19/02/2024, 09:34 Idade Média – Wikipédia, a enciclopédia livre
conquista de Constantinopla pelos Turcos em 1453, ou a Reforma Protestante em 1517.[12] Por
outro lado, os historiadores ingleses normalmente referem-se à batalha de Bosworth em 1485 como referência para o fim do período.[nt 2] Em Espanha, é comum o recurso ao ano de 1516, aquando a morte do rei Fernando II de Aragão, ou o ano da morte da rainha Isabel I de Castela em 1504, ou ainda a conquista de Granada em 1492.[13]
Os historiadores de línguas românicas tendem a dividir a Idade Média em duas partes: um
primeiro período, a Alta Idade Média (do século V até o século X) e um segundo período, a Baixa Idade Média (do século XI até o século XV). Os historiadores anglo-saxónicos dividem normalmente a Idade Média em três segmentos: "Early Middle Ages", ou "idade média arcaica", definido entre 476 e o ano 1000; "High Middle Ages", ou "alta idade média", entre o ano 1000 e 1300; e "Late Middle Ages" ou "Idade média tardia" entre 1300 e 1453.[2] Os termos foram popularizados durante o início do século XX pelo historiador belga Henri Pirenne e pelo holandês Johan Huizinga. Durante todo o século XIX, a Idade Média era frequentemente referida como a "Idade das trevas", mas com a criação de subdivisões o uso do termo ficou restrito ao período arcaico.[14]
Queda do Império Romano
O Império Romano atingiu o seu apogeu e máxima extensão territorial durante o século II, mas durante os dois séculos seguintes verificar-se- ia o lento declínio do domínio territorial romano sobre os seus territórios.[15] A crise económica, refletida na inflação, e instabilidade nas fronteiras motivada pela pressão de povos invasores, estiveram na origem da crise do terceiro século, períodos em que um vasto número de imperadores ascendia ao trono apenas para ser rapidamente substituído por novos usurpadores.[16] O orçamento militar aumentou constantemente ao longo de todo o terceiro século, sobretudo na sequência de uma nova guerra contra o Império Sassânida, iniciada em meados do século. A necessidade de receitas levou à aplicação de uma sobretaxa fiscal e ao declínio em massa da classe média, proprietária de terrenos e unidades de produção, extinguindo-se assim Os Tetrarcas, escultura em o financiamento das estruturas administrativas de cada povoação.[17] pórfiro do século IV, originalmente alojada em No ano de 286, o imperador Diocleciano divide o império em duas Constantinopla. Em Veneza metades, oriental e ocidental, administradas separadamente. No desde a Quarta Cruzada de entanto, os próprios cidadãos e administradores públicos não viam o 1204 seu império como dividido, e as promulgações legais e administrativas de uma parte eram consideradas válidas na outra. Este sistema, que viria a ter dois coimperadores seniores (augustos) e dois coimperadores juniores (césares), seria conhecido como tetrarquia.[18] Em 330, depois de um período de guerra civil, o imperador Constantino tornar-se-ia imperador único e refundaria a cidade de Bizâncio como Constantinopla, a nova e renovada capital oriental.[19]
As reformas de Diocleciano criaram uma administração pública forte, a reforma da cobrança de
impostos, e o fortalecimento do exército, o que permitiu ganhar algum tempo mas não resolveu por completo os problemas que enfrentava: tributação excessiva, queda da taxa de natalidade e pressão fronteiriça.[20] Em meados do século IV, tornou-se constante a deflagração de guerras civis entre imperadores rivais, retirando forças das fronteiras e dando espaço à infiltração de bárbaros.[21] No século IV, a sociedade romana era já bastante diferente da do período clássico, assistindo-se ao aumento das desigualdades sociais e ao declínio de vitalidade das cidades pequenas.[22] O império converte-se também ao cristianismo, um processo gradual que decorreu entre os séculos II e V.[23][24] https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_Média 3/38