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Escola Estadual Raymundo Sá

Prof. Aldair Carvalho de Souza

Educação Física, Eu e as
Práticas Circenses

Autazes - AM
2024
Introdução

De acordo com Bortoleto as práticas circenses podem ser consideradas


como artes corporais, que cada uma delas possui várias modalidades diferentes,
que seus diferentes modelos técnicos se fundamentam nos conhecimentos
empíricos e científicos acumulados historicamente, e que seus movimentos
funcionam basicamente segundo os princípios físicos descritos pelas teorias da
física clássica (mecânica newtoniana). Isso significa dizer que possuem uma
base motora comum (domínio corporal e de objetos).
As práticas circenses consistem em um leque de atividades, podemos citar
aqui as acrobacias, malabarismo, equilibrismos, manipulação de aparelhos, são
praticas que podem sofrer varias mudanças e transformações, podem ser
recreadas e trabalhadas de diversas maneiras e estilos de acordo com o objetivo
pretendido.
Segundo Neira a educação física mais designadamente contempla múltiplos
conhecimentos produzidos e usufruídos pela sociedade sobre o corpo e a
motricidade. Tais como, “as atividades culturais de movimento com
finalidades de lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções e com
possibilidades de promoção, recuperação e manutenção da saúde”.
De acordo com Mauclair a acrobacia foi à primeira manifestação artística
corporal do homem, além de uma forma de treinamento para os guerreiros de
quem se exigia agilidade, flexibilidade e força. Com o tempo, essas qualidades se
somaram a graça, a beleza e a harmonia.
Com relação ao brincar e corporeidade Cunha destaca que brincar é uma
característica primordial na vida das crianças, porque brincando, aprende a
participar das atividades, gratuitamente, pelo prazer de brincar, sem visar
recompensa ou temer castigo, mas adquirindo o hábito de estar ocupada, fazendo
alguma coisa inteligente e criativa.
Bonfim completa que a questão da corporeidade parece ser primordial para
práxis da educação física, tendo em vista que seu entendimento e consequente
ampliação das suas possibilidades poderiam contribuir para oferecimento, por
parte dos profissionais de educação física, de uma educação corporal mais
enriquecedora e significativa.
Já o lazer segundo Requixa é uma ocupação não obrigatória, de livre escolha
do individuo que a vive e cujos valores proporcionam condições de recuperação
psicossomática e de desenvolvimento pessoal e social, a distinção entre lazer e
ócio, o lazer como ocupação não obrigatória, o elemento “livre escolha” da
atividade o entendimento dos valores do lazer, valores institucionalizados, de
ideias e coisificados, os elementos de desenvolvimento pessoal e social,
alcançáveis através da prática do lazer.
O que descobriremos?

- Aprender analisar de forma mais detalhada sobre as investigações, hábitos,


atitudes, tendências de comportamentos desenvolvidos dentro das práticas
Circenses.
- Praticar atividades circenses nos proporciona alegria, surpresa e
encantamento;
- Favorece a diversão e o conhecimento do próprio corpo;
- Desenvolvem diferentes aspectos pessoais e motores, como a sensibilidade
na expressão corporal, autoestima, a cooperação, a força, o equilíbrio.
- Aumentar o equilíbrio e a coordenação motora;
- Desenvolve o reflexo e os sentimentos
Atividade Circense na Escola

Assunto: Origem do circo no mundo e no Brasil. Como inserir malabarismo,


acrobacia e equilíbrio na escola. Como estimular a prática de atividades circenses
através de jogos.

Palavra-chave: circo, escola, história, malabarismo, acrobacia, equilíbrio


atividades circenses, jogos circenses.
Este conteúdo esta relacionado à BNCC!
Competências Gerais:
Conhecimento
Repertório cultural
Cultura digital
Autoconhecimento e autocuidado
Empatia e cooperação
Autonomia e responsabilidade

OBJETIVOS
1. Conhecer a história do circo no mundo e no Brasil.
2. Aprender atividades e jogos circenses.
3. Saber como adaptar as atividades circenses à escola, incluindo todos os alunos.
Tem circo na Escola ?
Tem sim senhor!

Respeitável público, o circo chegou na sua escola!


Circo!

O que você pensa quando escuta esta palavra?


Alegria, surpresa e encantamento são alguns dos sentimentos que o circo
desperta nas pessoas. Praticar atividades circenses proporciona todos esses
sentimentos e ainda favorece a diversão e o conhecimento do próprio corpo,
aumenta o equilíbrio e a coordenação motora, desenvolve o reflexo e os
sentidos.

1. Breve história do circo


O circo é uma das manifestações artísticas mais antigas do mundo. Ele
representa a cultura humana, foi sendo construído ao longo de muitos séculos e
sua origem é de difícil precisão.
As primeiras manifestações circenses de que se tem notícia foram registradas há
mais de 5 mil anos em pinturas encontradas na China. Elas retratavam
acrobatas, contorcionistas e equilibristas.
Outra hipótese para as raízes das artes circenses está na Grécia antiga e no
Império Egípcio. Acredita-se que os primeiros desenhos de equilibristas e
contorcionistas tenham sido gravados em pirâmides egípcias, como na tumba de
Beni Hassan, onde o malabarismo era utilizado como parte de rituais.
Saiba mais!

