: fim do Império Chinês e instauração de uma República;
 1921: fundação do Partido Comunista Chinês (PCC), com a presença de Mao Tse-Tung;
 1921-1925: O PCC e o Kuomintang lutam juntos para unificar o país, derrotando os senhores
da guerra;
 1925: Chiang Kai-Shek, líder dos nacionalistas do Kuomintang assume o poder da China e
passa a perseguir os comunistas;

 1931: Os japoneses invadiram a Manchúria e criaram um Estado fantoche;
 1934-1935: A Grande Marcha
 Os comunistas fogem das tropas nacionalistas indo em direção ao norte da China. Ao
mesmo tempo disseminavam a ideologia socialista para a população;
 Ao contrário do que previa Marx com a revolução dos operários, a PCC apoia seus ideais de
revolução nos camponeses, criando os sovietes rurais e desenvolvendo as táticas de guerrilha como forma
de luta → influencia outros países agrários;
 1937-1945: Kuomintang e PCC formaram uma frente única para expulsarem os japoneses do
território sino;
 1946-1949: Retorno da guerra civil entre os opositores e vitória de Mao em 1949;
 Fundação da RPC na China Continental;
 Chiang Kai-Shek e os nacionalistas se abrigam em Taiwan, na República da China;
 1956-1957 – Movimento das 100 Flores
 O Partido Comunista incentivou a expressão das mais variadas escolas de pensamento
(inclusive anticomunistas). Constituiu-se em uma aparente liberdade política, mas serviu para identificar
os chineses contrários à revolução e expurga-los da sociedade;
Cap Antonio
 Com o tempo, porém, as críticas se tornam pesadas demais e decidiu-se por encerrar o
Desabrochar de Cem Flores.
 Para alguns críticos (especialmente ocidentais), a campanha do Desabrochar de Cem Flores foi
uma estratégia do Partido Comunista Chinês para identificar elementos anti-revolucionários e expurgá-los
antes que pudesse prejudicar a construção do comunismo.
 1958-1962 – Grande Salto para Frente
 Pretendia modernizar a economia sina por meio do desenvolvimento da indústria e da
agricultura de forma paralela;
 No campo, a estratégia implementada foi a das “comunas agrícolas”: revogou todas as
propriedades rurais privadas e as famílias deveriam trabalhar e cooperar para manterem as metas
estipuladas pelo PCC;
 Já na área urbana decidiu-se investir pesadamente na criação de estatais, voltados
principalmente para a produção de aço.
 O fracasso da produção de aço, o recrutamento de camponeses para o trabalho industrial e as
quedas da produção agrícola levaram a milhões a morrerem por fome → 1960-1961: A Grande Fome
Chinesa;
 1966-1976 (Morte de Mao) – Revolução Cultural
 Exterminar as influências ocidentais por meio de uma doutrinação política massiva;
 Mao tornou-se uma figura de adoração pública e o “Livro Vermelho” tornou-se obrigatório
para todo chinês, fortalecendo o poder de Mao e do PCC;
 Perseguição a grupos minoritários e isolamento da China para o resto do mundo

 Ruptura sino-soviética
 1949-1953: a RPC se manteve próxima da URSS até a morte de Stálin;
 Mao passou a se considerar o líder mais velho do movimento comunista internacional.
Acreditava ser o legítimo sucessor da ortodoxia marxista-leninista e dizia que os líderes soviéticos
estavam abandonando o comunismo legítimo;
 1954: Washington assina com Taiwan o Tratado de Defesa Mútua, temendo que os comunistas
tomassem a ilha → vigorou até 1979, quando os EUA reconheceram a RPC.
 1956: discurso anti-stalinista de Khrushchov → alguns historiadores usam essa data como
marco da ruptura sino-soviética → divergências entre Khrushchov e Mao acerca da interpretação do
comunismo;
 1960:
 A URSS suspende a cooperação nuclear com a China, em decorrência do aumento das
tensões entre o país sino e os EUA no estreito de Taiwan;
 Khrushchov retirou os especialistas técnicos do território sino e reduziu drasticamente a
ajuda matéria e militar a Pequim. Assim, o programa de industrialização chinês é significativamente
afetado, pois dependia da ajuda técnica proveniente da União Soviética.
 1964: China realiza seu primeiro teste nuclear → maior autonomia em relação a URSS;

 1978-1989 – Deng Xiaoping


 Procurou corrigir o legado ideológico da Revolução Cultural, possibilitando a gradual da China
aos países capitalistas;
 Socialismo de mercado e as quatro modernizações: agricultura, indústria, militar e ciência e
tecnologia;
 1989: Massacre da Praça da Paz Celestial
Cap Antonio
 1959 – REVOLUÇÃO CUBANA
 1898: Independência de Cuba com apoio dos EUA
 A Constituição de Cuba possuía a Emenda Platt que permitia intervenções norte-americanas
em seu território;
 Grande dependência econômica dos EUA: quase todo açúcar cubano era comprado pelos norte-
americanos e mais de 70% de suas importações tinha origem ianque;
 1952: Fulgêncio Batista implanta uma ditadura em Cuba;
 Significativa insatisfação da população diante da crise econômica e do regime opressor;
 1959: A guerrilha armada de Fidel Castro e Che Guevara depõe o governo de Fulgência
Batista;
 O governo de Fidel Castro implementa a reforma agrária e nacionaliza empresas norte-
americanas;
 1960: EUA impõem embargos econômicos à Cuba;
 1961:
 Os EUA rompem relações diplomáticas com a ilha;
 Fidel Castro anuncia o caráter comunista de seu governo;
 Tentativa de retirar Fidel Castro do poder pela Invasão da Baía dos Porco (EUA e cubanos
dissidentes);
 Cuba se aproxima da URSS;
 1962 – Crise dos Mísseis
 Armamento nuclear soviético na ilha
 Acordo: a URSS retira os mísseis de Cuba e os EUA retiram os mísseis da Turquia;
 Cuba é expulsa da OEA, forçando o isolamento do país com os países latino-americanos;

 LESTE EUROPEU
 1956 – Revolução Húngara
 Iniciou-se contra o governo comunista no país, passando posteriormente a se direcionar para
as questões econômicas e sociais.
 A Revolução Húngara ameaçava alastrar-se para os demais países da esfera da URSS,
ameaçando o Pacto de Varsóvia. Assim, o Exército Vermelho entrou em Budapeste, reprimindo
brutalmente a revolução.
 1968 – A Primavera de Praga – Tchecoslováquia
 Propunham uma maior abertura do regime comunista;
 Iugoslávia e Romênia apoiaram a causa dos tchecos, mas a URSS invadiu a capital e retirou
todos os líderes liberais;
 1980 – A crise da Polônia
 Movimento operário que fundou um sindicato independente da estrutura estatal e passou a
exigir o pluripartidarismo;
 A URSS invadiu a Polônia com o exército e assumiu o controle. O Sindicato foi declarado
ilegal e seus líderes foram presos;
 1985 – Gorbachev assume a liderança da URSS
 Discurso reformista: glasnost (transparência) e perestroika (reconstrução);
 Glasnost:
o Conjunto de reformas que concedeu maiores liberdades políticas e de expressão;
 Perestroika:
Cap Antonio
o Conjunto de reformar que buscou reestruturar a economia soviética, reduzindo o
planejamento econômico estatal e liberando o comércio exterior,
 Consequência: enfraquecimento da URSS;
 1989 – Queda do Muro de Berlim;
 1990 – Reunificação da Alemanha;
 1991
 08 de dezembro é a criada a CEI;
 25 de dezembro Gorbachev renuncia à presidência da URSS;
 26 de dezembro a URSS é dissolvida;
 31 de dezembro extinção das funções administrativas da URSS;
 1991-1999 – Yeltsin manteve-se na presidência da Rússia
 O Partido Comunista é banido da Rússia;
 2000 – Em diante – Direta ou indiretamente, Putin está na liderança da Rússia;

UD 14 - ORIENTE MÉDIO: OS CONFLITOS RELIGIOSOS E O EQUILÍBRIO DO PODER


MUNDIAL
Assunto 71. O mundo árabe e a descolonização europeia no Oriente Médio
a. O Acordo Sykes-Picot
Assunto 72. O nacionalismo laico no Oriente Médio
a. Ataturk e o modelo de modernização laica
b. O Nasserismo e o Baasismo
Assunto 73. A criação do Est. de Israel, a Quest. Palestina e o Fundamentalismo Islâmico
Assunto 74. O Ocidente frente ao Oriente Médio
a. Os recursos naturais, tradição e modernização
 Examinar a construção do Oriente Médio, a partir do processo de descolonização da região;

 Analisar os mecanismos de modernização dos países da região, em especial os casos da


Turquia, do Egito, do Iraque e da Síria;

 Analisar as condições que permitiram a criação do Estado de Israel e suas consequências


para região;

 Apresentar as características centrais do conflito do Oriente Médio, concluindo sobre os


principais obstáculos para uma solução pacífica;

 Definir a posição do Estado brasileiro sobre o conflito do Oriente Médio;


Cap Antonio
UD 15 - AS AMÉRICAS NO SÉCULO XX
Assunto 75. A REPÚBLICA NA HISPANO-AMÉRICA
a. As oligarquias locais, o Caudilhismo, o Caciquismo, o Populismo e os Regimes Militares
(México, Região do Prata e América Andina)

Assunto 76. NACIONALISMO, RADICALISMO E SOCIALISMO NAS AMÉRICAS


 Comparar as formas tradicionais dos regimes políticos na América Latina, em especial a
transição entre caudilhismo, populismo e a atuação dos militares;

 Apresentar as formas de liberalismo nas Américas e os movimentos de oposição;

Assunto 77. MÉXICO


a. Revolução mexicana (1910-1917)
b. O populismo de Cárdenas
Assunto 78. ARGENTINA
a. Peronismo (1945-1955)
b. Regime militar (1962-1983)
Assunto 79. CHILE
a. O governo da Unidade Popular
b. O regime militar de Pinochet
Assunto 80. PERU
a. O governo de Alvarado (1968-1975)

 Comparar os governos populistas e, posteriormente, os regimes militares nos países latino-


americanos, destacando-se os casos do México, da Argentina, do Chile, e do Peru

 Comparar os acontecimentos políticos nos países da América Latina com o processo


histórico brasileiro;

 AMÉRICA LATINA
 Posição geográfica: do México ao sul da Argentina;
Processo histórico comum: exploração colonial, latifúndio, exportação, escravidão, emancipação
política no século XIX, línguas oriundas do latim (português, espanhol e francês);
 Origem cultural semelhante: indígenas, europeus e africanos;
 Geopolítica: influência inglesa (século XIX), imperialismo americano (século XX);

 LEGADOS DA COLONIZAÇÃO E DA INDEPENDÊNCIA


 Da independência política à submissão econômica
 Relações entre as elites locais (caudilhos) e as elites internacionais (imperialismo);
 Caudilhismo: poder local armado
 Defensores do federalismo com poder descentralizado;
 Existência de uma guarda armada que atendia os interesses pessoais do caudilho;
 Formação: luta contra metrópole + luta entre unitaristas (Bolivar) e federalistas (José
Martin) → caudilhismo;
Cap Antonio
 Os países ficaram dominados politicamente pelas grandes oligarquias rurais (local) e suas
economias agroexportadoras continuaram dependentes dos países de capitalismo avançado (exterior);

 Monoculturas para exportação;


 A posição na cadeia produtiva global das economias latino-americanas faz da propriedade
territorial um bem de primeira importância na América Latina → importância da terra;
 Consequências gerais e comuns:
 Industrialização tardia;
 Monopolização da economia;
 Falta de desenvolvimento (atraso da estrutura produtiva e falta de modernização);
 Concentração de renda;
 Desigualdades socioeconômicas;

 IMPERIALISMO NA AMÉRICA LATINA


 Século XIX → Era dos Impérios → 3 M: mercado consumidor, mão de obra barata e matéria
prima;
 O atrasado no desenvolvimento da América Latina interessava as potências industriais;

 SÉCULO XIX
 Inglaterra:
 Estrutura de interesse:
 Privilégios alfandegários, a América Latina é vista como mercado consumidor dos produtos
industrializados;
 Além disso, investia em setor de serviços (bancos), infraestrutura (transporte, ferrovias) e
concessão de empréstimos;
 EUA
 Isolacionista: resolver os problemas internos, consolidando a nação;
 No início do século XIX a mera existência dos EUA exercia grande influência, e o exemplo
máximo de liberdade e republicanismo;
 Influenciou para a adoção do federalismo nas republicas latinas → caudilhismo;
 Doutrinas:
 1 – Consolidar a nação;
Cap Antonio
 2 – Expandir o território;
 3 – Tornar-se uma potência regional;
 4 – Tornar-se uma potência global;
 Destino Manifesto: sentimento de superioridade, a ideia defendia que os estadunidenses
tinham sido escolhidos pela Providência Divina para conquistar o continente e desenvolver suas riquezas.
Justifica a Marcha para o Oeste e a Guerra contra o México;
 Doutrina Monroe: “América para os americanos”. Política externa de neutralidade dos EUA
em relação às questões europeias (contexto da tentativa de restauração do antigo regime). Também
justifica o apoio às independências na América Latina;
 Corolário Polk: reafirmação da Doutrina Monroe adaptada à Marcha para o oeste. Defendia
a ideia de que os EUA estavam abertos a qualquer território que pretendesse anexar-se a eles, o que serviu
de pretexto para a expansão americana ao oeste;

 EUA – SÉCULO XX
 1904 – Doutrina Roosevelt: política do Big Stick
 Controle direto dos EUA sobre a América Latina por meio de acordos econômicos,
formação de governos fantoches (caudilhos) e intervenção militar → expansão das companhias privadas
norte-americanas → destaque para a Mesoamérica;
 Estrutura de interesse:
 Por meio da diplomacia comercial e, principalmente, da ação militar, os interesses das
empresas americanas ficavam garantidos;
 Essas empresas se tornaram donas de imensas propriedades territoriais, nonde produziam
produtos agrícolas para exportação e exploravam minérios e petróleo;
 Empresas: United Fruit Company e Standart Oil;

 A CRISE DE 1929 NA AMÉRICA LATINA


 Derrubou o preço e a demanda internacional dos produtos primários;
 Avanço da onda nacionalista;
 Os países não conseguiam mais comprar os produtos industrializados de seus parceiros
comerciais. O comércio internacional parou!
 As oligarquias perdiam sua sustentação econômica e sua capacidade política para se
manterem no poder, já que não conseguiam emplacar nenhum projeto para salvar a economia nacional;
 Era necessário iniciar um forte processo de substituição das importações;
 Surgiram grupos e movimentos nacionalistas com projetos de desenvolvimento nacional
baseados na matriz industrialista e estado-centrista que buscava apoio das massas nas camadas
populares → momento favorável à transferência de área de investimento;
 Surgem novas forças sociais e politicas que reivindicam transformações na estrutura política,
econômica, social e cultural → modernização nacionalista e populismo;
Cap Antonio

 EUA – Política da boa vizinhança


 Plano para estreitar os laços com os países da América Latina, por meio de parcerias e muita
diplomacia;
 Os meios mudaram, os fuzileiros navais não eram mais a linha de frente da “nova cara dos
EUA”. Agora, as iniciativas culturais surtiam mais efeitos;
 As potências mundiais pouco puderam fazer para impedir a disseminação dos ideais
nacionalista;

 NACIONALISMO E POPULISMO LATINO-AMERICANO


 Nacionalismo
 Os nacionalistas rejeitavam as influências estrangeiras e defendiam a valorização de suas raízes
ético-culturais bem como de suas riquezas materiais;
 Criticavam as oligarquias tradicionais e o uso patrimonialista do Estado;
 Desenvolve uma conotação anti-imperialista;
 Defendeu a nacionalização da economia;
 Os lideres de colocam como protetor do povo abandonado, explorado e destruído → nasce o
populismo;

 Populismo
 Comunicação direta entre o populista e os governados (rádio);
 A relação existente é a de tutela, o governante se apresenta como o único detentor dos
conhecimentos políticos e das leis;
 Dominação carismática. O líder populista é carismático e constrói sua imagem como tal
(propaganda);
 Sociedade urbana;
 Inclui concessões sociais amplas e constrói a narrativa que liga o líder e a obra;
 Poder ligado a pessoa do governante (autocracia), mesmo que o regime em vigência seja
institucionalmente democrático;
 Getúlio Vargas, Brasil: 1930-1945, 1951-1954;
 Lázaro Cárdenas, México:1934-1940;
 Juan Domingo Perón, Argentina:1946-1955;1973-1974

 Consequências nas décadas 30,40 e 50


 Desenvolvimento industrial baseado na nacionalização das riquezas, das fontes de energia e
minério;
 Processo acelerado de desenvolvimento industrial e urbano;
Cap Antonio
 1950: Brasil, México e Argentina eram responsáveis por cerca de 72% da produção industrial
da América Latina;
 Países como Haiti, Panamá, Equador e Cuba mantiveram suas economias associadas à
exportação primária e não acompanharam demais países latino-americanos no processo de
industrialização;

 GUERRA FRIA NA AMÉRICA LATINA


 Onda de regimes militares;
 Doutrina Truman: política de contenção do socialismo
 1948 – Organização dos Estados Americanos (OEA): com o objetivo de promover a
cooperação regional contra qualquer invasão externa (URSS);
 1949 – Criação da OTAN;
 Influência econômica: Plano Marshall (Europa Ocidental), Plano Colombo (Ásia – Japão),
Aliança para o Progresso (1961 – América Latina – lembra a OPA de JK);
 Os países latino-americanos passaram a integrar uma estrutura de defesa estratégica contra
uma URSS;
 Doutrina Eisenhower
 Teoria do Efeito Domino: se qualquer país caísse sob a influência do comunismo, os países
circundantes também cairiam como se fossem uma fileira de peças de dominó em pé;
 Macartismo
 Constituiu-se como uma verdadeira campanha de perseguição aos comunistas em território
estadunidense → caça às bruxas;
 Líderes de massas (populistas) e suas políticas nacionalistas (nacionais-desenvolvimentistas)
foram identificados como um obstáculo para os EUA;

 1959 – REVOLUÇÃO CUBANA


 Emenda Platt:
 Os EUA contribuíram para a independência de Cuba no século XIX. Porém impuseram um
dispositivo legal que permitia ao país intervir na ilha sempre que seus interesses econômicos e políticos
na região fossem ameaçados.
 Além disso, assegurou aos EUA construírem uma base militar na baía de Guantánamo.
 O presidente Franklin Roosevelt abriu mão da Emenda Platt em 1934, dentro da recém-
formulada Política da Boa Vizinhança;
 Revolução:
 Liderada por Fidel Castro e Ernesto Che Guevara uma guerrilha campesina armada derrubou o
governo de Fulgencio Batista.
 1960: promoveu a nacionalização de empresas americanas instaladas em solo cubano. Eram
plantações de açúcar, minas e refinarias de petróleo.
 1961: os EUA rompem relações diplomáticas com Cuba e promove um embargo econômico
total;
 Cuba se aproxima da URSS;
 1962: Cuba é expulsa da OEA sob a acusação de disseminar a subversão pelo continente;
 1962: Crise dos Mísseis;
 Cresce o medo de uma “nova Cuba” → pensamento anti-comunista;

 REGIMES MILITARES NA AMÉRICA LATINA


 Décadas de 1960,70 e 80: ascensão de regimes militares apoiados pelos EUA:
Cap Antonio
 Fragilidade dos regimes existentes, diante das instabilidades sociais e políticas;
 Conter o comunismo;
 Consolidação da doutrina de segurança nacional;
 Onda: Brasil, Bolívia, Argentina, Peru, Panamá, Uruguai, Chile;

 MÉXICO
 1910-17: REVOLUÇÃO MEXICANA
 Revolução campesina e armada;
 Busca pela reforma agrária;
 Antecedentes
 Regime autoritário de Porfírio Díaz (1876 – 1910) → caudilhismo
 Autoritário / centralizador;
 ↑ Capital estrangeiro (exploração de petróleo + mineração);
 Manutenção dos latifúndios (explorados por estrangeiros);
 Exigência do título de posse: confisco das terras coletivas indígenas (ejidos) e venda aos
latifundiários;
 ↑ Repressão;
 ↑Insatisfação: elite + classe média + camponeses.
 Revolução
 1910: Díaz convoca eleições presidenciais e vence seu opositor liberal Francisco Madero, por
meio de eleições fraudulentas;
 Madero recebe apoio popular e de líderes revolucionários Pancho Villa (norte) e Emiliano
Zapata (sul);
 1911: Queda de Díaz (renuncia) e ascensão de Madero.
 1911: Plano Ayala
 Elaborado por Zapata, exigia a reforma agrária imediata e a previa a criação de um banco
para fornecer crédito aos agricultores;
 Marcada por golpes de Estado e forte instabilidade política;
 1917: Carranza assume o governo e reprime o movimento revolucionário;
 Constituição de 1917:
 Separação entre Igreja e Estado;
 Volta dos ejidos, porém controlados pelo Estado;
 Leis trabalhistas;
 Igualdade jurídica.
 Importância
 Inspirou outros movimentos de reforma agrária por toda a América Latina;
 A Revolução Mexicana foi um dos primeiros movimentos campesinos da América Latina,
influenciando outros processos semelhantes no século XX no subcontinente;

 1934-40: O POPULISMO DE CÁRDENAS → populismo


 O governo Cárdenas foi a maior expressão do populismo mexicano.
 Contrariando interesses do capital estrangeiro nos setores industrial e agrário, buscou criar sua
base de sustentação nos meios operário e camponês.
 O governo de Cárdenas nacionalizou ou colocou sob seu controle os setores básicos da
economia.
 Expropriou bens de companhias petrolíferas estrangeiras e, para isso, contou com o apoio de
trabalhadores nos campos petrolíferos.
Cap Antonio
 ARGENTINA
 1946-1955: PERONISMO
 Implantou um programa social chamado de Justicianismo, doutrina de cunho nacionalista,
inspirada no nazi-fascismo. Essa doutrina se apresentava em uma posição intermediário entre o
comunismo e o capitalismo;
 O apoio operário foi mantido por uma política social paternalista, administrada com eficiência
por Eva Peron, esposa do presidente;
 O governo intensificou o controle do Estado sobre a economia e nacionalizou os serviços
públicos;
 Liquidou a oposição, impondo o unipartidarismo e estatizou os meios de comunicação e os
sindicatos → desmantelamento das instituições democráticas;
 A partir de 1952, no segundo mandato: rompeu com a Igreja, instalou-se uma forte crise
econômica e ocorreram denúncias de corrupção;
 1955: Peron é derrubado pelos militares;
 1973: Peron retornou ao poder em 1973. Nesta composição tinha como vice-presidente a sua
esposa, Isabelita.
 1974: Peron faleceu, e sua esposa assumiu o governo. A situação econômica continuou grave,
com inflação alta, o que possibilitou novo golpe militar, executado pelos generais, em 1976.

 Regime militar (1962-1983)


 Possuiu uma alternância entre governos militares e governos civis;
 Governos militares:
 1955-58;
 1966-73;
 1976-83;

 Galtieri deixa o governo após derrota na Guerras das Malvinas;


 Julgamento e condenações no final do regime militar → desprestígio dos militares;

 CHILE
 O governo da Unidade Popular
 Unidade Popular: coligação formada por partidos comunistas, liderado por Salvador Allende,
que venceu as eleições chilenas em 1970 e iniciou a implementação de um programa com os seguintes
pontos:
 Nacionalização das empresas estrangeiras;
 Reforma agrária;
Cap Antonio
 Aumento dos salários;
 Desestabilização política e econômica;
 1973: o movimento militar derruba Salvador Allende e assume o governo;

 O regime militar de Pinochet


 Assumiu o poder do Chile e foi o governante desse país de 1973 até o ano de 1990, quando seu
governo chegou ao fim;
 Economia baseada no cobre;
 Aplicação de política neoliberal, com privatização e abertura para o mercado internacional;
 Diminuição dos direitos sociais que foram substituídos por programas assistencialistas para
determinados grupos de renda (sistema de voucher);
 Constituição de 1980: consolida o Estado Subsidiário. O Estado paga (subsidia) para quem
não consegue arcar com suas despesas. Ex.: sistema privado de financiamento da educação superior,
sistema de capitalização da previdência;
 Concertacion: grande acordo para passar o poder para os civis, sem alterar a estrutura
constitucional;
 1988: ocorre um plebiscito e os chilenos optaram pela não continuidade do governo de
Pinochet;
 1989: ocorreu uma eleição presidencial e, em 1990, assume um governante eleito;

Assunto 81. EUA: DE EISENHOWER A GEORGE W. H. BUSH.


 Examinar os principais acontecimentos políticos e econômicos ocorridos nos Estados Unidos
ao longo do século XX;

Assunto 82. RELAÇÕES INTERNACIONAIS


a. Os Estados Unidos e a América do Sul
b. As relações entre o Brasil e a América do Sul

 Comparar as relações dos EUA com o Brasil e com os outros Estados sul-americanos.

Assunto 83. OS CONFLITOS REGIONAIS NA AMÉRICA


a. A questão da Guiana Essequiba
b. O caso da Península da Guajíra
c. O conflito Peru-Equador (Alto Cenepa)
d. A Guerra do Pacífico e a questão da mediterraneidade da Bolívia ("rodeada por terra")guerr
e. A Guerra do Chaco
f. O Canal de Beagle (Chile x Argentina)
g. As Malvinas / Falkland
h. Ilha de Martin Garcia
i. Questão de Letícia
j. Triângulo de New River e plataforma marítima
k. A condição estratégica do Canal do Panamá

 Examinar os principais focos de antagonismo e conflito nas Américas e a situação atual;

 Analisar o envolvimento e a postura do Brasil perante tais conflitos regionais;


Cap Antonio

 A questão da Guiana Essequiba

 Nicolás Maduro tem voltado a reivindicar o Essequibo como território venezuelano;


 O principal motivo para isto foi a descoberta de petróleo no oceano localizado em águas
guianenses por parte da multinacional americana Exxon Mobil.
 Atualmente a Guiana importa todo seu petróleo dos vizinhos venezuelanos. A exploração das
novas jazidas no país poderia dar independência no produto a Georgetown, ao mesmo tempo que traria
um novo concorrente para exploração petrolífera regional.
 Além disso, alguns problemas ideológicos são bem evidentes. Maduro tem como principal
adversário em escala global os EUA, e o crescimento da influência americana no país vizinho, por meio
das suas multinacionais, pode atrapalhar o andamento de seu governo.

 1932-35 – Guerra do Chaco


 Conflito entre Paraguai e Bolívia;
 Este confronto foi motivado pelo domínio das supostas bacias de petróleo na Região do Chaco
e pela ambição bolivariana de alcançar a Bacia do Rio Paraguai e, consequentemente, uma saída para o
mar. Com o fim do conflito, o Paraguai se consagrou vencedor, ficando com a maior parte da região em
disputa. Assim, esse embate contribui para a crise econômica nos dois países inseridos na América
Latina.

 1959 – Revolução Cubana


 Em 1959, Fidel Castro liderou uma guerrilha campesina armada que depôs o presidente
Fulgencio Batista. Após a vitória da revolução, em1961, ocorreu uma aproximação entre governo cubano
com a URSS. Assim, uma onda revolucionária invadiu a AL, motivando guerrilhas armadas socialistas
por todo o subcontinente.

 Décadas de 1960-1970
 Nas décadas subsequentes, de 1960 a 1970, conflitos contra estas guerrilhas se espalharam pelo
subcontinente. Estes grupos armados utilizam-se de ataques terroristas para debilitar a estabilidade dos
países, a exemplo do Sandero Luminoso no Peru e a Guerrilha do Araguaia no Brasil. Dessa maneira,
para conter estes criminosos e o avanço do comunismo, se fortaleceu o poder militar da AL, o que
favoreceu a existência de regimes miliares no subcontinente.
Cap Antonio
 1982 – Guerra das Malvinas
 Conflito entre a Inglaterra e a Argentina;
 Com o intuito de ressuscitar o nacionalismo argentino, em 1982 o governo Argentino invadiu a
ilha que era habitada pelos britânicos. A contra ofensiva do Reino unido veio dias que culminou com a
derrota dos argentinos.
 Derrota argentina, o que contribuiu para queda do regime militar;

 1995 – Guerra do Cenepa


 Conflito entre Peru e Equador;
 O referido conflito ocorreu em 1995 na região conhecida como Alto Cenepa, na fronteira entre
Peru e Equador e remonta uma história conflituosa entre os dois países. O fim completo do conflito se deu
em 1998 pela Paz de Brasília, que contou com a mediação do Brasil e dos EUA e concluiu a demarcação
da fronteira em litigio.
 A região ainda hoje permanece inabitada, demonstrando que o conflito se constituiu apenas em
uma demonstração de poder e exaltação nacionalista.


