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Trabalho saúde coletiva 16/01/2024

 Hipertensão arterial
A hipertensão arterial ou pressão alta, é uma doença que ataca os vasos sangüíneos, coração, cérebro, olhos e
pode causar paralisação dos rins. Ocorre quando a medida da pressão se mantém freqüentemente acima de 140
por 90 mmHg. Essa doença é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos
níveis de pressão arterial, entre eles:

– fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos de colesterol,
falta de atividade física;
– além desses fatores de risco, sabe-se que sua incidência é maior na raça negra, aumenta com a idade, é maior
entre homens com até 50 anos, entre mulheres acima de 50 anos, em diabéticos.

Sintomas:

Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores
no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.

Diagnóstico:

Medir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a hipertensão. Pessoas acima de 20 anos de
idade devem medir a pressão ao menos umavez por ano. Se houver hipertensos na família, deve-se medir no
mínimo duas vezes por ano.

Prevenção e controle:

A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada. Somente o médico poderá determinar
o melhor método para cada paciente, mas além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível
adotar um estilo de vida saudável:

– Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares;


– não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos;
– praticar atividade física regular;
– aproveitar momentos de lazer;
– abandonar o fumo;
– moderar o consumo de álcool;
– evitar alimentos gordurosos;
– controlar o diabetes.

 Diabetes Mellitus (DM)

Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da
incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. A insulina é produzida pelo pâncreas e é
responsável pela manutenção do metabolismo da glicose e a falta desse hormônio provoca déficit na
metabolização da glicose e, conseqüentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue
(hiperglicemia) de forma permanente.

Tipos:

– Tipo 1: causada pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema
imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos
diabéticos.
– Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina. Ocorre em cerca de 90% dos
diabéticos.
– Diabetes Gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação,
podendo ou não persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida.
– Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o uso de
medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos genéticos na ação da insulina;
doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística, etc.); induzidos por
drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticóides, betabloqueadores, contraceptivos, etc.).

Principais sintomas do DM tipo 1: vontade de urinar diversas vezes; fome freqüente; sede constante; perda de
peso; fraqueza; fadiga; nervosismo; mudanças de humor; náusea; vômito.

Principais sintomas do DM tipo 2: infecções freqüentes; alteração visual (visão embaçada); dificuldade na
cicatrização de feridas; formigamento nos pés; furúnculos.

Complicações:

O tratamento correto do diabetes significa manter uma vida saudável, evitando diversas complicações que
surgem em conseqüência do mau controle da glicemia. O prolongamento da hiperglicemia (altas taxas de açúcar
no sangue) pode causar sérios danos à saúde:

– retinopatia diabética: lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos sangramentos e,
como conseqüência, a perda da acuidade visual;
– nefropatia diabética: alterações nos vasos sanguíneos dos rins fazem com que haja a perda de proteína na
urina; o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém de forma progressiva, até sua paralisação total;
– neuropatia diabética: os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando
sintomas como: formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos; dores locais e desequilíbrio;
enfraquecimento muscular; traumatismo dos pêlos; pressão baixa; distúrbios digestivos; excesso de transpiração
e impotência;
– pé diabético: ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera (ferida).
Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal
controlados. Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que podem
levar à amputação do membro afetado;
– infarto do miocárdio e acidente vascular: ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando
à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, somado à
atividade física e medicamentos que possam combater a pressão alta e o aumento do colesterol e a suspensão
do tabagismo, são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência deste problema é de 2 a 4 vezes maior
nas pessoas com diabetes;
– infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco da pessoa com
diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate aos
vírus, bactérias, etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é propício
para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local de
incisão cirúrgica.

Prevenção e controle:

Pacientes com história familiar de DM devem ser orientados a:

– manter o peso normal; não fumar; controlar a pressão arterial; evitar medicamentos que potencialmente
possam agredir o pâncreas; praticar atividade física regular.

Pacientes com DM devem ser orientados a:

– realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões; manter uma alimentação saudável; utilizar
os medicamentos prescritos; praticar atividades físicas; manter um bom controle da glicemia, seguindo
corretamente as orientações médicas.

 Obesidade
A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo de energia na
alimentação, superior àquela usada pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia-a-
dia. Ou seja: a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente.

Pessoas obesas têm maior probabilidade de desenvolver doenças como pressão alta, diabetes, problemas nas
articulações, dificuldades respiratórias, gota, pedras na vesícula e até algumas formas de câncer.

Como saber o peso ideal?

A obesidade é determinada pelo Índice de Massa Corporal (IMC) que é calculado dividindo-se o peso (em kg)
pelo quadrado da altura (em metros). O resultado revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do
desejado.

Classificação do IMC:

Menor que 18,5 – Abaixo do peso

Entre 18,5 e 24,9 – Peso normal

Entre 25 e 29,9 – Sobrepeso (acima do peso desejado)

Igual ou acima de 30 – Obesidade

Cálculo do IMC:

IMC=peso (kg)/altura (m) x altura (m)

Exemplo: João tem 83 kg e sua altura é 1,75 m

Altura x altura = 1,75 x 1,75 = 3.0625

IMC = 83 divididos por 3,0625 = 27,10

O resultado de 27,10 de IMC indica que João está acima do peso desejado (sobrepeso).

Tratamento:

Como a obesidade é provocada por uma ingestão de energia que supera o gasto do organismo, a forma mais
simples de tratamento é a adoção de um estilo de vida mais saudável, com menor ingestão de calorias e
aumento das atividades físicas. Essa mudança não só provoca redução de peso como facilita sua manutenção.

Medicamentos:

A utilização de medicamentos contribui de forma modesta e temporária para a redução de peso e nunca devem
ser usados como única forma de tratamento. Boa parte das substâncias usadas atuam no cérebro e podem
provocar reações adversas graves, como: nervosismo, insônia, aumento da pressão sanguínea, batimentos
cardíacos acelerados, boca seca, intestino preso. Um dos riscos mais preocupantes é o de se tornar dependente
do medicamento, por isso, o tratamento deve ser acompanhado com rigor e restrito a alguns tipos de pacientes.

