Artigo Original

Efeitos das sementes de Fenugreek na gravidade e sintomas

sistêmicos da dismenorreia
Sima Younesy 1, Sedigheh Amiraliakbari 1*, Somayeh Esmaeili

1- Department of Midwifery, School of Nursing and Midwifery, Shahid Beheshti University of Medical Sciences, Teerão, Irã
2- Department of Traditional Pharmacy, School of Traditional Medicine, Shahid Beheshti University of Medical Sciences, Teerão,
Irã
3- Centro de Pesquisa Médica de Medicina Tradicional e Materia Medica, Shahid Beheshti University of Medical Sciences, Teerã, Irã
4- Departamento de Bioestatística, Faculdade de Medicina, Universidade Shahid Beheshti de Ciências Médicas, Teerão, Irã

Resumo
Antecedentes: A dismenorreia primária é um distúrbio prevalente e seus efeitos
nefastos deterioram a qualidade de vida em muitas pessoas em todo o mundo. Com
base em algumas evidências sobre as características do feno-grego como planta
medicinal com propriedades anti-inflamatórias e analgésicas, este ensaio duplo-cego,
aleatorizado, controlado por placebo foi realizado. O principal objetivo do estudo foi
avaliar os efeitos das sementes de feno-grego na gravidade da dismenorreia primária
entre os estudantes.
Métodos: Os estudantes solteiros foram distribuídos aleatoriamente por dois grupos
que receberam feno-grego (n=51) ou placebo (n=50). Durante os primeiros 3 dias de
menstruação, 2-3 cápsulas contendo sementes de feno-grego em pó (900 mg ) foram
administradas aos indivíduos três vezes por dia durante dois ciclos menstruais
* Autor correspondente:
consecutivos. A gravidade da dor foi avaliada utilizando uma escala analógica visual
Sedigheh Amiraliakbari, e os sintomas sistêmicos foram avaliados utilizando uma escala verbal
Department of Midwifery, multidimensional.
School of Nursing and Resultados: A gravidade da dor no início não diferiu significativamente entre os
Midwifery, Shahid
dois grupos. A gravidade da dor foi significativamente reduzida em ambos os grupos
Beheshti University of
Medical Sciences, Vali- após a intervenção; no entanto, o grupo do feno-grego registrou uma redução
asr and Niayesh Junction, significativamente maior da dor (p<0,001). No que respeita à duração da dor, não
Teerão, Irã houve diferença significativa entre os dois ciclos no grupo placebo (p=0,07) mas no
E-mail: grupo do feno-grego, a duração da dor diminuiu entre os dois ciclos (p<0,001).
asa_ akbari@ yahoo. com
Sintomas sistêmicos de dismenorreia (fadiga, cefaleia, náuseas, vômitos, falta de
Recebido: 2 de novembro energia, síncope) desapareceram no grupo das sementes de feno-grego (p<0,05). Não
de 2013 foram notificados efeitos secundários no grupo do feno-grego.
Aceita: 2 de fevereiro de Conclusão: Estes dados sugerem que a prescrição de sementes de feno-grego em pó
2014
durante a menstruação pode reduzir a gravidade da dismenorreia.

Palavras-chave: Dismenorreia, Fenugreek, Medicamento à base de plantas.

Para citar este artigo: Younesy S, Amiraliakbari S, Esmaeili S, Alavimajd H, Nouraei
S. Efeitos das sementes de Fenugreek na gravidade e sintomas sistêmicos da
dismenorreia. J Reprod Infertil. 2014;15(1):41-48.