Cap Antonio
UD 16 - A SEGUNDA REPÚBLICA (1945-1964)
Assunto 84. 1946-1951 – A redemocratização e o governo Dutra
a. O Plano SALTE
 Analisar as ações do governo Dutra no âmbito nacional. A Constituição de 1946. O
alinhamento automático com os EUA;
 Voto direto popular;
 Apoio dos militares, empresários e sindicatos trabalhistas;
 Política desenvolvimentista;
 Estímulos à industrialização e a modernização;

 DÉCADA DE 1950
 Expansão do polo urbano-industrial como eixo dinâmico da economia;
 Mudanças no uso e aproveitamento econômico da terra (aproximação campo-cidade) →
modernização política;
 Forte movimento social no campo;
 DÉCADA DE 1960
 Ampliação das contradições do período de expansão anterior;
 Organização dos novos atores sociais;
 Aprofundamento dos conflitos ideológicos;

 Guerra Fria
 EUA: bloco capitalista → bloco ocidental;
 Macartismo, Doutrina Truman e Tese do efeito dominó (Eisenhower)
 Ação imperialista dos grupos econômicos sediados nos EUA;
 1961: Ganha JFK, democrata e progressista, que vai retomar a linha política de Roosevelt →
Doutrina da boa vizinhança;
 1962: Crise dos Mísseis → acordo com a URSS;
 URSS: bloco socialista → bloco oriental;
Cap Antonio
 1959: Revolução Cubana e aproximação soviética;
 Disputa por posições e influências no mundo e conhecimento tecnológico;

 Disputas no Brasil

 PTB:
 Parte da classe média-baixa e média;
 Movimento operário e sindical;
 Estudantes e intelectuais e trabalhadores urbanos;
 Parte da burguesia nacional produtiva;
 UDN
 Parte da classe média-alta;
 Parte da burguesia nacional financeira;
 Oligarquias rurais;

 Forças Armadas
 Nacionalistas → setor legalista das Forças Armadas;
 Autonomia do âmbito das relações internacionais;
 Marechal Lott;
 “Entreguistas” → programa liberal-conservador;
 1949: ESG → segurança e desenvolvimento;
 Alinhamento com os EUA;
 Não descartavam a ruptura institucional;
 Castelo Branco;

 1946-1951 – GOVERNO DUTRA


 Contexto da Guerra Fria;
 Forças armadas como “Poder Moderador”;
 Forte polarização interna;
Cap Antonio
 ASPECTOS POLÍTICOS - Dutra
 Redemocratização;
 Eleições diretas para presidente;
 Manutenção do regime democrático;
 Relativa estabilidade política;
 Constituição de 1946-1967
 A nova carta constitucional estabeleceu as bases políticas de estabilidade e a segurança jurídica
para o processo de industrialização;
 Cunho liberal ou viés democrático;
 Voto direto popular;
 Republica Presidencialista Federativa com a democracia como regime político;
 Divisão dos três poderes;
 Mandato de 5 anos para presidente;
 Inspiração na Constituição de 1934
 Primeira Constituição sem inspiração estrangeira;
 Efetivou os direitos socias e trabalhistas;
 Extinguiu a pena de morte;
 Garantiu o pluripartidarismo;
 Intervenção do Estado na economia
 Função social da propriedade privada;
 Exploração do subsolo → autorização ou concessão federal para o aproveitamento dos
recursos, "na forma da lei" → possibilidade de capital estrangeiro → polêmica em torno do petróleo
(campanha o “O petróleo é nosso!”) → 1953: Vargas criou Petrobras e instituiu o monopólio estatal da
exploração, do refino e do transporte do petróleo;
 Ampliação do eleitorado → voto secreto e universal aos maiores de 18 anos, com exceção dos
analfabetos e praças → inclusão das mulheres alfabetizadas;
 Federalismo → descentralização;
 Eleições dissociadas para presidente e vice;
 Projeto de capital no Centro-Oeste;
 Aproximação da UDN:
 Ruptura com Vargas;
 1947: anticomunismo → repressão as greves, fechamento do PCB e cassação dos mandatos
comunistas no Parlamento;
 Polarização ideológica → capitalismo x comunismo → entreguistas x nacionalistas;
 Nacionalistas: favoráveis à continuidade das políticas econômicas desenvolvimentistas e do
pragmatismo diplomático face à bipolaridade;
 Grupos liberais: adesão econômica e diplomática voltada ao plano internacional capitalista,
foram taxados como “entreguistas”.
 1949: criação da Escola Superior de Guerra (ESG) → “binômio segurança e
desenvolvimento, defendendo para o país um projeto econômico de capitalismo associado ao bloco
internacional, nos quadros de uma Doutrina Interamericana de segurança anticomunista” → propunha
criar um desenvolvimento baseado na industrialização de forma a tornar o país cada vez mais autônomo
no capitalismo global;

 Política Externa
 Alinhamento sem recompensas → econômico e ideológico;
 A aproximação com os EUA proporcionou ambiente político favorável para a cooperação
norte-americana ao processo de industrialização nacional;
 Convergência político-ideológica com os EUA → alinhamento sem recompensas com os EUA;
Cap Antonio
 Alinhamento automático com os EUA → alinhamento sem recompensa → tentativa de
manter a aliança especial durante a II GM → alinhamento político aos EUA não foi correspondido por
recompensas econômicas;
 1947: anticomunismo → ruptura com a URSS e cassação do PCB;
 1947: Criação do TIAR → Tratado Interamericano de Assistência Recíproca → possível
interferência dos EUA em ameaças à paz e à segurança;
 1948: Missão Abbink → analisar os fatores que tendiam a promover ou a retardar o
desenvolvimento econômico brasileiro → recomendava-se o fim das políticas desenvolvimentistas do
período Vargas e a liberalização econômica do país.

 ASPECTOS ECONÔMICOS - Dutra


 Congelamento dos salários → controle da inflação;
 1947: Estatuto do Petróleo → Incentivou a produção e o refino do petróleo financiados
pelo Estado, mas também com subsídios estrangeiros → Campanha do Petróleo → “O petróleo é nosso!”
→ arquivado!
 Ficou marcado pelo fracasso da política liberal adotada, decorrente do alinhamento aos EUA →
abertura da economia ao capital estrangeiro e queima das reservas cambiais → crise econômica e inflação
→ Na tentativa de reabilitar o governo lançou o SALTE;
 1948: Plano SALTE;
 Plano de caráter desenvolvimentista;
 Saúde, Alimentação, Transporte e Energia → Rodovia Presidente Dutra;
 Importante vetor de desenvolvimento da economia brasileira;
 Abertura de importantes eixos rodoviários: Rodovia Presidente Dutra (Rios-São Paulo);
 Construção de usina hidrelétrica: início da construção da Usina Hidrelétrica de Paulo
Afonso;

 ASPECTOS PSICOSSSOCIAIS - Dutra


 Euforia pelo fim do Estado Novo e a abertura democrática e o fim da II GM;
 O sentimento nacionalista estava em alta gerando uma estranha sensação de pertença a uma
entidade nacional maior do que os regionalismos separatistas que marcaram a Primeira República;

Assunto 85. Os Partidos Políticos


a. PSD, UDN, PTB e o arranjo de poder na República Nova
 Compreender os principais grupos políticos e suas perspectivas perante o Estado Brasileiro;
 1945: nova lei eleitoral brasileira, por meio de um decreto-lei de Vargas => Lei Agamenon;
 Assim, agremiação partidária interessada a concorrer a cargos políticos no país deveria possuir,
obrigatoriamente, um caráter nacional. Dessa maneira, apenas três se destacariam em âmbito nacional nas
décadas seguintes:
 PTB: Partido Trabalhista Brasileiro → Vargas e João Goulart → classe trabalhadora;
 PSD: Partido Social Democrático → JK → oligarquias rurais → precisava do PTB para ter
bons resultados (partidos fisiológicos);
 PCB: Parido Comunista do Brasil → Carlos Prestes → 1922 até 1935 e 1945 até 1947
 UDN: União Democrática Nacional → Carlos Lacerda → apoio nas classes médias urbanas →
caça aos comunistas;
 Polarização: PTB versus UDN
 A dobradinha PSD-PTB ajudou a traçar os horizontes políticos do país até o movimento de 1964
→ “O PTB é o PSD de macacão e o PSD o PTB de casaca”;
Cap Antonio

 Partido Social Progressista (PSP) → partido de peso intermediário, fundado por Ademar de
Barros, um político populista paulista que fora, no Estado Novo, interventor de São Paulo → o seu apoio
sempre fora requerido pelos três grandes;
 Partido Comunista do Brasil (PCB) → fundado em 1922 e colocado na ilegalidade em 1935 por
ser uma filiar na Internacional Comunista → voltou a existir em 1945 com Carlos Prestes → ilegalidade
em 1947 → membros migraram para o PTB
Assunto 86. O segundo governo Vargas (1951 – 1954)
a. Nacionalismo e democracia
b. A arrancada para a industrialização
c. Projetos de desenvolvimento do Brasil: CEPAL, ISEB e ESG
d. Plano Lafer

 Explicar as alternativas políticas e econômicas para o desenvolvimento brasileiro;


 1951-1954 – GOVERNO VARGAS
 ASPECTOS POLÍTICOS - Vargas
 Alinhamento com o populista paulista Ademar de Barros;
 Manutenção da estabilidade política por meio do populismo → o que gerou confiança e de
esperança no futuro entre os brasileiros, proporcionando um clima geral de otimismo;
 Tentativa de retomada do binômio nacionalismo-trabalhismo do Estado Novo → Vargas tenta
se manter como arbítrio entre as forças sociais → novos tempos e novas tecnologias → força política
menor;
 1951-1952 – Tentativa de retomada da barganha nacionalista com os EUA;
 1951: Comissão Mista Brasil-EUA (CMBEU) → elaborar projetos específicos favoráveis ao
desenvolvimento do potencial econômico brasileiro. A prioridade caberia aos setores de transportes e de
energia, “pontos de estrangulamento” mais sensíveis da economia, e ainda ao setor da agricultura.
 1952: Acordo militar Brasil-EUA → dependência do Brasil em relação às tecnologias dos
EUA na área militar;
 1952-1954 – Abandono da barganha com os EUA e fase nacionalista (1952-1954)
 1952: Fundação do BNDE: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
 Brasil recusa-se a enviar tropas para a Guerra da Coreia (1950-1953);
Cap Antonio
 Adoção de medidas econômicas que desagradaram aos EUA: nacionalização dos recursos
naturais, criação de monopólios estatais e lei de remessa de lucros;
 1953: Petrobras e monopólio do petróleo;
 Protecionismo alfandegário e cambial → Instrução 70 da Sumoc (Superintendência da
Moeda e do Crédito → embrião do Bacen);
 Aliança entre o PTB e o PSD → frágil coalização pró-Vargas no Congresso;
 1953: um ano cheio de greves e mobilizações
 Greve dos 300 mil, em São Paulo;
 Greve dos marítimos, no Rio de Janeiro;
 Carlos Lacerda → UDN → jornal Tribuna da Imprensa: discurso de moralização da política
→ defendeu a interferência dos militares na vida política do país;
 1954: o país estava politicamente divido → Vargas isolado;

 ASPECTOS ECONÔMICOS-Vargas
 1951 – Plano Lafer
 Plano quinquenal e prometia investimentos de até US$ 1 bilhão para desenvolver a
indústria de base, a produção de energia e os transportes.
 Impulsionou a economia industrial com o Estado tendo um papel central;
 Desafio: vencer a inflação sem deixar a classe trabalhadora de lado → aumento dos juros;
 Abertura de importantes eixos rodoviários: Rodovia Fernão Dias;
 Construção de usina hidrelétrica: Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso;
 1952 – Banco Nacional do Desenvolvimento - BNDE
 1953 – Criação da Petrobrás e instituição do monopólio estatal na extração e refino do petróleo.
 1954 – Proposta para criação da Eletrobrás → O projeto enfrentou grande oposição e só foi
aprovado após sete anos de tramitação no Congresso Nacional, em 1961;
 Aumento de 100% do salário mínimo;
Assunto 87. A crise de 1954 e as instituições republicanas
a. O papel dos militares e as crises institucionais
 Examinar a crise de 1954;
 Crise do salário-mínimo:
 Salário-mínimo estava com seu poder de compra consideravelmente desgastado a partir de
Dutra;
 Proposta de João Goulart, no início do mandato de Vargas, de 100% de aumento do salário-
mínimo;
 Vargas demite Goulart diante das pressões e insatisfação dos empresários, mas implementa o
aumento proposto;
 Resultado: Vargas descontenta os dois lados (PTB e empresários)

 Questão do petróleo:
 Constituição de 1946: estabelecia que o subsolo pertence ao Estado, mas o Estado pode
fornecer concessões → possível presença de capital estrangeiro → a questão do petróleo ganha
mobilização nacional, com ampla aprovação popular: “O petróleo é nosso”;
 1953 – Monopólio da Petrobras no petróleo irrita os setores ligados ao capital internacional;

 Ataques da imprensa contra Vargas:


 Monopólio anti-Vargas na imprensa;
Cap Antonio
 Ativismo da Tribuna da Imprensa (Carlos Lacerda): acusações de corrupção e de nepotismo
contra Vargas;
 CPI do Última Hora: por ser o único jornal varguista, sofreu acusações de financiamento de
Vargas ao jornal e de que Samuel Wainer, o proprietário do periódico, não era brasileiro → o que era
proibido pela legislação da época;

 1954 – Atentado da Rua Toneleros:


 Tentativa frustrada de Gregório Fortunato de realizar um atentado para matar Lacerda, mas
acaba com a morte do major Rubens Vaz, atingiu a instituição da Aeronáutica (“República do Galeão “);

 24/08/1954: suicídio de Vargas;


 Onda inacreditável de popularidade póstuma ao presidente (“Carnaval da Tristeza”);

 1954-1955 – Governo de Café Filho – vice de Vargas


 Medidas liberais → interesses da elite industrial e favoreceu o investimento estrangeiro no
Brasil e facilitou a atuação de multinacionais no país;
 Retomada das linhas liberais e americanistas do governo Dutra;
 Out/1955: Juscelino Kubitschek ganha as eleições presidenciais → disputa acirrada;
 Nov/1955: Café Filho é afastado por motivos de saúde → Assume Carlos Luz (Presidente da
Câmara);
 Postura claramente golpista e anti-JK de Carlos Luz → Golpe Preventivo de Lott;
 O jornalista Carlos Lacerda iniciou a campanha: “Não podem tomar posse, não devem
tomar, nem tomarão posse”;

 Novembro-1955 – Golpe preventivo de Lott


 Golpe preventivo do General Lott para depor Carlos Luz;
 Assume o presidente do Senado Nereu Ramos;
 O Congresso Nacional aprova um estado de sítio que vigora até a posse de JK, em 31 jan de
1956;
 A UDN não conseguiu ocupar o espaço político eleitoral deixado por Vargas → passa a
defender uma intervenção militar na política;

Assunto 88. 1956-1961 – Juscelino Kubitschek


a. Novos marcos do desenvolvimento nacional
b. Brasília: capital estratégica
d. A integração no sistema ocidental
e. O desenvolvimentismo e o Plano de Metas

 Compreender o “Plano de Metas” de Juscelino, apontando seus reflexos para o


desenvolvimento econômico nacional;
 1956-1962 – JUSCELINO KUBITSCHEK
 ASPECTOS POLÍTICOS - JK
 Princípio: desenvolvimento e ordem (conciliação política)
 Estabilidade jurídica, graças à sua habilidade de negociação;
 Ampla conciliação política
Cap Antonio
 Aliança PTB-PSD com maioria no Congresso:
 Estabilidade política permitiu a implementação da política econômica de JK.
 Enorme capacidade de conciliação de JK;
 Cooptação das Forças Armadas:
 Incorporação de militares em cargos estratégicos do Executivo.
 Exército: manutenção de Lott no Ministério da Guerra manteve a força sob controle.
 Marinha: modernização da frota (porta-aviões Minas Gerais).
 Aeronáutica: anistia aos revoltosos de Aragarças (1956) e Jacareacanga (1959).
 Tolerância em relação à oposição:
 Oposição no Congresso: Carlos Lacerda e a “banda de música” da UDN;
 A direita adotava manobras obstrucionistas, e por ser minoria no Congresso, causava mais
barulho do que incômodo político.
 Francisco Julião e as Ligas Camponesas (“reforma agrária na lei ou na marra”).
 Movimento operário: interlocução do vice Jango com os sindicatos;
 Não repressão ao PCB;
 Dissidências na UDN (“ala bossa nova”) e no PSD (“ala moça”);
 Política econômica foi ponto fundamental para arregimentar apoio partidário:
 PSD: renovação dos quadros;
 PTB: presença de Jango no governo;
 UDN: apoio ao capital estrangeiro.
 Constituição de conselhos executivos para “bypassar” a burocracia estatal;
 Garantiu uma agilidade decisória que contribui na implantação de políticas, principalmente no
plano econômico.

 ASPECTOS ECONÔMICOS - JK
 A união de forças políticas incrementou o processo de industrialização;
 Visão mais sofisticada do nacional-desenvolvimentismo, aberto aos investimentos estrangeiros
nos diversos setores da econômica;
 Aprofundamento do tripé econômico do nacional-desenvolvimentismo:
 Estado (infraestrutura): financiamento por empréstimos e por emissão de moeda →
endividamento externo e inflação;
 Capital internacional (bens duráveis): atração de multinacionais por meio da Instrução 113
da SUMOC;
 Capital privado nacional (bens não duráveis): atendeu aos anseios da burguesia nacional;
 Nesse período houve uma vertiginosa inauguração de plantas na indústria automobilística;
 Plano de Metas (“cinquenta anos em cinco!”):
 Setores prioritários: transporte, energia, educação, indústria de base, alimentação (TEEIA);
 Brasília como meta síntese;
 Construção civil → construção de Brasília e de estradas;
 Objetivou a superação de obstáculos estruturais que dificultavam o desenvolvimento da
industrialização nacional;
 Abertura de importantes eixos rodoviários: Belém-Brasília e Regis Bittencourt (São Paulo-
Curitiba);
o As rodovias permitiram a integração dos mercados regionais e o escoamento da produção
em âmbito nacional, impulsionando o processo de industrialização do país;
 Construção de usinas hidrelétricas: Furnas e Três Marias;
Cap Antonio
o O significativo aumento da oferta de energia elétrica viabilizou o processo de
industrialização brasileiro;
 Resultado: grande déficit público, inflação e acusações de corrupção;

 1960 – A construção de Brasília


 Contribuiu para alavancar a industrialização nacional e permitir a interiorização desse processo;
 Meta síntese do governo JK;
 Símbolo do progresso, da democracia e da modernidade do Brasil para o mundo;
 Razões para a construção:
 Hipótese militar-geopolítica:
o Capital no interior é mais fácil de defender do que o Rio de Janeiro;
o Entrou em descrédito devido às armas nucleares e a aviação a jato.
 Ocupação do vazio demográfico do Centro-Oeste
 Favorecimento da integração regional:
o Capital no centro geográfico do País;
o Nessa época, a ligação entre cidades era bastante precária.
 Isolamento político:
o Insularização dos políticos em relação às pressões populares;
o Longe das grandes metrópoles;
o Grande espaço livre em Brasília.

 POLÍTICA EXTERNA - JK
 Contexto internacional favorável ao Brasil:
 Coexistência pacífica entre EUA e URSS, recuperação econômica da Europa e do Japão e
descolonização afroasiática.
 Momento de afirmação do Brasil como potência industrial no cenário internacional;
 A Europa não era uma parceira nova, porém com o pós-guerra, a parceria se renovou;
Cap Antonio
 Ambiguidade em relação ao imperialismo/colonialismo:
 Discurso contra as potências imperialistas versus Leniência com o colonialismo português
na ONU;
 Reatamento comercial com a URSS;
 1958: Operação Panamericana (OPA):
 Plano Marshall para a América Latina;
 Tinha como objetivo atrair a atenção dos EUA para a necessidade de apoio no
desenvolvimento da América Latina;
o Lógica da segurança econômica coletiva (“pobreza gera subversão”);
o Tentativa de viabilizar recursos para o desenvolvimento da América Latina;
o Fracassada no curto prazo: recepção fria de Eisenhower;
o Desdobramentos no médio prazo: Aliança para o Progresso (1961, Kennedy - Programa
de assistência ao desenvolvimento socioeconômico da América Latina n), BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento) e ALALC (Associação Latino-Americana de Livre Comércio).
 1959: Rompimento com o FMI:
 Decorrente do fracasso das políticas monetaristas de Lucas Lopes (Ministro da Fazenda)
 Ruptura foi extraordinariamente popular no âmbito interno;
 Medida com caráter de política interna, não teve grandes consequências no plano
econômico.

 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS - JK
 Momento de euforia e de otimismo
 Brasil rompendo com o complexo de vira-lata e mostrando seu potencial.
 Conquista da Copa do Mundo de Futebol de 1958
 Música:
 Bossa nova (RJ): mistura de música popular e jazz.
 “Chega de Saudade” (João Gilberto).
 Mistura da MPB com o jazz representativa do governo JK (Brasil + EUA).
 Cinema como “nota dissonante” no momento de euforia:
 Críticas à herança maldita de JK: negligência às questões sociais.
 Cinema Novo:
o Elemento claro de crítica social;
o Privilegiou as questões sociais do Nordeste brasileiro, pois a região alimentou a mão de
obra para a urbanização do sudeste e do centro-oeste.
 Negligência da questão social:
 Principalmente no Nordeste: apesar da criação da Sudene;
 Êxodo rural e urbanização intensa e desordenada;
 Negligência em relação à saúde, educação, alimentação, habitação.

 CONSEQUÊNCIAS E LEGADO - JK
 Historiografia enfatiza as consequências negativas:
 “Herança maldita” do governo JK.
 Industrialização e urbanização:
 De país agrário-rural para país urbano-industrial.
 Desequilíbrios macroeconômicos:
 Endividamento externo;
Cap Antonio
 Inflação.
 Rodoviarismo:
 Consagração do modelo de transporte rodoviário: contexto de instalação da indústria
automobilística;
 Críticas de geógrafos e de economistas: aumento do “custo Brasil”.
 Negligência da questão social:
 Principalmente no Nordeste: apesar da criação da Sudene;
 Êxodo rural e urbanização intensa e desordenada;
 Negligência em relação à saúde, educação, alimentação, habitação.

Assunto 89. O governo Jânio Quadros e a crise da coalizão conservadora


a. As atitudes excêntricas do presidente
b. O processo de desgaste político
c. Renúncia e crise institucional
 Analisar o governo de Jânio Quadros e as medidas tomadas em relação à política externa e
suas consequências para o contexto nacional;

 1961 – JÂNIO QUADRO


 ASPECTOS POLÍTICOS - Jânio
 1960 – Eleições:
 Jânio Quadros (PTN/UDN) e Marechal Teixeira Lott (PSD/PTB);
 Jânio Quadros: campanha “Varre, varre, vassourinha” → campanha de eliminação da
corrupção;
 Vitória de Jânio Quadros (PTN) para presidente e João Goulart (PTB) para vice;
 Ministério de maioria udenista e conservadora;
 Fortalecimento dos movimentos sociais → Ligas Camponesas;
 Medidas impopulares e irrelevantes:
 Proibiu o uso de biquínis em praias e piscinas do território nacional por decreto lei;
 Suspensão das rinhas de galo e interdição do uso de lança perfume;
 Proibição das corridas de cavalos em dias úteis;
 25 agosto 1961: renúncia de Jânio Quadros → PEI + medidas impopulares + crise econômica =
aumento da oposição (burguesia, Forças Armadas e trabalhadores);

 Política Externa Independente - PEI


 Não alinhamento aos blocos da Guerra Fria → ampliar o mercado externo para os produtos
brasileiros;
 Acontecimentos:
 Viagem do vice-presidente, Jango, à RPC → o Brasil reconhecia Taiwan na época;
 Visita e condecoração de Che Guevara;
 Restabelecimento de relações com países do leste-Europeu;

 ASPECTOS ECONÔMICOS - Jânio


 Implantou ações de austeridade, com o intuito de conter a inflação e o endividamento estatal;
 Política interna de austeridade:
 Política anti-inflacionária → reaproximação com o FMI;
Cap Antonio
o Reduziu gastos públicos;
o Restringiu crédito;
o Congelamento dos salários;
o Desvalorização da moeda, de acordo com a Instrução 204 da Superintendência da
Moeda e do Crédito (SUMOC);
o Resultado → fracasso → ↑ crise econômica;
 Crise financeira
 Aumento da inflação;
 Aumento da dívida externa;
 Aumento do déficit orçamentário;
Assunto 90. Os sindicalismos urbano e rural
a. Entre a reforma e a revolução
 Examinar os movimentos sindicais do período e o fenômeno do populismo, debatendo as
relações: trabalhadores e Estado;

Assunto 91. 1961-1964 – João Goulart


a. As reformas e a radicalização do trabalhismo
b. A crise econômica: a inflação e o desenvolvimento
c. O alinhamento ideológico pró-China Comunista"
 Analisar o governo de João Goulart e os rumos de sua política que tiveram como
consequência a crise institucional;

 1961-1964 – JOÃO GOULART


 ASPECTOS POLÍTICOS - Jango
 Na renúncia de Jânio Quadros:
 O vice-presidente João Goulart estava em visita oficial à República Popular da China → Jango
comunista!
 Impasse político: militares e UDN se opunham à posse de Jango;
o Carlos Lacerda;
o Elite industrial associada ao capital financeiro do EUA;
o Militares da ESG → Doutrina de Segurança Nacional;
 Campanha da Legalidade;
Cap Antonio

o Legalistas → Leonel Brizola;

 Campanha da Legalidade
 1961: Emenda Constitucional
 Instituição do Parlamentarismo;
 Jango com poderes limitados.
 Primeiro Ministro: Tancredo Neves;
 1963: Plebiscito → retorno ao presidencialismo.
 A polarização ideológica se intensificou;
 Alta tensão entre os poderes → afastamento entre o Executivo e o Legislativo → as reformas de
Jango não eram aprovadas no Congresso → isolamento político;
 Forte instabilidade política;
 Recorreu à permanente mobilização das classes populares a fim de obter apoio social ao seu
governo;

 Política Externa Independente - PEI


 1961 – Reata as relações diplomáticas com a URSS;
 1962 – Abstenção da votação da OEA para suspensão de Cuba;
 Lei de Remessa de Lucros;
 Encampação de empresas norte-americanas (refinarias de petróleo);

 ASPECTOS ECONÔMICOS→ Jango → nacional-reformista


 Abandonou o programa de austeridade econômica, concedendo reajustes salarias e aumentos do
salário mínimo;
 Crise financeira:
 Alta inflação e baixo crescimento econômico, aliados a dívida externa;
 Plano Trienal:
 Promover melhor distribuição das riquezas nacionais, desapropriando os latifúndios
improdutivos para defender interesses sociais;
 Nacionalizar as refinarias particulares de petróleo;
 Reduzir a dívida externa brasileira;
Cap Antonio
 Diminuir a inflação e manter o crescimento econômico sem sacrificar exclusivamente os
trabalhadores;
 Lei de Remessa de Lucros
 A Lei de Remessa de Lucros começou a ser discutida ainda no governo Jânio Quadros, em
1961. Após uma turbulenta passagem pelo Congresso, ela foi aprovada em 1962 e regulamentada por
João Goulart no início de 1964. As novas medidas restritivas ao capital estrangeiro e a instabilidade
política (alimentada pela própria Lei de Remessas) resultou na queda do volume de investimentos
externos no Brasil em 40% em um ano — de US$ 150 milhões, média anual desde 1956, para menos de
US$ 90 milhões em 1963.
 Reformas de Base → anunciadas no Comício da Central em 13 março de 1964;
 Reforma Agrária: combater os latifúndios improdutivos;
 Reforma Urbana: aprovar uma lei do inquilinato que favorecesse os inquilinos;
 Reforma Educacional: aumentar o número de escolas públicas e combater o analfabetismo;
 Reforma Eleitoral: permitir que os analfabetos pudessem votar e legalização do PCB;
 Reforma Tributária: aumentar os impostos sobre os mais ricos;
 Resultado: aumento da oposição de setores conservadores → fracasso.
 Aumento da Oposição:
 Latifundiários;
 Empresários;
 Igreja (ala conservadora);
 Militares;
 Classe média.

