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UNIDADE 1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE ANDRAGOGIA NA EDUCAÇÃO DE
ADULTOS
Conteúdos
1.1.Conceito de Educação
“ ao processo que visa o desenvolvimento harmónico do ser humano nos seus aspectos intelectual,
moral e físico e sua inserção na sociedade” ou “processo de aquisição de conhecimentos e
aptidões” ou ainda “adopção de comportamentos e atitudes correspondentes aos usos
socialmente tidos como correctos e adequados.” (Dicionário da língua portuguesa, 2006: 590)
o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a
geração seguinte. A educação vai se formando através de situações presenciadas e experiências vividas por
cada indivíduo ao longo da sua vida. (http://www.significados.com.br/educacao/.
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Na vertente de Freire (1987: 31) pode-se significar o valor do termo educação quando alude “a
educação tem carácter permanente. Não há seres educados e não educados, estamos todos nos
educando. Existem graus de educação, mas estes não são absolutos”.
Para Jomtien (1990), “ a educação é um direito fundamental de todos, mulheres e homens, de todas
as idades, no mundo inteiro. Cada pessoa - criança, jovem ou adulto – deve estar em condições de
aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer as suas necessidades básicas de
aprendizagem” (Ministério de Educação, 2008:8).
Nesta vertente, a educação também é analisada de acordo com a tomada de decisões dos indivíduos
quando se destaca que a “Educação é um processo contínuo que orienta e conduz o indivíduo à
novas descobertas a fim de tomar suas próprias decisões, dentro de suas capacidades ”
(OLIVEIRA, 2009: 2).
Ainda nesta perspectiva, considera-se que o valor da educação como uma conquista social e um
direito de cada cidadão, ao afirmar que, “As vezes nesta questão da educação, alguns procuram o
prestígio, a selecção, o poder, esquecendo-se dos valores humanos valorizados pela educação (...)
fundamentalmente valores associados a calma, tolerância, compreensão, paz, humildade”
(BARBOSA, 2012: 206).
O objectivo essencial da educação expressa que o direito à educação é fundamental para todo
cidadão moçambicano independentemente das suas crenças religiosas e culturais que lhe
possibilite a sua inserção social, política e económica, e para tal deve garantir um ensino de
qualidade para todos (Conselho de Ministros, 2011: 4).
Exercício
1. Elabore um quadro que resuma as principais ideias do conceito educação, tendo em
conta as concepções dos diferentes autores citados.
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foi retomado pelo alemão Eugene Rosenstock, em 1921, numa publicação em que ele argumenta
que a educação do adulto requer professores, método e filosofia diferenciados.
Eduard Lindeman retomou o termo de Rosenstock e usou-o, poucas vezes, nos Estados Unidos,
porém o termo andragogia passou a ser usado amplamente, desde 1960, na França, Yugoslávia e
Holanda, com referência à disciplina que estuda o processo de educação de adultos ou a ciência da
educação de adultos (NOTHINGHAN ANDRAGOGY GROUP, 1983).Apesar de o uso do termo
andragogia não ser novo, sua teoria e tecnologia são recentes (KNOWLES, 1978).
Nesta, ela tem sido aplicada no modelo de treinamentos organizacionais; já enquanto ciência, tem
desenvolvido um corpo de doutrina fundamentado em princípios filosóficos, psicológicos e
sociológicos que norteiam o planejamento e a administração da educação de adultos (ROSALES,
2003).
a) a primeira etapa vai desde 1920 até 1959; nesta, a andragogia compreende a educação de adultos
em todas as actividades educativas, que incluem adultos em um processo, em tempo parcial ou
actividades de ócio, de natureza livre. Os estudos universitários em tempo integral não se incluem
nessa etapa. Tal definição não considera a educação em função das características bio-psico-sociais
do sujeito;
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Nessa visão, a educação de adultos compreende um processo no qual as pessoas participam de
actividades sequenciais e organizadas com a intenção consciente de produzir trocas de
informações, conhecimentos, compreensão, destrezas, aceitação e atitudes, assim, o verdadeiro
propósito dessa educação está fundamentado numa base ampla. Dessa forma, a tarefa da educação
é ajudar as pessoas a compreender suas necessidades, os caminhos para soluções e descobrir os
recursos a seu alcance;
c) na última etapa, a educação de adultos aparece como uma necessidade da população adulta e da
sociedade para a continuidade e sobrevivência delas (Rosales, 2003). Concretamente, ela encontra-
se inscrita nas conferências da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO) – Conferências Internacionais sobre Educação de Adultos:
Elsinore/Dinamarca (1949), Montreal/Canadá (1960), Tóquio/Japão (1972), Paris/França (1985),
Hamburgo/Alemanha (1997) – embora o termo andragogia encontre-se referido apenas no
relatório final das Conferências de Tókio e de Hamburgo (UNESCO, 2005).
Exercício
De acordo com a definição creditada, na década de 1970, a Malcolm Knowles, Andragogia é a arte
ou ciência de orientar adultos a aprender. De origem grega, a palavra “andragogia” tem como
significado: andros-adulto e gogos-educar.
Em contraposição à Pedagogia (do grego paidós, criança), que se refere à educação de crianças, a
Andragogia é a arte de ensinar adultos, sendo um modelo de educação que busca compreender o
adulto dentro da escola, rompendo com aqueles padrões apresentados pela Pedagogia.
Andragogia é a arte de ensinar aos adultos, que não são aprendizes sem experiência, pois
o conhecimento vem da realidade (escola da vida). O aprendizado é factível e aplicável.
Esse aluno busca desafios e soluções de problemas, que farão diferenças em suas vidas.
Busca na realidade acadêmica realização tanto profissional como pessoal, e aprende melhor
quando o assunto é de valor imediato.
O conceito de educação de adultos não tem tido um sentido unívoco. Isto quer dizer que este
conceito tem sido discutido sob diferentes modalidades e alternativas, de acordo com as
características dos usuários e do contexto político, económico e social. Neste contexto, a educação
de adultos constitui um espaço que garante a inclusão e permanência dos sectores sociais mais
excluídos.
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Denota todo o corpo de processos organizados de educação, independentemente do seu
conteúdo, o nível e ou método, quer seja formal ou informal, se prolongar ou substituir a
educação inicial nas escolas e universidades e na forma de aprendizagem, através do qual
as pessoas consideradas adultos pela sociedade a que pertencem, desenvolver as suas
atitudes, enriquecer os seus conhecimentos, melhorar suas habilidades e competências
profissionais ou dar um novo rumo e trazer mudanças as suas atitudes ou comportamento
na dupla perspectiva da participação pessoal e pleno desenvolvimento socioeconómico e
desenvolvimento cultural equilibrado e independente (UNESCO, 1999).
Reconceitualizar o enfoque das práticas da educação de jovens e adultos apresenta-se como uma
tarefa prioritária. Esta reconceituação implica reafirmar a importância da educação para todos e a
concepção da aprendizagem como um processo de aprender a ser, a saber, a fazer e a conviver
(DELORS 1999: 6).
Educação de Adultos define-se como sendo “toda a actividade que facilita o processo de
aprendizagem e habilitação da pessoa para uma melhor participação na sociedade e no exercício
da cidadania” (SMULDERS, 2001: 15).
