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Versão 03.

2020

ESTUDO PRÉVIO
Acelera Balconista

3 MÓDULOS 30 AULAS AVALIAÇÃO & GABARITO


Que bom ter você aqui!
Este Book foi feito especialmente para você, futuro balconista, ou para quem desejar
conhecer assuntos técnicos farmacêuticos vivenciados no Balcão de Medicamentos.

MÓDULO 2

Como continuidade do módulo anterior,


MÓDULO1 vamos conhecer de forma aprofundada os
MÓDULO 3
medicamentos, patologias, tratamentos,
Inicie seus estudos conhecendo os Este é o momento de se aperfeiçoar!
conceitos básicos de balcão como:
entre outros.
siglas de medicamentos, abreviaturas, Esta será a base para o seu atendimento Este módulo traz conhecimentos
específicos que irá complementar o
formas de dispensação, entre outros. aos nossos clientes. conhecimento básico desenvolvido até
Ele será fundamental para dar
continuidade aos estudos dos demais aqui e tornará seu atendimento ainda
módulos! mais diferenciado no balcão de
medicamentos!

Mas, antes de acessar o conteúdo deste material, foi pensando


no nosso Jeito de ser que lançamos o material de estudo do Balcão com
uma cara nova! Mas, quais mudanças foram feitas?
Relembre agora o DE / PARA deste material!
Estudo Prévio
Acelera Balconista
Material de estudo que prepara o profissional aos assuntos
técnicos farmacêuticos direcionados ao cargo de balconista

DE PARA
Módulos de balcão Nome Acelera Balconista

Todos cargos interessados em conhecer


Atendente de Loja Público os temas técnicos farmacêuticos
Indicados pelo gestor
Elegível Livre de indicação após admissão
após experiência Oportunidade
30 módulos + 30 avaliações 3 módulos / 30 aulas / 3 avaliações
+ 30 gabaritos Estrutura Cada módulo 10 aulas + 1 avaliação
• Estudo sem indicação e
Manual impresso Material on line - Estudo em qualquer lugar obrigatoriedade
com leitura na loja Metodologia Didático e intuitivo: objetivo, introdução e conclusão
• Formação antes da vaga
Após indicação 30 • Assertividade na indicação ao
Duração Livre com protagonismo do aluno Acelera Balconista
dias para conclusão
Farmacêutico imprime, • Preparação da equipe ao plano de
Responsável Autonomia do aluno ao compromisso do saber expansão do Grupo DPSP
aplica e corrige a prova
através de leitura, avaliação e correção
Como acessar
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Ou até mesmo quando aparecer algum
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em cima de onde deseja acessar.
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MÓDULO 1 MÓDULO 2 MÓDULO 3


PILAR 1
DOSES DE BALCÃO
AULA 01 - Abreviatura AULA 01 – Medicamentos Fitoterápicos AULA 01 – Produtos Oftálmicos
AULA 02 - Siglas AULA 02 - Principais Patologias de AULA 02 - Alimentos, Fórmulas
interesse - PFPB Infantis e Composto Lácteos
AULA 03 - Medicamento
AULA 03 – Aplicação de Injetáveis AULA 03 – Vitaminas e Sais
com Grafia Difícil
COMO AULA 04 - Biossegurança Minerais
ACESSAR AULA 04 - Atenção para Não
Confundir AULA 05- Diabetes AULA 04 - Suplemento Alimentar
AULA 05- Formas Farmacêuticas e AULA 06 - Medicamentos de Referência, AULA 05- Kits para Testes
Vias de Administração Genérico e Similares
AULA 06 - Medicamentos
AULA 06 - Classificações Terapêuticas AULA 07 - Medicamentos Isentos Contraceptivos
AULA 07 - Dispensação de Prescrição - MIP
AULA 07 - Dermocosméticos e Nutri
AULA 08 - Posologia AULA 08 - Antibióticos Tarjado e cosméticos
Não Tarjado
AULA 09 - Interações Medicamentosas AULA 08 - Principais Patologias
AULA 09 – Medicamentos Controlados
SAIR AULA 10 - Corpo Humano Portaria 344 AULA 09 – Materiais de Consulta
AULA 10 – Atender Bem
AULA 10 – Farmácia Popular
Faz Bem
Versão 03.2020

AULA
Medicamentos
Fitoterápicos
O FAMOSO
CHÁZINHO
DA VOVÓ
QUE CURA TUDO!

A FITOTERAPIA,
nome dado à terapia que se utiliza de plantas, é
uma prática muito antiga.
O uso de ingredientes naturais para prevenir e tratar
doenças é algo inerente à história da humanidade.
Há registros históricos, nesse sentido, de mais de 60 mil
anos!

No Brasil, os índios foram os responsáveis pela


propagação do uso de ervas medicinais.
Os negros e os europeus também trouxeram
contribuições significativas a esse conhecimento
terapêutico. Nosso país é muito rico em diversidade
natural e a cada dia novos adeptos experimentam os
benefícios dos medicamentos fitoterápicos.
O FAMOSO
CHÁZINHO
DA VOVÓ
QUE CURA TUDO!

MAS AFINAL,
o que são medicamentos
FITOTERÁPICOS?
SÃO AQUELES
PRODUZIDOS A BASE DE
PLANTAS MEDICINAIS.

É uma ciência que abrange as preparações fito


farmacológicas, os medicamentos fitoterápicos e o uso
popular das plantas.

Não apenas as folhas são utilizadas, mas também as


flores, sementes, raízes e caule.
Utiliza-se, especificamente, os seus derivados, como:
suco, cera, óleo, extrato, tintura e outros.

É importante destacar que Fitoterapia


FITO = PLANTAS E TERAPIA = TRATAMENTO
e medicamento fitoterápico têm
significados diferentes!
Medicamento fitoterápico,
como já mencionado, é um dos ramos do
conhecimento da Fitoterapia.

Ele não é a planta medicinal, mas o resultado de


um processo em que técnicas farmacêuticas são
aplicadas.

VAMOS APROFUNDAR
UM POUCO MAIS NO
ASSUNTO?
Plantas
Fitoterápicos Medicinais
São regulamentados no Brasil como medicamentos São aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e
convencionais e têm que apresentar critérios similares têm tradição de uso como remédio.
de qualidade, segurança e eficácia requeridos pela Mas, para usá-las, é preciso conhecer a planta e saber
ANVISA para todos os medicamentos. onde colhê-la e como prepará-la.

O uso adequado destes medicamentos auxilia no Quando a planta medicinal é industrializada para se
combate à doenças infecciosas, disfunções metabólicas, obter um medicamento, tem-se como resultado o
doenças alérgicas e traumas diversos, entre outros e fitoterápico.
deve ser utilizado mediante orientação médica.
O processo de industrialização evita contaminações por
microrganismos, agrotóxicos e substâncias estranhas,
além de padronizar a quantidade e a forma certa que
deve ser usada, permitindo uma maior segurança

É importante frisar que os medicamentos fitoterápicos


industrializados devem ser registrados no ANVISA/Ministério da
Saúde antes de serem comercializados!
O CRESCIMENTO DO MERCADO FITOTERÁPICO
Segundo os dados do Ministério da Saúde (MS), houve um
crescimento de 161% na busca da prática em que se utiliza plantas para
o tratamento de doenças, a fitoterapia.

Desde 2012, o MS investiu mais de


R$30 milhões em 78 projetos
com plantas medicinais e
fitoterápicos no âmbito do SUS.

Entre 2013 e 2015, a busca por tratamentos à base de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos pelo SUS
mais que dobrou. O uso da fitoterapia na saúde pública comprova sua eficácia!

Em termos internacionais, houve um crescimento no mercado de fitoterápicos no mundo de


7% em 2013, tendo movimentado R$ 1 bilhão por ano,
de acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais (IBPM).
As plantas medicinais e os medicamentos fitoterápicos
são utilizados em todo o mundo por apresentarem ação terapêutica contra variados
problemas de saúde, mas são equivocadamente considerados de baixo risco de
toxicidade.

Tanto as plantas (folhas, cascas e outras partes, usadas ao natural, secas


ou trituradas, ou em emplastos e chás caseiros) quanto os medicamentos
industriais obtidos destas (os fitoterápicos) podem conter substâncias que
exercem efeitos colaterais indesejáveis, do mesmo modo que os remédios
compostos de substâncias sintéticas.

Os fitoterápicos
podem fazer mal à saúde?

Como qualquer medicamento, os fitoterápicos apresentam restrições ao uso, podendo acarretar danos se
administrados inadequadamente, como por exemplo:
alterações na pressão arterial, problemas no sistema nervoso central, fígado e rins, que podem levar a internações
hospitalares e até mesmo à morte, dependendo da forma de uso.

Pensar que “o que é natural não faz mal” é errado!

A vantagem das substâncias naturais é agir de maneira suave, respeitando o funcionamento do corpo.
Portanto, procure sempre orientação de profissional de saúde e evite a automedicação.
A cápsula de alho, por exemplo,
Além da dosagem, o horário e a deve ser ingerida durante as refeições,
forma de ingerir tais medicamentos para não originar mal hálito nas
influenciam no resultado, por isso, o pessoas.
acompanhamento profissional é tão
Estimulantes, como o ginseng, não
importante. devem ser tomados à noite, para não
atrapalhar o sono.

já calmantes com a passiflora,


se administrados pela manhã, produzem
sonolência e dificuldade para dirigir. Não é aconselhável misturar fitoterápicos
com remédios sintéticos, o ideal é ingerir o
primeiro uma hora e meia antes ou depois, a
não ser que o médico prescreva de forma
diferente!
É importante considerar, ainda, que O HIPÉRICO, associado a
algumas substâncias presentes em anticoncepcionais, pode cortar
determinadas plantas, interagem o efeito destes últimos e levar
negativamente com remédios à gravidez.
receitados para o tratamento de alguns
males.

O GINKGO BILOBA, junto a


anticoagulantes (varfarina e ácido
acetilsalicílico), é capaz de gerar
hemorragias.

Por isso, a ANVISA recomenda sempre observar as informações


contidas nas bulas e questionar o médico ou profissional de saúde
sobre possíveis combinações.
Cuidados com a
utilização de
FITOTERÁPICOS
Os cuidados são os mesmos destinados
aos outros medicamentos:

Buscar informações com os profissionais de saúde;

Informar ao seu médico e Farmacêutico qualquer


reação desagradável que aconteça enquanto estiver Seguir corretamente os cuidados de armazenamento;
usando plantas medicinais ou fitoterápicos;
Ter cuidado ao associar medicamentos, o que pode
Observar cuidados especiais com gestantes, promover a diminuição dos efeitos ou provocar
lactantes, crianças e idosos; reações indesejadas;

Observar a data de validade – Nunca tomar


Desconfiar de produtos que prometem curas milagrosas.
medicamentos vencidos;
VENDA LIVRE X
PRESCRIÇÃO MÉDICA

Existem medicamentos fitoterápicos de venda livre, e o problema


é que alguns atuam no sistema nervoso central ou
cardiovascular, representando riscos para a saúde.

Sem que haja necessidade de receita médica, é possível comprar


laxantes, diuréticos e fórmulas para tratamento de disfunções
como obesidade e enxaqueca, por exemplo.

São vendidos junto com os remédios OTC’s, ou seja, over the


counter (sobre o balcão, em inglês), no Brasil também chamado
de MIP (Medicamento Isentos de Prescrição).
Versão 03.2020

AULA
Principais Patologias
de Interesse PFPB
Na área da Saúde, é comum ouvirmos termos
como PATOLOGIA, não é mesmo?

Mas afinal, o que é e quais são os tipos de


patologias existentes?

Continue por aqui para


conhecermos um pouco mais
afundo sobre este tema!
A patologia consiste no estudo de alterações de ordem
estrutural, bioquímica e funcional em células, tecidos e órgãos,
buscando explicar os processos por meio dos quais
surgem sinais e sintomas de doenças.

Etimologicamente, o termo “patologia” significa estudo da


doença, uma vez que, com origem grega, ”pathos” significa
doença e logos, estudo.

A seguir, você conhecerá algumas


patologias, causas e tratamentos.
PATOLOGIAS
PFPB

Clique na pílula para navegar!

DISLIPIDEMIA OU GLAUCOMA
HIPERLIPIDEMIA

HIPERTENSÃO OSTEOPOROSE

DOENÇA DE PARKINSON RINITE

ASMA INCONTINÊNCIA URINÁRIA


Dislipidemia e Hiperlipidemia
Referem-se ao aumento dos lipídios (gordura) no sangue, principalmente do colesterol e dos triglicerídeos.
O colesterol é precursor dos ácidos biliares, alguns hormônios e da vitamina D.