 31 MARÇO 1964 – MOVIMENTO CÍVICO-MILITAR


 13 março → Comício da Central do Brasil → radicalização;
 19 março → Marcha da família com Deus pela liberdade → contra a ameaça comunista de
Jango;
 25 março → Revolta do Marinheiros → sindicalização e motim de marinheiros → Jango anistia
os revoltosos → quebra da hierarquia e disciplina;
 30 março → Comício no Automóvel Clube → Jango discursa para sargentos militares
insuflando a quebra da hierarquia e da disciplina;
 31 março → Movimento Cívico-Militar;

Assunto 92. A Política Externa Independente em face a Guerra Fria


a. O Pan-Americanismo, a Aliança para o Progresso e o Movimento dos Não-Alinhados;
 Analisar o governo de João Goulart e os rumos de sua política que tiveram como
consequência a crise institucional;

UD 17 - ÁFRICA: DA DESCOLONIZAÇÃO AO FINAL DO SÉCULO XX


Assunto 93. A crise do colonialismo europeu na África pós-1945
 Comparar a crise do colonialismo na África com os acontecimentos decorrentes da II
Guerra Mundial;

 CRISE DO NEOCOLONIALISMO → pós-II GM → ápice 1960-70;


Cap Antonio
 Crise econômica europeia e incapacidade de manter o controle militar das colônias;
 Enfraquecimentos dos países europeus;
 Consciência anticolonialistas e anti-imperialista;
 Criação da ONU: tornou-se um fórum anticolonialista, com o discurso da autodeterminação dos
povos, e isso gerou uma pressão constante para os países europeus aceitarem as independências;
 Surgimento de movimentos emancipacionistas (frentes de libertação nacional);
 Disputa da URSS e dos EUA por áreas de influência;
 1955: Conferência de Bandung → movimento dos não alinhados → pan-africanismo →
fortaleceu a descolonização;
 Acontecimento na luta contra a dominação colonialista e, ao mesmo, tempo contra as
influências da URSS e EUA;
 Organização dos chamados “países do terceiro mundo”;
 França: conflitos armados na Indochina e na Argélia;
 Inglaterra: priorizou a assinatura de acordos;

Assunto 94.O processo de formação dos países africanos


a. A questão das fronteiras e os conflitos étnicos
 Analisar o processo de formação dos atuais países da África Negra;

 A Conferência de Berlim (1884-1885) delimitou regras e acordos durante a ocupação do


continente africano pelas potências europeias.
 A Partilha da África foi uma divisão arbitrária, não respeitando as características étnicas e
culturais de cada povo. Tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas foram reunidas, o que ainda
contribuiu para muitos conflitos atuais no continente africano;

Assunto 95. O PROC. DE INDEP. DAS PROVÍNCIAS ULTRAMARINAS PORT. NA ÁFRICA


Assunto 96. A formação dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)
 Analisar o processo de independência das províncias ultramarinas portuguesas na África e
as relações estabelecidas entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e a
Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP);

Assunto 97. A África do Sul e o Regime do Apartheid


 Analisar a evolução da história da África do Sul. A minoria branca e o Apartheid, Mandela
e a nova África do Sul;

Assunto 98. As relações Brasil-África e a cooperação Sul Atlântica no século XX


 Examinar as relações históricas entre o Brasil e a África, destacando seu papel para o
projeto brasileiro de inserção internacional;
Cap Antonio
UD 18 - OS GOVERNOS DE PRESIDENTES MILITARES (1964-1985)
Assunto 99. A crise do trabalhismo, a radicalização da esquerda e o Mov. Cívico-Militar de 1964
 Analisar o processo histórico de intervenções militares no Brasil;

Assunto 100. As relações entre os governos de presidentes militares e os partidos políticos


Assunto 101. O papel da ESG e os projetos de desenvolvimento
 Examinar as principais forças de sustentação do novo regime a partir de 1964;

Assunto 102. Entre Castello e Costa e Silva


Assunto 103. O AI-2 e o bipartidarismo: ARENA e MDB
 Compreender o embate entre a “linha dura” e a “linha moderada” nas Forças Armadas e a
consolidação do regime;

Assunto 104. A junta militar e o governo Médici


a. A esquerda revolucionária, a luta armada e o endurecimento do regime
Assunto 105. O Milagre Econômico
Assunto 106. Classes médias e consumo
 Apresentar as alternativas econômicas do período e os possíveis alinhamentos;
 Comparar as diferenças entre a política econômica adotada por Castello Branco e a que
resultou no “milagre” econômico no governo Médici;

Assunto 107. O governo Geisel


a. Projeto de modernização: o avanço tecnológico e a opção nuclear
Assunto 108. O governo Figueiredo
a. Abertura democrática, crise e estagnação
 Analisar a engenharia da transição para a Nova República (pós-1985);

Assunto 109. A Política Externa


a. Do Alinhamento Automático ao Pragmatismo Responsável
 Expor as mudanças nas relações internacionais brasileiras;

Assunto 110. Os novos atores sociais e políticos


a. Igreja, movimentos sociais e o novo sindicalismo
b. Do sindicalismo rural aos movimentos de luta pela terra
Cap Antonio
 Comparar os movimentos sindicais do período populista com o novo sindicalismo paulista
dos anos 70 e 80;

 PERIODIZAÇÃO

 Eleições para presidente eram indiretas;


 1985-1988 – A Constituição de 1967 ainda estava vigente → redemocratização;
 1988: A Constituição Cidadã;

 1964-1967 – GOVERNO CASTELO BRANCO


 Economia
 Situação: aumento da inflação e baixo crescimento econômico;
 PAEG (Programa de Ação Econômica do Governo) → as bases para o crescimento
econômico: controlar a inflação e proporcionar crescimento econômico do país;
 Austeridade fiscal;
 Corte de gastos;
 Aumento de tarifas e impostos
 Redução da oferta de crédito;
 Renegociação da dívida externa e empréstimos com o FMI → corte de salários e liberação
das remessas de lucros para o estrangeiro, a qual havia sido restringida por João Goulart;
 Atração de investimentos estrangeiros;
 Restauração da credibilidade internacional do país;
 1964: Criação do Sistema Financeiro de Habitação – SFH → facilitar o acesso ao
financiamento de construção, aquisição ou reforma de imóveis;
 1964: Criação do Banco Central → o banco dos bancos, passou a gerenciar, regular e
fiscalizar o sistema financeiro o a moeda nacional;
Cap Antonio
 1966: Criação do FGTS → permitiu a flexibilização dos contratos de trabalho (tornou letra
morta a estabilidade empregatícia no setor privado que ocorria após 10 anos) e o financiamento da
construção de imóveis;
 1966 – Operação Amazônia: integrar para não entregar;
 Criação da SUDAM;
 Incentivos fiscais;
 1967: Criação da Zona Franca de Manaus;
 Política
 Apoio dos EUA com a Doutrina de Segurança Nacional, a qual visava o combate do
comunismo → aproximação com os EUA → PEB: interdependência;
 1964: Criação do SNI (Serviço Nacional de Informação): coordenar, em todo o território
nacional, as atividades de informação e contra informação, em particular as que interessem à Segurança
Nacional.
 1964: Estatuto da Terra → execução da Reforma Agrária e promoção da Política Agrícola;
 1966: Criação da Frente Ampla, reunindo o conservador Carlos Lacerda e seus antigos
adversários de centro à esquerda Juscelino Kubitschek e João Goulart;
 1967: Promulgação da Constituição Federal de 1967;
 1967: Lei de Segurança Nacional → típica o os crimes contra a segurança nacional;
 Política Externa:
 Política externa dos círculos concêntricos;
 Segurança nacional e integração continental, com forte alinhamento aos norte-americanos no
combate ao comunismo.
 Assim, também seria denominada a política externa de “um passo fora da cadência”, pois,
desde 1961, e nos governos miliares posteriores existirá uma forte tendência ao universalismo;
 1964 – Rompe relações com Cuba → “mas não com a URSS: há um universalismo
inevitável”
 1965 – Atuação militar na República Dominicana ao lado dos EUA

 Os Atos Institucionais → ato jurídico com valor de lei;


 1964 – AI-1
 Modificou a Constituição em vigor, a de 1946;
 Atribui maior autonomia ao poder executivo;
 Cassação de mandatos;
 Suspensão de direitos políticos (10 anos);
 Demissões de funcionários públicos ou aposentadorias compulsórias;
 Expurgo nas Forças Armadas → ligação com o comunismo → fortalecimento das
guerrilhas;
 1965 – AI-2
 Eleição indireta para presidente;
 Bipartidarismo:
o ARENA (Aliança Renovadora Nacional) → situação;
o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) → oposição;
Cap Antonio

 1966 – AI-3
 Eleições indiretas para governador e vice;
 Os prefeitos das capitais passaram a ser indicados pelos governadores (com aprovação da
Assembleia Legislativa).
 1966 – AI-4
 Elaboração de uma nova Constituição: convocação do Congresso para votação e
promulgação do projeto constituinte;

 Constituição de 1967 - PROMULGADA


 Preparada pelo Poder Executivo e aprovada pelo Congresso, possibilitou:
 A preservação do regime;
 O combate à corrupção;
 O controle da inflação;
 A retomada do desenvolvimento;

 Doutrina de Segurança Nacional


 1967 – Lei de Segurança Nacional:
 Censura (Lei de Imprensa-1967);
 Apreensão de edições de jornais e revistas;
 Prisão de grevistas;
 Repressão policial aos sindicatos e à UNE.

 1967-1969 – GOVERNO COSTA E SILVA → “linha dura”


 Economia
 A política econômica mais austera de Castelo Branco permitiu a Costa e Silva dar início a uma
política econômica desenvolvimentista;
 Além disso, a política econômica de Costa e Silva visava estimular o consumo e o
investimento público.
 PED: Programa Estratégico de Desenvolvimento → Delfim Neto
 Eliminar os pontos de estrangulamento da infraestrutura;
 Preconizava o desenvolvimento simultâneo e harmônico da agricultura, da indústria e dos
setores de infraestrutura econômica (energia, transportes e comunicações) e social (educação,
habitação, saúde e saneamento), com o objetivo de diversificar as fontes de dinamismo de nossa
economia, elevar o nível de emprego e promover a expansão do mercado interno;
Cap Antonio
 Essa política inaugurada por Costa e Silva em 1967 deu nascimento ao período conhecido
como “milagre econômico”, que se estendeu de 1968 a 1973.
 Tal período ficou caracterizado por um rápido aquecimento da economia e índices de
crescimento econômico bastante elevados.
 Subsídio governamental;
 Diversificação das exportações;
 Desnacionalização da economia com a entrada crescente de empresas estrangeiras no
mercado;

 Política
 Fechamento do Congresso;
 Fiscalização da imprensa;
 Aumento dos movimentos opositores:
 Passeatas de estudantes;
 1968: Realização de greves gerais (Contagem/MG e Osasco/SP);
 1968: Passeata dos Cem Mil (Rio de Janeiro/RJ)
 Clero progressista (D. Helder Câmara – bispo de Olinda);
 1968: Aparecimento da luta armada:
 Agitações estudantis e contestações por todo o mundo → Movimento da Contracultura;
 Ações armadas de grupos guerrilheiros e terroristas de esquerda em todos os continentes;
 Esquerda radical → foquismo: é o nome dado à teoria revolucionária desenvolvida pelo
guerrilheiro argentino Chê Guevara e o sociólogo francês Regis Debray (amigo do primeiro) na segunda
metade da década de 1960. O termo “foquismo” deriva da palavra “foco”, já que tal teoria advogava a
instalação de vários focos de guerrilha nas zonas rurais dos países latino-americanos, de modo que esses
focos pudessem, paulatinamente:
 Ganhar a adesão das massas;
 Destruir ou submeter o poder das Forças Armadas;
 Constituir um governo revolucionário de caráter socialista.
 Facções revolucionárias de orientação comunista que atuaram no Brasil:
 MR-8: Movimento Revolucionário 8 de Outubro;
 ALN: Ação Libertadora Nacional → Carlos Marighela;
 VPR: Vanguarda Popular Revolucionária → Carlos Lamarca.
 1968 – Discurso do deputado Márcio Moreira Alves (MDB-RJ)
 Ofensivo contra as Forças Armadas e contra o sete de setembro → militares exigem cassação;
 A Câmara dos Deputados não autoriza a abertura do processo contra o deputado;
 1968 – AI-5
 Intuito de manter a ordem e propiciar a estabilidade necessária para o crescimento econômico,
na defesa das instituições e com a finalidade de impedir o caos face a uma conjuntura internacional
adversa;
 Previa, como prerrogativas do presidente:
 Decretar o recesso do congresso, das assembleias estaduais e das câmaras municipais →
Recesso do Legislativo;
 Intervenção em Estados e Municípios considerados estratégicos;
 Suspender direitos políticos de qualquer cidadão;
 Agosto 1969:
 Costa e Silva adoece e é afastado;
Cap Antonio
 Vice Pedro Aleixo é impedido de assumir por possuir ideologias contrárias ao progresso
nacional;
 Junta militar assume o poder entre agosto e outubro, quando Médici é eleito presidente do país;
 Política Externa:
 Diplomacia da Prosperidade
 Pautou-se pelo binômio “Desenvolvimento e Segurança”, invertendo a ordem do binômio do
seu antecessor, acreditando assim que somente com o pleno desenvolvimento interno do país chegar-se-ia
à segurança ideal contra o comunismo.
 Engajamento com o Terceiro Mundo;
 1968: Visita de Indira Gandhi ao Brasil e Acordo Comercial Brasil-Índia;
 Ênfase no multilateralismo latino-americano e mundial;
 1964: G-77 → grupos dos países em desenvolvimento → Índia e Brasil lideres;
 1968: II UNCTAD → Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e
Desenvolvimento → forte alinhamento com a Índia;
 1968: Não assinou o TNP → “congelamento do poder mundial”
 Relações bilaterais com países desenvolvidos

 Psicossocial
 1967 – Mobral: Movimento Brasileiro de Alfabetização;
 1967 – Funai: Fundação Nacional dos Povos Indígenas

 1969-1974 – GOVERNO MÉDICI → “linha dura”


 Política
 1971-1974: pacificação da Guerrilha Rural do Araguaia em Xambioá;
 Maior controle das manifestações e manutenção da autoridade federal;
 Derrota dos movimentos de esquerda, o que manteve a integridade das instituições
democráticas;
 Elevados índices de popularidade;
 Grande inserção brasileira nas relações internacionais:
 “Milagre Brasileiro”;
 Tricampeonato do Brasil na Copa do Mundo de 1970;
 Vitórias de Emerson Fittipaldi;
 Vitórias de Eder Jofre no boxe;
 Surgimento dos slogans: “Brasil: ame-o ou deixe-o” e “Ninguém segura esse País”;

 Economia
 PND (Plano Nacional de Desenvolvimento)
 Ministro da Fazendo Delfim Neto → é preciso fazer o bolo crescer para depois dividi-lo;
 Objetivos:
 Fomento da indústria, agricultura e ciência;
 Transformar o Brasil em uma potência.
 1968-1973 - “Milagre Econômico Brasileiro”:
 Nasceu com o Programa de Ação Econômica do Governo – PAEG, em 1964
 Abertura ao capital estrangeiro, reformas nas áreas fiscal, tributária e financeira, além do
corte de gastos → queda da inflação, elevação do superavit e elevação da arrecadação → deram o
impulso inicial;
Cap Antonio
 1967-1969 – Costa e Silva: Programa Estratégico de Desenvolvimento – PED
 Valorização da empresa privada e a aceleração do desenvolvimento econômico com a
estabilização de preços e controle inflacionário;
 1969-1974 – Medici: Plano Nacional de Desenvolvimento – PND
 Investimentos na construção, na ampliação das infraestruturas e na exploração de recursos
naturais;
 Reforma no sistema financeiro → centralização do sistema financeiro no Banco Central em
1964 → facilitou o financiamento do déficit público a partir da venda de títulos do governo;
 Sistema Financeiro de Habitação → criado em 1964 fomentou a construção civil, a geração de
empregos, fomentando a economia nacional;
 Ampliação do crédito → decorrente do ajuste das contas governamentais e aproveitamento da
liquidez no mercado internacional → aumento do crédito do setor privado a juros baixos →
desenvolvimento sustentável do setor privado;
 Controle da inflação: de 91% em 1964 → 30% em 1967 → decorrente das reduções dos custos
das empresas → favorecendo o ganho real do trabalhador e o ciclo virtuoso do capitalismo;
 Infraestrutura de transportes → a expansão dos transportes recebeu prioridade → Via Dutra,
Ponte Rio Niterói, BR 230-Transamazônica e mais de 40 mil quilômetros de estradas asfaltadas →
aumento da segurança e a rapidez da logística de cargas e de passageiros, provocaram o barateamento dos
custos e o aumento do consumo;
 Infraestrutura energética → maciços investimentos → construção de hidrelétricas,
desenvolvimento do programa nuclear e aumento da produção de petróleo;
 Incentivo a produção industrial → os governos militares investiram as empresas estatais:
Telebrás, Embraer → Além disso, o aumento do mercado consumidor alavancou o mercado secundário;
 Estímulo ao comércio exterior → incentivos fiscais e pequenas desvalorizações na taxa de
câmbio tornaram atrativos os produtos brasileiros no mercado exterior → crescimento próximo aos 30%
ao ano → além da importação de máquinas e equipamentos, ampliando o fluxo comercial;
 As baixas taxas de desemprego → os incentivos aos setores produtivos estimularam a abertura
de empregos → tanto no setor agrícola como nos setores secundários e terciários;
 Associação com o capital externo;
 Expansão do crédito;
 Aumento das exportações e importações;
 Incremento da geração de energia
 Controle da Inflação;
 Revolução Verde → avanço das fronteiras agrícolas
 1970: Incra → Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária;
 1973: Embrapa → Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuárias;
 Sistema de financiamento habitacional
 Fomento da construção civil;
 Consequências:
 Criação de empresas estatais:
o 1969 – ECT: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos;
o 1969 – Embraer: Empresa Brasileira de Aeronáutica;
o 1972 – Telebrás: Telecomunicações do Brasil;
 Obras públicas de infraestrutura:
o 1972 – Início da Construção de Angra I;
o 1972 – Rodovia Transamazônica
Cap Antonio
o 1973 – Construção da hidrelétrica de Ilha Solteira → SP;
o 1973 – Construção da hidrelétrica de Itaipu; → Sul
o 1974 – Construção da hidrelétrica de Tucuruí; → Norte
o 1974 – Ponte Rio-Niterói;
 Ocupação do Centro-Oeste;
 1970 – PIN: Programa de Integração Nacional
o Abertura de rodovias: Transamazônica (NE → Amazônia) e Cuiabá-Santarém;
o Programa de colonização e reforma agrária → criação do INCRA: Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária;
o Transferência de recursos federais para o programa → mineração, agropecuária e
madeireira;
 Política Externa:
 Diplomacia do Interesse Nacional
 Projeto de Grande Potência para o Brasil → conquista de maior projeção internacional
 Enfraquecimento da solidariedade terceiro-mundista → foco no bilateralismo;
 1970 → Ampliação do Mar Territorial Brasileiro de 12 para 200 milhas;
 1971 → Veto a entrada da RPC na ONU;
 1972 → Estocolmo: Brasil defende o desenvolvimento como condição de proteção ambiental;
 1973 → Tratado de Itaipu: tratava do aproveitamento hidrelétrico em conjunto dos recursos
hídricos do rio Paraná, pertencentes ao Brasil e ao Paraguai → Marco da Diplomacia Latino Americana
 1973 → Equidistância entre Israel e os outros países do Oriente Médio, estreitando vínculos
políticos e econômicos;

 Psicossocial
 As obras de infraestrutura provocaram grande movimento migratório;
 1970 – Criação do PIS-PASEP: contribuições sociais pagas pela iniciativa privada e pelo setor
público. Ambas têm o objetivo de distribuir melhor a renda entre os trabalhadores que recebem
menores salários
 Aumento e melhoria das habitações;

 1974-1979 – GOVERNO GEISEL 1974-1979 → “linha moderada”


 Economia
 1973 - Crise Mundial do Petróleo
 Guerra de Yom Kippur → em represália a Israel e seus aliados, os países da OPEP regulam a
produção de petróleo → aumento do valor internacional do petróleo;
 Brasil: grande importador de petróleo → Aumento da inflação e da dívida externa.

 PND II (Programa Nacional de Desenvolvimento II)


 Objetivos:
 Reduzir a dependência do petróleo;
 Aumento da produção de energia.
 Medidas:
 1974: Política Nacional de Exportação de Material Bélico (Penemem) → O Brasil passa a
exportar desde revolveres a aviões para América Latina, Oriente Médio e África.
 1975: Acordo de Cooperação Nuclear Brasil-Alemanha Ocidental → Programa Nuclear:
buscando diversificar a matriz energética com a construção das usinas nucleares em Angra dos Reis;
Cap Antonio
 1975: Proálcool → diminuir a dependência da gasolina com a utilização do etanol;
 1976: Início da construção de Angra II;

 Revolução Verde
 1974-1979 – Ministro da Agricultura: Alysson Paolinelli
 1973: Criação da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias → EMBRAPA;
 1974: Programa de Cooperação Nipo-Brasileiro para o Desenvolvimento Agrícola dos
Cerrados → PRODECER
 Modelo próprio de produção rural, uma agropecuária altamente produtiva, adaptada às
condições tropicais e subtropicais do país;
 Ocupação agropecuária do cerrado: A fronteira do Centro-Oeste era tida como imprestável,
devido aos seus solos ácidos, arenosos e áridos. Em 30 anos, tornou-se a região mais pujante do agro
nacional.
 Grande modernização e desenvolvimento do campo → o Brasil passou de importador de
alimentos para um grande produtor mundial;
 Democratização alimentar;
 Exporta a tecnologia de produção agropecuária em áreas tropicais e contribui para a segurança
alimentar global → Embrapa em Gana e projeto de cultivo nas savanas africanas;

 Política
 Início da abertura política, transição “Lenta, gradual e segura” → distensão democrática;
 Busca de acordos comerciais com diversas nações;

 1974: Eleição Parlamentar → vitória da oposição → aumento dos eleitores por meio da
alfabetização do Mobral;
 1976: Lei Falcão → “legenda e currículo vitae”: reduzia o tempo da propaganda eleitoral e
impedia que os candidatos discursassem em rede nacional;
 1977: Pacote de Abril → reação do governo às conquistas eleitorais da oposição:
Cap Antonio
 Fechamento temporário do Congresso;
 “Senadores biônicos”: eleição indireta de 1/3 dos senadores → escolhidos pelo presidente;
 Aumento do mandato presidencial para 6 anos.
 1978: Revogação do AI-5 → passou a vigorar em 01 de janeiro de 1979, facilitando a abertura
política;
 As grandes greves do ABC → novo sindicalismo;

 Política Externa:
 Pragmatismo responsável e ecumênico
 Pragmatismo: defesa do interesse nacional independente de ideologias;
 Responsável: cuidar da imagem da política externa brasileira → manter os valores ocidentais,
democráticos e cristão;
 Ecumênica: ampliação de parcerias, mesmo com o bloco soviético;
 1974: Reconhecimento da RPC e reatamento das relações diplomáticas;
 1974: Prodecer: Programa de Cooperação Nipo - Brasileiro para o Desenvolvimento dos
Cerrados;
 1975: Primeiro país a reconhecer a independência de Angola;
 1975: Condena o Apartheid em resolução da ONU;
 1975: Acordo nuclear com a Alemanha → capacitando o Brasil a ter uma indústria nuclear;
 1977: Denúncia ao Acordo militar com os EUA, denotando um posicionamento
independente do Brasil na comunidade internacional;
 1978: TCA → Tratado de Cooperação Amazônico;

 1979-1985 - GOVERNO FIGUEIREDO


 Economia
 PND III (Plano Nacional de Desenvolvimento III)
 Ministro Delfim Neto;
 Objetivos:
 Redução das despesas e redução da inflação;
 Desenvolvimento do setor energético;
 Redução das disparidades regionais;
 1979: Nova Crise Mundial do Petróleo → 1979:Revolução Iraniana e 1980: Guerra Irã-Iraque);
 1982: Projeto Grande Carajás → projeto de extração mineral, de produção agrícola, de
transformação e beneficiamento mineral e de produção energética, que também inclui infraestruturas
logísticas e de comunicação em uma imensa região do meio-norte brasileiro.

 Política
 1979: Lei da Anistia Política;
 1979: Reforma Partidária → pluripartidarismo:
 PDS (Partido Democrático Social) → sucessor da Arena;
 PFL (Partido da Frente Liberal);
 PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro);
 PTB (Partido Trabalhista Brasileiro);
 PDT (Partido Democrático Trabalhista);
 PT (Partido dos Trabalhadores).
 1980: Extinção dos “senadores biônicos”;
Cap Antonio
 1982: Eleições diretas para governador;
 1983-1984: Diretas Já
 1984: Emenda Dante de Oliveira
 Propunha eleições diretas para presidente;
 Derrotada no Congresso → frustração popular →Eleições diretas somente em 1989;
 1985: Eleição indireta para presidente
 Vitória da Aliança Democrática (PFL-PMDB);
 Tancredo Neves (presidente) e José Sarney (vice);
 21/04/1985: Morte de Tancredo Neves → assume Sarney;

 Política Externa:
 Diplomacia do Universalismo
 1979: Acordo Tripartite – Brasil, Argentina e Paraguai → fim dos conflitos com a Argentina
em relação à construção de Itaipu;
 1980: Não adere ao boicote dos EUA às Olimpíadas de Moscou nem aos econômicos → 1983:
fluxo comercial recorde;
 1982: Apesar de manter a neutralidade no conflito, a posição brasileira foi de respaldo ao
direito da Argentina pela disputa da soberania em relação às Ilhas Malvinas → “neutralidade imperfeita”
 1983: Viagem presidencial inédita à África;

 Psicossocial
 1979: Greves no ABC;
 1970: Visita do Papa João Paulo II;
 1983-1984: Movimento das Diretas Já → rejeitada pelo congresso → Tancredo Neves eleito
indiretamente, falece e Sarney assumi;
Sindicalismo no período populista Novo sindicalismo
Autonomia política
Organização sindical vinculada ao Estado; 1980: Criação do PT
1983: Fundação da CUT
Peleguismo: sindicalista cooptado pelos patrões ou
Críticos à essa prática;
pelo governo;
De 1945 a 1964; Décadas de 1970 e 1980;
O governante político assumia o protagonismo das
Passou a liderança para os líderes sindicais;
ações;
UD 19 - O CONTINENTE ASIÁTICO
Assunto 111. JAPÃO: A POTÊNCIA ECONÔMICA E AS LIMITAÇÕES POLÍTICAS E
MILITARES
Assunto 112. A CHINA: INTERESSES ESTRATÉGICOS
a. A questão de Formosa/Taiwan
b. A relação com os Estados Unidos
c. O papel hegemônico na Ásia

 Analisar a situação política e econômica na Ásia Oriental pós-II Guerra Mundial, com
ênfase na importância econômica do Japão e política da China;
Cap Antonio

 Apresentar os principais focos de tensão internacional na Ásia Oriental, com ênfase na


Coreia do Norte e na relação China/Taiwan;
 JAPÃO
 Meados do século XIX → Contexto da 2ª Revolução Industrial
 País agrícola;
 Semifeudal → xogunato → chefe supremo: xogum;
 Dominado pelos samurais;
 Fechado em relação ao mundo externo;
 1854: Os EUA obrigam o Japão a assinar um acordo de livre trânsito e comércio;
 A partir dos EUA, outras nações impuseram acordos em condições desfavoráveis;

 1868-1912 – Era Meiji → Restauração do Império


 Centralização com o aumento do poder central;
 Romper com as concepções feudais e assimilar os avanços tecnológicos do Ocidente;
 1890 a 1947 – Constituição Meiji → monarquia constitucional na qual o Imperador do Japão
era um governante com considerável poder político, mas partilhava-o com uma Dieta (parlamento) eleita.