No âmbito do conceito de Educação, Rocha (2002: 3) apud Freire afirma que “os termos Educação
de Adultos e Educação não-formal referem-se à mesma área disciplinar, teórica e prática da
Educação, porém com finalidades distintas.
Tamayo (2007) indica que a educação de jovens e adultos se tem desenrolado em três vias
fundamentais: Educação Formal, Educação Não-Formal e Educação Informal; Portanto, o conceito
de educação de adultos vai-se definindo de acordo com o campo de acção onde se vai trabalhar.
Num sentido mais restrito, o conceito de Educação não-Formal utiliza-se também para fazer
referência àquelas actividades do sistema que fazem parte do processo educativo mediante o qual
os adultos aprendem a conhecer, a compreender o mundo que os rodeia e com quem se relacionam
( RIBEIRO & RIBEIRO, 1989).
Lima and Dias (2008) consideram a Educação Formal como uma parte singular dos sistemas
educativos que se utilizam para designar um conjunto de actividades sistemáticas de educação,
destinadas a atender aqueles grupos da população que, tendo superado os limites de
obrigatoriedade escolar, não têm tido acesso aos benefícios da educação e da cultura, em geral.
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segundo um plano de estudos, papéis definidos para educandos e educadores, e culmina com uma
certificação.
A educação informal é descrita como “educação, que acontece durante a vida das pessoas, através
das suas experiências diárias e influências ambientais (família, trabalho, entretenimento,
biblioteca, media, etc.) está associada com a educação permanente, não intencional e não
sistemática ” (MINED (2003b).
Num sentido mais restrito, o conceito de Educação não-Formal utiliza-se também para fazer
referência àquelas actividades do sistema que fazem parte do processo educativo mediante o qual
os adultos aprendem a conhecer, a compreender o mundo que os rodeia e com quem se relacionam
(A. Ribeiro & Ribeiro, 1989).
Enquanto para a PEACE CORPS trata-se de uma abordagem da educação que pode ser usada nos
adultos, jovens ou crianças, e que sua parte integrante é o facto de os educandos participarem no
desenho, desenvolvimento, implementação e avaliação do seu próprio processo de aprendizado. 2
Por sua vez a estratégia de alfabetização e educação de adultos em Moçambique adoptou a
definição da educação não-formal (ENF/AEA) como o conjunto de actividades educacionais,
organizadas e sistemáticas, realizadas fora do quadro do sistema formal de ensino, flexíveis em
tempo, local e na adaptação dos conteúdos às necessidades dos educandos.3
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Importa referir que existem vários tipos de educação não-formal. O manual da UNESCO (2006)4
debruça-se sobre alguns tipos a saber:
Educação Para-Formal
Educação Para-formal, que consiste em programas que tendem para um treinamento orientado
dos indivíduos e servem como substitutos de partes da educação formal. Este tipo de ENF/AEA
caminha em paralelo com o sistema formal da educação.
Educação Popular
Educação Popular, esta parece se localizar no extremo do campo da educação. Sua característica
principal é a concentração na camada pobre da sociedade e o ensino por via de uma abordagem
aproximativa, onde existe uma constante preocupação em adaptar o aprendizado as mudanças de
necessidade dos usuários.
Exercício
Tendo em conta as características apresentadas no quadro 1, pesquise quais são as vias de educação
de jovens e adultos mais usadas em Moçambique. Argumente sobre as vantagens delas.
4UNESCO (2006): Non-formal education and Basic education reform - a conceptual review. International institute for education
and planning, Paris, pagina 23ff
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1.4. Perspectivas andragógicas de educação de adultos
ALGO Q UE
DEVES SABER…..
No modelo andragógico, o conteúdo não é o centro, tendo um viés muito mais prática do que
teórico e mais adequado à resolução dos problemas que surgem no dia-a-dia do aprendiz
adulto. Isto não quer dizer que não há a necessidade do conteúdo. Mas este assume papel
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acessório e não central na aprendizagem que deve ser baseada em problemas, exigindo
ampla gama de conhecimentos para se chegar à solução (CAVALCANTI, 1999).
O adulto nada mais é que um membro da sociedade ao qual cabe a produção social, a direcção e a
reprodução da sociedade. O educador de adultos tem que admitir que os indivíduos os quais instrui
são homens normais e realmente cidadãos úteis, não podem ser pensados de forma marginalizada,
como uma anomalia social, mas precisam ser vistos como produto da sociedade em que vivem.
Pinto afirma:
Mas se o educador possui uma consciência verdadeiramente critica, que não pretende se sobrepor
ao educando adulto, e sim se identifica com ele e utiliza um método adequado (em essência
catártico), o analfabeto revela uma capacidade de apreensão e agudeza de vistas que o equiparam
a media dos indivíduos de sua idade em melhores condições. (PINTO, 2010, p.86)
Uma das principais funções da EJA é actuar sobre as massas, para que estas pela elevação do
conhecimento e poder cultural produzam representantes mais capacitados para influir na
sociedade. Um dos grandes erros desse tipo de ensino por parte dos docentes é conceber o adulto
como um atrasado, que o considera como uma criança que cessou de se desenvolver culturalmente,
se utilizando dos mesmos métodos que são utilizados no ensino infantil. O adulto é visto como um
ser que estacionou no seu processo de desenvolvimento.
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- não reconhece o adulto iletrado como membro actuante e pensante de sua comunidade, na qual
de nenhuma maneira é julgado um “atrasado” e onde, ao contrário, pode até desenvolver uma
personalidade de vanguarda.
Essa concepção leva a graves erros pedagógicos pela aplicação de métodos inadequados, sendo
possível combatê-la com métodos que integrem o homem a sua realidade, a sua vivencia, a
comunidade em que vive, pois os conhecimentos simbólicos da escrita e da leitura só podem ter
um desenvolvimento pleno, quando o homem conseguir desenvolver um olhar crítico sobre a sua
realidade, a sua própria vida e o seu meio social.
Exercício
A sociedade que educa o homem não pode pensar em educação sobre quatro paredes em uma sala de aula,
onde o docente é o transmissor e o discente um mero receptor, onde o “objeto” do ensino é descontextualizado
da realidade a que se destina. Quando na verdade se trata do sujeito, sabedor e detentor de conhecimento,
pois vive em um meio social e com ele também aprende. Não cabe ao professor o titulo de único possuidor
do conhecimento, do saber e da cultura.
Mosquera (1982) apresenta as fases da vida adulta em idade adulta jovem, idade adulta média e
idade adulta velha.
Dentro dessas três divisões e concepções de vida adulta, apresentam-se outras subcategorias,
cronologicamente. No entanto, o autor esclarece “que cada fase tem uma problemática específica,
dividida em subproblemáticas que atingem as pessoas nos seus momentos decisivos entre o seu
próprio projecto vital e as suas relações com os outros”.
