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Categoria Conta
Nome:
FEMC
Mongaguá
2023
Era de manhã, e um frio pálido entra pela janela, mais um dia normal. Me
levanto e em uma hora já estava na rua a caminho da escola, desde que aquilo
ocorreu era como se tudo não houvesse cor, os passarinhos não cantavam e assim
os dias passavam.
Olho para o lado e lá estava Maria, com sua pele e olhos negros.
Me espanto, como Maria consegue falar sobre isso assim tão alto.
- Está louca? Se alguém escuta você falando disso, vamos para detenção.
- Deixa de ser bobo, olha, eu sei aonde tudo está escondido, se quiser ver
com seus próprios olhos, me encontre na vila às 04:20, antes de irmos para a
escola.
- Bom dia Maria, então onde estão as coisas que havia dito?
Fomos em passos lentos até chegar na entrada da casa. Maria abriu uma
janela que estava sem trinco e então pulo, logo em seguida fui atrás, ao adentrar a
casa fui tomado pela alegria, ali estavam violões, cavaletes, quadros, caixas se som,
etc. Porém minha alegria se desfez quando ouvi uma voz estridente.
- Vejo que temos visitas - falou um homem alto de dentes pontudos e
aparência mórbida.
Nos abraçamos aliviados, pois iríamos sair dali vivos, porém escutamos um
pedido de ajuda vindo do andar de cima e mesmo com receio, fomos até lá. Ao
chegarmos, vimos um senhor acorrentado e logo o desprendemos.
- Obrigado, muito obrigado! Me chamo Raul Cortez - Sr. Raul pega uma chave
que estava escondida em seu sapato - Venham, preciso fazer uma coisa
enquanto ainda tenho forças.
Fecho o livro e olho para a sala de aula que estava prestando atenção.
- Viram turma? É por isso que nunca devemos deixar a arte morrer, pois ela é
parte da nossa cultura. - E então ouço o sinal tocar.