Introdução
A dismenorreia, um termo grego, refere-se a
contrações uterinas dolorosas durante a
menstruação (1). Está associado a dor
espasmódica no
abdômen durante hemorragia menstrual (2) .
Dismenorreia primária é a principal causa de
trabalho ausente-
diminuição da qualidade de vida e redução da
capacidade de realizar atividades diárias (3, 4). Na
dismenorreia primária, a dor não é acompanhada
por um distúrbio pel-vic. Além disso, é mais
comum em mulheres mais jovens, mas pode durar
até a quinta década
J Reprod Infertil. 2014;15(1):41-48
JRI Efeitos das Sementes de Fenugreek na como o mais antigo medicamento à base de
Dismenorreia plantas

de vida (5). A dismenorreia resulta de contrações

uterinas associadas a isquemia (6). Concentrações
aumentadas de prostaglandinas, vaso-pressão,
leucotrienos e fatores emocionais também podem
resultar em dismenorreia (7).
A prevalência de dismenorreia primária foi relatada
para variar de 42 a 95% em diferentes países (8-11).
Várias intervenções nutricionais e psicológicas não-
invasivas têm sido sugeridas como tratamentos.
Estes incluem psicoterapia, ioga, hipnoterapia,
massagem, estimulação do nervo elétrico
transcutâneo, vitaminas e suplementos nutricionais.
Medicamentos prescritos inibidores in-clude da
síntese de prostaglandinas e anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs) para o alívio da dor, bem como
contraceptivos orais. Tratamentos não farmacêuticos
incluem acupuntura e cirurgia. Vários desses
tratamentos podem ter efeitos adversos ou podem
ser contraindicados em determinados grupos de
mulheres (5, 12).
Devido à falta de efeitos colaterais em
comparação com drogas sintéticas, cerca de 60%
da população mundial depende quase inteiramente
de plantas para medicamentos. Sabe-se que os
produtos naturais são terapias eficazes (13). O uso
de medicamentos à base de plantas tem sido
comum centenas de anos antes de as empresas
farmacêuticas começarem a funcionar e, além
disso, muitas drogas têm uma base de plantas. O
consumo de suplementos à base de plantas tem
vindo a aumentar nos países desenvolvidos,
especialmente nos EUA, em diferentes grupos
etários por várias razões (14, 15).
Em todo o mundo, têm sido utilizados
medicamentos tradicionais, como ervas
aromáticas, para o tratamento da dismenorreia
(16). Muitas mulheres acreditam que a
dismenorreia é um ciclo normal de menstruação e
não precisa de tratamento farmacológico (14). Os
agentes anelares naturais usados para tratar a
dismenorreia incluem cervejas de ervas (por
exemplo, hortelã, camomila e orégano), raízes de
plantas (por exemplo,, cenouras e nabos) e as
pétalas de plantas (calêndula, jacinto e feno-
grego) (12, 17). Num estudo, 78 % dos
participantes utilizaram o feno-grego, a hortelã e o
chá verde, entre os quais o feno-grego foi mais
utilizado do que os outros (14).
O feno-grego [Trigonella foenum-graecum
(Legu-minosae)] é o galacagoga herbal mais
frequentemente utilizado e é membro da família
das ervilhas (18). No Irã, o feno-grego foi
registrado sob o nome "Shanbalile" (/Šambalile/)
(19). Fenu-greek é uma erva anual com
propriedades medicinais e tem sido conhecido