Cuidado!

– não deposite as esperanças do tratamento apenas no medicamento, pois o resultado depende principalmente
das mudanças nos hábitos de vida (dieta e atividade física);
– com o tempo o medicamento pode passar a perder o efeito. Se isso ocorrer, consulte seu médico e nunca
aumente a dose por conta própria;
– existem muitas propagandas irregulares de medicamentos para emagrecer nos meios de comunicação, por isso
não acredite em promessas de emagrecimento rápido e fácil;
– não compre medicamentos pela internet ou em academias de ginástica, pois muitos não são autorizados pelo
Ministério da Saúde e podem fazer mal a quem utiliza;
– clínicas e consultórios não podem vender medicamentos. O paciente tem a liberdade de escolher a farmácia
de sua confiança para comprar ou manipular o medicamento prescrito;
– fórmulas de emagrecimento com várias substâncias misturadas são proibidas pelo Ministério da Saúde e já
provocaram mortes.
Lembre-se sempre: Não existe mágica! Para manter o peso dentro dos valores desejáveis a melhor opção é ter
uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regularmente.

TABAGISMO

O hábito de fumar é reconhecido como uma doença epidêmica que causa dependência física, psicológica e
comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas como álcool, cocaína e heroína. A
dependência ocorre pela presença da nicotina nos produtos à base de tabaco. A dependência obriga os
fumantes a inalarem mais de 4.720 substâncias tóxicas, como: monóxido de carbono, amônia, cetonas,
formaldeído, acetaldeído, acroleína, além de 43 substâncias cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel,
benzopireno, cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas.

Quais são as doenças causadas pelo uso do cigarro?

São mais de 50 doenças relacionadas ao consumo de cigarro. Estatísticas revelam que os fumantes, comparados
aos não fumantes, apresentam um risco 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão, 5 vezes maior de
sofrer infarto, 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar e 2 vezes maior de sofrer
derrame cerebral.

Fumo passivo

Ao respirar a fumaça do cigarro, os não fumantes correm o risco de ter as mesmas doenças que o fumante. As
crianças, especialmente as mais novas, são as mais prejudicadas, já que respiram mais rapidamente. Em crianças
que vivem com fumantes em casa (cerca de metade das crianças do mundo), há um aumento de incidência de
pneumonia, bronquite, agravamento de asma, além de uma maior probabilidade de desenvolvimento de doença
cardiovascular na idade adulta.

Quais são os benefícios imediatos de se parar de fumar?

Após 20 minutos a pressão sangüínea e a pulsação voltam ao normal. Após 2 horas, não há mais nicotina
circulando no sangue do fumante. Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza. De 12 a 24 horas
após o último cigarro, os pulmões já funcionam melhor.

E depois disso?

Após 2 dias, o olfato já percebe melhor o cheiro e o paladar já está mais sensível. Após 3 semanas, a respiração
se torna mais fácil e a circulação melhora. Após 1 ano, o risco de morte por infarto já foi reduzido pela metade.
De 5 a 10 anos depois de parar de fumar, o risco de infarto será igual ao de pessoas que nunca fumaram.
Portanto, se você é fumante, pare de fumar, se convive com alguém que fume, ajude-o a vencer essa batalha!

SAUDE MENTAL

O que é a saúde mental?

A saúde mental e a saúde física são duas vertentes fundamentais e indissociáveis da saúde

É sentirmo-nos bem connosco próprios e na relação com os outros.


É sermos capazes de lidar de forma positiva com as adversidades.
É termos confiança e não temermos o futuro.

Mente sã em corpo são!


A saúde mental e a saúde física são duas vertentes fundamentais e indissociáveis da saúde.

Problemas de saúde mental mais frequentes

 Ansiedade
 Mal-estar psicológico ou stress continuado
 Depressão
 Dependência de álcool e outras drogas
 Perturbações psicóticas, como a esquizofrenia
 Atraso mental
 Demências

Estima-se que em cada 100 pessoas 30 sofram, ou venham a sofrer, num ou noutro momento da vida, de
problemas de saúde mental e que cerca de 12 tenham uma doença mental grave.
A depressão é a doença mental mais frequente, sendo uma causa importante de incapacidade.
Em cada 100 pessoas, aproximadamente, 1 sofre de esquizofrenia.

Quem pode ser afectado?


A o longo da vida, todos nós podemos ser afectados por problemas de saúde mental, de maior ou menor
gravidade.
Algumas fases, como a entrada na escola, a adolescência, a menopausa e o envelhecimento, ou acontecimentos
e dificuldades, tais como a perda de familiar próximo, o divórcio, o desemprego, a reforma e a pobreza podem
ser causa de perturbações da saúde mental.
Factores genéticos, infecciosos ou traumáticos podem também estar na origem de doenças mentais graves.

Falsos conceitos sobre a doença mental


As pessoas afectadas por problemas de saúde mental são muitas vezes incompreendidas, estigmatizadas,
excluídas ou marginalizadas, devido a falsos conceitos, que importa esclarecer e desmistificar, tais como:

As doenças mentais são fruto da imaginação;

As doenças mentais não têm cura;

As pessoas com problemas mentais são pouco inteligentes, preguiçosas, imprevisíveis ou perigosas.

Estes mitos, a par do estigma e da discriminação associados à doença mental, fazem com que muitas pessoas
tenham
O tratamento deverá ser sempre procurado, uma vez que a recuperação é tanto mais eficaz quanto precoce for o
tratamento.
Mesmo nas doenças mais graves é possível controlar e reduzir os sintomas e, através de medidas de reabilitação,

Todos nós podemos ajudar

 Não estigmatizando;
 Apoiando;
 Reabilitando;
 Integrando

Integração das pessoas com doença mental


Os indivíduos afectados por problemas de saúde mental são cidadãos de pleno direito. Não deverão ser
excluídos do resto da sociedade, mas antes apoiados no sentido da sua plena integração na família, na escola,
nos locais de trabalho e na comunidade.
A escola deverá promover a integração das crianças com este tipo de perturbações no ensino regular.
Deverão ser criadas mais oportunidades no mundo do trabalho para as pessoas portadoras de doença mental.
O envolvimento das famílias nos cuidados e na reabilitação destas pessoas é reconhecido como factor chave no
sucesso do tratamento.

