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Moriah e Kaimos andaram em silencio por um longa hora, até finalmente chegarem no velho
bordel
Moriah estava disfarçada como o maximo que podia, escondia o rosto com uma mascara,
uma mascara util, que fazia parecer que seu chifre saia dela, mesmo rachada com um
buraco de bala perto do olho
A mascara era de uma Carranca, sem pintura feita em uma madeira negra, quando tocou
nela, sentiu uma especie de calafrio na espinha, , sua boca era aberta na expressão de um
animal feroz, mostrava dentes afiados e grande, que cobriam toda a boca, com presas
ainda maiores, assemelhando a de um vampiro, era foi esculpida a mão, isso podia ser
sentido ao toque e em seu molde, foi foi cuidadosamente construida, a mascara era velha,
parecia ter a idade da garota
O caçador estava de rosto nu enquanto andava ao seu lado, mesmo medindo tamanhos
parecidos, a garota se sentia pequena, ainda mais com o cachorro os seguindo
o capuz fazia parte de esconder o resto de seu corpo, criando uma figura baixa e escura
que não era muito intimidante, mas a mascara dava alguma coragem para ela, que não
entendia de onde vinha, e que de alguma forma, de adequava perfeitamente ao seu rosto
Moriah sabia andar entres os becos melhor que ninguém, e sabia onde o anão estava se
direcionando antes mesmo de chegarem
mas não disse nada, curiosa para qual seria a missão que estava a guiando, já não poderia
fugir depois de dizer que achava ele um homem bom, mas começou a temer que ele a
fosse vender
chegaram a uma casa velha, disfarçada entre as velhas casas de antigos nobres do distrito,
já mortos a muito tempo
Uma casa grande, e imponente, revestidas de paredes de tijolos, que perderam parte de
sua cor vermelha, que um dia já foi vibrante
uma placa acima de uma dupla porta de madeira negra, se lia ‘’A casa vermelha’’
A garota sabia para que servia aquela casa, já vira dezenas de homens entrando e saindo
de lá, os garotos sempre parecem ter sido os primeiros a saber sobre, mas eram avisados
as garotas os perigos dali
na época, não entendia porque todos entravam ali sem muitas preocupações, por mais que
usassem mascara ao entrar, aquele tipo de lugar deveria ser ilegal, mas nas noites frias e
na chegada de soldados das expedições, era o primeiro lugar que iam todos os homens da
lei
-você sabe que lugar é esse não é?… merda, eu deveria saber que garotos da sua idade já
saberiam sobre esse tipo de coisa - ele parou por um segundo, começando a pensar - olhe
garoto, não pense besteira, não irei te levar lá dentro, você só tem 10 anos… eu acho, não
pode ir num lugar como esse, eu preciso entrar lá para pegar uma missão, fique aqui fora e
a Sienna vai cuidar de você
-Eu… não tenho 10 anos - foi a unica frase que a garota conseguiu pensar
-não? você tem oque 7? 14? vocês humanos são terriveis para reconhecer
-como assim garoto? como pode não saber… - o anão interrompeu a propria frase ao
perceber a pergunta idiota que faria - certo, fique aqui com Sienna e vai ficar tudo bem
Kaimos entrou
a garota esperou, o que pareceu uma eternidade, apenas ouvindo o som de risos e gritos
vindo do outro lado da porta olhava os adultos passando, parecendo intimidando e virando
o rosto para a Casa, como se quisessem esconder a historia que tinham ali, Moriah estava
com medo, nunca foi algo bom ficar exposta a frente de uma lugar visitado, ela já teria se
escondido em ocasiões normais
então, a criança ouviu algo além dos risos, vindo do outro lado da rua, o som botas pesadas
de metal, olhou, e viu um cavaleiro vindo em sua direção
seu coração quase parou, paralisada, ela imaginou se ele seria o mesmo guarda que a
espancou na noite passada, e se ele feito finalizar o trabalho que tinha deixado para os
cãos de rua
pensou em fugir, mas temia que quando voltasse, o anão teria sumido, o cavaleiro começou
a se aproximar, ela pensou ficar parada, mas temia que o cavaleiro reconhecesse o chifre
que ele ajudou a quebrar, o cavaleiro estava apenas alguns metros, quando em um ato de
desespero, a garota entrou pela porta do bordel
a primeira coisa que viu ao entrar na porta, era um corredor que levava para outra pessoa,
achou aquilo obtuso, por mais que ela não sabia oque significava, no fim do corredor, um
guarda grande, com armadura de couro cheirando a cerveha e uma cara murcha como a de
um cachorro velho, dormia pesadamente, com seus roncos sendo suprimidos pelos
barulhos da sala
a cachorra grande se espremeu para passar pela porta, e quando passou, deu de cara na
parede, olhou para o lado, procurando o cheiro da garota, e então, latiu
Moriah sentiu se levantando, sendo puxada pela parte de trás da camisa, se sentiu um gato
sendo domado, indefesa
o guarda virou ela para encara-la, seus olhos cansados de um homem que acabou de
acordar, demonstravam cansaço, com ose aquilo fosse uma tarefa comum
-Quem é você muleque? - disse o guarda com um voz grossa como a de um ogro, e olhou o
corredor - e oque tu faz com o cachorro do Kaimos?