A acrobacia chegou a ser uma forma de treinamento para os guerreiros


orientais, onde se exigia agilidade, flexibilidade e força. Com o passar dos anos
essas qualidades se juntaram à graça, à beleza e à harmonia.
Em 108 a.C., na China, foi realizada uma grande festa em homenagem a
visitantes estrangeiros, brindada com uma apresentação acrobática. A partir
deste evento, o imperador decidiu que tais apresentações seriam realizadas
anualmente.
Os espetáculos gregos foram levados para Roma, onde integraram o regime de
entretenimento implantado pelos governantes, que ficou conhecido como
política do pão e circo. Eles eram apresentados em anfiteatros e despertavam
grande interesse do público.
O declínio do Império Romano levou à diminuição do interesse da população
por apresentações dessa natureza. Os artistas viram-se obrigados a
perambular por locais com concentração de pessoas, apresentando seus
números. Nasciam assim os saltimbancos.
Já na Idade Média, com a religiosidade crescente, eles passaram a ser
discriminados. Surgiu, então, a necessidade de rumar de cidade em cidade à
procura de oportunidades.
No século 17, os artistas circenses começaram a se apresentar em barracas
cobertas por lonas, que funcionavam como palcos improvisados.
Na Inglaterra do século 18, nasceu o circo de picadeiro circular que
conhecemos hoje.
O primeiro circo com este formato, batizado com o nome de Astley’s
Amphitheatre, foi inaugurado em Londres, no ano de 1770, por Philip Astley, um
oficial inglês da Cavalaria Britânica
Inicialmente, Philip organizou um espetáculo equestre, com rigor e estrutura
militares, mas percebeu que, para despertar o interesse do público, teria que
reunir outras atrações.
Philip Astley, então, reuniu artistas e saltimbancos que se apresentavam nas ruas.
Mantendo-se as características militares, no circo de Astleyse utilizavam uniforme,
rufar de tambores e vozes de comando para a execução dos números de risco. O
próprio Astley dirigia e apresentava o espetáculo, criando, com isso, a figura do
mestre de cerimônias.
Buscando eliminar a violência dos circos antigos, Astley decidiu montar seu
espetáculo com cenas engraçadas e agradáveis, inserindo acrobacias e
ilusionismos.
Além disso, ele também incluiu o palhaço, pessoa que costumava ser do
batalhão, e um soldado campônio, que se tornava o clown (que, em inglês,
significa caipira). O palhaço normalmente não sabia montar, entrava no picadeiro
montado ao contrário, caía do cavalo, subia de um lado, caía do outro, passava
por baixo do cavalo. Como tudo isso fazia muito sucesso, começaram a surgir
novas atrações e, ao longo dos anos, Astley acrescentou saltos acrobáticos,
dança com laços, malabarismos, anões e mulheres barbadas.
O termo circus foi utilizado pela primeira vez em 1782, quando Charles Hughes, o
rival de Astley, inaugurou o Royal Circus.
A partir do século XIX, surgiram outros circos permanentes em algumas das
grandes cidades europeias e, além disso, circos ambulantes, que se deslocavam
de cidade em cidade em carretas cobertas.
Isso prevaleceu até meados do século XX, quando, progressivamente, as antigas
atrações foram sendo substituídas por modalidades que privilegiavam outras
formas de expressão artística, como a dança e o teatro.
2. O CIRCO NO BRASIL

O circo chegou ao Brasil no século XIX, com famílias vindas da Europa que
realizavam apresentações teatrais. Os ciganos, vindos também da Europa,
demonstravam ao público habilidades como doma de ursos, cavalos e ilusionismo.
As manifestações artísticas variavam de acordo com a aceitação do público, o que
não agradava, não era mais mostrado. Algumas atrações foram adaptadas ao
estilo brasileiro. O palhaço europeu, por exemplo, era menos falante, usando a
mímica como base. Já o palhaço brasileiro fala muito, utiliza-se de comédia
sorrateira e de instrumentos musicais, como o violão.
Em 1977, surgiu a primeira Escola de Circo brasileira, localizada no Estádio do
Pacaembu. Em 1982, nasceu a primeira Escola Nacional de Circo, no estado do
Rio de Janeiro.
A história do circo no Brasil é bem recente. Apesar disso, é recheada de
personagens e curiosidades.
- Vamos assistir a um vídeo que mostra história do Palhaço Piolinna de São Paulo.
- Este vídeo mostra a rotina de quem trabalha e vive no circo.
- Este último vídeo apresenta algumas mudanças pelas quais os circos brasileiros
passaram a partir da proibição das apresentações com animais.
REFERENCIA
SOUZA, W. B. Práticas circenses corporeidade e brincar. Um estudo de
caso no âmbito do lazer e desenvolvimento. EFDeportes.com, Revista
Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 185, Outubro de 2013.
DUPRAT, R. M. Atividades Circenses: possibilidades e perspectivas para
a educação física escolar. 2007. Dissertação de Mestrado. Mestrado em
Educação Física e Sociedade – Universidade Estadual de Campinas.
Faculdade de Educação Física, Campinas, 2007.
BORTOLETO, M. A. C. O caráter objetivo e o subjetivo da ginástica
artística. 2000. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Faculdade de
Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 2000.
NEIRA, Marcos Garcia. Educação física: desenvolvendo competências.
São Paulo: Phorte, 2ª ed., 2006a.
MAUCLAIR, Dominique. Un jour aux Cirque. Paris: Bordas, 1995.
CUNHA, N. H. S. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. São Paulo 1994,
Maltese.
BONFIM, T. R.. Corporeidade e educação física. Revist@ Fafibe On-line,
Ano I, n. 1, Jul., 2005.
REQUIXA, R. O lazer no Brasil. São Paulo: SESC/CELAZER, 1974.
IMPULSIONA. Atividades circenses na Educação Física.
www.impulsiona.org.br, 2018. Disponível em:
https://impulsiona.org.br/atividades-circenses-na-educação-física.

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