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35 a 40 Anos
25 a 30 Anos
20 a 25 Anos
O adulto jovem está dotado dos mais fortes impulsos, os quais se manifestam, tanto pela
impulsividade como pelo emprego vivo de suas forças. O seu estado de espírito frente à vida
alcançou, por regra geral, um nível elevado. A alegria de viver e o prazer da existência fornecem-
lhe perspetivas. Logo, parece que na idade adulta jovem o ser humano busca uma valoração
pessoal, objectivando um desejo intrínseco da avaliação positiva de si mesmo pelos conhecimentos
até então adquiridos e construídos.
No que concerne à idade adulta média, as suas subdivisões são a idade adulta média inicial
compreendendo a faixa etária dos 40 aos 50 anos, a fase dos 50 aos 60, nomeada de idade adulta
média plena e a idade adulta média final, aproximadamente, dos 60 aos 65 anos de idade
cronológica.
Nesta segunda fase da vida da idade adulta média, provavelmente o homem tenha conseguido
alcançar os seus objetivos particulares de família constituída, de empregabilidade e de moradia, e
entre outras perceções acerca da vida, a idade adulta média revela-lhe a temporalidade humana
fazendo-se consciente a imortalidade. percebe a utilidade de suas construções pessoais frente ao
social, num ímpeto de ser útil e aprender o que é ser útil. O que motiva o adulto, nesta fase é,
possivelmente, a própria disponibilidade.
Seguidamente, encontra-se a subdivisão da idade adulta velha, em idade adulta velha inicial,
seguida da idade adulta velha plena e, por último, idade adulta velha final. Com as respetivas
idades cronológicas de 65 a 70, depois de 70 a 75 anos e, por fim, aproximadamente dos 75 anos
até a morte.
Exercício
Desenha figuras para ilustrar as fases da idade adulta média e idade adulta velha
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1.7. Noção de Educação ao longo da vida.
• A noção educação ao longo da vida aparece como eixo orientador de projecto educativo já
em meados de 1960.
• Na década de 1970, a designação educação ao longo da vida aparece para auxiliar num
processo de “humanização” frente à constatação da instauração de uma “crise social”.
• Em 1990, a expressão educação ao longo da vida ou ao longo de toda a vida vincula-se à
ideologia do “novo”, na ousada tarefa de construção de um “novo projecto para o século
XXI”.
Para esta construção, são indicados quatro pilares de aprendizagem, quais sejam, aprender a
conhecer, passaporte para a educação permanente “na medida em que fornece o gosto e as bases
para a aprendizagem ao longo de toda a vida” (DELORS, 1998, p. 20), apoiado, sobretudo, na
ideia de que “o processo de aprendizagem do conhecimento nunca está acabado, e pode enriquecer-
se com qualquer experiência” (DELORS, 1998, p. 93).
O segundo pilar, aprender a fazer, relaciona-se às aprendizagens além das referentes a uma
profissão, à ideia de “adquirir uma competência mais ampla, que prepare o indivíduo para enfrentar
numerosas situações, muitas delas imprevisíveis [...]” (DELORS, 1998, p. 20), ancorado na
assertiva de que as mudanças no mundo do trabalho exigirão muito mais uma formação fundada
em bases comportamentais do que intelectuais.
Quanto ao terceiro pilar, aprender a ser, o relatório sinaliza a actualidade das recomendações do
relatório de 1972 (Aprender a ser: a educação do futuro), focando, principalmente, a exigência de
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“grande capacidade de autonomia e discernimento, juntamente com o reforço da responsabilidade
pessoal, na realização de um destino colectivo [...].” (DELORS, 1998, p. 20).
O quarto, aprender a viver juntos, vincula-se directamente à idéia de criação de um “espírito novo”
que leve à “realização de projectos comuns ou, então, a uma gestão inteligente e apaziguadora dos
inevitáveis conflitos [...]” (DELORS, 1998, p. 19). A Comissão vislumbra nesta aprendizagem um
dos maiores desafios da educação, propondo para sua consecução duas vias complementares: “num
primeiro nível, a descoberta progressiva do outro. Num segundo nível, e ao longo de toda a vida,
a participação em projectos comuns, que parece ser um método eficaz para evitar ou resolver
conflitos latentes.” (DELORS, 1998, p. 97).
O Projeto Regional de Educação para a América Latina e Caribe (PRELAC), em 2002, acresce a
estes quatro pilares, um quinto, o “aprender a empreender”, prescrito “para o desenvolvimento de
uma atitude proactiva e inovadora, fazendo propostas e tomando iniciativas.” (UNESCO, 2002, p.
14).
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1. A formação deve proporcionar o desenvolvimento das capacidades e qualidades da
personalidade de uma forma harmoniosa, equilibrada e constante.
Isto pressupõe um conjunto de conhecimentos, capacidades, hábitos, convicções, atitudes
e qualidades da personalidade e do comportamento a adquirir por forma a que a formação
seja integral.
Exercício Nº 1
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1. Mencione os princípios pedagógicos recomendados no Sistema Nacional de Educação do nosso
País.
1. Assegurar o acesso da população trabalhadora à educação , com prioridade à classe operária, aos
camponeses, cooperativistas e camadas sociais que desempenham papel fundamental no processo
político, económico, social e cultural…
2. Proporcionar uma formação científica geral que confira os conhecimentos, capacidades e atitudes
necessárias para aquisição de uma concepção científica do desenvolvimento da natureza, da sociedade
e do pensamento.
A década de 70, do século XX marca uma grande viragem no campo de Educação de Adultos, quando o
pesquisador Malcolm Knowles ampliou o conceito e definiu a Andragogia como a arte ou ciência que
estuda a educação para adultos com o objectivo de atingir uma aprendizagem efectiva, capaz de desenvolver
habilidades, conhecimentos e atitudes. A Andragogia busca conhecer o que os adultos esperam, como agem,
o que desejam.
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• Com base nesse conhecimento possibilita a elaboração de estratégias e procedimentos educativos
que contribuem para melhoria da qualidade do ensino e dos resultados de aprendizagem.
• Knowles defende a tese de que pessoas adultas aprendem mais facilmente em ambientes
confortáveis, flexíveis, informais e livres de ameaças.
• O contexto e o clima adequado ao PEA concorrem para aprendizagem significativa e resultados
satisfatórios.
Eduard C. Linderman, em 1926, pesquisando as melhores formas de educar adultos para a “ American
Association for Adult Education “ percebeu algumas impropriedades nos métodos utilizados na
educação e escreveu: assuntos e professores são os pontos de partida, alunos são secundários. (…) O aluno
é solicitado a se ajustar a um currículo pré-estabelecido. Grande parte do aprendizado consiste na
transferência passiva para o estudante da experiência e conhecimento de outrem”
Príncipios Andragógicos
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Discussões em grupo Exercícios de simulação
Método de
laboratório
Estudo de casos Resolução de problemas
1. NECESSIDADE DE SABER
2. O AUTOCONCEITO DO
FORMANDO
Os adultos gostam de
Resistem às imposições
ser vistos e tratados de outrem sobre eles.
pelos outros como
capazes. Os Adultos possuem
um
auto-conceito de ser
responsáveis pelas Gera um conflito
sobre sua
próprias decisões e crença pelas próprias vidas.
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3. O PAPEL DAS EXPERIÊNCIAS
Os adultos têm predisposição para aprender aquilo que devem saber e precisam para se tornar
capacitados para enfrentar as situações da vida real.
