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CRIMINOLOGIA

WALKYRIA CARVALHO
CONCEITO DE CRIMINOLOGIA

“CRIMINOLOGIA É UM CONJUNTO DE
CONHECIMENTOS QUE ESTUDAM O FENÔMENO
E AS CAUSAS DA CRIMINALIDADE, A
PERSONALIDADE DO DELINQUENTE, SUA
CONDUTA DELITUOSA E A MANEIRA DE
RESSOCIALIZÁ-LO”

EDWIN H. SUTHERLAND
EDWIN HARDIN SUTHERLAND
NELSON HUNGRIA

“É O ESTUDO EXPERIMENTAL DO FENÔMENO


DO CRIME, PARA PESQUISAR-LHE A ETIOLOGIA E
TENTAR SUA DEBELAÇÃO POR MEIOS
PREVENTIVOS E CURATIVOS”
NELSON HUNGRIA
• OBJETIVO:

1. ESCLARECER TUDO O QUE CONTRIBUI OU


CONCORRE PARA A EXISTÊNCIA DA
CRIMINALIDADE.

2. PROMOVER ESTUDO E ANÁLISE DAS


CIRCUNSTÂNCIAS ENVOLTAS AO CRIME.
ESTRUTURA DA CRIMINOLOGIA

CIÊNCIA

OBJETO MÉTODO FINALIDADE

SOCIOLÓGICO,
DELITO à DP MESOLÓGICO,
BIOLÓGICO...
MÉTODO DA CRIMINOLOGIA
MEIO EMPREGADO PELO HOMEM PARA
ENCONTRAR EXPLICAÇÃO DE UM FATO CRIMINOSO.

MEIO PERMEADO DE PESQUISAS DE CAMPO, PELO


MÉTODO CIENTÍFICO, EXPERIMENTAL, COM
INTERAÇÃO BIOLÓGICA, SOCIOLÓGICA QUE
EXERCEM TOTAL INFLUÊNCIA NO RESULTADO.

OBS: MÉTODO INDUTIVO X MÉTODO DEDUTIVO


CARÁTER CIENTÍFICO DA
CRIMINOLOGIA
CRIMINOLOGIA X DIREITO PENAL *
CRIMINOLOGIA DIREITO PENAL
TEM POR OBJETO O ESTUDO DA TEM POR OBJETO ESPECÍFICO A
PERICULOSIDADE CULPABILIDADE LATO SENSU
META: ETIOLOGIA DO CRIME META: REPRESSÃO DO CRIME
FILOSOFIA DO CRIME E DO CRIMINOSO CIÊNCIA ABSTRATA, VALORATIVA E
FINALISTA
PREOCUPAÇÃO COM PREVENÇÃO DO APLICAÇÃO E VALORAÇÃO DA PENA
CRIME, ESTUDO DAS CAUSAS E
CONSEQUÊNCIAS

* CRIMINOLOGIA INTEGRADA – Valter Fernandes e Newton Fernandes.


Ed. RT
Questão de concurso
Atualmente, são objetos de estudo da Criminologia:

a) o delito, o delinquente, a vítima e o controle


social.
b) o delito, a antropologia e a psicologia criminais
c) o delito e os fatores biopsicológicos da
criminalidade
d) o delito e o delinquente
e) o delinquente e os fatores biopsicológicos da
criminalidade
CONTRIBUIÇÕES DE OUTRAS CIÊNCIAS
PARA A CRIMINOLOGIA
• BIOLOGIA
• PSICANÁLISE
• ANTROPOLOGIA
• SOCIOLOGIA
• PSICOLOGIA
QUESTÃO DE CONCURSO
A associação entre hereditariedade / delito e
anomalias cromossômicas / comportamento
criminal inserem-se no modelo da
a) Biologia Criminal.
b) Sociologia Criminal
c) Psicologia Criminal
d) Psiquiatria Criminal
e) Frenologia Criminal
CRIMINOLOGIA

Profa. Walkyria Carvalho


História da Criminologia
• PERÍODOS DA CRIMINOLOGIA

• 1. DA ANTIGUIDADE AOS PRECURSORES DA


ANTROPOLOGIA CRIMINAL
• 2. PERÍODO DA ANTROPOLOGIA CRIMINAL
• 3. PERÍODO DE SOCIOLOGIA CRIMINAL
• 4. PERÍODO DE POLÍTICA CRIMINAL
DA ANTIGUIDADE AOS
PRECURSORES DA
ANTROPOLOGIA CRIMINAL
ANTIGUIDADE - A.C.
• Bíblia, Código de Hamurabi.

• Gregos à Alcmeon, pesquisou cérebro humano


procurando correlacioná-lo à conduta. “O homem
é o elo entre o animal e Deus”

• Protágoras à Caráter preventivo da pena,


servindo a pena de exemplo e não de expiação ou
castigo.
• Sócrates à os criminosos deveriam aprender
a não reincidência, dando-lhes formação de
caráter e instrução.

• Hipócrates à “Todo vício é fruto da loucura”,


o que implica que o crime também o seja.
Início da irresponsabilidade penal do homem
insano.
• Platão à o meio em que vive o homem, as
más companhias, os costumes dissolutos
podem converter jovens em criminosos.

• Aristóteles à “A política”: a miséria engendra


rebelião e delito. Os delitos que o homem
pratica não são voltados para o essencial, mas
para o supérfluo.
• Sêneca (Roma) à a ira é uma mola propulsora
do crime, argumentando ser a ira a razão de a
sociedade viver em atividade bélica entre os
próprios irmãos.
IDADE MÉDIA
• Início polêmico
• -- 395 d. C.
• -- Queda do Império Romano, em 476 d.C., até
a tomada de Constantinopla pelos turcos, em
1453.

• Introdução do feudalismo na Europa,


expansão do cristianismo, nobreza feudal.
• Santo Agostinho à Pena de talião é a justiça
dos injustos. Pena deveria ser uma medida de
defesa social, para que o culpado fosse
regenerado, devendo conter implicitamente
um exemplo e a ameaça de nova restrição.

• Afonso X à Código das 7 Partidas, dando


definição de assassínio e tratando de crimes
premeditado e mediante paga.
Se você luta pelo que quer...
• Só posso levantar as mãos pro céu

• Agradecer e ser fiel ao destino que Deus me


deu (ainda que vc acorde cedo e durma tarde,
lendo neuroticamente)

• Se não tenho tudo o que preciso, com o que


tenho, vivo e de mansinho lá vou eu...
• Se a coisa não sai do jeito que eu quero,
também não me desespero, o negócio é
deixar rolar (estude pela aprovação, mas não
desista diante da reprovação...)

• E aos trancos e barrancos lá vou eu...


SOU FELIZ E AGRADEÇO POR TUDO O
QUE DEUS ME DEU..!

Zeca Pagodinho
CRIMINOLOGIA

Profa. Walkyria Carvalho


Filósofos e Pensadores
• Thomas More (1478-1535) – descrição de crimes que
assolaram a Inglaterra na obra “Utopia”. Média de 10
execuções por dia. “Utopia” foi a primeira crítica à
burguesia. Decapitado aos 57 anos de idade.

• Fator econômico como causa principal da criminalidade.

• Governo organizado proporciona ótima condição de vida


à população.

• Robin Hood
• Erasmo de Roterdam “Elogio da Loucura”
(1509). Defendia posição de More. Pobreza é um
dos fatores da criminalidade.

• Martinho Lutero distinguiu criminalidade rural


e urbana.

• Francis Bacon e Descartes fenômenos


socioeconômicos são determinantes na causa da
criminalidade.
Iluminismo

• Movimento cultural-filosófico criado no final


do Séc. XVII na Europa, cujo apogeu ocorreu
no Séc. XVIII, denominando a época de Século
das Luzes, em franca oposição à época
medieval, “Longa noite dos dez séculos”.
• Até o início do Séc. XVIII, as prisões eram cárceres
de masmorra, desumanos e absurdos, os juízes
eram arbitrários e unilaterais, a confissão era a
rainha das provas e geralmente era arrancada do
declarante sob tortura.

• Então...vários movimentos foram realizados


contra essa filosofia de persecução criminal.
Ocorrem, a partir de 1780, supressões de tortura
na França, Espanha, Hanover e Prússia.
MONTESQUIEU
• O ESPÍRITO DAS LEIS

• O bom legislador deveria ser aquele que se


empenhasse na prevenção do delito, não aquele
que se contentasse em fornecer castigo aos
criminosos.

• Divisão dos crimes de acordo com o bem


juridicamente protegido que fora violado,
servindo de base à classificação dos criminosos.
• Jean-Jacques Rousseau “Contrato Social”,
se o Estado for bem organizado, existirão
poucos delinquentes. Suas obras deram
ensejo à noção de crime pela luta à defesa de
propriedade privada.

• A propriedade privada foi o advento que deu


origem a todos os conflitos sociais.
• Voltaire luta pela reforma das prisões,
reformulação da pena de morte. “Roubo e
furto são delitos dos pobres”.

• Marquês de Beccaria (Cesare Bonesana)


“Dos delitos e das penas”. Dividiu o sistema
penal punitivo. Sua obra é clássica,
considerada precursora da Escola Clássica do
Direito Penal.
Dos delitos e das penas
• Aos juízes não deve ser dado interpretar as leis
penais;
• Somente os magistrados podem julgar os
acusados;
• As penas devem ser proporcionais aos delitos;
• O réu não pode ser considerado culpado antes da
sentença penal condenatória;
• As penas devem ser moderadas;
• Prevenção dos delitos é mais útil que repressão
etc.
O seu estudo não deve ser considerado uma pena. Não
estude porque deve, mas porque gosta. Se não gostar,
faça o clima da sua casa funcionar, acenda incensos,
ilumine a casa, ligue o ar ou desligue o ventilador,
desligue o celular ou o deixe no mudo. Nesse momento
íntimo, você e seus pensamentos, suas elaborações,
seu esboço e seus grifos, ninguém é mais importante
nessa Terra. Quem lhe for de alta estima, sejam
parentes, seja família, ou mesmo seu amor, todos
devem entender que sua ausência física é momentânea
e representa a mola propulsora da segurança financeira
de todos. Sua realização é a sua felicidade. Sua
felicidade é a felicidade de todos que o amam. Não
abra mão da sua vida. Estude. Dedique-se. Quem o
amar de verdade vai esperá-lo, incentivá-lo e
acompanhá-lo na verdadeira torcida do seu sucesso.
Prof. Walkyria Carvalho
ANTROPOLOGIA CRIMINAL
Fundação: CESARE LOMBROSO
Período da abstração: Concretismo:
Escola Clássica Verificação objetiva do delito

• L’uomo delinquente
• Investigações anatômicas e
antropológicas em prisões.
Teoria do Criminoso Nato
Lombroso se tornou famoso a partir da
divulgação da Teoria do Criminoso Nato,
através do qual estabelece que
naturalmente é encontrada, na
humanidade, uma espécie caracterizada
por sinais (stigmata) físicos e psíquicos,
portanto o criminoso, desde sua
concepção, carrega em si o estigma do
crime em seus aspectos físicos.
STIGMATA
• Forma da calota craniana e face
• Maxilar inferior procidente
• Fartas sobrancelhas
• Molares muito salientes
• Orelhas grandes e deformadas
• Dessimetria corporal
• Grande envergadura dos braços, mãos e
pés
Sinais psíquicos
• Sensibilidade dolorosa diminuída
• Crueldade
• Leviandade
• Aversão ao trabalho
• Instabilidade
• Vaidade
• Precocidade sexual etc
Anotações e teorias de Lombroso
1. Criminoso nato teria um regresso
atávico à características apontadas
eram próprias das formas primitivas do
ser humano;
2. Relação entre epilepsia e moral
insanity à a maior parte dos criminosos
formava um todo seccionado dos
demais, que eram os ocasionais e os
passionais.
ATENÇÃO
PARA LOMBROSO nem todo criminoso
é nato, mas todo verdadeiro criminoso
é nato.

