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Hipertensão arterial sistêmica I, II, III

Complicações Epidemiologia

Emergências hipertensivas Rastreamento

Hipertensão Diagnóstico e
secundária classificação

Hipertensão
arterial sistêmica
Abordagem Métodos
prática diagnósticos

Metas pressóricas Estratificação

Medidas Medidas não


farmacológicas farmacológicas
Epidemiologia Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
Fatores de risco

Homens acima de 55 anos


Idade avançada
Mulheres acima de 65 anos

Sobrepeso/obesidade

Fatores
Ingestão de sódio Potássio = fator protetor
de risco

Apneia obstrutiva do sono

Sedentarismo

Fatores socioeconômicos
Rastreamento Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
Adultos
Crianças

Indivíduos saudáveis ⚠ Medir pressão arterial (PA) anualmente


Adultos
Pré-hipertensos Mensurar PA anualmente ou antes (preferencialmente)

Crianças Regularmente nas consultas de puericultura após os 3 anos


Diagnóstico e Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
classificação
Classificação da pressão arterial de acordo com a medição
⚠ Diretriz de HAS no consultório a partir de 18 anos de idade ⚠
de 2020 (Sociedade
Brasileira de HAS) Classificação* PAS (mmHg) PAD (mmHg)
PA ótima < 120 e < 80
American Heart
PA normal 120-129 e/ou 80-84
Association (2017) ⚠ Diretriz de HAS de 2020
vs European Society
of Cardiology (Sociedade Brasileira de HAS) Pré-hipertensão 130-139 e/ou 85-89
HA Estágio 1 140-159 e/ou 90-99
⚠ Outras formas
HA Estágio 2 160-179 e/ou 100-109
de hipertensão
HA Estágio 3 ≥ 180 e/ou ≥ 110

HAS - Classificação atualizada (SBC - 2020)

Hipertensão arterial

ESC 2018 PAS (mmHg) PAD (mmHg)


PA ótima < 120 < 80
PA normal 120-129 80-84
Normal-alto 130-139 85-89
HAS estágio 1 140-159 90-99
HAS estágio 2 160-179 100-109
HAS estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
American Heart
HAS - Classificação (ESC - 2018)
Association (2017)
vs European Society
of Cardiology Classificação de níveis pressóricos de acordo com AHA 2017
Categorias de níveis
Sistólica (mmHg) Diastólica (mmHg)
pressóricos
Normal Menor que 120 e Menor que 80
Elevada 120-129 e Menor que 80
Hipertensão estágio 1 130-139 ou 80-89
Hipertensão estágio 2 ≥ 140 ou ≥ 90
Crise hipertensiva > 180 e/ou > 120

HAS - Classificação (AHA - 2017)


Diagnóstico e Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
classificação
⚠ Diretriz de HAS
de 2020 (Sociedade
Brasileira de HAS)

American Heart
Association (2017)
vs European Society
of Cardiology

⚠ Outras formas
de hipertensão

Hipertensão do PA normal em casa,


jaleco branco alta no consultório

⚠ Outras Hipertensão PA alta em casa,


formas de mascarada normal no consultório
Iniciar
hipertensão espironolactona
PA ≥ 140/90 mmHg mesmo em
uso de três ou mais fármacos
Hipertensão Excluir a causa
com ações sinérgicas, em doses
resistente secundária
máximas, tendo um diurético
tiazídico (preferencialmente)
Excluir má adesão
Métodos Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
diagnósticos
Medida no consultório
Está com a bexiga cheia
Medida da
pressão arterial
fora do consultório Praticou exercícios
físicos há, pelo menos,
60 minutos
Se certificar de que
o paciente NÃO Ingeriu bebidas
alcoólicas, café
Técnica correta ou alimentos

Fumou nos 30
minutos anteriores

Esfigmomanômetro
auscultatório Tamanho mínimo adequado:
Manguito manguito ocupando no mínimo 80%
adequado do comprimento e bolsa inflável
ocupando 40% da largura do braço
Medida no
consultório

Método oscilométrico

Esfigmomanômetro auscultatório

PA ≥ 140 x 90 mmHg
Métodos Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
diagnósticos
Medida no consultório
Medida da
pressão arterial
fora do consultório

MRPA Monitorização residencial da pressão arterial

Medida da
Monitorização da pressão
pressão
Mapa arterial ambulatorial por
arterial fora do
24 horas
consultório

