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Prometeu leva o fogo à humanidade, tela de Heinrich Friedrich Füger de

1817
• A Prometeu e seu irmão Epimeteu foi dada a tarefa de criar os
homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e
Prometeu encarregou-se de supervisioná-la depois de pronta, assim
Epimeteu atribuiu a cada animal seus dons variados, de coragem,
força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras a outro, uma carapaça
protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do
homem, que deveria ser superior a todos os animais, Epimeteu
gastara todos os recursos, assim, recorre a seu irmão Prometeu que
roubou o fogo que assegurou a superioridade dos homens sobre os
outros animais. Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como
castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto acorrentá-lo ao cume
do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia (ou corvo) ia
dilacerar o seu fígado que, por ser Prometeu imortal, regenerava-
se. Esse castigo devia durar 30.000 anos.
• Prometeu foi libertado do seu sofrimento por Hércules que,
havendo concluído os seus doze trabalhos dedicou-se a aventuras.
No lugar de Prometeu, o centauro Quíron deixou-se acorrentar no
Cáucaso, pois a substituição de Prometeu era uma exigência para
assegurar a sua libertação.
Hefesto acorrentando Prometeu (1623) em tela de Dirck van Baburen
• "Encobre o teu Céu ó Zeus
• com nebuloso véu e,
• semelhante ao jovem que gosta
• de recolher cardos
• retira-te para os altos do carvalho ereto
• Mas deixa que eu desfrute a Terra,
• que é minha, tanto quanto esta cabana
• que habito e que não é obra tua
• e também minha lareira que,
• quando arde, sua labareda me doura.
• Tu me invejas!
• (...)
• Eu honrar a ti? Por quê?
• Livraste a carga do abatido?
• Enxugaste por acaso a lágrima do triste?
• (...)
• Por acaso imaginaste, num delírio,
• que eu iria odiar a vida e retirar-me para o ermo
• por alguns dos meus sonhos se haverem
• frustrado?
• Pois não: aqui me tens
• e homens farei segundo minha própria imagem:
• homens que logo serão meus iguais
• que irão padecer e chorar, gozar e sofrer
• e, mesmo que forem parias,
• não se renderão a ti como eu fiz"
• Goethe descreve um homem extraordinário,
que se nega a venerar deuses ou estar sob
submissão de alguém. A partir de então
Prometeu ficou conhecido como uma
importante figura no Romantismo. Pela
negação à submissão divina, e por criar um
personagem pronto para viver em liberdade
sem nenhuma repressão, Goethe criou uma
figura compatível com a ideologia de Karl
Marx, que passou a considerar Prometeu
como seu herói favorito. Além dos românticos,
Prometeu também era um homem modelo de
Marx.
• Há várias versões sobre o mito de Prometeu,
herói da mitologia grega. Seu nome, no
idioma grego, significa ‘premeditação’. E é
realmente o que este titã, um dos deuses que
enfrentam o Olimpo e suas divindades, mais
pratica em sua trajetória, a arte de tramar
antecipadamente seus planos ardilosos, com a
intenção de enganar os deuses olímpicos.
• Muito amigo de Zeus, o ardiloso Prometeu
ajudou o deus supremo a driblar a fúria de seu
pai Cronos, o qual foi destronado pelo filho. O
dom da imortalidade não o impediu de se
aproximar demais do Homem, sua criação –
de acordo com algumas histórias, ele o teria
concebido com argila e água, depois que seu
irmão esgotou toda a matéria-prima de que
dispunha com a geração dos outros animais, e
lhe pediu auxílio para elaborar a raça humana.
• Ele era filho de Jápeto e de Ásia, irmão de Atlas,
Epimeteu e Menoécio, e se tornou o progenitor
de Deucalião. Uma outra vertente menos
significativa aponta como pais de Prometeu a
deusa Hera e o gigante Eurimedon. Este deus foi
o co-criador, ao lado de Epimeteu, da raça
