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Ciclo da água
O ciclo da água, também conhecido como ciclo hidrológico, refere-se ao movimento contínuo que
a água faz pelo meio físico e pelos seres vivos do ecossistema, passando através da atmosfera,
hidrosfera, litosfera e biosfera. Trata-se, portanto, de um importante ciclo biogeoquímico que faz
com que esse indispensável recurso natural esteja constantemente no ambiente (p. 32).
Assim, o ciclo da água é um ciclo biogeoquímico que garante que a água circule pelo meio físico
e pelos seres vivos. Esse processo depende da luz solar, que garante que a água evapore, dando
início ao ciclo. O vapor de água sobe para camadas mais altas da atmosfera e condensa-se,
formando nuvens, que são pequenas gotículas de água no estado líquido. Quando essas nuvens
ficam carregadas, ocorre a precipitação (chuva), que pode ocorrer na forma líquida ou nas formas
de granizo e neve. A água da chuva, então, retorna para a Terra, podendo seguir diferentes
caminhos, como voltar para lagos e rios ou infiltrar-se no solo.
O ciclo da água é composto pelas transformações que esse recurso natural sofre na natureza. Ele
acontece, principalmente, pelos processos de mudança de estado físico, como condensação,
evaporação, liquefação, precipitação, além de mecanismos mais intuitivos como a infiltração dela
no solo e a transpiração dos seres vivos (p.54).
O comportamento da água no planeta versa sobre o clima da região e é determinante para a fauna
e flora do lugar. Por exemplo: na Floresta Amazônica, em que os corpos hídricos são abundantes,
a umidade é alta, as plantas são mais biodiversas, os animais são numerosos e a disponibilidade de
materiais orgânicos é alta.
Por outro lado, em locais como os desertos do Saara e Atacama, a baixa oferta de água e a aridez
do clima contribuem para a existência de espécies animais e vegetais em menor quantidade, mas
muito adaptadas às condições dos ambientes em que vivem.
De acordo com Vicente (2014), constituem etapas do Ciclo da água na idrografia as seguintes:
Figura 1: etapas do Ciclo da
água
Evaporação: o calor irradiado pelo sol permite que moléculas de água evaporem em
direção a atmosfera;
Condensação: as moléculas que estavam em forma de vapor são condensadas pela
diferença de temperatura na atmosfera. Com isso, elas se acumulam e formam as nuvens
— que são agregados de águas líquidas suspensas no ar;
Precipitação: Ao iniciar a chuva, processo também chamado de precipitação, a água
começa a retornar para a superfície terrestre e é influenciada diretamente pela gravidade.
Nesse momento, ela pode atingir rios, lagos e oceanos, infiltrar-se no solo e nas rochas ou
pode ser impedida de voltar à superfície terrestre pela vegetação, ou seja, quando o
acúmulo de água é grande o suficiente, as partículas passam a precipitar sobre a Terra, o
que ocasiona as chuvas. Quando a água precipitada encontra temperaturas muito frias, ela
se solidifica e permite o aparecimento de granizo e neve;
Infiltração: a água precipitada se deposita sobre a superfície terrestre e é infiltrada pelo
solo, em diferentes níveis, conforme a composição e relevo das regiões — uma parte das
água pluviais também podem ser deslocadas para os corpos hídricos, o que favorece o
aumento de seus volumes;
Transpiração: a água infiltrada pode ser integrada ao metabolismo de plantas e animais,
que devolvem o composto pela transpiração.
1. 2. Importância do ciclo da água
O ciclo da água é importante porque garante que essa substância circule constantemente pelo
ambiente, passando pelos organismos vivos e pelo meio físico. Como a água circula no ambiente,
ela consegue suprir as necessidades dos seres vivos, que precisam diariamente dessa substância
para o funcionamento adequado de seu organismo. Além disso, a permanência da água no
ambiente é importante para algumas atividades realizadas pelos seres humanos, uma vez que ela é
fundamental para a geração de energia, desenvolvimento da produção agrícola e agropecuária,
diversas atividades industriais e algumas tarefas do dia a dia, como lavar roupa e louça (p. 51).
Entretanto, é importante destacar que, apesar de o ciclo da água garantir que essa substância
circule no meio constantemente, isso não garante que não possa faltar água. Isso ocorre pelo fato
de que o ciclo da água é complexo e pode ser afetado por diversos fatores, como o vento, que
podem fazer com que a água que evaporou em uma área seja precipitada em outras.
