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Discurso de Formatura do curso de Teologia 2010

Prezados alunos da nonagésima primeira turma de teologia, ilustrisssimos


colegas de mesa, prezados pais e demais convidados. Esta é a última aula que vocês
terão na graduação em teologia e coube a mim o privilégio em ministrá-la em uns
poucos minutos desta cerimônia festiva.
Em 1987 foi publicado um polêmico livro nos EUA que até hoje é tema de um
intenso debate na educação daquele pais. O titulo traduzido para o português seria
Instrução cultural: o que cada americano precisa saber. Neste livro, o autor, E. D. Hirsch
(1) chega à polêmica conclusão que uma grande parte dos alunos norteamericanos não
teriam o background cultural mínimo para entenderem com profundidade nem a
primeira página de um jornal. Isso é muito sério. Mas, de fato, várias pesquisas parecem
confirmar sua afirmação. Uma delas, por exemplo, a lista MindSet (modo de pensar)
realizada anualmente pelo Beloit Colllege de Wisconsin (2) revelou dados aterradores.
Somente para constar: A maioria dos americanos que está prestes a entrar na
universidade não consegue escrever em letra cursiva, acham que o e-mail é lento
demais, que Beethoven é um cachorro e Michelangelo, um vírus de computador, ou uma
das tartarugas ninja. Para os estudantes que se formarão em 2014, a Checoslováquia e a
Iugoslávia nunca existiram, a Alemanha nunca foi um pais dividido, e para a maioria
dos que nasceram depois de 1980 João Paulo 2º. que assumiu o pontificado em 1978 e
morreu em 2008 teria sido o primeiro papa da história. Numa outra pesquisa realizada
em Fullerton, California, mais da metade dos alunos não sabiam quem foi Alexander
Hamilton, mesmo com sua foto aparecendo na nota de dez dólares. Embora eu não
tenha uma pesquisa tão detalhada sobre o Brasil, não creio que estejamos melhores que
os americanos, haja vista que segundo a ultima divulgação do Pisa feita há três semanas,
dentre os 65 países que participaram da pesquisa, o Brasil ocupa, invariavelmente, as
piores posições em todos os itens avaliados. Este ano, nós brasileiros, ficamos em 53º.
lugar, perdendo até para países como Bulgária e Romênia. As respostas reveladas pelas
pesquisas educacionais podem até parecer engraçadas, mas são trágicas. Se, como diz o
ditado, os jovens são o futuro do mundo. Arrepia-me imaginar viver em um mundo
gerenciado pelos entrevistados nestas pesquisas. Mas não estou aqui para discursar
sobre Educação e Pedagogia. Minha preocupação é outra e só tomei esses dados para
checar uma problemática ainda pior: como estaria o nível de cultura bíblica ou
doutrinária em nossas igrejas? Especialmente dos jovens por n[os orientados? O
cenário atual parece ser mais ou menos assim: as pessoas (jovens e adultos) aceitam a
Jesus como seu Salvador, são batizadas então passam a freqüentar a igreja, aprendem o
básico da Palavra de Deus e se alimentam dele, mas não aprofundam seu conhecimento.