Para manter uma boa saúde mental

 Não se isole
 Reforce os laços familiares e de amizade
 Diversifique os seus interesses
 Mantenha-se intelectual e fisicamente activo
 Consulte o seu médico, perante sinais ou sintomas de perturbação emocional.
Não seja espectador passivo da vida!
Contribua para promover a sua saúde mental e a dos outros!
CUIDAR SIM EXCLUIR NÃO

PRÉ NATAL:

A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias
tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da
gestante. Informações sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e os profissionais de
saúde. Essa possibilidade de intercâmbio de experiências e conhecimentos é considerada a melhor forma de
promover a compreensão do processo de gestação.

Deverão ser fornecidos pelo serviço de saúde:

– o cartão da gestante com a identificação preenchida e orientação sobre o mesmo;


– o calendário de vacinas e suas orientações;
– a solicitação de exames de rotina;
– as orientações sobre a sua participação nas atividades educativas – reuniões em grupo e visitas domiciliares;
– o agendamento de consulta médica para pesquisa de fatores de risco.

Vantagens do pré-natal:

– permite identificar doenças que já estavam presentes no organismo, porém, evoluindo de forma silenciosa,
como a hipertensão arterial, diabetes, doenças do coração, anemias, sífilis, etc. Seu diagnóstico permite medidas
de tratamento que evitam maior prejuízo à mulher, não só durante a gestação, mas por toda sua vida;
– detecta problemas fetais, como más formações. Algumas delas, em fases iniciais, permitem o tratamento
intraútero que proporciona ao recém-nascido uma vida normal;
– avalia aspectos relativos à placenta, possibilitando tratamento adequado. Sua localização inadequada pode
provocar graves hemorragias com sérios riscos maternos;
– identifica precocemente a pré-eclâmpsia, que se caracteriza por elevação da pressão arterial,
comprometimento da função renal e cerebral, ocasionando convulsões e coma. Esta patologia constitui uma das
principais causas de mortalidade no Brasil.

Principais objetivos:

– preparar a mulher para a maternidade, trazendo informações educativas sobre o parto e o cuidado da criança
(puericultura);
– fornecer orientações essenciais sobre hábitos de vida e higiene pré-natal;
– orientar sobre a manutenção do estado nutricional apropriado;
– orientar sobre o uso de medicações que possam afetar o feto ou o parto ou medidas que possam prejudicar o
feto;
– tratar das manifestações físicas próprias da gravidez;
– tratar de doenças existentes, que de alguma forma interfiram no bom andamento da gravidez;
– fazer prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças próprias da gestação ou que sejam
intercorrências previsíveis dela;
– orientar psicologicamente a gestante para o enfrentamento da maternidade;
– nas consultas médicas, o profissional deverá orientar a paciente com relação à dieta, higiene, sono, hábito
intestinal, exercícios, vestuário, recreação, sexualidade, hábitos de fumo, álcool, drogas e outras eventuais
orientações que se façam necessárias.

A assistência ao pré-natal é o primeiro passo para parto e nascimento humanizados e pressupõe a relação de
respeito que os profissionais de saúde estabelecem com as mulheres durante o processo de parturição e,
compreende:

– parto como um processo natural e fisiológico que, normalmente, quando bem conduzido, não precisa de
condutas intervencionistas;
– respeito aos sentimentos, emoções, necessidades e valores culturais;
– disposição dos profissionais para ajudar a mulher a diminuir a ansiedade e a insegurança, assim como o medo
do parto, da solidão, da dor, do ambiente hospitalar, de o bebê nascer com problemas e outros temores;
– promoção e manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo da gestação, parto e
nascimento;
– informação e orientação permanente à parturiente sobre a evolução do trabalho de parto, reconhecendo o
papel principal da mulher nesse processo, até mesmo aceitando a sua recusa a condutas que lhe causem
constrangimento ou dor;
– espaço e apoio para a presença de um(a) acompanhante que a parturiente deseje;
– direito da mulher na escolha do local de nascimento e coresponsabilidade dos profissionais para garantir o
acesso e a qualidade dos cuidados de saúde.

DOENÇAS RESPIRATÓRIA CRÔNICAS

O que são doenças respiratórias?

As doenças respiratórias são problemas que prejudicam o nariz, a traquéia, a laringe, os brônquios e os pulmões.
Elas são divididas em dois grupos: agudas e crônicas.

Para você entender melhor, as doenças respiratórias agudas são gripe e resfriados. Já os problemas respiratórios
crônicos são considerados condições mais graves e limitam a qualidade de vida das pessoas.

As doenças respiratórias crônicas e seus sintomas

As doenças respiratórias crônicas são uma preocupação global de saúde, as quais afetam milhões de pessoas em
todo o mundo. Elas podem causar problemas gravíssimos à saúde, resultando até mesmo em mortes.

Na lista de doenças estão:

Asma

A asma é uma das principais doenças crônicas que afetam as vias respiratórias. Causa a obstrução das vias
aéreas, gerando uma série de dificuldades para respirar, chiado no peito e tosse. Os sintomas são mais
frequentes de manhã e à noite.

Além disso, os sinais de asma podem ser agravados com o estresse emocional, exposição a substâncias que
prejudicam a respiração e até mesmo a prática de exercícios físicos.

Segundo a OMS, estima-se que há mais de 300 milhões de asmáticos mundialmente. No Brasil, segundo o Banco
de Dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS), existem cerca de 20 milhões de pessoas que sofrem com a
doença no país.

Existem diversos tratamentos para a asma, entretanto é uma doença que não há cura.

Bronquite

A bronquite também é uma das principais doenças respiratórias crônicas. Ela atua diretamente nos brônquios —
os tubos que levam o ar aos pulmões, a qual pode ser aguda ou crônica.