Os adultos são centrados na vida (tarefa ou problema) do quotidiano da comunidade onde estão
inseridos, isto é, do mundo que os rodeia.
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• Motivados quando aprendizagem ajuda
Adultos a executar tarefas ou lidar com
problemas que vivem
6. MOTIVAÇÃO
Os adultos respondem a factores externos (melhores salários, promoções, salários altos). Porém
os mais poderosos são os internos (satisfação no trabalho, auto-estima, qualidade de vida).
Exercícios de
simulação
2.3. Instrução e formação
Os conteúdos relacionados com
o que vai ser tratadona aula Para melhor compreensão dos
estimulam a prontidão do adulto conceitos de instrução e formação
para aprender
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conduta em relação a fins que variam segundo as épocas, os meios, as concepções morais, sociais,
económicas, religiosas, etc.
Instrução, no sentido lato, designa a acção de formar o espírito pelos conhecimentos ou conjunto
de meios para instruir, como lições e exposições. É uma acção de transmitir e comunicar
conhecimentos atribuída ao docente. O mesmo autor considera como sendo documento contendo
indicações para uso de docentes no que tange as matérias, métodos, programas e horários. Ibdem
• Uma formação inicial teórica: estudo dos fins, das finalidades, dos objectivos da educação e do
ensino; das matérias, dos conteúdos a ensinar; da psicologia da criança e do adolescente; dos
métodos de ensino e de educação;
• Prática: observação dos alunos e das classes; exercícios práticos; lições de ensaio; estágios sob
tutela, com responsabilidade, com situação;
• Uma formação continuada que tem por objecto informar; reforçar a formação inicial
completando-a, aperfeiçoando-a; fazer retomar a formação inicial a fim de lhe rectificar os erros,
de renovar pela consideração de novos objectivos, pelo estudo de novos conteúdos, novos métodos
ou técnicas;
• Uma formação pela informação, o estudo, a pesquisa, a renovação que cada um empreende a
título pessoal, tanto no que diz respeito à teoria como prática, uma outra conduzindo à actualização
de conteúdos e de métodos, de forma prolongada ou pontual. Ibdem
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UNIDADE 3. APRENDIZAGEM NOS ADULTOS
3.1.1. Aprendizagem
Para Lopes (1996: 111), “aprender é construir seus conhecimentos e sua afectividade na interacção
com outros sujeitos e, por meio de influências recíprocas que se vão estabelecendo, cada sujeito
constrói o seu conhecimento do mundo e de si mesmo como sujeito histórico”.
De acordo com Zilberstein (2000: 8), “aprendizagem é um processo em que participa activamente
o aluno, orientado pelo docente, apropriando-se o primeiro de conhecimentos, habilidades e
competências, em um processo de socialização que favorece a formação de valores”.
Nesta perspectiva os autores José e Coelho (2002), descrevem:
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Graças ao desenvolvimento da aprendizagem, os humanos conseguiram alcançar uma certa
independência do seu contexto ecológico e podem inclusive alterá-lo de acordo com as suas
necessidades.
Para que a aprendizagem seja eficiente, Simons, (2000: 31), expressa que se necessita de três
factores básicos: a inteligência e conhecimentos prévios, experiência e motivação; ainda que todas
sejam consideradas importantes se deve valorizar que sem a devida motivação qualquer que seja
a acção que se realiza, não será totalmente satisfatória.
A definição de aprendizagem assegura que a motivação, ou seja, o desejo de aprender é
fundamental que o estudante ou o aprendiz dirija energia aos neurônios; a mesma se pode
conseguir mediante a prática de metodologias especiais que se verão limitadas à personalidade e
força de cada pessoa. http://queconceito.com.br/aprendizagem.
ACTIVIDADE
Analise os conceitos apresentados sobre aprendizagem na concepção dos autores citados e faça
uma reflexão crítica tendo em conta a aprendizagem dos jovens e adultos na fase de alfabetização
e pós-alfabetização.
Crianças (ou adultos) devem aprender o que a Pessoas aprendem o que realmente
Razões da
sociedade espera que saibam (seguindo um precisam saber (aprendizagem para a
Aprendizagem
currículo padronizado). aplicação prática na vida diária).
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O ensino é didáctico, padronizado e a A experiência é rica fonte de
Experiência do
experiência do aluno tem pouco valor. aprendizagem, através da discussão e da
Aluno
solução de problemas em grupo.
Fonte: Andragogia: A aprendizagem nos adultos. Revista de Clínica Cirúrgica da Paraíba. 1999:13.
Para entender melhor a Andragogia, Knowles (1991 apud NOGUEIRA, 2004, p. 4) revela as diferentes
formas de ensino-aprendizagem que compreende a Pedagogia e a Andragogia.
Segundo Knowles apud De Aquino (2007, p.11), o modelo andragógico possui quatro suposições
básicas para seus aprendizes, quais sejam:
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1. Seu posicionamento muda da dependência para a independência ou auto direcionamento”.
2. As pessoas acumulam um ‘reservatório’ de experiências que pode ser usado como base
sobre a qual será construída a aprendizagem.
3. Sua prontidão para aprender torna-se cada vez mais associada com as tarefas de
desenvolvimento de papéis sociais.
4. Suas perspectivas de tempo e de currículo mudam do adiamento para o imediatismo da
aplicação do que é aprendido e de uma aprendizagem centrada em assuntos para outra,
focada no desempenho.
Knowles, Holton & Swanson (1998) propõem seis princípios fundamentais da aprendizagem
de adultos, de acordo com a teoria Andragógica:
ACTIVIDADE
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3.1.3. Factores que influenciam a Aprendizagem dos Adultos
À medida que a pessoa vai atingindo a idade adulta ou de velhice ocorrem alterações fisiológicas
que eventualmente podem perturbar o processo de aprendizagem como consequência da
interrupção no seu desenvolvimento/crescimento biológico, os quais devem ser tomados em
consideração no processo de ensino-aprendizagem de adultos educandos e dentre elas salientam-
se as seguintes.
. Alterações de audição;
. Alterações de visão;
O educador deve estar preparado para enfrentar estas situações e tomar medidas correctivas e ou
adequadas para cada situação em função das necessidades individuais de cada um e do contexto.
A metodologia é muito importante na aprendizagem do adulto, porque se trata de uma pessoa que
possui conhecimentos e experiências de sua vivência, dai que se deve pensar em actividades que
irão permitir o desenvolvimento do seu potencial intelectual.
ACTIVIDADE
• O Clima de Aprendizagem;
• O Diagnóstico de Necessidades;
• A formulação de programas, objectivos e conteúdos que irão satisfazer as necessidades;
• O processo de planeamento do aprender envolve os estudantes e o professor serve de guia
do processo e da pesquisa do conteúdo;
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• A condição da experiência do ensino-aprendizagem dá-se em um processo de mútua
responsabilidade entre alunos e professor.
Motivação
• Dois componentes
- Intrínseco - depende do indivíduo e é de difícil
abordagem
- Extrínseco - depende do ambiente e pode ser
manipulável mais facilmente
• Contextualização do que deve ser transmitido em
problemas concretos aumentam o grau de motivação
• Individualização do que deve ser transmitido para
as necessidades da população-alvo.