Aparelho de Mapa
(monitorização da pressão ambulatorial)

Automonitorização Realizada com o próprio


⚠ AMPA
da PA equipamento eletrônico do paciente
Estratificação Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
Baixo risco
cardiovascular

Allto risco
cardiovascular

Idade > 55 anos no homem e > 65 anos na mulher


Baixo risco cardiovascular
Tabagismo
Hipertensão grau 3
Allto risco Doença cardiovascular prematura em parentes de
cardiovascular 1.º grau (homens < 55 anos; mulheres < 65 anos)
⚠ Hipertensão grau
2 + fatores de risco
Diabetes mellitus

Obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²)

Dislipidemia (LDL ≥ 100 mg/dL e/ou HDL


≤ 40 mg/dL, e/ou triglicerídeos > 150 mg/dL)
Medidas não Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
farmacológicas

Cessação do tabagismo e moderação no uso de álcool

Redução no consumo de sódio (≤ 2 g/dia de sódio)

Medidas não
Redução do peso (IMC entre 18,5 e 24,9)
farmacológicas

Dieta Dash - rica em potássio, pobre em sódio

Atividade física regular (realizar atividade


moderada ao menos 150 minutos por semana)
Medidas Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
farmacológicas
Medicamentos
de primeira linha
Diuréticos -
tiazídicos

Bloqueadores dos
canais de cálcio
(BCC)

⚠ Inibidores
da ECA (Ieca)/
bloqueadores
do receptor de
angiotensina II
(BRA)
Diuréticos - tiazídicos
Medicamentos
de segunda linha
Medicamentos Bloqueadores dos
de primeira linha canais de cálcio (BCC)

⚠ Inibidores da ECA (Ieca)/


bloqueadores do receptor
de angiotensina II (BRA)
Medidas Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
farmacológicas
Medicamentos
de primeira linha
Diuréticos -
tiazídicos

Bloqueadores dos
canais de cálcio
(BCC)

⚠ Inibidores
da ECA (Ieca)/
Hidroclorotiazida
bloqueadores
do receptor de
angiotensina II Principais representantes Clortalidona
(BRA)
Medicamentos
de segunda linha Indapamida

Negros
Diuréticos - tiazídicos Benefícios
Hipercalciúria idiopática

Hipovolemia, hiponatremia,
hipocalemia, hipomagnesemia
⚠ Riscos
Hiperglicemia, hiperlipidemia, hiperuricemia
Medidas Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
farmacológicas
Medicamentos
de primeira linha
Diuréticos -
tiazídicos

Bloqueadores dos Anlodipino


canais de cálcio
(BCC)
Di-hidropiridínicos
⚠ Inibidores
Nifedipino
da ECA (Ieca)/ Principais
bloqueadores representantes
do receptor de Verapamil
angiotensina II
(BRA) Não di-hidropiridínicos
Medicamentos Diltiazem
de segunda linha
Bloqueadores Benefícios Negros
dos canais de
cálcio (BCC)

Riscos

⚠ Edema maleolar (principal),


dermatite ocre, cefaleia
Medidas Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
farmacológicas
Medicamentos
Captopril
de primeira linha
Diuréticos - Enalapril
tiazídicos
Ieca
Bloqueadores dos
canais de cálcio Ramipril
(BCC)
Principais representantes
⚠ Inibidores
da ECA (Ieca)/ Losartana
bloqueadores
do receptor de
angiotensina II
(BRA)
BRA Valsartana
Medicamentos
de segunda linha Nefropatas, Candesartana
⚠ Inibidores da ECA (Ieca)/ insuficiência cardíaca
bloqueadores do receptor Benefícios com fração de ejeção
de angiotensina II (BRA) reduzida e IAM anterior
extenso

⚠ Tosse seca noturna e angioedema (Ieca)

Riscos

Estenose de artéria renal (imagem)


Medidas Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
farmacológicas
Medicamentos
de primeira linha
Cardiopatia isquêmica,
Diuréticos - Benefícios taquiarritmias, enxaqueca,
tiazídicos
tremor essencial
Bloqueadores dos
canais de cálcio
(BCC) Betabloqueadores Riscos Broncoespasmo, bradicardia
⚠ Inibidores
da ECA (Ieca)/
bloqueadores Asma, DPOC,
do receptor de Contraindicações intoxicação por cocaína
angiotensina II
(BRA) e BAV de 2.º e 3.º graus
Medicamentos
de segunda linha Doença renal crônica
Benefícios
avançada (ClCr < 30 mL/min)
Medicamentos Diuréticos de alça
de segunda Riscos Hipovolemia
linha
Metildopa Benefícios Tratamento crônico da HAS na gestação