Cerca de 70%
do colesterol circulante é produzida As gorduras da dieta, sobretudo
pelo fígado e somente cerca de as gorduras saturadas (gorduras
trans) elevam os níveis de
30% provém da dieta, colesterol ruim no sangue.
principalmente dos alimentos de Exemplo: biscoitos, bolos, sorvete
origem animal (carnes vermelhas gordas, e outros doces.
ovos, manteiga, queijos amarelos, etc.).

Como o colesterol é insolúvel na água, utiliza-se para seu transporte de moléculas de


gordura e proteína = lipoproteína.
São elas:

HDL - COLESTEROL: Lipoproteína de alta densidade que devolve o colesterol ao fígado.


O HDL é conhecido como o bom colesterol porque remove o excesso de colesterol e traz de volta
ao fígado onde será eliminado.
LDL - COLESTEROL: Lipoproteína de baixa densidade também conhecida como mau colesterol ou
colesterol ruim.
Transporta o colesterol do fígado para o sangue e para os tecidos.

O LDL - colesterol
é o grande vilão da história.
Altos índices de LDL estão associados a altos índices de
aterosclerose.
Quando o LDL está em excesso no sangue lesa os vasos
sanguíneos e ainda se deposita na parede formando as placas
de ateroma (gordura).

Os triglicerídeos são um dos componentes gordurosos do


sangue e sua elevação está relacionada, também, com doenças
cardiovasculares (angina, infarto), cerebrovasculares (derrame) e
doenças digestivas (pancreatite).
CONCENTRAÇÕES ADEQUADAS DE
COLESTEROL

Doenças crônicas
associadas
(diabetes, hipertensão)
Diretriz Brasileira de Dislipidemias - 2017

CONCENTRAÇÕES ADEQUADAS DE
COLESTEROL
MEDICAMENTO AÇÃO
Tiazídicos aumentam triglicerídeos
Betabloqueadores aumentam os triglicerídeos e reduzem HDL
Amiodarona eleva colesterol total
Corticoides aumentam triglicerídeos
Estrógenos aumentam triglicerídeos
Ciclosporina aumentam triglicerídeos
Isotretinoina aumentam LDL e reduzem o HDL
TRATAMENTO

Dieta constituída de pouca gordura, colesterol


e muitas fibras.
A realização de exercícios físicos é
fundamental para reduzir colesterol total, LDL,
triglicérides e aumentar o HDL.

Existem casos em que as taxas de colesterol não se estabilizam com alimentação e atividade
física. As causas para esses problemas podem estar em alguma doença metabólica, como o
diabetes e a obesidade, ou na herança genética.

O tratamento medicamentoso à base de estatina é o mais utilizado nesses casos, o


medicamento inibe a produção de colesterol pelo organismo.

Abaixo estão exemplos de substâncias mais utilizadas no tratamento de dislipidemia:

Estatinas: sinvastatina, atorvastatina, lovastatina, pravastatina, rosuvastatina.


Resinas: colestiramina, ezetimiba (inibidor de absorção).
Fibratos: fenofibrato, bezafibrato, clofibrato, genfibrozila.
Hipertensão

Também chamada de pressão alta, ocorre quando a


pressão arterial, sistematicamente é igual ou maior que
140 por 90 mmHg (milímetros de mercúrio).

A pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque


os vasos nos quais o sangue circula se contraem.

O coração bombeia o sangue, porém se os vasos sanguíneos são estreitados à pressão sobe.
Os vasos são recobertos internamente por uma camada muito fina e delicada, que é
machucada quando o sangue está circulando com pressão elevada.
Com isso, os vasos se tornam endurecidos e estreitados podendo, com o passar dos anos,
entupir ou romper.
Quando o entupimento de um vaso acontece no coração, causa a angina que pode ocasionar
um infarto.

No cérebro, o entupimento ou rompimento de um vaso, leva ao "derrame cerebral"


ou AVC (acidente vascular cerebral).
Nos rins podem ocorrer alterações na filtração até a paralisação dos órgãos.
SINTOMAS

Conhecida como “assassina silenciosa”, pois os


sintomas da hipertensão costumam aparecer
somente quando a pressão sobe muito.

Podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça,


tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão
embaçada e sangramento nasal.

Tratamento sem medicamento

A hipertensão não tem cura, mas tem tratamento para ser controlada.

Mesmo para quem faz uso de medicamento é imprescindível adotar um estilo de vida saudável:

Manter o peso adequado, Aproveitar momentos de lazer,


Mudando hábitos alimentares, Abandonar o fumo,
Não abusar do sal, Moderar o consumo de álcool,
Praticar atividade física regular, Evitar alimentos gordurosos,
Controlar o diabetes.
Tratamento com medicamentos

Importante saber que para o tratamento da hipertensão, existem diversas


possibilidades de medicamentos.
Cabe ao médico prescrever a substância de acordo com o diagnóstico
realizado para cada paciente.
Por isso, não se podem, em hipótese alguma, fazer a troca de um
anti-hipertensivo sem o conhecimento médico.

Para conhecimento, seguem alguns anti-hipertensivos e seus efeitos


colaterais:

MEDICAMENTOS REAÇÃO ADVERSA


Hidroclorotiazida, Indapamida,
náuseas, tonturas, fraqueza, câimbras, impotência sexual
Clortalidona
Furosemida câimbra
em pacientes com redução da função renal o poderá acarretar hiperpotassemia
Espironolactona
(grande concentração de potássio no sangue)

sedação, boca seca, desânimo e perda de concentração são frequentes e mais


intensos no início do tratamento. O uso prolongado poderá desencadear pesadelos,
Alfa metildopa, clonidina impotência sexual e hipotensão postural (queda súbita da pressão arterial quando a
pessoa se levanta de uma posição sentada ou deitada). Por não atravessar a barreira
placentária, é geralmente utilizada na hipertensão durante a gravidez
o uso prolongado pode ocorrer hipotensão postural, taquifilaxia, tonturas, cefaléia e
Doxazosina
taquicardia

broncoespasmo (é o estreitamento da contrição das vias áreas pequenas nos


brônquios) bradicardia excessiva, vasoconstrição periférica (contração das pequenas
Propranolol, atenolol artérias), insônia, pesadelos, depressão psíquica, astenia e disfunção sexual. Podem
acarretar intolerância à glicose, hipertrigliceridemia (é o aumento das triglicérides no
sangue) e redução de HDL colesterol

promove retenção hídrica (acúmulo anormal de líquidos entre as células), taquicardia


Hidralazina, minoxidil
(aumento dos batimentos cardíacos)

Tosse seca e alteração do paladar. O tratamento prolongado retarda o declínio da


Captopril, enalapril função renal em pacientes com nefropatia diabética (lesão ou doença do rim
decorrente da diabetes).

Verapamil, diltiazem, nifedipino


cefaleia, tontura, rubor facial, edema periférico
retard, anlodipino
Doença de Parkinson

Uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva, causada por uma diminuição
intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de
mensagens entre as células nervosas).

A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não
precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em
nossos cérebros.

Com o envelhecimento, todos os indivíduos saudáveis apresentam morte progressiva das células nervosas que
produzem dopamina.
Algumas pessoas, entretanto, perdem essas células (e consequentemente diminuem muito mais seus níveis de
dopamina) num ritmo muito acelerado e, assim, acabam por manifestar os sintomas da doença.
SINTOMAS

Tremores;
Acinesia (ausência de movimento; imobilidade) ou
bradicinesia (lentidão e diminuição dos movimentos voluntários)
Rigidez (enrijecimento dos músculos, principalmente no nível das
articulações);
Instabilidade postural (dificuldades relacionadas ao equilíbrio, com
quedas frequentes).

TRATAMENTO
Geralmente é tratável e seus sinais e sintomas respondem de forma satisfatória aos
medicamentos existentes.

Esses medicamentos, entretanto, são sintomáticos, ou seja, eles repõem parcialmente a


dopamina que está faltando e, desse modo, melhoram os sintomas da doença.
Devem, portanto, ser usados por toda a vida da pessoa que apresenta tal enfermidade, ou
até que surjam tratamentos mais eficazes.

Ainda não existem drogas disponíveis comercialmente que possam curar ou evitar, de
forma efetiva, a progressão da degeneração de células nervosas que causam a doença.

Algumas das substâncias utilizadas no tratamento da doença de Parkinson são:


Cloridratode biperideno,cl. selegilina, carbidopa + levodopa, amantadina, pramipexol,
levodopa + benserazida.
Asma

O que é?
Uma doença comum das vias aéreas ou brônquios (tubos
que levam o ar para dentro dos pulmões) e é causada por
inflamação das vias aéreas.

Sintomas
Tosse, chiado no peito, acordar a noite devido sintomas,
aperto no peito.

Tratamento
A asma não tem cura, mas existem tratamentos que
melhoram muito os sintomas e proporcionam o controle da
doença.

Assim, asmáticos tratados podem ter uma qualidade de


vida igual de qualquer pessoa saudável.
O tratamento da asma deve ser individualizado.
A maioria dos pacientes com asma são
tratados com dois tipos de medicação:

Medicamento de alívio ou de resgate:

Serve para aliviar os sintomas quando houver piora da asma, mas não tratam a doença.
São utilizados medicamentos com a função de bronco dilatadores que servem justamente
para relaxar essa musculatura dos brônquios, permitindo que o ar entre nos pulmões
novamente.
Essas medicações tem início de ação rápido, gerando um alívio imediato do paciente.

Há bronco dilatadores de curta duração (de quatro a seis horas de ação) e de longa duração
(de 12 a 24 horas de ação), mas nenhum desses é um tratamento preventivo, devendo ser
associado aos medicamentos.

Exemplo de medicamentos inaladores de combinação: salmeterol, formoterol, teofilina (são


bronco dilatadores - abrem as vias aéreas).
Exemplo de medicamentos orais: montelucaste, zafirlucast e zileuton.

Medicamento de alívio ou de resgate:

Serve para aliviar os sintomas quando houver piora da asma, mas não tratam a doença.
Diminuem o risco de crises de asma, evitam a perda futura da capacidade respiratória e
reduzem a inflamação dos brônquios.
São utilizados corticoides inalados isolados ou em associação com uma droga
broncodilatadora de ação prolongada.​

Exemplo de medicamento:
inalados: fluticasona, budesonida, mometasona, ciclesonida, flunisolide, beclometasona.​
Glaucoma

É o aumento da pressão intraocular que


pode ocasionar lesão ao olho se não
for tratado.

A pressão intraocular aumentada pode comprimir os


vasos sanguíneos que nutrem as sensíveis estruturas
visuais do fundo do olho.

Devido à falta de irrigação sanguínea, as células


nervosas da retina e o nervo óptico vão morrendo
provocando perda progressiva da visão e estreitamento
do campo visual.

Se o processo não for controlado pode levar à


cegueira.

TRATAMENTO:

Pode ser tratado com colírio, comprimido ou ainda em alguns casos, intervenção cirúrgica.
No entanto o melhor tratamento é a prevenção, o glaucoma é identificado mediante um cuidadoso exame
realizado por um oftalmologista, que compreende um procedimento simples e indolor para medir a pressão
ocular.​
RINITE

O nariz é o primeiro local por onde o ar passa até alcançar os pulmões sendo o
responsável pela limpeza, umidificação e aquecimento do ar inspirado.
Para exercer essa função corretamente, o nariz possui um complexo
mecanismo de defesa.

Por isso, ao entrar em contato com alguma substância tóxica,


desencadeia uma resposta para impedir que essa substância alcance os
pulmões.

O surgimento da obstrução nasal provoca o bloqueio


da passagem do agente agressor e, através
dos espirros e coriza, há remoção dessa substância.

Essa reação é normal e todas as pessoas, ao entrarem


em contato com algumas substâncias tóxicas,
apresentam tais sintomas.

Por isso, quando fica gripada, a pessoa apresenta


obstrução nasal, espirros e coriza, pois seu organismo
está tentando protegê-la, impedindo que os vírus
alcancem seus pulmões através do ar.​
ALERGIA, NA REALIDADE, NÃO
SIGNIFICA FALTA DE DEFESA DO
ORGANISMO.
Ao contrário, está relacionado a uma defesa exagerada
contra agentes que não são potencialmente agressivos aos
seres humanos.​

​O paciente alérgico não nasce hiper-reativo (com alergia), mas sim com a
capacidade de sensibilizar-se a determinado fator.
Tornar-se sensível significa passar a ter uma resposta de defesa a uma
substância que antes era tolerada.

Isso significa que podemos conviver com determinada


substância por muitos anos, e vir a desenvolver sintomas
apenas tardiamente.​
SINTOMAS

Obstrução nasal (entupimento das vias aéreas), coriza, espirros (algumas


vezes o paciente espirra mais de 20 vezes seguidas) e coceira no nariz,
garganta ou olhos.