• Manutenção da motivação é de difícil obtenção
ao longo da atividade – interrupções freqüentes e
limitação do conteúdo auxiliam a manter a motivação
O adulto gosta de trazer a discussão para situações concretas para as quais possa contribuir.
Compartilhar experiências pode tomar várias formas. O primeiro grau é compartilhar com as
pessoas mais próximas. Deve-se ter em mente, no entanto, que quanto maior a motivação da
plateia, maior será a tendência para que estas conversas paralelas aumentem e por mais técnicas
que se utilizem, a aula tende a degenerar.
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sendo a principal a de se manter a duração
da atividade dentro de limites aceitáveis
• Perguntas – aproveitá-las para atingir o objetivo.
Pode ser necessário limitá-las ou encorajá-las dependendo
da pertinência do que se é colocado.
Vide capítulo sobre Interacção.
“Feed-Back”
Característica Descrição
Necessidade de Aplicação O adulto é consciente de que pode e necessita aplicar o que aprendeu para integrar
o conhecimento.
Isto pode ser explorado em aulas teóricas com exemplos e são muito úteis para se
recapitular e motivar a platéia.
Receio em Errar Apesar de querer aplicar, o aluno teme ser ridicularizado frente ao grupo.
Situações de aplicação são as que mais acentuam este componente por envolver
outros expectadores, como pacientes por exemplo.
“Feed-Back” O adulto necessita que lhe digam se está certo ou errado para prosseguir para o
próximo passo – extensão do conceito de integração.
Em aulas teóricas isto pode ser explorado ao se dar a resposta aos exemplos/casos
propostos.
Importância em se dissociar o erro da sensação de culpa – dividir a tarefa em partes
valorizando o que foi adequado e contextualizando o erro. Posição aberta do
palestrante, admitindo também ser passível de errar.
Gibb (1960) publicou uma lista de seis princípios sobre a aprendizagem de adultos que representam um
conjunto de directrizes para que se possa obter um ambiente de aprendizagem de adultos efetiva. Esses
princípios são:
1 - A aprendizagem deve ser centralizada em problemas.
Muitas das experiências de aprendizagem consistem em um conflito entre o professor que vê os problemas do seu
próprio quadro de referências e o aluno que possui um outro conjunto de experiências a partir das quais deriva um
conjunto de problemas diferentes.
2 - A aprendizagem deve ser centralizada em experiências.
O problema do professor para desenvolver uma atmosfera de aprendizagem adequada é ajudar que sejam escolhidos
e oferecidos tipos de experiência relacionadas com o problema do estudante.
3 - A experiência deve ser significativa para o estudante
As diferentes limitações do estudante em experiências, idades, equilíbrio emocional e aptidão mental podem limitar
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ou bloquear a sua percepção de que a experiência é significativa para seu problema.
Além disso o significado das experiências não são percebidas pelo aluno do tipo não participativo.
4 - O aprendiz deve ter liberdade de analisar a experiência
Para melhor descrever qual a atmosfera adequada para aprendizagem de adultos podem ser usadas as seguintes
palavras: permissiva, de apoio, de aceitação, livre, espontânea, centralizada na realidade e no indivíduo. A
aprendizagem é uma experiência social.
5 - As metas e a pesquisa devem ser fixadas e executadas pelo aluno.
O estudante deve sentir-se livre de errar, de explorar alternativas para solução dos problemas e de participar nas
decisões sobre a organização do seu ambiente de aprendizagem.
6 - O aluno deve receber o "feed-back" sobre o seu progresso.m relação as metas
2 - O corpo dos adultos, sendo relativamente muito maior que os das crianças, está sujeito a
maiores pressões e estímulos gravitacionais:
Consequência: O conforto físico é importante para a aprendizagem de adultos; muito pouco
conforto ou em excesso podem ser desastrosos.
8 - Os adultos na sociedade moderna são cada vez mais pressionados por grande número de opções:
Consequência: aprender a decidir é uma aptidão importante.
9 - Os adultos tendem a ter comportamento grupais consistentes com suas próprias necessidades:
Consequência: usualmente os adultos adotam aqueles comportamentos que façam com que suas
necessidades sejam atendidas pelo grupo. Devem ser cultivados os comportamentos que sejam
úteis aos indivíduos e aos grupos.
10 - Adultos tendem a ter bem sedimentadas suas estruturas emocionais consistindo de valores,
atitudes e tendências:
Consequência: mudanças são perturbadoras. É mais provável obter mudanças de comportamento
em um ambiente não ameaçador e onde exista um alto grau a participação e o engajamento.
11 - Adultos tendem a ter bem desenvolvidos seus "filtros" selectivos dos estímulos:
Consequência: a maioria dos adultos só ouve aquilo que deseja ouvir. O ensino para ser eficaz
deve focalizar em mais de um sistema sensorial para que possa penetrar nos "filtros" que o adulto
usa para barrar aqueles estímulos que ele considera desagradáveis, desinteressantes ou
perturbadores.
32
Consequência: a situação de aprendizagem deve dar oportunidades de desenvolver auto-confiança
e novas aptidões.
3.4. Aprendizagem experiencial
A Teoria da Aprendizagem Experiencial (Kolb, 1984) tem origem intelectual nos trabalhos de
Lewin, Dewey e Piaget e é concebida como uma teoria de aprendizagem holística e integradora da
aprendizagem, que combina experiência, percepção, cognição e comportamento. O modelo de
Lewin é baseado na experiência do aqui e agora, seguido de colecta de dados e observação sobre
a experiência. A experiência pessoal é o ponto focal do aprendizado e o feedback é chave para
Lewin.
O modelo de Dewey é muito similar ao modelo de Lewin, com a diferença de que Dewey destaca
o propósito das acções, para além do feedback, para descrever como o aprendizado transforma os
impulsos, sentimentos e desejos de experiência concreta em acção intencional de ordem superior.
Já Piaget afirma que a chave para o aprendizado é a interacção mútua dos processos de acomodação
de conceitos à experiência no mundo e o processo de assimilação dos eventos e experiências do
mundo nos conceitos existentes. (KOLB, 1984)
Ao conceber a TAE, Kolb (1984) considerou os pontos de convergência desses autores e destacou
a importância da experiência, no sentido de experiência vivencial, para o desenvolvimento da
aprendizagem e do conhecimento. Ele resumiu os fundamentos da teoria em seis proposições:
33
I
Conforme a TAE (Kolb, 1984), o processo de aprendizagem ocorre em ciclos, ou espiral, onde o
aprendiz passa por todas as fases, de modo recursivo. As fases são:
34
Aprendizagem de acordo com LEV VIGOTSKY (1998)
Aprendizagem inclui quem aprende, quem ensina e a relação entre as pessoas (São processos sócio –
históricos); Processo de adquisições de conhecimentos, habilidades, etc. A partir do contacto com a
realidade, o meio ambiente, as outras pessoas; O aprendizado começa muito antes a frequentar a escola.
Nível de desenvolvimento real. Zona de desenvolvimento proximal. Mediação – Intervenção pedagógica.
