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Uso de símbolos religiosos

em espaço público
Uma análise sob a ótica da laicidade
e secularização
O QUE TORNA UM SÍMBOLO SER
RELIGIOSO?
Conforme escreve Leci Alves, no site da revista Portal de Comunicação

"numa primeira e rápida definição, um símbolo se torna religioso porque faz


parte da liturgia ou da celebração de determinado grupo. Os ritos e atos de
cultos constituem o principal lugar de exercício e vivência dos símbolos dentro
da religião."
"nesse sentido, o símbolo religioso é uma manifestação ou sinal da crença,
expressa uma fé. É uma representação visual do sagrado. Para se tornar um
símbolo religioso, faz-se necessário que haja uma motivação a partir de uma
crença religiosa. Isso significa, por exemplo, que uma vela acesa em uma
casa representa apenas um objeto utilizado para clarear o ambiente, mas se
essa mesma vela estiver acesa em um contexto de celebração, culto ou ritual
religioso, mesmo que seja na casa, rua ou no templo, ela passa a ter outro
significado visto que a motivação que conduziu a vela àquele status é uma
motivação religiosa, pertencente à crença ou à fé."
ALGUNS SÍMBOLOS CONHECIDOS
O QUE É ESTADO LAICO?
De acordo com artigo no site Politize, escrito por Luiz Magno Barreto Silva,

Estado laico ou secular é aquele que não se manifesta em assuntos religiosos,


garante a liberdade religiosa e não adota religião oficial. Um Estado é
considerado laico quando promove oficialmente a separação entre Estado e
religião
"Laicismo, definido pelo mesmo autor, uma doutrina que defende que a religião
não deve ter influência nos assuntos de Estado, compartilhando da primeira
característica da laicidade, pois também prega a separação entre o Estado e a
Igreja. Entretanto, as liberdades religiosas e a proteção da crença não
encontram lugar no laicismo, onde a religião tem um valor negativo. Já a
Laicidade é definida como a ideia que prega a defesa da tolerância e o respeito
às diferenças, à democracia, às liberdades de crença e religião e o próprio
Estado Laico. "
"o Estado Confessional aquele que adota oficialmente uma ou mais religiões. Existe
influência religiosa nas decisões do Estado, mas o poder secular predomina. No Estado
Ateu é caracterizado pela proibição ou perseguição a práticas religiosas. O Estado não
apenas se separa da religião, mas a combate. Exemplos de ateísmo de Estado podem ser
encontrados em experiências socialistas ou comunistas do século XX: União Soviética
(URSS), Cuba, China, Coreia do Norte, Camboja, entre outros. E o Estado Teocrático as
decisões políticas e jurídicas passam pelas regras da religião oficial adotada. Em países
teocráticos, a religião pode exercer o poder político de forma direta, quando membros do
próprio clero têm cargos públicos, ou de forma indireta, quando as decisões dos
governantes e juízes (não religiosos) são controladas pelo clero. "
MAS E O BRASIL?
"A Constituição Federal de 1988 determina que o Estado brasileiro
não pode se manifestar religiosamente. O artigo 5º, inciso VI diz
que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. Dessa
forma, a liberdade religiosa na vida privada está completamente
mantida, desde que devidamente separada do Estado."
"A controvérsia já motivou decisões como a do Tribunal de Justiça
do Rio Grande do Sul (TJ-RS), que determinou a retirada de
crucifixos de todos os prédios da Justiça gaúcha, em 2012. Mas a
decisão foi revertida mais tarde pelo Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), que entendeu que a colocação dos crucifixos não exclui ou
diminui a garantia dos que praticam outras crenças, também não
afeta o Estado laico, porque não induz nenhum indivíduo a adotar
qualquer tipo de religião."
CONCLUSÃO
A laicidade é um tema que gera muitas
controvérsias, pois implica a manutenção de um
equilíbrio tênue entre liberdade de crença e
imparcialidade do Estado em relação à religião.
Esse equilíbrio é delicado, mas tem como benefício
esperado um Estado que respeita a diversidade de
crença existente dentro da população.
OBRIGADO
APRESENTAÇÃO POR MARCOS, FELIPE E WILLIAM

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