TRATAMENTO
É composto por três pontos fundamentais, a higiene ambiental, tratamento
medicamentoso e vacinas antialérgicas.
É indicado o uso de corticoides inalatórios ou tópicos,
anti-histamínicos, descongestionantes e anticolinérgicos.​

PREVENÇÃO

As vacinas de hipossensibilização pode ser aplicada, por via subcutânea ou


intradérmica, através da administração de doses gradativamente crescentes
dos principais antígenos que podem estar causando a rinite em um
determinado paciente, com resultados variáveis.

O objetivo, neste caso, é promover a formação de anticorpos.

Todas as medidas citadas para a prevenção da asma brônquica são válidas


também para a rinite alérgica.
Evitar pó, poeira, cheiros fortes, cobertores de lã, praticar exercícios, etc.
Outra medida preventiva útil é o uso de aparelhos especializados na
esterilização do ar, principalmente para evitar os ácaros.
Osteoporose
É uma condição metabólica que se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas.

Os ossos são compostos de uma matriz na qual


se depositam complexos minerais com cálcio.

Outra característica importante é que eles estão em constante processo de renovação, já que são formados por células chamadas
osteoclastos encarregadas de reabsorver as áreas envelhecidas e por outras, os osteoblastos, cuja função de produzir ossos novos.
Esse processo permanente e constante possibilita a reconstituição do osso quando ocorrem fraturas e explica por que mais ou
menos a cada dez anos o esqueleto humano se renova por inteiro.
Com o tempo, a absorção das células velhas aumenta e a formação de novas células
ósseas diminui.
O resultado é que os ossos se tornam mais porosos, perdem resistência.

Perdas mais leves de massa óssea caracterizam a osteopenia. ​

Perdas maiores são próprias da osteoporose e podem ser responsáveis por


fraturas espontâneas ou causadas por pequenos impactos, como um
simples espirro ou uma crise de tosse, por exemplo.​

Na maioria dos casos, a osteoporose é uma condição relacionada com


o envelhecimento.
Ela pode manifestar-se em ambos os sexos, mas atinge especialmente
as mulheres depois da menopausa por causa da queda na produção do
estrógeno.
PREVENÇÃO

É preciso pôr em prática três medidas básicas:


ingerir cálcio, tomar sol para fixar a vitamina D no organismo e fazer exercícios
físicos.​

TRATAMENTO

Como a osteoporose pode ter diferentes causas, é indispensável determinar o que provocou
a condição, antes de propor o tratamento, que deve ter por objetivo evitar fraturas, diminuir
a dor, quando existe, e manter a função. Existem várias classes de medicamentos que
podem ser utilizadas de acordo com o quadro de cada paciente.

São elas: os hormônios sexuais, os bisfosfanatos, grupo que inclui diversas drogas (o mais
comum é o alendronato), os modeladores de receptores de estrogênio e a calcitonina de
salmão.

A administração subcutânea diária do hormônio das paratireoides está reservada para os


casos mais graves de osteoporose, e para os intolerantes aos bisfosfonatos.
Incontinência Urinária
Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra.
Pode ocorrer tanto em pessoas do sexo feminino como também masculino.​

TIPOS E SINTOMAS

Incontinência urinária de esforço: o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa


tosse, ri, faz exercício, movimenta-se;​
Incontinência urinaria de urgência: mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela
vontade súbita de urinar que ocorre em meio às atividades diárias e a pessoa perde urina
antes de chegar ao banheiro;​
Incontinência mista: associam os dois tipos de incontinência acima citados e o sintoma
mais importante é a impossibilidade de controlar a perda de urina pela uretra.​
Incontinência urinária de sobre fluxo: é aquela que ocorre por obstruções à saída de
urina, fazendo com que a bexiga permaneça constantemente cheia.

Ao contrário dos outros tipos de incontinência, este caso é mais comum nos homens,
principalmente naqueles com doença da próstata, seja hiperplasia benigna, seja câncer
de próstata.

fisioterapia para incontinência

TRATAMENTO

​A terapia comportamental, medicamentos orais e o uso da toxina


botulínica são opções adequadas para o tratamento da incontinência
urinária.

Os medicamentos usados para tratar a incontinência incluem:


anticolinérgicos (oxibutinina, olifenacina, tolderodina, darifenacina);
antidepressivos tricíclicos (imipramina), toxina botulínica.
Versão 03.2020

AULA
Aplicação
de Injetáveis
A APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS
FIDELIZA O NOSSO CLIENTE!

Mas, como o profissional deverá proceder


para uma aplicação de excelência?
Submeter-se a uma aplicação de
injetáveis, não é uma situação
simples para maioria das pessoas,
por ser uma experiência associada
ao desconforto e dor!

Geralmente o cliente enfermo pode estar


fragilizado fisicamente e emocionalmente e o
momento da injeção pode representar uma
situação de medo a ele.

PODEMOS REVERTER ESTA SITUAÇÃO,


transmitindo confiança e segurança a ponto
do cliente perceber que sua saúde está em
boas mãos!
MAS ANTES DA APLICAÇÃO,
O QUE ESSE PROFISSIONAL
DEVERÁ SABER?
Um dos primeiros pontos importantes, é a
APARÊNCIA PESSOAL.
O profissional deve manter uma forte
preocupação com a qualidade deste serviço e
não somente executá-lo repetidamente e sem
conhecimento de uma técnica apropriada.

Assim, sela-se um relacionamento fiel e


transparente, e certamente o usuário depositará
no estabelecimento, confiança e credibilidade.

É imprescindível que o aplicador mantenha sempre uma


boa aparência.
Utilizar sapatos fechados, cabelos presos,
calça comprida, unhas curtas e limpas e
jaleco fechado e limpo.
O segundo ponto importante, é o AMBIENTE
que deverá ser feito a aplicação.

A sala de aplicação deve ser:

Bem iluminada!

Bem ventilada!
Um local mal ventilado pode contaminar o aplicador ou pode
haver contaminação de um cliente para o outro, pois serão
feitas aplicações em pessoas com diferentes doenças.

Absolutamente limpa!
A limpeza inclui chão, bancadas, utensílios, janela e paredes.
É desagradável perceber pó e respingos de líquidos nesses
locais.
A limpeza deve ser feita diariamente, utilizando produtos
neutros e panos exclusivos. Posteriormente fazer a
desinfecção com álcool 70°.
A bancada onde é feito o preparo das injeções deve ser
desinfetada após cada aplicação.
ORGANIZAÇÃO

Tenha sempre disponível no momento da aplicação,


todo o material necessário:
seringas, agulhas, algodão, blood-stop, tudo de
forma organizada na bancada.

Não podemos deixar o cliente sozinho na sala de


aplicação!

Além do preparo do ambiente, o profissional deve


se atentar em sua higienização pessoal!

A Lavagem das mãos:


É um procedimento que deve merecer atenção especial!
A lavagem correta vai diminuir a quantidade de
microrganismos existentes nas mãos, reduzindo o risco de
contaminação do nosso cliente.

As mãos devem ser lavadas à vista do cliente, ensaboando


bem entre os dedos e os pulsos, e após enxugar, fechar a
torneira com papel toalha. Após a aplicação deve-se lavar
novamente as mãos.
PREPARAÇÃO DO
MEDICAMENTO

Como fazer isso?

Pela extremidade próxima à marca do lote, abra a


embalagem separando as duas faces (berço e
pétala) até expor o êmbolo da seringa.
Segure firmemente a seringa com o berço e retire a
pétala tocando apenas em uma das extremidades.

Coloque a pétala na bancada com a face estéril


(branca) para cima (ela será usada posteriormente
para a abertura da ampola).
Nas seringas solomed abaixar a trava de proteção e
girar até alinhar com a escala.
Realizar a “lubrificação” do êmbolo da seringa para
destravá-lo.
Confira a fixação da agulha com a seringa.
Coloca-la novamente dentro do berço.

Fazer a desinfecção da ampola com algodão


embebido em solução antisséptica (álcool 70°),
abrindo-a em seguida (tenha o cuidado de envolvê-
la com a parte interna do papel, pétala).

Retirar o protetor e aspirar o conteúdo


da ampola.
POR QUE AS INJEÇÕES PODEM CAUSAR DOR?
Em geral, as injeções costumam doer e são muitos os que atribuem este fato às características do líquido.
Afinal, esse líquido, por vezes, é mais viscoso/oleoso.
Entretanto, o desconforto pode vir da diferença de composição do medicamento e do organismo no local de
aplicação. Além disso, há a diferença do pH do medicamento, apesar de todos os esforços no desenvolvimento
farmacotécnico do medicamento em estabelecer um pH próximo da via de administração.

Outra justificativa para a dor, são as formas farmacêuticas classificadas como suspensão, que são partículas
sólidas dispersas em um líquido. Portanto, utilizadas em agulhas de calibre maior.
Nesse caso, a via intramuscular funciona como um “reservatório”. Ou seja, a dispersão do fármaco será lenta e,
consequentemente, causará desconforto.

Fonte: farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da


Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti
COMO REDUZIR O DESCONFORTO ENTRE OS PACIENTES?

01 02
Abordagem correta Locais de aplicação
Oriente o paciente sobre o que vai ser aplicado e como Faça um rodízio para evitar áreas doloridas.
vai acontecer a aplicação, para que haja confiança no
processo.
03 04
Orientações ao paciente. Qualidade da agulha
Deixe o paciente confortável e oriente-o para que fique Esse equipamento deve ter silicone e bisel
com a musculatura relaxada no momento da injeção. multifacetado, fazendo com que se reduza o
. desconforto e a penetração da substância.

05 06
Aplicação do profissional. Orientação especial para frasco-ampola
Garanta que a penetração da injeção seja realizada em Quando envolve a utilização de medicamento a partir
movimento único e contínuo, com equilíbrio e firmeza. de um frasco-ampola, haverá necessidade da troca da
agulha após a retirada do medicamento do recipiente
(a tampa de borracha pode danificar a agulha).
Caso seja uma ampola de vidro, deve–se trocar a
agulha se houver algum esbarrão contra a parede de
vidro. Além disso, na hora da aplicação, o êmbolo
deverá ser empurrado de forma lenta e contínua.
Versão 03.2020

AULA
Biossegurança
Qualquer ambiente de trabalho,
oferece riscos aos seus profissionais,
isso explica a importância da biossegurança!

Ocorre que, em hospitais, clínicas, farmácias e em outros serviços de


saúde, esses riscos envolvem também os pacientes, os impactos
ambientais e sociais, por isso, são necessárias uma série de medidas de
segurança.
Embora seja fácil perceber que esse é um tema relevante, muitas
pessoas, ainda desconhecem o seu real conceito e as suas
aplicações.

Vamos entender melhor?


Antes de mais nada,
O QUE SIGNIFICA
BIOSEGURANÇA?
Conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar,
mitigar ou eliminar riscos inerentes às atividades
que possam interferir ou comprometer a qualidade de
vida, a saúde humana e o meio ambiente.

E qual é o seu
OBJETIVO?
minimizar riscos ocupacionais nos ambientes de
trabalho, visando sempre proteger a saúde do
profissional e da população em geral
BIOSSEGURANÇA NA APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS

A adoção de normas e procedimentos seguros e adequados à manutenção da saúde do paciente e do


profissional, é necessária na área da saúde e principalmente em farmácias!

Como a Biossegurança é fiscalizada no Brasil?

No Brasil, a regulamentação e a fiscalização da biossegurança é feita pela Agência Nacional de Vigilância


Sanitária (Anvisa).

No geral, as medidas de biossegurança envolvem dois pontos — os equipamentos de proteção individual (EPI) e os
equipamentos de proteção coletiva (EPC).

É importante saber que, nenhum Equipamento de Proteção substituiu o outro! Cada um possui sua função.

Dentre as suas aplicações, podemos destacar ainda outros exemplos:

EPC EPI
EPC
Visam proteger o meio ambiente, a saúde e a integridade dos usuários de determinada área.

São equipamentos instalados no local de trabalho e são utilizados para prevenir e/ou minimizar acidentes.

Podem ser de uso rotineiro ou emergencial. Devem ter fácil acesso e sinalização.
Como exemplo os extintores de incêndio e descartex.

DESCARTEX
Recipiente para coleta de resíduo de serviço de saúde e material perfuro cortante, rígido, impermeável, resistente a
perfurações.
É constituído por: coletor propriamente dito, tampa bocal com sobre tampa, alças para transporte e dispositivo
para fixação do mesmo.

Cabines de segurança: equipamentos que promovem a contenção física dos agentes infecciosos, para proteção
dos profissionais;
lavar olhos: para limpeza imediata de olhos e face;
Chuveiro de segurança: de fácil acesso, para limpar roupas e a pele do profissional em caso de derramamento
de material biológico ou substância química;
Autoclave: realiza a esterilização de instrumentos por calor, tornando o uso seguro novamente;
Proteção de linha de vácuo: para evitar contaminação do sistema de vácuo com fluidos derramados e aerossóis;
Microincineradores de alça: alças de material plástico estéril em caixas de aço, para transporte seguro de
materiais ou agentes.