A diferença entre a bronquite aguda para a crônica é que a aguda é uma infecção viral, como um resfriado, e
pode durar apenas algumas semanas. Já a bronquite crônica é causada por uma exposição a situações que
afetam as vias áreas, como a fumaça de tabaco, produtos químicos e a poluição do ar, sendo que o problema
pode durar por muito tempo.
Os sintomas dessa doença incluem: tosse, dificuldade para respirar, falta de ar, chiado no peito, produção de
muco e cansaço.

Rinite alérgica

A rinite alérgica é uma inflamação da mucosa nasal. Ela surge a partir do contato com substâncias alergênicas,
como poeira, pólen, ácaros, fungos e pelos de animais.
Os seus principais sintomas são: espirros constantes, corrimento nasal, coceira , entupimento do nariz,
tosse e olhos avermelhados.

Outro fator é que, em alguns casos, a rinite pode gerar a perda do olfato e do paladar.

Sinusite

A sinusite também está na lista de doenças respiratórias crônicas. Caracteriza-se como uma inflamação na
mucosa dos seios da face, as quais são as cavidades ao redor do nariz e dos olhos. Ela é causada por bactérias,
infecções virais ou alergias.

Essa doença pode ser classificada em aguda, quando os sintomas duram menos de 4 semanas, ou crônica,
quando os sinais passam de 12 semanas.

A dor na face, corrimento nasal, congestão, tosse com catarro, secreção de cor amarela, dificuldade para
respirar, diminuição do olfato, dores de cabeça e de ouvido são sintomas da sinusite.

Os tratamentos para as doenças respiratórias crônicas

Apesar de não haver cura para as doenças respiratórias crônicas, existem diversos tratamentos para amenizar os
sintomas e ter uma vida mais tranquila.

Para indicar o melhor tratamento, primeiramente, é necessário consultar um médico para analisar em que nível
está a doença. Ele será a pessoa certa para prescrever medicamentos e ações com o intuito de diminuir os
sinais.

Entretanto, os principais tratamentos incluem:

Inalação de corticosteróides para reduzir a inflamação nasal;

Ventilação mecânica e líquida;

Antibióticos e expectorantes para tratar as infecções bactérias e eliminar as secreções;

Lavagem nasal;

Cirurgias em casos graves de sinusite.

A asma, bronquite, rinite alérgica e sinusite são problemas de saúde que afetam a qualidade de vida das
pessoas. A prevenção e o tratamento dessas doenças respiratórias crônicas são fundamentais para controlar os
sintomas.

É muito importante consultar um médico para prescrever o melhor tratamento para você.

SAUDE SEXUAL REPRODUTIVA

A saúde sexual refere-se à capacidade das mulheres e homens, ao longo de suas vidas, de aproveitar e expressar
sua sexualidade de maneira saudável, evitando riscos como infecções sexualmente transmissíveis, gestações não
planejadas, coerções, violência e discriminação.

A saúde sexual promove a valorização da vida, das relações pessoais e da manifestação genuína de quem
somos.

A saúde sexual é enriquecedora, inclui o prazer, e incentiva a autoconfiança e a comunicação nas relações.

A saúde reprodutiva, por sua vez, envolve o bem-estar físico, mental e social relacionado ao sistema reprodutivo.

Seu objetivo é permitir que as pessoas tenham uma vida sexual satisfatória e segura, garantindo uma abordagem
abrangente para o cuidado com a reprodução.

Assegurar os direitos sexuais e reprodutivos para adolescentes, conforme reconhecidos nos direitos humanos,
tanto em leis nacionais quanto em documentos internacionais, enfatiza a importância de respeitar a
individualidade e autonomia dos jovens.
Proporcionar acesso a informações confiáveis e oportunidades para exercer esses direitos, sem discriminação,
pressão ou violência, é fundamental para que as decisões sobre vida sexual e reprodução sejam tomadas de
forma consciente e responsável.

SAUDE DO IDOSO

Na legislação brasileira considera-se idosa aquela pessoa que atingiu 60 anos ou mais de idade. Para
comprovar a idade, basta apresentar um documento oficial com foto, como a carteira de identidade ou a carteira
nacional de habilitação.

Atenção: Respeite e proteja as pessoas idosas. Diversas formas de abuso são praticadas contra essa população,
incluindo negligência, abandono, violência física, sexual e psicológica. Se você ou alguém que conhece está
enfrentando qualquer tipo de violência, não hesite em compartilhar o que está acontecendo. Você também
pode ligar para o Disque 100 ou buscar ajuda no Conselho dos Direitos da Pessoa Idosa, Ministério Público ou
Delegacia da Pessoa Idosa.

O Brasil está passando por um processo rápido e intenso de envelhecimento da sua população. Esse crescimento
populacional representa uma importante conquista social, e resulta da melhoria das condições de vida, incluindo
a ampliação do acesso a serviços médicos preventivos e curativos, avanços na tecnologia médica, aumento da
cobertura de saneamento básico, maior nível de escolaridade e renda, entre outros fatores determinantes.

No entanto, a transição demográfica brasileira apresenta características peculiares e demonstra grandes


desigualdades sociais no processo de envelhecimento. Esse processo teve um impacto significativo e trouxe
mudanças no perfil demográfico e epidemiológico em todo país, gerando demandas que pedem respostas das
políticas sociais. O que inclui pensarmos em novas formas de cuidado, em especial, os cuidados prolongados e a
atenção domiciliar. Associado a esse quadro, ocorreram mudanças na composição das famílias brasileiras, no
papel da mulher no mercado de trabalho, na queda da taxa de fertilidade e na nupcialidade (conjunto de
características e eventos relacionados ao casamento e à formação de famílias) resultando em novos desafios a
serem enfrentados no cuidado à população idosa, com foco principalmente às políticas de saúde, da assistência
social e da previdência social.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

O perfil de saúde da população idosa é caracterizado por três tipos principais de problemas de saúde: doenças
crônicas, problemas de saúde agudos decorrentes de causas externas e agravamento de condições
crônicas. Isso significa que muitos idosos lidam com doenças duradouras e enfrentam riscos de morte e
doenças súbitas causadas por acidentes ou problemas agudos. Embora muitos idosos tenham doenças crônicas
ou disfunções orgânicas, cabe destacar que essas condições nem sempre limitam suas atividades diárias,
participação social ou capacidade de desempenhar seu papel na sociedade.