 Aspectos econômicos
 Abertura para o Ocidente industrializado;
 Reformas financeiras: casa da moeda, sistema bancário inspirado no norte-americano;
 Lema: alcance, ultrapasse;
 Inovações: telégrafo, serviço postal, jornais;
 Ferrovias → transporte de produtos e pessoas;
 Surgimento de novas cidades;
 Dispunha de mão-de-obra numerosa e disciplinada;
 Capital acumulado no setor privado (comércio);
 Investimentos do Estado em setores considerados importantes: ferrovias, indústria têxtil e o
setor elétrico;
 Formação das grandes concentrações industriais, fortalecimento de famílias tradicionais:
Sumitomo, Mitsubishi, Yasuda e Mitsui, que detinham parcelas consideráveis da economia;
 A escassez de carvão e ferro retardou o desenvolvimento da siderurgia e de outros setores da
indústria pesada;

 Aspectos sociais
 O calendário tradicional foi substituído pelo gregoriano;
 Estabelecimento da educação universal;
 1877: Universidade de Tóquio;
 Envio de intercâmbios culturais para o ocidente;
 O ensino foi utilizado como ferramenta de transmissão de princípios nacionalistas;
 Implantação do culto à personalidade do Imperador, o que ficou conhecido como Xintoísmo de
Estado. O Imperador era visto como encarnação da deusa do sol do Xintoísmo;
 Morrer pelo imperador constituía uma grande honra;

 Aspectos militares
 Modernização: metralhadoras, armamento importado do Ocidente;
Cap Antonio
 1873: instituiu o serviço militar obrigatório → esvaziando a função dos samurais, pois qualquer
homem poderia ser um potencial soldado;
 Enfraquecimento dos samurais: proibiu o uso de suas espadas;

 1ª Guerra Sino-Japonesa (1894-1895)


 Controle sob a Coreia: grande reserva de matéria-prima: carvão e ferro;
 China concede a Ilha de Taiwan e vultuosa indenização ao Japão, a Coreia tornou-se
independente da China e o Japão passa a ter influência na Manchúria;
 E daí? Acordo marcou o triunfo do imperialismo japonês no Extremo Oriente;

 Guerra Russo-Japonesa (1904-1905)


 Disputa territorial entre os dois países pelos territórios da península da Coreia e da
Manchúria;
 A Rússia reconheceu a soberania japonesa sobre a Coreia e teve que abandonar a
Manchúria;
 Consequência direta para a Rússia → enfraquecimento do regime czarista com a derrota
nesse conflito → contribuiu Revolução Russa de 1917;
 E daí? Japão passou a ser reconhecido como potência regional;
 1910: Japão anexa a Coreia ao seu império. A Coreia permaneceu como colônia no Japão até
1945, com o fim da II GM;
 1912: Morre o Imperador Meiji;

 1914-1918 – I Guerra Mundial


 O Japão participou da I GM em uma aliança com a Tríplice Entente (Inglaterra, França e
Rússia);
 O Japão contribui para a conquista de diversas colônias alemães na Ásia e no Pacifico;
 Além dos conflitos na Ásia e no Pacifico, o País enviou uma força naval ao Mediterrâneo para
ajudar a combater os submarinos adversários, e contribuiu, em 1918, com o envio de tropas para a Sibéria
com o objetivo de auxiliar o Exército Branco Russo em sua disputa contra os bolcheviques, após a
Revolução Russa.
 Foi membro permanente do principal órgão da Liga das Nações, o Conselho da Liga, ao lado de
França, Inglaterra e Itália;

 1931: O Japão invade a Manchúria. Os japoneses estabeleceram um Estado fantoche, chamado


Manchukuo, e sua ocupação durou até o final da Segunda Guerra Mundial → a invasão contribuiu para o
fracasso da Liga das Nações;
 Ato contrário à política norte-americana de Portas Abertas: declaração de princípios iniciada
pelos Estados Unidos em 1899 e 1900. Ela clamava pela proteção de privilégios iguais para todos os
países que comercializavam com a China e pelo apoio à integridade territorial e administrativa da China.
A política de Portas Abertas foi a pedra angular da política externa americana no Leste Asiático até
meados do século XX.

 1933: O Japão se retira da Liga das Nações;

 2ª Guerra Sino-Japonesa (1937-1945)


 Ambições imperialistas japonesas sobre territórios chineses, em especial na Manchúria;
 Comunistas e nacionalistas chineses se unem para enfrentar o invasor;
Cap Antonio
 1937 – Massacre de Nanquim: retrata a brutalidade institucionalizada no exército japonês
durante esse período de guerras;
 1941 – A China contou com o apoio americano na guerra após os Estados Unidos serem
atacados pelos japoneses em Pearl Harbor → forneceram armas e suprimentos aos exércitos chineses;

 1939-1945 – II Guerra Mundial


 1940 – Assinatura do Pacto Tripartite → Formação do Eixo (Alemanha, Itália e Japão);
 1940:
 Os Estados Unidos, para conterem o expansionismo japonês, impuseram um embargo sobre
a vital importação de petróleo para o Japão;
 Também era importante para o Japão a expulsão dos Estados Unidos do continente asiático
para que as ambições territoriais japonesas fossem garantidas;
 A ampliação da zona de influência do Japão entrou em divergência com os interesses dos
EUA no Pacífico;
 1941 – Japão ataca Pearl Harbor;
 No início do conflito, o Japão conseguiu expandir seu Império de maneira avassaladora;
 1942 – Os Estados Unidos passaram a reconquistar todos os territórios ocupados pelo Japão →
Marco da virada norte-americana: Batalha Naval de Midway: a marinha americana afundou quatro porta-
aviões japoneses e impôs outras pesadas perdas materiais à Marinha Imperial Japonesa;
 1945 - Para evitar uma invasão territorial, os Estados Unidos optaram por lançar as bombas
atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki;
 Os nacionalistas do Kuomintang assumem o controle de Taiwan com o acordo dos Aliados
(Conferência do Cairo de 1943);
 Divisão do Coreia pelo Paralelo 38;
 Perda da Manchúria;

 Pós – II Guerra Mundial


 1945-1952 – Submetido a tropas de ocupação norte-americanas lideradas pelo Gen Douglas
MacArthur;
 1947 – Constituição Pacífica:
 Implementa Forças de Autodefesa em substituição às Forças Armadas;
 Instituída a monarquia parlamentar bicameral;
 Mudanças econômicas:
 Realização da reforma agrária → aumentou a produção agrícola;
 Controle da inflação;
 Reequipamento da indústria japonesa por meio de empréstimos norte-americanos;
 1948 – Doutrina Yoshida
 o Japão abriria mão de disputar a hegemonia militar no Pacífico – afinal, havia perdido a
guerra – e, ao invés disso, focaria no âmbito comercial e econômico. Em síntese, deixaria de ser uma
potência militar para ser uma potência econômica;
 1951 – Acordo de Paz de São Francisco → restituiu a soberania do Japão e as tropas norte-
americanas deixaram o país;
 1951 – Tratado de Mútua Segurança EUA-Japão → ambos deveriam agir contra um perigo
comum. Para corroborar este requerimento, o tratado estabelecia a presença contínua das bases militares
dos EUA no Japão.
Cap Antonio
 Plano Dodge: fortalecer o Japão economicamente e enfraquecer o comunismo no país ao
domar a inflação;
 Plano Colombo: programa liderado pelos EUA para a restruturação dos países asiáticos pós-II
GM;
 Ressurgimento dos grandes conglomerados empresariais, os zaibatsus;
 E daí? Japão recebeu recursos dos EUA e atuou como aliado na contenção da expansão
comunista na Ásia;
 1950-1953 – Guerra da Coreia
 Favoreceu o surto de recuperação econômica do Japão;
 O Japão tornou-se base de operações militares dos EUA → recebeu investimentos e instalaram
no país inúmeras indústrias para apoiar o esforço de guerra norte-americano;
 Isso, aliado a uma mão-de-obra barata, deu competividade aos produtos japoneses no mercado
externo;
 Entre as décadas de 1950 e 1980 → milagre japonês
 Desvalorização do iene para facilitar as exportações
 Década de 1970: financiou os Tigres Asiáticos, projetando poder regional;
 Crescimento anuais na faixa dos 10%;
 Por volta dos anos 1980: tornou-se a segunda economia do mundo;
 Crescimento sustentado no campo da indústria de tecnologia avançada;
 Aceitação do princípio de autoridade como algo natural;
 Ampla classe média no centro do sistema social;
 Baixo índice de perdas na indústria eletrônica de precisão;
 Utilização de tecnologias já desenvolvidas por países do ocidente, como EUA e Alemanha;
 Indústria baseada em dois pilares: computadores e robôs;

 Década 1990 → sinais de recessão


 1985 – Acordo de Plaza: intervenção nos mercados cambiais de forma a baixar a cotação do
dólar norte-americano contribuindo para a redução do déficit comercial dos Estados Unidos
 Participantes: EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido e França;
 Desvalorizou o dólar e valorizou as outras moedas → afetou o Japão;
 Sinais de recessão → incremento das poupanças → redução do consumo → retração do
mercado interno;
 Concorrência dos Tigres Asiáticos e da China e valorização da sua mão-de-obra;
 1997 – Crise dos Tigres Asiáticos → dificuldades para equilibrar as contas externas → quedas
nas bolsas e fuga de capitais, com a desvalorização das moedas locais e inflação → O Japão também
sentiu a crise → Incremento de gastos públicos;
 Recuperação a partir dos anos 2000, mas foi superado pela China em 2010;
 2020’s: Rearmamento
 Frente ao crescimento Chinês e ameaças da Coreia do Norte;

 Brasil e Japão
 1895 – Tratado de Amizade, Comércio e Navegação
 O histórico das relações Brasil-Japão começou oficialmente no final do século XIX. Como o
Brasil não tinha representação diplomática no Japão, e nem o Japão representação no Brasil, o acordo foi
assinado em Paris.
 1908 – Início da Imigração
Cap Antonio
 A imigração japonesa começou oficialmente, com a chegada da primeira leva de trabalhadores
a bordo do navio Kasato Maru.
 Esse fluxo migratório criou uma importante presença de japoneses no Brasil e também, de
brasileiros no Japão – os chamados decasséguis, que são descendentes de japoneses que optaram pela
regressão ao Japão → migração ainda é um dos principais condicionantes do relacionamento bilateral.
 Novas técnicas agrícolas → aumento da produtividade → agricultura de jardinagem;
 A agricultura de jardinagem alterou a geografia agrícola do Brasil, principalmente nos
cinturões verdes do estado de São Paulo, onde os japoneses eram (e ainda são) mais presentes.
 1940’s: II GM
 Getúlio Vargas rompeu relações com o Japão, pois o país formava o Eixo. A tensão chegou ao
ponto do Brasil proibir o idioma japonês em seu território.
 1952: Retomada das relações diplomáticas
 JK é a Operação Brasil-Ásia → buscava explorar a complementaridade que havia entre os dois
países;
 1960 e 1970’s
 Japão possui um território pequeno, pouco propício à agricultura e, sendo assim, o Brasil
poderia fornecer as commodities necessárias à recuperação japonesa (minério de ferro, soja, celulose). O
Brasil precisava da tecnologia japonesa.
 Empresas automotivas como a Honda ou a Toyota também começaram a investir no Brasil.
 1974 – Programa de Cooperação Nipo - Brasileiro para o Desenvolvimento dos Cerrados
 PRODECER
 Entre a Empresa Brasileira de Agropecuária (EMBRAPA) e a Agência de Cooperação
Internacional do Japão (JICA).
 Basicamente, ambos os países identificam que o Cerrado brasileiro apresentava um grande
potencial agrícola, porém, não estava sendo utilizado por conta da falta de tecnologias agronômicas
adequadas – afinal, trata-se de um solo naturalmente impróprio para o cultivo.
 Visando obter acesso a recursos minerais que sustentassem a sua recuperação econômica, o Japão
investiu na Vale do Rio Doce, na Mina de Ferro de Carajás;
 Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) também ajudou a fomentar a indústria no
Brasil, principalmente na área de tecnologia avançada.
 Não por acaso, a partir dessa época, empresas como Toshiba, Sharp, Honda e Toyota
começaram a se instalar no Brasil; algumas inclusive, na Zona Franca de Manaus – uma área industrial
com incentivos fiscais criada pelo governo militar na capital amazonense.
 1980 e 1990’s: o Japão tornou-se destino dos brasileiros
 Na década de 1980, o principal acontecimento entre Brasil e Japão foi justamente a atuação dos
decasséguis. Surpreendentemente, o fluxo migratório entre Brasil-Japão chegou a ser maior do que entre
Brasil-Estados Unidos.
 1999 – Fórum de Cooperação América Latina-Ásia do Leste (FOCALAL)
 O objetivo do FOCALAL era promover maior integração entre Ásia e América, explorando o
potencial existente em diversas áreas – econômica, política, tecnológica, etc.
 2003 - G-4
 2000’s
 Na área de nanotecnologia, destacam-se as pesquisas conjuntas com os minerais grafeno e
nióbio,
 Na área de biotecnologia, destacam-se as pesquisas em etanol, um elemento importante nos
anos 1970 e que ganhou nova relevância a partir dos anos 1990.
Cap Antonio
 Na área de tecnologia espacial, há um programa conjunto para o lançamento de satélites de
comunicação para implantar e aprimorar o sinal da TV digital;

CHINA
 Panorama Histórico – antes do século XIX → Império do Meio
 População → sempre foi significativa no contexto mundial;
 1400: 80 milhões (23% da pop. mundial);
 1650: 140 milhões (26% da pop. mundial);
 1850: 430 milhões (36% da pop. mundial);
 1960: 700 milhões (23% da pop. mundial);
 Hoje: 1,4 bilhões (19% da pop. mundial);
 Grandes invenções ao alongo da história (pólvora, sismógrafo);
 Dinastia Qing (1644 – 1912)
 Ampliação do território ocupado → consolidação territorial → áreas inóspitas ao oeste →
avanços técnicos na agricultura:
o Avanço técnicos → night soil → utilização das fezes humanas como adubo;
o Plantio em curvas de nível;
 Agricultura intensiva em mão-de-obra;
 Indústria nas pequenas propriedades familiares: manufatura e residência no mesmo local;
 Porcelana e seda;
 Sem produção em grande escala;
 Aspectos culturais
 Confúcio
 551 a.C. a 479 a.C.;
 O universo tem uma determina ordem e a sociedade deve mantê-la → sistema cósmico de
hierarquias;
 Ordem social → sistemas autoritários para controle social → controle da extensa população;

 SÉCULO DAS HUMILHAÇÕES


 Século XIX - Comércio triangular
 Inglaterra possuía uma balança comercial desfavorável com a China;
 Introdução do comércio do ópio indiano vendido para a China:
 1839-42: Primeira Guerra do Ópio
 China x Inglaterra;
 Derrota da China;
 1842 - Tratado de Nanquim:
 Abertura dos portos chineses para livre-comércio;
 Ilha de Hong Kong para o domínio britânico (retornou a China em 1997);
 Pagamento de indenização de guerra pela China.
o Início dos Tratados desiguais: Inglaterra, França, Rússia e EUA → imposição da
abertura econômica chinesa;
 1856-60: Segunda Guerra do Ópio
 “Guerra do Paraguai” da China: inicio da decadência da Dinasta Qing;
 1894-95: Primeira Guerra Sino-Japonesa:
 Foi um conflito entre o Japão e a China, fundamentalmente pelo controle da Coreia;
 1900 – Guerra dos Boxers
Cap Antonio
 China x Inglaterra + França + Rússia + Japão;
 Movimento nacionalista (antiocidental e anticristão) contra o domínio imperialista da China;
 Consequências:
 Derrota da China;
 1901 - Paz de Pequim:
o Pagamento de indenização;
o Abertura de novos portos;
o Proibição de importação de armamentos.
 1911: Revolução Xinhai
 Fim da Dinastia Qing;
 Ascensão de dois grupos:
 1911: Kuomitang (1911);
 1921: Partido Comunista Chinês (1921)
 1912: fim do Império Chinês e instauração de uma República;
 1921: fundação do Partido Comunista Chinês (PCC), com a presença de Mao Tse-Tung;
 1921-1925: O PCC e o Kuomintang lutam juntos para unificar o país, derrotando os senhores
da guerra;
 1925: Chiang Kai-Shek, líder dos nacionalistas do Kuomintang assume o poder da China e
passa a perseguir os comunistas;
 1931: Os japoneses invadiram a Manchúria e criaram um Estado fantoche;
 1934-1935: A Grande Marcha
 Os comunistas fogem das tropas nacionalistas indo em direção ao norte da China. Ao
mesmo tempo disseminavam a ideologia socialista para a população;
 Ao contrário do que previa Marx com a revolução dos operários, a PCC apoia seus ideais de
revolução nos camponeses, criando os sovietes rurais e desenvolvendo as táticas de guerrilha como forma
de luta → influencia outros países agrários;
 1937-1945: Segunda Guerra Sino-Japonesa
 Kuomintang e PCC formaram uma frente única para expulsarem os japoneses do território
sino;
 1946-1949: Retorno da guerra civil entre os chineses
 1949 – Vitória de Mao e os comunistas
 Fundação da RPC na China Continental → Fim do Século das Humilhações
 Chiang Kai-Shek e os nacionalistas se abrigam em Taiwan, na República da China;
 1956-1957 – Movimento das 100 Flores
 O Partido Comunista incentivou a expressão das mais variadas escolas de pensamento
(inclusive anticomunistas). Constituiu-se em uma aparente liberdade política, mas serviu para identificar
os chineses contrários à revolução e expurga-los da sociedade;
 Com o tempo, porém, as críticas se tornam pesadas demais e decidiu-se por encerrar o
Desabrochar de Cem Flores.
 Para alguns críticos (especialmente ocidentais), a campanha do Desabrochar de Cem Flores foi
uma estratégia do Partido Comunista Chinês para identificar elementos anti-revolucionários e expurgá-los
antes que pudesse prejudicar a construção do comunismo.
 1958-1962 – Grande Salto para Frente
 Pretendia modernizar a economia sina por meio do desenvolvimento da indústria e da
agricultura de forma paralela;
Cap Antonio
 No campo, a estratégia implementada foi a das “comunas agrícolas”: revogou todas as
propriedades rurais privadas e as famílias deveriam trabalhar e cooperar para manterem as metas
estipuladas pelo PCC;
 Já na área urbana decidiu-se investir pesadamente na criação de estatais, voltados
principalmente para a produção de aço.
 O fracasso da produção de aço, o recrutamento de camponeses para o trabalho industrial e as
quedas da produção agrícola levaram a milhões a morrerem por fome → 1960-1961: A Grande Fome
Chinesa;
 1966-1976 (Morte de Mao) – Revolução Cultural
 Exterminar as influências ocidentais por meio de uma doutrinação política massiva;
 Mao tornou-se uma figura de adoração pública e o “Livro Vermelho” tornou-se obrigatório
para todo chinês, fortalecendo o poder de Mao e do PCC;
 Perseguição a grupos minoritários e isolamento da China para o resto do mundo;
 1960-1970’s – Ruptura sino-soviética
 1949-1953: a RPC se manteve próxima da URSS até a morte de Stálin;
 Mao passou a se considerar o líder mais velho do movimento comunista internacional.
Acreditava ser o legítimo sucessor da ortodoxia marxista-leninista e dizia que os líderes soviéticos
estavam abandonando o comunismo legítimo;
 1954: Washington assina com Taiwan o Tratado de Defesa Mútua, temendo que os comunistas
tomassem a ilha → vigorou até 1979, quando os EUA reconheceram a RPC.
 1956: discurso anti-stalinista de Kruschev → alguns historiadores usam essa data como marco
da ruptura sino-soviética → divergências entre Kruschev e Mao acerca da interpretação do comunismo;
 1960:
 A URSS suspende a cooperação nuclear com a China, em decorrência do aumento das
tensões entre o país sino e os EUA no estreito de Taiwan;
 Kruschev retirou os especialistas técnicos do território sino e reduziu drasticamente a ajuda
matéria e militar a Pequim. Assim, o programa de industrialização chinês é significativamente afetado,
pois dependia da ajuda técnica proveniente da União Soviética.
 1964: China realiza seu primeiro teste nuclear → maior autonomia em relação a URSS;
 1969: Tropas soviéticas e chinesas entram em confronto armada na fronteira → facilitou a
aproximação dos EUA à RPC;
 1971: RPC assume vaga na ONU;
 1972: O presidente Nixon dos EUA visita a RPC → Jogar esses dois gigantes comunistas um
contra o outro se tornou o principal pilar da diplomacia de Washington naquele momento da Guerra Fria.
 1979: EUA reconhecem a RPC;
 1978-1989 – Deng Xiaoping
 Antes de assumir a liderança da China foi perseguido por suas ideais consideradas
demasiadamente burguesas;
 Procurou corrigir o legado ideológico da Revolução Cultural, possibilitando a gradual da China
aos países capitalistas;
 Socialismo de mercado e as quatro modernizações: agricultura, indústria, militar e ciência e
tecnologia;
 Desmaoização:
 As ideias e os adeptos da Revolução Cultural foram afastados do poder;
 Socialismo de mercado;
 “Não importa a cor do gato e sim que ele pegue o rato.”
 As quatro modernizações: agricultura, indústria, defesa, ciência e tecnologia;
Cap Antonio
 Agricultura: cota do governo e o restante livremente comercializado;
 Abertura de empresas privadas de capital chinês => membros do regime;
 Estratégia exportadora e na política de portas abertas => ser plataforma de exportação;
 Anos 80: produtos intensivos em mão-de-obra e de baixo valor unitário;
 Foco no Longo Prazo
 Zona Econômica Exclusiva
o Investimentos estrangeiros diretos;
o Exportações para o mundo;
o Câmbio desvalorizado;
o Mão de obra barata;
o Plataforma de exportação;
 Transbordamento de renda
o Poupança elevada → cultura de poupar → investimento nacional;
o Cópia/pirataria;
o Joint ventures/tecnologias: empreendimentos conjuntos → facilitou a transferência de
tecnologia e o fortalecimento de empresas nacionais chinesas;
 Crescimento acelerado
o Sustentabilidade do modelo: grande população e território;
o China deflaciona o mundo;
o Educação / C&T;
 1989: Massacre na Praça da Paz Celestial
 Violenta repressão aos movimentos estudantis por reformas democráticas;
 2001 – China na OMC;
 Aumento do fluxo comercial internacional chinês;
 Crise de 2008 → pulo do gato chinês;
 China impactada, mas teve recuperação em “V”;
 Recuperação acelerada;
 Xi Jinping;
 China deixa o isolamento;
 2009 – China torna-se a maior parceira comercial do Brail;
 2010 – China torna-se a segunda maior economia do mundo, passando o Japão;

 DENG XIAOPING
 Abertura econômica
 Adotou medidas que para desenvolver as forças produtivas e modernizar o país, fazendo um
sistema socialista à forma chinesa e promovendo uma gradual abertura econômica. Tal abertura gerou
resultados que podem ser observados na prosperidade da China nas últimas décadas.
 Revolução no campo
 Deng dissolveu as comunas, propôs uma reforma no campo e instalou um novo sistema de
contratos, permitindo que às famílias vendessem sua produção excedente, duplicando a produção rural.
Esse processo foi gatilho inicial para o desenvolvimento econômico que ocorre até os dias atuais.
 Criação das Zonas Econômicas Especiais (ZEE)
 Criação de áreas que permitissem a entrada de capital estrangeiro, em parceria com o capital
público chinês. Tais medidas visaram a estimular a produtividade industrial e a exportação em regiões
estratégicas próximas a centros já desenvolvidos, como Hong Kong e Macau, o que estimulou o
desenvolvimento econômico do país das últimas décadas.
Cap Antonio
 Fornecimento de subsídios fiscais
 O governo de Deng Xiaoping adotou medidas como redução de impostos e incentivo fiscal
como forma de atração de capital externo e de empresas estrangeiras. Desta forma, eliminou os controles
cambiais, adotou menores restrições à propriedade estrangeira, deu maior autonomia para contratação e
demissão de trabalhadores. Tais medidas incentivaram a economia no país e estimularam o atual
desenvolvimento econômico chinês.
 Normalização da relação diplomática com os Estados Unidos da América (EUA)
 Em 1972, o presidente Nixon visitou a RPC e deu início à normalização das relações entre a
China e os EUA. Em 1979, os EUA finalmente reconheceram a RPC como a “verdadeira China”. Tal fato
proporcionou à China acesso ao mercado norte-americano e ao crédito no mercado externo, o que foi
fundamental para atual nível de desenvolvimento chinês.
 Aproximação diplomática com países capitalistas
 Ao se aproximar dos países capitalistas, Deng Xiaoping não só abriu novos mercados para
os produtos chineses, como também obteve insumos para suas indústrias exportadoras. A diplomacia de
reaproximação do governo chinês foi de grande importância para o processo de desenvolvimento das
últimas décadas da China.
 Transferência de tecnologia
 A contrapartida para que as empresas estrangeiras se estabelecessem na China era a
transferência de tecnologia e a obrigatoriedade de demandarem matéria-prima das empresas locais. A
estratégia principal era a absorção de tecnologia de outros países, via atração de multinacionais. Todo o
conhecimento absorvido por empresas locais foi a base do crescimento chinês nos últimos trinta anos.
 Fortalecimento do sistema bancário
 O governo de Deng Xiaoping fortaleceu o sistema bancário do setor público, tornando-o
capaz de fornecer e controlar a concessão de créditos para investimentos na economia chinesa. Desta
forma, utilizou créditos de bancos públicos para realizar os grandes projetos de infraestrutura e
desenvolvimento da estrutura produtiva, fomentando as indústrias exportadoras.
 Qualificação de mão de obra
 Com a atração de empresas estrangeiras, houve a necessidade de investir na qualificação dos
trabalhadores locais para atender à produção. Assim, a administração de Deng Xiaoping buscou
estabelecer uma melhoria dos níveis educacionais e de qualificação da população. Tal qualificação da
mão de obra local refletiu positivamente no desenvolvimento da China nas últimas décadas, gerando o
nascimento de empresas e indústrias chinesas com alto nível de conhecimento.
 Desvalorização do câmbio
 A desvalorização artificial do câmbio se deu principalmente durante o desenvolvimento do
parque industrial chinês. Teve por objetivo principal estimular a competitividade dos produtos fabricados
na China e funcionou como uma barreira comercial aos produtos importados. Assim, equilibrou a balança
de pagamento ao conter as importações e estimular as exportações, colaborando de forma marcante no
desenvolvimento do país nas últimas décadas.
 Incentivo à cópia e à engenharia reversa
 A política de desenvolvimento industrial chinês no período de Deng Xiaoping estimulou a
cópia e a engenharia reversa para a fabricação de produtos mais baratos. Tal política só foi possível
graças a uma fraca aplicação das leis de proteção intelectual, uma mão de obra extremamente barata e
uma proteção forte do Estado chinês, o que permitiu a evolução sina na busca pela inovação e por um
conhecimento próprio.

