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Industria Cultural
Cultura de Massas
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ETE ADVOGADO JOSE DAVID GIL RODRIGUES
Industria Cultural
Cultura de Massas
Trabalho apresentado
na disciplina de Filosofia
na escola ETE Advogado José
David Gil Rodrigues.
Orientador: Flávio Sales
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................04
2. BIOGRAFIA DE ADORNO...................................................................05
2.1. PRINCIPAIS OBRAS.......................................................................05
3. BIOGRAFIA DE HORKHEIMER.........................................................06
3.1. PRINCIPAIS OBRAS.......................................................................06
4. INDUSTRIA CULTURAL POR THEODOR E MAX...........................07
5. CONCLUSÃO.........................................................................................08
5.1. TESES SOBRE O TEMA.................................................................09
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS....................................................11
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Industria Cultural e a Cultura de Massas
Resumo
A indústria cultural e a cultura de massas são conceitos fundamentais na compreensão
das dinâmicas culturais contemporâneas. A indústria cultural refere-se ao processo de
produção em larga escala de produtos culturais, como filmes, música, televisão e
literatura, com o objetivo de atingir um público amplo e gerar lucro. Esse fenômeno,
inicialmente explorado por teóricos como Adorno e Horkheimer na Escola de Frankfurt,
destaca a padronização e a homogeneização da cultura, muitas vezes resultando em uma
produção cultural comercializada e massificada.
Palavras-chave: Industria Cultural; Frankfurt; Teoria Critica
Introdução
Neste trabalho irá ser apresentado a definição de indústria cultural, e como ela vem
contribuindo para a cultura de massa, de acordo com os filósofos alemães, e estudiosos
da Escola de Frankfurt, Theodor W. Adorno e Max Horkheimer; será mostrado as teses
e ideias sobre o tema abordado, de como o capitalismo e as industrias influenciam e
alienam as pessoas em prol de seus negócios, até as mais belas artes se tornam produto e
fruto do capitalismo. A manipulação sobre os homens, que são vistos pela indústria
cultural não como pessoas, mas sim como objetos consumistas. Os teóricos em seus
trabalhos percebem em como os meios de comunicação ajudam a perpetuar a ideia de que
produtos superficiais tem alto valor para sociedade como um todo.
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2. Biografia de Theodor W. Adorno
Theodor W. Adorno
Nascido em Frankfurt, Alemanha, no dia 11 de setembro de 1903, Theodor Ludwig
Wiesengrund-Adorno foi privilegiado por pertencer a uma família culta. Seu pai, Oscar
Alexander Wiesengrund, era negociante de vinhos e sua mãe, Maria Barbara Calvelli-Adorno,
foi uma cantora lírica. Ela e sua meio-irmã Agathe foram as responsáveis por despertar o gosto
musical de Theodor. Entre 1918 e 1919, foi aluno de Siegfried Kracauer e, posteriormente,
frequentou o Kaiser-Wilhelm-Gymnasium. Teve aulas particulares de música com o compositor
Bernhard Sekles. Neste período publicou dezenas de artigos sobre crítica e estética musical.
No ano seguinte, é obrigado a fugir do regime nazista, devido sua ascendência judaica e seu
alinhamento socialista. Foge para Inglaterra, onde irá lecionar Filosofia em Oxford. Em 1938, se
exila nos Estados Unidos, onde irá estudar a mídia estadunidense, devido ao fascínio e repulsa
que sentiu ao conhecer a cultura de consumo da Califórnia. Foi convidado por seu amigo Max
Horkheimer para lecionar na Universidade de Princeton. Posteriormente, é indicado para
auxiliar na direção do Projeto de Pesquisas sobre Discriminação Social da Universidade da
Califórnia, em Berkeley. No ano de 1953, volta a residir em Frankfurt, onde se torna Diretor-
Adjunto do Instituto para Pesquisa Social, em 1955.Morre no dia 6 de agosto de 1969, em Visp,
na Suíça, devido a problemas no coração.
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3. Biografia de Max Horkheimer
Max Horkheimer
Max Horkheimer foi um filósofo, sociólogo alemão e autor de uma teoria crítica da
sociedade. Filho de um rico industrial fabricante de tecidos, Max Horkheimer nasceu
em 14 de fevereiro de 1895, em Stuttgart, Alemanha. Entre 1911 e 1915 estudou no
"Gymnasium de Handelslehre". Contudo, neste meio tempo, abandonou os estudos para
trabalhar junto com seu pai até 1918.
