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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO NOTA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS


CURSO: BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DISCIPLINA: EXA0122 – LABORATÓRIO DE MECÂNICA CLÁSSICA
EXPERIMENTO 9: CONSERVAÇÃO DO MOMENTO LINEAR EM DUAS DIMENSÕES
PROFESSOR(A): EVELINE MATIAS DATA: ____/____/_____
TURMA-HORÁRIO: ⃝ T12-3N12 ⃝ T13-3N34 ⃝ T11-4N12 ⃝ T10-4N34 ⃝ T14-6N12 ⃝ T15-6N34
ALUNO(A): EQUIPE: ⃝ A ⃝ B ⃝ C ⃝ D ⃝ E

1 – OBJETIVOS: Nesta aula prática, nós iremos estudar, do ponto de vista experimental, o princípio de Conservação do
Momento Linear em duas dimensões. Os alunos responsáveis por essa prática deverão fazer uma introdução teórica
mostrando as equações necessárias para a compreensão e execução da parte experimental. Além disso, a equipe deve
citar como motivação, as aplicações práticas e tecnológicas referentes ao princípio de conservação do momento linear
em duas dimensões.
2 – INTRODUÇÃO: No caso de colisões no plano bidimensional, nós vamos considerar que a partícula alvo está em
repouso. A teoria para a compreensão desse assunto é parte complementar do experimento anterior (Conservação do
Momento Linear – Colisões).
Nesse experimento, nós vamos considerar que uma esfera maciça 𝐴 (𝑀𝐴 ) desce a rampa e colide com uma esfera
maciça 𝐵(𝑀𝐵 ) que está em repouso. As massas das esferas são iguais. Após a colisão lateral, ocorre o espalhamento das
esferas. Apesar de o evento ocorrer no espaço tridimensional, ele pode ser modelado como se fosse um evento
bidimensional porque não ocorre variação do momento linear ao longo do eixo 𝑧.
Imediatamente após a colisão, as esferas se comportam como se fossem projéteis. As equações que explicam o evento
são aquelas referentes ao movimento oblíquo (bidimensional). A figura 9.1 é uma representação esquemática do
experimento de conservação do momento linear bidimensional.

Figura 9.1 – Aparato experimental para a execução do experimento conservação do momento linear em duas dimensões.

Figura 9.2 – Representação esquemática do experimento conservação do momento linear em duas dimensões, antes e após a colisão.

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O ângulo de espalhamento (𝜃𝐵 ) pode ser estimado teoricamente, desde que se conheçam os raios de ambos os corpos,
𝑅𝐴 e 𝑅𝐵 . Durante o curto intervalo de tempo em que eles estão em contato, um imprime um impulso sobre o outro. A
direção das forças impulsoras coincide com a reta que passa pelos centros de massa dos corpos. Desse modo, nós
podemos escrever a seguinte equação:
𝑏
𝜃𝐵 = arcsin ( ) (9.1)
𝑅𝐴 + 𝑅𝐵
Onde 𝑅𝐴 é o raio da esfera 𝐴, 𝑅𝐵 é o raio da esfera 𝐵 e 𝑏 é o comprimento de interação entre as esferas (parâmetro de
impacto), conforme pode ser observado na figura 9.2.
3 – MATERIAL  Rampa de lançamentos;  Duas esferas;
UTILIZADO:  Régua, papel carbono e papel branco;  Transferidor;
 Transferidor;  Fita adesiva.
4 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para a execução do experimento, a equipe deve seguir os seguintes passos:
(i) Meça a altura 𝑌 ′ (ver figura 9.1) de onde a esfera 𝐴 será lançada até a base
𝑌′ = 𝑚
da rampa e anote o valor:
(ii) Meça a altura 𝐻 do ponto em que a esfera deixa a rampa (extremidade da
rampa que coincide com o ponto de colisão das esferas – ver figura 9.1) até a
𝐻= 𝑚
bancada do laboratório. O ponto 𝑂 (ponto de origem) e a extremidade da
rampa pertecem a uma mesma linha vertical.
(iii) Lance a esfera 𝐴 sozinha, observe o alcance e fixe uma folha de papel
branca na bancada e uma folha de carbono. A seguir, lance a esfera 𝐴 cinco
vezes da mesma altura 𝑦 (“tiro livre”), marque o ponto 𝑃 médio (determinado 𝐷𝐴 = 𝑚
pelo centro geométrico) onde ela atinge o plano da mesa e trace o eixo 𝑥. Meça
a distância 𝐷𝐴 entre os pontos 𝑂 e 𝑃.
(iv) Lance a esfera 𝐴 cinco vezes, com a esfera 𝐵 em repouso no ponto 𝐵. Após a colisão, as esferas se comportam como
projéteis até atingirem a bancada do laboratório. Meça as distâncias das posições médias das duas esferas, 𝑑𝐴 , 𝑑𝐵 , e os
ângulos 𝜃𝐴 e 𝜃𝐵 e anote na tabela 9.1. Utilize um papel carbono e um transferidor para determinar o ângulo (ver figura
9.2).
Tabela 9.1 – Valores experimentais para a conservação do momento linear em duas dimensões.
𝑑𝐴 (𝑚) 𝜃𝐴 𝑑𝐵 (𝑚) θB

(v) Utilize a conservação da energia mecânica, considerando a energia cinética


de rotação, para determinar a velocidade inicial da esfera 𝐴 (𝑣𝐴 ), 𝑣𝐴 = 𝑚/𝑠
imediatamente antes de colidir com a esfera 𝐵 que está em repouso.
(vi) A partir dos dados obtidos experimentalmente, verifique o princípio da conservação do momento linear nos eixos 𝑥
e 𝑦 e mostre que:
𝑣𝐴 = 𝑣𝐴1𝑥 + 𝑣𝐵1𝑥 (9.2) 0 = 𝑣𝐴1𝑦 + 𝑣𝐵1𝑦 (9.3)

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(vii) Meça o deslocamento do parafuso, onde a esfera 𝐵 se encontra, em relação
à parte central da rampa (metade da largura da rampa) para estimar o parâmetro 𝑏=
de impacto:
Meça os raios das
𝑅𝐴 = 𝑅𝐵 = 𝑚
esferas:

A partir da equação 9.1 determine o ângulo de espalhamento


𝜃𝐵 =
teórico:
O valor experimental coincide com o valor teórico? Explique a sua resposta.

(viii) Anexe uma folha com todos os cálculos e o desenvolvimento de suas respostas considerando os erros envolvidos.
Questão teórica 1 – Dois corpos de massas iguais a 2 𝑘𝑔, 𝐴 e 𝐵, sofrem uma colisão. As velocidades antes da colisão são
𝑣⃗𝐴 = (15𝒊 + 30𝒋) 𝑚/𝑠 e 𝑣⃗𝐵 = (−10𝒊 + 5𝒋) 𝑚/𝑠. Após a colisão, 𝑣⃗𝐴′ = (−5𝒊 + 20𝒋) 𝑚/𝑠. Determine a velocidade final
de 𝐵 e a variação da energia cinética total (incluindo o sinal).

5 – CONCLUSÕES:

Sugestão: A conclusão deve possuir comentários sobre os resultados experimentais, possíveis erros e como proceder para minimizá-los.

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