EPI
Segundo a Norma Regulamentadora 6 (NR 6) considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo
dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

LUVAS para profissionais, especialmente enfermeiros, que lidam com amostras biológicas e atendem pacientes
com doenças contagiosas. Em laboratórios, para todos que manipulam, preparam reagentes e lavam material;
JALECOS OU AVENTAIS, de manga longa e na altura dos joelhos, usando sempre fechados.
Precisam ser lavados e descontaminados após o uso e nunca devem ser usados fora do ambiente de trabalho;
MÁSCARAS PARA PROTEÇÃO contra substâncias químicas, evitando a inalação;

ÓCULOS DE PROTEÇÃO, PROTETOR FACIAL E SAPATOS FECHADOS, para evitar respingos de material
biológico sobre a pele;
KEVLAR, um colete para a proteção de temperaturas muito altas ou baixíssimas.

Na ocorrência de um acidente, oriente o acidentado a não espremer o local da lesão.

Não se deve colocar nenhum antisséptico ou químico na lesão (álcool, iodo e


outros).
Deve-se lavar o local com água em abundância e sabão.
Comunique ao gestor imediatamente.

O acidentado deverá ser encaminhado pela gerência ao ambulatório médico para


avaliação médica.

Os exames de sorologia HIV e Hepatite B e C deverão ser realizados na data do


acontecimento e repetidos após 45 dias, 3 e 6 meses.
Caso necessário o acidentado será encaminhado a um especialista.
Extintores de Incêndio

Importante ter conhecimento de qual tipo de


substância provocou o incêndio, pois um erro
na escolha de um extintor pode tornar inútil o
esforço de combater as chamas; ou pode
piorar a situação, espalhando-as, ou criando
novas causas de fogo como, por exemplo,
curtos-circuitos.

Confira o quadro a seguir:


Além disso, as práticas de biossegurança também
envolvem normas detalhadas para as instalações
laboratoriais, o descarte de agentes químicos e
biológicos, além do treinamento das equipes.

Concluindo...
Podemos ver que a importância da biossegurança é
refletida na variedade e complexidade de suas
normas.
Que devem ser implementadas e fiscalizadas pelas
instituições e seguidas pelos profissionais, garantindo
a proteção de todos os envolvidos.

Portanto, é notável que a biossegurança deve


compor as práticas educativas, sobretudo nos cursos
de pós-graduação na área da saúde.
Uma vez que esses profissionais estão entre os que
mais podem ser expostos a riscos e a locais com
potencial de causar danos às pessoas ou ao meio
ambiente
Versão 03.2020

AULA
Diabetes
Diabetes
é uma doença causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio que
promove o aproveitamento da glicose como energia para o nosso corpo.

Diabetes mellitus
é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má
absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é
quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia, a fim
de que seja aproveitada por todas as células.

A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima


do açúcar como na sua transformação em outras substâncias (proteínas,
músculos e gordura).

Na verdade, não se trata de uma doença única, mas de um conjunto de doenças com uma
característica em comum - Aumento da concentração de glicose no sangue provocado por
duas diferentes situações:
DIABETES TIPO I

O pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina.

A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e é


insulinodependente, isto é, exige a aplicação de injeções diárias de insulina.

Ocorre a destruição das células beta, que produzem a insulina, geralmente


ocasionando deficiência absoluta de insulina (pâncreas para de produzir insulina),
necessitando fazer uso de insulina diariamente.

É de natureza autoimune.

Esta forma de Diabetes resultante da ausência de insulina representa de 5% a 10%


dos portadores de Diabetes.

Poucos casos têm relação com hereditariedade.


Surge mais frequentemente em crianças e adultos jovens.
A evolução clínica é rápida se não for tratada prontamente com insulina.
DIABETES TIPO II

As células são resistentes à ação da insulina.

A incidência da doença que pode não ser insulinodependente, em geral, acomete as


pessoas depois dos 40 anos de idade;

Está relacionado a uma deficiência relativa de insulina (o pâncreas diminui a produção


da insulina e/ou a insulina produzida não é bem absorvida).

Está relacionada a fatores genéticos, obesidade e efeitos do estilo de vida


(sedentarismo).

Estima-se que 60% a 90% dos portadores são obesos e é cerca de 8 a 10 vezes mais
comuns que o tipo I. A incidência é maior após os quarenta anos, porém com o aumento de crianças e jovens
obesos está havendo uma incidência maior em faixas etárias mais baixas. Geralmente tratada com dieta e
medicamentos orais.

Algumas pessoas demoram a


perceber os sinais e sintomas mais
agudos da Diabetes tipo II
e, com o tempo o elevado nível de açúcar no sangue
conduzem a complicações muito perigosas.
À medida que o nível de glicose no sangue aumenta, a diurese aumenta também, pois o
excesso de glicose age como um diurético nos rins, fazendo o portador da doença urinar
frequentemente, desidratando, e com isso estimulando o reflexo da sede.

Por outro lado, as células ficam pedindo por “combustível” (glicose), o que dá a sensação de fome, estimula o
apetite, fechando um círculo vicioso, porque o paciente come mais e se torna mais obeso.

O excesso de glicose interfere no sistema imunológico do organismo, assim os cortes e


ulcerações levam muito tempo para cicatrizarem.

Enquanto isso germes e bactérias se alimentam da glicose extra que há no sangue,


causando infecções.

Coceira e dormência nas mãos e pés são sintomas comuns em diabéticos porque a glicose danifica os
nervos.

Outros sintomas incluem vista turva e disfunção erétil.


DIABETE GESTACIONAL

Ocorre durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é provocado pelo aumento excessivo de
peso da mãe.

Surge em mulheres grávidas que não eram diabéticas,


em torno de 2 a 5% das gestações
devido a alterações na tolerância à glicose.

Encontramos um vídeo bem bacana para você se aprofundar um pouco mais sobre este tema!
Quais os principais riscos de se ter diabetes gestacional e como se prevenir?
Assista ao vídeo com o Dr. Drauzio Varella.

Geralmente, desaparece quando a gravidez chega ao fim, porém


existe maior risco de desenvolvimento do tipo II, cerca de 20 a
50% dos casos.
Geralmente tratada com dieta saudável, exercícios físicos e
acompanhamento médico.
OUTROS TIPOS DE DIABETES

Hoje são conhecidos mais de 20 tipos de enfermidades, que cursam com hiperglicemia, e embora
menos frequente são classificadas como Diabetes Mellitus.
Entre elas:

Diabetes tipo LADA Diabetes relacionada a ANORMALIDADE DA INSULINA

Diabetes secundária a doenças pancreáticas

Sintomas:
Poliúria – a pessoa urina demais e, como isso Impotência Sexual;
a desidrata, sente muita sede (polidpsia);
Infecções fúngicas na pele e nas unhas;
Aumento do apetite;
Feridas, especialmente nos membros inferiores,
Alterações visuais;
que demoram a cicatrizar;
Neuropatias diabéticas provocada pelo Distúrbios cardíacos e renais.
comprometimento das terminações nervosas;
DOENÇAS DO CORAÇÃO NEUROPATIA DIABÉTICA DOENÇA DOS RINS

Muitos pacientes da Diabetes É a complicação mais severa A Diabetes é responsável por


tipo II já passam pelo alto risco da Diabetes. quase metade dos casos de
de contrair uma doença do insuficiência ou falência dos
coração por causa do O dano causado ao sistema rins.
sobrepeso. nervoso é também
parcialmente responsável pelo
O sistema vascular também é pé diabético, por problemas
afetado com o aumento do nos olhos e no sistema
açúcar no sangue. digestivo.
ALTERAÇÕES RETINOPATIA COMA
DERMATOLÓGICAS DIABÉTICA: HIPEROSMOLAR

Uma alteração muito comum é É uma doença caracterizada Níveis de açúcar


o ressecamento na pele que por alterações vasculares; são extremamente altos no
favorece o aparecimento de lesões que aparecem na retina, sangue podem conduzir a uma
feridas que podem se podendo causar pequenos complicação aguda chamada
transformar em úlceras sangramentos, como Síndrome Hiperosmolar ou
(feridas abertas). consequência, a perda da Coma Hiperosmolar, uma
Isso acontece porque os qualidade da visão. forma ameaçadora à vida, que
nervos que controlam a acompanha a desidratação
produção de óleo e umidade Se não for tratada a retinopatia decorrente dos altos níveis de
estão danificados. diabética pode resultar, glicose no sangue, como
eventualmente, em cegueira. resultado da hiperglicemia que
Por isso, é necessário que o não foi tratada.
diabético utilize hidratantes
específicos com frequência.
DIAGNÓSTICO
Há várias maneiras de confirmar o diagnóstico de Pré-Diabetes e Diabetes.
Os exames mais usados pelos profissionais da saúde são:

TESTE DE GLICEMIA TESTE ORAL DE HEMOGLOBINA


EM JEJUM TOLERÂNCIA A GLICOSE GLICADA

Medição dos níveis de A medição da glicose no Realizado através da coleta sanguínea, sem
açúcar no sangue sangue é feita em dois necessidade de jejum, indica a média da
(glicemia) após pelo momentos, após 8 horas glicose no sangue durante os dois ou três
menos oito horas de de jejum e após duas meses anterior.
jejum. horas da ingestão de 75
gramas de glicose (Neste teste, para se fechar o diagnóstico da
diluídas em água. Diabetes é necessário associação a uma glicemia
superior a 200 mg/dL e sintomas como perda de
peso excessiva, visão turva, sede frequente, etc).
Devido a facilidade de utilização do método, a boa aceitação por parte dos pacientes e ao baixo custo, estes
exames são os mais utilizados para diagnosticar a Diabetes.

No caso de alteração, como indicado abaixo, recomenda-se a repetição do exame, respeitando o mesmo tempo
de jejum, no dia seguinte.

Glicemia em jejum igual ou superior Glicemia em jejum entre 100 mg/dL


a 126 mg/dL, confirmada por e 125 mg/dL confirma o
repetição do teste, é diagnosticada pré-Diabetes.
a Diabetes.
Isto significa que o indivíduo está
mais propenso a desenvolver a
Diabetes tipo II.

Confira os Critérios laboratoriais para diagnostico de normoglicemia,


pré-diabetes e DM, adotados pela Sociedade Brasileira de Diabetes.
OMS: Organização Mundial da Saúde; HbA1c: hemoglobina glicada; DM: diabetes mellitus.

* Categoria também conhecida como glicemia de jejum alterada.


# Categoria também conhecida como intolerância oral a glicose.
TRATAMENTO
O diabetes não pode ser dissociado de outras doenças glandulares.
Além da obesidade, outros distúrbios metabólicos (excesso de
cortisona, do hormônio do crescimento ou maior produção de
adrenalina pelas adrenais) podem estar associados ao diabetes.

PARA CADA CASO DE DIABETES, EXIGE UM TRATAMENTO PERSONALIZADO.


Confira o conteúdo exclusivo que o Dr. Drauzio junto com o endocrinologista Dr. Arnaldo Schainberg
e com Julio Cesar Martins, prepararam sobre este tema!

Diabetes tipo I É também chamado de insulinodependente, porque exige o uso de insulina por via
injetável para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo
pâncreas.
A suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio metabólico
que pode colocar a vida em risco.

Diabetes tipo II Não depende da aplicação de insulina e pode ser controlado por medicamentos
ministrados por via oral.
A doença descompensada pode levar ao coma hiperosmolar, uma complicação grave
que pode ser fatal.
Dieta alimentar equilibrada é fundamental para
o controle do diabetes.

A orientação de um nutricionista
e o acompanhamento de psicólogos e psiquiatras
podem ajudar muito a reduzir o peso e, como
consequência, cria a possibilidade de usar doses
menores de remédios.

Atividade física é de extrema importância para


reduzir o nível da glicose nos dois tipos de diabetes.
INSULINATERAPIA

É preciso uma boa disciplina e disposição


para seguir uma terapia com insulina sem
correr riscos.
O tipo de tratamento mais fácil de ser seguido é a
injeção diária única de insulina de ação
intermediária.

No entanto, este esquema proporciona um controle mínimo sobre a


concentração sérica de açúcar.

. Um controle mais rígido é obtido pela combinação de dois


tipos de insulina (a de ação rápida e a de ação intermediária)
em uma dose matinal, uma segunda injeção pode ser
aplicada na hora do jantar ou na hora de dormir.
Já um controle mais rigoroso pode ser obtido pela
insulinoterapia intensiva, com a injeção de baixa dose de
insulina de ação rápida e de ação intermediária pela manhã e
ao entardecer, juntamente com várias injeções adicionais de
insulina de ação rápida durante o dia.