Fogem ao estigma os ocasionais e os


passionais!
QUESTÃO DE CONCURSO
(adaptada)
Complete com a alternativa correta:

Considerado o principal idealizador da Antropologia


Criminal ............ tem como obra principal ............... .

A) Lombroso – “O Homem Delinquente”


B) Garofalo – “O Ambiente Criminal”
C) Ferri – “Sociologia Criminal”
D) Carrara – “Sociedade e Crime”
E) Lacassagne – “Sociedade e Miséria”
TEORIA DO ATAVISMO
• Aparecimento, em um descendente, de
características não presentes em ascendentes
diretos, mas nos remotos.

• Atavismo físico à malformações físicas, por


exemplo.

• Atavismo moral à senso de ética, fraqueza de


caráter.
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS,
SEGUNDO LOMBROSO
• 1. CRIMINOSO NATO

• 2. PSEUDODELINQUENTE OU FALSO
DELINQUENTE

• CRIMINALOIDE – MEIO DELINQUENTE,


MEIO LOUCO, CHAMADO HOJE DE
“FRONTEIRIÇO”.
CRIMINOLOGIA MODERNA E A
TEORIA DE LOMBROSO

A Criminologia Moderna não aderiu à


Teoria do Criminoso Nato, mas
compreende que haja a hipótese de
tendência delituosa, porquanto possa o
homem nascer com uma inclinação para a
violência.
QUESTÃO DE CONCURSO
• 1 .(SP - POLÍCIA CIVIL - Investigador - 2009)
A obra clássica de Cesare Bonesana tem o
seguinte título:

A) Utopia.
B) A origem das espécies.
C) O homem delinqüente.
D) O Estado das prisões.
E) Dos delitos e das penas.
Quando você se separar, por favor, fique com
a melhor parte. Fique com você mesmo. Fique
com seu sorriso, fique com sua alegria, seu
amor, sua capacidade de amar e se dar ao
outro. Quando se separar, fique com seu
desprendimento, sua vontade de ajudar o
outro, seus sonhos e seus ideais. Junte tudo o
que você tem, agradeça a Deus por ser o que
você é e proporcione ao próximo o melhor que
você puder ser. Não leve o que você tiver de
mau, não leve rancor. Leve você. Este será o
melhor presente que você proporcionará a
quem você ama: o melhor que puder ser.
Fique com Deus, erga a cabeça, estude, cresça
e construa!
Walkyria Carvalho
SOCIOLOGIA CRIMINAL
ENRICO FERRI
Enrico Ferri
• Sociologia Criminal – 1914

• Discípulo de Lombroso

• Trinômio causal do delito: causas sociais,


fatores antropológicos e físicos.
Causas do delito, segundo
Ferri

• BIOLÓGICAS herança genética

• SOCIAIS condições mesológicas ou


ambientais

• FÍSICAS condições de clima, como


umidade, calor, frio etc
“Todos os criminosos,
doentes mentais ou não,
deveriam ser afastados
da convivência social,
não como castigo,
expiação ou pena, mas
com base na segurança
geral da sociedade; ao
invés de Código Penal,
deveria haver apenas um
Código de Defesa Social,
com fundamento na
periculosidade do
infrator”.
CLASSIFICAÇÃO DOS
CRIMINOSOS, POR FERRI
NATO LOUCO OCASIONAL PASSIONAL HABITUAL
Estigmas da Alienado O que Levado às Reincidente
degeneração mental, eventualmente circunstâncias na ação
adotada por semilouco, comete um pelo delituosa
Lombroso, matoides e delito arrebatamento,
mais a fronteiriços pelo ímpeto.
completa Crime sem
atrofia do premeditação;
senso moral arrebatados em
virtude do amor
contrariado ou
pela honra
ferida
RAPHAEL GARÓFALO
Raphael Garófalo

Criador do termo CRIMINOLOGIA –


CIÊNCIA DA CRIMINALIDADE, DO DELITO
E DA PENA, desenvolvendo uma pesquisa
jurídica, antropológica e sociológica.

DEFESA DA PENA DE MORTE


Por Garófalo:
A piedade é um sentimento fundamental
da natureza humana, como o é,
essencialmente, também a justiça.

A consciência pública qualifica de


criminosa uma ação, por ser ela uma
ofensa feita à parte do senso moral
formada aos sentimentos altruístas de
piedade e probidade.
Classificação por Garófalo
Os verdadeiros delitos ofendem a
moralidade elementar de um povo
civilizado e revelam anomalias nos que
os praticam DELITOS NATURAIS

Delitos que não ofendem senso moral ou


revelam anomalias DELITOS LEGAIS
CLASSIFICAÇÃO DE
CRIMINOSOS DE GARÓFALO
ASSASSINOS VIOLENTOS OU LADRÕES OU
ENÉRGICOS NEURASTÊNICOS
SÃO OS NÃO LHES FALTA O NÃO LHES FALTA O
DELINQUENTES SENSO MORAL. SENSO MORAL.
TÍPICOS. AUSÊNCIA AUSÊNCIA DE AUSÊNCIA DO
DE MORAL, COMPAIXÃO. SENTIMENTO DE
OBEDIÊNCIA AOS PROBIDADE.
PRÓPRIOS DESEJOS,
EGOÍSMO.
QUESTÃO DE CONCURSO
• Rafael Garófalo, um dos precursores da
ciência da Criminologia, tem como sua
principal obra o livro intitulado:

• A. A Criminologia como ciência


• B. Política Criminal
• C. A Ciência da Criminologia
• D. O Homem Delinquente
• E. Criminologia
• SP - POLÍCIA CIVIL - Escrivão - 2010)
Complete com a alternativa correta:

• Considerado o principal idealizador da


Sociologia Criminal ............ tem como obra
principal ............... .

A) Lombroso – “O Homem Delinquente”


B) Garofalo – “O Ambiente Criminal”
C) Ferri – “Sociologia Criminal”
D) Carrara – “Sociedade e Crime”
E) Lacassagne – “Sociedade e Miséria”
Imagine
uma nova
história
para sua
vida e
acredite
nela.
Profa. Walkyria Carvalho
SOCIOLOGIA CRIMINAL
TEORIAS DE COMBATE À CRIMINALIDADE:

FATORES ENDÓGENOS x FATORES EXÓGENOS


Auguste Comte
Para Comte, “a Sociologia é uma ciência abstrata
que tem por fim a investigação de leis gerais que
regem os fenômenos sociais”.

Contribuição de Enrico Ferri e Auguste Comte


para a Sociologia
• Criador da Estatística Científica à Estatística
Criminal

• Livro: Física Social (1835) à teorias:

a. O delito é um fenômeno social


b. Os delitos são cometidos ano após ano, com
total precisão
c. Vários fatores sociais influenciam na prática do
crime (fome, clima, instrução etc)
LEIS TÉRMICAS DE QUETELET
PRIMAVERA CRIMES CONTA OS
COSTUMES
INVERNO CRIMES CONTRA O
PATRIMÔNIO
VERÃO CRIMES CONTRA A PESSOA
SOCIOLOGIA CRIMINAL

Para Ferri, a Sociologia Criminal é uma ciência


ampla, que engloba diversas outras, a exemplo
do Direito Penal.
ALEXANDRE LACASSAGNE
LACASSAGNE
Observações de Lacassagne
• 1. “Quanto maior for a desorganização social,
maior será a criminalidade” – A SOCIEDADE
TEM OS CRIMINOSOS QUE MERECE;

• 2. “A sociedade é um meio de cultivo que


abriga em seu seio uma série de micróbios,
que são os delinquentes, e estes não se
desenvolverão se os meios não lhes for
propícios”.
Questão de concurso
"As sociedades têm os criminosos que merecem". "O micróbio é
o criminoso, um ser que permanece sem importância até o dia
em que encontra o caldo de cultivo que lhe permite brotar." Por
meio dessas frases, Lacassagne procurou evidenciar que sobre a
gênese da delinquência exerce(m) transcendental importância:

(a) Os fatores hereditários;


(b) O meio social
(c) Os componentes biológicos da conduta humana;
(d) A estrutura moral do ser humano;
(e) As psicopatologias.
CRIMINOLOGIA

Profa. Walkyria Carvalho


Política Criminal
• PERÍODO MAIS BRANDO DA HISTÓRIA DA
CRIMINOLOGIA

• ABANDONO DAS POSIÇÕES EXTREMADAS


ESCOLAS DO PERÍODO DA POLÍTICA CRIMINAL

• TERZA SCUOLA – ESCOLA DE NATURALISMO


CRÍTICO

• ESCOLA ESPIRITUALISTA

• ESCOLA NEOESPIRITUALISTA

• ESCOLA DE POLÍTICA CRIMINAL


TERZA SCUOLA
ESCOLA DE NATURALISMO CRÍTICO
– Emanuelle Carnevalle

Também denominada de Escola do Positivismo


Crítico ou Escola Eclética, como preferiu Ferri.

Postulados:
1. Direito Penal é independente da Criminologia –
contraria as ideias de Lombroso;
2. Vários são os fatores que influenciam no crime,
não apenas os endógenos;
3. Os Penalistas devem se aliar aos Sociólogos,
para implementação de reformas sociais.
ESCOLA ESPIRITUALISTA
• IMPORTÂNCIA AO LIVRE ARBÍTRIO – CADA
INDIVÍDUO TEM VONTADE PRÓPRIA DO QUE
DESEJA FAZER

• PRINCIPAIS IDEALIZADORES – MAYER E VIDAL


ESCOLA NEOESPIRITUALISTA
DE BEATS E GUILLOT

RECONHECE O FATOR SOCIAL PREDOMINANTE


JUNTAMENTE COM A RESPONSABILIDADE MORAL.

SITUA-SE ENTRE A ESCOLA DO LIVRE ARBÍTRIO E DO


DETERMINISMO

A LIBERDADE INDIVIDUAL ESTÁ LIMITADA PELO


CONVÍVIO SOCIAL
ESCOLA DE POLÍTICA CRIMINAL
PRECURSORES: FRANZ VON LISZT, VAN HAMEL,
ADOLPHO PRINS e CARLOS STOOS

ESCOLA REVOLUCIONÁRIA DA CRIMINOLOGIA


MODERNA
FRANZ VON LISZT
Defendia Liszt que se o homem não tinha
enfermidade mental e contava com a
maturidade de espírito, o indivíduo teria a
normal felicidade de determinar-se, o que lhe
confere capacidade perante o Código Penal.

