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MEDICINA VETERINÁRIA
BEATRIZ CRISTINA
SUSANA SEGATELO
OURINHOS-SP
2023
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Beatriz Cristina
Susana Segatelo
RESUMO
SUMMARY
1. INTRODUÇÃO
Figura 1- Desenho esquemático da região ventral da cadela, demonstrando a drenagem linfática e irrigação sanguínea das
glândulas mamárias
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. TUMORES DE MAMA
2.1.1. TUMOR DE MAMA BENIGNO
MACROSCOPIA
Figura 2
envolve um grupo de diferentes tipos, como papilares, sólidos, tubulares, das células
escamosas e riscos em lipídios. Mas os carcinomas mais comuns são os inflamatórios
anaplásicos (SÁ; REPETTI, 2011; BERSELLI et al., 2021).
MACROSCOPIA:
Figura 3
É um tipo de câncer que está localizado apenas nas células do revestimento dos
ductos mamários e não se espalha para outras partes do corpo.
Figura 5- Fêmea canina, com neoplasia mamária entre M3 e M4 direita, sendo preparada para o procedimento de
mastectomia unilateral.
Figura 6- Citoplasma abundante e eosinófilico. Núcleos regulares ou pleomórficos, com múltiplos nucléolos.
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da neoplasia, seja pela recorrência (MOULTON et al., 1970; GNEPP et al., 2005;
LEONETTI et al., 2005; GENELHU et al., 2007).
Figura 8
12
Figura 10- Imagens de tomografia torácica de cadela, raça Samoieda, 5 anos de idade, acometida por carcinoma ovariano,
apresentando atelectasia pulmonar e efusão pleural. Laudo de tomografia computadorizada helicoidal da Focus diagnóstico
veterinário, (2021).
Em sua maioria, esses tumores afetam apenas um dos ovários e têm origem nos
cordões sexuais e no estroma ovariano. Em muitos casos, esses tumores são
considerados benignos e não tendem a se espalhar para outras partes do corpo.
Embora esses tumores normalmente afetem apenas um ovário, existem relatos de
casos em que ambos os ovários são afetados. A presença desses tumores pode
prejudicar a fertilidade da égua, tornando a concepção mais desafiadora.
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Figura 12- Ovário. Tumor de células da granulosa. (A) Há alteração da arquitetura ovariana por uma massa de,
aproximadamente, 25 cm de diâmetro, com múltiplos nódulos amarelos, separados por finos septos de um tecido
brancacento. No centro desses nódulos observam
Figura 13
Tumor de Células da Granulosa: Como dito anteriormente, este tipo de neoplasia pode
ocorrer em animais como cadelas e éguas em sua maioria, e tem origem nas células
da granulosa, podendo afetar consequentemente a produção de hormônios sexuais
femininos. Eles podem causar sintomas relacionados a desequilíbrios hormonais e
problemas reprodutivos.
Figura 14
Estes tumores, cujos diâmetros podem variar de dois a 30cm, são descritos em
cadelas com 20 meses a nove anos de idade, sendo que a maioria apresenta seis
anos ou menos. Os sinais clínicos descritos incluem distensão abdominal com massa
palpável, perda de peso, anorexia e episódios de vômito. Alguns pacientes podem ser
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Em alguns casos de teratoma unilateral, quando não há metástases e por não ser
uma neoplasia funcional, a cadela pode ter vida reprodutiva normal e a ovariectomia
unilateral é curativa.
O presente relato descreve o caso de uma cadela com nove anos de idade, da raça
Pastor Alemão, que foi atendida no Hospital Veterinário, apresentando distensão
abdominal, anorexia e episódios de vômito. O histórico reprodutivo revelou que a
cadela apresentava cios regulares, mas nunca havia sido coberta. Ao exame físico,
constatou-se presença de massa com cerca de 20 cm de diâmetro localizada na
região mesogástrica esquerda. O exame radiográfico abdominal evidenciou presença
de tumor de radiopacidade sugestiva de calcificação. A avaliação hematológica
revelou leucocitose com desvio à esquerda regenerativo. Exames de bioquímica
sérica não apresentaram nenhuma alteração. A paciente foi submetida a fluido terapia
e administração de antibiótico e antiemético até o momento da laparotomia
exploratória.
Figura 15- Incisão transversal da massa tumoral retirada de uma cadela Labrador, de 2 anos, com teratoma ovariano.
Observar a superfície do corpo cistos com material semi-sólido acinzentado, pêlos, tecido fibroso e ósseo.
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Figura 16- Cadela Labrador, de 2 anos, com teratoma ovariano maligno. Observar a presença de massa lateral-mente ao
ovário esquerdo (a) e omento com inúmeras nodulações(b).
Figura 17- Imagem macroscópica de teratoma ovário maligno retirado de uma cadela Labrador, de 2 anos. Observar sua
forma arredondada e superfície irregular (a). Observe também na remoção do outro ovário (b) e do útero (c).
Figura 18- Micrografia de teratoma ovariano canino dourado com HE. A - Observar a presença de tecidos múltiplos,
cartilaginosos (a), glandulares (b), adiposos (c) e musculares (d). B - Observar presença de tecido nervoso, neurônios (e).
Objetiva 20x.
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Figura 20- Ovário: células grandes e poliédricas com citoplasma anfofílico, apresentando núcleos centrais com um ou mais
nucléolos evidentes (HE, Obj. 40).
Figura 21- Ovário: células neoplásticas marcadas positivamente para citoqueratina (Imuno-histoquímica, método
estreptavidna-biotina peroxidose) [Obj. 20].
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Figura 22- Útero, aspecto macroscópico de adenocarcinoma endometrial com crescimento polipóide.
24
Figura 23- Adenocarcinoma endometrioide bem diferenciado, com padrão de crescimento exofítico. (Cabreiro, 2012).
Figura 24
2.3.2. LEIOMIOMA
Segundo Maxie & Jubb (2007), a desregulação hormonal em cadelas não castradas
pode favorecer o surgimento desta neoplasia, frequentemente em associação com a
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Figura 26- FEBRASGO - Federação Brasileira das Sociedades d Ginecologia e Obstetrícia – São Paulo – 2004.
A patogenia por sua vez, está associada a alterações genéticas que levam à
proliferação descontrolada de células escamosas. Estudos recentes destacam a
complexidade das vias de sinalização envolvidas e sua interação com o
microambiente tumoral. Investigar esses mecanismos é essencial para desenvolver
terapias mais direcionadas.
Figura 27- Equino macho portador de Carcinoma de células escamosas A) Aspecto macroscópico da lesão. Observa-se a
região do prepúcio com neoformação; B) Massa de 30 cm retirada após excisão cirúrgica; C) Aspecto histopatológico do
tumor excisado no qual se observa proliferação neoplásica do epitélio pavimentoso estratificado e formação marcada de
pérolas córneas (setas) caracterizando um carcinoma de células escamosas; D) Massa aderida ao rim direito englobando a
artéria mesentérica; E) Massa em região prepucial comprimindo o pênis (seta); F) Massa que se estendeu até a S1 e S2
(setas).
Figura 29
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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