A principal complicação da insulinoterapia,


principalmente quando intensiva, é a
hipoglicemia (baixos níveis de glicose no
sangue).
Quando a glicemia está abaixo de 60 mg/dL
(hipoglicemia) podem ocorrer sintomas de uma reação
hipoglicêmica:

sensação de fome aguda, dificuldade de raciocinar, sensação de


fraqueza com um cansaço muito grande, sudorese, tremores,
sonolência, confusão mental que podem caminhar para a perda
de consciência, até o coma.
A insulina humana (NPH e Regular)
utilizada no tratamento da Diabetes
atualmente é desenvolvida em
laboratórios, a partir da tecnologia de
DNA recombinante.
TIPOS DE INSULINA

Existem hoje vários tipos de insulina disponíveis para o


tratamento da Diabetes.
A insulina chamada de “regular” é
idêntica á humana na sua estrutura. Já a
NPH (Neutral Protamine Hagedorn) é
Elas se diferenciam pelo tempo em que ficam associada a duas substâncias (protamina
ativas no corpo, pelo tempo que levam para e zinco) que promovem um efeito mais
começar a agir e de acordo com a situação do prolongado.
dia em que elas são mais eficientes.
As insulinas mais modernas chamadas
análogas (ou análogos de insulina), são
produzidas a partir da insulina humana e
modificadas de modo a terem ação mais
curtas (Lispro (Humalog), Aspart
(NovoRapid) ou Glulisina (Apidra) ou ação
mais prolongada Glargina (Lantus), Detemir
(Levemir) e Degludeca (Tresiba).

A insulina não pode ser


tomada por cápsula ou pílula,
pois os sucos digestivos As insulinas também podem ser
apresentadas na forma de
presentes no estômago pré-misturadas.
interferem em sua eficácia. Há vários tipos de pré-misturas:
Insulina NPH + Insulina Regular, na
proporção de 70/30,
análogos de ação prolongada + análogos
de ação rápida (Humalog Mix 25 e 50,
Novomix 30).
As insulinas podem vir em
FRASCOS OU CANETAS
Os frascos são de 10 mL(para uso com seringas de
insulina) e o refis, são de 3 mL (usado em canetas
de aplicação de insulina), assim como podem vir
em canetas de aplicação descartáveis.

Outra forma de aplicação de insulina é a


bomba de insulina.
Independentemente do método, é importante
entender alguns conceitos!
Veja a seguir.
UNIDADES DE INSULINA

A insulina identificada com U-100 significa que existem 100 unidades por
mililitro (mL) de líquido no frasco.
O paciente deve sempre respeitar o número de unidades prescritas pelo
médico.

INSULINA BASAL E BOLUS

O pâncreas secreta a insulina de duas maneiras: basal e bolus.

Como basal entende-se uma secreção constante de insulina que permanece


em níveis baixos no sangue o tempo todo e é produzida em forma de
“gotas contínuas”, mantendo a liberação de glicose para as células do
organismo; enquanto o Termo Bolus, se refere a quantidades maiores de
insulina que são liberadas na circulação sanguínea em momentos de maior
necessidade, como por exemplo, as refeições, ou quando há aumento de
açúcar no sangue.

As insulinas de ação rápida encontradas em farmácias são utilizadas para


proporcionar ação semelhante a esses bolus de insulina.
Já as injeções de insulina de ação intermediárias (NPH) e lenta
(análogos) atuam de forma semelhante ao fornecimento basal e são
aplicadas em uma ou duas aplicações diárias (Glargina, Levemir e
NPH), ou até três vezes ao dia (NPH), a fim de proporcionar o
componente “basal” da insulinização.

Há também canetas descartáveis, que já vem carregada com insulina e ao terminar seu
uso são dispensadas, utilizando-se uma nova caneta, dispensa portanto a troca de refis,
tornando o uso ainda mais simples.

São fáceis de carregar e garantem a dose correta prescrita, já que diminui a chance de
erro de dose, o que é muito comum no dia a dia na terapia com insulina.
Em caso de insulinas misturadas utiliza-se canetas separadas para cada insulina
prescrita.

As agulhas de caneta devem ser utilizadas apenas uma vez, porque são muito finas e o
reuso pode causar dor.
Não deixe a agulha na caneta, isto pode permitir vazamentos e entrada de ar no cartucho.

SERINGAS
As seringas têm atualmente agulhas muito menores.
Elas permitem aplicação com mínima dor.
A aplicação de dois tipos de insulina no mesmo horário pode ocorrer na mesma seringa.

BOMBAS DE INSULINA
São um modo seguro e eficiente de fornecer insulina para o corpo. Elas são usadas com
mais frequência por pessoas que precisam de múltiplas injeções ao longo do dia.
O equipamento inclui um pequeno cateter, que é inserido sob a pele
A “bomba” é usada externamente.
O início da ação é a velocidade com que a
insulina começa a trabalhar após a
injeção; o pico é à hora em que a insulina
atinge o ponto máximo no que diz
respeito á redução de glicemia e a duração
é o tempo em que a insulina.

A tabela a seguir descreve


as características dos tipos
de insulina existente.
CONSERVAÇÃO DA INSULINA

INSULINA TEMPERATURA VALIDADE

Insulina Lacrada Sob refrigeração entre 2°C a 8°C


2 a 3 anos, de acordo com o fabricante, a
Frasco, refil e caneta descartável partir da data de fabricação.

Insulina em uso Sob refrigeração entre 2°C a 8°C ou 4 a 6 semanas após a data de abertura e
Frasco e caneta descartável até 30°C em temperatura ambiente início do uso, de acordo com o fabricante

Insulina em uso Até 30°C em temperatura ambiente


4 a 6 semanas após a data de abertura e
Caneta recarregável início do uso, de acordo com o fabricante

Fonte: bulário.net
Canetas de insulina
disponível no mercado brasileiro em junho de 2014.

Fonte: Aplicação de insulina: dispositivo e técnicas de aplicação.


Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes
PRINCIPAIS
INSULINAS E SEU
PRAZO DE VALIDADE
após aberta
MEDICAMENTOS
ORAIS

A terapia nutricional (dieta) e as


atividades físicas são fundamentais no
tratamento da Diabetes, porém existe uma
resistência dos pacientes na adesão a
essas duas terapias, então, torna-se
necessário associar o tratamento com a
prescrição de antidiabéticos orais para o
controle glicêmico.

Existem vários grupos de antidiabéticos


orais com mecanismos de ação diferentes.

Confira no quadro ao lado!


vivendo com a

DIABETES
Ainda não existe cura!
Mas o conhecimento sobre a doença somado a um
planejamento alimentar adequado (visando o controle
de peso), atividades físicas regulares e a medicação,
são eficazes para controlar a Diabetes.

A normalização dos níveis de glicose no sangue, (70 a


100 mg/dL em jejum ou igual a 140 mg/dL 2 horas após
a refeição) não significa que houve a cura do Diabetes
ou que os medicamentos possam ser suspensos.

Isto é sinal de que o esquema proposto para o


tratamento está dando certo!
AUTOMONITORAMENTO DA GLICEMIA
(Glicosímetros)

Manter o bom controle glicêmico é muito importante para ter qualidade de


vida e prevenir complicações decorrentes do Diabetes.

Estudos mostram que pessoas com Diabetes Tipo I que conseguem atingir níveis normais de açúcar no sangue
podem reduzir o risco de complicações: incluindo cegueira, insuficiência renal e amputação – em até 76%.

No caso de pacientes com Diabetes Tipo II, o bom controle glicêmico diminui de 25% a 70%
o desenvolvimento de complicações.

O ideal é monitorar a glicemia em diferentes momentos do dia para ter uma ideia da eficácia do
tratamento.
A recomendação das sociedades médicas é checar a glicose sanguínea em jejum, além de antes e
após duas horas das principais refeições (café da manhã, almoço e jantar), antes de deitar e no
meio da madrugada
Atualmente, o mercado farmacêutico disponibiliza vários modelos de
monitores de glicemia.
A escolha deve ser avaliada pelo profissional de saúde em parceira com o paciente, de acordo
com suas necessidades individuais e estilo de vida.

Características importantes
que devem ser consideradas na hora da compra:

Resultados rápidos

Necessidade de uma pequena amostra de sangue

Tamanho do monitor

Facilidade na leitura dos resultados

Possibilidade de usar outros lugares do corpo, além dos dedos, para medir a glicemia

Gestão de dados (como controle de data e hora dos resultados)

Fácil manuseio
ALIMENTAÇÃO
AÇÚCAR X ADOÇANTE

AÇÚCAR

O consumo de açúcar em grandes quantidades é um dos fatores


que provocam a Diabetes por facilitar a resistência insulínica do
organismo e a consequente Diabetes.

O melhor é reaprender a sentir o gosto dos alimentos, sem


acrescentar nada.
Eventualmente podemos utilizar mel ou açúcar natural de cana, o
mascavo, em pequenas quantidades.

Os cereais integrais, as frutas, os legumes, têm a capacidade de


fornecer aquilo de que necessitamos.
ADOÇANTE

Há muita polêmica com relação ao uso de adoçantes, alguns


estudos indicam que o uso de adoçantes artificiais (como a
sacarina sódica, ciclamatos, etc.) são em muitos casos nocivos a
saúde, mesmo em concentrações preconizadas por órgãos de
saúde.

Porém não existe nenhum pronunciamento das sociedades


voltadas ao controle de obesidade ou formadas por
endocrinologista e nutricionistas que condenem o seu uso, assim
sendo, seu consumo pode ser feito por diabéticos com
orientação de um médico ou nutricionista.

Existem vários tipos de adoçantes, alguns não são encontrados


para consumo em farmácias e supermercados, mas entram na
produção de alimentos industrializados, bebidas, chicletes, etc.

A seguir, confira os
tipos de adoçantes!
ADOÇANTE
ASPARTAME CICLAMATO FRUTOSE

É um dos adoçantes artificiais Descoberto em 1939, só entrou no É conhecida como o “açúcar para
descobertos mais recentemente (em mercado a partir da década de 1950. diabéticos”, é extraída do açúcar das
1965), seu poder adoçante se frutas, um edulcorante natural e de
aproxima ao da sacarina. Como a sacarina, é um edulcorante sabor agradável.
artificial, largamente usado no setor
O gosto é agradável, parecendo com alimentício, sendo aplicado em A frutose é utilizada para a fabricação
o açúcar branco. bebidas dietéticas, geleias, sorvetes, de produtos para diabéticos, porém o
Muito usado pela indústria gelatinas. seu consumo deve ser controlado já
alimentícia, principalmente nos que pode ser convertido em glicose.
refrigerantes diet. Com menor poder adoçante, é 40
vezes mais doce que a sacarose. Tem poder de adoçamento 173
Perde o sabor quando submetido a Estável diante de altas temperaturas vezes maior que a sacarose
temperaturas superiores a 120ºC ou e meios ácidos.
a altas temperaturas prolongadas.

Seu poder adoçante e 200 vezes


superior ao da sacarose, ou seja, para
adoçar, basta uma dose 200 vezes
menor que a de açúcar.
ADOÇANTE
SORBITOL OU
SACARINA STÉVIA
ÁLCOOL DE AÇÚCAR:

Descoberta nos Estados Unidos em Foi descoberta em 1905, esta planta Tem efeito laxativo se for consumido
1879, a sacarina sódica é a é originária da fronteira do Brasil com em excesso. É o adoçante geralmente
substância mais vendida e consumida o Paraguai. utilizado nas gomas de mascar “sem
neste país, além de possuir o melhor Das suas folhas se extrai o açúcar”, balas e groselhas diet.
custo benefício. steviosídeos, edulcorante natural de
sabor doce retardado e com poder O sorbitol está naturalmente
Tem o poder adoçante 500 vezes adoçante 300 vezes maior do que o presente em algumas frutas, como a
maior do que a sacarose. da sacarose. ameixa, a cereja, a maça e o pêssego,
também nas algas marinhas.
Em altas concentrações deixa sabor Tem boa estabilidade em altas ou Não provoca cáries, não é tóxico, é
residual amargo. baixas temperaturas. resistente, sem perder seu potencial
Tem fácil solubilidade em água e é Pode ser consumida sem nenhuma adoçante aos processos de
termoestável. contraindicação. aquecimento, evaporação e
Não produz cáries, não é calórica, não cozimento.
é tóxica.
É um adoçante natural, rejeitado por
muitos por ter sabor forte e
característico.
ADOÇANTE

SUCRALOSE

Descoberta em 1976 em Londres.

Trata-se de um edulcorante sintético


com poder adoçante 600 vezes maior
do que o da sacarose.

Não é calórico e possui sabor


agradável.
É termoestável e resistente a longos
períodos de armazenamentos.