no Egito e na Grécia (20). Atualmente, foram
obtidas novas informações sobre os benefícios e
os efeitos farmacológicos do feno-grego no bem-
estar humano (21, 22) . A planta feno-grega é
nativa da Ásia Ocidental e do Irã (23). A Food and
Drug Administration (FDA) nos EUA lista como
sendo uma planta geralmente reconhecida como
segura (GRAS). Tem sido utilizado em todo o
mundo há séculos (18). O feno-grego é adicionado
aos alimentos comuns dos povos in-dianos,
egípcios e iemenitas (13).
As sementes de feno-grego são utilizadas como
especiarias nas preparações alimentares para
melhorar ou conferir sabor e são boas fontes de
proteínas, gorduras, minerais e fibras alimentares
(24). O uso de feno-grego remonta ao Egito antigo
quando foi usado para facilitar o parto e aumentar
o leite materno. As mulheres egípcias ainda
consomem feno-grego para diminuir a dismenor-
reia. O feno-grego foi também utilizado como
alcaçuz para tratar a gota, glândulas inflamadas,
tumores, cicatrizes, feridas e várias inflamações da
pele (25, 26) . As sementes de feno-grego jovens e
maduras estão cheias de hidratos de carbono e
açúcar, galactomanano, aminoácido, ácido gordo,
vitaminas, ácido fólico e saponinas (22). Os
principais constituintes químicos do feno-grego
são proteínas ricas em lisina e triptofano,
42 J Reprod Infertil, Vol 15, N.º 1, Jan-Mar 2014
flavonoides (por exemplo, quercetina, trigonelina,
saponinas e ácido fítico) e polifenóis (24, 27).
As utilizações terapêuticas bem documentadas
do fenu-grego são a sua atividade contra a
hipoglicemia e a hipolipidemia (28-30). Também
protege os sistemas gastrointestinal (31) e
cardiovascular (32). Sementes de feno-grego
também são usadas no meio-cino tradicional para
aliviar o frio comum, a dor artrítica e a
hiperglicemia. Os extratos e isolados de sementes
de feno-grego têm atividades antioxidantes e anti-
inflamatórias (33). Os efeitos anti-inflamatórios e
analgésicos do feno-grego foram demonstrados
em modelos experimentais (34-37). Um estudo
provou o papel do sistema serotoninérgico no
efeito analgésico do extrato de feno-grego em
ratos e introduziu a probabilidade da existência de
outros mecanismos analgésicos. Mencionou
igualmente as semelhanças superficiais entre o
extrato de feno-grego e os anti-inflamatórios não
esteroides e a presença dos seus efeitos
analgésicos, anti-febre e anti-inflamatórios em
combinação (34).
Os fitoestrogénios são compostos à base de
plantas com atividade es-trogénica; o feno-grego
contém compostos de fitoestro-gênio (38). O
presente estudo foi conduzido para avaliar os
efeitos da administração oral de feno-grego sobre
a gravidade da dis-menorreia primária entre os
estudantes. O artigo também con-
 Sementes de feno-grego (de uma região
geográfica)
Considerou os estudos em curso no mundo no
campo da medicina tradicional e abundância de
algumas plantas que têm sido mencionadas como
ervas com efeitos analgésicos e anti-inflamatórios
entre os medicamentos tradicionais iranianos.

