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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

Discente: Francyslayne de Jesus Oliveira

Resumo – Herdabilidade de características

A herdabilidade é um coeficiente genético que reflete a proporção da variância


genética em relação à variância total de um determinado atributo em uma população. A
variância de um traço na população é conhecida como variância fenotípica, enquanto a
variância genética é denominada variância genotípica. Assim, a herdabilidade é uma
medida da variância genotípica em relação à variância fenotípica.
Vários fatores influenciam a herdabilidade, sendo um dos mais significativos a
amplitude de variação nos ambientes. A herdabilidade quantifica a fração da variabilidade
do fenótipo que pode ser atribuída à variação genética. Esse coeficiente aumenta quando
a genética contribui com mais variação ou quando fatores não genéticos contribuem com
menos variação, sendo crucial considerar a contribuição relativa de ambos os aspectos.
Importante ressaltar que a herdabilidade é específica para uma população em um
determinado ambiente.
A herdabilidade pode sofrer alterações devido a mudanças no ambiente, migração,
consanguinidade ou variações na forma como é medida na população estudada. As
estimativas de herdabilidade utilizam análises estatísticas para identificar as causas das
diferenças entre os indivíduos e como está relacionada à variação, ela relata as
discrepâncias entre os indivíduos em uma população.
A análise pode ser univariada, focalizando uma única característica, ou
multivariada, examinando as associações genéticas e ambientais entre várias
características simultaneamente. É fundamental que haja alguma variação populacional
para realizar análises de herdabilidade.
Esse coeficiente é expresso por H2 e pode variar de 0 a 1,0. Quando toda a variação
em uma população ocorre em virtude de fontes ambientais e não há variação genética H²
é igual a 0. Quando toda a variação em uma população ocorre em virtude de fontes
genéticas a variância genotípica é igual a variância fenotípica e H2 é igual a 1,0.
A variância genética pode ser dividida em três componentes: variância aditiva,
dominante e epistática. A variância genética aditiva ocorre devido aos efeitos aditivos do
genes e é usada para calcular a herdabilidade no sentido restrito (h2), que é a razão da
variância aditiva em relação à variância fenotípica. Ela mede o quanto os fenótipos dos
indivíduos são determinados pelos genes herdados de seus progenitores. Compreender a
herdabilidade específica de um traço é essencial para antecipar como esse traço
responderá ao cruzamento seletivo ou às pressões da seleção natural. Assim, os produtores
utilizam esse conhecimento para orientar programas de melhoramento genético. Essa
métrica é empregada não apenas na previsão dos fenótipos da descendência, mas também
na estimativa do valor genético dos indivíduos na população reprodutiva.
Bibliografia

GIANNOTTI, Juliana Di Giorgio; PACKER, Irineu Umberto; MERCADANTE, Maria


Eugênia Zerlotti. Meta-análise para estimativas de herdabilidade para características de
crescimento em bovinos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 34, p. 1173-
1180, 2005.
Melhoramento Genético Animal no Brasil - Herdabilidade. Disponível em:
<https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/doc/doc75/04herdabilidade.html>.
KORITIAKI, N. A. Herdabilidade e Repetibilidade. Disponível em:
<https://nadispersa.medium.com/herdabilidade-e-repetibilidade-b385bd1c6dc3>.
Por que algumas características são mais fáceis de serem selecionadas? Disponível
em: <https://www.revistaleiteintegral.com.br/noticia/por-que-algumas-caracteristicas-
sao-mais-faceis-de-serem-selecionadas>.

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