Pode ser usada como adoçante de


mesa, em refrescos e sobremesas, em
aromatizantes, conservantes,
temperos e molhos prontos
Versão 03.2020

AULA
Medicamentos
de Referência, Genérico
e Similares
O termo Medicamento de, acordo
com a Farmacopéia brasileira, se
define em:

“Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou


elaborado com finalidade profilática, curativa,
paliativa ou para fins de diagnóstico.
É uma forma farmacêutica terminada que contém
o fármaco, geralmente em associação com
adjuvantes farmacotécnicos."

(Resolução RDC, nº84/02).

Confira as três categorias fundamentais existentes


para o registro de medicamentos:
HOMEOPÁTICOS FITOTERÁPICOS ALOPÁTICOS

São medicamentos cujos São medicamentos obtidos a São os medicamentos mais receitados
princípios tratam o doente partir de partes de plantas pelos profissionais da saúde.
com substâncias em doses (raízes, cascas, folhas, Com os alopáticos, uma substância
pequenas que causam os sementes), ou plantas química age diretamente sobre o
mesmos sintomas da doença inteiras. organismo, provocando um efeito sobre a
e, dessa forma, estimulando
doença ou o sintoma que se quer
o próprio organismo a se
combater.
recuperar da mesma.
Esse tipo de medicamento pode ser
industrializado ou manipulado de acordo
com a necessidade de cada paciente.
Medicamentos de Referência Medicamentos Genéricos
O Medicamento de Referência é um produto inovador Os genéricos são medicamentos que apresentam a mesma
registrado pela Agência Nacional vigilância sanitária (ANVISA) fórmula que um medicamento de referência. Na embalagem do
e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade remédio genérico há uma tarja amarela, contendo a letra “G”, e
foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal aparece escrito “Medicamento Genérico”.
competente.
Como esse tipo de medicamento não tem marca, o consumidor
Laboratórios farmacêuticos investem anos em pesquisas para tem acesso apenas ao princípio ativo do medicamento.
desenvolver os medicamentos de referência. Além disso, deve constar a Lei nº 9.787/99.
Geralmente são medicamentos com novos princípios ativos ou
que são novidades no tratamento de doenças. Os genéricos geralmente são produzidos após a expiração ou
renúncia da proteção da patente ou de outros direitos de
A inclusão de um produto farmacêutico na Lista de exclusividade e a aprovação da comercialização é feita pela
Medicamentos de Referência qualifica-o como parâmetro de ANVISA.
eficácia, segurança e qualidade para os registros de
medicamentos genéricos e similares no Brasil, mediante a Esses medicamentos também são aprovados nos testes de
utilização deste produto como comparador nos testes de Biodisponibilidade e Bioequivalência reconhecidos pela
equivalência farmacêutica e/ou bioequivalência quando ANVISA, em comparação ao medicamento de referência.
aplicáveis.
.
.
Medicamentos Similares
Os medicamentos similares são identificados pela marca ou
nome comercial e possuem a mesma molécula (princípio ativo),
dosagem e via de administração dos medicamentos de
referência.

Também são aprovados nos testes de qualidade da ANVISA,


em comparação ao medicamento de referência.
A diferença entre os medicamentos similares e os de
referência está relacionada a alguns aspectos como: prazo de
validade do medicamento, embalagem, rotulagem, no tamanho e
forma do produto.
INTERCABIALIDADE

Referência X Genérico
O medicamento genérico apresenta eficácia e segurança
equivalentes à do medicamento de referência podendo,
com este, ser intercambiável.

A intercambialidade do medicamento de referência pelo


seu genérico, é assegurada por testes de equivalência
terapêutica, que incluem comparação in vitro, através dos
estudos de equivalência farmacêutica e in vivo, com os
estudos de bioequivalência apresentados à ANVISA.

Referência X Similar
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada
(RDC) Nº 58/2014, que estabelece os procedimentos para
a intercambialidade de medicamentos similares com o
medicamento de referência, os similares que já tenham
comprovado biodisponibilidade relativa/bioequivalência ou
bioisenção com o medicamento de referência da categoria
poderão declarar na bula que são substitutos ao de marca.

A medida entrou em vigor em 1º de janeiro de 2015.


A ANVISA publicará em seu site eletrônico a relação dos
medicamentos similares indicando os medicamentos de
referência com os quais são intercambiáveis, os produtos
que não fazem parte desta lista não poderão ser
substituídos.

As empresas detentoras de registros de medicamentos


similares intercambiáveis, terão o prazo de 1 (um) ano a
contar de sua inclusão na relação para notificar à ANVISA
a adaptação da bula.

Os medicamentos similares intercambiáveis que não


tiverem suas bulas alteradas no prazo definido não
poderão ser comercializados no país.

Todos os medicamentos similares intercambiáveis


constantes da lista também, terão na bula do
medicamento a informação a respeito da
intercambialidade, conforme determina a RDC 58/2014.

Tal informação será apresentada por meio da frase:


MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO
MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA.

Atenção: conforme informação da ANVISA,


medicamentos similares não poderão ser trocados com
genéricos e vice –versa.
Versão 03.2020

AULA
Medicamentos Isentos
de Prescrição - MIP
Já parou pra pensar porque em uma
drogaria, alguns medicamentos são

totalmente acessíveis
aos clientes ?
MIP
Medicamento Isento de Prescrição

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os


medicamentos isentos de prescrição (MIP) são os
medicamentos aprovados pelas autoridades sanitárias
para tratar sintomas e males menores, disponíveis sem
prescrição ou receita médica devido à sua segurança e
eficácia desde que utilizados conforme as orientações
disponíveis nas bulas e rotulagens.

Os MIP’s, são internacionalmente conhecidos pela sigla


OTC (Over-The-Counter ou “sobre o balcão”).
LEGISLAÇÃO

Os medicamentos isentos de prescrição foram mencionados pela primeira vez na legislação


sanitária brasileira na Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o
controle sanitário de medicamentos.

Em 2003, a Anvisa publicou a RDC nº 138, de 29 de maio (republicada em 6 de janeiro de 2004),


que é o principal regulamento dos MIP’s. Baseada em critérios como índice terapêutico, toxicidade,
legislações internacionais e a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), a RDC nº
138/03 estabelece quais medicamentos são considerados isentos de prescrição através da lista de
Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE). Se um medicamento apresenta indicações
que se enquadram dentro do GITE, ele será considerado um MIP.
Uso Responsável de MIP
Os indivíduos devem fazer o uso destes
medicamentos com segurança, qualidade
e eficácia comprovadas, para tratar
sintomas e males menores já
diagnosticados ou conhecidos.
Quais os benefícios do uso
responsável de um MIP ?

Conforto para os usuários


Diminuição substancial (não há necessidade de ir a um
de custos para o serviço de saúde para tratar de
sistema de saúde;
um sintoma já conhecido);

Melhor qualidade de vida


Otimização de
(produtos de caráter
recursos
governamentais; preventivo como vitaminas,
antioxidantes, etc.);

Diminuição de
Direito de atuar sobre a
custos aos
própria saúde.
usuários;

“É inapropriado a auto prescrição, que é a prática de se utilizar medicamentos


tarjados sem orientação médica, podendo gerar problemas graves de saúde.”
Quando o uso de MIPs deve
ser sucedido por uma
consulta médica ?

Se os sintomas persistirem;
Se os sintomas piorarem ou se o paciente tiver uma recaída;

Se o paciente tiver dores agudas;


Se o paciente já tentou um ou mais medicamentos sem sucesso;
Se o paciente estiver convencido da gravidade dos seus sintomas;
Se surgirem efeitos não desejados;
Se o paciente tiver problemas psicológicos, tais como ansiedade,
inquietação, depressão, letargia, agitação ou hiper excitabilidade;
Além desses casos deve ser dada atenção especial na
administração em casos de gravidez e aleitamento, assim como
em bebês e crianças.
Alguns Sintomas tratados com MIPs

DOR DE GARGANTA TOSSE DOR DE CABEÇA CONGESTÃO NASAL AFTA

ASSADURAS PRISÃO DE VENTRE FEBRE HEMORRÓIDA AZIA


Soluções de MIPs

BUSCOPAN DIPIRONA

LACTO-PURGA
MALVONA
REGRAS PARA O USO RESPONSÁVEL DE MIP

Cuidar sozinho apenas de pequenos males ou sintomas menores, já diagnosticados ou


conhecidos;

Escolher somente medicamentos isentos de prescrição médica, de preferência com a ajuda de


um farmacêutico;

Ler sempre as informações da embalagem do produto antes de tomá-lo;

Parar de tomar o medicamento se os sintomas persistirem e procurar imediatamente por


auxílio médico.
Versão 03.2020

AULA
Antibióticos Tarjado
e Não Tarjado
Finalidade do Antibiótico

Antibióticos (antimicrobianos)
são compostos naturais ou sintéticos
capazes de inibir o crescimento ou causar a
morte de fungos ou bactérias.

Antibiótico bacteriostático:
inibe o crescimento das bactérias.

Antibiótico bactericida:
destroem e impedem o crescimento das bactérias.
CRITÉRIOS PARA UTILIZAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO NOS TECIDOS

Os antibióticos são comumente prescritos para infecções A escolha de um antibiótico depende do seu espectro de
bacterianas. Atualmente existem dezenas de antibióticos e, atividade, isto é, a capacidade que possui para eliminar
constituem a classe mais receitada de medicamentos. aquela bactéria causadora da infecção.

Exame microbiológico (para identificar o microrganismo


infectante) e antibiograma (determina os antibióticos que É preciso saber também, se o antibiótico escolhido vai ser
atuam sobre a bactéria identificada), idade do paciente, absorvido e chegará aos tecidos atingidos pela agressão
funções renal e hepática, ocorrência de alergias são bacteriana.
fatores que auxiliam o médico na escolha do antibiótico.
Os aminoglicosídeos e as sulfas são apropriados para
combater infecções dos rins e vias urinárias.

O uso excessivo e indiscriminado de antibióticos


provocou o desenvolvimento de microrganismos As penicilinas (especialmente a ampicilina), o cloranfenicol e
resistentes. A resistência é uma maneira que o as cefalosporinas mais modernas se encontram mais no
microrganismo encontra para sobreviver na presença líquido cefalorraquidiano e nos tecidos cerebrais, por isso são
do antibiótico. Portanto, o uso dos antibióticos deve ser usados para combater a meningite.
o mais criterioso possível, evitando-se a automedicação
e o desenvolvimento de microrganismos cada vez mais
resistentes.
HORÁRIO E
PERSISTÊNCIA
BACTERIANA

Mesmo que o antibiótico esteja presente no sangue, é indispensável que permaneça


algum tempo em contato com a bactéria, na profundidade dos tecidos onde ela se
multiplica.
Para obter este contato com todas as bactérias a maioria das infecções necessitam de um tempo de antibioticoterapia.
No caso de uma amidalite purulenta, são necessários dez dias de nível de antibiótico para curar e erradicar, isto é, tirar as “raízes” da
infecção.

Portanto, o fato de sentir-se bem antes dos dez dias de antibioticoterapia, não significa o fim da infecção, pois ainda existem
bactérias vivas em pequenas concentrações, que não causam sintomas.
Se uma dose de antibiótico não for administrada, a concentração sanguínea de antibiótico atinge um nível inferior ao exigido para
lesar as bactérias.

Desta maneira, as bactérias têm maior probabilidade de tornarem-se resistentes contra esse antibiótico, resultando em avanço da
infecção sobre as defesas do organismo (resistência bacteriana).

Por isto, os horários para administração e o tempo de tratamento


devem ser rigorosamente obedecidos!
ERROS MAIS COMUNS NA
ADMINISTRAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS

Tomar uma quantidade maior do que a indicada


pelo médico:
Muitas pessoas acreditam que doses maiores do que as indicadas
aceleram a cura, esquecendo-se do efeito tóxico e reações
colaterais indesejadas;

Tomar uma quantidade menor do que a indicada


pelo médico:
Pode mascarar a doença, apresentando uma falsa melhora que pode
ser seguida de uma infecção mais resistente que a anterior;

Não seguir o horário estabelecido;


Interromper o tratamento antes do tempo indicado;

Tomar o antibiótico com leite ou outros alimentos que podem


alterar sua ação no organismo (interação alimentar).

A maioria dos antibióticos deve ser ingerida com água 30


minutos antes ou duas horas após as refeições.
O ideal é seguir as recomendações contidas na bula.
!
O fato de um determinado antibiótico ser utilizado para
tratar a infecção de uma pessoa, segundo determinada
posologia, não significa que servirá para tratar todas as
pessoas que apresentarem a mesma infecção, com a
mesma posologia (“serviu para curar meu amigo, então
serve para mim e para você também!”).
EFEITOS COLATERAIS

Como qualquer outro medicamento os antibióticos podem provocar uma série


de efeitos indesejados de maior ou menor gravidade:

Irritação gastrointestinal, podendo ocasionar náuseas, dor de estômago, vômitos e diarreia.