humana, e a ela também se atribui o furto do
fogo divino, com o qual presenteou a
Humanidade.
• Ele concedeu ao ser humano o poder de
pensar e raciocinar, bem como lhes transmitiu
os mais variados ofícios e aptidões. Mas esta
preferência de Prometeu pela companhia dos
homens deixou o enciumado Zeus colérico. A
raiva desta divindade cresceu cada vez mais
quando ele descobriu que seu pretenso amigo
o estava traindo a sua necessária supremacia
sobre os demais seres vivos.
• O titã matou um boi e o fracionou em dois
pedaços, ambos ocultos em tiras de couro; destas
frações uma detinha somente gordura e ossos,
enquanto a carne estava reservada para o pedaço
menor. Prometeu tentou oferecer a parte mínima
para os deuses olímpicos, mas Zeus não aceitou,
pois desejava o bocado maior. Assim sendo, o
filho de Gepeto lhe concedeu este capricho, mas
ao se dar conta de que havia sido ludibriado, Zeus
se enfurece e subtrai da raça humana o domínio
do fogo. É quando Prometeu, mais uma vez
desejando favorecer a Humanidade, rouba o fogo
do Olimpo, pregando uma peça nos poderosos
deuses. Já outra versão justifica essa peripécia de
Prometeu como uma forma de obter para a raça
humana um elemento que lhe garantiria a
• O fato é que Zeus decidiu punir Prometeu,
decretando ao ferreiro Hefesto que o
prendesse em correntes junto ao alto do
monte Cáucaso, durante 30 mil anos, durante
os quais ele seria diariamente bicado por uma
águia, a qual lhe destruiria o fígado. Como
Prometeu era imortal, seu órgão se
regenerava constantemente, e o ciclo
destrutivo se reiniciava a cada dia. Isto durou
até que o herói Hércules o libertou,
substituindo-o no cativeiro pelo centauro
Quíron, igualmente imortal.
• V a. Zeus havia determinado que só a troca de
Prometeu por outro ser eterno poderia lhe
restituir a liberdade. Como Quíron havia sido
atingido por uma flecha, e seu ferimento não
tinha cura, ele estava condenado a sofrer
eternamente dores lancinantes. Assim,
substituindo Prometeu, Zeus lhe permitiu se
tornar mortal e perecer serenamente. Este
belo mito foi transformado em célebre
tragédia pelo poeta grego Esquilo, no século C,
intitulada Prometeu Acorrentado.
PROMETEU
• A figura trágica e rebelde de Prometeu,
símbolo da humanidade, constitui um dos
mitos gregos mais presentes na cultura
ocidental.
• Filho de Jápeto e Clímene - ou da nereida Ásia
ou ainda de Têrmis, irmã de Cronos, segundo
outras versões - Prometeu pertencia à estirpe
dos Titãs, descendentes de Urano e Gaia e
inimigos dos deuses olímpicos. O poeta
Hesíodo relatou, em sua Teogonia, como
Prometeu roubou o fogo escondido no Olimpo
para entregá-lo aos homens.
• Fez do limo da terra um homem e roubou uma
fagulha do fogo divino a fim de dar-lhe vida.

• Para castigá-lo, Zeus enviou-lhe a bonita


Pandora, portadora de uma caixa que, ao ser
aberta, espalharia todos os males sobre a
Terra.
• Como Prometeu resistiu aos encantos da
mensageira, Zeus o acorrentou a um
penhasco, onde uma águia devorava
diariamente seu fígado, que se reconstituía.
• Lendas posteriores narram como Hércules
matou a águia e libertou Prometeu.
• Na Grécia, havia altares consagrados ao culto
a Prometeu, sobretudo em Atenas.
• Nas lampadofórias (festas das lâmpadas),
reverenciavam-se ao mesmo tempo
Prometeu, que roubara o fogo do céu,
Hefesto, deus do fogo, e Atena, que tinha
ensinado o homem a fazer o óleo de oliva.
• Prometeu significa etimologicamente "o que é
previdente".
• O mito, além de sua repercussão literária e
artística, tem também ressonância profunda
entre os pensadores.
• Simbolizaria o homem que, para beneficiar a
humanidade, enfrenta o suplício inexorável; a
grande luta das conquistas civilizadoras e da
propagação de seus benefícios à custa de
sacrifício e sofrimento.

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