-eu… eu venho sempre aqui! - disse a garota, tentando engrossar a voz - eu só troquei
minha mascara cara! honestamente é ridiculo você não lem…
Ela foi interrompida com um peteleco na testa da mascara, suas mãos pareciam suas luvas
e a cabeça da garota vibrou junto com a mascara
-Certo, eu acho que os guardas vão ficar felizes em lidar com um encrenqueiro, não acha?
-espera! tudo bem cara! - Moriah tentava imitar o que os adultos falavam - eu vou dizer!
pelos deuses! eu sou um… escuteiro, tudo bem? eu estou aqui para cuidar da Sienna e
carregar suprimentos
-desde quando o anão tem dinheiro para esse tipo de frescura de cavaleiros?
-e porque o segue?
-por que… ele prometeu caçar a mulher que roubou minha sombra
O guarda olhou o chão, ficou que as luzes da porta entre aperta não faziam efeito na
garota, era como se ela fosse um fantasma, seu corpo não tinha sombra, não tinha
presença no chão
ele expressou algo no rosto que parecia pena, fazia muito tempo que Moriah não via isso
-certo, pode entrar, se perguntarem, você tem 16 anos e é filho de um nobre, se não
perguntarem… você pode tentar arranjar alguma garota com peninha
abriu a porta com uma das mãos, e a soltou, ela entrou, Sienna seguindo atrás
o lugar era muito maior dentro do que fora, mas a garota não conseguiu aproveitar, pois a
visão ali era terrivel
ao entrar viu de cara um grupo de 3 mulheres se escondendo com corpos semi nus no
poste, o rosto de Moriah se moveu para olhar o chão imediatamente
começou a andar pra frente, e o barulho ao redor começou a mudar, até mesmo uma
balada brega tocada por um bardo parou ao deparem com a cachorra passando pela porta
Ela queria passar despercebida, mas viu seu plano falhar imediatamente
começou a andar, ainda encarando o chão, quase esbarrando com moveis e pessoas que
passavam, seu rosto começou a esquentar de vergonha, adultos era terriveis
foi passando por vários dos mesmos balanques que as mulheres dançando, aos poucos,
elas iam parando enquanto ela passava, uma curiosidade nela a fez querer virar os olhos e
ver as mulheres, mas a vergonha, era maior, e fez preferir ter se escondido numa lixeira no
lugar
ela nem sequer sabia onde estava indo, só esperava logo encontrar logo o anão e sair dela
dois pés de salto alto pararam na sua frente, era a unica coisa que via, eles a pararam
-olha só… um garoto perdido como sempre - disse um voz irritada acima - Joseph
realmente não muda
todas as pessoas, tem um primeiro amor, e isso é especificamente confuso quando você é
muito jovem, e o amor seja por uma pessoa mais velha
e a Moriah falava mais velha sobre isso com uma piada, a lembrança daquela idiotisse
juvenil a marcou, mesmo só vendo a mulher uma vez
a sua frente, uma mulher adulta olhava para olha, era claramente jovem, mas ainda uma
adulta, suas orelhas indicavam alguma linhagem elfica, e ela cobria o corpo saendo que
estava frente a uma criança
A lingua da garota, se atropelou para falar, seu coração batia na mesma velocidade de ser
perseguida pelo guarda, mas a sensação era diferente
-eu, anão, Kaimos, ajuda, procuro- a garota disse, esquecendo-se de disfarçar sua voz
-Kaimos? ele seu pai ou algo do tipo? que desgraçado, aposto que te deixou esperando do
logo de fora, não é?