Às vezes, é necessária a troca do antibiótico ou da via de administração;

Reações alérgicas, como prurido e dermatite e, até mesmo choque anafilático;Alterações no


equilíbrio e na capacidade auditiva;

Cefaleias e convulsões;
Alterações renais e hepáticas;
Escurecimento e malformação dos dentes;
Alterações sanguíneas;

Grávidas devem ter muito cuidado com antibióticos, pois algumas classes estão
associadas a má formações.
As penicilinas e cefalosporinas são as mais seguras.
Nunca tome antibióticos sem autorização explícita do seu obstetra!
RECONSTITUIÇÃO DE
ANTIBIÓTICOS

Sempre reconstituir de acordo com as orientações da bula;

Quando necessário utilizar água filtrada ou estéril (se for fervida, aguardar resfriamento);

Atenção ao prazo de utilização após reconstituição, pois estes podem ser diferentes mudando-se
de antibiótico;

Atenção também para conservação após reconstituição, alguns necessitam refrigeração, como
por exemplo, ZINNAT.
RESOLUÇÃO-RDC Nº 20,
DE 5 DE MAIO DE 2011

Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de


substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob
prescrição, isoladas ou em associação.

PRESCRIÇÃO

A prescrição de medicamentos antimicrobianos deverá ser


realizada em receituário privativo do prescritor ou do
estabelecimento de saúde, não havendo, portanto modelo
de receita específico.

A receita deve ser prescrita de forma legível, sem rasuras, em 2 (duas) vias e
contendo os seguintes dados obrigatórios:

Identificação do paciente: nome completo, idade e sexo;


Nome do medicamento ou da substância prescrita, dose ou concentração,
forma farmacêutica, posologia e quantidade;
Identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no
Conselho Regional ou nome da instituição, endereço completo, telefone,
assinatura e marcação gráfica (carimbo) e data da emissão.

A receita de antimicrobianos é válida em todo o


território nacional, por 10 (dez) dias a contar da
data de sua emissão.

A receita poderá conter a prescrição de outras categorias de medicamentos


desde que não sejam sujeitos a controle especial.

Não há limitação do número de itens contendo medicamentos antimicrobianos


prescritos por receita.

Em situações de tratamento prolongado a receita poderá ser utilizada para


aquisições posteriores dentro de um período de 90 (noventa) dias a contar da
data de sua emissão, neste caso a receita deverá conter a indicação de uso
contínuo, com a quantidade a ser utilizada para cada 30 (trinta) dias.
Dispensação e da retenção
de receita
A dispensação em drogarias será mediante a apresentação
das duas vias da receita e a retenção da 2ª (segunda) via
da receita, devendo a 1ª (primeira) via ser devolvida ao
paciente.

O farmacêutico/balconista não poderá aceitar e dispensar receitas posteriores


ao prazo de validade estabelecido de 10 dias a partir de sua emissão. Com
exceção das prescrições devidamente identificadas como de “uso contínuo” que
podem ser aceitas até 90 dias a partir da sua data de emissão desde que a
primeira dispensação tenha ocorrido nos primeiros 10 dias da prescrição.

No ato da dispensação devem ser registrados nas duas vias


da receita os seguintes dados:

• Data da dispensação;
• A quantidade aviada do antimicrobiano;
• O número do lote do medicamento dispensado;
• A rubrica do responsável pela dispensação, atestando o atendimento,
no verso da receita.

A dispensação de antimicrobianos deve atender essencialmente ao tratamento


prescrito. A receita deve ser aviada uma única vez e não poderá ser utilizada
para aquisições posteriores, salvo nas situações de “Uso Contínuo”.
PROIBIDA A DEVOLUÇÃO POR PESSOA FÍSICA,
DE MEDICAMENTOS ANTIMICROBIANOS
INDUSTRIALIZADOS PARA DROGARIAS.
Medicamentos com substâncias
antimicrobianas não tarjados

Há diversos medicamentos isentos de prescrição (MIP) no mercado, que contem em sua composição substâncias antimicrobianas,
como por exemplo medicamentos (pomadas) de uso tópico a base de neomicina.

No entanto, por serem classificados como MIP, não estão sujeitos ao controle estabelecido pela RDC 20/11 e poderão ser
dispensados sem a apresentação/retenção da receita e sob orientação de um farmacêutico, não sendo, portanto, escriturados no
SNGPC – Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados.

Mas, se um medicamento possuir uma substância presente no anexo I da RDC


20/2011 e for tarjado, a receita deve ser retida e o medicamento escriturado no SNGPC.
Mesmo se o motivo da tarja seja devido à outra substância presente na composição que
não o antimicrobiano.

DEIXAM O CONTROLE:

Todos de uso tópico:


Betnovate N, Cetobeta, Cicatrene, Drenison N, Esperson N, Novacort, e seus
respectivos genéricos - quando houver.
NÃO DEIXAM O CONTROLE

Os antimicrobianos a base de neomicina cujo a indicação terapêutica


seja para administração oftálmica; por via oral; injetáveis e todas as
demais vias de administração permanecem no controle do SNGPC,
a exceção, claro, do uso tópico.

GINGILONE:
Permanece, pois é de uso bucal e sem indicação dermatológica;

DECADRON COLÍRIO
Permanece, pois é de uso oftálmico;

GYNAX N
Permanece, apesar do uso tópico, possui o antimicrobiano tirotricina;

HIDROCIN
Permanece, pois é de uso nasal;

MAXITROL
Permanece, pois é de uso nasal;

TROFODERMIN (USO VAGINAL)


Permanece, pois é de administração via vaginal
Vamos conhecer as
“ PRINCIPAIS FAMÍLIAS ” de antibióticos

AÇÃO EXEMPLO

Indicadas nas infecções do trato


LINCOSAMIDAS geniturinário, infecções intra-abdominal, Clindamicina, Lincomicina
acnes vulgaris, infecções de pele e
tecidos moles, entre outras.

Antibióticos bacteriostáticos, indicados


em infecções do trato respiratório inferior
MACROLÍDEOS (pneumonia, bronquite) e superior Azitromicina, Claritromicina,
(sinusite, renite, faringite), otite média, Diritromicina, Eritromicina,
entre outros. Espiramicina, Miocamicina,
Roxitromicina
A Eritromicina é utilizada no tratamento
de acnes vulgaris, conjuntivite,
queimaduras, entre outras.

Indicados na profilaxia e
NITROFURANOS tratamento das infecções Nitrofurantoína
urinárias.
Indicado para infecções otológicas, do
Amoxicilina, Ampicilina, Benzilpenicilina
trato respiratório superior, infecções
(Penicilina G), Carbenicilina, Dicloxacilina,
PENICILINAS ginecológicas e urinárias, infecções de
pele e tecidos moles, amidalite, entre
Fenoximetilpenicilina, Metampicilina,
Oxacilina
outras.

Indicados para tratamento de diversos Bacitracina Fusafungina,


tipos de infecções tanto tópicas quanto Polimixina B, Vancomicina,
POLIPEPTÍDIOS sistêmicas. Gramicidina, Tirotricina

Indicados no tratamento de infecções Ácido nalidíxico, Ácido Pipemídico,


QUINOLONAS e respiratórias e por concentrarem-se na Norfloxacino, Pefloxacino,
urina, são indicados também no Ciprofloxacino, Ofloxacino,
FLUORQUINOLONA tratamento de infecções urinárias, Gatifloxacino, Levofloxacino,
entre outras. Lomefloxacino, Moxifloxacino

Antibacterianos de amplo espectro. Rifamicina, Rifamida, Rifampicina


RIFAMICINAS

Indicados em infecções do trato


SULFONAMIDAS respiratório superior e inferior, trato Sulfadiazina, Sulfametoxazol +
(SULFAS) urinário, infecções gastrintestinais, entre trimetoprima
outras.
Utilizadas no tratamento de infecções de
feridas por queimaduras, infecções Clortetraxiclina, Doxiciclina,
TETRACICLINAS geniturinárias, intra-abdominal, infecções Minociclina, Oxitetraciclina,
do trato biliar, infecções de pele e tecidos Tetraciclina.
moles.

Indicados em infecções intra-abdominais, Amicacina, Espectinomicina,


Estreptomicina, Framicetina,
AMINOCICLITÓIS infecções ósseas, articulares, entre outras.
Gentamicina, Neomicina, Tobramicina

Antibióticos bacteriostáticos de amplo


Cloranfenicol, Tianfenicol
ANFENICÓIS espectro

ANTIBIÓTICOS
Anfotericina B, Griseofulvina,
ANTIFÚNGICOS -- Nistatina
SISTÊMICOS

Indicados para infecções respiratórias (trato Amoxicilina + Clavulonato de potássio,


superior e inferior), urinária, intra-abdominal, Sulfametoxazol + trimetoprima,
BETA-LACTÂMICOS infecções da pele e tecidos moles, entre Aztreonam Imipenem + Cilastatina,
outros. Meropenem Sulbactam + Ampicilina.

O cuidado e a atenção é sempre o primordial!


Versão 03.2020

AULA
Medicamentos
Controlados
Portaria 344
LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA

As leis sobre praticas farmacêuticas, são feitas pela ANVISA, em conjunto com o conselho federal de farmácia
(CFF) e o ministério da saúde (MS).

O não cumprimento dessas leis podem causar prejuízos que vão desde pagamentos de multas até o fechamento
da operações.
Portaria 344/1998
Medicamentos controlados

LISTA A
Entorpecente
.
LISTA B
Psicotrópico.
.
LISTA B2
Psicotrópicos anorexígenos
..
LISTA C1
Outras Substancias.
.
LISTA C2
Ácidos Retinóicos.
.
LISTA C5
Anabolizantes.
Medicamentos Controlados
Medicamentos/substâncias sujeitos a controle especial, também chamados medicamentos/substâncias
controlados, são aqueles que têm ação no sistema nervoso central podendo causar dependência física ou química.
A inclusão/exclusão de tais substâncias nas Listas da Portaria 344/98 e suas atualizações, é definida pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA/MS.

LISTAS/EXEMPLOS

A1: Entorpecentes: analgésicos, opióides e não opióides, analgésicos gerais;


A2: Entorpecentes: analgésicos, opióides e não opioides;
A3: Psicotrópicos: estimulantes do sistema nervoso central;
B1: Psicotrópicos: anticonvulsivantes, indutores do sono, ansiolíticos, antidepressivos, tranquilizantes;
B2 : Psicotrópicos: anorexígenos;
C1 : Controle Especial: antidepressivos, antiparkinsonianos, anticonvulsivantes, neurolépticos e anestésicos;
C2: Retinóides: tratamento de acne cística severa;
C5: Anabolizantes.

NOTIFICAÇÃO DE RECEITA

Documento retido pela Drogaria, necessário para a dispensação de medicamentos controlados.

VOCÊ SABE O QUE DEVE CONTER?


Sigla da UF (Estado);
Identificação numérica;
Identificação do emitente carimbado;
Identificação do prescritor (médico, ou veterinário); NOTIFICAÇÃO DE RECEITA
Assinatura do prescritor; Deve vir no rodapé as informações da gráfica,
número de autorização da ANVISA, intervalo
Identificação do paciente; numérico.
Nome do medicamento, dosagem, quantidade e
posologia;
Identificação da gráfica;
Identificação do comprador.
Entorpecente Lista A
Substâncias capazes de deprimir o sistema nervoso central.

Válido por 39 dias;


Liberado tratamento para 30 dias;
Apenas 1 medicamento por receita;
Fornecida pela autoridade sanitária de cada Estado;
É usado na prescrição de medicamentos entorpecentes;
Valida em todo território nacional.

Apresentar dentro do prazo de 72 horas à Vigilância Sanitária as


Receitas procedentes de outros estados para averiguação e visto.
Quantidade máxima prescrita por receita:
Máximo de 5 ampolas e para as demais formas farmacêuticas.
Quantidade não pode ultrapassar a prevista para 30 dias de
tratamento, conforme posologia descrita na Notificação.

Acima desta quantidade há necessidade de justificativa médica,


que deverá ficar retida juntamente com a notificação.
Exemplo Entorpecente
LISTA A
Entorpecente Lista B
Substâncias que atuam no Sistema Nervoso Central com ação tranquilizante e estimulante,
podem causar dependência.

Válido por 39 dias;

Liberado tratamento para 60 dias;


Pode ter apenas 1 medicamento por receita;
Fornecida pela autoridade sanitária de cada Estado;
É usada para medicamentos psicotrópicos;
Valida em todo território nacional.