Comportam-se como clientes de um restaurante de luxo se empanturrando daqueles
pães com alho que servem de entrada e recusando-se a ao menos a ler o menu principal
e saborear as receitas do Cozinheiro Chefe. Querem ver isso na prática? No último mês
de outubro, o Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública (3) divulgou os resultados de
uma pesquisa nacional que mede como os próprios crentes são desinformados quando se
trata de religião. A pesquisa descobriu que, comparados a outros grupos, os chamados
“crentes” sabiam menos sobre Bíblia e teologia do que os ateus e agnósticos. Numa
outra pesquisa encomendada por católicos entre os países europeus, somente 14%
entrevistados souberam responder corretamente a perguntas básicas de conhecimento
bíblico como: "Os evangelhos são parte da Bíblia?", "Jesus escreveu algum livro da
Bíblia?" ou "Quem, entre Moisés e Paulo, era um personagem do Antigo
Testamento?". Mais um dado: o Instituto Barna (4) sediado em sediado em Greendale
California, realizou uma pesquisa em vários países de maioria cristã. 93% dos
entrevistados diziam possuir pelo menos uma Bíblia em casa. Dos que possuíam a
Bíblia, 12% a liam diariamente e 38% esporadicamente. Ai a enquete perguntou coisas
de conteúdo bíblico. Vejam as respostas: 69% acreditavam que a expressão “Deus ajuda
a quem cedo madruga está na Bíblia”; 48% achavam que o livro de Tomé fazia parte do
NT e 58% não souberam responder quem pregou o sermão do monte. Estamos vivendo,
segundo o pesquisador Randy Frazee uma era de tremendo analfabetismo bíblico e
teológico. E eu pergunto a vocês, seremos tão arrogantes a ponto de pensar que a Igreja
Adventista é uma exceção à regra? Será que estamos tão isentos que esses dados não
deveriam servir pelo menos de alerta? E mais: De quem seria a responsabilidade por
isso? Bem, no caso daquele analfabetismo cultural secular de que falei a pouco, visto
especialmente entre alunos universitários e pré-universitários, existe uma explicação
dada por Allan Bloon, eminente educador da Universidade de Chicago: Para ele o que
estaria por detrás dessa ignorância coletiva é a convicção pós-moderna de que não
existe verdade absoluta, de que tudo é relativo. Assim, o propósito da educação não é
aprender a verdade ou dominar fatos, mas apenas adquirir a habilidade de obter sucesso,
riqueza, fama e realização pessoal. A verdade última ficou irrelevante e desnecessária,
é coisa de cada um. Logo, não me admira que estes sejam os desastrosos resultados da
cultura. Afinal de contas como estabelecer o que é certo e errado num currículo? Como
estabelecer o que os alunos devem aprender? Como saber que o que aprendem hoje não
será desmentido ou atualizado amanhã? Como dizer que uma resposta está
definivamente errada? Bem, para o pós moderno, qualquer resposta é válida, afinal, tudo
é relativo. Mas isso, é claro, contraria frontalmente a posição cristã. Para nós existe uma
verdade absoluta que está em Deus e é revelada por Deus em cristo Jesus, portanto não
devemos olhar para a verdade com apatia ou desdém. Pelo contrário, para nós a verdade
é um reflexo do próprio Deus, ignorá-la, significa ignorar sua pessoa. Mas, a meu ver, o
diabo tem planos diversificados e utiliza métodos diferentes de alienação da verdade
quando se dirige à igreja. Aqui o relativismo poderá vir não na forma de um
questionamento declarado que afrontaria nosso brio doutrinário. Não! Aqui o
relativismo chega na tentativa e promoção de uma exagerada adaptação do cristianismo
ao mundo e à cultura que nos rodeia. Em nome da sobriedade e da prudência não
queremos ser marginalizados, não queremos ser seita, não queremos ser os esquisitos.