a garota concordou com a cabeça baixa, sentia como se tivesse esquecido o poder da fala
-olha só, vou te pedir para fechar o olho, eu sei onde ele esta, e vou te levar junto com essa
cachorra, vocês estão impedindo a gente de trabalhar, tudo bem? vamos
a sim, a garota o fez, fechou sou olhos, sentiu uma mão quente e feminina se agarrando na
sua, algo que não percebia o quão sentia falta, e se deixou guiar pela mulher, sentindo o
cheiro forte de carvalho negro vindo dela, que parecia interromper todo o resto, todo o
cheiro de cerveja barata e cigarro
ela só abriu os olhos quando a mulher assim pediu, se viu num quarto diferente, com vários
espelhos ao redor, Kaimos olhava para ela exasperado, ao lado dele, uma mulher grande
de pele palida, de pelo menos dois metros, mas não parecia proporcional, grande parte de
sua altura, parecia vir de suas pernas, que eram escondidas com uma saia negra com uma
cauda que parecia percorrer parte do quarto, seus cabelos eram escondidos por um manto
da mesma cor, seus olhos eram verdes como uma esmeralda, que brilhava quase em um
tom doente
A mulher soltou a mão dela, e foi em direção ao anão, ainda sem palavras, então ela
colocou o dedo em sua cara
-escuta aqui, seu caçador de merda - o tom dela mudou completamente, sua voz carregada
uma raiva profunda, do tipo que só poderia encontrar de uma mãe protegendo um filho - eu
tenho que aguentar todo tipo de pai de merda levando garotos para esse lugar para
‘’virarem homens’’ garotos que mal sairam da fralda, mas trazer uma garota é novidade
-puta que pariu - ela parecia estar prestes a expulsar o Kaimos com as proprias mãos -
anãos já mais burros que eu pensava, escuta aqui, se você trazer ela de novo, faço questão
do Joseph colocar um cartas com teu rosto na lista de procurados
ela então olhou para a grande mulher ao lado do anão, e deu um bom dia com a cabeça, foi
em direção a criança, e deu um beijo em sua mascara, marcando a com um batom, e foi
embora
o anão estava em choque, Sienna, não o protegeu durante o ataque de raiva, na verdade,
parecia olhar o caçador com uma cara divertida, já a mulher,, estava totalmente
concentrada na existencia da garota agora sozinha no quarto
ela começou a andar em sua direção, seu vestido não mostrava pouco sinal de movimento,
como ela apenas voasse em sua direção, quis se mover, fugir dela, mas ao a paralisou ali
ouviu Sienna latir e rosnar, o anão parecia ter ficado em um transe, tl qual ela
-Vejo que você é muito especial garota - disse, sua voz era gelida e rouca
no chão, a calda longa de seu vestido seguida, e no final, conseguiu ver a ponta de rabo de
serpente, escapando do vestido, que logo voltou a se esconder
Moriah estava cercada por ela, sua cauda envolveu em um circulo, e a sua cabeça atrás
estava a apenas alguns centimetros, começou o tremer, tentar achar a faca que carregava,
mas ela não estava lá, a mulher em algum momento, a tinha tirado
seu corpo encontrou com suas costas, a sua mão segurou seu pescoço, e a outras, tirou
sua mascara, delicadamente
Sienna rosnava, mas não atacava, a posição que a mulher estava, facilmente mataria a
garota
-Que desgraçada Naga - disse o caçador, claramente enraivecido - usar seus truques
contra mim e ameaçar convidados não é de seu feitio, cadê aquele merda de respeito aos
hospedes?
-Não gosto que me chame assim, querido - a mulher falava sem parecer ameaçada pela
arma em seu rosto, mas também não se movia - eu não estou ameaçando a garota, mas
fiquei curiosa pelo seu cheiro, ela é nova não é
-tem menos de 10 anos, é filha de um amigo meu, infelizmente não sirvo de babá, mas
também não vou deixar você toca-la assim
-você mente muito mal, Kaimos querido - a mulher começou a encolher o corpo, sua cauda
começou a tocar nos seus pés, se enrocar nas pernas
-ela não é importante - a mulher sorriu, seu corpo se contorceu, ficando frente a frente com
a garota, ignorando a arma do caçador apontando para ela, sem preocupação, ela pegou a
mão da garota, e começou a ver sua palma, enquanto seu corpo continuava a se enrolar
ela sabia que o Kaimos, ali não representava ameaça, ela era a maior fonte de seus
serviços
-ela é virgem - disse Naga voltando a cabeça pro anão com um sorriso largo - tem 12 anos
e ainda não menstruou, você sabe o quão certos clientes meus pagariam por ela? uma
Hagai desse porte?
