Resumo do livro Terapia Cognitivo Comportamental: teoria e prática por Judith
Beck - Capítulo 1 (ed.2) A história da Terapia Cognitiva se inicia com Aaron Beck ainda como um psicanalista que buscava por uma comprovação da abordagem, entretanto, em 1960 ele obteve resultados inesperados em sua pesquisa com pacientes diagnosticados com depressão. Os sonhos não se aplicavam ao conceito que foi a origem do projeto, notou-se a existência de um mesmo padrão entre eles e os discursos dos pacientes, observando portanto, que havia uma relação direta entre os pensamentos e as emoções, sendo assim, o modelo cognitivo como tratamento passa a ser desenvolvido tendo sua base na Identificação de pensamentos negativos e comportamentos disfuncionais, a Avaliação (quão reais podem ser e quais seriam a situação inicial da distorção) e a resposta para essas crenças. A estrutura da sessão, auxilia a estabelecer um ritmo para alcançar os objetivos que foram traçados juntos, entre paciente e psicólogo, criando um plano de ação, uma mudança de comportamento através de tarefas/exercícios de exposição seguindo a orientação do profissional. Embora haja registros de remissões rápidas ou alívio dos sintomas, isso é uma variável que depende do quão rígida as crenças são, é fundamental que haja uma aliança terapêutica, pois isso pode ser um facilitador para o processo. Por fim, ainda que haja uma estrutura a TCC deve ser personalizada para cada indivíduo, diante desse ponto, é facilmente imaginável a atuação em diversas áreas para além da clínica, tirando o estigma de ser uma abordagem engessada. Dentro das possibilidades pode-se pensar no CAPS-II/III como exemplo, onde seria possível diminuir o tempo de duração por dia em cada sessão e aumentar a frequência semanal, além disso, por ser focada no agora pode trabalhar de forma mais efetiva com o sofrimento que a pessoa com transtorno mental poderá relatar, ademais, ambos visam a autonomia em seu processo, pois os CAPS-II/III e AD trazem uma proposta de inclusão das pessoas com transtornos mentais na sociedade ao invés da exclusão com internações em hospitais psiquiátricos ou clínicas de reabilitação, desse modo, a formação de grupos CAPS-AD para psicoeducação seria um lugar para trazer suas pautas, usar cartões de enfrentamento, fazer a prevenção da recaída podendo colaborar de forma mais ativa na fomentação de redução de danos.