Só para termos a noção da tamanha importância do da água, Imaginemos, por exemplo, que os
animais consumissem-na, mas que ela não retornasse ao meio. Com o tempo, essa importante
substância não existiria mais no nosso planeta e, consequentemente, não haveria mais vida. Como
sabemos, a água é fundamental para qualquer ser vivo, uma vez que ela faz parte da composição
do seu corpo, ajuda no transporte de substâncias e participa de reações químicas importantes.
Bibliografia Comsultada
1. Mudanças climáticas
As mudanças climáticas sempre ocorreram durante toda a história da Terra. Estas variações
dizem respeito a mudanças de temperatura, precipitação, nebulosidade e outros fenómenos
climáticos em relação às médias históricas. Tais variações podem alterar as características
climáticas.
A mudança climática é causada por factores como bióticos processos, variações na radiação
solar recebida pela Terra, as placas tectónicas e erupções vulcânicas. Certas actividades
humanas também foram identificadas como importantes causas de alterações climáticas
recentes, muitas vezes referida como ” aquecimento global”.
De acordo com Joson (2010), as mudanças globais podem ser causadas por processos naturais
e também pela acção do homem. Vide o quadro à baixo
Quadro 1: Causas das mudanças climáticas globais. Fonte: Joson (2010, p. 34)
Ainda na senda das possíveis causas das mudanças climáticas Macário (2006), descreve
alguns factores associados ao fenómeno.
Na visão de Marcos, (2014), a água é um dos recursos naturais mais afectados pelos efeitos da
mudança do clima, considerando as alterações nos padrões de precipitação e na
disponibilidade e distribuição da vazão dos rios.
Além disso, o aumento das temperaturas da água devido às alterações climáticas contribui
para a expansão das zonas mortas — regiões pobres em oxigénio e inabitáveis para a vida
marinha dentro dos oceanos.
Entre 1901 e 2010, o derretimento das geleiras nos pólos causou um aumento
de 19 centímetros no nível médio do mar, ameaçando 40% da população
mundial que vive nas costas, agora sujeita à alagamentos e enchentes
frequentes. Em 2017, cerca de 30% da vida na Grande Barreira de Corais
australiana morreu, devido ao aquecimento da água. A base desse ecossistema,
os recifes de corais, não suportam um aumento de 1ºC-2ºC na temperatura.
Sem eles, os animais que ali vivem, que são a base da alimentação de milhões
de pessoas, não têm como sobreviver.
Bibliografia
Joson, B. (2010). Meio ambiente e mudanças climáticas na actualidade. (2ª ed.). London.
Marcos, I.M. (2014). Climatologia: noções básicas de climas do Brasil. Oficina de Textos,
São Paulo.
Ivan Petrovich Pavlov nasceu em 1849 em Riazan, Rússia. Filho de uma dona
de casa e um sacerdote ortodoxo, começou seus estudos no campo da teologia
inicialmente por conselho familiar. Receber seu doutorado em 1883, em 1890,
já casado e com um filho, obteve um cargo de professor de fisiologia na
Academia Americana Experimental (p. 69).
Foi premiada no ano de 1904 com o prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina, tornando-se a
primeira pessoa de nacionalidade russa em receber esse reconhecimento de mérito.
Consiste em gerar uma conexão entre um estímulo neutro, que antes da criação
desta associação é incapaz de gerar uma resposta concreta, e uma resposta
reflexa automática. Mediante essa associação, o estímulo que antes era incapaz
de originar a resposta reflexa pode chegar a provocá-la (p. 28).
A origem desta contribuição é encontrada no experimento de Ivan Pavlov com cães, um dos
experimentos mais famosos da história da psicologia.
Assim, concentrou seu estudo nas chamadas secreções psíquicas, secreções produzidas pelas
glândulas salivares na ausência de comida na boca. Por isso que cada vez que colocava
comida ao cão, ele tocava um sino antes de dar a comida, para que o cachorro associasse o
sino com a comida que recebia instantes depois.
figura 3 - O experimento de Pavlov
Estímulo neutro (EN): estímulo sem significado e incapaz de produzir uma resposta
reflexa, nesse caso, o EN é o sino.
Essas contribuições de Ivan Pavlov ainda são usadas para explicar a base de comportamentos
como vícios e fobias, bem como base para o tratamento aversivo ao alcoolismo e outros
vícios.