Se apenas em um mundo ideal a liberdade


ilimitada existe, então a responsabilidade,
também, só existiria de forma limitada no
mundo real.
• Conquistas da Política Criminal:

• Suspensão Condicional, Livramento


Condicional, tratamento de tutela de jovens
delinquentes
“Política Criminal é o conjunto sistemático de
princípios, segundo os quais o Estado e a
sociedade devem organizar a luta contra o
crime”. (Liszt)

Política Criminal é, portanto, parte da ciência


Direito Penal.
Questão de concurso - Magistratura
( ) A política criminal do Direito Penal Funcional
sustenta, como modernização funcional no
combate à “criminalidade moderna”, uma
mudança semântico-dogmática, tal como:
“perigo” em vez de dano; “risco” em vez de
ofensa efetiva a um bem jurídico; “abstrato” em
vez de concreto; “tipo aberto” em vez de
fechado; e “bem jurídico coletivo” em vez de
individual.
"Nunca avalie a altura de uma
montanha até que atinja o
cume. Quando atingir seu
objetivo, verá então com a
montanha era baixa."
Nunca deixe que qualquer
limite tire de você a ambição
de superar a si próprio!
CRIMINOLOGIA

Profa. Walkyria Carvalho


PREVENÇÃO DA CRIMINALIDADE
• CRIME – FATO NÃO ISOLADO

• IDÉIA DE PREVENÇÃO – BECCARIA (DOS


DELITOS E DAS PENAS)

• NECESSIDADES SOCIAIS E DISTRIBUIÇÃO DE


OPORTUNIDADES
ESTIMULANTES E INIBIDORES DA
CRIMINALIDADE
• FALTA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
• MISÉRIA
• DESEMPREGO
• SUBEMPREGO
• CORRUPÇÃO POLÍTICA
• EDUCAÇÃO DESORGANIZADA
• DESAJUSTE FAMILIAR
• etc
Prevenção
• Jeremy Bentham através de boas leis,
pode-se chegar a penalizar a conduta com
simples compensação pecuniária, até que o
mal resultante de um crime desapareça.

• Ferri doutrina da saturação criminosa. Em


decorrência do tipo de gente que empreende
o crime, não pode jamais acabar. Deve-se
modificar as pessoas.
• Perigosidade predelitual à prevenção
respaldada na área da probabilidade.

• Liszt à aceitação da probabilidade de alguém


se tornar autor de crime.

• Freud à traumatismos emocionais da infância


são responsáveis pela conduta antissocial.
ESPÉCIES DE PREVENÇÃO

• PRIMÁRIA à prevenção propriamente dita,


atua na etiologia do crime, na gênese,
buscando informações sobre seu nascimento,
motivos, circunstâncias.
ESPÉCIES DE PREVENÇÃO

• SECUNDÁRIA à atua quando o conflito é


gerado ou quando se exterioriza. É a
prevenção pela atuação policial,
notadamente.
• TERCIÁRIA à É a prevenção destinada ao
recluso, visando a evitar a reincidência.
LABELLING APPROACH
Para Hassemer (2005), o labeling approach significa
enfoque do etiquetamento, e tem como tese
central a ideia de que a criminalidade é resultado
de um processo de imputação, “a criminalidade é
uma etiqueta, a qual é aplicada pela polícia, pelo
ministério público e pelo tribunal penal, pelas
instâncias formais de controle social” (HASSEMER)

Implicações: o papel do juiz como criador do Direito


e o caráter invisível do ‘lado interior do ato.
(HASSEMER)
Quando você
andar em meio
a uma
tempestade,
levante bem a
sua cabeça...
Ao final da tempestade, há um
céu dourado e o doce canto de um
pássaro...
Ainda que seus sonhos sejam
devastados...
...ou mesmo destruídos...
Continue andando...
...continue andando...
E você nunca andará
sozinho...
VOCÊ NUNCA ANDARÁ SOZINHO!!
Eu acredito!
CRIMINOLOGIA

Profa. Walkyria Carvalho


AS CIFRAS DA CRIMINALIDADE

MOVIMENTO LEI E ORDEM

ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO


CIFRA NEGRA
A cifra negra constitui a relação de crimes ocorridos, mas não
registrados pelos órgãos oficiais, ou seja, forma a diferença
entre o número de crimes praticados e o número de crimes
conhecidos pelas autoridades competentes. Logo, a
criminalidade real é maior que aquela registrada oficialmente.

Dessarte, dentre outras coisas, isso se configura porque a vítima


acha insignificante o fato criminoso, ou acredita que a polícia
não fará nada, ou mesmo porque o infrator é da família, e ela
opta por não incriminá-lo. São, pois, variadas as causas.

Assim, é certo que a chamada cifra negra gera descrédito para o


Estado, impunidade aos bandidos e uma sensação de injustiça
às vítimas.
CIFRA DOURADA
Crimes efetuados pelas “classes altas” e que,
identicamente, não são solucionados. São os
crimes denominados de "colarinho branco", que
se dão contra a ordem tributária, o sistema
financeiro, etc.
MOVIMENTO LEI E ORDEM
• THE BROKEN WINDOWS THEORY – KELLING E
WILSON

• TOLERÂNCIA ZERO

• MODELO NORTE-AMERICANO

• APLICAÇÃO NO BRASIL
• LEI E ORDEM

• GRUPO 1 – PESSOAS DE BEM – PROTEÇÃO


• GRUPO 2 – DELINQUENTES

• DIREITO PENAL – ÚNICO INSTRUMENTO DE


CONTENÇÃO CRIMINAL
• MOVIMENTO LEI E ORDEM –
ENDURECIMENTO DA LEI E DAS PENAS, QUE
SÃO A ÚNICA FORMA DE CONTROLE DA
CRIMINALIDADE

• TOLERÂNCIA ZERO – RUDOLPH GIULIANI


• RAMIFICAÇÃO DO MOVIMENTO LEI E ORDEM
– NYC
• CONSEQUÊNCIA DO TOLERÂNCIA ZERO – UMA
DAS MAI8ORES TAXAS DE ENCARCERAMENTO
DO MUNDO

• PEQUENOS DELITOS – PENAS HEDIONDAS

• OBJETIVO – RETIRAR POPULAÇÃO POBRE DAS


RUAS
• DIREITO PENAL DO TERROR
X
• DIREITO PENAL MÍNIMO
X
DIREITO PENAL DO FATO
Questão de concurso
02. Considera-se cifra negra a criminalidade:
a) registrada, mas não investigada pela Polícia
b) registrada, investigada pela Polícia, mas não elucidada
c) registrada, investigada pela Polícia, elucidada, mas não
punida pelo Judiciário
d) não registrada pela Polícia, desconhecida, não
elucidada, nem punida.
e) não registrada pela Polícia, porém conhecida e
denunciada diretamente pelo Ministério Público
CRIMINOLOGIA
— Profa Walkyria Carvalho
VITIMOLOGI
A
Criação do termo
B. Mendelsohn - Trabalhos de
Sociologia jurídica (Etudes
Internacionales de Psycho-Sociologie
Criminelle (1956), La Victimologie,
Science Actuaelle (1957) colocaram em
destaque a conveniência de estudo da
vítima sob diversos ângulos, quais
sejam, Direito Penal, Psicologia e
Psiquiatria.
CONCEITO
Estudo da vítima, no que se refere à
sua personalidade, quer do ponto de
vista biológico, psicológico e social,
quer o de sua proteção social e
jurídica, bem como dos meios de
vitimização, sua inter-relação com o
vitimizador e aspectos
interdisciplinares e comparativos.
Comportamento da vítima
— 1. A vítima pode ser inteiramente
inocente na dinâmica do crime;
— 2. A vítima pode ser tão culpada quanto o
agente;
— 3.A vítima mais culpada que o agente;
— 4. A vítima pode ser menos culpada que o
agente criminoso e
— 5. A vítima, ainda, poderá ser a única
culpada do cometimento de um crime
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos
antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente,
aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime,
bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá,
conforme seja necessário e suficiente para reprovação e
prevenção do crime:

I - as penas aplicáveis dentre as cominadas

II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites


previstos;

III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de


liberdade;

IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada,


por outra espécie de pena, se cabível.
As escolas penais, tanto a Escola Clássica
de Becaria e Fuerbach, como a Escola
Positiva de Lombroso, Ferri e Garofalo,
estavam centradas nos elementos
delito/delinquente/pena. Não houve grande
preocupação com a vítima.
No final da Segunda Guerra Mundial, um
advogado de origem israelita chamado
Benjamin Mendelsohn, também vítima da
guerra, começou a pensar em sistematizar
uma nova ciência ou desenvolver um ramo
da criminologia que foi a vitimologia.
QUESTÕES DE CONCURSOS
6 - PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia
Constituem objeto de estudo da Criminologia
a) o delinquente, a vítima, o controle social e o
empirismo
b) o delito, o delinquente, a interdisciplinaridade e o
controle social
c) o delito, o delinquente, a vitima e o controle social.
d) o delinquente, a vitima, o controle social e a
interdisciplinaridade
e) o delito, o delinquente, a vítima e o método
7 - PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de
Polícia
O Positivismo Criminológico, com a Scuola
Positiva italiana, foi encabeçado por
a) Lombroso, Garofolo e Ferri.
b) Luchini, Ferri e Del Vecchio
c) Dupuy, Ferri e Vidal
d) Lombroso, Dupuy e Garofolo
e) Baratta,Adolphe e Vidal
O movimento “Lei e Ordem” e a teoria das
“janelas quebradas” (“broken windows”)
defendem que pequenas infrações, quando
toleradas, podem levar à prática de delitos
mais graves. O texto acima se refere à:
a) Criminologia Radical
b) Defesa Social
c) Tolerância Zero.
d) Escola Retribucionista
e) Lei de Saturação Criminal
TEORIAS CONTEMPORÂNEAS SOBRE AS
CAUSAS DA CRIMINALIDADE
— 1.Teoria da desorganização social;
— 2.Teoria do estilo de vida;
— 3. Teoria do aprendizado social (associação
diferencial);
— 4. Teoria do controle social;
— 5. Teoria do autocontrole;
— 6. Teoria da anomia;
— 7. Teoria interacional;
— 8. Teoria da escolha racional
1. Teoria da desorganização social
Abordagem Variáveis
— Status sócioeconômico;
— Abordagem sistêmica em
heterogeneidade étnica;
torno das comunidades,
mobilidade residencial;
entendida como um
desagregação familiar;
complexo sistema de rede
urbanização; redes de
de associações formais e
amizades locais; grupos de
informais
adolescentes sem
supervisão; participação
institucional; desemprego;
existência de mais de um
morador por cômodo.
2.Teoria do estilo de vida
Abordagem Variáveis
— Vítima potencial; agressor — Quanto maior provisão de
potencial; tecnologia de recursos de proteção,
proteção maiores os custos de se
perpetrar o crime e
menores oportunidades do
agressor
3. Teoria do aprendizado social
(associação diferencial)
Abordagem Variáveis
— Grau de supervisão
— Os indivíduos determinam familiar; intensidade de
seus comportamentos a coesão nos grupos de
partir de sua experiências amizades; existência de
pessoais com relação a amigos com problemas
situações de conflito, por com a polícia; percepção
meio de interações dos jovens sobre outros
pessoais e com base no envolvidos em problemas
processo de comunicação. de delinqüência; jovens
morando com os pais;
contato com técnicas
criminosas
4. Teoria do controle social