 FRONTEIRAS
 China não tem as fronteiras consolidadas;
Cap Antonio
 País com o maior número de países lindeiros: 14;
 Vulnerabilidades marítimas históricas:
 1525: queima dos navios → desmobilização da sua frota marítima → país que se volta para
o interior → as grandes navegações ibéricas entram no vácuo sino;
 Atenção a aspectos domésticos;
 Relações Internacionais dentro da China → país muito extenso e com diversas etnias →
primeiro pacificar dentro;

 Hong Kong:
 1839-1942 -Primeira Guerra do Ópio (1839-42) → Ocupação Britânica
 Refúgio para opositores chineses;
 1941-1945: Ocupação Japonesa;
 1997: Transferência da soberania → “Um país, dois sistemas.”
 Peso na economia
 1997: 18,4% do PIB chinês;
 2019: 2,7% do PIB chinês → redução da relevância de Hong Kong para a China;
 Porta para o fluxo de capital;
 Uma das economias mais abertas do mundo;
 Acordos comerciais e de investimento independentes de Pequim;
 Empresas internacionais usam HK para se expandir para a China continental;
 Maiores empresas da China, listaram suas ações em HK como um trampolim;
 Chefe do Executivo deve ser aprovado por Pequim;
 2014: Movimento dos Guarda-Chuvas
 Protestos em prol da liberdade de escolher o chefe do executivo;
 Guarda-Chuva como símbolo:
o Privacidade;
o Proteção;
 Lei de Extradição: extraditar os cidadãos de Hong Kong que cometam crimes contra a China
Continental → redução da liberdade de expressão;
 2019: Nova Lei de Segurança Nacional da China → fechamento do cerco contra Hong Kong →
aumento das penas para:
 Terrorismo;
 Separatismo;
 Conluio com forças estrangeiras;
 A unidade territorial é muito importante para a RPC: qualquer separação territorial poderia
gerar uma onda de movimentos separatistas;
 Taiwan:
 República da China;
 1949: Chiang Kai-Shek migra para Taiwan;
 1954: EUA e Taiwan assinam um acordo militar de defesa mútua;
 1971: Mudança no acento da ONU → assume RPC;
 1972: Visita do Nixon;
 1974: Geisel reconhece a RPC e muda a embaixada de Taiwan para Pequim;
 1979: Estados Unidos reconheceram a RPC e estabeleceram relações diplomáticas com ela
como o único governo legítimo da China.
 1979: EUA aprova a Lei de Relações com Taiwan:
Cap Antonio
o Os EUA reconhecem a RPC na expectativa de que o futuro de Taiwan será determinado
por meios pacíficos;
o O país norte-americano que qualquer medida mais agressiva, como boicotes ou
embargos, será considerada uma ameaça à paz e à segurança da área do Pacífico Ocidental e uma grande
preocupação para os Estados Unidos.
o Também asseguram o fornecimento a Taiwan armas de caráter defensivo e manterão a
capacidade dos Estados Unidos de resistir a qualquer recurso à força ou a outras formas de coerção que
comprometam a segurança ou o sistema social ou econômico do povo de Taiwan.
 2005: China aprova Lei Anti-Secessão: se Taiwan declarar que é independente China pode
intervir;

 Mar do Sul da China:


 China alega direitos históricos:
 Linha dos Noves Traços (“Nine-Dash Line”);
 Sobreposição ao mar territorial dos vizinhos;
 2013-2016: Filipinas reclamam na Corte Permanente de Arbitragem:
 Vitória para as Filipinas;
 China ignorapoliticamente assume ser uma área sina;
 Região prioritária para a defesa chinesa:
 Ilhas artificiais;
 Instalações militares;
 Comércio
 1/3 do comércio marítimo mundial;
 40% do comércio total da China;
 80% da energia importada pela China;
 Pesca;
 Petróleo e Gás;
 EUA e Reino Unido mantém trânsito na região => possível escalada de tensões;

 ÍNDIA

 Aksai Chin
 Proteção contra o país por meio das montanhas;
Cap Antonio
 Caxemira:
 Fronteira com Xinjiang e Tibet;
 Muçulmanos Uigures;
 1962: Guerra Sino-Indiana;
 1996: Acordo de Construção de Confiança:
o Restringe o uso de armas de fogo;
 Área de difícil marcação;

 Arunachal Pradesh
 China demanda a posse de Arunachal Pradesh;

 Rivais regionais e globais;


 População / mercado consumidor;
 PIB: tamanho e ritmo de crescimento;
 Déficit comercial com a China;
 Startups receberam pesados aportes chineses;
 Tensões crescentes na economia;
 Baniu 59 aplicativos de propriedade chinesa, incluindo o TikTok;
 Chineses estão sendo impedidos de participar de projetos de infraestrutura;
 Chineses têm sido impedidos de investir em pequenas e médias empresas;
 Autossuficiência x liberalismo → a Índia quer reduzir sua dependência da China;

 JAPÃO
 Feridas históricas abertas;
 Como gerenciar a geoeconomia “predatória” da China?
 Pequim integrou instrumentos econômicos em sua política externa;
 Reorientar a segurança econômica do Japão;
 Diálogo com o grupo democracia 10 (G7 mais Índia, Austrália e Coreia do Sul);
 Proteger tecnologias de ponta, incluindo redes 5G;
 Fortalecimento das regulamentações de IED em “indústrias centrais”;
 Bloquear os caçadores de pechinchas do covid-19;
 Evitar transferências forçadas de tecnologia → engenharia reversa;
 Fortalecimento da autossuficiência em metais estratégicos;
 Estratégia de ajuda ao desenvolvimento no Indo-Pacífico;
 Fronteiras Marítimas
 Ilhas Senkaku

 A CHINA E A PERIFERIA DO MUNDO


 Terceiro Mundo
 Potência ou periferia?
 Potência que veio da periferia;
 Posicionamento complexo
 A partir de 1949: regime comunista → possível afinidade com o bloco socialista → não
ocorreu, pois não foi um país satélite da URSS → manteve certa autonomia → foi usado pelos EUA para
conter a União Soviética;
 Autonomia diante da URSS → década de 1960: cisma Sino-Soviético → 1964: teste nuclear
da China → questão do armamento nuclear → a URSS era contra o desenvolvimento nuclear da China;
Cap Antonio
 1955: Conferência de Bandung
 Conseguiu mostrar que estava do lado dos “Países não-alinhados”;
 Atritos com a Índia;

 Periferia
 Teoria dos três mundos pela visão chinesa → aproximou-a com a periferia!
 Primeiro mundo: potências (EUA e URSS);
 Segundo mundo: aliados das superpotências;
 Terceiro mundo: países periféricos
o Não-alinhamento;
 Destaque para Brasil e Índia na inserção internacional chinesa:
 1974: Brasil reconhece a RPC → relações diplomáticas;
 1988: Parceria espacial Brasil-China;
 1992: Parceria estratégica Brasil-China;
 Diálogo sino-indiano → tensão com cooperação
 China é um país periférico?
 Maior exportador do mundo;
 2º maior PIB do planeta. O câmbio chinês é fixado/controlado pelo Estado →
desvalorização artificial do yuan;
 2º país com mais bilionários;
 Maiores reservas internacionais do mundo;
 Mazelas sociais → 69ª renda per capita do mundo → país em desenvolvimento!

 Guinada
 2008: crise financeira
 EUA é o epicentro da crise → China supriu a demanda do comércio internacional → 2009:
China passa a ser a principal parceira comercial do Brasil;
 Impacto grande na economia europeia;
 Emergentes ganham destaque:
o Tinham liquidez, e
o Reservas internacionais, pois
i. Investimentos estrangeiros diretos (IED) e balança comercial favorável → entrada de
dólar maior que a saída;
ii. Política expansionista do Governo Bush após os ataques de 2001;
 Demanda por maior voz e participação → maior poder de voto no FMI;
 Recuperação chinês em “V” → recuperação em poucos meses;

 BRICS
 BRICs: Conceito criado em 2001;
 2025: 500 milhões de cidadãos terão renda per capita de US$ 35 mil;
 Economias dominantes em 2050;
 Países para investimentos a longo prazo;
 Articulação política
 2008: reunião de chanceleres;
 2009: reunião de chefes de estado;
 2011: Adesão da África do Sul;
 Evolução:
Cap Antonio
 2001 – Rodada de Doha: realizada pela OMC e tinha como motivação inicial a abertura de
mercados agrícolas e industriais com regras que favoreçam a ampliação dos fluxos de comércio dos
países em desenvolvimento. A referida rodada estava programada para acabar no ano de 2005, no entanto,
as negociações se estenderam ao longo dos anos. Os subsídios agrícolas ainda são o principal tema de
controvérsia nas negociações.
 2003 – G20 Agrícola: O G20 dos países em desenvolvimento concentra sua atuação na
agricultura, sendo este o tema central da Agenda de Desenvolvimento de Doha. => solicitam maior
participação dos emergentes;
 2014 – Arranjo Contingente de Reservas dos Brics → ajuda mútua
o 100 bilhões de dólares;
o poderá ser utilizado apenas pelos membros do bloco, segundo informações divulgadas
pelo Banco Central (BC). O arranjo separa parte das reservas dos bancos centrais para garantir auxílio
financeiro em dólares a quem eventualmente precisar dos recursos;
 Desaceleração da velocidade de integração nos últimos anos;
 Dificuldade de articular interesses conflitantes;
 2022 – Aumento da importância geopolítica
o Mais países solicitam adesão;
o Comunicado Rússia x China de fev./2022;

 China em busca de espaço


 China multilateral;
 2010: Reforma do FMI → após a crise de 2008 → aumento do peso dos emergentes;
 2014: Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura → alternativa ao Banco Mundial;
 2014: Novo Banco de Desenvolvimento → Banco do Brics: O NDB visa a prestar apoio
financeiro a projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável, públicos ou privados, nos países do
BRICS e em outras economias emergentes e países em desenvolvimento.
 Nova rota da seda;

 Nova rota da seda


 Foco no investimento em infraestrutura de transportes ao redor do mundo;
 One Belt One Road
 Ligação entre China e Europa;
 Múltiplos modais;
o Terrestre (Cinturão);
o Marítimo (Rota);
 Ampliação do alcance;
 Números (fornecidos pela China) → Peça de propaganda do regime chinês;
 65% da população mundial;
 1.700 projetos;
 1/3 do PIB global impactado;
 Envolvendo direta/indiretamente 125 países;
 Promover a conectividade dos continentes asiático, europeu e africano e seus mares adjacentes
→ Atualmente engloba investimentos em infraestrutura ao redor do globo;
 Permitirá a China projetar sua influência para o Ocidente;
 Acesso a fornecedores de matérias-primas;
Cap Antonio
 China e a América Latina
 Principal parceiro comercial da América Latina;
 Exportações latino-americanas são bens primários (soja, cobre, petróleo e ferro);
 Importações de mercadorias da China são manufaturados;
 Forte concorrência aos fabricantes industriais na região;
 China é a maior fonte de empréstimos para a América Latina;
 Forte posicionamento na Venezuela: petróleo e posição estratégica no centro da América;
 Aproximação com a Argentina;

 China e a África
 Um dos poucos mercados não saturados;
 Tamanho do mercado e concorrência mais fraca;
 Tornar a região “amigável à China”;
 Rica em recursos naturais inexplorados;
 Principal parceiro comercial da África;
 China é a maior fonte de empréstimos e I.E.D. para a África;
 Presença militar no continente:
 A China possui uma base militar no Djibuti, no Chifre da África.

 China e o Oriente Médio


 Aproximação aos países do golfo → em 2023 mediou a retomada das relações diplomáticas
entre Irã e Arábia Saudita
 Boas relações com Israel;
 Empresas que fazem comércio com o Irã e empresas que fazem comércio com os EUA →
consegue burlar os embargos norte-americanos contra o país iraniano;
 Síria:
 Discrição no cenário de guerra;
 Reconstrução;
 Terrorismo → a cooperação com a Síria busca também conter o terrorismo dentro do
território chinês → Uigures na região de Xinjiang;

 A CHINA E O BRASIL
 Final do século XIX:
 Tentativa do governo brasileiro de trazer imigrantes chineses para o Brasil → contribuir na
produção do chá;
 1940’s:
 Aliados na II GM
 1949:
 O Brasil não reconheceu o governo revolucionário - RPC;
 1960-1970’s:
 Aproximações comerciais;
 1971:
 Brasil vota contra o reconhecimento da RPC na ONU;
 1972:
 Nixon visita a RPC
 1974: Reconhecimento da RPC
Cap Antonio
 O Brasil passou a reconhecer o governo comunista instalado em Pequim como “o único
governo legal da China”;
 1980’s:
 Figueiredo visita à RPC e ocorre a formação de parcerias na área espacial, tecnológica e
nuclear;
 Satélites sino-brasileiros: CBERS;
 1990’s:
 Entrada massiva de produtos chineses no Brasil;
 2000’s:
 Fóruns multilaterais: BRICS, BASIC, G20;
 G-4: embora tenda apoiar o pleito brasileiro, a China de opõe fortemente à entrada do Japão;
 Parceria estratégica global: grau máximo na diplomacia brasileira → a China sempre estará
presente no modelo de inserção internacional do Brasil;
 COSBAN: Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação;
 2009: China torna-se maior parceira comercial
 Vultuosos superávits;
 Pauta desequilibrada: exporta produtos básicos e importa manufaturados → reprimarização da
pauta de exportações brasileiras;

 A CHINA E O MUNDO
 China Global
 Atualmente, contribui significativamente para o crescimento mundial;
 Nova Guerra Fria: a China não quer impor seu idioma, seus filmes e sua cultura, o que ela
busca são negócios comerciais;

 Xi Jinping (liderança internacional)


 Importância similar à de Mao Tsé-Tung (independência) e Deng Xiaoping (riqueza):
 Pensamento expresso na constituição;
 Grande líder;
 Fim do limite de dois mandatos;
 Fim do limite de idade (67 anos);
 Mudança no perfil da política externa
 Nacionalismo;
 Assertividade;
 Postura de potência;

 Investimento militares
 Segundo maior gasto em defesa:
 1,9% do PIB;
 25 anos seguidos de crescimento;
 Investimentos em tecnologia e armamento com redução de gastos em pessoal;
 A quantidade de navios militares na marinha chinesa é maior que a da marinha norte-
americana;
 Três porta-aviões;
 Mísseis balísticos;

 Dados comerciais
Cap Antonio
 12% do comércio global;
 Maior exportador do mundo, EUA são o 2º;
 2º maior importador, atrás somente dos EUA;
 Mais de 90% das exportações é de manufaturados;
 O comércio internacional representa 1/5 do PIB chinês;

 Comércio
 2001 – China ingressa na Organização Mundial do Comércio;
 Temor quanto à competividade chinesa;
 Adaptação: 15 anos como economia de não-mercado;
 A OMC criou um dispositivo que obrigava a China a vender seus produtos com valor igual
ou acima da média global → aumentou o lucro chinês → o tiro saiu pela culatra;
 China como alvo
 Câmbio desvalorizado;
 Benefício como país periférico;
 Barreiras administrativas → a China “cria” burocracias quando precisa e incentiva a
transferência de tecnologia;
 Violações de propriedade intelectual → transferência de tecnologia e pirataria;

 China - Rússia
 A Rússia é uma potência militar e geopolítica e a China uma potência econômica →
complementariedade;
 2014: acordo de fornecimento de gás russo para à China por 30 anos → compra de energia;
 Diminuição do dólar;
 Complementariedade econômica: venda de energia da Rússia para a China;
 Antiamericanismo: resistência à hegemonia dos EUA;
 Complementariedade militar: ambos pretendem aumentar sua influência no Pacifico;

 China-EUA
 Guerra dos chips / semicondutores:
 Os Estados Unidos impuseram uma série de restrições à exportação de chips, tecnologia e
equipamentos para a China. O objetivo desta medida é atrasar o desenvolvimento do rival.
 Maior comércio bilateral do mundo;
 20% das exportações chinesas vão para os EUA;
 8% das importações chinesas são dos EUA;
o China mantém superávit com os EUA;
Cap Antonio
 Guerra comercial → uni republicanos e democratas;
 Retaliar a China é uma reparação pela “desonestidade comercial chinesa”;
 Acusações americanas:
 Dumping cambial;
 Dumping social → alegação: “o que acontece na China é trabalho escravo!”;
 Dumping ambiental;
 Preços predatórios;
 Subsídios via empresas estatais;
 Trump impôs tarifas em produtos chineses;
 EUA proibiram empresas norte-americanas de usar equipamentos de companhias que
representam “risco à segurança nacional”, como a Huawei → questão do 5G;

 China-EU
 Também possui déficit comercial com a China;
 Adotou uma nova estratégia para a China:
 Promover reciprocidade, igualdade de condições e competição justa em todas as áreas de
cooperação;
 Implementar regras sobre aspectos ambientais e trabalhistas;

 China e o mundo
 Nova Guerra Fria: econômica, tecnologia, redes sociais, diminuir a importância econômica do
outro país, 5G;
 A disputa do 5G:
 Busca por aliados;
 Organismos multilaterais em disputa:
 OMC;
 OMS;
 ONU;
 FMI → a China tem projetos paralelos;
o EUA busca esvaziar os organismos para enfraquecer a China;
 Influência sobre os países:
 Diplomacia do dinheiro;
 Soft Power → “American way of live”: os EUA são exportadores de costumes e
comportamentos, ao contrário da China que exportam capitais;

Assunto 113. A Índia: da independência à potência regional


 Explicar o papel da Índia nas relações internacionais, desde o movimento dos Países Não-
Alinhados até a criação do G-20;
 Compreender o fim dos impérios coloniais, enfraquecidos no pós-guerra, exemplificando
através da independência da Índia;

 ASPECTOS ATUAIS
 Gigantismo
 População: 1,4 bilhão => em crescimento => bônus democrático => um dos determinantes para
o crescimento econômico a longo prazo;
 Sétimo maior território;
Cap Antonio
 Economia
 PIB: US$3,47 tri;
 Crescimento em torno de 7% a.a. nos últimos anos;
 Preocupação de longo prazo da China;
 Baixa renda per capita => possibilita uma expansão do mercado consumidor;
 Vários polos de renda, diferente do Brasil;
 População
 Religião => cerca de 80% hindus e 15% muçulmanos;
 447 idiomas;
 Castas: relacionada com a cor da pele => legalmente abolida, mas o preconceito persiste;
 Alta densidade demográfica => destaque para Mumbai => país populoso e povoado;
 Maior democracia do mundo pelo número de eleitores;

 HISTÓRIA
 Impérios seculares antes de Cristo → território fragmentado → marajás: rei dos reis;
 A partir do século XVI:
 Crescente presença de comerciantes europeus;
 Entrepostos comerciais;
 Companhia das Índias Orientais → empresa britânica privada;
 Parceria com o Império Mughal;
 Domínio crescente do comércio indiano;
 Rivalidade com a Holanda;
 Companhia investe em poderio militar;
 1792: Região de Mysore (SO) reage:
 Britânicos criam coalizão de rajás → centralização de poder nas mãos da empresa → domínio
territorial;
 A Índia Britânica
 Companhia expande seus domínios → contratação de soldados indianos;
 1857: Revolta dos Sipaios (Soldados)
 Insatisfações com impostos, costumes, imposições e castigos;
 Rifles Enfield: utilizam gordura de porco (muçulmanos não comem) e de vaca (hindus não
comem) para afastar a humidade;
 A Inglaterra vence e extingue a exploração da Companhia das Índias Orientais no
Subcontinente Indiano;
 1858: Coroa Inglesa anexa a Índia ao Império Britânico → Raj Britânico
 Colonização direta;
 Base para o colonialismo britânico;
 1877: Rainha Vitória recebeu o título de Imperatriz da Índia.
 1885: Fundação do Congresso Nacional Indiano (CNI)
 Época dos “nacionalismos”: unificação da Alemanha, Itália e República no Brasil;
 Preocupação da elite urbana;
 1914-1918 – Primeira Guerra Mundial
 1,4 milhão de soldados indianos lutam pelo Exército Britânico;
 A Índia recebeu a adesão original incondicional da Liga das Nações, apesar de sua posição
como parte do Império Britânico e da falta de autonomia política na época → grande prestígio para a
colônia;
 Fortalecimento do Congresso Nacional Indiano;
Cap Antonio
 1919 – Greve Geral
 Vários setores como transportes e limpeza;
 1920-1922 – Resistência pacífica
 Não colaborar com os ingleses como não votar;
 1930 e 1934 – Desobediência civil:
 Consiste em transgredir as leis consideradas injustas.
 Marcha do Sal: Gandhi, acompanhado por seus seguidores, recolhe sal de uma salina e o vende,
algo que estava proibido aos indianos, e é preso.
 1939-1945 – Segunda Guerra Mundial
 Reino Unido declara guerra em nome da Índia;
 Atritos com o Congresso Nacional Indiano;
 Liga Muçulmana apoia o esforço de guerra: muçulmanos eram minoria e tinham medo da
maioria hindu;
 1946: Motins militares
 Militares britânicos, pela repatriação;
 Militares indianos contra a colonização e acusações de traição;
 Independência
 1947: Independência
 Após noventa anos da dominação britânica, o país se tornou independente;
 Reino Unido concorda com independência → debates entre o CNI e a Liga Muçulmana;
 Partição cria estados da Índia e do Paquistão (Ocidental e Oriental) → migrações de 12 milhões
e pessoas → conflitos comunais: 500 mil mortos → rivalidade: Índia e Paquistão;
 Índia hindu e Paquistão islâmico;
 Estratégia econômica voltada para dentro → alta intervenção estatal, investimentos em
indústria pesada, protecionismo e substituição de importações;
 1947-1948 – 1ª Guerra Indo-Paquistanesa
 Caxemira e Jammu
 Caxemira é anexada pela Índia: Índia com 2/3 do território e Paquistão 1/3 → controle das
nascentes dos Rios Indo e Ganges;
 1948 – Estabelecimento de relações diplomáticas entre o Brasil e a Índia;
 1950 a 1990’s: Licenças Raj
 Sistema de controle e regulamentação governamental da economia indiana. Sob esse sistema,
as empresas na Índia eram obrigadas a obter inúmeras licenças do governo para operar. Nesse contexto, a
política econômica da Índia tornou-se demasiadamente burocrata e corrupta;
 A licença Raj destinava-se a proteger a indústria indiana, promover a autossuficiência e garantir
a igualdade regional, mas tornou-se um instrumento de corrupção e dirigismo estatal;
 A política nacional seria marcada pela corrupção nas décadas seguintes;
 1950’s: Nacionalização de empresas
 Influência soviética: Planos Quinquenais;
 1950: Constituição
 República Parlamentar;
 A Constituição de 1950 proibiu o regime de castas sociais no país, rompendo com uma tradição
milenar de segregação. Ainda assim, até os dias atuais, são comuns conflitos entre castas diferentes;
 Extensão dos direitos e garantias;
 1951 - Institutos Indianos de Tecnologia (IIT)
 Inspirados no MIT
Cap Antonio
 Especialização em diversas tecnologias → espacial, nuclear, informática, automóveis,
biotecnologia (medicamentos e vacinas);
 1955: Conferência de Bandung
 Identificar os objetivos, fraquezas, pontos fortes e características do que hoje conhecemos
como Terceiro Mundo.
 Índia como liderança do movimento de não alinhamento aos blocos vigentes na Ordem Bipolar;
 1959: Revolta Tibetana
 Demanda por autonomia e anticomunismo;
 Dalai Lama se refugia na Índia → atritos com a China;
 1960’s
 Brasil e Índia se articularam para a criação do UNCTAD: Conferência da ONU para Comércio
e Desenvolvimento;
 1960-1970’s: Revolução Verde
 O governo patrocinou implementos agrícolas modernos, novas variedades de sementes
genéricas e aumentou a assistência financeira aos agricultores que aumentaram o rendimento de culturas
alimentares como trigo, arroz e milho, bem como culturas comerciais como algodão, chá, tabaco e café.
 Operação Flood: voltada para a pecuária e a produção de leite. Tornou a Índia uma grande
produtora mundial de leite.
 1961: Criação do Movimento dos Países Não-Alinhados;
 1961: Anexou Goa
 Após contínuas petições por uma transferência pacífica, a Índia invadiu e anexou a colônia
portuguesa de Goa, na costa oeste da Índia.
 1962 – Conflito com a RPC
 China toma Aksai Chin (região nordeste da Caxemira): o objetivo sino era isolar os
muçulmanos de Xinjiang;
 EUA e Reino Unido não ajudam a Índia → o país recebe ajuda soviética;
 Derrota indiana, o que estimulou ampla reforma das formas armadas;
 Armamento e apoio;
 1964 – Criação do G-77
 Defender os interesses dos países subdesenvolvidos;
 Brasil e Índia como liderança;
 1965 – Acordo militar com a URSS → fornecimento de armas → questões fronteiriças com
Paquistão e China;
 1965 – 2ª Guerra Indo-Paquistanesa
 Índia e o Paquistão entraram novamente em guerra pela Caxemira, mas sem nenhum resultado
definitivo ou alteração da fronteira;
 1967 – Conflito com a RPC
 A RPC tenta anexar Sikkim, mas não obteve sucesso;
 1968 – II UNCTAD: Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento → fórum para a
defesa dos interesses do Terceiro Mundo → articulações com o Brasil;
 1969 – Tratativas para acordos bilaterais com o Brasil;
 1970´s
 A Índia dependente das importações de petróleo → choques do petróleo 1973 e 1979 →
desequilíbrio econômico;
 Remoção do controle de preços e redução de impostos corporativos. Além disso, ocorreram
fortes incentivos para a criação em larga escala de pequenas empresas;
 1971 – Criação do G-24
Cap Antonio
 Criado com a participação brasileira e indiana para coordenar as posições dos países membros
juntos organismos financeiros internacionais, como o FMI;
 1971 – 3ª Guerra Indo-Paquistanesa
 Guerra Civil Paquistanesa: Paquistão Ocidental e Paquistão Oriental
 Índia apoia a banda oriental → 3ª Guerra Indo-Paquistanesa → Bangladesh se torna
independente;
 1974: Índia realiza seu primeiro teste nuclear
 Índia recebia tecnologia nuclear para fins pacíficos. Porém, desenvolveu, secretamente, o
armamento nuclear → Corrida nuclear com o Paquistão;
 1975: Índia anexou Sikkim;
 1980’s: Diminuição das Licenças Rajs
 O fracasso do sistema estatal contribuiu para a desregulamentação gradual da economia;
 Política progressista → redução da burocracia governamental → estímulo à iniciativa privada;
 A restrições do governo diminuíram consideravelmente sobre moeda estrangeira, viagens,
investimentos estrangeiros e importações → os investimentos estrangeiros aumentaram as reservas
nacionais da Índia;
 Criou um círculo virtuoso que levou o país, no final dos anos 90, a figurar entre os grandes
países em desenvolvimento;
 1987: Novo conflito com a RPC por questões fronteiriças;
 Região de Arrunachal Pradesh;
 1987-1990: Missão de Paz no Sri Lanka
 1990´s: Reformas Econômicas
 Colapso da URSS → fim do modelo de economia planificada → reduzir a presença do Estado
na economia;
 URSS era o principal parceiro comercial da Índia → socorro do FMI → reformas neoliberais →
entrada de investimentos externos, venda de indústrias e a participação de investidores estrangeiros no
controle acionário das empresas → salto na indústria → G-20 financeiro;
 Abriu o mercado militar indiano para produtos brasileiros, como os aviões da Embraer;
 Fim das Licenças Raj e a redução da burocracia;
 Processo gradual de liberalização econômica e reforma, que abriu a economia indiana ao
comércio e investimento globais.
 Privatizações, redução de impostos, restruturação da política fiscal, destinadas a reduzir os
déficits e as dívidas → fim do monopólio estatal em diversos setores;
 Avanços nos setores da indústria de tecnologia da informação (TI), o que começou a
impulsionar a economia indiana;
 O investimento estrangeiro e a terceirização de empregos (call centers) para os mercados de
trabalho da Índia aumentaram ainda mais o crescimento econômico da Índia
 Uma grande classe média surgiu em toda a Índia, o que aumentou a demanda e, portanto, a
produção de uma ampla gama de bens de consumo.
 O rápido crescimento econômico acentuou os problemas energéticos e de infraestrutura
existentes no país → OMC
 1992-1993: Tumultos de Bombaim
 Grande conflito entre hindus e muçulmanos;
 1995: Brasil e Índia participaram na formação da OMC;
 1999: G-20 Financeiro → Brasil e Índia lideraram a formação;
 1998: Índia e Paquistão realizam testes com armamento nuclear;
 2000’s:
Cap Antonio
 Terceirização para empresas ocidentais, principalmente as norte-americanas;
 Expansão dos investimentos educacionais e em P&D;
 Projeto Índia 2030
 Metas para se tornar uma Potência Global:
 Aumentar a PEA;
 40% da população vivendo nas cidades;
 Investimentos em infraestrutura: 7-8% do PIB;
 2000: População supera 1 bilhão de pessoas;
 2001: Brasil e Índia na quebra de patentes de medicamentos na OMC
 2003: G-20 Países em Desenvolvimento
 Brasil e Índia contra o protecionismo agrícola na OMC;
 É formado apenas por países em desenvolvimento, cujo tema principal é a agricultura.
 2004: G-4
 Reformulação do CS da ONU;
 Brasil, Índia, Japão e Alemanha;
 2007: Programa de Voos Espaciais Tripulados
 2008: Ataques de terroristas muçulmanos em Mumbai/Índia
 2019: Ataque terrorista contra comboio militar indiano na Caxemira
 2019: QUAD
 Índia, EUA, Japão e Austrália
 Grupo estratégico informal estabelecido para fazer frente aos chineses;
 Hoje:
 Setor de tecnologia, produção de programas computacionais, terceirização de serviços para
empresas ocidentais (centrais de atendimento).
 Recebe plantas industrias que estão saindo da China temendo um alinhando sino-russo mais
profundo;
 Apesar disso: alto índice de analfabetização, baixo IDH, população majoritariamente rural,
31% da população na linha da pobreza;
 Taxa média de crescimento de 7,5%, o que a coloca na disputa para se tornar a segunda maior
economia do mundo em meados do século XXI;

 RELAÇÕES COM SEU ENTORNO


 CHINA
 Nova Rota da Seda → Índia não desejou participar;
 Aksai Chin (Acordo para não usar armamento: uso de paus e pedras; região de alta altitude) e
Arunachal Pradesh (Extremo Nordeste na Índia, tem que passar pelo corredor geográfico entre Nepal,
Butão e Bangladesh);
 Proximidade entre China e Paquistão;
 QUAD;
 Atritos econômicos:
 Acusações de dumping por parte da China;
 Índia mantém EUA como principal parceiro comercial;
 Apetite chinês por empresas, especialmente start ups → governo indiano impõe limites para
os investimentos chineses no país;
 Investimentos chineses em infraestrutura nos vizinhos da região → Nova Rede da Seda;

