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(nome, qualificação, endereço e nº. do CPF), por seu advogado in fine assinado (doc. anexo), vem, à presença
de V. Exa., com fulcro nos arts. 186 e 927 do Código Civil, propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO
contra a empresa .........., com sede na cidade de ............, na Rua .........., inscrita no CPNJ sob o n. .............., o
que faz em vista das seguintes razões de fato e de direito:
1. O autor em data de ........... viajou da cidade de ................ para a cidade de ..........., conforme bilhete anexo,
em ônibus de propriedade da ré.
2. Ao desembarcar na cidade de origem verificou que suas malas não mais se encontravam no compartimento
reservado a tanto, cujas malas estavam sob a guarda da empresa ré (docs. anexos).
3. Assim, ocorreu o extravio ou o furto das malas do autor, que ficou em situação de desespero, pois que além
de suas roupas, ali se encontravam outros objetos pessoais e documentos.
4. Apesar das reclamações feitas no momento e posteriormente, a ré quedou-se inerte, não dando a menor
satisfação ao autor, se passageiro.
5. O Decreto-Lei n. 2.521, de 20.03.98, regulamenta o transporte rodoviário, prevendo em seu art. 74, que no
caso extravio, a empresa tem um prazo de até 30 (trinta) dias para indenizar o passageiro (§ 1º), na forma da letra “b” do
§2º do dispositivo citado, no valor equivalente a até 10.000 (dez) mil vezes o coeficiente tarifário.
6. A norma complementar STJ 010/98, publicada em 13.10.98, em seu art. 8º, a e b, prevê também tal espécie
de indenização.
7. Que o valor do coeficiente tarifário é de ......... segundo informações prestadas pelo Ministério dos
Transportes, devendo a indenização ser paga no patamar em apreço que importa em .......................
8. De se frisar que a responsabilidade da ré é manifesta a teor do que dispõe o art. 186 do Código Civil,
inclusive pelo dever de guarda que assumiu ao receber as malas, observando-se na espécie a responsabilidade objetiva
da empresa ré.
9. Além disso o autor haverá de ser indenizado moralmente pelos transtornos que lhe foram ocasionados,
verificando-se tratar-se de relação de consumo prevista no Código de Defesa do Consumidor. Ora, o passageiro ficou
privado de seus bens e teve que adquirir outros para continuar sua viagem, sem se falar no desconforto, na dor íntima, na
amolação, no desconforto que tal situação lhe ocasionou.
10. O posicionamento jurisprudencial é no sentido de que: “o fato de a Convenção de Varsóvia revelar, como
regra, a indenização tarifada por danos materiais não exclui a relativa aos danos morais. Configurados esses pelo
sentimento de desconforto, de constrangimento, aborrecimento e humilhação decorrentes do extravio de mala. Cumpre
observar que a Carta Política da República - incisos V e X, do artigo 5º, no que se sobrepõe a tratados e convenções
ratificados pelo Brasil”. (Ac. STF, no RE 172.720, publicado 21.02.97).
Ex positis, propõe-se presente ação, visando seja a empresa ré condenada ao pagamento da quantia de ..........,
correspondente ao coeficiente tarifário, além da quantia de .......... a título de danos morais, requerendo-se assim sua
citação, por via postal, para contestar, querendo, os termos da presente ação, acompanhando-a até final decisão, quando
a mesma haverá de ser julgada como procedente para o fim mencionado, acrescido de juros de mora, atualização
monetária desde o evento, custas processuais e honorários advocatícios.
Valor da causa: R$
Pede deferimento.
(local e data)
(assinatura e n. da OAB do advogado)