No contexto global, a discussão sobre o envelhecimento da população mundial teve como marco o Plano
Internacional para o Envelhecimento, promovido pela ONU em 2002, durante um evento em Madri.

Esse plano tinha como objetivo garantir um processo de envelhecimento seguro e digno para todas as pessoas
em diferentes partes do mundo, assegurando que os idosos tivessem seu lugar na sociedade com todos os
direitos de cidadania. Mais recentemente, em dezembro de 2020, a Assembleia Geral das Nações
Unidas declarou a Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030) como a principal estratégia para
construir uma sociedade que acolha e valorize todas as faixas etárias.
PREVENÇÃO DE QUEDAS

As Quedas são um problema frequente entre as pessoas idosas, mas não podem ser banalizadas ou encaradas
como “normal da idade”. Elas servem como um alerta para aprimorarmos os cuidados com a saúde e com o
ambiente em que vivemos. Elas podem provocar fraturas, traumatismos cranianos, contusões musculares, além
de gerar o medo de cair novamente, o que pode levar a incapacidades e dependência de cuidados.

Para evitar essas situações é importante tomar as seguintes precauções:


 Consulte seu médico ou sua equipe de saúde de referência e informe sobre a presença de desequilíbrios
ou quedas nos últimos 12 meses.
 Certifique-se de que as escadas e os corredores tenham corrimão dos dois lados.
 Use sapatos fechados com solados firmes.
 Evite transitar em áreas com piso úmido.
 Evite encerar o chão da casa.
 Evite móveis e objetos espalhados pela casa, como brinquedos de crianças, por exemplo.
 Preste atenção e tenha cuidado com os animais de estimação soltos pela casa.
 Evite o uso de medicamentos sem indicação médica e mantenha em dia seu acompanhamento de
saúde.
 Em cada consulta, leve a lista de medicamentos que esteja utilizando ou mesmo uma sacola contendo
essas medicações (incluindo as compradas sem receita), para que seu médico possa avaliar os riscos e os
benefícios de cada uma delas. Atenção! Alguns medicamentos podem aumentar o risco de quedas!
 Evite tapetes soltos.
 Mantenha uma luz acesa à noite, caso precise levantar da cama.
 Espere o ônibus parar completamente antes de subir ou descer.
 Mantenha o telefone em local acessível.
 Utilize sempre a faixa de pedestre ao atravessar a rua.
 Se necessário e recomendado por um profissional, utilize bengalas, andadores ou outros instrumentos
de apoio, conforme orientações.

INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA

As Instituições de longa permanência (ILPIs) são instituições governamentais e não governamentais de


caráter residencial. Nesses locais, os idosos têm um lar compartilhado, com ou sem suporte familiar, mas
sempre com respeito à liberdade, dignidade e direitos de cidadania.

HIV/AIDS:

HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids (da sigla em inglês para
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo
de doenças. Aids é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, transmitida pelo vírus HIV, caracterizada pelo
enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas.

Transmissão:
O vírus HIV é transmitido por meio de relações sexuais (vaginal, anal ou oral) desprotegidas (sem camisinha) com
pessoa soropositiva, ou seja, que já tem o vírus HIV, pelo compartilhamento de objetos perfuro cortantes
contaminados, como agulhas, alicates, etc., de mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a
gestação, parto ou amamentação.

Sintomas:
Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na
primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV – tempo da exposição ao vírus até o
surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. O organismo leva de 8 a 12
semanas após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os
de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida. Caso haja suspeita de
infecção pelo HIV, procure uma unidade de saúde e realize o teste.

Tratamento:
Ainda não há cura para o HIV, mas há muitos avanços científicos nessa área que possibilitam que a pessoa com o
vírus tenha qualidade de vida. O tratamento inclui acompanhamento periódico com profissionais de saúde e a
realização de exames. A pessoa só vai começar a tomar os medicamentos antirretrovirais quando os exames
indicarem a necessidade. Esses remédios buscam manter o HIV sob controle o maior tempo possível. A
medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo, recupera as defesas do organismo e, consequentemente,
aumenta a qualidade de vida. Para que o tratamento dê certo, o soropositivo não pode se esquecer de tomar os
remédios ou abandoná-los. O vírus pode criar resistência e, com isso, as opções de medicamentos diminuem. A
adesão ao tratamento é fundamental para a qualidade de vida. Mesmo em tratamento, a pessoa com aids pode
e deve levar uma vida normal, sem abandonar a sua vida afetiva e social. Ela deve trabalhar, namorar, beijar na
boca, transar (com camisinha), passear, se divertir e fazer amigos. Atualmente, existem os medicamentos
antirretrovirais – coquetéis antiaids que aumentam a sobrevida dos soropositivos. É fundamental seguir todas as
recomendações médicas e tomar o medicamento conforme a prescrição. É o que os médicos chamam de
adesão, ou seja, aderir ao tratamento. Há, também, outras atitudes que oferecem qualidade de vida, como
praticar exercícios e ter uma alimentação equilibrada.

Prevenção:
O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino em todas as
relações sexuais. Os preservativos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e também podem ser
comprados em estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias.

Ter HIV e não ter aids:


Há muitas pessoas positivas para o vírus HIV que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a
doença. Elas podem transmitir o vírus pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas
contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso é importante fazer o teste
regularmente e se proteger em todas as situações.

HEPATITE:

O que é:

Hepatite designa qualquer inflamação do fígado por causas diversas, sendo as mais freqüentes as infecções
pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios).
Enquanto os vírus atacam o fígado quando parasitam suas células para a sua reprodução, a cirrose dos
alcoólatras é causada pela ingestão freqüente de bebidas alcoólicas – uma vez no organismo, o álcool é
transformado em ácidos nocivos às células hepáticas.

Tipos:

Hepatite A: é transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra; a doença fica
incubada entre 10 e 50 dias e normalmente não causa sintomas, porém quando presentes, os mais comuns são
febre, pele e olhos amarelados, náusea e vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta de apetite, urina com
cor de coca-cola e fezes esbranquiçadas. A detecção se faz por exame de sangue e não há tratamento específico,
esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a doença. Apesar de existir vacina contra o vírus da hepatite A
(HAV), a melhor maneira de evitá-la se dá pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos
bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições.