 BANGLADESH
Cap Antonio
 Relações historicamente amistosas com atritos em temas específicos;
 2030: Índia possivelmente terá uma crise hídrica;
 Barragem Farakka:
 Controle do fluxo de água do Rio Ganges → controle do fluxo de água para Bangladesh;
 Água escassa para ambos;
 Migração para a Índia: soldados na fronteira: “shoot to kill”;
 Terrorismo;
 Parcerias em defesa e energia;
 Participa da Nova Roda da Seda;

 NEPAL
 País do Himalaia → Turismo;
 Barreira natural contra a China → Cordilheiras do Himalaia;
 Relações profundas e assimétricas;
 Nepaleses e indianos podem circular livremente sem passaportes ou vistos e podem viver e
trabalhar em qualquer um dos países;
 Maior parceiro comercial do Nepal (60%);
 Maior fonte de investimento estrangeiros do Nepal;
 Fornece trânsito para quase todo o comércio exterior do Nepal;
 Fornece quase 100% dos suprimentos de petróleo;
o A maior parte da energia no Nepal é proveniente de lenha (68%);
 Depende das remessas internacionais de nepaleses que moram e trabalham na Índia;

 BUTÃO
 Monarquia;
 Barreira natural contra a China → Cordilheiras do Himalaia;
 1949: Tratado de amizade
 Livre comércio entre Butão e Índia;
 Butão concordou em deixar a Índia “guiar” a sua política externa;
 Ataque militar ao Butão seria um ataque a própria Índia;
 2007: Novo tratado de amizade e mais soberania para o Butão;
 Economicamente dependente da Índia:
 Butaneses e indianos podem circular livremente sem passaportes ou vistos e podem viver e
trabalhar em qualquer um dos países;
 Maior parceiro comercial do Butão (94%);
 Maior fonte de investimentos estrangeiros do Butão;

 SRI LANKA
 1948: Independência do Reino Unido;
 Relações amigáveis com a Índia;
 Principal vizinho do Sri Lanka;
 Atuação indiana na Guerra Civil do Sri Lanka (1987 – 1990);
 Busca de uma parceria de segurança no Oceano Índico;
 Forte relacionamento econômico
 3º parceiro comercial do Sri Lanka, atrás dos EUA e Reino Unido;
 Está entre os cinco países que mais investem no Sri Lanka;
Cap Antonio

 A ÍNDIA COMO LIDERANÇA DA PERIFERIA DO MUNDO NA GUERRA FRIA


 Neutralidade
 DNA periférico
 Pobreza;
 Desafios sociais;
 fronteiras sensíveis;
 Segurança (interna e externa);
 1955 – Conferência de Bandung
 1961 – Criação do Movimento dos Não-Alinhados (MNA) → ainda existe!
 Respeito à soberania e autodeterminação;
 Posicionamentos
 Apoio à Causa Palestina → aproximação dos países árabes;
 Críticas ao colonialismo português;
 Oposição ao apartheid sul-africano;
 Resistência ao TNP;
 Liderança mais política do que econômica;
 Participação tímida na economia global ao longo da Guerra Fria;
 Dificuldades de atração de tecnologia e ganhos de competitividade;
 “Parceria incompleta” → sem intervenção econômica;

 A ÍNDIA HOJE
 Índia Global
 Principal parceiro comercial: EUA;
 Destinada à grandeza
 A caminho da maior população do mundo → população é um dos pilares do
desenvolvimento econômico a longo prazo → passa pelo bônus demográfico;
 Protagonismo regional e global: capacidade de gerar tecnologia. Ex.: vacinas do covid-19;
 Potência industrial e tecnológica;
 Economia em acelerada transição → de rural pra urbana;
 País jovem e rural → espaço para crescer;
 Potências do séc. XXI: China e Índia → EUA manterá a influência cultural (soft-power
imbatível);
 Oportunidades
 Mão-de-obra barata;
 350 milhões de pessoas na Índia falam inglês;
 Cerca de 3,1 milhões de estudantes são adicionados à força de trabalho a cada ano;
 Intimidade com tecnologia de ponta;
 80% das empresas europeias e americanas classificam a Índia como seu destino número um
de terceirização;
 Back-office: finanças e contabilidade, suporte jurídico, gerenciamento de dados, pesquisa e
análise em nível competitivo;
 O ocidente se transformará na periferia da Ásia;

 A ÍNDIA E O MUNDO
 BRASIL – ÍNDIA
Cap Antonio
 1948: Relações diplomáticas;
 Distância política e econômica;
 1968: Tímida aproximação
 Visita de Indira Gandhi ao Brasil;
 TNP;
 II UNCTAD (Nova Délhi) → Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e
Desenvolvimento;
 1968: Acordo nuclear entre os dois;
 1974: Teste nuclear “Smiling Budha”;
 Brasil rompe o acordo nuclear com a Índia;
 Anos 1990:
 Reformas econômicas similares;
 Ambos renovam suas atuações multilaterais;
 Credibilidade;
 Terceirização para empresas estrangeiras;
 Abrir para o capital estrangeiro → alternativa para acelerar o desenvolvimento;
 Anos 2000:
 Grandes emergentes ganham destaque;
 2003: IBAS
 2003: G – 20 Comercial → argumentar por mercados agrícolas na OMC;
 2005: G-4 → reforma do CSNU;
 2006: Parceria estratégia;
 2009: BRICS
 2011: BASIC → questões do meio ambiente;
 2020´s:
 Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) → facilita os investimentos
entre os dois países, aumenta a integração econômica;
 Acordo de Previdência Social;
 Cooperação em Bioenergia;
 Programa de Intercâmbio Cultural para 2020-2024;
 Satélite Amazônia I → Índia é uma potência em tecnologia espacial;

 ÁFRICA – ÍNDIA
 Índia atua como influência;
 Apoio a descolonização;
 Inspiração terceiro-mundista;
 Relações mais políticas que econômicas;
o Sem apoio militar;
 Anos 2000 e 2010
 Índia ganha importância na África;
 Terceiro maior parceiro comercial;
o Atrás de UE e China;
 Ampliação dos investimentos;
o Linhas de crédito: o país faz o projeto e a Índia entra com o financiamento → diferente da
China que leva o projeto e o financiamento prontos!
o Sétima maior investidora na África → rivalidade com a China;
Cap Antonio
 Institucionalização
 2008: Fórum da Cúpula Indo-Africana
o Lidar com aumento no preço de alimentos e energia;
o Aproximação política e econômica;
o Bolsas de estudos;
o Diplomacia da Vacina → covid-19;

 RÚSSIA - ÍNDIA
 1955: Nehru e Kruschev trocam visitas;
 URSS apoiava soberania indiana sobre Caxemira e sobre os enclaves portugueses;
 1960’S: Índia recebeu mais assistência soviética do que a China;
 Aquisição de aeronaves MiG;
 1965: União Soviética mediadora da paz entre Índia e o Paquistão;
 1971: Tratado Indo-Soviético de Amizade e Cooperação
 Fundamental para o sucesso da intervenção indiana a favor da formação de Bangladesh;
 Fim dos anos 1970: URSS oferece mais armamentos e assistência econômica;
 2000: Assinada a parceria estratégica;
 Aspectos fundamentais:
 Rússia apoia a pretensão indiana a um assento no Conselho de Segurança da ONU;
 Comissão Intergovernamental Indo-Russa;
 Parcerias estratégicas: política, defesa, energia nuclear civil, cooperação antiterrorismo e
espaço;
 Relações se deterioraram recentemente devido à postura anti-China da Índia;
 A Rússia ainda é o principal fornecedor de material bélico para o país;

 EUA-ÍNDIA
 Os EUA temiam que a URSS alcançasse os mares quentes que banham a Índia;
 Guerra Fria: Neutralidade
 Define o tom para as relações EUA-Índia durante a Guerra Fria, criando restrições dentro do
relacionamento;
 1963: Apoio tecnológico para o que viria a ser a Revolução Verde;
 1974: Teste atômico indiano;
 Relações estremecidas;
 1991: Colapso da URSS → Índia lança reformas econômicas profundas;
 EUA substituem a URSS como principal parceiro internacional
 Abertura econômica da Índia;
o Comercial;
o Fluxos de capitais;
o Investimentos estrangeiros direto;
 EUA alavanca o crescimento indiano;
 Terceirização;
 Deslocalização industrial → parte do processo de produção das empresas americanas vão
para a Índia;
 Globalização e queda de custos;
 1998: Novo estranhamento com testes nucleares indianos;
 EUA impõe sanções a Índia;
Cap Antonio
 2001: George W. Bush levanta as sanções contra a Índia e em 2005 faz um acordo nuclear com
o país indiano → temor de cooperação com o Irã → legitimou o armamento nuclear da Índia;
 2010: Parceria Econômica;
 2014: Parceria Estratégica;
 2019: Trump encerrou o status especial da Índia e aumentou as tarifas de produtos indianos →
postura hostil na área econômica;

 ORIENTE MÉDIO – ÍNDIA


 Israel;
 Relações desde 1992;
 2º maior fornecedor de armas para a Índia (atrás somente da Rússia);
 Índia é a maior compradora de armas israelenses;
 Ciência, tecnologia, defesa e inteligência;
 Países árabes e Irã
 Relações antigas e estáveis;
 Petróleo → Índia possui poucas reservas de petróleo;
 Índia busca relações sem crises;
 Desafio: Turquia
 Escolas do Movimento Gulen seguem abertas na Índia → Gulen é opositor de Erdogan e a
Índia não fecha as escolas;
 Proximidade entre Turquia e Paquistão;
 Erdogan se relaciona com muçulmanos indianos;

 EUROPA-ÍNDIA
 Discussão eterna: produtos têxteis (excessivamente baratos → a UE alega que a Índia faz
dumping social) e produtos agrícolas;
 1998: Testes nucleares indianos;
 Sanções bilaterais da UE são descartadas, embora Alemanha e Reino Unido imponham;
 2004: Parceria Estratégica → reconhecimento para a política externa, o que significa que o
outro é importante para sua inserção internacional;
 2005: Índia contribui com a EU no programa de navegação por satélite Galileo;
 2007: Início de negociações sobre Acordo de Livre Comércio;
 2021: EU e Índia concordam em retomar discussões comerciais (China no radar);
Cap Antonio
Assunto 114. A ÁSIA CENTRAL PÓS-SOVIÉTICA
a. Recursos naturais e jogo estratégico
b. As novas repúblicas e os enclaves muçulmanos
Assunto 115. FUNDAMENTALISMO ISLÂMICO E CRISE NA ÁSIA CENTRAL
a. Os casos do Afeganistão, Paquistão e Irã
b. O novo Islã

❖ Examinar a situação da Ásia Central pós-soviética, destacando a emergência do terrorismo


fundamentalista na região;

 Caracterização da área:
 A Ásia Central é uma sub-região do continente asiático compreendida entre o leste do Mar
Cáspio e oeste da China, e entre o norte do Irã e o sul da Rússia.
 Os cinco países integraram a URSS até a sua dissolução em 1991: Turcomenistão, Tajiquistão,
Cazaquistão, Quirguistão e Uzbequistão;

 Expressão Econômica:
 O Quirguistão e Tajiquistão tutelam os recursos hídricos e Cazaquistão, Turcomenistão e
Uzbequistão o gás natural e o petróleo;
 Economias interdependentes;
 Atrativos para as economias mais desenvolvidas (EUA, Rússia e China) → motivação para
grupos nacionalista → Partido da Libertação no Tajiquistão;
 Ligação natural terrestre entre a Ásia e a Europa;
 Possibilidade de produção e exportação de gás natural e petróleo para a Europa e a Ásia;
 Agrega grande valor estratégico e econômico para a região;
 Extremamente dependentes da antiga URSS, tiveram que se adaptar à economia internacional
após 1991, buscando diversificar as relações econômicas com as potências;
 Participam da Comunidade dos Estados Independentes (CEI): relativo controle russo na
economia e na segurança;
 Comunidade Econômica Eurasiática (CEEA): a Rússia tornou grande financiadora,
principalmente no setor de infraestrutura e de energia. Garante maior fidelidade dos países do grupo à
política russa;
 Presença dos EUA durante a Guerra ao Terror;
 Os EUA têm buscado firmar parcerias na região, com acordos bilaterais, garantido espaço para
o fluxo comercial de seus produtos e a construção de oleodutos e gasodutos, que liguem os países
produtores ao ocidente;
 Organização para a Cooperação de Xangai (OCX): busca a cooperação nas áreas de segurança
coletiva, política e economia;
 Fundada em 2001, sua origem remonta antigo grupo denominado os Cinco de Xangai;
 Conter os “três males” (separatismo, terrorismo e fundamentalismo);
 Tem a Rússia e a China como membros;
 Teor antiocidental de suas posições: a substituição do dólar como moeda cambial, a
formação de um cartel de gás natural → interpretada como uma alternativa à presença dos EUA na
região;
Cap Antonio
 Para combater os terroristas realizam concessões econômicas ora aos EUA, ora à Rússia ou à
China;
 É encarada como uma área de baixos índices sociais e de economia frágil, amparada, quase
sempre, por organizações internacionais, tal como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco
Asiático de Desenvolvimento (BAD);
 Além de ter fornecida algodão, frutas, legumes, petróleo, gás e energia elétrica para toda a
URSS;
 Os projetos energéticos (como o gasoduto Ásia Central-China) e logísticos constantes do
corredor terrestre da Nova Rota da Seda dependem de estabilidade na região;

 Expressão política
 Ascenção de regimes autoritários no pós independência → ascensão de grupos terroristas em
oposição às ações dos governos;
 Território extenso, porém, com climas semiáridos e áridos com uma vegetação pobre em
biodiversidade;
 Fronteiras importantes, como Irã, Rússia, China, Paquistão e Afeganistão;
 Acordos bilaterais com os EUA;
 Organismos Internacionais: CEI, OCX, CEEA;
 Segurança nacional afetada pelas instabilidades de grupos radicais;

 Expressão psicossocial
 Buscam reforçar a sua identidade nacional, remetendo à grandiosidade de antigos impérios;
 Numerosas e diferentes etnias que divergem na interpretação do Islã e que não possuem um
sentimento de unidade nacional;
 A religião islâmica permeia todos os setores da vida cotidiana da população e direciona as
outras expressões do poder nacional;
 Degradação das condições de vida da população, a pobreza, o sistema educacional deficiente e
o desrespeito aos direitos humanos por parte de governos autoritários → faz surgir movimentos
nacionalistas radicais;
 Influência de ideias anti-Ocidentes e xenófobas oriundas de países vizinhos;
 Irã inimigo dos EUA após a revolução de 1979;
 Afeganistão apoiador da Al-Qaeda e berço do Talibã, que exerce forte influência no
Paquistão;
 Movimentos sociais com teor fundamentalista islâmico → inspirados na Revolução Iraniana,
no Talibã e no grupo terrorista Al-Qaeda → recebem apoio dos países lindeiros para a constituição de um
califado conservador;
 Nos planos cultural e linguístico, a Turquia tem relações de enorme proximidade com muitos
dos países da Ásia Central; a maioria dos "istões" falam línguas túrquicas, até porque o povo turco
provém, na sua maioria, dos turcomenos.
 Influência cultural estrangeira na busca de uma opinião pública favorável:
 Os EUA tentam difundir ideias democráticos;
 A Rússia busca recuperar o prestígio de outrora;
 A China procura ser uma alternativa viável perante o inconformismo do povo com a situação
vigente;
 O constante estado de tensão e o agravamento dos problemas sociais facilitam a arregimentação
de soldados entre o povo, em troca de melhores condições para suas famílias;
 Não possuem uma identidade que promova a união nacional;
Cap Antonio

 Expressão militar
 Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC): aliança militar intergovernamental que
surgiu, em 1992, para dar lugar ao Pacto de Varsóvia;
 Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Bielorrússia e Armênia;
 Proteger seus membros de agressões militares;
 As vastas estepes permitiam ao exército vermelho um campo de testes para bombas nucleares;
 Os EUA têm procurado incrementar a cooperação militar com países como o Cazaquistão, o
Uzbequistão e o Tajiquistão. Mas a sua derrocada militar no Afeganistão e a inconstância na sua política
externa não inspiram confiança;
 A Rússia empregou a OTSC para debelar uma revolta popular no Cazaquistão em 2022;

 Terrorismo
 Grupos nacionalistas reagem às investidas das potências na região;
 O interesse internacional faz surgir movimentos radicais nacionalistas, como o Partido
Islâmico da Libertação do Tajiquistão;
 Grupos contrários as ações dos governos de aproximação com os grandes países;
 Os EUA instalaram-se na região para combater o terrorismo na denominada Guerra ao Terror,
após o 11 de setembro de 2001;
 2021: A saída dos EUA do Afeganistão e a retomada do poder por parte do Talibã trouxe
tensões para os países da Ásia Central;
Assunto 116. A DISPUTA PELA HEGEMONIA NA ÁSIA CENTRAL: RÚSSIA, EUA E CHINA

❖ Comparar os interesses estratégicos das potências na Ásia Central;

EUA RÚSSIA CHINA


Gás natural e petróleo
Buscam a estabilidade regional, a para consecução de seus objetivos econômicos → combate ao
terrorismo;
Apoiar governos autoritários alinhados com seus interesses na luta contra grupos radicais e na melhoria
da infraestrutura e das condições socioeconômica da população;
Instalação de bases militares no Presença militar e fornecimento OCX: conter o terrorismo,
contexto da Guerra ao Terror; de armamento; separatismo e o
fundamentalismo
Fornecimento de material e Organizações multilaterais: CEI, OCX: bloco energético,
treinamento militar no combate CEEA, OTSC e OCX; financeiro e econômico, como
ao terrorismo; forma de conter a influência dos
EUA e da Rússia;
Construção de gasodutos e Proximidade física → assegurar Aproximação com o Irã;
oleodutos com o intuito de a estabilidade de suas fronteiras;
escoar gás e petróleo para o
Ocidente;
Política de contenção da Rússia Investimentos em infraestrutura Assegurar a estabilidade da
e da China; por meio de CEEA, exigindo província de Xinjiang;
menos do FMI;
Projetos bilaterais → ligação Busca por fontes de energia; Construção de gasodutos;
energética com o ocidente;
Estratégia de isolamento do Irã; Apoio aos sistemas ditatoriais; Expansão de seus investimentos
Cap Antonio
no contexto da Nova Rota da
Seda;
Combater o fundamentalismo Diplomacia dos dutos;
religioso;
Espaços para fluxo comercial; Assegurar sua influencia em
uma área de antiga atuação da
URSS;

 Ideias englobantes de interesses na Ásia Central


 China promove modelo próprio de desenvolvimento asiático e diferente dos EUA;
 A China converte-se em líder cada vez mais atraente para países centro-asiáticos, pois não tem
a intenção de mudar suas políticas internas, principalmente em relação à política e aos direitos humanos;
 As três potências têm conseguido influenciar a região, em busca de interesses similares: EUA
→ Contenção, Rússia → Retomada, China → Ampliação;
 Complexa situação da Ásia Central: recursos naturais da região e seu potencial econômico
junto a instabilidade política (movimentos terroristas, ditaduras e guerras) e a ação das potências;
 Crises e as possibilidades de conflitos entre as potências por questões ligadas à Ásia Central;
Cap Antonio
UD 20 - A NOVA REPÚBLICA NO BRASIL: DE 1985 AOS DIAS ATUAIS
Assunto 117. A MOBIL. PELAS ELEIÇÕES DIRETAS E A ELEIÇÃO DE TANCREDO NEVES
Assunto 118. O GOVERNO SARNEY (1985-1989)
a. A Constituição de 1988
b. O Plano Cruzado
c. A Inflação e a dívida externa"
Assunto 119. FERNANDO COLLOR DE MELLO (1990-1992)
a. O Plano Collor
b. O Impeachment"
Assunto 120. ITAMAR FRANCO (1992-1994) E A INTERINIDADE DA NOVA REPÚBLICA
a. O Plano Real
Assunto 121. GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (1995-2002)
a. A consolidação do Plano Real
b. A política neoliberal
c. A criação do Ministério da Defesa
d. O segundo mandato: crise e recessão"
Assunto 122. A ASCENSÃO DA ESQUERDA E O GOVERNO LULA (2003-2010)

 Apresentar as principais alternativas políticas e ideológicas no processo de transição


democrática;
 Analisar a nova formação partidária brasileira, destacando suas principais características;
 Comparar as políticas econômicas de cada governo, destacando suas semelhanças e
diferenças e os reflexos para as relações internacionais brasileiras;
 Examinar a Constituição de 1988, considerando-se o processo constituinte;
 Compreender o Plano Real, investigando seus reflexos nas esferas política, econômica e
social;
 Examinar as principais medidas tomadas pelo governo Lula nos planos político, econômico e
social;

Assunto 123. O PAPEL DO BRASIL PERANTE A INTEGRAÇÃO SUL-AMERICANA

 Analisar o papel central do Brasil no processo de integração Sul – Americana;

Assunto 124. POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA


a. Antecedentes
b. Os novos desafios
 Comparar a política externa brasileira do governo da Nova República;
 Analisar a política externa brasileira junto aos países emergentes, e sua a projeção como
liderança internacional;
Cap Antonio
José Sarney
1985 – 1990 => José Sarney, herda o governo de Tancredo Neves;
Política: Constituição Cidadã, 1988;
Economia: “Planomia”;
o Congelamento de preços e os “fiscais do Sarney”;

Política Externa:
o Comando fora do Itamaraty => Chanceler Olavo Setúbal, empresário setor bancário;
o Último suspiro do nacional-desenvolvimentismo;
o Manutenção da dimensão globalista => pragmática, sem ideologias;
o Contenciosos com os EUA:
 Medidas protecionistas no setor de informática;
o Aproximação com a Argentina:
 Bases para as medidas de construção de confiança mútua no domínio nuclear => Ambos os
presidentes visitaram as instalações nucleares de cada país, com a intenção de passar a mensagem de que
não havia mais desconfiança entre os países.
 Bases para a posterior criação do Mercosul;
o 1988: Acordo CBERS com a China => construção conjunta de satélites;
o 1986: Zopacas, resposta do Brasil a proposta norte-americana de criação da OTAS (OTAN do
Atlântico Sul);

Collor e Itamar Franco


Eleito diretamente;
Tentativa de liberação da economia brasileira;

1990 – 1992 => Collor


Economia
o Profunda crise econômica e fracasso dos planos de estabilização neoliberal;
o Confisco da poupança => diminuir circulação de dinheiro no mercado (fracasso);
o Grave recessão, falência de empresas e inflação alta;
o Abertura comercial unilateral => privatizações e desregulamentação da economia;
Política interna
o Minoria parlamentar => escândalo de corrupção => processo de impeachment => renúncia
antes da finalização do processo;
Política Externa
o Contexto internacional:
 Fim da Guerra Fria
 Consenso de Washington => neoliberalismo e globalização;
 Unipolaridade dos EUA => redução do espaço de manobras para os Estados periféricos
o Alinhamento com os EUA e demais países desenvolvidos (Primeiro Mundo)
o Integração Regional
 1991: Criação do Mercosul => Tratado de Assunção;
o Aproximação com a Argentina
 Aérea Nuclear;
Cap Antonio
o julho/1991: Acordo de Guadalajara, México => uso exclusivamente pacifico da
energia nuclear; criando a ABACC: Agencia Brasileiro-Argentina de Contabilidade
e Controle de Materiais Nucleares;
o dezembro/1991: Acordo Quadripartite => Acordo entre o Brasil, a Argentina, a
ABACC e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para a aplicação de
salvaguardas (Salvaguardas: são atividades realizadas pela Agência Internacional
de Energia Atômica (AIEA) para verificar se um Estado estaria violando seus
compromissos internacionais de não desenvolver programas de armas nucleares).
 Neoliberalismo;
o Renovação de credenciais nos regimes internacionais:
 1992: Adesão aos Pactos de Direitos Humanos da ONU e ao Pacto de San José da OEA;
 1992: Rio 92 => protagonismo ao Brasil no âmbito ambiental;

1992 – 1995 => Itamar Franco


Retomada da lógica e do discurso de desenvolvimentismo:
o Modificação substancial das medidas e dos rumos neoliberais do governo Collor; =>
fabricação do Fusca no Brasil.
1993: Plebiscito sobre a forma e o sistema de governo => escolha da República e do
presidencialismo, já vigente à época.
1994: Plano Real => controle da inflação
Chanceleres:
o FHC (1992- 1993): Brasil como “global player” no tabuleiro comercial;
o Celso Amorim (1993-1995): desenvolvimento e fortalecimento dos laços com a África;
Política Externa
o Distanciando da agenda do Eixo Vertical, retomando parcerias horizontais, notadamente com
o MERCOSUL;
o Objetivou-se alcançar reconhecimento político, incrementando a atuação na ONU=> defesa
da reforma do Conselho de Segurança e a candidatura brasileira a um assento permanente;

1995 – 2003 => FHC


Economia:
o Reforma do Estado, abertura e modernização da economia:
 Privatizações (telecomunicações, elétrico, rodovias federais) e criação de agências
regulatórias setoriais;
 Crescimento da indústria automobilística;
o 1999: Desvalorização do real => efeito das crises econômicas nos mercados emergentes
(1994-2001);
o 2000: Controle dos gastos públicos => Lei de Responsabilidade Fiscal;
o 2000 – 2001: Crise do apagão;
Política interna:
o Presidencialismo de coalizão => concessão de cargos em troca de apoio parlamentar =>
PMDB como “fazedor de reis”;
o 1997: Emenda à Constituição para garantir a reeleição;
Política Externa
o Contexto internacional:
 Crises sistêmicas em mercados emergentes;
Cap Antonio
o Quatro tabuleiros das negociações comerciais internacionais (Mercosul, ALCA, EU e OMC):
 Atuação simultânea em todos eles para, pragmaticamente, manter a margem de manobra e
o poder negociador do país;
o 1995: Intensificação da participação do Brasil em missões de paz, notadamente em Angola;
o 1996: Fundação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP);
o 1998: Adesão do Brasil ao TNP;
o Aprofundamento da dimensão comercial do Mercosul
 1998: 17% das exportações brasileiras eram para bloco => produtos com alto valor
agregado;
o 1998: Mediação do conflito fronteiriço entre Peru e Equador => Acordo de paz assinado no
Brasil => protagonismo do Brasil na América do Sul;
o 2000: Aprofundamento das relações com os países emergentes e com o MERCOSUL =>
criação da Integração da Infraestrutura Regional Sul Americana (IIRSA);
o 2001: defesa da “quebra de patentes”;
o 2001: FHC solidariedade aos EUA no ataque terrorista;
o 2002: críticas à tentativa de golpe de Estado contra o Presidente Hugo Chávez na Venezuela;
Cap Antonio
UD 21 - A NOVA ORDEM MUNDIAL E O SÉCULO XXI
Padrão de desempenho: Examinar os principais eventos ocorridos no mundo pós-guerra fria até o século
XXI, com base nas fontes de consulta constantes das Referências, para explicar o estabelecimento da
Nova Ordem Mundial e os novos desafios para o equilíbrio do poder.
 Analisar as características centrais do mundo pós-Guerra Fria, em especial a emergência
das chamadas novas ameaças: crimes transnacionais, terrorismo, crises financeiras, proliferação de
armas de destruição em massa, operações de paz, migrações, proteção ambiental e crimes
cibernéticos;

 Compreender a nova arquitetura das relações internacionais, com ênfase na formação de


grandes blocos econômicos mundiais e no protagonismo norte-americano;

 Examinar a nova ordem mundial, as novas ameaças e a limitação dos atributos do Estado-
Nação;

 Apresentar o papel do Estado-Nação e as novas doutrinas de defesa e segurança;

 Analisar a efetividade dos Direitos Humanos nas relações internacionais desde o seu
surgimento até os dias atuais;

 Compreender os conflitos políticos e militares no mundo. As repercussões no Brasil;

Assunto 125. O MUNDO PÓS-GUERRA FRIA


a. A queda do Muro de Berlim e a unificação da Alemanha
b. O papel dos organismos regionais: a ONU, a OTAN e a OEA.