Quantidade máxima prescrita por receita:


Máximo de 5 ampolas e para as demais formas farmacêuticas:
quantidade não pode ultrapassar a prevista para 60 dias de
tratamento;

Acima desta quantidade há necessidade de justificativa médica,


que deverá ficar retida juntamente com a notificação.
Exemplo Entorpecente
LISTA B
Psicotrópico anorexígenos
Lista B2
Tem como finalidade de induzir a falta de apetite

Válido por 30 dias;


Cada Notificação de Receita deve ser para tratamento igual ou
inferior a 30 dias, com exceção da substância sibutramina que
poderá ser dispensada para tratamento igual ou inferior a 60
dias;
A receita deve vir acompanhada do “Termo de
Responsabilidade para Dispensação”
Fornecida pela autoridade sanitária de cada Estado;
É usada para a prescrição de medicamentos ANOREXÍGENOS;
Valida em todo território nacional.

ATENÇÃO
As notificações de receita B2 deverão vir acompanhadas de Termo de
Responsabilidade do prescritor, em duas vias, uma do paciente e a
outra arquivada na farmácia ou drogaria juntamente com a notificação.
Este termo deverá ser assinado pelo paciente e no ato da dispensação
deverá ser assinado e carimbado pelo Farmacêutico Responsável
(campo 3.0 dos Termos – Farmácia e cliente);
Exemplo Psicotrópico anorexígenos
Lista B2
Quantidade máxima permitida para dispensação
(atualizações da Portaria 344/98: RDC 25 DE
30/06/2010 e RDC 58 DE 05/07/2007), não pode
ultrapassar a prevista para 30 dias de tratamento, com
exceção da Sibutramina que poderá ser dispensada
para tratamento igual ou inferior a 60 dias, não
ultrapassando a dose diária recomendada (DDR).

Para a sibutramina a DDR não pode


ultrapassar de 15 mg/dia.

Acima desta quantidade há necessidade de


justificativa médica, que deverá ficar retida
juntamente com a notificação.
Outras substâncias
Lista C1
Substâncias que atuam no Sistema Nervoso Central.

Válido por 30 dias;

Até 3 substâncias controlados na receita;


Liberado para 60 dias de tratamento;
Anticonvulsivantes e Antiparkinsonianos podem ser vendidos
para um tratamento de 180 dias;
Valida em todo território nacional.

Quantidade máxima prescrita por receita:


Máximo de 5 ampolas e para as demais formas farmacêuticas a
quantidade não pode ultrapassar a prevista para 60 dias de
tratamento, com exceção dos antiparkinsonianos e
anticonvulsivantes onde a quantidade ficará limitada a 6 meses
de tratamento (180 dias).
Ácido Retinóico
Lista C2
Substâncias utilizadas no tratamento de doenças de pele,
como por exemplo acne severa.

Válido por 30 dias;


Tratamento para 30 dias;
Apenas 1 apresentação por receita
É usada para a prescrição de medicamentos com a substância ISOTRETINOÍNA
Valida em todo território nacional.
TERMO DE RESPONSABILIDADE
Ácido Retinóico
Lista C2

Quantidade máxima prescrita por receita:


Máximo de 5 ampolas e para as demais formas farmacêuticas, não pode
ultrapassar a prevista para 30 dias de tratamento.

Cada Notificação deverá ser acompanhada de um Termo de


Consentimento de Informação ou Termo de Conhecimentos de Riscos e
Consentimento que ficará retido juntamente com a notificação.

Existem dois termos, um para mulheres acima de 55 anos de idade e


homens; e outro, para mulheres abaixo de 55 anos de idade (fase fértil da
mulher). Este último termo deve vir o resultado do teste de gravidez
(negativo) e o método contraceptivo.

Para o estado de São Paulo deve ser considerada a


seguinte Legislação Estadual – Portaria CVS n°23 de 29
de novembro de 2003, que determina:

Retinóides Sistêmicos que deverá estar acompanhada do Termo de


Conhecimento de Risco e Consentimento e do Termo de Consentimento
Informado.
As receitas para pacientes em idade fértil
têm validade de no máximo sete (sete) dias,
devendo ser revalidadas mensalmente, com
quantidade de medicamento prescrito
suficiente para 30 (trinta) dias de uso.

O Termo de Conhecimento de Risco e Consentimento


– Anexo I, deve ser assinado pelas pacientes em idade fértil, pais ou
responsável, sempre que for iniciado o tratamento e quando for revalidada
a receita do medicamento.

o Termo de Consentimento Informado – Anexo II,


deve ser assinado por todos os pacientes sempre que for prescrito o
medicamento.
Anabolizantes
Lista C5
São substâncias relacionadas ao hormônio masculino
Testosterona.

A quantidade prescrita de cada substância da C5 fica limitada a


5 ampolas;
CID e CPF e prescritor;

Apenas uma substancia anabolizante por receita;

Valida em todo território nacional.


IDENTIFICAÇÕES NA RECEITA
E NOTIFICAÇÕES DE RECEITAS:

Identificação do Paciente: Identificação do comprador:

Nome e endereço. Nome;


No caso de prescrição por médico veterinário, a Receita ou Endereço;
Notificação deve conter nome e endereço completo do Número da identidade e órgão emissor;
proprietário e identificação do animal (nome e/ou raça). Telefone.

Assinatura do Prescritor: Identificação do Emitente:

Quando os dados do prescritor estiverem devidamente Identificação da clínica ou hospital com endereço e
impressos no campo do emitente, este poderá apenas assiná- telefone;
la. Identificação com nome do médico, endereço telefone e
Quando o emitente se tratar de clínica ou hospital o prescritor número do CRM, CRO ou CRMV.
deverá identificar sua assinatura e CRM, CRO ou CRMV
manualmente, de forma legível ou com carimbo.
Notificações de Receitas são
personalizadas e intransferíveis!
Somente o prescritor identificado no campo do emitente
poderá assinar a Notificação ou Receita.

Algumas Notificações e Receitas apresentam como emitente o nome de uma


clínica ou hospital e o nome do médico responsável pelo mesmo.
Deste modo outro médico poderá assiná-las.

Para Notificações de Receitas:

Port.344/98, Art. 36 - § 2º
Em caso de emergência, poderá ser aviada a receita de medicamentos
sujeitos a Notificação de Receita a base de substâncias constante das listas
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, em papel não oficial,
devendo conter obrigatoriamente: o diagnóstico ou CID, a justificativa do
caráter emergencial do atendimento, data, inscrição no Conselho Regional e
assinatura devidamente identificada.

O estabelecimento que aviar a referida receita deverá anotar a


identificação do comprador e apresentá-la à Autoridade Sanitária local
dentro de 72 (setenta e duas) horas, para "visto".
Para Receita de
Controle Especial:
Port. 344/98, Art. 55 - § 2º: Em caso de emergência, poderá ser
aviada ou dispensada a receita de medicamento a base de substâncias
constantes das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle
especial) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, em papel
não privativo do profissional ou da instituição, contendo
obrigatoriamente:
O diagnóstico 12 ou CID, a justificativa do caráter emergencial do
atendimento, data, inscrição no Conselho Regional e assinatura
devidamente identificada.

O estabelecimento que aviar ou dispensar a referida receita deverá


anotar a identificação do comprador e apresentá-la à Autoridade
Sanitária do Estado, Município ou Distrito Federal, dentro de 72
(setenta e duas) horas, para visto.

Não é permitida a venda remota (Delivery/E-commerce)


de medicamentos sujeitos a controle especial;
Não é permitido a troca/devolução de medicamentos
sujeitos a controle especial.
Versão 03.2020

AULA
Farmácia Popular
Farmácia Popular é um programa
da Política Nacional de Assistência
Farmacêutica do Governo Federal
Brasileiro desenvolvido em parceria
com prefeituras municipais do país.

SAIBA MAIS SOBRE ESTE TEMA!

Seu propósito é oferecer, por meio de


estabelecimentos próprios ou
de farmácias privadas credenciadas,
medicamentos de uso comum a preços reduzidos
ou gratuitos de acordo com a portaria 111/16.

O descumprimento das regras


podem ocasionar em
descredenciamento da filial.
A data, indicação e limite para a venda devem
ser verificados de acordo com a tabela abaixo:

Para os anticoncepcionais, que a caixa contém


3 cartelas a liberação é feita a cada 90 dias.
No momento da solicitação o cliente deve apresentar o
receituário médico com CRM e assinatura do prescritor com
data inferior a 180 dias.

ANÁLISE DA RECEITA

Identificar se algum medicamento faz parte do Programa;


Nome do paciente deve estar completo sem abreviações;
Verificar se possui endereço completo do paciente;
Conferir a data, limite para a venda e posologia.

Pontos importantes!

Caso o médico abrevie o balconista precisa escrever próximo, o nome


completo;

Para medicamentos contraceptivos não é necessário conter posologia,


pois a dose tem uma unidade internacional;
Data:
Para ser aceita pelo Programa Farmácia Popular do Brasil, a receita deve 00/00/0000
conter obrigatoriamente data, caso o prescritor esqueça o balconista
poderá inserir essa informação na receita, a data deverá ser inserida a do
dia da dispensação.
A receita deve conter
Obrigatoriamente:

ANÁLISE DA RECEITA

Nome, carimbo com CRM e assinatura do prescritor


Endereço do estabelecimento de saúde

Pontos importantes!
Não prescrevem pelo programa Farmácia Popular :
Dentistas (CRO)
Veterinários (CRMV)
Enfermeiros (COREN)

Caso a receita não possua o endereço do paciente e do consultório


utilizar o carimbo padrão e solicitar sua assinatura Data:
00/00/0000
Na Farmácia Popular podem ser dispensado
as Fraldas Geriátricas de acordo com as
regras abaixo.

ANÁLISE DA RECEITA

Nome, carimbo com CRM e assinatura do prescritor


Endereço do estabelecimento de saúde

Data na receita.

Pontos importantes!

Para pacientes com idade igual ou superior a 60 anos ou


pacientes com deficiência física, Deverá apresentar a
prescrição, laudo ou atestado médico com a Classificação
Internacional de Doenças (CID).

Data:
Data:
O limite para aquisição é de 04 unidades por dia, podendo ser
00/00/0000
00/00/0000
adquiridas 40 fraldas a cada 10 dias, totalizando 120 fraldas
por mês.
Regras da Farmácia Popular
O bloqueio é automático no sistema:

ANTICONCEPCIONAIS DISLIPIDEMIA PARKINSON

Não estão autorizados Não estão autorizados Não estão autorizados


medicamentos para medicamentos para pacientes medicamentos para pacientes
pacientes com idade menor com idade menor ou igual a com idade menor ou igual a
que 10 anos ou maior que 35 anos. 50 anos.
60 anos.
HIPERTENSÃO OSTEOPOROSE INCONTINÊNCIA

Não estão autorizados Não estão autorizados Pacientes com deficiência


medicamentos para medicamentos para pacientes também poderão retirar
pacientes com idade menor com idade menor ou igual a fraldas geriátricas pelo PFPB.
ou igual a 20 anos. 35 anos. laudo com CID.

Caso o usuário da Farmácia Popular questione as novas regras, poderá adquirir maiores
informações na central de ouvidoria do SUS através do disque saúde 136.
Paciente quando menor
de idade?
Quando a receita for prescrita para pacientes menores de
idade, digitalizar RG ou Certidão de nascimento do menor, e
RG e CPF do pai ou mãe;

Autorização deve ser feita no CPF do paciente,


caso o menor não possua deve-se realizado no
CPF do pai ou mãe;

Pacientes a partir dos 16 anos respondem pelos seus atos


no programa Farmácia Popular, desde que toda a
documentação esteja em ordem.

Os pais só podem efetuar compras para o filho maior de 18


anos, caso estejam munidos de procuração.

Caso o menor de idade tenha filhos? Como proceder nesse caso ?


Nesse caso quem fica responsável Os avós devem comparece a filial,
por retirar o medicamento para o munidos dos documentos necessários,
filho do menor são os avós. para retirada do medicamento
Documentação

No momento da solicitação o cliente deve apresentar


os documentos com foto podendo ser originais ou
xerox autenticadas:

RG;
CNH;
CARTEIRA DE TRABALHO;
CARTEIRA DOS CONSELHOS DE CLASSE;
PASSAPORTE.
Parabéns!
Você concluiu mais uma aula!
Você se aprofundou nos conhecimentos do Módulo 2!
Confira os próximos passos!

Afinal, é você que constrói sua jornada de


aprendizagem!

1. 2.
Responda a avaliação para Sua aprendizagem não para
testar o conhecimento por aqui!
adquirido até aqui no Conheça e se aprofunde no
Módulo 2. Módulo 3.

Não esqueça de conferir, Você encontrará


seus erros e acertos conhecimentos específicos
através do Gabarito que que irá complementar o seu
disponibilizamos para você. conhecimento e tornará seu
atendimento ainda mais
diferenciado no balcão de
medicamentos!
Juntos, vamos nos desenvolver ainda mais!

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