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5. Antígenos e Anticorpos
#SANAR
Anticorpos
São produzidos pelos linfócitos B e secretados pelos plasmócitos (linfócitos
B ativados)

São produzidos junto com os linfócitos B, já sua proliferação e secreção ocorrem


em resposta a exposição aos antígenos

São proteínas circulantes → inicialmente são ligados à membrana dos linfócitos B e


auxiliam no reconhecimento dos antígenos, pois têm na sua estrutura uma área
para se ligar e reconhecer o antígeno → posteriormente, são secretados para
ajudar na eliminação do microrganismo ou do antígeno qualquer

Linfócitos B → ativação → plasmócito (linf. B ativados)

A secreção de anticorpos é muito específica → os anticorpos não são


produzidos em resposta a antígeno!! → quando os linf. B são produzidos, são
produzidos juntos os seus anticorpos específicos → são células que nascem
prontas para reconhecer determinado antígeno

Os anticorpos podem se ligar ao antígeno ou a células do sistema imune → o


anticorpo coordena a fagocitose do antígeno → levando a eliminação desse
antígeno

2/3 dos anticorpos que temos atuando são IgA → porque são muito abundantes
em mucosas respiratórias e do trato gastrointestinal

Funções efetoras dos anticorpos


Neutralização do microrganismo

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Ativação do sistema complemento

Opsonização → para coordenar a fagocitose

Direcionamento da citotoxicidade → pode coordenar linfócitos T citotóxicos ou


células NK para destruírem céls infectadas

Ativação de mastócitos → para degranulação

Estrutura do anticorpo ⚠️

Região Fc (corpo) → se liga as outras células do sistema imune

Região Fab (perninhas)→ ajuda a reconhecer e se liga ao antígeno

É feita por cadeia pesada e cadeia leve

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A cadeia pesada segue até o corpo, então ela que possui a dobradiça que
permite esse Y.

A cadeia leve é ligada à pesada por pontes dissulfeto

A principal área de ligação do antígeno é a região V (que fica mais na


ponta) → Vh (heavy - pesada) e Vl (leve)

Na parte A da imagem → IgG secretada

Na parte B da imagem → IgM de membrana → ligada ainda à membrana


plasmática da célula B

O fato de ser uma imunoglobulina secretada ou de membrana altera um pouco a


sua estrutura

Características gerais
Imunoglobulina = anticorpo! São sinônimos

A estrutura básica é muito semelhante/mais constante = Fc = parte que se liga às


células

A parte que se liga ao antígeno é mais variável = Fab

Existe uma imensa variedade de anticorpos → cada anticorpo é para um


antígeno

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⚠️ Para lembrar:

Regiões V → estão na pontinha do Fab

Região de reconhecimento e posterior ligação aos antígenos

São regiões de maior diversidade

V de vírus / variável

Regiões C → regiões de interação com as células do sistema imune

Coordenam as funções efetoras

Não participam da ligação ao antígeno

C de célula / constantes

Regiões variáveis
Regiões hipervariáveis → 3 trechos específicos nas regiões V das cadeias
pesada (VH) e leve (VL), em que existe maior variabilidade, maior diferença entre
um anticorpo e outro

São chamadas “Regiões de Determinação de Complementariedade” (CDRs)

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Regiões constantes
São as que vão diferenciar um isotipo de imunoglobulina para outro → IgA, IgD,
IgE, IgG e IgM

Cada imunoglobulina vai diferir da outra por conta das regiões C da cadeia
pesada

A meia-vida plasmática da IgG é maior (essa imunoglobulina é mais ligada a


infecções crônicas)

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⚠️ Por que a IgG possui maior meia-vida?
É uma proteína plasmática (circulante) → é endocitada junto com outras
proteínas plasmáticas → dentro do endossoma, o IgG se liga a um receptor
chamado de FcRn que permite que o IgG fuja do lisossoma, para que seja
exocitado da célula e volte à circulação.

As outras proteínas não se ligam a esse receptor e, portanto, logo são


degradadas

Funções dos isotipos


Vai depender da ligação com a região C

As regiões Fc, que se ligam às células, vão interagir com receptores Fc nas células
do sistema imune

Vão se ligar à fagócitos, céls. NK, mastócitos, proteínas plasmáticas

Cada isotipo vai interagir de uma forma diferente com essas células, tendo uma
especificidade diferente

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Flexibilidade dos anticorpos

As perninhas do Y podem se ligar aos antígenos, mas temos dois pontos de


ligação

Se os antígenos estiverem bem próximos, esses dois pontos de ligação


conseguem se ligar sem problemas. → em B

No entanto, se os antígenos estiverem muitos separados, é importante ter a


flexibilização para separar esses dois pontos e poder se ligar a dois locais de
ligação dos antígenos que estejam mais separados, para conseguir uma força de
ligação ainda maior → em A