Tratamento das crises


Hidralazina Benefícios
hipertensivas na gestação

Hiperaldosteronismo primário
Espironolactona Benefícios
4.ª escolha para associação na
hipertensão arterial resistente
Metas pressóricas Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
Metas

Metas pressóricas de acordo com as Diretrizes


Brasileiras de Hipertensão Arterial (2020)

Risco cardiovascular
Meta
Baixo ou moderado Alto

PA sistólica (mmHg) < 140 120-129

PA diastólica (mmHg) < 90 70-79

Metas
Abordagem Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
prática
O que fazer na prática

PA 130-139 e/ou 85-89 mmHg DIU


com risco alto cardiovascular BCC
HAS estágio 1 de risco Monoterapia IECA
baixo cardiovascular BRA
Muito idosos e/ou frágeis BB (indicações específicas)

Meta não
alcançada

HAS estágio 1 de risco


cardiovascular moderado e alto
Combinação de
IECA ou BRA + BCC ou DIU
dois fármacos*
HAS estágios 2 e 3
Não atingiu metas
⚠ Se houver
Meta não
alcançada

*Otimizar doses, preferencialmente


em comprimido único
Combinação de
três fármacos*
IECA ou BRA + BCC + DIU três drogas, uma
Meta não
Acrescentar outros delas deve ser
alcançada
anti-hipertensivos um diurético
Quarto
Espironolactona
fármaco
Se der errado
Meta não
alcançada
BB
Adição de Simpatolíticos centrais
mais fármacos Alfabloqueadores
Vasodilatadores

Betabloqueadores devem ser indicados em condições específicas, tais como: IC, pós-IAM, angina,
controle da FC, mulheres jovens com potencial para engravidar, em geral em combinação com outros fármacos.

O que fazer na prática


Hipertensão Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
secundária

Etiologias
Clínica Insuficiência renal aguda + edema + proteinúria
Doença
parenquimatosa renal Doença
Hipertensão parenquimatosa Ultrassonografia das vias urinárias
renovascular ou renal
estenose da artéria
renal Diagnóstico Medida do clearance de creatinina
Hiperaldosteronismo
primário
Feocromocitoma
Proteinúria de 24 horas
Síndrome da apneia
obstrutiva do sono
(SAOS)
- Sopro abdominal
- Hipocalemia
Coarctação da aorta Clínica
- Edema agudo de pulmão súbito
- Piora da função renal com uso de Ieca/BRA

Hipertensão
renovascular ou estenose
da artéria renal

Diagnóstico

AngioTC ou angioressonância, ou arteriografia


Hipertensão Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
secundária
- HAS resistente
Etiologias Clínica - Nódulo adrenal Aldosterona > 15 ng/dL
Doença - Hipocalemia
parenquimatosa renal Hiperaldosteronismo primário
Relação aldosterona/
Hipertensão Diagnóstico atividade renina
renovascular ou
estenose da artéria plasmática > 30
renal
- Hipertensão paroxística
Hiperaldosteronismo
- Sudorese TC ou RM de abdome
primário Clínica
- Cefaleia
Feocromocitoma
- Palpitação
Síndrome da apneia
obstrutiva do sono
(SAOS)
Dosagem de catecolaminas (e seus
Coarctação da aorta metabólitos) no plasma e na urina

Diagnóstico

Feocromocitoma

TC ou RM de abdome

Contraindicados
Alfa-1-bloqueadores
inicialmente:
(fentolamina ou prazosin)
betabloqueadores
Tratamento
Ressecção cirúrgica
Hipertensão Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
secundária

Etiologias
Doença
parenquimatosa renal

Hipertensão
renovascular ou
Clínica
estenose da artéria
renal

Hiperaldosteronismo
Síndrome da apneia
primário obstrutiva do sono (SAOS)
⚠ Ronco + sonolência diurna + obesidade
Feocromocitoma
Síndrome da apneia
obstrutiva do sono Diagnóstico Polissonografia
(SAOS)
Coarctação da aorta
Clínica Pulsos femorais diminuídos + faixa etária em crianças

Coarctação
Diagnóstico
da aorta

Ecocardiograma ou TC

Tratamento Cirurgia
Emergências Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
hipertensivas