Uma pesquisa recente feita com mais de 25 mil jovens adventistas do Brasil revelou que
um dos grandes perigos que ameaça nossa juventude é o incentivo velado a que eles não
lutem contra o mundo, mas se adaptem a ele. Aliás, os próprios pais dessa nova geração
já se encontram adaptados. A ordem do dia é preparar jovens para um mundo de
sucesso, aonde somente pessoas de sucesso são felizes. As meninas podem até admirar
madre Tereza de Calcutá e os rapazes Mahatma Ghandi, mas na hora de escolher seus
modelos de vida preferem se parecer com Beyoncé ou Justin Biber. O ideal de vida não
é ter a carreira do apóstolo Paulo ou do profeta Elias, mas de sim o sucesso de Mark
Zuckerberg, o jovem fundador do Facebook. J. N. Andrews pôde até ter sabido de cor o
Novo Testamento e levar a duras penas adventismo para a Europa, ele pode até ser
admirado por adventistas da terceira idade e ter uma estátua na Universidade de
Andrews. Mas e daí? Sua vida foi chata, ele não teve os sete bilhões de dólares do
jovem Mark nem os 500 milhões de seguidores do Facebook. Logo, quem vocês acham
está sendo a inspiração e o modelo de vida para muitos de nossos jovens? Com quem
eles querem se parecer? A quem estão sendo incentivados a imitar? Ellen White ou
Madona? E sabe quais seriam as possíveis portas de entrada dessas adaptabilidade
excessiva aos modelos do mundo? A Música, os pais e os cultos. A música porque está
copiando cada vez mais o estilo de fora para se tornar mais atraente, os pais porque
muitos (felizmente não todos) já passaram do estágio da permissividade vivendo eles
mesmos o “incentivo ao sucesso, custe o que custar”. E quanto aos cultos? Bem é aí que
vocês entram: Os jovens estão mostrando que o culto e especialmente a pregação não
está sendo relevantes em sua vida quando estão fora do ambiente da igreja. Sabe, existe
uma pressão muito grande sobre os pastores para que se aculture sem limites a religião a
fim de torná-la cada mais atraente. Talvez cheguemos ao ponto de exigir que Deus
também adapte o céu para atrair o maior número possível de pecadores não
arrependidos para lá. Ironias à parte, torna-se claro que neste contexto de liberalismo e
relativismo teológico a pregação da pura e simples Palavra de Deus se torne irrelevante
para não dizer inoportuna. A simples noção de pecado, culpa e redenção, por exemplo,
praticamente evaporou-se de muitos púlpitos. Se antes a tônica dos grandes pregadores
era: “Venha a Jesus, você que se sente um pecador”, a nova homilética conclama:
“Venha a Cristo, você que tem problemas na empresa, no casamento, na sua vida
profissional”. Desfaz-se a figura soteriológica do Filho de Deus, para dar lugar à
imagens mais “atualizadas” de Jesus como psicólogo, consultor de negócios, orientador
profissional, animador de auditório, etc. No caso específico da Igreja Adventista
brasileira, se por muitos anos vivemos a ameaça de uma homilética existencialista, mais
recentemente estamos vendo o nascimento de nova homilética motivacional, inspirada
especialmente em palestras empresariais. Chega a ser quase uma adaptação inconsciente
da teologia da prosperidade. Titulos como “vinte passos para o sucesso”, “as sete leis do
jovem bem sucedido”, “como ganhar o céu e vencer no mundo”, “como garantir sucesso
sem sair de casa”, “como se tornar um milionário com Deus” etc. Estão lotando o
sermonário de muitos pregadores, especialmente quando são chamados a pregar para os
jovens. “Vitória com Cristo” já não significa vitória sobre o pecado, mas vitória na vida
profissional, na realização de sonhos, na conquista da pessoa amada. O sermão da
montanha, numa semana de oração realizada num de nossos colégios foi reduzido ao
tema “o caminho da felicidade” quando exegeticamene falando é justamente o
contrário: Felizes são os infelizes, os que choram, têm fome são perseguidos, enfim, os
que não se conformam com as normas do mundo e, portanto, suscitam oposição . Mas a
ênfase das mensagens foi novamente sobre aos passos supostamente extraídos do
sermão do monte para ser um jovem bem sucedido neste mundo. Os conselhos sobre