Qualquer estímulo, sejam em pessoas, objectos ou actividades podem ser associados com
estímulos que provoquem respostas emocionais. Esse é a capacidade do professor, o seu
comportamento afectivo, a maneira de organizar as aulas, os métodos e técnicas educacionais
que usa nas aulas podem criar emoções de bem-estar ou mal-estar nos alunos que ficarão
associadas às matérias dadas e/ou ao próprio ensino em si.
As sensações agradáveis fazem com haja uma aprendizagem melhor, mas também existe um
risco na aprendizagem por condicionamento clássico porque não é consciente e não há uma
verificação sobre os estímulos. O principal responsável é o professor que deve-se preocupar
em impossibilitar os estímulos desagradáveis e proporcionar os agradáveis.
Deve passar o menos tempo possível nas intervenções de correcção, porque quanto mais se
instalar um receio, mais difícil é fazer com que ele desapareça.
Referencias Bibliográficas
Campos, R. H. F. (2014). Paradigmas em psicologia educacional. (2ª ed.). 2º Petrópolis:
vozes,
Muller, F. L. (2016). História da Psicologia. (5ª ed.). (1ª ed.). São Paulo.
Associacionismo é uma corrente teórica, cuja origem baseia-se na doutrina filosófica surgida
na Idade Moderna, a qual defende a concepção de que as ideias presentes no pensamento se
encontram relacionadas, de diversas maneiras, umas às outras.
A percepção é tida como um processo de captação de todos os aspectos do meio físico aos
quais o organismo é sensível, onde sensação e significados são etapas distintas. Nesse sentido,
os condicionamentos anteriores são os responsáveis pelo foco particular dos objectos.
A relação do organismo com seu meio é considerada como um processo de causa (estímulo) e
efeito (resposta), ocorrendo de forma alternada, iniciando com a reacção do organismo, que
responde de acordo com seus reflexos instigados nesse momento. Essa concepção visualiza o
organismo como um elemento passivo, que emite comportamento com base em reacções à
estímulos do meio.
Em geral, os associacionistas consideram o homem como uma máquina, que opera com certa
regularidade de acordo com princípios estabelecidos (Campos, 1997).
Assim sendo, podemos concluir que os principais fundamentos desta teoria são (Campos,
1997):
De um modo geral, Skinner declarou em sua teoria que no momento que ocorrer uma reacção,
e esta for reforçada, o sujeito apresentará uma tendência a apresentar o mesmo
comportamento. Negando o reforço ou castigando o sujeito, a reacção tenderá a desaparecer.
“A aprendizagem, nessa visão, pode assim ser entendida como o processo pelo qual o
comportamento é modificado como resultado da experiência.” (Davis e Oliveira 1994, p. 33).
O filho será elogiado pelo pai quando fornecer a resposta esperada; assim sendo, ao
manifestar o comportamento desejado pelo pai recebe o prémio (o reforço positivo),
aprendendo a buscar esse incentivo positivo com diferentes tipos de comportamento.
Davis, C. Oliveira, Z. (1994). Psicologia na Educação. (2ª ed.). São Paulo: Cortez.
Santos, (2006), refere que “os factores climáticos são elementos que influenciam o clima de
uma região, podendo ser naturais ou não. Esses factores são os responsáveis, por exemplo, por
dizermos que uma região é húmida e outra é mais seca” (p. 53).
De uma forma geral, Moçambique pode ser subdividido em duas grandes zonas climáticas:
Sendo os factores climáticos elementos que interferem directamente nas condições climáticas
de determinado local, os principais factores do clima do Território moçambicano são que eles
estão relacionados com altitude, latitude, Continentalidade e correntes marítimas.
4.1. Latitude
Está relacionada à noção de que as regiões mais próximas à Linha do Equador, ou seja, as de
baixa latitude, tendem a ter um aumento de temperatura na maior parte do ano 1. E as regiões
mais distantes da Linha do Equador tendem a apresentar temperaturas mais baixas. Por isso
que, em países como o Canadá ou a Rússia, faz mais frio do que no Brasil ou na Arábia
Saudita.
As regiões mais fresca são de Planaltos e Montanhas, enquanto que as regiões com
temperaturas elevadas é Província de Tete nas regiões baixas de Planície, ela influi na
estabilidade térmicas.
4.2. Altitude
Nas regiões de maior altitude, como montanhas muito altas, tendem a ter uma
temperatura mais baixa do que regiões mais próximas ao nível do mar. Tem uma
relação muito forte com a pressão atmosférica, ou seja, onde está mais próximo do
nível do mar será menos frio; onde está mais distante, será mais frio (p. 64).