Em 1919, Max ingressou nos cursos de psicologia e filosofia, primeiramente em
München, Freiburg e, posteriormente, em Frankfurt, onde concluiu seu doutorado em
1922. Em 1925, estudou filosofia com o renomado Hans Cornelius. No ano seguinte,
em 1926, casa-se com Rosa Rieker. Nesse mesmo ano, funda o "Instituto de Pesquisas
Sociais" (Escola de Frankfurt) em parceria com Theodor Adorno. Assume o cargo de
professor em 1930 e, em 1931 é nomeado Diretor do referido Instituto.Com a
perseguição do regime nazista em 1933, o Instituto de Pesquisas Sociais é fechado.
Horkheimer se exila nos EUA, em 1934, onde passa a trabalhar na Universidade de
Colúmbia, primeiramente em Nova York e depois em Los Angeles.
Em 1940, Horkheimer e Adorno escrevem o clássico “Dialética do Esclarecimento”.
Alguns anos mais tarde, em 1949, Max retorna à Alemanha. Reassume seu cargo de
Professor e Diretor do Instituto de Pesquisas Sociais na Universidade de Frankfurt, onde
foi Reitor entre os anos de 1951 e 1953.Em 1959, para de lecionar e se muda para
Lugano, na Suíça, onde continua a escrever. Max Horkheimer morre aos 78 anos, em 7
de julho de 1973, na cidade de Nuremberg, Alemanha.
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4. Industria Cultural e Cultura de Massa por Adorno e Horkheimer
No caso específico da teoria crítica desenvolvida por Adorno e Horkheimer em 1947, o conceito
de cultura de massas - intrinsecamente relacionado com a noção de indústria cultural - visava
explicar o papel fundamental que a massificação cultural desempenhou para que fosse possível a
manutenção do domínio sobre as classes trabalhadoras na Alemanha nazista, tão importante quanto
o próprio totalitarismo político adotado pelo regime de Hitler. O nazismo impedia a manifestação e a
organização da classe trabalhadora e se aproveitou da produção de bens culturais voltados para a
grande massa para manter o seu domínio, exatamente porque esses produtos culturais, veiculados
pelos meios de comunicação, levavam ao conformismo, ao mero divertimento, e não a uma reflexão
crítica sobre a realidade.
Adorno e Horkheimer perceberam a relevância que os meios de comunicação de massas (como tv,
internet, radio…) tem na difusão da ideologia da classe dominante nas sociedades capitalistas
contemporâneas, perpetuando o capitalismo como um sistema político inabalável, hegemônico. De
acordo com eles, há uma degeneração da cultura operada pela sociedade industrial, que acaba por
substituir as obras de arte mais originais e que levam ao pensamento crítico por fórmulas repetitivas
e superficiais que, no entanto, possuem um alto valor de mercado. A cultura torna-se um produto
que pode ser vendido para um grande número de pessoas e uma importante ferramenta para a
manutenção das relações de poder nas sociedades capitalistas.
Segundo Adorno, na Indústria Cultural, tudo se torna negócio. Enquanto negócios, seus
fins comerciais são realizados por meio de sistemática e programada exploração de bens
considerados culturais. Um exemplo disso, dirá ele, é o cinema. O que antes era um
mecanismo de lazer, ou seja, uma arte, agora se tornou um meio eficaz de manipulação.
Portanto, podemos dizer que a Indústria Cultural traz consigo todos os elementos
característicos do mundo industrial moderno e nele exerce um papel especifico, qual
seja, o de portadora da ideologia dominante, a qual outorga sentido a todo o sistema.
É importante salientar que, para Adorno e Horkheimer, o homem, nessa Indústria
Cultural, não passa de mero instrumento de trabalho e de consumo, ou seja, objeto. O
homem é tão bem manipulado e ideologizado que até mesmo o seu lazer se torna uma
extensão do trabalho. Portanto, o homem ganha um coração-máquina. Tudo que ele
fará, fará segundo o seu coração-máquina, isto é, segundo a ideologia dominante.
A Indústria Cultura, que tem com guia a racionalidade técnica esclarecida, prepara as
mentes para um esquematismo que é oferecido pela indústria da cultura – que aparece
para os seus usuários como um “conselho de quem entende”. O consumidor não precisa
se dar ao trabalho de pensar, é só escolher. É a lógica do clichê. Esquemas prontos que
podem ser empregados indiscriminadamente só tendo como única condição a aplicação
ao fim a que se destinam.