Hepatite B e Hepatite C: os vírus da hepatite tipo B (HBV) e tipo C (HCV) são transmitidos sobretudo por meio do
sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes submetidos a material cirúrgico contaminado e não-
descartável estão entre as maiores vítimas, daí o cuidado que se deve ter nas transfusões sangüíneas, no
dentista, em sessões de depilação ou tatuagem. O vírus da hepatite B pode ser passado pelo contato sexual,
reforçando a necessidade do uso de camisinha. Freqüentemente, os sinais das hepatites B e C podem não
aparecer e grande parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a doença após anos e muitas vezes por
acaso em testes para esses vírus. Quando aparecem, os sintomas são muito similares aos da hepatite A, mas ao
contrário desta, a B e a C podem evoluir para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até câncer de
fígado.

Tratamento:

Não existe tratamento para a forma aguda. Se necessário, apenas para sintomas como náuseas e vômitos. O
repouso é considerado importante pela própria condição do paciente.

A utilização de dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser
de melhor digestão para o paciente sem apetite. De forma prática deve ser recomendado que o próprio
indivíduo doente defina sua dieta de acordo com sua aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à
ingestão de álcool. Esta restrição deve ser mantida por um período mínimo de seis meses e preferencialmente
de um ano.

Prevenção:

A melhor estratégia de prevenção da hepatite A inclui a melhoria das condições de vida, com adequação do
saneamento básico e medidas educacionais de higiene. A vacina específica contra o vírus A está indicada
conforme preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A prevenção da hepatite B inclui o controle efetivo de bancos de sangue através da triagem sorológica; a
vacinação contra hepatite B, disponível no SUS,conforme padronização do Programa Nacional de Imunizações
(PNI); o uso de imunoglobulina humana Anti-Vírus da hepatite B também disponível no SUS, conforme
padronização do Programa Nacional de Imunizações (PNI); o uso de equipamentos de proteção individual pelos
profissionais da área da saúde; o não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear, escovas de
dente, equipamentos para uso de drogas; o uso de preservativos nas relações sexuais.

Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de prevenção, como: triagem em
bancos de sangue e centrais de doação de sêmen para garantir a distribuição de material biológico não
infectado; triagem de doadores de órgãos sólidos como coração, fígado, pulmão e rim; triagem de doadores de
córnea ou pele; cumprimento das práticas de controle de infecção em hospitais, laboratórios, consultórios
dentários, serviços de hemodiálise; tratamento dos indivíduos infectados, quando indicado; abstinência ou
diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias que sejam tóxicas ao fígado, como
determinados medicamentos.

HPV:

O que é

O condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é
uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem
mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e do ânus.
Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do
câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feito
rotineiramente por todas as mulheres.
Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo
desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas
periodicamente.

Sinais e Sintomas

A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça
do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do
ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a
mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.

Formas de contágio

A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não
precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da
camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do vírus, que também pode ser
transmitido para o bebê durante o parto.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o
diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.

Vacina
Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do útero. Essa
vacina, na verdade, previne contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo
de útero só poderá ser observado após décadas. Uma dessas vacinas é quadrivalente, ou seja, previne contra
quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes
em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18.

É fundamental deixar claro que a adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia,
Papanicolaou (preventivo).

A vacina é mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema e um momento importante para
avaliar se há existência de DST. Ainda há muitas perguntas sem respostas relativas à vacina:
- Ela só previne contra as lesões pré-cancerosas ou também contra o desenvolvimento do câncer de colo de
útero?
- Qual o tempo de proteção conferido pela vacina?
- Levando-se em conta que a maioria das infecções por HPV é facilmente debelada pelo sistema imunológico,
como a vacinação afeta a imunidade natural contra o HPV?
- Como a vacina afeta outros tipos de HPV associados ao câncer de colo de útero e condilomas (verrugas)?
A vacina funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a
infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes
anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo.
A duração da imunidade conferida pela vacina ainda não foi determinada, principalmente pelo pouco tempo em
que é comercializada no mundo, desde 2007. Até o momento, só se tem convicção de cinco anos de proteção.
Na verdade, embora se trate da mais importante novidade surgida na prevenção à infecção pelo HPV, ainda é
preciso delimitar qual é o seu alcance sobre a incidência e a mortalidade do câncer de colo do útero.

HERPES GENITAL:

O que é herpes genital?

herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível (IST) — ou seja, ela é transmitida a partir do ato sexual.

De modo geral, há dois tipos de vírus: o HSV-1 e o HSV-2. O segundo está mais associado às infecções genitais,
enquanto o primeiro é responsável pelas orais. Apesar disso, o contato oral-genital pode fazer com que um
patógeno — o agente causador de doenças — passe da boca para outras áreas.

Quais são os principais sintomas?

Há vários tipos de sinais associados à herpes genital. Eles podem variar de um paciente para outro, levando em
consideração o estado do sistema imunológico de cada um — entre outros fatores.

A seguir, vamos falar sobre os indicativos mais frequentes da doença, para que seja possível uma tentativa de
identificá-los em você mesmo ou em seu parceiro. Confira!

Lesões na região genital

Esse é o sintoma mais comum de que algo está errado: a presença de feridas bolhosas ou ulceradas. Elas podem
atingir não só a região íntima, como as áreas próximas — por exemplo, as coxas e a pele).

Dor e desconforto

Embora algumas pessoas não relatem incômodos, outras apresentam dor e coceira na região das lesões. Uma
sensação de queimação também pode estar presente — então, fique de olho!

Dor para urinar

Infecção urinária ou herpes? Às vezes, é difícil saber! Isso porque outro sintoma desse problema é a dor ao fazer
xixi, com uma ardência bem intensa que pode ser confundida com outras doenças.

Mal-estar geral
Por se tratar de uma infecção viral, é possível que algumas pessoas apresentem febre, cansaço e ínguas (inchaço)
na região da virilha, como sinal de resposta do sistema imunológico.