Abordagem Variáveis
— O que leva o indivíduo a — Envolvimento do cidadão
não enveredar pelo no sistema social;
caminho da criminalidade? concordância com os
A crença e a percepção do valores e normas vigentes;
mesmo em concordância — Ligação filial; amigos
com o contrato social delinqüentes; crenças
(acordos e valores desviantes.
vigentes), ou o elo com a
sociedade.
5. Teoria do autocontrole
Abordagem Variáveis
— O não desenvolvimento de — Freqüentemente eu ajo ao
mecanismos psicológicos sabor do momento sem
de autocontrole da fase que medir as conseqüências; eu
segue dos 2 anos à pré- raramente deixo passar
adolescência. Que geram uma oportunidade de
distorções no processo de gozar um bom momento.
socialização, pela falta de
imposição de limites.
6. Teoria da anomia
Abordagem Variáveis
— Impossibilidade do — Participa de redes de
indivíduo atingir metas conexões? Existem focos de
desejadas por ele. Três tensão social? Eventos de
enfoques: a)diferenças de vida negativos; sofrimento
aspirações individuais e os cotidiano; relacionamento
meios disponíveis; negativos com adultos;
b)oportunidades brigas familiares;
bloqueadas; c)privação desavenças com vizinhos;
relativa tensão no trabalho.
7. Teoria interacional
Abordagem Variáveis
— Processo interacional — Grau de supervisão familiar;
intensidade de coesão nos grupos
dinâmico com dois de amizades; existência de amigos
ingredientes:a) perspectiva com problemas com a polícia;
evolucionária cuja carreira percepção dos jovens sobre outros
começa aos 12-13 anos, envolvidos em problemas de
delinqüência; jovens morando
intensifica-se dos 16-17 anos e com os pais; contato com técnicas
finaliza aos 30 anos; b) criminosas
perspectiva interacional que — Envolvimento do cidadão no
entende a delinqüência como sistema social; concordância com
os valores e normas
causa e conseqüência de uma vigentes;Ligação filial; amigos
série de fatores. delinqüentes; crenças desviantes.
8. Teoria da escolha racional
Abordagem Variáveis
— O indivíduo decide sua — Salários; renda familiar per
participação em atividades capita; desigualdade de
criminosas a partir da renda; acesso a programas
avaliação racional entre de bem-estar social;
ganhos e perdas esperadas efici~encia da polícia;
advindos das atividades adensamento
ilícitas vis-a-vis o ganho populacional; magnitude
alternativo no mercado da punições; inércia
legal criminal; aprendizado
social; educação.
Segurança Pública e Privada
— Medo generalizado do delito

— Segurança Pública

— Polícia cidadã
Segurança Privada
— Multiplicação dos objetos de proteção

— Sentimento de insegurança e medo

— Crudelidade dos crimes

— Crise no sistema de Segurança Pública


Projeto Área de Chicago
— O CRIME TEM A SUA ORIGEM NO ABISMO SOCIAL QUE
SEPARA OS INDIVÍDUOS DAS PESSOAS CARENTES DE METAS
CONVENCIONAIS;

— CABE OFERECER ALTERNATIVAS EFICAZES PARA O


COMPORTAMENTO DELITIVO, OFERECENDO AOS
CARENTES A OPORTUNIDADE DE PARTICIPAR DO BEM-
ESTAR SOCIAL.
1 -PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia
O efeito criminógeno da grande cidade, valendo-se dos
conceitos de desorganização e contágio inerentes aos
modernos núcleos urbanos, é explicado pela
a) Teoria do Criminoso Nato
b) Teoria da Associação Diferencial
c) Teoria da Anomia
d) Teoria do Labelling Aproach
e) Teoria Ecológica.
2 - PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia
O comportamento abusivo, praticado com gestos,
palavras e atos que, praticados de forma reiterada,
levam á debilidade física ou psíquica de uma pessoa
a) define reação ao crime
b) define assédio moral.
c) é um mecanismo intimidatório, mas não criminoso
d) é a despersonalização do eu, que aflige grande
número de detentos
e) define efetividade do impacto dissuasório
3 - PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia
A prevenção terciária da infração penal, no Estado
Democrático de Direito, está relacionada
a) ao controle dos meios de comunicação.
b) aos programas policiais de prevenção.
c) à ordenação urbana.
d) à população carcerária
e) ao surgimento de conflito.
4 - PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia
Assinale a alternativa incorreta. A Teoria do
Etiquetamento
a) é considerada um dos marcos das teorias de
consenso.
b) é conhecida como Teoria do Labelling Aproach
c) tem como um de seus expoentes Ervinh Goffman
d) tem como um de seus expoentes Howard Becker
e) surgiu nos Estados Unidos
CRIMINOGENIA E SUA
FATORAÇÃO
Profa. Walkyria Carvalho
• Agressividade inata ao ser humano

• Fatores externos de agressividade humana -


desigualdade social, densidade demográfica,
conflitos de propriedade, vícios etc.
Atavismo orgânico e psíquico – Cesare Lombroso
afirmava que o crime era uma criação proveniente
do atavismo orgânico e psíquico ou então de
organismos epileptoides.

Alguns caracteres:
- Desenvolvimento exagerado dos maxilares
- Camuflagem das afeições
- Ausência de remorso etc
• Os crimes são praticados sob diferentes órbitas,
em situações adversas. Não existe um criminoso
nato para cada tipo penal.

• Exemplos de situações:
• Sub-reptícia
• Cautelosa
• Fria
• Sob extremo estresse
• SER HUMANO COMPOSTO DE 46
CROMOSSOMOS

• MACHOS – 22 PARES + XY

• FÊMEAS – 22 PARES AUTOSSOMOS + XX


• ANOMALIA CROMOSSÔMICA E TENDÊNCIA
PARA O CRIME

• CROMOSSOMO TRÍPLICE XYY – MAIOR


AGRESSIVIDADE – ROBERT STOCK
SÍNDROME DO Y EXTRA

CONTEXTO BIOLÓGICO x COMPORTAMENTO


SOCIAL

EX: DINAMARCA
VOLTAIRE: "O HOMEM ASSUME A VIOLÊNCIA
QUANDO ASSUME A VIDA"
REINCIDÊNCIA CRIMINAL
REINCIDÊNCIA --> REITERAÇÃO DO ATO CRIMINOSO,
CONDICIONADA À PREVIA CONDENAÇÃO EM ÂMBITO
CRIMINAL

REFLEXOS DA REINCIDÊNCIA:
- INEFICÁCIA DOS MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL E
DAS UNIDADES PRISIONAIS
- INSUFICIÊNCIA DAS MEDIDAS PREVENTIVAS E
REPRESSIVAS
INDIVÍDUOS QUE REINCIDEM EM GRANDE
ESCALA

- INEXISTÊNCIA DE ARREPENDIMENTO OU
CONSICÊNCIA SOCIAL E/OU MORAL

- POTENCIAL MASSIVO OU FORÇA COMPULSIVA


PARA PRÁTICA CRIMINOSA
FATORES QUE FAVORECEM A ECLOSÃO RECIDIVISTA
(THORSTEN SELLIN)

- IDADE INÍCIO DA CARREIRA DELINQUENCIAL


- NÚMERO DE CONDENAÇÕES PRECEDENTES
- A NATUREZA DOS DELITOS
- O INTERVALO ENTRE O PRIMEIRO CRIME E O SUBSEQUENTE
- TRATAMENTO PENITENCIÁRIO RECEBIDO QUANDO DA
PRIMEIRA CLAUSURA
REGENERAÇÃO DOS CRIMINOSOS

APENADO ABANDONADO

DESTITUIÇÃO FAMILIAR E MARITAL

APEGO AOS VÍCIOS E HÁBITOS CRIMINOSOS


COMO MEIO DE SOBREVIVÊNCIA
PLUTARCO: "EMBORA SEJA MUITO DIFÍCIL
MUDAR A MALDADE DO HOMEM DEPOIS QUE
ELE ADQUIRIU O HÁBITO DE SER CRUEL,
ENTRETANTO NÃO É O HOMEM DE NATUREZA
TÃO BRUTL, TÃO FEROZ E TÃO SELVAGEM DE SE
LIDAR, QUE SUA MALDADE NÃO POSSA SER
VENCIDA PELA BENEFICÊNCIA"
CRIMINOSOS ENCARCERADOS

MALFORMAÇÃO MORAL x EDUCAÇÃO MORAL


COMO SUSTENTÁCULO DA APLICAÇÃO DA PENA
PELO ESTADO

INADEQUAÇÃO SOCIAL x REINSERÇÃO SOCIAL


SUTHERLAND: "O CRIMINOSO NEM SEMPRE MUDARÁ SEUS
HÁBITOS PELA SIMPLES RESOLUÇÃO DE FAZÊ-LO: SOMENTE
PELA COMPREENSÃO DE SEU CONFLITO PODE ELE LIVRAR-SE
COMPLETAMENTE DO DRAMA, ENSEJANDO A ALTERAÇÃO DE
SEU PRÓPRIO COMPORTAMENTO, SEM QUE ISTO IMPLIQUE A
ALTERAÇÃO DO SEU AMOR PRÓPRIO".

INCENTIVO AO TRABALHO NO CÁRCERE

ADOÇÃO DE ARTES, TERAPIA E PRODUÇÃO DE ARTESANATO


PERICULOSIDADE

PERICULOSIDADE OU ESTADO PERIGOSO É UM ESTADO QUE


SE ENCONTRA ENTRE A POTENTE MARGINALIDADE E A
LOUCURA.

RAFAEL GAROFALO - 1880

TEMIBILIDADE - "PERVERSIDADE CONSTANTE E


IMPULSIONADORA DO CRIMINOSO E A QUANTIDADE DO MAL
QUE SE PODE TEMER DE SUA PARTE, EM OUTRAS PALAVRAS,
SUA CAPACIDADE CRIMINAL"

ERNEST DUPRÉ - TESE DO CRIMINOSO PERVERSO,


IRRECONCILIÁVEL COM A ORDEM SOCIAL.
CRIMINOLOGIA

Walkyria Carvalho
PENOLOGIA
• ORIGEM - VINGANÇA PRIVADA

• FALTA DE PROPORÇÃO AO MAL CAUSADO

• PENA DE TALIÃO - "OLHO POR OLHO“

• CÓDIGO DE HAMURABI - PENA DE MORTE AOS


ATOS DE BRUXARIA, ADULTÉRIO, INCESTO ETC
• PENAS CRUENTAS E 'MORTES DESUMANAS':

• Decaptação - Mutilação - Suplício físico -


Desterro - Açoite - Asfixia - Crucificação -
Inanição - Engaiolamento - Cozimento -
Esquartejamento - Fogueira - Roda -
Empalamento - Sepultamento com vida etc
• Evolução das penas através dos tempos

• Penas cruéis - redução a partir do Século


XVIII
• Influência ideológica de Rousseau,
Montesquieu e Beccaria
• Pena de prisão legal - Estado legitimamente
investido no poder de aplicação da lei
• VINGANÇA DIVINA

• A pena deveria estar à altura da grandeza do


Deus ofendido, portanto eram ainda mais
cruéis.

• Visavam à purificação da alma dos


condenados
• VINGANÇA PÚBLICA
• A pena tinha o objetivo de resguardar a
segurança do príncipe ou soberano
• Pena de morte extremamente cruel, com
sofrimento e tortura
MODELOS E SISTEMAS
PENITENCIÁRIOS
ESCOLA CLÁSSICA - Beccaria e Carrara

• Inspiração iluminista
• Pena como castigo justo
• Ausência de caráter preventivo
• Satisfação da Justiça
• Pena é a forma absoluta de inibição do delito
• O delito é forma absoluta de inibição do delito
• O delito é consequência exclusiva da vontade do
infrator
• Severidade da pena varia de acordo com o grau de
responsabilidade moral

ESCOLA ANTROPOLÓGICA - Lombroso,
Ferri, Garófalo
• Pena como meio de defesa social
• O homem não é singularmente responsavel
pelo crime, mas como sendo contexto de uma
sociedade, assim se faz responsavel
• A responsabilidade legal se justifica diante de
qualquer responsabilidade moral
• Pena não é expiação do mal pelo castigo, mas
uma prevenção social do delito
ESCOLA CRÍTICA

• Confere à pena uma relevência superior no


combate à criminalidade
• Instrumento pedagógico contra o crime
• Meios de prevenção muito mais efetivos que
os meios repressivos - função psicológica
PENA E PENOLOGIA

• PENA: Sanção aflitiva imposta pelo Estado,


através da Ação Penal, ao autor de uma
infração, como retribuição de seu ato ilícito,
consistente na diminuição de um bem jurídico
e cujo fim é evitar novos delitos --> Sebastião
Soler
• TEORIAS ABSOLUTAS à pena é um mal justo
contra um mal injusto

• TEORIAS RELATIVAS à penas são úteis para


prevenir a sociedade, advertindo-a, mas
também punindo o infrator

• TEORIAS MISTAS à a pena reeduca e intimida


ao mesmo tempo
TIPOS DE PENAS

• Privativa de Liberdade
• Medidas de Segurança
• Pena de morte
Pena privativa de liberdade
• Função da pena moderna – retribuição,
intimidação e regeneração.