É importante frisar que a grande força da Indústria Cultural se verifica em proporcionar
ao homem necessidades. Mas, não aquelas necessidades básicas para se viver
dignamente (casa, comida, lazer, educação, e assim por diante) e, sim, as necessidades
do sistema vigente (consumir incessantemente). Com isso, o consumidor viverá sempre
insatisfeito, querendo, constantemente, consumir e o campo de consumo se torna cada
vez maior
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Na Teoria Estética, obra que Adorno tentará explanar seus pensamentos sobre a salvação
do homem, dirá ele que não adiante combater o mal com o próprio mal. Exemplo disso,
ocorreram no nazismo e em outras guerras. Segundo ele, a antítese mais viável da
sociedade selvagem é a arte. A arte, para ele, é que liberta o homem das amarras dos
sistemas e o coloca com um ser autônomo, e, portanto, um ser humano. Enquanto para
a Indústria Cultural o homem é mero objeto de trabalho e consumo, na arte é um ser
livre para pensar, sentir e agir. A arte é como se fosse algo perfeito diante da realidade
imperfeita. Além disso, para Adorno, a Indústria Cultural não pode ser pensada de
maneira absoluta: ela possui uma origem histórica e, portanto, pode desaparecer.
Os principais tipos de obras de arte apropriados pela indústria cultural, segundo Adorno e
Horkheimer, foram o cinema e a música. Ainda hoje observamos uma grande predominância, por
exemplo, nos cinemas nacionais, de filmes de ação e de comédia, geralmente americanos, que
ajudam a compor o cenário de alienação a que as pessoas estão submetidas, não exercendo o seu
papel - enquanto obra de arte - de levar à reflexão e ao pensamento crítico. Dessa maneira,
percebemos como o conceito de Indústria Cultural e o de cultura de massas ainda se aplicam à nossa
realidade social, bem como a das outras sociedades industriais contemporâneas.
Conclusão
Em conclusão, a análise da indústria cultural e da cultura de massas revela um cenário
complexo e dinâmico, onde a produção em larga escala de produtos culturais influencia
diretamente a forma como as sociedades contemporâneas consomem, interpretam e
constroem significados em torno de sua própria identidade cultural. Diante desse
panorama, é imperativo que a sociedade e os agentes culturais estejam atentos às
implicações éticas, políticas e culturais desse fenômeno, buscando maneiras de
promover a diversidade, a autenticidade cultural e a participação ativa dos indivíduos na
construção de significados culturais. O estudo contínuo desses conceitos é fundamental
para uma compreensão mais profunda das complexidades culturais contemporâneas e
para o desenvolvimento de abordagens mais conscientes e críticas em relação à
produção e consumo de cultura em larga escala.
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5.1. Teses sobre o tema
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a conflitos. A ascensão da extrema direita mundo afora, por exemplo, é fruto do
adensamento desses grupos nas redes sociais. E “as direitas”, extrema ou moderada, são
francamente capitalistas, defensoras da concentração de renda, da exploração da força
de trabalho e do extrativismo irresponsável de recursos naturais. Um dos principais
fatores que prejudicam a saúde mental dos jovens é o "padrão inalcançável" promovido
pelas redes sociais. As mídias costumam apresentar versões idealizadas da vida das
pessoas e constantemente fazendo comparações sociais. Segundo Elaine Pires,
psicóloga clínica, por meio da mídia há uma pressão sobre como se vestir, falar, se
comportar, beber e comer. Os jovens se comparam e começam a acreditar que não
possuem beleza, capacidades, qualidades e se tornam reféns de uma realidade criada. A
mídia social pode criar uma cultura de expectativas irreais, no qual jovens sentem uma
pressão constante para se encaixar, atender aos padrões de beleza e alcançar o sucesso
acadêmico e profissional, o que pode sobrecarregá-los emocionalmente e aumentar o
risco de problemas da saúde mental. “As redes sociais podem se tornar um ambiente
completamente tóxico”, conclui
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MATÉRIA, Equipe. Theodor Adorno. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/theodor-adorno/
MATÉRIA, Equipe. Max Horkheimer. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/max-horkheimer/
FRANCO, Gui. Indústria Cultural: Adorno e Horkheimer em Sociologia. Descomplica.
Disponível em: https://descomplica.com.br/d/vs/aula/industria-cultural-adorno-e-
horkheimer/
SILVA, Daniel. Adorno e a Indústria Cultura. Disponível em:
http://www.urutagua.uem.br/04fil_silva.htm
CABRAL, João Francisco Pereira. "Conceito de Indústria Cultural em Adorno e
Horkheimer"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/cultura/industria-cultural.htm
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