Como o herpes genital é transmitido?

A transmissão ocorre pelo contato pele com pele. Por isso, o ato sexual é o meio de contágio nesse cenário. Mas,
ao contrário do que se diz, ela pode ocorrer mesmo quando as lesões estão inativas — ainda que seja bem mais
frequente quando ativas.

Outro ponto importante é que qualquer tipo de relação sexual pode fazer com que isso aconteça. Dentre as
possibilidades, temos o sexo vaginal, anal e oral. Sendo assim, é importante ter cuidado com a prática.

É possível prevenir essa doença?

A principal forma de prevenção da herpes genital é com o uso de preservativos. Essa também é a melhor
maneira de evitar outras infecções — que vão desde a candidíase masculina e feminina, até o HIV.

No entanto, é importante ressaltar que o preservativo não cobre todas as áreas possivelmente afetadas, como é
o caso das coxas e de outras regiões da pele. Por isso, ainda é possível se contaminar — mesmo que a camisinha
reduza as chances de isso acontecer.

Como se dá o diagnóstico da herpes genital?

O diagnóstico é feito, na maioria das vezes, a partir do exame físico. Nesse caso, o médico responsável pelo seu
atendimento poderá identificar as lesões apenas de olhá-las.

No entanto, nem sempre elas estarão aparentes. Se isso ocorrer, testes laboratoriais (como o PCR) serão úteis
para tirar qualquer dúvida sobre outras possíveis mazelas.

Vale lembrar que os exames de rotina não costumam ajudar na investigação dessa enfermidade, mas podem
auxiliar na identificação de alterações em seu sistema imunológico, assim como na busca por alternativas para
evitar as recorrências da doença.

A herpes genital tem cura?

Infelizmente, após a contaminação, a pessoa sempre será portadora da herpes genital. No entanto, isso não quer
dizer que os sintomas estarão sempre presentes em seu dia a dia.

Acontece que o vírus entra em um período chamado de latência, quando ele está inativo ou “adormecido” — até
que algum gatilho faça com que ele “acorde”. Nesses casos, há uma recorrência da infecção, na qual os sintomas
voltam a aparecer.

A herpes pode ser desencadeada por fatores como o estresse, presença de outras doenças que debilitem o
sistema imune e, até mesmo, o período menstrual.

Quais são os tratamentos para herpes genital?

Para fechar, é hora de vermos quais são os tratamentos disponíveis para a herpes genital! Vamos lá?

Antivirais

O uso de medicamentos antivirais é uma das estratégias mais comumente aplicadas nesse tratamento. Eles
ajudam a “parar” a replicação do vírus, fazendo com que ele entre em latência mais rapidamente.

Medicamentos tópicos

As pomadas e os demais medicamentos aplicados diretamente nas lesões também são úteis para diminuir os
sintomas, como a dor e a queimação.

Higienização

Manter a área afetada limpa é uma boa medida de tratamento, dificultando a entrada de outras bactérias na
lesão. Para isso, é interessante evitar o uso de roupas abafadas e apertadas nos momentos de crise.
Agora que você já sabe o que é herpes genital, viu que é um problema bem chatinho, certo? Por isso, o melhor é
prevenir do que remediar. Mas, caso você esteja passando por uma crise no momento, não se desespere e
busque apoio de uma boa equipe de profissionais. Em breve, tudo estará bem!

CANCRO MOLE:

O que é

É causado pela bactéria Haemophilus ducreyi, sendo mais frequente em países tropicais.

Formas de contágio

Transmite-se pela relação sexual com uma pessoa infectada sem o uso da camisinha masculina ou feminina.

Sinais e sintomas

Feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com presença de pus, que aparecem com frequência nos
órgãos genitais (ex.: pênis, ânus e vulva).

Podem aparecer nódulos (caroços ou ínguas) na virilha.

Diagnóstico e tratamento

Ao se observar qualquer sinal e sintoma de cancro mole, a recomendação é procurar um serviço de saúde. O
tratamento deverá ser prescrito pelo profissional de saúde.

DIP:

A doença inflamatória pélvica, também conhecida pela sigla DIP, é uma síndrome clínica provocada
pela ascensão de microrganismos da cavidade vaginal e/ou do colo uterino ao útero, tubas uterinas, ovários,
peritônio ou outros órgãos da pelve.

A DIP é considerada uma das complicações mais graves e frequentes das doenças sexualmente transmissíveis
(DST) em mulheres em idade fértil, sendo responsável por muitos casos de infertilidade, gestação ectópica
— aquela que acontece fora da cavidade uterina — e dor pélvica crônica.

Você conhece quais são as causas, o diagnóstico e o tratamento para a DIP? No artigo de hoje, vamos falar sobre
tudo isso. Confira!

Quais são as causas da doença inflamatória pélvica?

A DIP é causada por microrganismos transmitidos durante a relação sexual desprotegida, que colonizam a vagina
e o colo do útero, podendo subir em direção aos órgãos internos da mulher, provocando inflamação do útero,
tubas e até mesmo dos ovários.

Os principais agentes etiológicos envolvidos, em ordem de prevalência, são:

 Neisseria gonorrhoea;
 Chlamidya trachomatis;
 Mycoplasma hominis;
 Ureaplasma urealyticum;

bactérias presentes na flora vaginal endógena (aeróbicos e anaeróbicos gram positivos e negativos, tais
como Streptococcus beta-hemolítico, Escherichia coli e Gardnerella vaginalis).

A gonorreia e a clamídia são as DSTs mais envolvidas na gênese da DIP. Os fatores de risco para a doença são:

 idade;
 relações sexuais desprotegidas (sem uso de preservativo);
 múltiplos parceiros sexuais;
 início precoce da atividade sexual;
 história prévia de DST e/ou DIP;
 uso de DIU.

Como é feito o diagnóstico da doença inflamatória pélvica?

Diferentes apresentações clínicas da doença podem ser observadas, variando de um quadro leve até um quadro
grave nas DIPs sintomáticas. Pode também se apresentar como uma DIP assintomática ou silenciosa.

