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Natureza em mudança

Capítulo 10 – 7º ano
Prof. Adriana Allek Litaiff
Alterações climáticas e extinções em massa
• Um dos padrões que se repetem na história da vida é a extinção de muitas
espécies em períodos de 2 milhões de anos – intervalo de tempo considerado
curto diante da história da Terra, que surgiu há aproximadamente 4,5 bilhões de
anos. Esses eventos, caracterizados pela extinção de pelo menos 75% das
espécies, são chamados de extinções em massa.
• Essas extinções em massa se associam a grandes mudanças climáticas
relativamente rápidas. As causas dessas mudanças climáticas podem estar
associadas ao movimento dos continentes, a grandes erupções vulcânicas, ao
impacto de meteoritos com a superfície da Terra e, possivelmente, a outros
fatores ainda não completamente compreendidos.
• O planeta passou por, pelo menos, cinco grandes momentos de extinções em
massa.
Alterações climáticas e extinções em massa
Alterações climáticas e migrações
Para diversas espécies, a forma de sobreviver a mudanças ambientais
provocadas por variações climáticas associadas às estações do ano
pode ocorrer por meio do processo de migração sazonal (relativa às
estações do ano). Considera-se migração o movimento de um local
para outro, com determinada direção e sentido, realizado por um
conjunto de indivíduos.
Alterações climáticas e migrações
Outros eventos naturais, ocorridos no passado, são as glaciações, que levaram às
migrações em massa no decorrer da história da Terra. As chamadas “eras do gelo” ou
“eras glaciais” são eventos de longa duração, podendo durar até 100 milhões de anos.
Considerando apenas o último bilhão de anos do planeta, já ocorreram 6 eras glaciais.
Para os geólogos, o mundo ainda está vivendo uma delas, porque há uma parte do
planeta coberta por gelo (cerca de 10%).
Alterações climáticas e migrações
• Não se sabe ao certo quais são as causas do resfriamento e do
aquecimento do planeta, mas podem estar relacionadas às variações de
intensidade da radiação solar que chega à superfície da Terra. Isso
envolve, portanto, as mudanças na composição da atmosfera, que pode
bloquear mais ou menos a entrada de raios solares, bem como a extensão
dos oceanos e dos continentes, que podem ampliar ou diminuir a
superfície de reflexão e irradiação do calor.
• As consequências do resfriamento do planeta incluem, além da
diminuição da temperatura média, a diminuição do nível do mar (até
cerca de 150 m abaixo do atual), a expansão dos desertos e a extinção de
espécies que não conseguem migrar e não possuem adaptações ao frio.
Com o aquecimento que se dá após um período de resfriamento, seres
vivos adaptados ao frio passam a enfrentar as dificuldades associadas ao
calor, ocorrendo uma nova onda de extinções.
Grande Intercâmbio Americano
• No passado, um oceano de 400 km de extensão separava as
Américas do Sul e do Norte. Isolados um do outro, os dois
continentes possuíam faunas bem distintas.
• Há alguns milhões de anos, a atividade de vulcões no solo oceânico
faz surgir ilhas e, depois, uma ligação terrestre entre os dois
continentes americanos, que é chamada de istmo americano,
dando origem à América Central. Ocorreu, então, a mudança na
distribuição de muitas espécies de animais terrestres, o chamado
Grande Intercâmbio Americano. Essa migração, contudo, não
garantiu a abundância das espécies no continente americano, pois
algumas tornaram-se extintas.
Atividades humanas e impactos ambientais
• Desertificação: O processo de desertificação pode ser definido
como a transformação de um ambiente vegetativo em deserto, seja
de forma natural ou por meio da ação humana.

Vários fatores podem provocar a


desertificação de um local, como
exploração excessiva dos solos para
atividades agropecuárias, uso de
agrotóxicos, desmatamento, mudanças
climáticas, entre outros.
Atividades humanas e impactos ambientais
• Pesca predatória nos oceanos: Consiste na exploração desenfreada
de peixes, moluscos, crustáceos e outros animais marinhos.

Como se pode perceber, a exploração desenfreada de


animais marinhos interfere no equilíbrio dos
ecossistemas, podendo vir a reduzir ou mesmo
extinguir diferentes populações desse ambiente. Além
disso, essas alterações interferem também na vida
das comunidades humanas que dependem da pesca,
já que muitas pessoas encontram seu sustento nessa
atividade, e o pescado representa um importante
componente alimentar.
Os ecossistemas podem se recuperar
No contexto da ecologia, a resiliência é a aptidão de um determinado
sistema que lhe permite recuperar o equilíbrio depois de ter sofrido
uma perturbação. Este conceito remete para a capacidade de
restauração de um sistema.
A curva em tracejado sinaliza o estado de maior estabilidade (vales) ou instabilidade (pico) de um
ecossistema. Assim, quando um campo (à esquerda) sofre uma perturbação, como desmatamento ou
fogo, ele pode passar para outro estado. Dependendo da intensidade e da duração da perturbação, bem
como das características do ambiente, esse estado é transitório e o sistema pode retornar à condição
anterior em pouco tempo. No caso, um campo retorna para as características originais (estável).
Por outro lado, quando o impacto é muito intenso, as modificações do ambiente são tão drásticas que o
ecossistema ultrapassa um limiar crítico, o que o impede de retornar à sua condição original por conta
própria. Voltando ao exemplo do campo, este atingiria um novo estado de equilíbrio ao virar um
ecossistema desértico. Nesse caso, apenas uma intervenção externa ao sistema, como o plantio de
espécies nativas, permitiria que o deserto voltasse a ser um campo.
Os ecossistemas podem se recuperar
• Esse processo de recuperação, além de demorado, tem um custo
muito elevado. Por essa razão, a melhor maneira é adotar ações
preventivas que minimizem os impactos ambientais.

• É importante considerar também que a recuperação de um


ecossistema envolve várias etapas. Em uma floresta desmatada, por
exemplo, a sequência de eventos incluirá extinções e colonizações
por diferentes espécies vegetais, até que um equilíbrio seja atingido.
Em cada estágio, as espécies estabelecidas permitem o surgimento
de outras mais exigentes, aumentando a biodiversidade.
Os ecossistemas podem se recuperar
Nesse processo, as espécies pioneiras transformam o solo, que passa a
contar com mais matéria orgânica e umidade, e atraem animais. Isso
permite que espécies vegetais que formam arbustos maiores e
pequenas árvores se desenvolvam e façam uso de animais
polinizadores e dispersores de sementes e de frutos. Então, novas
espécies, que formam grandes árvores, podem se instalar, assim como
maior variedade de animais. Depois de um tempo e desde que não haja
mais impacto ambiental excessivo, o ambiente terá as características de
antes do desmatamento. Esse processo é denominado sucessão
ecológica.
Sucessão ecológica
Mini teste capítulo 10

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