Em outras palavras, a medida que a altitude aumenta a temperatura diminui, pois em altitudes
mais elevadas a presença de gases atmosféricos que absorvem calor é menor. De modo geral,
a temperatura diminui 6,5° a cada 1 Km.
A maior parte do território moçambicano situa – se na zona Intertropical, por isso, clima do
tipo tropicais. O trópico de Capricórnio atravessa esse território na sua parte Sul das
Províncias de Inhambane e Gaza, ficando apenas pequena parte deste território ao Sul do
1
Mendonça, F. (2017). Climatologia: noções básicas e climas no Universo. São Paulo: Oficina de textos.
referido Trópico, isto é, na dita Temperada do Sul que no entanto, em Moçambique devido a
influência de diversos factores com destaque da Corrente quente do canal de moçambique tais
territórios não possuem climas Temperados, mas sim um clima Tropical.
4.3. Continentalidade
As regiões do País com maior continentalidade são as do norte que entretanto como se referiu
neles, predominam altos planaltos e montanhas. As únicas regiões onde se faz sentir os efeitos
negativos da continentalidade é o interior de Gaza (Localidade de Pafúri), bem como no Sul
da província de Tete e Norte da Província de Manica. Nestas regiões predominam climas
tropicais secos e tropical semi – áridos.
Esta corrente tem como origem o avanço ou continuação da corrente Equatorial Sul. A
corrente quente do canal de Moçambique movimenta águas mornas que libertam bastante
vapor de água que por conseguinte é levado ou arrastado pelos ventos para a costa
moçambicana onde após origina abundantes precipitações.
A corrente não só aumenta a quantidade de precipitação em toda costa, mas também eleva a
temperatura do ar cuja evidência tem maior significado nas regiões costeiras a Sul do tr’opico
de Capricórnio como se referiu anteriormente pois que na ausência da influência destes
ventos, as temperaturas médias anuais das mais a Sul do Trópico de Capricórnio seriam
Moçambique possui um clima quente, dado que praticamente durante todo o ano se registam
temperaturas médias anuais superiores a 20 oc. Este clima subdivide-se em vários, de acordo
com a quantidade de precipitação e duração da estação chuvosa.
Existem áreas muito chuvosas, secas e muito secas. Assim, o clima é quente, mas pode ser
chuvoso ou seco, dependendo da quantidade de precipitação que cai durante o ano, aliando a
isso a duração da estação chuvosa.
Tendo em conta estes factores, chegamos á conclusão que Moçambique possui os seguintes
tipos de clima: tropical húmido, tropical seco, tropical de altitude e tropical semiárido.
Clima Tropical Húmido: As temperaturas médias anuais variam entre 24º - 26º c e
as precipitações cerca de 1000 1400mm de pluviosidade.
Clima Tropical Seco: As temperaturas médias anuais acima dos 20º c e as
precipitações inferior á 60 mm.
Clima Tropical Semí – Árido: As temperaturas são elevadas acima de 26º c e á
escassez de precipitações.
Clima Modificados pela Altitude: São regiões mais frescas e mais pluviosas, as
temperaturas médias anuais são menores a 22º c, e nas regiões de montanhas mais
inferior a 18º c. as precipitações são abundantes (1400 – 2000mm).
Segundo o Critério Arcaico, a Classificação Climática de Moçambique é:
Quanto a Precipitação – é clima Chuvoso com valores médios anuais entre 500 –
1000mm em todos locais, excepto Pafúri onde é Semí – Árido, com valores médios
anuais de 250 – 400mm.
Bibliografia
Ayoade, J. O. (2014). Introdução à climatologia para os trópicos. (5ª ed.). Rio de Janeiro:
Bertrand.
Lächelt, S. (2004). Geology and Mineral Resources of Mozambique. Ministério dos Recursos
Minerais e Energia, Direcção Nacional de Geologia, Maputo, Moçambique..
Macário, M. (2016). Climatologia. São Paulo. Departamento de Geografia/ FFLCH/USP.
Muchangos, A. Dos, (1999). Moçambique, Paisagens e Regiões Naturais. (2ª ed.). Maputo.
1. A Hidrogeografia de Moçambique
A hidrografia é a ciência que estuda a hidrosfera ou seja as águas continentais (rios, lagos,
lagoas e pântanos), águas subterrâneas e águas marítimas. Bacia hidrográfica é o conjunto
formado pela rede hidrográfica e os terrenos drenados, pelo rio principal.
Devido a forma e carácter do relevo os rios atravessam vários rápidos e formas quedas ao
longo do seu percurso o que tornam poucos navegáveis.