O diagnóstico depende de a paciente procurar um médico ginecologista para que seja investigada a história
clínica e realizado o exame físico. Alguns sinais e sintomas levam o médico a suspeitar de DIP, como:

 dor pélvica;
 exame de toque do colo do útero doloroso;
 temperatura > 38 ºC;
 presença de secreção purulenta (corrimento) encontrada no colo uterino;
 sangramento fora do período menstrual;
 menstruação irregular;
 dor ao urinar;
 sangramento após a relação sexual.

O diagnóstico geralmente é firmado por meio da avaliação clínica após consulta e análise laboratorial do sangue
e do corrimento coletado, pesquisando os microrganismos mais envolvidos na DIP.

A ultrassonografia pode ajudar no diagnostico, mas o padrão ouro é a laparoscopia, que permite também se
proceder ao tratamento.

Qual é o tratamento para a doença inflamatória pélvica?

Nos casos de DIP leve, o tratamento pode ser feito ambulatorialmente, uma vez que responde bem ao uso de
antibióticos.

Nos casos graves, é necessária a internação da paciente, especialmente na suspeita de abscesso, febre
persistente após uso de antibióticos, peritonite ou sepse, ou dúvidas quanto ao diagnóstico e
pacientes imunocomprometidas. A laparoscopia irá fechar o diagnóstico e complementar o tratamento.

DONOVANOSE:

O que é donovanose?

Donovanose é uma infecção sexualmente transmissível (IST) crônica progressiva, causada pela bactéria Klebsiella
granulomatis.

Também conhecida como granuloma inguinal, ela ocorre na pele e mucosas das regiões da genitália, virilha e do
ânus.

A bactéria literalmente se alimenta de carne vermelha, causando úlceras e destruindo a pele infectada.

Normalmente os infectados são adultos na faixa etária entre 20 e 40 anos que possuem múltiplos parceiros
sexuais.

Quais as formas de contágio?

Agora que você já sabe o que é donovanose, vamos a detalhes a respeito do contágio.

O contágio ocorre através de relacionamentos sexuais onde não são utilizados preservativos.

Para evitar o problema, a única alternativa está no uso da camisinha (masculina ou feminina).

Os sinais e sintomas podem ser percebidos pela pessoa infectada a partir dos seguintes detalhes:
Aparecimento de uma lesão nas partes íntimas, transformando-se em ferida ou caroço vermelho,

A lesão não causa dor e nem íngua,

É comum o sangramento da lesão, comprometendo a pele e facilitando que outras bactérias venham a infectar o
local.

Também já foram verificados casos onde o contágio ocorreu entre mãe e bebê recém-nascido, quando o contato
entre as peles foi suficiente para que a bactéria fosse transferida para a criança.

Como tratar?

A qualquer sinal que indique a possibilidade da doença, é fundamental que a pessoa procure uma clínica
especializada para a verificação do problema através de exames e um diagnóstico correto.

A incubação ocorre entre 1 e 12 semanas após a transmissão e o tratamento se dá a partir do uso de antibióticos
por um período longo.

Ao final do tratamento, é fundamental que o paciente retorne à clínica para uma avaliação com o objetivo de
verificar se o problema foi resolvido.

Durante todo o tratamento e enquanto os sinais não tiverem desaparecido é desaconselhável os


relacionamentos sexuais.

Como se observa, essa situação pode transformar-se em um sério problema, portanto, é fundamental que todos
os cuidados sejam verificados e a qualquer sinal característico o médico deve ser imediatamente procurado.

GONORREIA:
O que é: a gonorreia é uma DST causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae.

Transmissão: principalmente por sexo desprotegido; risco aumenta com múltiplos parceiros e ausência de
preservativo. Transmissão também é possível durante o parto ou através de objetos sexuais compartilhados; não
transmitida por banheiros ou piscinas. Transmissível mesmo sem sintomas ou ejaculação.

Epidemiologia: maior incidência entre pessoas de 15 a 24 anos; pode ocorrer em qualquer idade com práticas
sexuais de risco. Afeta ambos os sexos, mas os sintomas são menos visíveis em mulheres.

Sintomas: corrimento purulento, dor ao urinar, urgência urinária e inflamação da uretra. Mulheres
frequentemente são assintomáticas, aumentando risco de complicações por falta de tratamento.

Complicações: as mais sérias incluem inflamação pélvica, infertilidade, infecção disseminada, artrite,
endocardite, e em recém-nascidos, infecções oculares severas.

Diagnóstico: feito através da análise de corrimento ou teste de urina (NAAT).

Tratamento: antibióticos; Ceftriaxona e Azitromicina são comuns. Parceiros sexuais devem ser também tratados;
abstinência recomendada até resolução dos sintomas.

Prevenção: camisinha é o melhor método para prevenir.

INFECÇÃO POR CLAMÍDIA:


Uma doença comum e sexualmente transmissível que pode não apresentar sintomas.

A clamídia afeta pessoas de todas as idades, porém é mais comum em mulheres jovens.
Muitas pessoas com clamídia, mesmo sem apresentar sintomas, podem infectar outros indivíduos por
contato sexual. Os sintomas incluem dor genital e secreção pela vagina ou pênis.
É recomendado o uso de antibióticos tanto para o paciente afetado como para os parceiros sexuais dele. A
triagem de outras informações sexualmente transmissíveis também deve ser realizada.
Requer um diagnóstico médico
Muitas pessoas com clamídia, mesmo sem apresentar sintomas, podem infectar outros indivíduos por
contato sexual. Os sintomas incluem dor genital e secreção pela vagina ou pênis.

Sintomas:
Pode não ter sintomas, pode provocar:
As areas de dor: parte inferior do abdômen, pélvis, testículo ou vagina
Dores circunstanciais: durante a micção ou durante a relação sexual
Na região genital: corrimento vaginal anormal, sangramento vaginal ou secreção no pênis
Na menstruação: menstruação irregular ou sangramento pela vagina
Sintomas mais comuns:febre

O tratamento é feito por meio do uso de antibióticos


É recomendado o uso de antibióticos tanto para o paciente afetado como para os parceiros sexuais dele. A
triagem de outras informações sexualmente transmissíveis também deve ser realizada.

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