Métodos
Este foi um ensaio clínico duplo-cego,
randomizado e controlado por placebo. Envolveu
estudantes solteiros que viviam em um dormitório
na Universidade Shahid Beheshti (Teerã, Irã) de
outubro de 2010 a abril de 2011, que
experimentaram dismenorreia moderada a grave.
O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê
de Pesquisa e Ética da Faculdade de Enfermagem
e Parteira, Universidade Shahid Beheshti de
Ciências Médicas e está registrado no Registro
Iraniano de Ensaios Clínicos (Número
201106196807N2). Os alunos foram informados
sobre o objetivo e os métodos do estudo e foram
fornecidos com formulários de consentimento por
escrito para a participação.
Estimou-se que um tamanho de amostra de 100
participantes era necessário para alcançar
significância estatística no intervalo de confiança
de 95%. Números aleatórios gerados por
computador foram usados para dividir os
participantes em dois grupos para receber fenu-
grego ou placebo. Os participantes e os
investigadores foram mantidos cegos à atribuição
do tratamento.
As variáveis relacionadas à dismenorreia e
sintomas sys-temic incluindo idade, idade da
menarca, idade da dismenorreia e IMC foram
combinadas be-tween os dois grupos. Outras
variáveis, tais como doenças subjacentes (Diabete,
Hiperten-ção crônica, Doenças infecciosas) que
podem afetar o consumo de feno-grego ou a
inibição do seu uso em tais pessoas foram
controladas excluindo essas amostras do estudo.
Foram excluídos do estudo os alunos que tiveram
ciclos menstruais irregulares, endometriose,
história de uso de medicação, estresse agudo e/ou
sintomas vaginais (ardor, irritação, comichão ou
corrimento). Supunha-se que as pessoas que eram
alérgicas ao feno-grego ou outras plantas ou que
tinham usado medicamentos à base de plantas
durante os últimos 3 meses deveriam ter sido
excluídas, embora tais casos não tenham sido
encontrados. Foram excluídas do estudo amostras
que apresentaram alergia ao feno-grego durante o
consumo, que não utilizaram a cápsula
corretamente, que utilizaram qualquer outro
medicamento à base de plantas durante a
intervenção, que deixaram de tomar a cápsula e
que utilizaram 4 cápsulas ou menos diariamente.
 Younesy S, et al. IRC
Zardband Pharmaceuticals (Teerão, Irã). Após a
identificação e verificação das amostras de
sementes de feno-grego no Laboratório Bo-tanical
da Faculdade de Medicina Tradicional da
Universidade Shahid Beheshti de Ciências
Médicas, as amostras foram trituradas. A semente
em pó foi colocada em cápsulas (900 mg)
utilizando uma máquina automática. As cápsulas
de placebo continham amido de batata. As
cápsulas eram semelhantes no que diz respeito à
forma, cor e embalagem. As cápsulas de feno-
grego e placebo foram tomadas três vezes ao dia
[Nos primeiros 3 dias da menstruação, foram
administradas três vezes ao dia 2-3 cápsulas
contendo sementes de feno-grego em pó (900
mg )]. A intervenção continuou por dois ciclos
menstruais consecutivos. Os participantes foram
autorizados a utilizar AINE como o ibuprofeno e
o ácido mefenâmico, se necessário. No entanto,
foi-lhes pedido que tomassem estes
medicamentos ≥1 h após a toma da cápsula do
estudo e que registrassem a gravidade da dor
antes do consumo do sedativo.
Antes da intervenção e durante cada ciclo de
tratamento, foram utilizados métodos de conteúdo
e de teste-reteste para avaliar a validade e a
confiabilidade (r = 0,89) do questionário,
respectivamente. Foram recolhidos os seguintes
J Reprod Infertil, Vol 15, N.º 1, Jan-Mar 2014
dados demográficos: idade, índice de massa
corporal (IMC), nível educacional, ocupação dos
pais, programa de exercícios e fatores estressantes
nos últimos 6 meses. Uma lista de verificação
autorreferida foi usada para coletar informações
sobre o número de medicamentos seda-tive
tomados para a dismenorreia, a gravidade da dor e
os sintomas sistêmicos associados com a estrutura
masculina.
Durante os primeiros três dias de menstruação, a
intensidade da dor de cada amostra foi medida três
vezes por dia em uma escala analógica visual
(SAV) de 10 cm no momento em que a amostra
sentiu mais dor durante as horas de 8-13, 13-18,
1824 o'clock (a cada 8 horas por dia) e foi
classificada como "leve" (pontuação de 1-2),
"moderada" (3-7) ou "severa" (8-10) (33) ). Foi
utilizado um sistema de pontuação verbal
multidimensional de 0 a 3 para avaliar a gravidade
dos sintomas sistêmicos associados (fadiga,
diarreia, síncope, náuseas, vômitos, falta de
energia, cefaleias e alterações de humor) (40).
A validade do SAV, que foi usado para medir a
dor, foi determinada em muitos estudos. Esta
escala tem uma ampla gama de aplicações em
estudos e é considerada como uma das medidas de
dor mais úteis e confiáveis (41, 42). O
questionário relacionado com o sistema de
pontuação verbal multidimensional é válido e tem
sido utilizado em vários
 JRI Efeitos das Sementes de Fenugreek na
Dismenorreia
Quadro 2. Gravidade da dor medida numa escala analógica
estudos (40, 41, 43, 44) . Os códigos de impressão visual de 10 cm
a