Na região norte e centro ocidental em regiões de rochas do pré – cambrico, isto é, rochas
consolidadas, os rios desenvolvem uma erosão vertical escavando profundos vales em forma
de “V”, associado a velocidade das águas, possuem elevado potencial hidroélectrico. na
região centro oriental e em regiões de rochas mais recentes, com material pouco consolidadas
os rios correm em regiões de planícieis onde formam leito e vales mais largos e ao longo do
seu trajecto apresentam meandros. o potencial hidroeléctrico dos rios muito baixo, mas
existem condições para retenção da água para agricultura (p. 69).
Da rede hidrográfica moçambicana podem destacar-se algumas bacias, como, por exemplo,
deslocando de Norte – Sul encontramos cinco (05) Bacias Hidrográficas, a saber: Rovuma,
Lúrio, Zambeze, Save e Limpopo, entre outras.
Salientam que se, ainda os subsidiários Messinge, Lucheringo, Chiulegi e Ninga que tem
origem nas terras altas do Niassa e que possuem elevado potencial hidroeléctrico.
Bacia Localizada No Território Nacional. O Rio Lúrio nasce no Monte Malema na Província
de Nampula e desagua na Baia de Malema no Oceano Índico, tem cerca de 605 km de
extensão e é considerado o maior rio que nasce e desagua no território nacional.
A sua bacia hidrográfica é cerca de 60800 km2 e abrangem Provínciais de Nampula, Niassa e
Cabo Delgado. Seus afluentes destacam – se: os rios Nualo, Malema, Lalaua e Muite, na
margem direita e na margem esquerda destacam – se rios muenda, Rurumana, Niorenge e
Moatize.
O rio Zambeze tem a sua nascente na República da Zâmbia, no Planalto de Katanga, desagua
no Oceano Índico por um Delta com cerca de 8000 km2. O seu percurso total é de 2700km, e
em Moçambique percorre apenas 850km, tem uma área total da bacia hidrográfica cerca de
1.200.000 km2 e no território nacional agragem apenas 200.000km2, isto é, cerca de 16.6%
da área total (Armindo, 2014, p. 71).
Seus afluentes destacam – se: Rios Aruângua, Mucanha, Luia, Revibué, chire, Luenha,
Nhamacombe e Zangué, etc. O rio Zambeze e seus afluentes são de regime períodicos.
É um rio de Planície em território moçambicano com uma bacia de 14 646 km2. A partir da
vila Franca do save, com a moderação do declive, o vale é largo e o rio forma meandros
sobres os seus próprios aluviões. Junto ‘a foz o rio apresenta bancos de areias que dificultam a
navegação mesmo de pequenas embarcações (Ibidem, p. 72).
1.1.5. Bacia do Limpopo
O rio Limpopo nasce na África do Sul e entra no território moçambicano pela localodade de
Pafúri. Sua extensão em Moçambique é de 600 km e uma bacia hidrográfica de 30.000km2.
os afluentes é: os rios Changane, Nuanetze, Chichacuare e Elefante.
O rio Ligonha, com 400 km de extensão, nasce no monte Inago a mais de 1700 m de
altitude. Faz fronteira com as Províncias de Nampula e Zambézia. Mais para o Sul e
sensivelmente alimentados paralelamente ao rio Ligonha e com nascentes localizadas
nas proximidades das montanhas de Namúli, a saber: os rios Molócue e Melela.
O rio Licungo nasce a cerca de 1650 m de altitude e a sua bacia cerca de 27. 726 km2.
Nas proximidades da baía de Inhambane existem numerosos cursos de água com carácter
temporário, a saber: rio Anhanombe, Mutamba e Inharrime.
O rio Inharrime não possui caudal e capacidade suficiente para atravessar a barreira
dunar do Litoral e desagua no lago do Inharrime.
O rio Incomáti nasce na África do Sul e em Moçambique percorre 285 km com uma
bacia com cerca de 14.929 km2. A sua utilização é intensa no seu percurso inferior,
havendo cerca de 30.000ha de terras aluvionares submetidas.
É sabido por todos que, da água que cai da atmosfera, uma certa porção evapora-se, uma outra
escorre pela superfície terrestre e finalmente uma outra parte infiltra-se no solo. As águas que
se infiltram podem ressurgir e fundir-se nas águas superficiais ou incorporar-se nos cursos de
águas subterrâneas ou lençóis freáticos.