Um disparo passou voando pela sua orelha, acertando a parede, ela nem piscou
-não precisa de exaltar querido, estou apenas oferecendo uma maior utilidade para essa
garota de rua que encontrou - disse, sem nada além de fascinio em sua voz, seu corpo já
tinha ficado totalmente envolto da garota, e estava começando a aperta-la - ela está um
pouco quebrada, precise de um pouco de maquiagem talvez, mas posso oferecer uma
preço alto, e algumas noites por conta da casa com minhas garotas
Depois da alquimia, grande parte dos metais perderam seu valor, o ouro valia o mesmo que
o cobre ou bronze, depois daquilo, moedas de ouro passaram a simbolizar nada mais que
um mudança na cor da moeda
mas sal e prata não era reproduzíveis por simples alquimia, e sua dificuldade se adquirida
depois dos muros, consegue fazer com que navio cheio de sal tenha o valor de uma ilha
aquele valor, daria o poder dele ter o resto da sua vida vivendo como um nobre
mas o homem não pensou por um segundo em aceitar a oferta, seu atordoamento era em
pensar que aquele mulher tinha poder para simplesmente oferecer aquilo
-Naga - disse ele respirando fundo - solte a garota, ela está quase morrendo
A mulher olhou para trás, e se assustou, sua animação na oferta e fez contrair seu corpo,
esquecendo que Moriah estava em seu centro, quando olhou, a garota estava tentando
inutilmente abrir o corpo da serpente para sair daquele abraço mortal, seu rosto, estava
mudando de cor para um vermelho
-crianças não tem preço - Kaimos olhava para Naga com seus olhos frios - e não carrego o
direito sobre nenhuma para poder da algum, esperava mais de você
-outra mentira - ela começou a levar as garotas com as mãos - você me conhece bem, se
não fosse pela minha utilidade já teria atirado em meu belo rosto uma dezena de vezes,
sabe que não pode depender da Ordem para lhe dar trabalhos
-talvez
-você não é melhor que eu amor, a quantidade de sangue que você já derramou já
encheram termas inteiras onde os diabos se banham
Moriah se levantou e correu em direção a Sienna, se acolhendo nas suas costas, a cadela,
estava em posição de guarda, em seu olhar, apenas raiva da mulher, esperando uma
ordem para agir
-apenas importantes, nada especifico, sei que seu não é Moriah, mas não sei seu nome, sei
sua idade e que seu aniversario está bem proximo, sei que ela é virgem e ainda não
floresceu, e também sei que ela já matou alguém, aparentemente ela é fiel a quem a
possuir, você tem sorte, eu posso entender porque você quer ficar com ela só para você,
talvez você esteja realmente sozi…
-Se você continuar a falar - A voz de kaimos estava gelida, sua mão quase tremendo ao
segurar sua arma - eu juro pelo novos e antigos deuses, que eu vou espalhar seus cerebro
de merda por todo o quarto
Naga bufou, e foi em direção a uma das mesas da sala, a mesa carregava vários
pergaminhos fechados, ela pegou alguns deles e começou a cheira-los, em um deles, era
parou em um especifico, e sorriu
-Esse é seu trabalho - disse ela jogando seu pergaminho para Kaimos - volte apenas se
conseguir termina-lo
-espero sua escolha não sua escolha não esteja sendo influenciada pela discussão
-meu amado Kaimos - a serpente sorriu - é claro que está, eu sei que a garota vai
sobreviver a isso, pelo menos os deuses garantiram sua vida até seu aniversario se por
acaso você morrer, eu planejo encontra-la
o anão claramente queria discutir, mas acenou a cabeça e foi em direção a porta, pegou a
garota pelo braço e começou a leva-la
ele começou a leva-la pros fundos, numa outra saida, passando por um porta o anão a
abriu, dando espaço para luz da ruas do distrito, dezenas de jovem cruzavam a rua,
começando a ir em direção aos portões do distrito, alguns grupos de paladinos da ordem os
guiavam, nada parecia ser relevante além daquela fila
Enquanto fechavam a porta para sair, uma peça a tranca, e a abre o suficiente para o rosto
de Naga poder aparecer
-garota - ele dizia em uma voz quase maternal - se você quiser tomar a sua propria decisão,
lembre-se: você pode receber o pagamento pelos serviços
Moriah concordou com a cabeça a colocou de volta sua carranca, então começou a olhar
para o chão, envergonhada
-agora - disse o anão recuperando o folego - você pode me dizer, QUE MERDA VOCÊ
TAVA FAZENDO LÁ DENTRO?
a raiva do anão não durou, ambos ficaram em silencios olhando o chão, apenas com os
barulhos dos passos dessincronizados dos exercito de jovens que caminhava para seu
teste
-vamos - disse o anão depois de longos minutos - só não faça isso denovo, se eu não eu te
atiro de balista para fora das muralhas