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Uso racional da

fauna: transporte
“Sustentabilidade significa
garantir os direitos e bem-estar
humano sem exaurir ou diminuir
a capacidade dos ecossistemas
terrestres em sustentar vida e
sem às custas do bem-estar de
outros”
http://www.fao.org/nr/sustainability/home/en/
Conjunto de práticas, métodos e
recomendações técnicas, com o
objetivo de:

Fomentar e agregar valor às atividades


agropecuárias;

Promover a saúde e o bem-estar


único.
5 domínios do
bem-estar animal

Mellor & Reid


(1994)
RIISPOA

IN 56/2008
Referências para
o transporte? IN 44/2007

Sim, nós temos! Resolução CONTRAN 675/2017

Manual de boas práticas de embarque e transporte

Capítulos da OIE: transporte terrestre e marítimo

STEPS – abate humanitário e Transporte Legal

Publicações científicas

Legislações de outros países


IN 56/2008

Art. 2 IV - transporte: toda atividade compreendida entre o embarque


dos animais, seu deslocamento e o desembarque no destino final.

Art. 3 Para fins desta Instrução Normativa, deverão ser observados os


seguintes princípios para a garantia do bem-estar animal, sem prejuízo do
cumprimento, pelo interessado, de outras normas específicas:
I - proceder ao manejo cuidadoso e responsável nas várias etapas da vida
do animal, desde o nascimento, criação e transporte;
II - possuir conhecimentos básicos de comportamento animal a fim de
proceder ao adequado manejo;
V - manejar e transportar os animais de forma adequada para reduzir o
estresse e evitar contusões e o sofrimento desnecessário;
IN 44/2007

Art. 19. Toda movimentação de animal susceptível à febre aftosa deve ser acompanhada da Guia de
Trânsito Animal (GTA) e de outros documentos estabelecidos pelo serviço veterinário oficial, de acordo
com as normas em vigor.
...
§ 4º Quando o trajeto for superior a doze horas em transporte rodoviário, deverá ser estabelecido
previamente um ponto intermediário para o descanso e alimentação dos animais. Nesse caso, o lacre da
carga será rompido e a carga novamente lacrada sob supervisão do serviço veterinário oficial no local,
acrescentando na GTA o número dos novos lacres.
O que mais deveríamos definir em legislação?
Do ponto de vista do animal, não faz diferença o motivo do transporte!

Toda movimentação terrestre de animais em território nacional cujo


trânsito é necessário para comercialização, esporte, lazer, exposição,
reprodução, abate ou transferência de campo se dará sob as boas práticas
de transporte. Sem exceção.

Boas práticas de manejo de transporte: o conjunto de diretrizes técnicas e


científicas que minimizam impactos negativos nos animais desde o
embarque no veículo de transporte até o desembarque no destino final.
Instalações para embarque, desembarque e o veículo, fazem diferença para o bem-estar dos
animais submetidos ao transporte!

Os veículos e demais instalações devem estar em boas condições de manutenção:

 Devem dispor de acabamento que evite pontas, bordas cortantes, pregos ou


parafusos voltados para o espaço disponível para os animais
 Não podem provocar ferimentos, lesões ou queimadura nos animais transportados
 Devem evitar a queda e o deslizamento dos animais, dispondo de pisos
projetados e mantidos para este fim
 Rampas para embarque ou desembarque não devem superar os 36 graus de
inclinação para embarque de equídeos e ruminantes ou 20 graus de inclinação para
transporte de suídeos
 Devem ser compatíveis com o tamanho e número de animais a serem transportados
Instalações para embarque, desembarque e o veículo, fazem diferença
para o bem-estar dos animais submetidos ao transporte!

 Os animais devem viajar na postura natural de descanso para a


espécie, devendo o veículo ser adequado a espécie, categoria e
tamanho dos animais.

 Os animais não devem estar em constante contato com qualquer


superfície de laterais ou teto do veículo.
As condições do animal (fisiológicas, físicas, comportamentais...) afetam seu bem-estar
durante o transporte!

Apenas animais aptos devem ser transportados, sendo considerados não aptos os
animais que:
 Não conseguem suportar o próprio peso igualmente em seus membros ou não
conseguem locomover-se por conta própria
 Cegos de ambos os olhos
 Fracos, muito magros ou com quaisquer sinais de doença
 Fêmeas cuja prenhes tenha decorrido 90% do período previsto de gestação ou
com parto ocorrido dentro de 10 dias
 Com ferimentos ou cirurgias recentes, realizadas dentro de 10 dias
 Animais com umbigo não cicatrizado por completo
 Animais com sinais de estresse térmico evidente, exemplo sudorese e ou
respiração ofegante
Planejar a viagem faz diferença para o bem-estar dos animais transportados, para a saúde
dos rebanhos e segurança das vias!