Anticorpos monoclonais

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Tumor de plasmócitos (mleloma) → geram de forma desenfreada anticorpos de mesma
especificidade

A gente imuniza um animal para um antígeno que a gente quer combater → animal
infectado vai gerar céls. B contra o antígeno

Depois funde as células B do animal com as células do tumor do plasmócito →


gerando hibridomas

Esses hibridomas vão produzir anticorpos de forma desenfreada, contra a


mesma especificidade (a que gerou no momento que imunizou o animal)

Os produtos dos clones desses hibridomas são os anticorpos monoclonais

Então, os anticorpos monoclonais são aqueles produzidos de forma


desenfreada contra uma mesma especificidade

1. Imunizou o camundongo com antígeno X

2. Camundongo produz céls. B contra esse antígeno

3. Plasmócitos geram anticorpos de forma desenfreada contra determinada


especificidade

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4. Ocorre fusão

5. Têm-se céls. que misturam a produção desenfreada dos plasmócitos com a


especificidade das céls. B

6. Quando faz isso, têm-se céls de todas as formas

7. Seleciona os clones que realmente estão produzindo anticorpos em grande


quantidade, contra a especificidade escolhida

8. Esses serão os anticorpos monoclonais contra o antígeno X

Mas, para quê são usados os anticorpos monoclonais?

São usados para análise funcional de superfície celular e moléculas secretadas

Em algumas doenças podem ser utilizados como remédios

Podem ser usados para identificação de marcadores fenotípicos únicos aos tipos
celulares particulares

Podem ser usados para imunodiagnóstico

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Podem ser usados para identificação tumoral

Síntese e expressão das moléculas de Ig


São sintetizadas nos ribossomos → cada uma é sintetizada de uma vez

Quando tem as cadeias juntas, a cadeia pesada é dobrada por chaperonas


(proteínas presentes no RER)

No Complexo de Golgi, alguns carboidratos que compõem essa molécula são


modificados

Por fim, são secretados em vesículas para a membrana

Síntese de Ig

Junto com a síntese do anticorpo, existe a síntese da célula B

A secreção é que ocorre após a ativação, mas a imunoglobulina já está presente


antes mesmo da célula ter contato com o antígeno

Antígenos

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“Um antígeno é qualquer substância que pode se ligar especificamente a uma
molécula de anticorpo ou receptor de célula T”

Todos os antígenos são reconhecidos, mas nem todos levam a ativação da


resposta imune

Os antígenos que levam a ativação do linfócito recebem o nome de


imunógenos

Epítopo → local de ligação do antígeno (é uma região do antígeno e não do


anticorpo)

Ligação antígeno-anticorpo

Valência monovalente → apenas uma perna do anticorpo (região Fab) se liga ao


antígeno → interação mais fraca - avidez de interação baixa

Valência bivalente → as duas perninhas (as duas regiões Fab/V) se ligam ao


antígeno → interação mais forte - avidez de interação alta

A imunoglobulina M possui uma estrutura que permite que haja uma valência
polivalente (ligação à vários antígenos diferentes) → avidez de interação muito
alta

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Imunocomplexos
Quando ligamos um antígeno a um anticorpo temos imunocomplexos, que podem
ser grandes, pequenos

O tamanho do imunocomplexo vai depender da quantidade de antígeno para


aquela quantidade de anticorpo

5. Antígenos e Anticorpos #SANAR 12


Reconhecimento do antígeno
1. Especificidade → um anticorpo é capaz de reconhecer apenas aquele antígeno
para qual ele foi criado

a. Existe reação cruzada, mas é muito rara

2. Diversidade → se é um anticorpo para cada antígeno e temos milhõoooes de


antígenos diferentes, também teremos milhõoooes de anticorpos diferentes →
decorre da especificidade

3. Maturação de afinidade: anticorpos com maior afinidade para aqueles


antígenos em uma exposição subsequente

a. Quando temos as respostas humorais, as células B ativadas e os anticorpos


atuando, isso pode levar algumas alterações nas estruturas do domínio V →
isso pode fazer com que haja uma maior afinidade aos antígenos

b. A partir do momento que temos outra exposição → as células B que


dominaram a exposição anterior, vão ter uma maior afinidade, onde serão
selecionadas as céls. B que foram dominantes na exposição anterior →
teremos uma segunda exposição ainda mais específica e mais capaz de se
ligar ao antígeno

Questões de Antígeno e Anticorpo

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