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O Livro de Ouro da Mitologia – Thomas Bulfinch

Capítulo I – Introdução

A Terra seria um círculo plano. No centro, teríamos a porção de terra firme, onde
estava a Grécia e as principais cidades. O resto seria Oceano (maiúsculo mesmo). O
local era habitado pelos hiperbóreos, seres extremamente felizes, e, na parte meridional,
o povo chamado Etíope. Eles nem sequer morriam: iam para a imortalidade, que ficava
em um lugar chamado Campos Afortunados ou Ilha dos Abençoados. Zeus é Jove ou
Júpiter, que nasceu de Cronos ou Saturno + Ops ou Réia. É possível que existam várias
versões sobre um mesmo fato, ou sobre até mesmo a criação da Terra e da vida, e isso
dentro da mitologia. Há até mesmo confusões realizadas entre nomes e afins.

Capítulo II – Prometeu e Pandora

Prometeu em tese teria criado o homem com barro e água, e o fez o animal mais
superior de todos os animais. Fez o porte ereto e o rosto virado para as estrelas,
enquanto os demais animais olham para a terra. Epimeteu, titã irmão do Prometeu,
ajudou a fazer o homem e os animais. Aí vem a Pandora, em tese primeira mulher e
fruto de uma punição por roubar o fogo do Olimpo, e ela abre a caixa do Epimeteu com
coisas ruins que não foram usadas para fazer o homem, e todas saíram e se alastraram,
exceto a esperança. Mas há uma outra versão: Pandora como um presente com a
referida caixa contendo um presente de cada um dos deuses, mas a caixa foi aberta de
maneira errônea, e sobrou só a esperança.
A IDADE DO OURO seria o momento feliz e perfeito. O paraíso. Não havia casas,
nem fogueiras, nem nada. Tudo estava em seu lugar e vivendo harmonicamente. Com a
ERA DA PRATA, o calor e o frio surgiram, e, com ele, a fome. Casas começaram a
surgir, além da agricultura. Na ERA DO BRONZE, tivemos começo de guerras, mas
nada tão grave. Já na ERA DO FERRO, a guerra predominou. Foi neste período que os
deuses criaram também a Via Láctea. Zeus tentou destruir a Terra com o fogo, mas,
depois, viu que não seria bom, e tentou com a água. Prometeu é um dos que ficou do
lado da humanidade, e foi ele que foi acorrentado a uma pedra e devorado eternamente
por um abutre que comia suas vísceras.
Prometeu apresentou a obra de barro para Atenas, e ela deu um sopro divino para que
o homem se tornasse homem. Então, Atenas e Prometeu deram o fogo ao homem. Foi
assim que Zeus pede sacrifícios, Prometeu não aceita, e fazem uma oferenda e enganam
o Zeus. A partir daí, Zeus rouba o fogo dos humanos e Prometeu decide roubar o fogo
sagrado no monte olimpo com base em uma chama das forjas de Hefesto. Foi por isso o
castigo de Prometeu. Prometeu inclusive acorrentado representa o homem preso no
mundo e sem conseguir se livrar dos vícios das paixões.
Hércules seria um “Jesus” que venceria as doze provas e, não dominado pelos
instintos, ensinasse aos seres humanos para que fossem sua semelhança. Ele
literalmente desceu “até o inferno” para salvar Prometeu.

Capítulo III – Apolo e Dafne; Píramo e Tisbe; Céfalo e Prócris

Zeus tentou acabar com tudo através de um dilúvio, conforme vimos. Isso gerou uma
grande fertilidade na Terra. Surgiram também coisas ruins, como a Píton, uma cobra
que era gigante e vivia no Monte Parnaso. Foi morta pelas setas de Apolo. Um dia,
Cupido estava brincando com o arco de Apolo e este pediu que ele devolvesse – e pediu
soberbo. Cupido, para se vingar, atirou duas flechas: uma de ouro, do amor, que acertou
o coração de Apolo, e outra de chumbo, que acertou Dafne e a fez não ter vontade de
amar. Foi aí que começou uma loucura de Apolo por Dafne. Ele perseguiu Dafne e,
esta, desesperada para não ser amada, pediu ao Peneu que a transformasse em qualquer
outra coisa que não pudesse amar. Foi aí que ela virou uma árvore. Apolo passou a ser
associado também à natureza e à música justamente por esse evento.
Píramo e Tisbe foram o “Romeu e Julieta”. Apaixonados, mas não podiam viver o
amor por conta das famílias. Aí, começaram a se amar em silêncio através de gestos,
olhares. Descobriram que suas casas possuíam frestas e tudo mais. Ficavam se vendo
todos os dias pelo buraco. Um dia, ajustaram de se encontrarem em um parque. Tisbe
chegou primeiro e, ao ver um leão, fugiu e deixou cair seu manto. O leão, que estava
sujo de sangue, rasgou o manto. Píramo chegou em seguida e entendeu que o Leão a
tinha comido. Foi aí que ele furou o próprio coração com uma espada. Tisbe viu o
amado morto e depois se matou também com a espada.
Céfalo era casado com Prócris. Prócris tinha um cão lendário e uma arma de dardos
que também era lendária. Céfalo era caçador. Um dia, ele foi raptado por Aurora, que
tentou seduzi-lo, mas Céfalo era forte e não cedeu aos encantos da deusa. Então, tempos
depois, em casa, descobriram que os deuses soltaram uma raposa que aterrorizava a
região. Foi aí que eles usaram o cão que também foi ganhado pelos deuses. Após um
longo combate, ambos foram petrificados, pois os deuses não queriam que nenhum
vencesse. Foi aí que, tempos depois, durante as caçadas, Céfalo sempre falava com a
brisa uma frase, e viram e comentaram a Prócris que ele tinha uma amante. Prócris se
escondeu nas moitas para fins de ouvir se era verdade. Céfalo atirou na moita achando
ser um animal e matou a Prócris, descobrindo depois que a “brisa” era apenas o vento, e
não uma mulher.

Capítulo IV – Juno e suas rivais; Io e Calisto; Diana e Actéon; Latona e os


camponeses

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