Ponto de partida é "Aquilo que o aluno já sabe”. O conhecimento prévio do aluno é decisivo; Ocorre quando
as novas informações relacionar-se de uma maneira não arbitrária com os conhecimentos prévios; O
conceito novo vai se encaixando a um inclusor. De que forma posso identificar o nível de aprendizagem
dos meus educandos? Levantamento de conhecimentos prévios através de problematizações, escuta atenta
e observações; Mapear os níveis alfabéticos e de aprendizagem prévias dos educandos.
• O aluno precisa estar disponível a aprender: se optar por decorar (memorizar) o conteúdo de forma
aleatória, a aprendizagem será mecânica;
• O conhecimento novo (conteúdo escolar) trabalhado deve ser significativo para o aluno, de forma
que este conteúdo se relacione com aquilo que o aluno já conhece.
• Quando quem aprende encontra conteúdos quase sem sentido, ligados arbitrariamente entre si e
difíceis de relacionar com os conteúdos de estrutura cognitiva;
• Quando os conceitos são repassados para o educando de modo aleatório, solto, sem considerar o
que este já conhece para facilitar as conexões com o novo conteúdo.
Os alunos podem optar por aprender através da memorização, mesmo diante de recursos
potencialmente motivadores?
• Muitos aprendem, por triste experiência que suas respostas e conhecimentos não são
válidas;
• Outra razão consiste em que por nível elevado de ansiedade ou por experiências de
fracassos em determinadas disciplina, isso acarreta uma falta de confiança em sua
capacidade de aprender significativamente e, portanto, o aluno não vê outra alternativa
senão a aprendizagem automática para torná-lo mais seguro.
• Organizar o conteúdo a ser ensinado, partindo do todo (visão geral), para chegar aos
conteúdos específicos (as partes);
35
• Buscar identificar quais os inclusores, que o aluno deve ter para que possa aprender o
conteúdo significativamente;
• Verificar o que o aluno sabe sobre o conteúdo a ser ensinado e, caso falte inclusores ao
aluno, levar o aluno a adquirí-los.
• Ponto de partida - Respeitar e considerar a “leitura do mundo”, "o saber de experiência dos
educandos, seus conhecimentos adquiridos ao longo da vida;
• Reconhecer os educandos como sujeitos de aprendizagens Respeito ao saber dos
educandos numa relação dialógica democrática;
• “O comando da leitura e da escrita se dá a partir de palavras e temas significativos à
experiência comum dos alfabetizandos e não de palavra e de temas apenas ligados à
experiência do educador” (FREIRE, 2009, p. 29).
EXERCICIO
UNIDADE 4
O PAPEL DO ANDRAGOGO-FACILITADOR
36
4.1. Os facilitadores e as condicionantes na aprendizagem de adultos
4.2. A função de andragogo
4.3. As características e o perfil do facilitador
Objectivos
O formador, enquanto facilitador de aprendizagem, deve estar consciente dos factores que
facilitam e inibem as diferentes aprendizagens.
Existem factores internos e externos ao próprio indivíduo que podem facilitar ou inibir o
processo de aprendizagem e esses factores estão obviamente relacionados com as características
dos destinatários da formação, normalmente adultos. Por essa razão, é importante que o formador
atenda a essas características quando planifica sessões de formação.
Knowles afirmou que os adultos aprendem de maneira diferente das crianças e que os formadores
devem ser entendidos como facilitadores de aprendizagem, pelo que devem adoptar um processo
que a facilite. Foi neste contexto que definiu cinco factores que diferenciam a aprendizagem dos
adultos da aprendizagem das crianças.
37
• Afecto entre professor e aluno da EJA;
• Faixa etária;
• Profissão e experiência profissional;
• Estereótipos presentes na aprendizagem de adultos;
• Motivação;
• Autoestima;
• Unicidade.
Para além dos factores enunciados, existem ainda factores internos ao indivíduo que fazem
parte integrante da sua personalidade e da sua vivência, enquanto seres sociais, e que também
condicionam a aprendizagem.
- Atenção
- Concentração
- Memória
- Associação
- Compreensão
- Abstracção
- Intuição
- Criatividade
- Responsabilidade
- Experiência anterior
- Pragmatismo
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- Resistência à mudança
A função de andragogo
Facilitador da aprendizagem
Para Carl Rogers (1978), um dos expoentes da psicologia humanista, a aprendizagem está
vinculada a uma postura do professor, definida por ele como facilitador da aprendizagem e
mediador para um relacionamento pessoal com seu aprendiz.
• Conta com o desejo do aluno de realizar os propósitos que têm sentido para cada um, como
força de motivação subjacente à aprendizagem significativa. Pode ajudá-los a utilizar-se
dos seus próprios impulsos e propósitos como força que os impede a aprendizagem; o
sentido da frase está contrário. Podemos substituir “impede a aprendizagem” por “os leva
à aprendizagem”?
39
• Toma a iniciativa de compartilhar com o grupo tanto seus sofrimentos quanto suas ideias,
de modo a não exigir nem impor, mas simplesmente representar uma participação pessoal
que caberá aos alunos pode acolher ou recusar.
Rogers afirma:
[...] o facilitador que cuida, preza, que confia no aprendiz, cria um clima de aprendizagem tão
diferente do de uma sala de aula usual [...] como os alunos ficam profundamente reconhecidos ao
serem compreendidos–não avaliados, nem julgados, compreendidos simplesmente do seu, não do
ponto de vista do professor (ROGERS, 1978, p. 116-17).
Caracterização da Profissão
40
O objecto do trabalho do facilitador/ formador é a direcção do processo de ensino- aprendizagem,
tendo como centro de interesse a orientação, capacitação, preparação e guião da atenção
pedagógica e formativa dos alfabetizadores, potenciado através da instrução, que faça a gestão do
processo formativo das diferentes matérias ou conteúdos com uma abordagem global e
desenvolvedora, como uso eficiente dos materiais didácticos.
Assumir a tarefa de ser formador consiste em adoptar todo um conjunto de atitudes adequadas ao
conteúdo da formação e relacionadas com as funções do formador. Como elemento facilitador da
aprendizagem, o formador possui o papel de Animador da Formação.
41
5.1. Métodos de ensino (participativos e activos) na Educação de Adultos
Labarrere (1989:32) alude que “Métodos de ensino são vias ou modos de organização da actividade
cognitiva dos alunos para garantir o domínio do conhecimento, habilidades e os métodos de
actividade prática”.
Zilberstein (2000), destaca a categoria método (como ensinar e como aprender?), este autor define
o método como o “sistema de acções, passos e procedimentos, que regula a actividade do professor
e dos alunos, em função do alcance dos objectivos. Ainda o autor argumenta que, tendo em conta
as exigências actuais, deve-se vincular a utilização de métodos reprodutivos com produtivos,
procurando sempre que seja possível, o predomínio destes últimos”.
42
Os métodos de ensino podem ser Gerais e particulares.
Os métodos gerais são aqueles que podem ser utilizados em diferentes matérias e expressam o
carácter geral da didáctica de ensino-aprendizagem. Ex: a Elaboração Conjunta, Explicação,
Conversação.
Método de exposição pelo professor - O aluno assume uma posição passiva perante a matéria
explanada. A exposição pode ser de vários tipos: verbal, demonstração, ilustração.
