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ESTRUTURA E
FUNÇÃO DAS
IMUNOGLOBULINAS
IMUNOLOGIA 1
ESTRUTURA E FUNÇÃO DAS IMUNOGLOBULINAS
ESTRUTURA E
FUNÇÃO DAS
IMUNOGLOBULINAS
CONTEÚDO: HIASMIN ACOSTA ALVES
CURADORIA: FABRÍCIO MONTALVÃO
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ESTRUTURA E FUNÇÃO DAS IMUNOGLOBULINAS
SUMÁRIO
Referências .................................................................................................... 13
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Figura 2 – Clivagem do anticorpo pela papaína em dois fragmentos Fab e um fragmento Fc (esquerda).
Clivagem do anticorpo pela pepsina em um fragmento F(ab’)2 e fragmentos peptídicos (direita).
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eles se ligam e quais funções irão de- unidade estrutural básica do anticorpo.
sempenhar. Já as formas secretadas de IgM e IgA
formam complexos multiméricos em que
Há dois isotipos de cadeias leves deno- dois ou mais núcleos de quatro cadeias
minados k (kappa) e l (lambda), que são de unidades estruturais do anticorpo são
diferenciados por suas regiões constan- ligadas covalentemente. A IgM secre-
tes (C) carboxiterminais. Cada molécula tada é um pentâmero. A IgA é frequen-
de anticorpo possui duas cadeias leves k temente secretada como um dímero.
idênticas ou duas cadeias l idênticas.
As moléculas multiméricas de IgM e IgA
Anticorpos secretados e associados à também possuem um polipeptídeo adi-
membrana diferem na sequência de cional denominado de cadeia (J) (não
aminoácidos da porção carboxiterminal confundir com os genes J, envolvidos no
da região da cadeia pesada. Na forma rerranjo que codifica o TCR e o BCR), que
secretada, a porção carboxiterminal é é ligado por pontes dissulfeto aos peda-
hidrofílica. Já a forma ligada a mem- ços das caudas e serve para estabilizar
brana contém um pedaço carboxitermi- os complexos multiméricos.
nal que inclui uma região transmem-
brana hidrofóbica α-helicoidal e uma CINÉTICA DE PRODUÇÃO DE IGS
porção carregada positivamente na re-
gião intracelular, logo abaixo da mem- As cadeias pesadas e leves da Ig são
brana. sintetizadas em ribossomos ligados à
membrana no retículo endoplasmático
Os aminoácidos carregados positiva- rugoso. A proteína é translocada para o
mente se ligam aos grupos de cabeça retículo endoplasmático e as cadeias
fosfolipídica carregados negativamente pesadas da Ig são glicosiladas durante
na região interna da membrana plasmá- esse processo.
tica e realizam a ancoragem da proteína
na membrana. A dobra das cadeias pesadas da Ig e sua
montagem com as cadeias leves são re-
Nas moléculas IgM e IgD da membrana, guladas por proteínas presentes no retí-
a porção citoplasmática da cadeia pe- culo endoplasmático denominadas cha-
sada é curta, pois possuem apenas três peronas. Essas proteínas, como a calne-
resíduos de aminoácidos de compri- xina e a molécula BiP (proteína de liga-
mento. Já nas moléculas de IgG e IgE de ção), se ligam a polipeptídeos Ig sinteti-
membrana, a porção citoplasmática da zados e garantem que eles sejam retidos
cadeia pesada pode chegar até 30 resí- ou degradados, se não forem dobrados
duos de aminoácidos de comprimento. corretamente e encaixados em molécu-
las de Ig completas.
As moléculas de IgG e IgE secretadas e o
BCR são monoméricas, reprsentando a
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A associação covalente das cadeias pe- Quando os linfócitos B são ativados por
sadas e leves, estabilizada por pontes antígenos e outros estímulos, as células
dissulfeto, também ocorre no retículo en- se diferenciam em células secretoras de
doplasmático. Após a montagem, as anticorpos e, em conjunto, ocorrem mu-
moléculas de Ig são liberadas das cha- danças no padrão de produção da Ig.
peronas, transportadas para a cisterna Uma dessas alterações é o aumento da
do complexo de Golgi e encaminhadas produção da forma secretada de Ig em
para a membrana plasmática em vesí- relação à forma membranar.
culas. Os anticorpos de membrana são
ancorados na membrana plasmática e FUNÇÕES EFETORAS DE
os anticorpos secretados são transpor- ANTICORPOS
tados para fora da célula.
Neutralização de microrganismos e
A maturação das células B é associada toxinas microbianas
com alterações específicas na expres-
são do gene da Ig, o que gera a produ- Os anticorpos contra microrganismos e
ção de moléculas de Ig de diferentes for- toxinas microbianas bloqueiam a liga-
mas. A célula pré-B sintetiza a forma ção desses agentes e suas toxinas aos
membranar da cadeia pesada μ. Essas receptores celulares, neutralizando-os.
cadeias μ se associam a proteínas deno- Muitos microrganismos penetram nas
minadas cadeias leves substitutas, para células hospedeiras através da ligação
formar o receptor da célula pré-B. de moléculas da superfície microbiana
com proteínas ou lipídios de membrana
Células B imaturas e maduras produzem das células hospedeiras.
cadeias leves k ou l que se associam as
proteínas μ para formar moléculas de Os anticorpos que se ligam nessas estru-
IgM. As células B maduras expressam turas microbianas bloqueiam a possível
formas membranares de IgM e IgD. Esses interação destes com os receptores ce-
receptores Ig de membrana servem lulares, evitando a infecção. Muitas toxi-
como receptores de superfície celular nas microbianas também desenvolvem
que reconhecem antígenos e iniciam a seus efeitos patológicos através da liga-
ativação da célula B. ção com receptores celulares, como a
toxina tetânica e a toxina diftérica.
O receptor da célula pré-B e o receptor
de antígeno da célula B estão não cova- Anticorpos contra essas toxinas dificul-
lentemente associados a duas outras tam as interações das toxinas com as
proteínas de membrana, Igα e Igβ, que células hospedeiras, impedindo que as
atuam nas funções de sinalização e são toxinas produzam lesão e doença.
muito importantes para a expressão de
IgM e IgD na superfície.
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Anticorpos Significado
REFERÊNCIAS
ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H.; PILLAI, Shiv. Imunologia celular e
molecular. 8ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
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