• Regimes iniciais
• Fechado: pena superior a 8 anos
• Semiaberto: entre 4 e 8 anos e não
reincidente
• Aberto: até 4 anos
SISTEMA PENSILVÂNICO - 1829
• Também conhecido por Sistema da Filadélfia
ou Belga - Penitenciária de East

• Isolamento celular do preso


• Única leitura autorizada: Bíblia
• Abolido nos EUA em 1913
SISTEMA AUBURNIANO
• Criado em Auburn, NYC
• Redução da crudelidade do isolamento
• Aprisionamento celular noturno e coletivo
durante o dia
PROGRESSIVO - 1854
• Adotado inicialmente nas prisões da Irlanda
• Prevê uma progressão da pena – regime
celular, cela noturna e trabalho coletivo
diurno; trabalho com semiliberdade; liberdade
condicional sob fiscalização.
MEDIDA DE SEGURANÇA
• Medida que visa à neutralização do perigo dos
criminosos

1. Medida de segurança patrimonial: interdição do


estabelecimento e confisco
2. Medida de segurança pessoal:
a. Medida de segurança detentiva: manicômio judiciário,
casa de custódia
b. Medida de segurança não detentiva: liberdade vigiada,
proibição de frequentar determinados lugares
PENA DE MORTE
PRÓS CONTRAS
VIVER É CONVIVER – há indivíduos NÃO INTIMIDA O CRIMINOSO – os índices
inaptos para convivência em sociedade de criminalidade de países que adotam a
pena de morte, a exemplo dos EUA, são
alarmantes
FORTE PODER INTIMIDATÓRIO – há uma ERRO JUDICIÁRIO – torna irreparável o
inibição natural frente às consequências dano causado ao apenado
da aplicação da pena
EXCLUSÃO SOCIAL – a pena retira de vez o AUSÊNCIA DE RECUPERAÇÃO – elemento
criminoso da sociedade principal da pena, recuperação do preso,
é ignorado
ECONOMIA DO SISTEMA – o preso AFRONTA AOS DIREITOS HUMANOS – é
condenado à pena privativa de liberdade inconcebível que ainda existam países
custa muito aos cofres públicos que adotam a pena de morte como via de
regra
CRIMINOLOGIA

WALKYRIA CARVALHO
CLASSIFICAÇÃO DOS
CRIMINOSOS
• Caráter didático-pedagógico da classificação

• Delimitação

• Contribuição de Lombroso

• Biotipologia criminal – psicanálise de Freud

- Conjunção do caráter biológico ao social.


Classificações segundo Valter e
Newton Fernandes
• Classificação de Lauvergne:
I – por ímpeto;
II – por vontade firme;
III – por instintos natos.

• Classificação de Tarde:
I – Homicidas urbanos e rurais
II – Ladrões urbanos e rurais
• Classificação de Nicholson:
I – Criminosos acidentais ou de ocasião;
II – Criminosos verdadeiros ou habituais.

• Classificação de Hurel:
I – Criminosos por emoção violenta e instantânea,
não viciosos sem perversidade em estado crônico;
II – Criminosos profundamente maus, reflexivos,
rebeldes, mestres no crime;
III – Inertes, débeis de vontade.
• Classificação de Garófalo:
I – Criminosos natos;
II – Criminosos fortuitos ou de ocasião.
Obs: Pela especialidade do defeito moral,
poderiam ser assassinos, violentos, ímprobos ou
cínicos.
• Classificação de Lombroso:
I – Natos;
II – Loucos;
III – Por paixão;
IV – De ocasião.

• Classificação de Ferri:
I – Natos;
II – Loucos;
III – Por paixão;
IV – De hábito;
V – De ocasião.
• Classificação de Laurent:
I – Vagabundos e mendigos;
II – por acidente;
III – por ocasião;
IV – por costume;
V – degenerados hereditários: loucos morais,
criminosos natos.
VI – alienados criminosos.
Classificação de Hilário Veiga de
Carvalho
I – biocriminoso puro (pseudocriminoso -
inimputável);
II – biocriminoso preponderante – fator biológico
predomina no crime;
III – mesobiocriminoso – fatores sociais, ambientais
e biológicos presentes no crime;
IV – mesocriminoso preponderante – causas
endógenas preponderantes;
V – mesobiocriminoso (pseudocriminoso) –
criminoso forjado pelo ambiente.
PAIXÃO
• Will Durant à “O homem é apenas um animal
emocional, só ocasionalmente raciocina, e
nada mais fácil do que enganá-lo, quando o
pegam pelo coração”.

• Epicuro à Existem três paixões no mundo: o


desejo, a alegria e a dor.
• Nietzsche à “As paixões não são defeitos e
sim matéria prima, tanto dos defeitos, como
das virtudes”.

• Hegelà Nada no mundo foi realizado sem


paixões.
CRIMES PASSIONAIS
• Ferri: O crime dos apaixonados é a faísca
resultante de uma tempestade psicológica e é
por isso irresistível.

• Carrara: as paixões cegas são tão violentas,


que fazem o indivíduo perder o ‘self control’,
paralisando seus freios inibitórios, tornando
impossível a reflexão e o raciocínio.
Passionalidade exclui
premeditação?
CRIMES SITUACIONAIS
• Facilidades cotidianas
• Criminosos situacionais
• Extorsão, suborno e corrupção
• Abuso no exame clínico
CRIMINOSO VIRTUAL
• CRIMES COMUNS:
• Injúria, Calúnia, Difamação;
• Furto através de captação de senha bancária;
• Extorsão, estelionato e várias fraudes;
• Apologia ao crime, discriminação racial etc
• Hackers: possuem largo conhecimento de
informática e se utilizam das falhas do sistema
para invadir redes alheias.

• Crackers: são hackers que invadem para


mostrar o poder da invasão, deixando
mensagens insolentes com rastros evidentes.
• Phreackers: são os piratas de software, que
invadem sistemas de telefonia para fazerem
chamadas internacionais com custo zero.

• Warez: Copiam softwares caríssimos e


distribuem gratuitamente.
CRIMINOLOGIA

WALKYRIA CARVALHO
MICRO E
MACROCRIMINALIDADE
MICROCRIMINALIDADE
• Criminalidade como fenômeno individual

• São os delitos correntes, que diariamente


acontecem nas cidades; é a criminalidade
visível, a exemplo do latrocínio, do homicídio,
dos roubos e furtos, do estupro etc
Microcriminoso – indivíduo que é
considerado isoladamente dos
demais, marginal da vida em
sociedade.
MACROCRIMINALIDADE
Delitos amplamente considerados, em uma
macro observância social, que desconsidera o
criminoso como ser isolado, inserindo-o em uma
esfera global e coletiva. São exemplos de
macrocriminalidade os crimes de colarinho
branco e a criminalidade organizada.
White Collar Crime

Sutherland: “A violação da lei penal por


pessoas de elevado padrão socioeconômico, no
exercício abusivo de uma função lícita”.
Crime de colarinho branco
Delinquência dourada

Formação de cartéis, fraude bancária, criação de


sociedades fictícias, fraudes em prejuízo dos
credores, falsificação de balanços e/ou
informações gerais em torno de negócios e
dinheiro, fraudes em capital societário etc
Crime organizado
• Entre as formas de sustento do crime
organizado encontram-se o tráfico de drogas,
os jogos de azar, a compra de "proteção”.

• Milícias, máfias, grupos organizados.


• Eixo do crime organizado

• Manutenção

• -------------------------------------------------------
Questões sugeridas pelos alunos
São sintomas comuns que integram uma síndrome psicopática
(manifestação de personalidade psicopática):

a) excitação afetiva com instabilidade emocional, fuga de ideias


e atos desordenados.
b) afetividade embotada em que a ideação e a afetividade
mostram-se dissociadas e perda de contato com a realidade.
c) manifestação de intensa angústia com um comportamento
de inadaptação à realidade, incapacidade de desviar o
interesse de si mesmo e sensação de insuficiência afetiva e
sexual
d) egocentrismo patológico, falta de remorso ou vergonha ,
pobreza geral nas relações afetivas e incapacidade de seguir
um plano de vida.
Dentre os modelos de reação ao crime destaca-se aquele
que procura restabelecer ao máximo possível o status quo
ante, ou seja, valoriza a reeducação do infrator, a situação
da vítima e o conjunto social afetado pelo delito, impondo
sua revigoração com a reparação do dano suportado.
Nesse caso, fala-se em:

a) modelo dissuasório.
b) modelo ressocializador.
c) modelo integrador
d) modelo punitivo.
e) modelo sociológico.
A criminologia é uma ciência que dispõe de leis:

a) imutáveis e evolutivas.
b) inflexíveis e evolutivas.
c) permanente e flexíveis.
d) flexíveis e restritivas.
e) evolutivas e flexíveis
O indivíduo abúlico é aquele cuja personalidade
psicopática se caracteriza:

a) pela falta de vontade, sendo uma pessoa sugestionável


e vulnerável aos fatores criminológicos e que age por
indução
b) por ser uma pessoa arrojada, intrépida, combativa,
destemida e decidida.
c) por ser destituído de confiança ou de esperança,
propenso a tremores e que se preocupa e sofre
exageradamente com o menor revés.
d) por aparentar placidez e felicidade, porém pode
explodir subitamente em fúria.
e) por ser vaidoso e ter mania de grandeza, aparentando
ser mais do que é.
Pietà - Michelangelo
CRIMINOLOGIA

WALKYRIA CARVALHO
TOXICOMANIA
CONCEITO - OMS

TOXICOMANIA abrange todo estado de


INTOXICAÇÃO CRÔNICA ou PERIÓDICA,
proveniente do consumo reiterado de uma
droga NATURAL ou SINTÉTICA e que redunda em
sério prejuízo, não só para o indivíduo como,
também, para a própria sociedade.
• Tóxico é a droga que, ministrada ao
organismo, provoca reações graves.
• Droga é a substância que, ministrada ao
organismo, pode alterar uma ou mais funções.
• Entorpecente é a droga capaz de causar
entorpecimento do organismo, reduzindo a
atividade orgânica.
• Narcótico é a droga opiácea que causa
sensação de sedação e analgesia.
• 1970 – OMS inclui a Farmacodependência entre
os conceitos de Toxicomanias.

Estado psíquico e físico resultante da interação de


um medicamento e um organismo humano,
caracterizada por modificações no comportamento
e outras reações, que implicam sempre em um
impulso de tomar o medicamento de forma
contínua ou periódica, a fim de reencontrar seus
efeitos psíquicos e, algumas vezes, evitar o mal
estar de sua privação (abstinência).
• Motivos da busca ao consumo de drogas:
• Fuga
• Novas sensações
• Curiosidades
• Necessidade de pertencimento
• Vício à drogas de dependência física – ópio,
morfina e heroína.