Método de trabalho independente: Consiste em tarefas dirigidas e orientadas pelo professor para
os alunos resolverem de maneira independente e criativa. Este método tem, na atitude mental do
aluno, seu ponto forte. Tem também a possibilidade de apresentar fases com a tarefa preparatória,
tarefa de assimilação de conteúdos, tarefas de elaboração pessoal. Uma das formas mais
conhecidas de trabalho independente é o estudo dirigido individual ou em duplas.
43
1. A forma lógica de obtenção de conhecimento.
Métodos Métodos de
Método
Exposição
Método trabalho
Método
independente
Elaboração
Conjunta
Método Método
Produtivo Reprodutivo
Na alfabetização de jovens e adultos acredita-se que um dos grandes fracassos desta actividade
esteja ligado ao não uso adequado de métodos específicos para este grupo-alvo. A principal
preocupação e discussão dos educadores deste ensino centra-se nos métodos de ensino
44
Algumas respostas podem ser encontradas no conteúdo que se segue, o qual ajuda a reflectir sobre
diferentes métodos que podem ser desenvolvidos no processo de ensino e aprendizagem da leitura
e escrita dos jovens e adultos.
Em primeiro lugar, os alfabetizadores devem procurar saber o que os seus alunos já sabem sobre
o assunto em discussão, procurando entender como eles chegaram a formular aquelas opiniões,
por exemplo, se são resultado da experiência ou de ensinamentos que receberam dos pais, ou ainda
informação veiculada pela rádio ou pela televisão.
Num segundo momento, os alfabetizadores devem fazer a comparação entre opiniões semelhantes
e divergentes na turma, fazendo também questionamentos que levem os alunos a interessarem-se
por buscar mais informações sobre o tema.
Neste processo os alfabetizadores devem registar as ideias principais no quadro de giz, ou elaborar
cartazes com frases e desenhos. Podem, enfim, conduzir o aluno na busca de mais informações
sobre o tema de modo a melhorar a compreensão que tem sobre o tema abordado.
Os registos que são feitos pelo alfabetizador, são resultado dos temas apresentados através de
histórias orais, leitura de algum conto, dramatização e outras formas que traduzem a apresentação
de algum conteúdo.
45
Método global ou analítico-sintético, este método actua como um todo e é resultado da
combinação entre o método analítico e sintético e proporciona uma aprendizagem da leitura com
a associação progressiva dos diferentes sons da língua falada com os signos visuais (letras ou
grafias), quer dizer, aprender a ler ou escrever o que se fala daí designar-se método ecléctico,
misto, global ou composto.
Os métodos analíticos, são aqueles métodos que têm como ponto de partida o uso de unidades da
linguagem que têm uma significação para quem lê. Fundamentam-se no significado das unidades
da língua, isto é: palavras, frases e orações, são o ponto de partida do processo de aprendizagem
da leitura quando são reconhecidos como unidade significativa, para logo dirigir a atenção aos
elementos mais pequenos que os compõem.
Os métodos analíticos propõem ir do todo às partes, significa partir da palavra ou unidades maiores
à palavra (frase ou oração), para depois chegar-se às unidades menores.
A maior vantagem dos métodos analíticos é que parte de unidades com significado (palavra, frase
ou oração) portanto, o processo de alfabetização pode ter maior sentido e interesse para os
alfabetizandos. Esta é uma das razões pela qual os métodos analíticos são cada vez mais usados.
São métodos que tem em conta as diferentes unidades linguísticas. Propõem ir da parte ao todo.
Isto é, começar com unidades linguísticas menores à palavra (letra, fonema, sílaba).
46
Os métodos sintéticos iniciam da parte para o todo, significa começar com o estudo de unidades
linguísticas menores a palavra ex: a letra (métodos alfabéticos ou da letra), o fonema (métodos
fonéticos) ou a sílaba (métodos silábicos).
A hipótese principal é que o ensino da leitura deve começar pelo domínio dos componentes das
palavras (as letras ou sílabas). De este modo, quando estes elementos são aprendidos podem-se
combinar gradualmente para trabalhar unidades mais longas como as sílabas, palavras, frases e
orações.
O método alfabético, consiste em familiarizar o adulto com as formas e nomes das letras, de modo
a ajudá-lo a reconhecer e a pronunciar as palavras. O domínio adquire-se mediante a repetição.
O método fonético, consiste em familiarizar ao adulto com os sons das letras, dos seus nomes, os
quais podem ser combinados em sílabas, palavras e em unidades mais longas da linguagem.
A sequência se inicia com o ensino das formas e som das letras, geralmente começa pelas vogais.
O professor escreve a letra a no quadro, ou assinala no livro, ao mesmo tempo indica o som e
chama a atenção sobre os movimentos da boca requeridos para pronuncia-la.
Em seguida introduzem-se as consoantes numa ordem prescrita e o seu som se combina com uma
das vogais. Finalmente, as sílabas são combinadas para formar palavras e a estas frases e orações.
O Método silábico, o que caracteriza este método é a unidade silábica, como unidade chave do
som. As sílabas aprendidas combinam-se para formar palavras e orações, apresenta-se a forma e o
som das vogais mediante palavras, sendo formuladas primeiro como partes de uma palavra e logo
separadas. Da mesma forma a aprendizagem das sílabas realiza-se mediante exercícios de
repetição até atingir o seu reconhecimento e pronunciação.
O método de palavras, neste método cada palavra é apresentada num contexto e é aprendida
mediante um processo que se inicia com um descobrimento do significado da palavra pretendida.
Para facilitar a aprendizagem dessa palavra em um quadro, com a finalidade de reforçar recordar
e associar. Logo, aprendida a palavra se orienta a atenção aos elementos componentes, as sílabas
e letras e os sons. Permite que possam reconhecer e pronunciar novas palavras a partir da
combinação das sílabas conhecidas.
O método de frases, este método tem como base a ideia de que a frase tem um conteúdo mais
significativo que a palavra e, além disso, permite um processo mais rápido para uma leitura
eficiente. Neste método cada frase é escrita num quadro preto ou outro lugar que seja
suficientemente visível para todos os adultos.
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Mediante exercícios de repetição, aprende-se, gradualmente, a distinguir as novas frases das
anteriores. Em cada frase destacam-se as palavras conhecidas e se aprendem as novas, seguindo
os passos do Método de Palavras em que cada palavra é apresentada num contexto e é aprendida
mediante um processo que se inicia com um descobrimento do significado da palavra pretendida.
Método de orações, com este método, a oração é a unidade natural na linguagem e também a
unidade na leitura. A oração não é a soma ou sequência de letras, sons e nomes de palavras ela tem
um significado e um som total muito distinto que se percebe quando o significado total está na
consciência de quem lê ou fala.
A primeira parte da aplicação do método centra-se numa actividade de conversação sobre um tema
de interesse para os adultos, em seguida escreve-se no quadro preto uma oração que representa
uma ideia importante da conversação que se tem.
Em cada oração os adultos encontram aqueles grupos de palavras que têm um significado especial.
Depois das primeiras aulas, este processo é feito mais facilmente pela ajuda das palavras
aprendidas, finalmente, segue o processo da decomposição de cada palavra.