 A QUEDA DO MURO DE BERLIM E A UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA


 1985 - Mikhail Gorbachev desenvolveu novas políticas na URSS:
 Glasnot: política implantada para buscar maior transparência do governo, dando maior
liberdade de expressão para a população;
 Perestroika: política de reestruturação econômica (abertura) da URSS, por exemplo a redução
de gastos com defesa para investir no setor de consumo;

 1989-1992 – Esse relaxamento permitiu o clamor nacionalista de diversas repúblicas, o que


colaborou para o fim do sistema comunista soviético:
 Alemanha Oriental: manifestações por melhores condições de vida e maior democratização do
sistema na década de 1980;
 1989: Inicio da derrubada do Muro de Berlim → Marco da Reunificação;
 1990: Reunificação da Alemanha, e, por consequência, sua independência;
 Partidos comunistas foram substituídos por partidos pró-democracia;
 Leste Europeu e Ásia Central se libertaram da égide da “Cortina de Ferro”;
 1991: Liberais tomaram o poder na URSS, levando o Partido Comunista a Ilegalidade;
 21 dez 1991: Líderes de países assinaram documento onde era declarada a extinção da URSS e
criação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI);
Cap Antonio
 25 dez 1991: Gorbachev renuncia ao poder;
 26 dez 1991: dissolução da URSS;
 31 dez 1991: a URSS deixou de existir oficialmente com a extinção de todas suas funções
administrativas.

 1992: Boris Ieltsin assume a Federação Russa;


 Final da Guerra Fria marca o fim da BIPOLARIDADE entre as duas superpotências do período
(EUA x URSS);
 O encerramento do chamado equilíbrio pelo terror nuclear não foi seguido de uma ampla
estabilidade internacional:
 Disputas étnicas, religiosas e nacionalistas voltaram a se manifestar, por meio de conflitos
na África, Oriente Médio, Afeganistão, entre outros, para estabelecer novas fronteiras ou sistemas
político-religiosos; e
 Organismos como ONU, OEA e OTAN precisaram adequar suas ações conforme as mudanças
ocorridas no pós-Guerra Fria nos diversos aspectos.

 A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU


 Com o fim da Guerra Fria, as questões globais passaram a ser priorizadas na ONU;
 Fortalecimento com o processo de globalização, pois a interdependência entre os povos e
Estados gerou a necessidade de um órgão supranacional, capaz de solucionar ou gerir problemas comuns
da humanidade como: fome, escassez de água, danos ao meio ambiente, aquecimento global,
combustível;
 Conselho de Segurança da ONU (CSNU):
 Com o fim das decisões bipolarizadas entre EUA e URSS, o Conselho de Segurança
adquiriu maior protagonismo nas decisões sobre guerras, intervenções, ajuda humanitária e missões de
paz;
 Possui 5 membros permanentes (EUA, Inglaterra, França, Rússia e China);
 Alguns países solicitam o final do direito de veto para os cinco membros permanentes
enquanto outros argumentam que esse número de cinco deve ser ampliado para sete ou mais membros;
 Países em busca de cadeira permanente no CSNU: Japão e Alemanha, além dos emergentes
Brasil e Índia → G4;
 Aumento da participação ativa nas questões mundiais com envio de tropas da ONU para
manutenção da paz em áreas conflituosas (Ruanda, Haiti, Somália);
 Criação de fóruns para tratar de assuntos como terrorismo (talibã), narcotráfico (África e
Europa), aquecimento global (Protocolo de Kyoto), crise econômica, meio ambiente (sustentabilidade,
danos ambientais);
 2003: Prestígio abalado da ONU, quando EUA invadiram o Iraque sem o consentimento da
Organização;
 2008: A Rússia invadiu a Geórgia, por decisão unilateral, sem o consentimento das Nações
Unidas;

 A ORGANIZAÇÃO DO TRATADO DO ATLÂNTICO NORTE - OTAN


 1949: Criada pelo Tratado de Washington. Aliança de Assistência Militar Mútua do Bloco
Ocidental, contra a expansão da URSS;
 Com o fim do Pacto de Varsóvia, precisou redefinir sua função com desaparecimento da
ameaça de invasão militar socialista;
Cap Antonio
 Assumiu a prioridade de política de segurança e defesa da Europa e da América do Norte,
incluindo o combate ao terrorismo internacional;
 Combate ao terrorismo: após 11 set 2001, apoiou EUA em sua campanha contra o Talibã no
Afeganistão (2001) e Saddan Hussein no Iraque (2003);
 Alargamento da Organização para o Leste Europeu: adesão da Polônia, República Tcheca,
Bulgária, Estônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Albânia e Croácia → antiga área de
influência da extinta URSS;
 Impasse com a Rússia: adesão de antigos membros da URSS → russos consideraram
cercamento estratégico americano;
 Abertura para entrada de novos membros, buscando o aumento da influência geoestratégica dos
EUA;
 Hegemonia Militar dos EUA na OTAN com elevados investimentos no setor belicista;
 Aumento do raio de ação da OTAN: novo conceito estratégico de segurança, por meio de ações
contra antiterrorismo, participação em Operações de Paz (Guerra do Afeganistão, 11 set 2001), luta contra
tráfico de drogas e luta contra ameaças ao meio ambiente;
 Pode-se dizer que de 1949 a 1991, a estratégia da OTAN foi caracterizada principalmente pela
defesa e dissuasão, embora com crescente atenção ao diálogo e “détente” (afrouxamento ou relaxamento
nas relações tensas entre nações ou governos) nas últimas duas décadas deste período.
 A partir de 1991 foi adotada uma abordagem mais ampla onde as noções de cooperação e
segurança complementaram os conceitos básicos de dissuasão e defesa.

 Apresentar o papel da OTAN durante a Guerra Fria.


 A OTAN foi criada como uma aliança militar de assistência mútua em face de uma possível
expansão do comunismo e da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) na Europa Oriental e
em outras partes do continente europeu.
 Para fazer frente a isto, na redação do artigo 5º do tratado de criação, foi previsto que se um ou
mais membros forem atacados, todos e cada um dos países-membros deveriam considerar tal ato como
um ataque armado a todos os membros;
 Assim, para atender ao princípio de defesa coletiva, componente-chave da aliança, a OTAN
mantinha forças permanentes para estes esforços conjuntos de defesa da aliança.
 Nesse contexto, a OTAN emitiu, no período, quatro conceitos estratégicos, ou seja,
documentos que definiam as manobras estratégicas para a consecução e salvaguarda dos objetivos
políticos por ela definidos.
 Primeiro conceito estratégico → evitar um ataque inimigo e só atacar se um membro fosse
atacado primeiro;
 Segundo conceito estratégico → minar a vontade soviética de uma possível guerra, mas
deixar seus membros em condições de apoiar um eventual ataque;
 Terceiro conceito estratégico → dissuadir pela capacidade nuclear e pela prontidão das
tropas;
 Quarto conceito estratégico → estipulou três níveis de respostas miliares para eventuais
agressões, sendo que um ataque nuclear seria uma derradeira opção;

 1955: A OTAN tinha a intenção de colocar as suas defesas o mais a leste possível na
Europa, o mais próximo possível da Cortina de Ferro. Tal objetivo foi atingido quando a OTAN
convidou a Alemanha Ocidental a fazer parte da mesma. Em face disto, a URSS criou o Pacto de
Varsóvia.
Cap Antonio
 1966: O presidente Charles de Gaule retirou a França da estrutura militar da OTAN motivado
pelo nacionalismo francês e a oposição da França às pressões americanas na Comunidade Econômica
Europeia (CEE) e às relações privilegiadas de Washington com a Alemanha Ocidental e a Grã-Bretanha.
 1982: apoiou o Reino Unido na Guerra das Malvinas com o envio de armamentos;
 1990: apoiou os EUA na Guerra do Golfo;

 Apresentar o papel da OTAN no mundo pós-Guerra Fria.


 A OTAN se expandiu e passou a absorver países do antigo “Pacto de Varsóvia”: Hungria,
República Tcheca e Polônia.
 Por intermédio da OTAN, os EUA mantiveram-se engajados na Europa, buscaram sua
expansão com a adesão à organização dos países do leste europeu e ampliaram seu raio de ação para todas
as partes do mundo.
 O princípio da defesa coletiva permaneceu em vigor → e todos os membros contribuem com
pessoal, armamentos, equipamentos e recursos financeiros;
 1999: intervenção na Guerra do Kosovo;
 2001: invocação do artigo 5º pela primeira vez após o ataque terrorista às Torres Gêmeas →
países membros foram para a Guerra ao Terror no Afeganistão e no Iraque;
 2011: A OTAN apoiou os rebeldes da Líbia, autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU,
com uma coalizão liderada por EUA, Grã-Bretanha e França.
 2022: apoio indireto no conflito Rússia e Ucrânia;
 Novos conceitos estratégicos
 1991:
 Foi documento sem confronto e aberto ao público;
 Manteve a defesa coletiva como prioridade de seus membros e buscou expandir a parceria
pela Europa, particularmente com antigos adversários;
 1999:
 Definição ampla de segurança: além da defesa, incluir fatores políticos, econômicos, sociais
e ambientais;
 Novas ameaças e riscos foram identificados: terrorismo, conflitos étnicos, instabilidade
política;
 2010:
 Abarcou três ideias centrais: defesa coletiva, gestão de crises e segurança cooperativa;
o Na segurança cooperativa se atua anteriormente, prevenindo o surgimento de conflitos
que possam alterar a status-quo de segurança entre os Estados membros → ênfase na prevenção;
o A segurança coletiva atua neutralizando o conflito, após este ter surgido → ênfase na
resolução;
 Impulsionou a adaptação estratégica da aliança frente as novas ameaças e orientou o
desenvolvimento político e militar da mesma, com melhor coordenação interna;
 Reconheceu que ataques cibernéticos podem ameaçar a segurança;
 2022:
 Rússia mais agressiva em relação as fronteiras da OTAN e a ascensão da China;
 Reforça a necessidade de fortalecer ainda mais a dissuasão e a defesa como espinha dorsal
da aliança → corrida armamentista;

 Contribuir para a paz e a segurança internacional;


Cap Antonio
 A OTAN é um contribuinte ativo e de liderança para a paz e a segurança no cenário
internacional;
 Garantir a liberdade e a segurança de seus membros
 O propósito da OTAN é garantir a liberdade e a segurança de seus membros por meios políticos
e militares.
 Promover valores democráticos;
 Promove valores democráticos (respeito à vida, o pluralismo, o diálogo e a tolerância) e está
comprometida com a resolução pacífica de disputas. No entanto, se os esforços diplomáticos falharem, ela
tem capacidade militar para realizar operações de gerenciamento de crises sozinha ou em cooperação com
outros países e organizações internacionais.
 Proporcionar um espaço de diálogo e de coordenação para questões de segurança e defesa
mútua entre os membros da organização;
 Desde 1999, a OTAN adotou uma definição mais ampla de segurança, onde o diálogo e a
cooperação são parte integrante do pensamento estratégico da OTAN.
 Construir confiança mútua, evitar conflitos entre os membros da organização;
 Através da transparência no planejamento de defesa e nos orçamentos militares, a organização
reforça a confiança entre os Estados, mantendo uma maior integração e cooperação entre seus membros;
 Apoiar e atuar na resolução pacífica de conflitos;
 A OTAN está comprometida com a resolução pacífica de disputas. Se os esforços diplomáticos
falharem, ela tem o poder militar para realizar operações de gerenciamento de crises.
 Atuar em operações humanitárias
 Realiza operações de socorro e missões para proteger as populações contra desastres
naturais, tecnológicos ou humanitários. Embora não seja uma operação nem uma missão como tal, a
OTAN está apoiando os esforços civis para combater a pandemia de COVID-19 nos países membros e
parceiros e prestando apoio às autoridades locais onde as tropas da OTAN estão destacadas. O ritmo e a
diversidade das operações e missões em que a OTAN está envolvida aumentaram desde o início dos anos
90.
 Atuar contra o terrorismo
 O Conceito Estratégico de 1999 da Aliança já havia identificado o terrorismo como um dos
riscos que afetam a segurança da OTAN. Desde os ataques terroristas de 11 de setembro, o pensamento
militar, os recursos e a energia da OTAN têm dado maior atenção à luta contra o terrorismo, à
disseminação de armas de destruição em massa, guerra híbrida e tecnologias emergentes e disruptivas;

 Papel da OTAN na conformação da atual ordem mundial.


 A OTAN atua para preservar os interesses dos países da aliança atlântica, contribuindo assim
para a manutenção do status quo de poder do imediato pós-Guerra Fria, o qual tinha nos Estados
Unidos da América seu ator mais poderoso, e como resultado dessa preservação dos interesses dos países
centrais, a OTAN vai colaborar para assegurar a hegemonia global dos Estados Unidos da América, tendo
como coadjuvantes nos países do G-7, aqueles países mais ricos do mundo.
 Um outro papel dentro desse contexto de uma reflexão mais crítica seria de servir como
instrumento para que a Rússia não adquira protagonismo político e militar sobre seus antigos países
satélites, fortalecendo a posição estratégica da OTAN contra seu antigo rival da época da Guerra Fria.
 Um outro papel do dentro dessa visão mais reflexiva, seria que a OTAN atua como
instrumento de segurança coletiva regional e a luz de seus interesses, colaborando para a estabilidade
do sistema internacional, por meio de gerenciamento de crises e de apoio ou condução de operações de
paz.
Cap Antonio

A ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS – OEA


 1948: Organismo assinado dentro das Nações Unidas, com os países membros comprometidos a
defender os interesses do continente americano, com soluções pacíficas para desenvolvimento econômico,
social e cultural;
 Na nova ordem mundial, a organização passou a ser um fórum ativo de debates entre os países
latino-americanos, definindo políticas e formas de integração entre as nações do continente;
 A partir de 1990, definiu como prioridade:
o o fortalecimento da democracia;
o assuntos relacionados com o comércio;
o integração econômica;
o controle de entorpecentes;
o repressão ao terrorismo e corrupção;
o lavagem de dinheiro e
o questões ambientais.

Assunto126. OS GRANDES BLOCOS REGIONAIS


a. UE, APEC, NAFTA e MERCOSUL
b. A limitação do Estado-Nação
c. Os impactos estratégico-militares
UNIÃO EUROPEIA
 Origem remonta a década de 1950: reinserção política e de retomada econômica das potências do
continente, que haviam perdido a hegemonia para EUA e URSS;
 Processo de integração:
i. 1944: BENELUX (área de livre comércio)
ii. 1951: CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço)
iii. 1957 Tratado de Roma: CEE (Comunidade Econômica Europeia
iv. 1960: União Aduaneira
v. 1992 Tratado de Maastricht: Atual União Europeia

 27 Países (Reino Unido saiu 31/01/2020);


 Euro: não adotado por 8 países (Dinamarca, Suécia, Rep Tcheca, Hungria, Polônia, Bulgária,
Romênia, Croácia);
 Constituição básica:
i. Parlamento Europeu: sediado em Bruxelas com representantes de todos os países;
ii. Comissão Europeia: órgão executivo do bloco;
iii. Sistema de leis: que rege as relações dos cidadãos dos países, que podem circular
livremente dentro da EU;
 Política externa: três bases:
i. a política comercial comum;
ii. a cooperação para o desenvolvimento; e
iii. a política de segurança comum.
Cap Antonio
 Relações Internacionais: posições de protagonista, com uma política externa bem definida. Com
a implantação da Política Comum de Segurança e Defesa, prevê a intervenção da UE em crises
humanitárias e operações de paz

COOPERAÇÃO ECONÔMICA ÁSIA PACÍFICO – APEC

 1989: Tratado de Canberra. 21 países membros: Austrália, Brunei, Canadá, Indonésia, Japão,
Malásia, Nova Zelândia, Filipinas, Cingapura, Coreia do Sul, Tailândia, Estados Unidos, China (Hong
Kong);
 1991: Taiwan;
 1993: México, Papua-Nova Guiné;
 1994: Peru e Chile;
 1998: Rússia, Vietnã.
 Objetivos: implantar a livre circulação de mercadorias, capitais e serviços; fortalecimento diante
do mercado internacional e, principalmente, ter capacidade para concorrer com a União Europeia.
 Diferença para UE: APEC é focada somente nas questões econômicas;
 Organização Política e Administrativa: Comitês temáticos. Ex: Comitê de Economia;

ACORDO NORTE-AMERICANO DE LIVRE COMÉRCIO – NAFTA

 Este Tratado vigou até julho de 2020 quando foi substituído pelo Acordo Estados Unidos-México-
Canadá (USMCA);
o Donald Trump “America First”: proteção do mercado estadunidense, prevenir a fuga das
empresas americanas em busca de baixos impostos e mão de obra mais barata;

 Consequências:
o subsídios à agricultura pelos EUA criou dificuldade para a produção agrícola mexicana;
o fuga das indústrias para o México e redução da oferta de emprego, por conta da mão de
obra mexicana mais barata - Indústrias Maquiladoras;
o aumento da imigração ilegal do México para os Estados Unidos;
o aumentou a concentração de renda tanto no México como nos EUA.

O antigo acordo, denominado de Nafta, agora dá


NOME lugar ao USMCA.

O novo acordo pretende impedir que indústrias se


transfiram para locais com mão de obra mais
SETOR AUTOMOTIVO
barata. A ideia é que cerca de 75% das peças de um
carro sejam fabricadas nos Estados Unidos por
trabalhadores que recebam em média 16 dólares
por hora.
SETOR DE LATICÍNIOS O Canadá concordou em diminuir as barreiras no
Cap Antonio
setor de laticínios, já que o governo dos Estados
Unidos classificava a proteção dos produtos lácteos
injusta com altas tarifas de importação. Assim,
amplia-se o mercado de laticínios entre Canadá e
Estados Unidos.
VALIDADE DO Ao contrário do Nafta, que não possuía tempo
ACORDO determinado para estar em vigor, o USMCA
deixará de vigorar em dezesseis anos, portanto,
estabeleceu-se uma cláusula de validade.
A proteção da propriedade intelectual já existia. O
PROPRIEDADE
novo acordo propôs o aumento dessa proteção,
INTELECTUAL
oferecendo-a a farmacêuticos e inovadores
agrícolas. Essa proteção estende-se também aos
direitos autorais de escritores e compositores.
O USMCA veta os direitos aduaneiros para os
COMÉRCIO
produtos distribuídos digitalmente, como jogos e
ELETRÔNICO
livros eletrônicos.

MERCADO COMUM DO SUL – MERCOSUL


 1985: Declaração do Iguaçu (Brasil e Argentina)
 1988: Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento (Brasil e Argentina), com o objetivo
de constituir, em 10 anos, um espaço econômico comum;
 1991: Tratado de Assunção - adesão de Paraguai e Uruguai. Criação do Mercosul;
 1994: Protocolo de Ouro Preto, dotou o MERCOSUL de Personalidade Jurídica internacional,
possibilitando sua relação como bloco com outros países, blocos econômicos e organismos internacionais;
 1995: Tarifa Externa Comum – TEC, buscando padronizar as trocas comerciais com países de fora
do bloco;
 2012: adesão da Venezuela. Está suspensa desde 2016, sendo aplicada a clausula democrática do
Protocolo de Ushuaia em 2017;
 Demais países sul-americanos: Estados Associados.
 Bolívia tem status de associado em processo de adesão;
 Principal desafio:
o grau de disparidade entre as economias de seus países membros;
o Brasil detém em torno de 75% do PIB do bloco, Argentina um pouco menos de 23%,
Uruguai (1,5%) e Paraguai (0,7%);
 Posicionamentos comuns diante das demandas internacionais:
o Contrários a criação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA);
o Busca por parceiros comerciais UE, CAN e México;
Cap Antonio
o 2018: acordo entre o FOCEM (Fundo para Convergência Estrutural do Mercosul) e o
FONPLATA (Fundo de Desenvolvimento Financeiro da Bacia do Prata) visando o apoio
financeiro para o desenvolvimento regional;
o 2019: Concluiu acordo comercial com países do EFTA - Associação Europeia de Livre
Comércio (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein);
o Acordos em negociação que envolvem Canadá e Coreia do Sul (Brasil pode ser
beneficiado com redução ou eliminação de tarifas de 39 diferentes produtos);
o 2019: Acordo MERCOSUL-EU (2º maior parceiro comercial do MERCOSUL),
dependente do processo de ratificação;
i. Argumento francês: contrário ao acordo! Questão ambiental.

Assunto 127. SOB A HEGEMONIA DOS ESTADOS UNIDOS

● 1991-2001: Pax Americana

Generalidades
1. O poder norte-americano durante e após a Guerra Fria
a. O poder norte-americano na GF foi usado por meio de alianças e organismos multilaterais;
b. Com o fim da URSS, os EUA passaram a ser a força hegemônica (Pax americana);
c. Enquanto a GF dividia a atenção entre os 2 blocos, seu fim transformou os EUA no principal
alvo de críticas no mundo
d. A instrumentalização do inimigo, essencial para o projeto de construção da nova ordem:
o Contenção da URSS;
o Contenção do comunismo;
o Disseminação do liberalismo;

2. Fim da Bipolaridade
a. EUA compreendeu que não poderia atuar sozinho no contexto internacional
b. Temas como direitos humanos, democracia, desenvolvimento humano passaram a fazer parte
da agenda política internacional
c. Adoção do perfil internacionalista multilateral:
o desenvolvida ao longo da 2ª GM;
o remonta ao Idealismo Wilsoniano (1918);
d. Unilateralismo x Multilateralismo
o Multilateralismo: ajustes na hegemonia. Aproveitar os dividendos e expandir sua
influência e mercados. Administrar a ascensão do Japão, da China e da Europa
Ocidental como polos alternativos.
o Unilateralismo: “Momento Unipolar”. Pós 11 setembro. Expansão hegemônica.
Desconstruindo as alianças do pós-guerra.

Governo Bush (1989-1993)


1. Defense Planning Guidance (DPG): formulado, mas não utilizado. (Bush filho adotou).
a. defendia o exercício pleno da supremacia militar;
b. a expansão geográfica para a Eurásia;
c. a contenção da ascensão de quaisquer potências regionais no sistema.
Cap Antonio
d. princípios da unipolaridade e unilateralismo, valorizando o poder militar.
2. Durante o governo Bush, e no de seu sucessor, o democrata Bill Clinton, prevaleceu a política do
internacionalismo multilateral, buscando sua atualização e reforma. No caso de Bush, não foi formulada
uma nova grande estratégia, sendo oferecidos ajustes pontuais em determinados setores da externa ação
norte-americana (integração regional, reavaliação da missão de alianças, dentre outros).
3. Este perfil de transição gradual da agenda levou analistas a estabelecer a expressão “Status Quo
Plus” para se referir às relações internacionais neste período;

Bill Clinton (1993-2000)


1. Formulou a primeira nova grande estratégia do período pós-Guerra Fria
a. visão geopolítica e geoeconômica;
b. consolidação do liberalismo
c. participação de seus aliados e OIGs. Compartilhamento de responsabilidades, tarefas;
d. diminuição do ônus para os norte-americanos;
e. Inimigos: Estados que não participassem deste núcleo democrático e não compartilhassem seus
valores;
2. Transformações socioeconômicas domésticas acentuaram as fragmentações do país, com impactos
sobre a formulação de políticas e decisão - Eleição de Bush;

Governo George W. Bush Filho (2001-2009)


1. Imediatamente após o 11 de Set 2001
a. Gerou um consenso artificial em torno de políticas neoconservadoras (após perda da
invulnerabilidade norte-americana):
o ascensão de linhas conservadoras e controle à democracia;
b. retrocesso na agenda internacional;
o crescimento do unilateralismo;
o subvalorização das alianças e tratados internacionais (priorizava as conversas bilaterais
(não valorizou o ambiente multilateral);

2. Divisão do mundo entre o "bem" e o "mal"


a. Bem - apoiam os EUA
b. Mal - contra os EUA ou não apoiam as decisões do governo;
o Países pertencentes ao Eixo do Mal: Iraque, Irã e a Coreia do Norte (principais);
 intensificação do projeto nuclear desses países (Irã e Coreia do Norte);
o Venezuela, Cuba e Síria - fortaleceram alianças alternativas
c. Planejamento de ataques preventivos contra possíveis inimigos (Ação Preventiva);
d. Aliados buscaram coalizões (OCS, IBAS, G-20s);
o OCS: Organização de Cooperação de Shanghai;
o IBAS: Fórum de Dialogo entre Índia, Brasil e África do Sul;
e. A hegemonia passou a ser vista como elemento de desordem;

3. Ato Patriota
 Decreto assinado por George W. Bush logo depois do 11 de setembro:
Cap Antonio
o Interceptação de ligações telefônicas e e-mails de organizações supostamente
envolvidas de terrorismo, sem necessidade de autorização da justiça;

4. Sem esforço diplomático para criar um sentimento pró-americano no mundo. Bush realizou
poucas viagens diplomáticas internacionais. Na guerra contra o Iraque, os Estados Unidos estavam
virtualmente sozinhos;

5. 2003: Aumento dos investimentos em defesa (maior dos últimos 20 anos);


 Deter os Estados párias em sua capacidade de empregar armas de destruição em massa;
 Prover bases seguras para a projeção de poder ao redor do mundo (verdadeira razão);

6. Forte protecionismo comercial


 exercendo pressões econômicas unilaterais;
 adotando processos de retaliações sem amparo em tratados internacionais;
 criação de mecanismos de assistência para as corporações nacionais (enfrentar o imobilismo
tecnológico industrial);
 barreiras para transferência de tecnologias que poderiam beneficiar países em desenvolvimento
(fornecedores de matérias-primas);

7. A imposição da “Pax Americana” sofreu reveses na política Internacional:


 Aumento do número de países ou populações hostis aos Estados Unidos.

8. As duas guerras e a agenda dos EUA acentuaram o isolamento e a super extensão imperial,
contribuindo para a disseminação da crise financeira de 2008.

9. 2006: democratas recuperam a maioria no legislativo (pós-reeleição)


 Condoleezza Rice - Departamento de Estado:
o amenizou o unilateralismo e unipolarismo (introduziu tema com "a diplomacia
transformacional" e "multilateralismo assertivo");

10. Os EUA conduziram erroneamente a campanha contra o terror e a sua legitimidade:


a. Desrespeitou o entendimento do Conselho de Segurança, que reclamavam por mais provas
sobre a posse de armas de destruição em massa pelo Iraque;
b. Ingerência unilateral fez com que seus aliados perdessem seus investimentos. Como Inglaterra
e França (distribuição das tarefas de reconstrução do Iraque antes do fim da guerra).

11. Diferenças em relação ao governo Bill Clinton - Política Externa Unilateral


a. Bombardeio ao Iraque - desconsiderou a opinião da comunidade internacional
b. Expulsão de diplomatas russos - suspeita de espionagem
c. Rejeição ao tratado de Kyoto (2001) - prejuízos às indústrias norte-americanas
d. Elevação de Rússia e China à condição de competidoras estratégicas, ao invés de sócios
estratégicos
e. Não ratificação do CTTB (Tratado para Banimento de Testes Nucleares)
f. Pressões para aceleração da ALCA, atropelando a América Latina
g. Tratado contra imigrantes latino-americanos
Cap Antonio
h. Crise com China. Apoio à Taiwan e venda de armas
i. Isolamento no processo de paz entre Israel e Palestina

Gov Barack Obama (2009-2017)


1. Estratégia de Segurança Nacional (NSS-2010):
a. Substituição da Doutrina Bush
b. Guerras do Afeganistão - “guerra da necessidade” e do Iraque - “guerra de escolha”:
o Retirou tropas do Iraque até 2011
o Aumentou tropas no Afeganistão
c. Oposição ao unilateralismo, unipolarismo
d. Aborda o multilateralismo, o multipolarismo e a cooperação (tom progressista)
o abertura para temas sociais, ambientais, direitos humanos, C&T
o não abre mão da supremacia militar
e. Necessidade de investir no fortalecimento do sistema internacional, face aos desafios
transnacionais
f. Define como inimigos:
o Al-Qaeda e seus afiliados
g. EUA precisam investir no fortalecimento do sistema. Os EUA e seus parceiros exercem um
papel construtivo e democrático:
o Políticas equilibradas e de cooperação entre os EUA e potências regionais na Europa,
Ásia e Américas;
o Abordagem integrada de segurança regional e global;
o Cooperação entre os EUA e potências regionais na Europa, Ásia e Américas;
o Relações bilaterais com a China, a Índia e a Rússia
o Alianças bilaterais com Estados emergentes em processo de afirmação (Brasil).
h. Descompasso / contradição:
o apoio às ações de repressão de Israel à Faixa de Gaza
o busca de sanções unilaterais no CSNU
o contra o Acordo Tripartite BRA-Turquia-Irã

Assunto 128. OS CRIMES ORGANIZADOS TRANSNACIONAIS


a. Tráfico de armas
b. Tráfico de drogas
c. Tráfico de pessoas
Generalidades:
1. Crime organizado (CO): é qualquer grupo que tenha uma estrutura formalizada cujo objetivo
seja a busca de lucros através de atividades ilegais. É atualmente uma das maiores ameaças ao equilíbrio
internacional.
2. Fatores que favoreceram a transnacionalização do crime organizado:
o fim da ordem bipolar (fim fronteira ideológica)
o emergência de atores não estatais (maior facilidade de circulação internacional)
o globalização (maior facilidade de transporte pessoas e mercadorias)
o revolução informacional (facilita o comando e controle das redes de tráfico)
Cap Antonio
3. Vertentes do crime organizado:
o tráfico de armas;
o tráfico de drogas; e
o tráfico de pessoas.