sexo e namoro nalgumas abordagem reduzem-se apenas a alertar contra a AIDS, uma
gravidez indesejada ou o insucesso num futuro matrimônio, quase já não se inclui o
principal problema que é o pecado, perda da salvação e a perda do céu. Alguns talvez
argumentem que esse tipo linguagem não atinge mais às pessoas. E quando é que
atingiram? Vocês acham que foi fácil para as multidões e para os discípulos ouvirem
Jesus dizer que um olhar malicioso significa adultério e que uma palavra mal proferida
significa assassinato? Que deveriam amar seus inimigos e carregar sua própria Cruz? Os
discursos de Jesus também não eram atrativos para a maioria, tanto o que, segundo o
evangelho de João, no final de seu ministério muitos se retiraram e já não andavam mais
com o Mestre e os próprios discípulos questionaram "Duro é este discurso; quem o
pode ouvir?"( João 6.60). Veja, não vamos jogar fora a água suja a bacia e o menino
juntos. Temos sim de adaptar a mensagem, mas com limites e critérios de identidade
teológica muito bem definidos. Ademais, esses temas que estou citando como
motivacionais poderão e deverão ter vez ou outra seu lugar na educação de jovens para
o futuro, isso é óbvio! Mas o primeiro problema é quando eles adentram o púlpito em
franca e quase total substituição a assuntos de extrema relevância como as três
mensagens angélicas, o fechamento da porta da graça, a fundamentação bíblica das
doutrinas diferenciais do adventismo etc. Eu sei que isso é pregado em séries
evangelísticas, mas e os crentes já batizados? Não precisam dessas temáticas? Seriam
elas apenas o beabá da instrução batismal? Algo do qual já não necessitamos num
estágio mais avançado da fé? O segundo problema é quando esse tipo de abordagem
começa a induzir as pessoas a uma leitura simplista, reducionista e alegórica da Palavra
de Deus. Simplista porque substituem o profundo estudo pessoal das escrituras por uma
mera leitura ocasional e meditativa. Reducionista porque são sempre os mesmos
personagens (o roteiro não muda): é a lição de vitória extraída da história de José no
Egito, do combate de Davi e Golias, do chamado de Moisés etc.. E alegórica porque
impõem ao texto uma aplicação completamente divergente do objetivo do autor
inspirado ou até mesmo do Espírito que o inspirou. Comparar o santuário a um corpo
humano, a trindade a um pequeno grupo ou traçar paralelos entre a entrega dos dez
mandamentos e a obra de publicações podem ser alegorias bonitinhas, mas trazem
muitas distorções teológicas. Meus caros alunos, agora colegas de ministério, ao
subirem no púlpito que sua mensagem lembre aos membros porque eles são adventistas,
porque aceitaram se batizar nesta igreja, faça-os recordarem a doutrina que abraçaram e
levem outros não batizados a também fazerem o mesmo. Cuidado com aquelas falácias
homiléticas do tipo o que importa é que o sermão seja cristocêntrico. Uma vez um
convidado para uma de nossas capelas declarou: que os teólogos presentes me perdoem,
mas vou falar de Jesus e não de teologia. Mas dá para separar as duas coisas?
Cristocêntrico por cristocêntrico, os pregadores David Koresh e Jim Jones que levaram
várias pessoas à morte também eram . Afinal sua mensagem sempre gravitava ainda que
de modo distorcido, em torno do nome de Jesus. A questão, portanto, não se limita a ser
cristocêntrico apenas. Que Cristo estou eu colocando no centro? È o Cristo que
intercede no santuário celestial, é o Cristo que demanda a guarda dos mandamentos? É
o Cristo da cristologia bíblico-adventista? Separar Cristo da teologia leva-nos a
confundi-lo com as caricaturas que fizeram dele. Outra falácia: o que importa é que o
pregador toque os corações. É verdade, mas seria só isso? Roberto Carlos também toca
os corações e nem por isso vamos imitá-lo ou chamá-lo de evangelista. Ou você
doutrina sua igreja ou um dissidente o fará! Meus queridos, sermão bíblico não é
necessariamente sermão que cita a bíblia, mas sim sermão que se baseia nela. Pegar uma
palestra motivacional, enfeitar com versinhos bíblicos aqui e acolá, não significa que a
Bíblia esteja sendo pregada. Aqui vai uma forma de vc avaliar seu próprio sermão.