das cápsulas foram registrados em uma folha

Fenugreek Placebo valor p c
separada.
Análises estatísticas: O SPSS ver16 (SPSS,
Linha de base 6,4±1,83 6,14±1,89 0,49
Chicago, IL, EUA) foi utilizado para as análises
estatísticas. Dados descritivos são apresentados 1º ciclo 4,32±1,50 6,03±1,78 ‹0,001
como frequências, valores médios e desvios padrão e
2º Ciclo 3,25±1,25 5,96±1,87 ‹0,001
o teste t foi usado para comparar idade, idade da
b
menarca e outras variáveis entre os dois grupos. O valor p ‹0,001 0,016 —
teste de Friedman foi usado para comparar a a: Os valores são indicados como média ± DP, salvo indicação em
contrário
gravidade da dor entre os três ciclos menstruais. O b: Teste de Friedman
teste de Mann-Whitney U foi usado para comparar c: Teste U de Mann-Whitney
os resultados entre os dois grupos. Se os resultados
do teste de Friedman foram significativos, os ciclos Quadro 3. Extensão da redução da intensidade da dor medida
terapêuticos foram comparados em pares através do numa escala visual analógica de 10 cm
a
teste de Wilcoxon signed-rank e modificação do Fenugreek Placebo valor p b
nível α. P<0,05 foi considerado significativo. Linha de base até ao
primeiro ciclo 2,14±0,93 0,11±0,78 ‹0,001
Resultados Linha de base até ao
segundo ciclo 3,22±1,23 0,18±0,81 ‹0,001
Entre 400 mulheres solteiras residentes
a: Os valores são indicados como média ± DP, salvo indicação em
dormitórios, 221 relataram dismenorreia primária. contrário
Após as exclusões, 106 indivíduos foram inscritos b: Teste U de Mann-Whitney
no estudo. A análise final envolveu 101
estudantes, 51 dos quais receberam feno-grego e
50 receberam placebo. Não houve diferenças
significativas entre os grupos em relação à idade,
idade na menarca, início de dismenorreia e IMC
(Tabela 1).
A gravidade da dor no início não diferiu
significativamente entre os grupos. No grupo do
feno-grego, a gravidade da dor diminuiu de 6,4 no
início para 3,25 no segundo ciclo, enquanto que
no grupo do placebo diminuiu de 6,14 para 5,96
(Tabela 2). A gravidade da dor em cada ciclo de
intervenção diferiu significativamente entre os
dois grupos, com redução da dor em cada ciclo
sendo significativamente maior no grupo feno-
grego (Tabela 3). A duração da dor nos ciclos de
intervenção foi mais curta no grupo do feno-grego
(p=0,01) . No que respeita à duração da dor, não
houve diferenças significativas entre os dois
ciclos no grupo placebo (p<0,07) mas, no feno-
grego