Classificação
PA > 180 x 120 mmHg + causa artificial (dor)
Pseudocrise
Pseudocrise
Urgência hipertensiva
Emergência
Tratar a causa base (analgésicos)
hipertensiva

PA ≥ 180 x 120 mmHg sem lesão de órgão-alvo

Urgência
hipertensiva

Anti-hipertensivos orais

Hipertensão (PAS ≥ 180 mmHg e/ou PAD


≥ 120 mmHg) + lesão de órgão-alvo

Emergência
hipertensiva

⚠ Anti-hipertensivos
parenterais
Complicações Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
Infarto agudo do
miocárdio (IAM)
Infarto agudo do miocárdio (IAM) Tratamento ⚠ Nitroglicerina
Edema agudo de
pulmão (EAP)
- Pico hipertensivo
⚠ Encefalopatia - Sinais de congestão
hipertensiva Clínica
- Estertores crepitantes bibasais
Acidente
cerebrovascular
- Ortopneia
Edema agudo de pulmão (EAP)
Dissecção
aórtica aguda Diurético (furosemida) e anti-hipertensivo
Tratamento
parenteral (tridil ou nitroprussiato)

⚠ - Pico hipertensivo
- Alteração do nível de consciência
Clínica - Cefaleia
- Papiledema
- Ausência de sinais focais
⚠ Encefalopatia
hipertensiva Diagnóstico TC de crânio para diferenciar de AVE

Anti-hipertensivo parenteral
Diagnóstico
(nitroprussiato, nicardipina ou labetalol)

Com
Tratar a PA inicial se for > 185 x 110 mmHg
trombólise
Isquêmico
Sem Tratar a PA inicial se for ≥ 220 x 120 mmHg
Acidente trombólise com redução de 15% nas primeiras 24 horas
cerebrovascular

Hemorrágico Tratar se for hipertenso


Complicações Hipertensão arterial sistêmica I, II, III
Infarto agudo do
miocárdio (IAM)
Edema agudo de - Dor retroesternal de grande intensidade irradiando para o dorso
pulmão (EAP)
Clínica - Diferença de pulso entre os membros
⚠ Encefalopatia - Sopro de insuficiência aórtica
hipertensiva
Acidente
cerebrovascular Ecocardiograma transesofágico (paciente
Diagnóstico
Dissecção instável) ou TC/RM (paciente estável)
aórtica aguda

Ascendente + De
descendente Bakey I

Dissecção Stanford A Acomete a aorta ascendente


aórtica
aguda
Apenas De
ascendente Bakey II

NÃO acomete a De
Stanford B
⚠ Classificação aorta ascendente Bakey III

Betabloqueador e nitroprussiato

Tratamento Se for Stanford A: sempre é com cirurgia

Se for Stanford B: se estiver estável,


o tratamento é conservador
Hipertensão arterial sistêmica I, II, III - imagens
Hipertensão arterial sistêmica I, II, III - imagens
Hipertensão arterial sistêmica I, II, III - imagens
Hipertensão arterial sistêmica I, II, III - imagens
Hipertensão arterial sistêmica I, II, III - imagens
Hipertensão arterial sistêmica I, II, III - imagens

PA 130-139 e/ou 85-89 mmHg DIU


com risco alto cardiovascular BCC
HAS estágio 1 de risco Monoterapia IECA
baixo cardiovascular BRA
Muito idosos e/ou frágeis BB (indicações específicas)

Meta não
alcançada

HAS estágio 1 de risco


cardiovascular moderado e alto
Combinação de
IECA ou BRA + BCC ou DIU
dois fármacos*
HAS estágios 2 e 3

Meta não
alcançada

*Otimizar doses, preferencialmente Combinação de


IECA ou BRA + BCC + DIU
em comprimido único três fármacos*

Meta não
alcançada

Quarto
Espironolactona
fármaco

Meta não
alcançada
BB
Adição de Simpatolíticos centrais
mais fármacos Alfabloqueadores
Vasodilatadores

Betabloqueadores devem ser indicados em condições específicas, tais como: IC, pós-IAM, angina,
controle da FC, mulheres jovens com potencial para engravidar, em geral em combinação com outros fármacos.
Hipertensão arterial sistêmica I, II, III - imagens
Hipertensão arterial sistêmica I, II, III - imagens
Hipertensão arterial sistêmica I, II, III - imagens
Hipertensão arterial sistêmica I, II, III - imagens

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