• Hábito à dependência psíquica –


barbitúricos, maconha, anfetaminas.
• Psicotrópicas: drogas que, ministradas ao
organismo humano, são direcionadas ao
sistema nervoso. Tropismo: atração.
Primeira classificação

DROGAS

ERGOTRÓPICAS TROFOTRÓPICAS
EXCITAÇÃO DEPRESSÃO
Segunda classificação
• 1. DEPRESSIVAS à heroína, morfina.
• 2. EXCITANTES à cocaína
• 3. TRANQUILIZANTES à barbitúricos
• 4. ESTIMULANTES à anfetaminas
• 5. ALUCINÓGENOS à LSD
Grau de dependência
• Narcóticos – forte ou moderada dependência
física ou psicológica – é o caso da morfina, da
heroína.

• Estimulantes/excitantes – maior dependência


física que psíquica – é o caso da cocaína.
DANO
• Físico
• Moral
• Social
• Psicológico
• Familiar
• Coletivo
Dependência física
Consiste na necessidade presente ao nível
fisiológico, o que torna impossível a suspensão
brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a
chamada crise da "abstinência". A dependência
física é o resultado da adaptação do organismo,
independente da vontade do indivíduo. A
dependência física e a tolerância podem se
manifestar isoladamente ou associadas,
somando-se à dependência psicológica.
Dependência psíquica
O indivíduo é dominado por uma forte vontade,
quase incontrolável, de administrar a droga à
qual se habituou. Existe um impulso psicológico
forte (compulsão) para o uso contínuo da droga.
Em estado de dependência psicológica, o
indivíduo sente um impulso irrefreável, tem que
fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar.
A dependência psicológica indica a existência de
alterações psíquicas que favorece a aquisição do
hábito.
PREVENÇÃO DOS FÁRMACOS
• NÍVEL PRIMÁRIO: visa a evitar o uso e impedir
a propagação

• NÍVEL SECUNDÁRIO: detecção e tratamento


do usuário do fármaco

• NÍVEL TERCIÁRIO: recuperação do usuário do


fármaco
A respeito de toxicologia forense, numere a coluna da direita
de acordo com sua correspondência com a da esquerda:
(1) Estado de intoxicação periódica ou crônica, nocivo ao
indivíduo ou à sociedade, pelo uso constante e repetido de
uma droga, com tendência a aumentar a dose.
(2) Conjunto de sintomas e sinais desagradáveis, opostos aos
produzidos pela droga, que surgem quando é baixo ou nulo o
teor da droga no sangue.
(3) Capacidade de suportar doses consideradas nocivas ou
fatais, em quantidades cada vez maiores.
(4) Necessidade de progressivo aumento da dose para
conseguir efeitos semelhantes, chegando até a doses fatais
para pessoas normais.
( ) toxicomania
( ) hábito
( ) tolerância
( ) síndrome de abstinência
Assinale a alternativa que apresenta a
sequência correta na coluna da direita, de cima
para baixo:
a) 2, 4, 3, 1.
b) 4, 2, 1, 3.
c) 4, 1, 3, 2.
d) 3, 1, 2, 4.
e) 3, 1, 4, 2
Assinale a alternativa correta, que corresponde às
seguintes características: alcalóide estimulante, de sabor
amargo, a maneira mais utilizada pelos usuários é pela
aspiração nasal do pó, de aquisição relativamente barata,
pode produzir perfuração do septo nasal, elemento
importante na avaliação pericial, e provoca o aspecto de
olhos fundos, brilhantes e de pupilas dilatadas.

a) Maconha.
b) Anfetamina.
c) Cocaína
d) Heroína.
e) LSD.
Em relação as classificação das drogas ou substâncias
psicoativas, assinale a alternativa correta:

a) Falta de coordenação motora e perda de memória


são alguns dos sintomas característicos produzidos por
substâncias psicoanalépticos.
b) Drogas ou substâncias psicoativas podem ser
classificadas quanto ao potencial de uso nocivo e
utilidade clínica ou ainda quanto à sua origem
c) Drogas consideradas psicolépticas são aquelas
estimulantes do sistema nervoso central, segundo
classificação quanto aos efeitos farmacológicos.
d) O ecstasy e a dietilamina do ácido lisérgico (LSD)
são consideradas substâncias psicoanalépticos.
SINTOMAS:

1 - forte desejo ou compulsão para consumir a


substância;
2 - dificuldade no controle de consumir a substância
em termos do seu início, término ou níveis de
consumo;
3 - estado de abstinência fisiológica quando o uso
cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinência ou
uso da substância para aliviá-los);
4 - evidência de tolerância, de tal forma que doses
crescentes da substância psicoativa são requeridas
para alcançar efeitos originalmente produzidos por
doses mais baixas;
5 - abandono progressivo de prazeres ou interesses
alternativos em favor do uso da substância
psicoativa, aumento do tempo necessário para
obter ou tomar a substância psicoativa ou para se
recuperar dos seus efeitos;
6 - persistência no uso da substância, a despeito de
evidência clara de consequências manifestamente
nocivas, tais como dano ao fígado por excesso de
álcool, depressão consequente ao período de
consumo excessivo da substância ou
comprometimento cognitivo relacionado à droga.
ÁLCOOL
Agindo sobre o sistema nervoso central, o álcool
é um poderoso depressor, cujas consequências
são mudanças psíquicas, com distúrbios
sensoriais e motores. Se ingerido em quantidade
elevada, podem ocorrer convulsões, coma e
morte por parada cardíaca ou respiratória. Essa
é a droga mais consumida pela sociedade e
causadora de muitos problemas físicos, mentais,
familiares e sociais.
No alcoolismo agudo, ou seja, a embriaguez
sazonal ou o “fogo” é caracteriza-se
fundamentalmente pelos sintomas e sinais
clínicos de ebriedade, sendo suas principais
manifestações são as alterações digestivas, dor
epigástrica e secura na boca, acompanhada de
náuseas, vômitos e às vezes diarréia. No
alcoolismo agudo, as alterações nervosas ou
psíquicas são caracterizadas por três períodos
distintos, a saber:
1) FASE EUFÓRICA - 1º período: de euforia com
extroversão exagerada .

2) FASE AGITADA - 2º período médico-legal


(perturbações psicosensoriais profundas), com
diminuição das faculdades mentais e falta de auto-
controle .

3) PERÍODO COMATOSO - caracterizado por


arreflexia, atonia, midríase, pulso lento, hipotensão
e hipotermia.
ACTIO LIBERA IN CAUSA
O agente, conscientemente, põe-se em estado de
inimputabilidade, sendo desejável ou previsível o
cometimento de uma ação ou omissão punível em
nosso ordenamento jurídico, não se podendo alegar
inconsciência do ilícito no momento fatídico, visto
que a consciência do agente existia antes de se
colocar em estado de inimputabilidade.
Essa teoria esboçada por Bartolo veio solucionar os
casos em que há a culpabilidade de agentes que
seriam considerados inimputáveis, especialmente
nos casos de embriaguez.
O exemplo clássico de aplicação da teoria da actio
libera in causa é o da embriaguez preordenada,
em que o agente, com o fim precípuo de cometer
crime, embriaga-se para buscar coragem
suficiente para a execução do ato, ou ainda para
eximir-se da pena, colocando-se em estado de
inimputabilidade. Neste caso, é expresso o dolo
do agente em relação ao ato criminoso,
configurando a embriaguez o primeiro elo na
cadeia de eventos que conduz ao resultado
antijurídico, ainda que meramente preparatório.
________________________________________
O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.

Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas


tranquilas.

Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por


amor do seu nome.

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria


mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me
consolam.

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos,


unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.

Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os


dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.
Salmos 23:1-6
TEORIAS CONTEMPORÂNEAS SOBRE AS
CAUSAS DA CRIMINALIDADE
— 1.Teoria da desorganização social;
— 2.Teoria do estilo de vida;
— 3. Teoria do aprendizado social (associação
diferencial);
— 4. Teoria do controle social;
— 5. Teoria do autocontrole;
— 6. Teoria da anomia;
— 7. Teoria interacional;
— 8. Teoria da escolha racional
1. Teoria da desorganização social
Abordagem Variáveis
— Status sócioeconômico;
— Abordagem sistêmica em
heterogeneidade étnica;
torno das comunidades,
mobilidade residencial;
entendida como um
desagregação familiar;
complexo sistema de rede
urbanização; redes de
de associações formais e
amizades locais; grupos de
informais
adolescentes sem
supervisão; participação
institucional; desemprego;
existência de mais de um
morador por cômodo.
2.Teoria do estilo de vida
Abordagem Variáveis
— Vítima potencial; agressor — Quanto maior provisão de
potencial; tecnologia de recursos de proteção,
proteção maiores os custos de se
perpetrar o crime e
menores oportunidades do
agressor
3. Teoria do aprendizado social
(associação diferencial)
Abordagem Variáveis
— Grau de supervisão
— Os indivíduos determinam familiar; intensidade de
seus comportamentos a coesão nos grupos de
partir de sua experiências amizades; existência de
pessoais com relação a amigos com problemas
situações de conflito, por com a polícia; percepção
meio de interações dos jovens sobre outros
pessoais e com base no envolvidos em problemas
processo de comunicação. de delinqüência; jovens
morando com os pais;
contato com técnicas
criminosas
4. Teoria do controle social

Abordagem Variáveis
— O que leva o indivíduo a — Envolvimento do cidadão
não enveredar pelo no sistema social;
caminho da criminalidade? concordância com os
A crença e a percepção do valores e normas vigentes;
mesmo em concordância — Ligação filial; amigos
com o contrato social delinqüentes; crenças
(acordos e valores desviantes.
vigentes), ou o elo com a
sociedade.
5. Teoria do autocontrole
Abordagem Variáveis
— O não desenvolvimento de — Freqüentemente eu ajo ao
mecanismos psicológicos sabor do momento sem
de autocontrole da fase que medir as conseqüências; eu
segue dos 2 anos à pré- raramente deixo passar
adolescência. Que geram uma oportunidade de
distorções no processo de gozar um bom momento.
socialização, pela falta de
imposição de limites.
6. Teoria da anomia
Abordagem Variáveis
— Impossibilidade do — Participa de redes de
indivíduo atingir metas conexões? Existem focos de
desejadas por ele. Três tensão social? Eventos de
enfoques: a)diferenças de vida negativos; sofrimento
aspirações individuais e os cotidiano; relacionamento
meios disponíveis; negativos com adultos;
b)oportunidades brigas familiares;
bloqueadas; c)privação desavenças com vizinhos;
relativa tensão no trabalho.
7. Teoria interacional
Abordagem Variáveis
— Processo interacional — Grau de supervisão familiar;
intensidade de coesão nos grupos
dinâmico com dois de amizades; existência de amigos
ingredientes:a) perspectiva com problemas com a polícia;
evolucionária cuja carreira percepção dos jovens sobre outros
começa aos 12-13 anos, envolvidos em problemas de
delinqüência; jovens morando
intensifica-se dos 16-17 anos e com os pais; contato com técnicas
finaliza aos 30 anos; b) criminosas
perspectiva interacional que — Envolvimento do cidadão no
entende a delinqüência como sistema social; concordância com
os valores e normas
causa e conseqüência de uma vigentes;Ligação filial; amigos
série de fatores. delinqüentes; crenças desviantes.
8. Teoria da escolha racional
Abordagem Variáveis
— O indivíduo decide sua — Salários; renda familiar per
participação em atividades capita; desigualdade de
criminosas a partir da renda; acesso a programas
avaliação racional entre de bem-estar social;
ganhos e perdas esperadas efici~encia da polícia;
advindos das atividades adensamento
ilícitas vis-a-vis o ganho populacional; magnitude
alternativo no mercado da punições; inércia
legal criminal; aprendizado
social; educação.
Segurança Pública e Privada
— Medo generalizado do delito