O método de orações bem aplicado permite o desenvolvimento de atitudes para uma boa leitura,
como: atitude de leitura compreensiva, clara compreensão do significado, segurança e
independência no reconhecimento das palavras, reacção inteligente frente ao que se lê, aplicação
das ideias adquiridas e um interesse na aprendizagem.
48
6.3. Considerações a ter em conta para um bom desenvolvimento das Aulas
6.4. Considerações específicas a ter em conta pelo alfabetizador/educador na planificação e
desenvolvimento das aulas
Considera-se plano de aula, o sistema de etapas, passos, acções e tarefas organizadas para o
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, que define as actividades do professor e
dos alunos e permite o cumprimento dos objectivos instrutivos e educativos.
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programa oficial, o livro adoptado e outros recursos disponíveis (materiais, equipamentos,
etc.)
Introdução e Domínio e
Motivação Consolidação
Mediação e Controle e
Assimilação avaliação
c) Domínio e Consolidação
Neste momento da aula o professor procura dar espaço para a aplicação de conhecimentos
apropriados pelos alunos durante a explicação do conteúdo, através de exercícios orais e escritos.
É nesta fase que o professor avalia se a aula foi compreendida e se é necessário, reforçar a
explicação do conteúdo direccionando para a parte em que os alunos demonstrem dificuldades.
Presta atenção principalmente á actividade prática, aos exercícios fundamentais.
d) Controlo e Avaliação
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É um espaço privilegiado para um olhar crítico de todo o processo que se desenrolou até a esse
momento. Certifica-se se as competências básicas do conteúdo da aula foram atingidas ou não.
Deve haver uma interligação entre os objectivos do nível, da unidade e da aula E na sua formulação
deve-se considerar o seguinte:
51
Interpretar o objecto da informação. Analisar o objecto. Determinar as características
Argumentar os critérios de partida. Determinar o essencial, as essenciais que distinguem o
Exercer interacção entre os características significativas, a objecto.
argumentos seleccionados. prioridade mais importante. Enunciar de forma clara e
Ordenar logicamente as inter- Comparar com outros objectos. concisa as características
relações encontradas. Seleccionar os elementos que essenciais.
tipificam.
Comparar Descrever Argumentar
Determinar os objectos de Determinar o objecto a descrever. Interpretar os juízos iniciais.
comparação, as linhas, os Observação do objecto para o Procurar outros juízos para
parâmetros. descrever. corroborar com os iniciais
Determinar as diferenças e Determinação lógica dos elementos Seleccionar as regras lógicas
semelhanças entre objectos. a descrever. (conclusões), com base no
Elaborar conclusões acerca de cada Reproduzir as características do raciocínio.
objecto (sínteses parcial). objecto.
Elaborar conclusões gerais.
Demonstrar Valorizar Identificar
Caracterizar o objecto de Caracterizar o objecto. Determinar o objecto a
demonstração. Estabelecer os juízos ou critérios de identificar.
Seleccionar os argumentos ou avaliação. Observação do objecto para
factos para justificar o objecto de Comparar o objecto com os critérios identificar.
demonstração. de avaliação. Determinação lógica dos
Elaborar o raciocínio para mostrar a Estabelecer os juízos de valor sobre elementos a identificar.
veracidade do juízo de o objecto. Reproduzir as características
demonstração. Argumentar os juízos de valor do objecto.
elaborado.
Observar Analisar Representar
Determinar o objecto. Determinar critérios Simplificar mentalmente
Perceber Observar Desenhar símbolos
Fixar Descompor elementos em suas
características, funções e aspectos
Generalizar Reflectir Interpretar
Observar Observar Observar
Analisar Analisar Analisar
Identificar Comparar Reflectir
Seleccionar juízos ou proposições Valorizar
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Classificar Planear Controlar
Determinar critérios Determinar tarefas Observar
Observar Distribuir responsabilidades Analisar
Localizar Precisar prazos de execução das Comparar
tarefas Regular
6.3.4. Motivação
A motivação deve desenvolver-se durante toda a aula, de modo que o aluno não perca o interesse
pelo conteúdo. A didáctica como princípio deve formular situações polémicas onde o aluno realize
a análise da situação polémica, realize a análise da situação, tendo em conta a utilização da
sistematização dos conteúdos.
Com isto pretendemos dizer, que o aluno aplique seus conhecimentos na solução da problemática,
deixando o aluno numa incógnita que lhe motive e sinta a necessidade de aprender o desconhecido.
A motivação não deve ser forçada nem ser executada de forma radical, deve ter relação estreita
com o conteúdo declarado no objectivo da aula.
53
a) Aula de fixação, pode partir de uma problemática estudada, realizando com maior nível de
profundidade, criando em alguns alunos dificuldade para dar a solução e assim pela necessidade
de continuar o aprofundamento é necessário continuar com o estudo desse conteúdo.
b) Aula de Novo Conteúdo, pode partir duma situação polémica onde o aluno possa ou não dar a
solução, mas, existindo a necessidade de receber maior informação acerca da temática colocada.
O professor desenvolve o conteúdo previsto para dar cumprimento ao objectivo da aula, utilizando
meios de ensino para uma melhor compreensão do conteúdo.
Depois do desenvolvimento do conteúdo, o aluno deve dar cumprimento do objectivo colocado
pelo professor através do trabalho independente, ex: Escrever notas da aula, trabalhar com textos,
realizar os trabalhos na aula e fora da aula.
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- Considerar o adulto como centro do processo de ensino-aprendizagem e sujeito activo do
processo;
- Os conteúdos devem ter em conta a realidade dos alfabetizados, respondendo a seus interesses
para facilitar a sua participação e uma melhor compreensão do mesmo;
- Acompanhar e orientar os educandos na resolução de exercícios;
- Prestar atenção as diferenças individuais dos alfabetizandos;
O trabalho com os adultos não se limita apenas aos procedimentos metodológicos a ter em conta
no processo de aprendizagem mas também muita compreensão e atitudes pessoais específicas por
parte do educador, como por ex: o respeito, a experiência, sensibilidade e susceptibilidade e
iniciativa.
Todos estes elementos devem ser tomados em conta no desenvolvimento das aulas pelo
alfabetizador.
A relação alfabetizador/Alfabetizando é muito importante no estabelecimento de diálogo recíproco
entre ambos e com ênfase na retro-alimentação, de modo a identificar-se possíveis lacunas e
dificuldades na perspectiva da sua correcção, sendo importante a franqueza, afectividade o saber
ouvir.
ACTIVIDADES
i. Assista a uma aula de Literacia e realize observações sobre o cumprimento das funções didácticas.
ii. Explique o papel da motivação no processo de ensino-aprendizagem dos jovens e adultos.
iii. Elabore um plano de aula de Numeracia tendo em conta as etapas/funções didácticas e
considerações específicas a ter em conta pelo alfabetizador/educador na planificação e
desenvolvimento das aulas.
iv. Práticas de simulação de aulas
v.
BIBLIOGRAFIA
55
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Paz e Terra, 2011.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Tradução de Moacir Gadotti e Lillian LopesMartin. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1979.
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