O plano de viagem deve descrever minimamente:


 Identificação do veículo a ser utilizado
 Identificação do condutor e auxiliares incluindo comprovação de capacitação
 Rota de viagem, apresentando rodovias a serem utilizadas
 Pontos de parada e tempo de parada, se houver paradas previstas com
desembarque de animais
 Procedimento de alimentação, incluindo tipo e quantidade de alimento, e
dessedentação dos animais, caso a viagem seja superior a 12h
 Contatos de emergência identificando no mínimo um médico veterinário
 Cálculo de tempo de viagem: velocidade média de 70 quilômetros por hora para
veículos pesados, exemplo caminhões, e 90 quilômetros por hora para veículos
leves, exemplo reboques.
A preparação prévia dos animais para viagem faz diferença no grau de
bem-estar e nas perdas durante a viagem!

 Os animais devem ser submetidos a jejum quando a espécie for


sensível a problemas provocadas pela ingesta de alimentos
previamente a viagem, a exemplo dos suídeos e aves.

 O tempo de jejum deve ser suficiente para esvaziamento do TGI mas


não suficientemente para gerar estados mentais negativos,
agressividade pela fome ou problemas fisiológicos decorrentes.

 O embarque devem minimizar agitação, ruídos e realizado com


instrumentos de condução que não provoque dor ou lesão nos
animais, a exemplo de bandeiras para bovinos e tábuas de condução
para suínos.
A densidade no veículo afeta o bem-estar dos animais durante a viagem!

A carga de animais em cada veículo será ajustada:


 Para garantir que animais eventualmente caídos tenham espaço para
erguerem-se novamente;
 Para permitir a troca de calor dos animais com ambiente,
considerando-se as condições climáticas previstas durante a viagem;
As experiências, conhecimentos e habilidades das pessoas envolvidas
fazem diferença quanto ao bem-estar dos animais transportados!

O transportador deve garantir equipe treinada e qualificada para as


boas práticas de manejo de transporte de animais, por meio de
apresentação de certificados de treinamento.

Planos de contingência são fundamentais!


1º Garantir segurança da via
2º Garantir segurança e atendimento para pessoas
3º Conter os animais
4º Avaliar e atender os animais (controle de dor e eutanásia)
6º Liberação da via
5º Novo embarque
As responsabilidades daqueles que transportam animais!
 Cuidados com o estado físico e mental dos animais, assim como sua aptidão física
para a viagem;
 Atender a legislação sanitária implicada no trânsito de animais vivos;
 Garantir a presença, durante a viagem, de um tratador competente para a espécie
transportada com autoridade para tomar as ações que julgar oportunas;
 Garantir a presença de um número adequado de tratadores durante o embarque e
desembarque;
 Assegurar que se tenha equipamento e assistência veterinária adequada para a
espécie animal transportada e para a viagem prevista;
 Proporcionar instalações adequadas no início e no final da viagem para a
concentração, embarque, transporte, desembarque e manejo dos animais, assim
como em todas as paradas, em pontos de descanso durante a viagem e para os casos
de emergência;
 Cuidados com o tipo de veículo que será utilizado.
Fiscalização é importante!
 No âmbito nacional é de competência compartilhada entre a polícia rodoviária
estadual e federal e órgãos oficiais de defesa agropecuária.
 Quando da emissão da Guia de Trânsito Animal. notificar os demais órgãos oficiais
de defesa implicados no transporte interestadual de animais vivos.
 Os órgãos oficiais de defesa agropecuária: responsáveis pelo plano de fiscalização
de transporte de animais vivos, devendo estabelecer percentuais de viagens
fiscalizadas anualmente de acordo com:
• Riscos e consequências do transporte às espécies animais;
• Número de animais transportados;
• Achados de lesões e mortalidade em abatedouros; e
• Registros de acidentes e denúncias.
 Os resultados das fiscalizações sobre o transporte de animais vivos devem ser
disponibilizados ao público por meio da página eletrônica oficial do órgão oficial de
defesa agropecuária
Aceitação do
AMR
produto

ESTRATÉGIA Bem-estar
MUNDIAL DE Animal
BEM-ESTAR
ANIMAL DA
OIE Bem-estar humano Sustentabilidade
O que você pode fazer para melhorar meu grau de bem-estar
e garantir a sustentabilidade do nosso negócio?
Obrigada!

Lizie.buss@agricultura.gov.br
Comissao.bea@agricultura.gov.br

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