A majoria dos rios são periódicos devido ao clima tropical (duas estações), registando o
máximo do caudal na estação chuvosa (Dezembro a Fevereiro) e o mínimo na estação seca
(Maio a Setembro), mas também existem os rios de regime temporário, cujos cursos sé
aparecem quando chove.
O regime de um rio pode ser representado graficamente através do hidrograma, onde se
colocam, no eixo das ordenadas, os caudais mensais ou os coeficientes mensais do caudal
(obtém-se dividindo os caudais mensais pelo caudal médio anual ou módulo do rio) e, no eixo
das abcissas, os meses. O regime depende de numerosos factores em interconexão - o solo, a
vegetação e o clima, o regime da precipitação e a sua distribuição ao longo do ano fazem
variar o caudal (Nonjolo e Ismael, 2017).
A maioria dos rios mais importantes nasce nos países vizinhos (Rovuma, Zambeze,
Púnguè, Save, Limpopo, Incomáti, Umbelúzi e Maputo).
Como a região sul se apresenta sob a forma de planície não se registam cataratas,
quedas ou vales profundos. Pelo contrário, os rios atravessam vales largos e pouco
profundos, o que facilita as inundações.
São pouco navegáveis devido à sua pequena profundidade. Eles formam também
meandros nas planícies.
Uma cheia inicia-se, em geral, de uma forma brusca e termina lentamente, corresponde a uma
verdadeira onda que se propaga de montante para jusante, a uma maior ou menor velocidade.
Bibliografia consultada
Nonjolo, L. A.; Ismael, A. I. (2017). G10 - Geografia 10ª Classe. Texto Editores, Maputo.
1. Diferença entre Género e papéis de género
Quanto ao género, este é entendido por Serpa (2011). como “a individualidade do homem e da
mulher a nível social, psicológico e também cultural” (p. 11).
Ribeiro (2003), dá uma definição de género um pouco mais completa, afirmando que “o termo
género é usado para descrever inferências e significações atribuídas aos indivíduos a partir do
conhecimento da sua categoria sexual de pertença. Trata-se, neste caso, da construção de
categorias sociais decorrentes das diferenças anatómicas e fisiológica” (p. 12).
Quando falamos de género, falamos entre outros aspectos da identidade de género, da orientação
sexual e também dos papéis de género, mas estes aspectos estão relacionados com os
comportamentos que homens e mulheres adoptam no seu dia-a-dia, pois é a junção destes factores
que resultam nas expectativas que a sociedade tem para cada género e que são socialmente
aceites.
Se falarmos de sexo, pensaremos imediatamente num atributo biológico. Quando nasce uma
menina, sabemos que, quando ela crescer, será capaz de ter filhos/as e amamentá-los/as.
Entretanto, segundo a socióloga Teresa Citellli, o facto de a mulher ser, desde cedo, estimulada a
brincar com bonecas e ajudar nos serviços domésticos, por exemplo, não tem nada a ver com o
sexo, mas sim com os costumes, as ideias, as atitudes, as crenças e as regras criadas pela
sociedade, em que ela vive. A partir da diferença biológica é que cada grupo social constrói, em
seu tempo, os papéis, comportamentos, direitos e responsabilidades de mulheres e homens.
O destino de identidades e actividades como a separação dos âmbitos de acção para homens e
mulheres, que estão valorizados de forma diferente, é a expressão social da desigualdade. Desta
valorização desigual surge um acesso também desigual ao poder e aos recursos, o que hierarquiza
as relações entre homens e mulheres.
Diante disso, o género constitui uma realidade complexa, não podendo, portanto, ser considerado
um conceito fixo (Carloto, 2001), mas constantemente redefinido pelos indivíduos em situações
na qual se encontram e que acabam por compor-se em momentos históricos. De fato, quase
sempre as mulheres são cerceadas em suas necessidades e capacidades em função da diferença
sexual.
Até na Bíblia a mulher não presta. Os santos, nas suas pregações antigas, dizem que a mulher
nada vale, a mulher é um animal nutridor de maldade, fonte de todas as discussões, querelas e
injustiças. É verdade. Se podemos ser trocadas, vendidas, torturadas, mortas, escravizadas,
encurraladas em haréns como gado, é porque não fazemos falta nenhuma. Mas se não fazemos
falta nenhuma, porque é que Deus nos colocou no mundo? E esse Deus se existe, por que nos
deixa sofrer assim? O pior de tudo é que Deus parece não ter mulher nenhuma. Se ele fosse
casado, a deusa, sua esposa, intercederia por nós. Através dela pediríamos a bênção de uma vida
de harmonia. Mas a deusa deve existir, penso. Deve ser tão invisível como todas nós. O seu
espaço é, de certeza, a cozinha celestial” ( p. 43).