a Figura 1. Diferença média do uso de analgésicos entre grupos

Quadro 1. Características demográficas dos participantes

Características Fenugreek Placebo valor p b

a duração da dor diminuiu entre os dois ciclos
Idade (ano) 19,86±1,52 20±1,56 0,6
Idade de Menarche (p<0,001). O número médio de comprimidos seda-
(ano) 12,78±1,04 12,76±30,1 0,91 tive necessários no grupo do feno-grego
Idade da dismenorreia 16,08±2,02 16,26±2,05 0,65 deformou-se significativamente (Figura 1)
Índice de massa (p<0,001). Além disso, no grupo feno-grego, a
corporal c 22,31±2,49 21,59±2,24 0,10 gravidade dos sintomas sistêmicos associados à
a: Os valores são indicados como média ± DP, salvo indicação em dismenor-rreia também diminuiu
contrário
b: Os valores de P foram calculados usando o teste t do Student significativamente (p<0,001) (Tabela 4).
c: O IMC foi calculado como o peso em quilogramas dividido pelo
quadrado da altura em metros
45 J Reprod Infertil, Vol 15, N.º 1, Jan-Mar 2014
 Younesy S, et al. IRC
a
Tabela 4. Gravidade dos sinais sistêmicos associados à dismenorreia, medida por escala verbal multidimensional, intervalo (0-3)
Mudanças de
Fadiga Náuseas e vômitos Falta de energia Cefaleias Diarreia humor Síncope
Fenugreek
Linha de base 1,86±0,80 0,93±0,870 1,98±0,96 1,45±0,96 0,73±0,85 2,12±0,93 0,24±0,51
1º ciclo 1,10±0,57 0,45±0,64 1,18±0,74 0,76±0,90 0,35±0,59 1,18±0,71 0,16±0,36
2º Ciclo 0,51±0,67 0,27±0,49 0,59±0,66 0,33±0,51 0,27±0,53 0,71±0,83 0,08±0,33
Valor de p (teste de Friedman) ‹0,001
Placebo
Linha de base 1,86±0,70 0,53±0,71 2,13±0,84 1,50±1,12 0,64±0,69 1,92±1,08 0,12±0,32
1º ciclo 1,86±0,88 0,62±0,72 2,00±0,83 1,34± 0,97 0,60±0,67 1,74±0,98 0,16±0,42
2º Ciclo 1,64±0,74 0,58±0,88 1,84±0,84 1,44±1,03 1,04±3,10 1,74±1,10 0,10±0,30
Valor de p (teste de
Friedman) 0,75 0,43 0,01 0,24 0,71 0,59 0,58
a) Salvo indicação em contrário, os valores correspondem à média ± DP