Tráfico de armas
1. Importante e lucrativo crime;
2. Movimenta armas obtidas de forma ilegal (roubo, desvio de unidades militares e policiais,
mercado negro);
3. Na América Latina, dá suporte às organizações criminosas, como as do narcotráfico (fornece
fuzis, pistolas, armamento anticarro);
4. Dificuldades do Brasil no combate: Fiscalização precária e desvios de armas;
5. 3 rotas de chegada:
o Paraguai - Sul do Brasil (armas exportadas para o PAR legalmente);
o Holanda - Suriname - Norte do Brasil e portos no SE e S;
o EUA - Panamá e México - Aeroportos do Brasil (principalmente RJ e SP);
6. Outro ponto que alimenta a atividade são os desvios de armas de empresas e instituições públicas,
por meio do furto ou corrupção de agente públicos.

Tráfico de drogas
 Traficantes exercem forte domínio nas áreas produtoras e consumidoras, ocasionando o
esvaziamento da presença do Estado. Ocasiona o surgimento de liderança paralelas que controlam tais
regiões (Ex: milicias);
 O narcotráfico movimenta valores de cerca de 8% das exportações mundiais. Sua súbita saída do
mercado financeiro representaria, assim, um dano maior do que a sua permanência;
 Mercado que movimenta bilhões de dólares no mundo;
 Produtores: América do Sul e Ásia são os maiores: Afeganistão(ópio), Peru e Bolívia (folha de
coca), e Colômbia (refino da cocaína).
 Rotas: Brasil, Venezuela, Paraguai, Irã e México
 Centro de Consumo: Os países ricos, como os EUA, Canadá, Europa Ocidental, Japão e
Austrália.
 Lavagem de dinheiro: Suíça, Ilhas Cayman, Hong Kong.
 Fornecedores de substâncias químicas para refino: Suíça, Alemanha e Estados Unidos;
 Os EUA são o país com maior número de consumidores e país que mais combate o narcotráfico;
 Estados Unidos se utilizam da justificativa do combate ao narcotráfico para intervir em países,
como o México, a Colômbia e o Afeganistão;
 A política de combate ao tráfico facilita a venda de tecnologia para os países que sofrem pressão
para conter a produção das drogas. A venda e instalação de antenas e equipamentos do programa SIVAM,
por empresa americana, constitui um exemplo;
 O tráfico de drogas tem servido para financiar forças militares em conflitos armados;
Cap Antonio
 Países desenvolvidos, notadamente os EUA, passaram a entender o narcotráfico como ameaça
externa, justificando, assim, extrapolar suas fronteiras para combater as Organizações Narcotraficantes.
Ex: Plano Colômbia 1999;
 Um elemento central na estratégia americana de combate ao narcotráfico tem sido o
fortalecimento das fronteiras e recrudescimento de medidas anti-imigração;

Tráfico de pessoas
 Tem como finalidade:
o trabalho escravo ou análogo à escravidão,
o exploração sexual e
o tráfico de órgãos;
 Atividade criminosa lucrativa;
 No Brasil existe o tráfico interno e também externo, sendo destino de homens, mulheres e crianças
para fins de trabalho escravo e exploração sexual;

Ideias englobantes
 Essas problemáticas provocam limitações nos atributos nas capacidades dos países, com o
fortalecimento de atores não estatais, como facções criminosas.
 Constituem ameaças ao equilíbrio internacional.
 O tráfico de armas dá suporte ao crime organizado.
 Tráfico de drogas tem modificado a estrutura econômica e de poder no globo;
 O tráfico de pessoas é um fenômeno complexo multidimensional.

Assunto 129. TERRORISMO INTERNACIONAL


a. Origens, a linha político-ideológica e o radicalismo
b. O caso do terrorismo islâmico
c. O novo tipo de guerra"
Generalidades
 Terrorismo: modo de impor a vontade pelo uso do terror (obtido pelo uso de violência física ou
psicológica);
 Globalização do terrorismo - terrorismo transcende as fronteiras nacionais, uso da mídia para
recrutar, disseminar mensagens, doutrinar e expor seus atos;
 2) Terrorismo cibernético: ataque a computadores e redes de informação (Ex: 2017: ataque a sites
de bancos e governos)
Cap Antonio
Origens, a linha político-ideológica e o radicalismo;
1. Terrorismo de Estado:
a. Uso de violência de governantes contra a população. Terror por meio do poder do Estado:
o Revolução Francesa (Robespierre - Jacobinos), 1793-1794;
o Holocausto na Alemanha Nazista;
o Domínio do Japão sobre a China durante 2ª Guerra Mundial;

2. A partir de 1990: terrorismo político sobrepujado pelo terrorismo religioso:


a. Luta contra a intervenção Ocidental;
b. 11 set 2001: Ataque às Torres Gêmeas, símbolo do desenvolvimento Econômico e da
Hegemonia Cultural - World Trade Center. Ataque ao símbolo da proeminência militar - Pentágono.
Tentativa de atingir o Símbolo Político - Casa Branca;

O caso do terrorismo islâmico;


1. Organizações terroristas do Oriente Médio e Norte da África:
a. 1928: Irmandade Muçulmana – Egito. Em 2011, formou o partido político Liberdade e Justiça;
b. Final da década de 1970: Jihad Islâmica Egípcia;
c. 1982: Hezbollah – Líbano;
d. Década 1980: Hamas – Sunita, Cisjordânia;
e. Meados 1980: Al Qaeda – Afeganistão. Formada por células colaborativas;
f. Talibã – Afeganistão. surgiu com a invasão soviética no Afeganistão. Governou o Afeganistão
de 1996 a 2001. Voltou ao poder em 2021.

2. Formas de atuação: desvio de aviões, decapitações, ataques a bomba.


3. Exemplos de ataque: 11 de setembro, Boate Bataclan;

O novo tipo de guerra.


1. O Estado passa a ser questionado de sua capacidade de proteção (sensação de impotência estatal);
2. Os movimentos rebeldes passaram a apelar para o terrorismo como forma de política de libertação;
3. Forma de atuação:
a. Comoção ligada à periodicidade e região do mundo (diferença entre um atentado no Iêmen e na
França - menos mortes e mais comoção);
b. Exploração da mídia (Jornais potencializam os efeitos do atentado);
c. Imprevisibilidade (Ex: 11/09/2001);
d. Guerra na Síria (Terrorismo Estatal);
e. Ameaça aos Curdos na Turquia (Terrorismo Estatal);
f. Lobo Solitário (atentado na Maratona de Boston);

A reação dos EUA


 Doutrina Bush - Guerra Preventiva (Estratégia de Segurança Nacional de George W Bush):
o Aparato de Segurança em Aeroportos, Fronteiras, Metrópoles - Antiterror
o Ação Preventiva contra o Eixo do Mal - oriundos do povo Árabe
o Conclamação da "Fronteira Moral" - convoca a participação de outros países.
Cap Antonio
o Orientação populacional.
 Guerra ao Talibã;
 Segunda Guerra do Golfo
 Controle de imigrantes;
 Doutrina Obama (ataques Cirúrgicos);
 Ato Patriota:
o Quebra de sigilo bancário e fiscal
o Liberdade para Agências de Inteligência
o Investigação de meios de Comunicações dos cidadãos

Ideia englobante
 Após os atentados de 11set, os EUA mudaram a direção de suas relações internacionais,
substituindo os princípios baseados na persuasão e dissuasão, pelos ataques preventivos. Consolidou,
desta forma, o unilateralismo como princípio norteador da nova política externa norte-americana,
indiferente aos tratados e instituições internacionais

Assunto 130. A AMÉRICA DO SUL


a. As FARC
b. O Bolivarismo
c. O ocaso cubano
d. O Sendero Luminoso
e. A Venezuela e o Equador"

1. Intensificação das relações econômicas por meio de blocos internacionais de poder;


2. Multilateralidade e defesa de interesses comuns;
3. Expansão dos Blocos - Aumento de influência e fortalecimento;
4. A UE, principal bloco regional do mundo;
5. A entrada de países do Leste Europeu e dos Bálcãs na União Europeia;
6. Atuação internacional na defesa de seus interesses, em especial no campo da agricultura;
7. A formulação do NAFTA, hoje USMCA, com EUA, Canadá e México, como precursor de uma
zona de livre comércio nas Américas e forma de oposição dos EUA à EU;
8. A Organização dos Estados Americanos - OEA e seu enfraquecimento nos anos 1990 e 2000,
fruto de disputas políticas entre os EUA e nações sul-americanas, que acabaram por enfraquecer o bloco;
9. O Mercosul, iniciativa brasileira e argentina para abrir as economias locais, atrair investimentos e
se opor à agenda de livre comércio dos EUA:
o expansão do Mercosul nas décadas de 1990 e 2000, com novos membros plenos e
associados;
10. A Associação de Nações do Sudeste Asiático – ASEAN:
o 1967: Bloco de nações do Sudeste Asiático, tem se associado ao Japão e à UE como forma
de impulsionar o bloco;
11. A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacifico – APEC:
Cap Antonio
o Bloco regional que congrega vinte e uma nações, com 54% do PIB mundial e 44% do
comércio global;
o As cúpulas da APEC, dada a importância de países-membros no bloco geram impacto na
política global;
12. A Organização de Cooperação de Shanghai – OCS, 1996: Bloco criado pela China e com apoio da
Rússia para criar um fórum eurasiático livre da influência dos EUA;
13. A Associação Sul-Asiática para a Cooperação Regional - SAARC: Bloco criado por Índia,
Paquistão e países da região como maneira de integração econômica e política. Porém, os impasses
político-militares entre indianos e paquistaneses travam muito a ação do bloco.
Ideias englobante:
 A constituição de blocos constitui uma estratégia do países para a inserção na economia
internacional;

NOVAS AMEAÇAS:
Semelhante aos desafios da globalização – UD 2
1. Terrorismo;
o 11Set2001 – Al-Qaeda.
o Taleban.
o Estado Islâmico.
o Bioterrorismo
2. Migrações;
3. Crimes transnacionais;
o Tráfico de drogas.
o Tráfico de pessoas
o Tráfico de armas
4. Crimes cibernéticos;
5. A questão ambiental:
o Agenda ONU 2030.
o Acordo de Paris.
o Protocolo de Kyoto.
6. Crises financeiras;
o Crise de 2008. (Falência de banco nos EUA)
o Crise Russa, 1998. (Moratória Russa)
o Crise dos Tigres Asiáticos, 1997. (Início na Tailândia)
7. Governança Internacional;
8. Separatismos;
9. ONG;
10. Multinacionais;
11. Opinião pública;
12. Mídias Sociais;
13. Segurança Alimentar;
14. Segurança Energética;
15. Segurança Hídrica;
Cap Antonio

INTERFERÊNCIAS E LIMITAÇÕES NO ESTADO-NAÇÃO:


1. Indústria do crime se tornou globalizada, mas o combate é estatal;
2. Atividades criminosas transnacionais: extrapolam fronteiras formais dos Estados. Esse fato
dificulta o controle e "justifica" intervenções em países produtores;
3. As atividades criminosas são altamente lucrativas, fomentando seu crescimento
4. Em alguns países, as atividades criminosas, notadamente o narcotráfico, ainda que ilegais, são
responsáveis por parte representativa da economia, o que desestimula o controle por parte desses Países;
5. O combate a essas atividades esbarra nas questões de soberania e nas relações internacionais dos
Países, dificultando a aplicação de medidas efetivas;

Políticas

Adoção de posições externas comuns / diplomacia comum


- Nos diversos fóruns: Ex. UNASUL / Mercosul na OMC ou ONU.

Adoção de regime político


- Grande maioria dos blocos exige regime democrático / eleições livres.
- Ex. Venezuela foi suspensa do Mercosul por não ter regime democrático.

Adoção de legislação comum


- Blocos costumam exigir adoção de leis comuns.
- Ex. meio-ambiente / direitos humanos.

Regulação de ideologias
- Blocos podem impedir que países possuam ideologias extremas.
- Ex. nazismo.

ONGs
- Normalmente diversas ONGs trabalham junto aos blocos regionais.
- Essas ONGs passam a interferir nos assuntos internos dos países.
- Ex. Human Rights Watch.

Econômicas

Tarifas de exportação / importação


- Interfere de acordo com o sistema adotado.
- Ex. zona de livre comércio, união aduaneira, etc.

Instituições econômicas
- Bancos podem ditar políticas econômicas comuns aos países.
- Ex. Banco Central Europeu.

Moeda
- Moeda comum dentro do bloco.
- Ex. Euro.

Transporte
- Infraestrutura de transporte integrada dentro do Bloco.
- Ex. UNASUL com a Iniciativa para Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana
Cap Antonio
(IIRSA).

Crédito
- Por meio de bancos voltados para o desenvolvimento.
- Ex. Banco do Sul, na Venezuela (UNASUL).

Acordos e tratados econômicos


- Por meio do bloco.
- Ex. acordo entre Mercosul e UE / entre Mercosul e SACU.

Psicossociais

Migrações
- Livre circulação e residência para habitantes do bloco.
- Ex. União Europeia.

Trabalho
- Trabalho em qualquer país pertencente ao bloco.
- Ex. União Europeia.

Educação
- Reconhecimento de diplomas.
- Equivalência escolar.
- Ex. Mercosul.

Proteção ambiental
- Por meio de leis e acordos comuns no bloco.
- Ex. UNASUL.

Desenvolvimento sustentável
- Por meio de metas estabelecidas pelo bloco.
- Ex. Acordo de Paris, definindo limites de emissão de CO2.
Militares

Organizações militares comuns


- Entre países de um mesmo bloco.
- Ex. Brigada Franco-Germânica na UE.

Indústria de defesa
- Projetos comuns na área de defesa.
- Ex. KC-390 no Mercosul (Brasil e Argentina).

Ensino
- Instituições de ensino militar do bloco / doutrina militar comum.
- Ex. ESUDE (Escola Sul-Americana de Defesa), na UNASUL.

Organismos internacionais
- Comum a todos os países do bloco.
- Ex. CDS na UNASUL.

Cooperação em operações
Cap Antonio
- Formação de contingentes conjuntos.
- Participação conjunta em conflitos / operações de paz.
- Ex. União Africana em operações de paz.

Terrorismo
- Política comum no combate ao terrorismo entre membros do bloco.
- Ex. União Europeia.

Ideias englobantes
Positivas
- Os blocos contribuem para a maior inserção dos países no cenário internacional
- Os blocos contribuem para com o equilíbrio dos países frente às grandes economias
- Os blocos contribuem para garantem maior competitividade

Negativas
- Os blocos provocam a relativização da soberania nacional com suas legislações.

Papel do Estado
1. Promover a integração multilateral para combate efetivo;
2. Combater o consumo de drogas, como forma de enfraquecer as Organizações Criminosas;
3. Fiscalizar as fronteiras para combater a entrada de ilícitos;
4. Realizar o intercâmbio de informações, tecnologias e doutrinas de combate aos ilícitos;
5. Controlar as atividades financeiras de forma a impedir o financiamento;
6. Formação de organismos intergovernamentais com pauta na segurança e defesa: OCS, OTCA,
ZOPACAS.
o OTCA: Organização do Tratado de Cooperação Amazônica;
o ZOPACAS: Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul;
7. BRASIL
o Controle das fronteiras - SISFRON
o Desenvolvimento do sistema de monitoramento - SIVAM e SIPAM
o Adoção de uma legislação apropriada - LC 97/99 e Lei do Abate 2004
o Ampliação da cooperação internacional - EUA na Colômbia e no Paraguai

Conflitos
1. Questão Caxemira entre China e Índia
2. Guerra Civil Síria
3. Guerra Civil Iêmen
4. Conflitos no Golfo Pérsico (EUA e Irã)
5. Conflito Armênia e Azerbaijão
6. Disputa na Ásia Central (EUA x China x Rússia)
7. Disputa Mar Sul China
Cap Antonio
8. Árabes x judeus
9. Questão Migratória (refugiados)
10. Movimentos nacionalistas europeus
11. Guerras civis África
12. Questão Curdos

A. AMÉRICA DO SUL
 Questões ambientais / garimpo/ tráfico de animais/ presença de ONG na Amazônia;
 Divergências entre países limítrofes (CHILE/ ARGENTINA): Conflito territorial gera novas
tensões entre Argentina e Chile. Essess dois países acirram a disputa por uma área de 5.302 km² na
plataforma continental, acusam-se mutuamente de um se apropriar do território do outro, e preparam-se
para uma batalha diplomática e jurídica. Poder Marítimo de Mahan.
 Crimes transfronteiriço
 Tráfico de drogas com principais produtores mundiais com envolvimentos de estruturas
paramilitares.
 Divergências ideológicas no continente Teoria da Incerteza 1992
 Instabilidade econômica da Venezuela e Argentina. Teoria da Incerteza 1992
 Fluxo de pessoas

B. EUROPA
 As tensões da Guerra da Ucrânia. Anexação pela Rússia da parte oeste do território do primeiro
país.
 Mar NEGRO/ Mar AZOV/ estreito de Kerch- Poder Marítimo de Mahan.
 A questão da migração. Europa recebendo imigrantes sírios, africanos e ucranianos, causando
tensões internas. Teoria de Limes (N x S) de Rufin e choque de civilização.
 Aumento da população islâmica na Europa - Teoria do conflito das civilizações.
 Tensões em Nagorno Karabakh. Teoria das Fímbrias de Spykman .
 Tensões no Cáucaso - separatismos Abecásia, Ossétia do Sul, Chechênia - Teoria das Fímbrias de
Spykman
 Tensões separatistas/ nacionalistas. Teoria do Choque das civilizações.
 Diplomacia da Vacina
 Brexit
 Ampliação de poderes de Putin
 Tensões relacionadas à segurança energética (BTE/BTC) - Poder Terrestre
 Terrorismo.
 Tensões quanto a entrada da Turquia na UE.
 Questão ambiental - Incêndios Portugal - Acordo de Paris.
 Questão energética Alemanha- Acordo de Paris.
 Nova visão armamentista da Europa face à Guerra da Ucrânia.

C. ÁSIA
 Questão de Vladivostok. A China reclama o território que foi anexado pela Rússia as Guerras dos
Boxers. A região possui base naval russa. Poder Marítimo de Mahan.
Cap Antonio
 A questão de Taiwan. Exercícios Aéreos chineses e bases aéreas norte-americanas no pacífico
(Guam). Poder Aéreo de Douhet.
 As tensões em Xi Jiang. Repressão chinesa aos Uigures, etnia de religião islâmica. Choque de
civilizações de Huntington.
 As tensões na Caxemira. Índia, hindu, e o Paquistão, muçulmano. Presença de terrorismo
islâmico. Choque de civilizações de Huntington.
 A questão do Novo Grande Jogo. EUA, Rússia e China na Ásia Central. Heartland de Mackinder.
 O Colar de Pérolas. China cerca a Índia. Poder Marítimo de Mahan.
 A questão do Mar do Sul da China. Bases chinesas nas ilhas Spratly e Paracel - Filipinas. Poder
Marítimo de Mahan
 As tensões entre China e Índia. Regiões de Ladaque na Caxemira (Rio Indo) e Arunachal Pradesh.
 Conflito Árabe-Israelense - Teoria do Desafio e Resposta.
 Hidroconflitos - Bramaputra/ Ganges/ Eufrates/ Jordão
 Tensões comerciais do petróleo (Arábia Saudita e Rússia)
 Movimentos democráticos em Hong Kong
 Adestramento conjunto Marinha EUA, Japão e Austrália - Oceano. Índico EXERCÍCIO
MALABAR
 Ascensão Rússia
 - Estreito de Málaca/ Omuz. Controle dos check points. Poder Marítimo de Mahan.
 Tensões no Oriente Médio. (SÍRIA, IRÃ, IEMEN…) - Teoria das Fímbrias
 Nova Rota da Seda.
 Busca por armas nucleares Teoria da Incerteza 1992
 Myanmar
 Navegação no Ártico - Nova rota marítima, frota quebra-gelo - Poder Marítimo de Mahan
Cap Antonio
Assunto 131. OS DIREITOS HUMANOS COMO FATOR DE POLÍTICA INTERNACIONAL
Assunto 132. O SURGIMENTO DA MULTIPOLARIDADE E O EQUILÍBRIO DE PODER PÓS-
GUERRA FRIA
 Examinar o desenvolvimento histórico das Relações Internacionais e de suas principais
temáticas;

Generalidades
 As Relações Internacionais (RI ou ainda chamada de Relações Exteriores) visam ao estudo
sistemático das relações políticas, econômicas e sociais entre diferentes países, cujos reflexos tenham
como foco o sistema internacional;
 Anarquia nas relações internacionais: a ausência de uma autoridade política central acima dos
Estados (nenhum Estado cabe o direito de ordenar e os demais não têm obrigação de obedecer);
 Alguns atores: Estados, empresas transnacionais, ONGs e organizações internacionais;
 Surgiu pós 1ª GM, com escolas criadas exclusivamente para o seu estudo nos EUA e Reino
Unido;
 Interesse dos países no entendimento das causas da guerra e em sua prevenção;

Escola Idealista - Liberal Utópico


 Oriunda do Iluminismo
 Justiça como arcabouço das relações entre os estados;
 Assenta-se sobre a ideia iluminista ancestral da possibilidade de uma sociedade perfeita;
 Pensadores:
a. Kant: Paz perpétua, Guerra é passatempo de soberanos absolutistas e senhores feudais. A
opinião pública se opõe a guerra;
b. Visão Rousseau do contrato social: acordo entre indivíduos para se criar uma sociedade, e só
então um Estado;
c. Exemplos da influência idealista:
o Os 14 Pontos Woodrow Wilson, a proposta de uma paz sem vencidos;
o A “política do apaziguamento” de Chamberlain (até certo ponto);

 Possibilidade de sociedade perfeita


 Repúblicas democráticas não fariam a guerra entre si

Escola Realista
 Raízes em Maquiavel e Hobbes;
 Crítica ao Liberalismo Utópico;
 Pessimismo em relação a natureza humana
 O comportamento do Estado é definido pela ânsia de poder;
 Política é baseada em expressões do poder militar (mais alta), econômico e poder sobre a opinião
(arte de persuasão);
 Segurança: só alcançada por meio da força

Escola Radical
 Raízes no pensamento Marxista;
Cap Antonio
 Seu objeto não é entre os Estados, mas o conflito entre as classes sociais;
Comportamento dos Estados, surge como veículo para interesses econômicos, políticos ou ideológicos de
outros atores (classes socioeconômicas, corporações industriais e financeiras);

Neoliberalismo
 FOCO: instituições ou regimes;
 PRESSUPOSTO: instituições internacionais contribuem para a diminuição dos efeitos da anarquia
internacional
 ESTADO é visto como “comerciante”;
 Reforço do papel de Instituições

Neorrealismo
 Abandono da ênfase na natureza humana;
 Foco na ANARQUIA do sistema internacional;
 Bipolaridade é melhor para equilíbrio do que multipolaridade;
 Ênfase no PODER RELATIVO dos Estados

SISTEMA INTERNACIONAL E O EQUILÍBRIO DE PODER


 Política Externa: consiste no conjunto de posturas, práticas e iniciativas do Estado relacionadas
com o ambiente político que o envolve;
 As relações Metrópole-Colônia, inclusive no século XIX, não exprimem um sistema mundial, em
função da ausência de soberania das colônias.
 Sistema de Metternich, Pós Napoleão: Grã-Bretanha, França, Prússia, Rússia e Áustria-Hungria. O
Congresso de Viena, de 1815, estabilizou as relações entre elas pela constituição da chamada Santa
Aliança. Multipolar
 - Crescimento dos EUA, Japão e unificação alemã colocou fim no sistema Multipolar europeu do
séc XIX, eclodindo a 1ª GM
 - Bipolaridade: a 2ª GM modificou o cenário para o equilíbrio entre as duas superpotências
termonucleares.

Temas que afetam as RI


1. ONGs (GreenPeace);
2. Blocos Econômicos (Mercosul, UE, APEC);
3. Empresas Multinacionais e Transnacionais (Apple, Google, Amazon);
4. Crise Econômica Global (Crise Asiática década 1990, Crise americana 2008);
5. Terrorismo (EUA 2001, Explosão estação trem Espanha 2004, Metrô Londres 2005, Ataques
Charlie Hebdo França 2015 e 2016);
6. Crime Organizado (Tráfico de drogas);
7. Fontes Energéticas (Guerra do Golfo 1990, Questão Cáucaso, Questão Crimeia);
8. Alimento e Água (Colinas de Golã entre Israel e Palestina, Caxemira entre Índia, China e
Paquistão, Rio Indo entre China e Índia)
9. Desarmamento nuclear (Questão EUA x Irã no Acordo P5+1; TNP; 2ª Guerra Golfo 2003);
10. Meio Ambiente (Acordo de Paris, sustentabilidade)
Cap Antonio
 Analisar as principais tendências das Relações Internacionais no mundo contemporâneo,
caracterizando o papel dos Estados Nacionais e dos organismos internacionais neste contexto;

1. Domínio das questões econômicas


 Novos polos de poder baseados em poder econômico e não militar.
 Política e ideologia menos importantes.
 A Economia é o principal alicerce para a formação de alianças e relações de poder.
 Tríade: EUA - Alemanha - Japão (principais potências econômicas na década de 1990).
 Atualmente: EUA - China

2. Novas questões nas disputas da RI (passam a influenciar o jogo de poder entre os Estados)
 Democracia
 Direitos humanos
 Meio ambiente
 Geração de energia
 Segurança e comércio internacional

3. Papel relevante da segurança energética


 Fruto da interligação entre os mercados e entrelaçamento das cadeias produtivas
 Globalização aumentou a interdependência. Maior quantidade de fluxos (em rede) e maior
dispersão da produção e do capital produtivo e especulativo.
 Influenciaram no surgimento de conflitos: Afeganistão, Georgia e Iraque

4. Elevação de poder de organismos internacionais


 Aumento da relevância de atores não-estatais
 Relativiza o poder dos Estados sobre seu próprio território

5. O protagonismo dos Estados na dinâmica das RI foi diminuído


 Multiplicação dos Centros de decisão -> Difusão de poder e disfunção do Estado Soberano em
proveito de vetores transnacionais (enfraquecimento do Sistema westfaliano)

6. Apenas uma grande potência mundial


 Os EUA ficaram sendo a única potência com presença e influência efetivamente global
 Cerca de 800 bases militares ao redor do mundo (Okinawa no Japão, Camp Humphreys na Coréia
do Sul, Guam, Guantánamo, Reino Unido, Alemanha, Qatar, Bahrein (Quinta Frota), Kuwait, Omã,
Emirados Árabes Unidos e Iêmen)
 Orçamento militar = quase a metade do mundial (NR.: EUA cerca de 3,5% do PIB → cerca de
USD 600 bi; CHI quase 2%; Brasil 1,3%)
 Controle hegemônico por meio de armas, inovação tecnológica e influência sobre hábitos

7. Atores não estatais perturbando a ordem mundial


 Grupos Terroristas; Crime organizado; Narcotráfico; Problemas financeiros
 Não são novos no sistema internacional → novo é o resultado abrangente de sua ação
 Antes desestabilizavam governos nacionais ⇒ Agora desestabilizam arranjos internacionais

8. Ascensão do terrorismo globalizado


 Atentados de 11set01 nos EUA (cerca de 3000 mortos)
 Al-Qaeda , ISIS
 Levanta questões sobre financiamento desses grupos e dominação econômica

9. Novos padrões de conflitos


Cap Antonio
 Não se estabelecem entre Estados ⇒ Estados x Governos ou Estados x Grupos (Conflito de 4ª
geração - Estado contra não-estado)
 Invasão do Afeganistão pelos EUA em 2001
 Incursões no Paquistão pelos EUA (Osama bin Laden)

10. Emergência de novas potências


 China = Já é uma potência Econômica
 Tigres Asiáticos (Cingapura, Taiwan), BRICS
 Há questionamentos do CSNU, como o G-4

11. Conflito Norte x sul


 Substitui o conflito Leste x Oeste
 Desenvolvidos (manutenção das estruturas política e econômicas desiguais) x Em desenvolvidos
(redução das diferenças existentes entre os dois mundos)

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