Retire dele as passagens bíblicas que vc utilizou. Se depois de fazer isso você perceber
que linha mestra de sua argumentação quase não foi alterada, aquele não era um sermão
bíblico era uma palestra enfeitada com a Bíblia. Rasgue-o imediatamente e volte-se para
a Palavra de Deus. Está ficando na moda o uso de uma longa introdução cheia de
histórias e piadinhas deixando ao texto bíblico um longínquo lugar no discurso, como se
fosse apenas uma ilustração. E o que é pior: o texto é praticamente abandonado depois
de lido e o discurso motivacional e imediatamente retomado. No final, percebe-se que a
história bíblica, nem fez tanta diferença assim, que tanto faria contar a história de José
ou do presidente Lula que a linha argumentativa do sermão continuaria praticamente a
mesma. Um dia Deus chamou Moisés para que tirasse seu povo do Egito. E Hoje eu
comparo vocês a Moisés, especialmente no momento de sua graduação ao receber o
diploma diante de uma sarça ardente. A diferença talvez esteja na duração do curso,
para vocês quatro anos alguns talvez cinco ou seis, para Moisés 40! A ordem de Deus
era clara: “Diga a faraó: deixe meu povo ir” Hoje vocês geralmente não terão de ir a
nenhum ditador exigindo a libertação de um grupo de escravos. As pessoas hoje são
livres e talvez devam ser libertas de outros tipos modernos de escravidão. Uma delas, e,
pra mim, das mais graves – a escravidão da ignorância doutrinária sobre Deus. A ordem
de Deus nesse novo contexto seria: “Diga a faraó que deixe meu povo saber”. Calma,
pastor Rodrigo, pensará alguém, não incentive o extremismo, devemos ser equilibrados,
devemos ter equilíbrio em tudo. Será? Deixe-me então terminar meu discurso
relembrando um dos conceitos que vimos em sala de aula com relação ao Apocalipse
especialmente o capitulo 3 versos 15 e 16: ali deus diz: “Conheço as tuas obras, não és
frio nem quente, quem dera fosses frio ou quente, mas porque és morno, e não és nem
frio nem quente estou a ponto de vomitar-te de minha boca.” Essa advertência colide
frontalmente com um dos pilares da cultura atual que, desde a antiguidade Greco-
romana, conclama que a virtude está no meio. Aristóteles já dizia isso na sua Ética a
Nicômaco. Em nome da sobriedade, da prudência e do comedimento o máximo que se
obtém em situações de conflito ético é o equilíbrio. Mas o estranho é que, segundo o
apocalipse, Deus vomita os equilibrados. Não é o frio ou o quente o ponto alto da
rejeição divina, mas o morno, o que está em equilíbrio entre dois extremos. Como
entender isso? Em primeiro lugar lembrando que esse caminho equilibrado ou caminho
intermédio, coincide com o caminho da mediocridade. E Deus não quer pessoas
medíocres. O problema é que há muitas e muitas situações na vida (e à medida que o
fim se aproxima essas situações aumentarão) em que o cristão não poderá jamais ser
equilibrado. Como ser equilibrado entre Deus e o Diabo? Entre a fidelidade e a
infidelidade? Entre o Cordeiro e a Besta Escarlata? Entre o Santo e o profano? Nesses
momentos não dá para ser morno, tem de ser radical! Opa, outra palavra perigosa.
Infelizmente a semântica cria novos conceitos que destroem o sentido original do
vocábulo. Dogma, fundamentalismo, conservadorismo são exemplos de termos de
profundo significado que hoje se tornaram pejorativos. O mesmo se dá com a palavra
radical. Em sua origem etimológica, radical significa o que tem raízes profundas e se
firma nelas, contrário àquele que tem opiniões epidérmicas, ou meramente superficiais.
Ele conhece claramente o “assim diz o Senhor”. Sendo assim, nos momentos em que a
situação assim o exigir, sejam radicais, na hora da crise em que nossa liberdade for
tirada de nós por causa do decreto dominical, a radicalidade será uma virtude, o vício
estará no equilíbrio que conduz à superficialidade. Afinal, lembremos: Deus vomita os
mornos. Um conselho final: quando vocês eram crianças a primeira coisa que a mãe de
vocês lhes ensinou foi o seu nome completo, o nome completo de seus pais e o seu
endereço. Por que isso? Porque caso vocês se perdessem, saberiam para onde regressar.
A mesma coisa lhes digo hoje: gravem bem a teologia bíblica que vocês aprenderam,
não se apartem dela jamais e assim aonde quer que estejam, seja em que situação for,
vocês saberão o caminho de Casa, daquela casa que Cristo foi nos preparar, e jamais se
desviarão dele. Que Deus abençoe a todos vocês.

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