Discussão os genes são compostos à base de plantas com

Mulheres com dismenorreia sofrem de contrações
uterinas enrugadas (6). Demonstrou-se que o feno-
grego tem efeitos terapêuticos contra os dias-
abelhas, a infertilidade e as infecções fúngicas, e que
tem também propriedades analgésicas, anti-
inflamatórias e antipiréticas (45). O presente estudo
foi o primeiro a investigar o uso de feno-grego no
tratamento da dismenorreia. Os estudos
demonstraram que as sementes de feno-grego foram
utilizadas para controlar a dismenorreia e a
mastalgia (14, 16, 25, 26). Nos EUA, o feno-grego é
utilizado para o tratamento da secura vaginal pós-
menopáusica e da dismenorreia desde o século XIX
(46). O efeito anti-espasmódico do feno-grego no
sistema gastrointestinal foi reconhecido, o que pode
justificar a sua eficácia na dismenorreia. Além disso,
a propriedade diurético-rética do feno-grego diminui
a hiperemia pélvica e esta propriedade pode explicar
a eficácia do feno-grego na dismenorreia e a redução
da mastalgia (14). O efeito analgésico crônico do
extrato de feno-grego foi observado e os estudos
demonstraram que as sementes de feno-grego
reduziram a dor através do sistema serotonérgico
(36).
Os efeitos anti-inflamatórios, antipiréticos e anti-
ansiedade de extratos foliares de feno-grego
foram comprovados em modelos animais (19, 34,
45-48). Estudos fitoquímicos revelaram que
alcaloides, glicosídeos e fenóis são os principais
componentes dos extratos de feno-grego (19, 34).
Embora a existência de anti-inflamatórios,
analgésicos e antipiréticos ef-fects em extratos
sugira um mecanismo semelhante a AINE-nism, a
presença de alcaloides, bem como a ausência de
flavonoides, saponinas e esteroides não. Por
conseguinte, os compostos alcaloides nos extratos
podem ter vários efeitos (21). Fitoestro
atividade estrogênica; o feno-grego contém
compostos de fitoestrogénios (49). Em
comparação com a dexametasona e o ibuprofeno,
o feno-grego demonstrou efeitos anti-
inflamatórios semelhantes. A diosgenina no feno-
grego é uma sapogenina esteroide e é um dos
compostos do extrato feno-grego que atua como
cortisona, e conse-quently, reduz a ansiedade (19).
No presente estudo, a duração da dor nos ciclos
de intervenção foi menor no grupo feno-grego
(p=0,01). Assim, o feno-grego parece ser eficaz na
redução da duração da dismenorreia. Ambos os
grupos apresentaram uma redução na gravidade de
outros sintomas associados à dismenorreia. No
entanto, no grupo placebo, a alevinização dos
sintomas não foi significativa, exceto na redução
da falta de energia (p=0,01). Assim, o feno-grego
pode reduzir os sintomas sistêmicos associados à
dismenorreia (náuseas, vômitos, falta de energia,
cefaleias, diarreia, alterações de humor, síncope e
fadiga). O efeito anti-histamínico do feno-grego
pode reduzir os sintomas pré-menstruais. A
eficácia do feno-grego foi observada na
dismenorreia, mas não no temperamento (14).
Foram também notificados os efeitos do feno-
grego em sinais sistêmicos, como vômitos e
anemia (21). A anemia causa falta de energia e
fadiga, e as folhas de feno-grego são uma fonte
rica de cálcio, ferro, β-caroteno e vitaminas (49).
Um dos sintomas sistêmicos associados à
dismenorreia é dor de cabeça, e o feno-grego
mostrou aliviar esse sintoma (45).
A pasta de sementes de feno-grego é utilizada
para tratar abcessos, furúnculos, úlceras e
queimaduras. O consumo de sementes de feno-
grego em pó tem efeitos terapêuticos contra a
gastri-te e úlceras gástricas devido a infecções
bacterianas
J Reprod Infertil, Vol 15, N.º 1, Jan-Mar 2014
JRI Efeitos das Sementes de Fenugreek na
Dismenorreia
(50). O feno-grego está cheio de minerais que têm
efeitos positivos no sistema imunitário e os seus
efeitos terapêuticos podem ser justificados pelos
seus minerais (51).
O grupo feno-grego usou menos sedativos após a
intervenção. Este é um achado importante porque
os AINEs têm numerosos efeitos adversos,
incluindo náuseas, vômitos, tonturas, púrpura,
petéquias, hipercaliémia, edema periférico,
úlceras pépticas e hemorragia gástrica (52). No
presente estudo, não foram relatadas complicações
no que diz respeito ao consumo de feno-grego.
Foram introduzidos efeitos muito ligeiros e efeitos
secundários do feno-grego (53-55) . As provas
existentes demonstram a não toxicidade do extrato
aquoso de feno-grego. Não se observou resposta
nutricional em estudos relacionados com o feno-
grego (56). Esta planta contém mucilagem,
alcaloide e açúcar não tóxicos e não mostrou
qualquer efeito colateral específico. Um dos
estudos mostrou efeitos colaterais como reações
alérgicas, mas sem toxicidade hematológica (13,
22, 57). Foi observada a eficácia do feno-grego
em sintomas de dismenorreia e a sua inocuidade
(58). Com base nas conclusões do presente
estudo, são necessários mais estudos para
comparar o feno-grego com medicamentos anti-
inflamatórios.
Conclusão
O presente estudo mostrou que o feno-grego
reduziu a gravidade da dismenorreia primária.
Dado que os efeitos adversos não foram
notificados para fenu-grego, a erva pode ser
administrada com segurança para o tratamento
desta condição.
Confirmação
Os autores apreciam os participantes deste
estudo. Este artigo é extraído da tese de Miss
You-nesy para o grau de MS na Universidade
Shahid Beheshti de Ciências Médicas.
Conflitos de interesses
Este estudo foi apoiado pela Shahid Beheshti
University of Medical Sciences & Zardband pri-
vate company. Os autores não declaram conflito
de interesses.
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