— Segurança Pública

— Polícia cidadã
Segurança Privada
— Multiplicação dos objetos de proteção

— Sentimento de insegurança e medo

— Crudelidade dos crimes

— Crise no sistema de Segurança Pública


Projeto Área de Chicago
— O CRIME TEM A SUA ORIGEM NO ABISMO SOCIAL QUE
SEPARA OS INDIVÍDUOS DAS PESSOAS CARENTES DE METAS
CONVENCIONAIS;

— CABE OFERECER ALTERNATIVAS EFICAZES PARA O


COMPORTAMENTO DELITIVO, OFERECENDO AOS
CARENTES A OPORTUNIDADE DE PARTICIPAR DO BEM-
ESTAR SOCIAL.
1 -PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia
O efeito criminógeno da grande cidade, valendo-se dos
conceitos de desorganização e contágio inerentes aos
modernos núcleos urbanos, é explicado pela
a) Teoria do Criminoso Nato
b) Teoria da Associação Diferencial
c) Teoria da Anomia
d) Teoria do Labelling Aproach
e) Teoria Ecológica.
2 - PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia
O comportamento abusivo, praticado com gestos,
palavras e atos que, praticados de forma reiterada,
levam á debilidade física ou psíquica de uma pessoa
a) define reação ao crime
b) define assédio moral.
c) é um mecanismo intimidatório, mas não criminoso
d) é a despersonalização do eu, que aflige grande
número de detentos
e) define efetividade do impacto dissuasório
3 - PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia
A prevenção terciária da infração penal, no Estado
Democrático de Direito, está relacionada
a) ao controle dos meios de comunicação.
b) aos programas policiais de prevenção.
c) à ordenação urbana.
d) à população carcerária
e) ao surgimento de conflito.
4 - PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia
Assinale a alternativa incorreta. A Teoria do
Etiquetamento
a) é considerada um dos marcos das teorias de
consenso.
b) é conhecida como Teoria do Labelling Aproach
c) tem como um de seus expoentes Ervinh Goffman
d) tem como um de seus expoentes Howard Becker
e) surgiu nos Estados Unidos
CRIMINOGENIA E SUA
FATORAÇÃO
Profa. Walkyria Carvalho
• Agressividade inata ao ser humano

• Fatores externos de agressividade humana -


desigualdade social, densidade demográfica,
conflitos de propriedade, vícios etc.
Atavismo orgânico e psíquico – Cesare Lombroso
afirmava que o crime era uma criação proveniente
do atavismo orgânico e psíquico ou então de
organismos epileptoides.

Alguns caracteres:
- Desenvolvimento exagerado dos maxilares
- Camuflagem das afeições
- Ausência de remorso etc
• Os crimes são praticados sob diferentes órbitas,
em situações adversas. Não existe um criminoso
nato para cada tipo penal.

• Exemplos de situações:
• Sub-reptícia
• Cautelosa
• Fria
• Sob extremo estresse
• SER HUMANO COMPOSTO DE 46
CROMOSSOMOS

• MACHOS – 22 PARES + XY

• FÊMEAS – 22 PARES AUTOSSOMOS + XX


• ANOMALIA CROMOSSÔMICA E TENDÊNCIA
PARA O CRIME

• CROMOSSOMO TRÍPLICE XYY – MAIOR


AGRESSIVIDADE – ROBERT STOCK
SÍNDROME DO Y EXTRA

CONTEXTO BIOLÓGICO x COMPORTAMENTO


SOCIAL

EX: DINAMARCA
VOLTAIRE: "O HOMEM ASSUME A VIOLÊNCIA
QUANDO ASSUME A VIDA"
REINCIDÊNCIA CRIMINAL
REINCIDÊNCIA --> REITERAÇÃO DO ATO CRIMINOSO,
CONDICIONADA À PREVIA CONDENAÇÃO EM ÂMBITO
CRIMINAL

REFLEXOS DA REINCIDÊNCIA:
- INEFICÁCIA DOS MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL E
DAS UNIDADES PRISIONAIS
- INSUFICIÊNCIA DAS MEDIDAS PREVENTIVAS E
REPRESSIVAS
INDIVÍDUOS QUE REINCIDEM EM GRANDE
ESCALA

- INEXISTÊNCIA DE ARREPENDIMENTO OU
CONSICÊNCIA SOCIAL E/OU MORAL

- POTENCIAL MASSIVO OU FORÇA COMPULSIVA


PARA PRÁTICA CRIMINOSA
FATORES QUE FAVORECEM A ECLOSÃO RECIDIVISTA
(THORSTEN SELLIN)

- IDADE INÍCIO DA CARREIRA DELINQUENCIAL


- NÚMERO DE CONDENAÇÕES PRECEDENTES
- A NATUREZA DOS DELITOS
- O INTERVALO ENTRE O PRIMEIRO CRIME E O SUBSEQUENTE
- TRATAMENTO PENITENCIÁRIO RECEBIDO QUANDO DA
PRIMEIRA CLAUSURA
REGENERAÇÃO DOS CRIMINOSOS

APENADO ABANDONADO

DESTITUIÇÃO FAMILIAR E MARITAL

APEGO AOS VÍCIOS E HÁBITOS CRIMINOSOS


COMO MEIO DE SOBREVIVÊNCIA
PLUTARCO: "EMBORA SEJA MUITO DIFÍCIL
MUDAR A MALDADE DO HOMEM DEPOIS QUE
ELE ADQUIRIU O HÁBITO DE SER CRUEL,
ENTRETANTO NÃO É O HOMEM DE NATUREZA
TÃO BRUTL, TÃO FEROZ E TÃO SELVAGEM DE SE
LIDAR, QUE SUA MALDADE NÃO POSSA SER
VENCIDA PELA BENEFICÊNCIA"
CRIMINOSOS ENCARCERADOS

MALFORMAÇÃO MORAL x EDUCAÇÃO MORAL


COMO SUSTENTÁCULO DA APLICAÇÃO DA PENA
PELO ESTADO

INADEQUAÇÃO SOCIAL x REINSERÇÃO SOCIAL


SUTHERLAND: "O CRIMINOSO NEM SEMPRE MUDARÁ SEUS
HÁBITOS PELA SIMPLES RESOLUÇÃO DE FAZÊ-LO: SOMENTE
PELA COMPREENSÃO DE SEU CONFLITO PODE ELE LIVRAR-SE
COMPLETAMENTE DO DRAMA, ENSEJANDO A ALTERAÇÃO DE
SEU PRÓPRIO COMPORTAMENTO, SEM QUE ISTO IMPLIQUE A
ALTERAÇÃO DO SEU AMOR PRÓPRIO".

INCENTIVO AO TRABALHO NO CÁRCERE

ADOÇÃO DE ARTES, TERAPIA E PRODUÇÃO DE ARTESANATO


PERICULOSIDADE

PERICULOSIDADE OU ESTADO PERIGOSO É UM ESTADO QUE


SE ENCONTRA ENTRE A POTENTE MARGINALIDADE E A
LOUCURA.

RAFAEL GAROFALO - 1880

TEMIBILIDADE - "PERVERSIDADE CONSTANTE E


IMPULSIONADORA DO CRIMINOSO E A QUANTIDADE DO MAL
QUE SE PODE TEMER DE SUA PARTE, EM OUTRAS PALAVRAS,
SUA CAPACIDADE CRIMINAL"

ERNEST DUPRÉ - TESE DO CRIMINOSO PERVERSO,


IRRECONCILIÁVEL COM A ORDEM SOCIAL.
CRIMINOLOGIA

Walkyria Carvalho
PENOLOGIA
• ORIGEM - VINGANÇA PRIVADA

• FALTA DE PROPORÇÃO AO MAL CAUSADO

• PENA DE TALIÃO - "OLHO POR OLHO“

• CÓDIGO DE HAMURABI - PENA DE MORTE AOS


ATOS DE BRUXARIA, ADULTÉRIO, INCESTO ETC
• PENAS CRUENTAS E 'MORTES DESUMANAS':

• Decaptação - Mutilação - Suplício físico -


Desterro - Açoite - Asfixia - Crucificação -
Inanição - Engaiolamento - Cozimento -
Esquartejamento - Fogueira - Roda -
Empalamento - Sepultamento com vida etc
• Evolução das penas através dos tempos

• Penas cruéis - redução a partir do Século


XVIII
• Influência ideológica de Rousseau,
Montesquieu e Beccaria
• Pena de prisão legal - Estado legitimamente
investido no poder de aplicação da lei
• VINGANÇA DIVINA

• A pena deveria estar à altura da grandeza do


Deus ofendido, portanto eram ainda mais
cruéis.

• Visavam à purificação da alma dos


condenados
• VINGANÇA PÚBLICA
• A pena tinha o objetivo de resguardar a
segurança do príncipe ou soberano
• Pena de morte extremamente cruel, com
sofrimento e tortura
MODELOS E SISTEMAS
PENITENCIÁRIOS
ESCOLA CLÁSSICA - Beccaria e Carrara

• Inspiração iluminista
• Pena como castigo justo
• Ausência de caráter preventivo
• Satisfação da Justiça
• Pena é a forma absoluta de inibição do delito
• O delito é forma absoluta de inibição do delito
• O delito é consequência exclusiva da vontade do
infrator
• Severidade da pena varia de acordo com o grau de
responsabilidade moral

ESCOLA ANTROPOLÓGICA - Lombroso,
Ferri, Garófalo
• Pena como meio de defesa social
• O homem não é singularmente responsavel
pelo crime, mas como sendo contexto de uma
sociedade, assim se faz responsavel
• A responsabilidade legal se justifica diante de
qualquer responsabilidade moral
• Pena não é expiação do mal pelo castigo, mas
uma prevenção social do delito
ESCOLA CRÍTICA

• Confere à pena uma relevência superior no


combate à criminalidade
• Instrumento pedagógico contra o crime
• Meios de prevenção muito mais efetivos que
os meios repressivos - função psicológica
PENA E PENOLOGIA

• PENA: Sanção aflitiva imposta pelo Estado,


através da Ação Penal, ao autor de uma
infração, como retribuição de seu ato ilícito,
consistente na diminuição de um bem jurídico
e cujo fim é evitar novos delitos --> Sebastião
Soler
• TEORIAS ABSOLUTAS à pena é um mal justo
contra um mal injusto

• TEORIAS RELATIVAS à penas são úteis para


prevenir a sociedade, advertindo-a, mas
também punindo o infrator

• TEORIAS MISTAS à a pena reeduca e intimida


ao mesmo tempo
TIPOS DE PENAS

• Privativa de Liberdade
• Medidas de Segurança
• Pena de morte
Pena privativa de liberdade
• Função da pena moderna – retribuição,
intimidação e regeneração.