O homem, por sua vez, neste contexto, sempre encontrou dificuldade para separar sua
individualidade das funções de pai. Manteve-se protegido no silêncio comprometedor de toda a
possibilidade de diálogo com a família, especialmente com os filhos.
Pode-se afirmar que a mulher de hoje tem uma maior autonomia, liberdade de expressão.
A mulher do século XXI deixou de ser coadjuvante para assumir um lugar diferente tanto familiar
e social, com novas liberdades, possibilidades e responsabilidades, dando voz ativa a seu senso
crítico. Adquiriu poder financeiro e de comando(ordens), função antes só realizada pelo
marido(Homem). Deixou-se de acreditar numa inferioridade natural(força) da mulher diante da
figura masculina nos mais diferentes âmbitos da vida social.
Hoje as mulheres não ficam apenas restritas ao lar e à família (como donas de casa), mas
comandam escolas, universidades, empresas, , países. Dessa forma, a família moderna muda suas
características da antiguidade e diminuem expressivamente com o grau de independência da
mulher no mundo moderno.
Ambos os sexos são capazes de qualquer função, sendo possível discorrer que não é a natureza,
mas a sociedade que impõe à mulher e ao homem certos comportamentos e normas distintas. O
ser humano nasce sexualmente neutro em atribuições e o meio social em que vive determina os
papéis masculinos ou femininos, instituindo assim o género, isto é, hierarquias socialmente
constituídas.
Bibliografia
Carloto, M. (2011). Género, violência e sofrimento. Antropologia em Primeira Mão.
Florianópolis.
Gomes, F. Resende, H. (2004). Estudos de género: uma sociologia feminista. UFRJ. Brasil.
Serpa, S. (2011). Papéis de género no 1.º ciclo do ensino básico: promover a igualdade de
oportunidades”. Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade dos Açores.
Tengler, H., Laissone, P. E. (2016). Habilidades de Vida, Saúde Sexual e Reproductiva, Género e
HIV&SIDA. Beira. Moçambique: UCM.
De a cordo com Brito e Alves (2008), a gravidez indesejada ou simplesmente não planejada é
aquela não programada pelo casal ou pela mulher. Pode ser indesejada, quando se contrapõe
aos desejos e às expectativas do casal, ou inoportuna, quando acontece em um momento
desfavorável (p. 32)
Anualmente, cerca de 80 milhões de mulheres no mundo têm uma gravidez não planejada,
número que aumenta a cada década. Tal fato é relacionado aos crescentes casos de
abortamentos e risco de morbidade e mortalidade ligados ao aborto. Importante destacar que a
problemática da gravidez não planejada, atinge as diversas classes socioeconómicas e faixas
etárias em idade fértil (10 a 49 anos), desde mulheres muito jovens até as mais maduras, que
por uma série de circunstâncias não estão preparadas para tal (p. 21).
De acordo com Brito e Alves (2008), a gravidez não planejada traz uma série de mudanças:
Alterações no corpo;
Aumento dos cuidados com a saúde, até porque o pré-natal é fundamental para
preservar as vidas da mãe e do bebê.
Além disso, a falta de planejamento da gravidez pode levar a situações mais graves, por
exemplo:
No caso da falta de intenção, existem riscos de saúde para a mãe e o bebé como desnutrição,
doenças, negligências e até mesmo a morte. A gravidez sem propósito também leva a ciclos
de alta fertilidade, mina potenciais de educação e emprego e conduz à pobreza. Todos
desafios que podem se espalhar por gerações.
As adolescentes têm maior risco de uma gravidez não planejada devido a factores
socioeconómicos, que dificultam o acesso a contraceptivos e às informações sobre
sexualidade. Além disso, a adolescência é um período propenso a desafios e novas
descobertas. É muito comum os adolescentes pensarem que tudo pode acontecer com os
outros, não com eles.
Como qualquer fenómeno pode ter seus efeitos negativos, esse tipo de gravidez em
adolescentes não foge dessa realidade, pois a sua ocorrência arrasta um conjunto de males
quer no seio individual (a própria rapariga), na família, saúde e educação.
Ter um filho nesta fase da vida pode trazer alguns prejuízos ao corpo da mãe, que pode não
estar completamente formado, ou seja, não está pronto para gerar um bebé. Além das
transformações biológicas e psicológicas, a gravidez não planejada na adolescência é a razão
de muitas evasões escolares.
Bibliografia consultada
Brito, C. N; Alves S. V. (2008), Depressão pós-parto entre mulheres com gravidez não
pretendida. (2ª ed.). São Paulo.
Importância do ATS
O aconselhamento e a testagem em saúde desempenham um papel fundamental na promoção
da saúde, prevenção de doenças e no tratamento de condições médicas.
Essas práticas são vitais para garantir a conscientização, detecção precoce e manejo eficaz de
várias condições de saúde.
De acordo com Francis (2012), o aconselhamento e testagem em saúde é importante visto que
promove a:
No nível individual, eles capacitam as pessoas a tomar decisões informadas sobre sua saúde,
promovendo a conscientização sobre riscos, opções de tratamento e práticas de autocuidado.
Além disso, proporcionam apoio emocional e psicológico, ajudando os indivíduos a enfrentar
desafios médicos e a aderir a planos de tratamento
Bibliografia consultada
Francis, G. (2012). Infecções sexuais e medidas preventivas. (1ª ed.). São Paulo: UFSP.
Galvão, P. V. (2000). Doenças Fatais para o Homem . (s/ed). São Paulo – paulos.
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Do ponto de vista geológico, Moçambique apresenta duas grandes unidades geológicas que
esta divisão corresponde á duas grandes Eras geológicas da história da Terra que
manifestaram de forma expressiva no nosso território, a saber:
1.1.1. O Pré-câmbrico
O Pré-câmbrico Inferior/Arcaico
É constituído por formações antigas profundamente removidas por várias Orogenias das quais
a última orogenia Katanguana com vestigíos marcantes datados de 500 milhões de anos.
1.1.2. O Fanerozóico
É formado essencialmente por rochas sedimentares que se formaram entre 300 – 70 milhões
de anos. Não obstante algumas formações eruptivas como os basaltos e riolitos que ocorrem
junto a fronteira Sul do País.
Sob o ponto de vista económico, o Grupo de Ecca é o mais importante por apresentar, no Ecca
Médio, camadas produtivas de carvão, resultantes da sedimentos de origem vegetal
provenientes da flora de Gondwana. Em Moçambique estas camadas encontram-se
distribuídas em seis bacias sedimentares, nomeadamente Chicoa-Mecúcuè, Sananguè-
Mefidezi, Moatize-Minjova, Niassa, Lugenda e Mepotepote (Afonso et al. 1998).
De um modo geral as duas unidades dominam quase todo Sul do rio Save estão representadas
também no litoral Centro do País e por uma faixa estreita ao longo do litoral norte. Enquanto
o Terciário é caracterizado por grés, conglomerados, rochas basálticas, chaminés vulcânicas
de basaltos nefilíticos e traquitos.
o território Moçambicano pode ser dividido em: Planícies até 200 metros acima do nível do
mar; Terras altas até 600 metros e montanhas moderadamente altas; Planaltos de terras altas
com cristas elevadas e inselbergs3 atingindo alturas de 1000 m de altitude; Inselbergs e cumes
de montanha com alturas acima de 1000 metros (p. 43).
Quanto a zona de planícies, quase todo Sul do rio Save, apenas encontramos terras de
altitudes muito moderadas. A faixa litoral, desta zona, é curta ao norte de Moçambique, mas
no paralelo de 21˚ Sul abrange quase toda a linha Este-Oeste, mantendo-se em todo o Sul do
Save com excepção dos Grandes e Pequenos Libombos.
em Moçambique distinguem-se duas superfícies. A primeira, cujas altitudes variam entre 200
e 600 metros e é designada por planaltos médios representada ao Norte do paralelo 17° Sul. A
segunda, designada por alti-planáltica, de altitudes superiores a 600 metros, com maior
dispersão nas zonas Norte e Centro do País, sobretudo nas Províncias de Niassa, Nampula,
Zambézia, Tete e Manica (p. 11).
Zona de Montanhas, estão acima dos 1000 m e que corresponde cerca de 16% do território
nacional. São considerados cincos formações orográficas, a saber:
Lachelt, S. (2004). Geology and Mineral Resources of Mozambique. Ministério dos Recursos
Minerais e Energia, Direcção Nacional de Geologia, Maputo, Moçambique.
Muchangos, A. Dos, (1999). Moçambique, Paisagens e Regiões Naturais. (2ª ed.). Maputo.
Nonjolo, L. A; Ismael, A. I. (2017). G10 - Geografia 10ª Classe. Texto Editores, Maputo.