• Regimes iniciais
• Fechado: pena superior a 8 anos
• Semiaberto: entre 4 e 8 anos e não
reincidente
• Aberto: até 4 anos
SISTEMA PENSILVÂNICO - 1829
• Também conhecido por Sistema da Filadélfia
ou Belga - Penitenciária de East

• Isolamento celular do preso


• Única leitura autorizada: Bíblia
• Abolido nos EUA em 1913
SISTEMA AUBURNIANO
• Criado em Auburn, NYC
• Redução da crudelidade do isolamento
• Aprisionamento celular noturno e coletivo
durante o dia
PROGRESSIVO - 1854
• Adotado inicialmente nas prisões da Irlanda
• Prevê uma progressão da pena – regime
celular, cela noturna e trabalho coletivo
diurno; trabalho com semiliberdade; liberdade
condicional sob fiscalização.
MEDIDA DE SEGURANÇA
• Medida que visa à neutralização do perigo dos
criminosos

1. Medida de segurança patrimonial: interdição do


estabelecimento e confisco
2. Medida de segurança pessoal:
a. Medida de segurança detentiva: manicômio judiciário,
casa de custódia
b. Medida de segurança não detentiva: liberdade vigiada,
proibição de frequentar determinados lugares
PENA DE MORTE
PRÓS CONTRAS
VIVER É CONVIVER – há indivíduos NÃO INTIMIDA O CRIMINOSO – os índices
inaptos para convivência em sociedade de criminalidade de países que adotam a
pena de morte, a exemplo dos EUA, são
alarmantes
FORTE PODER INTIMIDATÓRIO – há uma ERRO JUDICIÁRIO – torna irreparável o
inibição natural frente às consequências dano causado ao apenado
da aplicação da pena
EXCLUSÃO SOCIAL – a pena retira de vez o AUSÊNCIA DE RECUPERAÇÃO – elemento
criminoso da sociedade principal da pena, recuperação do preso,
é ignorado
ECONOMIA DO SISTEMA – o preso AFRONTA AOS DIREITOS HUMANOS – é
condenado à pena privativa de liberdade inconcebível que ainda existam países
custa muito aos cofres públicos que adotam a pena de morte como via de
regra
CRIMINOLOGIA

WALKYRIA CARVALHO
CLASSIFICAÇÃO DOS
CRIMINOSOS
• Caráter didático-pedagógico da classificação

• Delimitação

• Contribuição de Lombroso

• Biotipologia criminal – psicanálise de Freud

- Conjunção do caráter biológico ao social.


Classificações segundo Valter e
Newton Fernandes
• Classificação de Lauvergne:
I – por ímpeto;
II – por vontade firme;
III – por instintos natos.

• Classificação de Tarde:
I – Homicidas urbanos e rurais
II – Ladrões urbanos e rurais
• Classificação de Nicholson:
I – Criminosos acidentais ou de ocasião;
II – Criminosos verdadeiros ou habituais.

• Classificação de Hurel:
I – Criminosos por emoção violenta e instantânea,
não viciosos sem perversidade em estado crônico;
II – Criminosos profundamente maus, reflexivos,
rebeldes, mestres no crime;
III – Inertes, débeis de vontade.
• Classificação de Garófalo:
I – Criminosos natos;
II – Criminosos fortuitos ou de ocasião.
Obs: Pela especialidade do defeito moral,
poderiam ser assassinos, violentos, ímprobos ou
cínicos.
• Classificação de Lombroso:
I – Natos;
II – Loucos;
III – Por paixão;
IV – De ocasião.

• Classificação de Ferri:
I – Natos;
II – Loucos;
III – Por paixão;
IV – De hábito;
V – De ocasião.
• Classificação de Laurent:
I – Vagabundos e mendigos;
II – por acidente;
III – por ocasião;
IV – por costume;
V – degenerados hereditários: loucos morais,
criminosos natos.
VI – alienados criminosos.
Classificação de Hilário Veiga de
Carvalho
I – biocriminoso puro (pseudocriminoso -
inimputável);
II – biocriminoso preponderante – fator biológico
predomina no crime;
III – mesobiocriminoso – fatores sociais, ambientais
e biológicos presentes no crime;
IV – mesocriminoso preponderante – causas
endógenas preponderantes;
V – mesobiocriminoso (pseudocriminoso) –
criminoso forjado pelo ambiente.
PAIXÃO
• Will Durant à “O homem é apenas um animal
emocional, só ocasionalmente raciocina, e
nada mais fácil do que enganá-lo, quando o
pegam pelo coração”.

• Epicuro à Existem três paixões no mundo: o


desejo, a alegria e a dor.
• Nietzsche à “As paixões não são defeitos e
sim matéria prima, tanto dos defeitos, como
das virtudes”.

• Hegelà Nada no mundo foi realizado sem


paixões.
CRIMES PASSIONAIS
• Ferri: O crime dos apaixonados é a faísca
resultante de uma tempestade psicológica e é
por isso irresistível.

• Carrara: as paixões cegas são tão violentas,


que fazem o indivíduo perder o ‘self control’,
paralisando seus freios inibitórios, tornando
impossível a reflexão e o raciocínio.
Passionalidade exclui
premeditação?
CRIMES SITUACIONAIS
• Facilidades cotidianas
• Criminosos situacionais
• Extorsão, suborno e corrupção
• Abuso no exame clínico
CRIMINOSO VIRTUAL
• CRIMES COMUNS:
• Injúria, Calúnia, Difamação;
• Furto através de captação de senha bancária;
• Extorsão, estelionato e várias fraudes;
• Apologia ao crime, discriminação racial etc
• Hackers: possuem largo conhecimento de
informática e se utilizam das falhas do sistema
para invadir redes alheias.

• Crackers: são hackers que invadem para


mostrar o poder da invasão, deixando
mensagens insolentes com rastros evidentes.
• Phreackers: são os piratas de software, que
invadem sistemas de telefonia para fazerem
chamadas internacionais com custo zero.

• Warez: Copiam softwares caríssimos e


distribuem gratuitamente.
CRIMINOLOGIA

WALKYRIA CARVALHO
MICRO E
MACROCRIMINALIDADE
MICROCRIMINALIDADE
• Criminalidade como fenômeno individual

• São os delitos correntes, que diariamente


acontecem nas cidades; é a criminalidade
visível, a exemplo do latrocínio, do homicídio,
dos roubos e furtos, do estupro etc
Microcriminoso – indivíduo que é
considerado isoladamente dos
demais, marginal da vida em
sociedade.
MACROCRIMINALIDADE
Delitos amplamente considerados, em uma
macro observância social, que desconsidera o
criminoso como ser isolado, inserindo-o em uma
esfera global e coletiva. São exemplos de
macrocriminalidade os crimes de colarinho
branco e a criminalidade organizada.
White Collar Crime

Sutherland: “A violação da lei penal por


pessoas de elevado padrão socioeconômico, no
exercício abusivo de uma função lícita”.
Crime de colarinho branco
Delinquência dourada

Formação de cartéis, fraude bancária, criação de


sociedades fictícias, fraudes em prejuízo dos
credores, falsificação de balanços e/ou
informações gerais em torno de negócios e
dinheiro, fraudes em capital societário etc
Crime organizado
• Entre as formas de sustento do crime
organizado encontram-se o tráfico de drogas,
os jogos de azar, a compra de "proteção”.

• Milícias, máfias, grupos organizados.


• Eixo do crime organizado

• Manutenção

• -------------------------------------------------------
Questões sugeridas pelos alunos
São sintomas comuns que integram uma síndrome psicopática
(manifestação de personalidade psicopática):

a) excitação afetiva com instabilidade emocional, fuga de ideias


e atos desordenados.
b) afetividade embotada em que a ideação e a afetividade
mostram-se dissociadas e perda de contato com a realidade.
c) manifestação de intensa angústia com um comportamento
de inadaptação à realidade, incapacidade de desviar o
interesse de si mesmo e sensação de insuficiência afetiva e
sexual
d) egocentrismo patológico, falta de remorso ou vergonha ,
pobreza geral nas relações afetivas e incapacidade de seguir
um plano de vida.
Dentre os modelos de reação ao crime destaca-se aquele
que procura restabelecer ao máximo possível o status quo
ante, ou seja, valoriza a reeducação do infrator, a situação
da vítima e o conjunto social afetado pelo delito, impondo
sua revigoração com a reparação do dano suportado.
Nesse caso, fala-se em:

a) modelo dissuasório.
b) modelo ressocializador.
c) modelo integrador
d) modelo punitivo.
e) modelo sociológico.
A criminologia é uma ciência que dispõe de leis:

a) imutáveis e evolutivas.
b) inflexíveis e evolutivas.
c) permanente e flexíveis.
d) flexíveis e restritivas.
e) evolutivas e flexíveis
O indivíduo abúlico é aquele cuja personalidade
psicopática se caracteriza:

a) pela falta de vontade, sendo uma pessoa sugestionável


e vulnerável aos fatores criminológicos e que age por
indução
b) por ser uma pessoa arrojada, intrépida, combativa,
destemida e decidida.
c) por ser destituído de confiança ou de esperança,
propenso a tremores e que se preocupa e sofre
exageradamente com o menor revés.
d) por aparentar placidez e felicidade, porém pode
explodir subitamente em fúria.
e) por ser vaidoso e ter mania de grandeza, aparentando
ser mais do que é.
Pietà - Michelangelo
CRIMINOLOGIA

WALKYRIA CARVALHO
TOXICOMANIA
CONCEITO - OMS

TOXICOMANIA abrange todo estado de


INTOXICAÇÃO CRÔNICA ou PERIÓDICA,
proveniente do consumo reiterado de uma
droga NATURAL ou SINTÉTICA e que redunda em
sério prejuízo, não só para o indivíduo como,
também, para a própria sociedade.
• Tóxico é a droga que, ministrada ao
organismo, provoca reações graves.
• Droga é a substância que, ministrada ao
organismo, pode alterar uma ou mais funções.
• Entorpecente é a droga capaz de causar
entorpecimento do organismo, reduzindo a
atividade orgânica.
• Narcótico é a droga opiácea que causa
sensação de sedação e analgesia.
• 1970 – OMS inclui a Farmacodependência entre
os conceitos de Toxicomanias.

Estado psíquico e físico resultante da interação de


um medicamento e um organismo humano,
caracterizada por modificações no comportamento
e outras reações, que implicam sempre em um
impulso de tomar o medicamento de forma
contínua ou periódica, a fim de reencontrar seus
efeitos psíquicos e, algumas vezes, evitar o mal
estar de sua privação (abstinência).
• Motivos da busca ao consumo de drogas:
• Fuga
• Novas sensações
• Curiosidades
• Necessidade de pertencimento
• Vício à drogas de dependência física – ópio,
morfina e heroína.

• Hábito à dependência psíquica –


barbitúricos, maconha, anfetaminas.
• Psicotrópicas: drogas que, ministradas ao
organismo humano, são direcionadas ao
sistema nervoso. Tropismo: atração.
Primeira classificação

DROGAS

ERGOTRÓPICAS TROFOTRÓPICAS
EXCITAÇÃO DEPRESSÃO
Segunda classificação
• 1. DEPRESSIVAS à heroína, morfina.
• 2. EXCITANTES à cocaína
• 3. TRANQUILIZANTES à barbitúricos
• 4. ESTIMULANTES à anfetaminas
• 5. ALUCINÓGENOS à LSD
Grau de dependência
• Narcóticos – forte ou moderada dependência
física ou psicológica – é o caso da morfina, da
heroína.

• Estimulantes/excitantes – maior dependência


física que psíquica – é o caso da cocaína.
DANO
• Físico
• Moral
• Social
• Psicológico
• Familiar
• Coletivo
Dependência física
Consiste na necessidade presente ao nível
fisiológico, o que torna impossível a suspensão
brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a
chamada crise da "abstinência". A dependência
física é o resultado da adaptação do organismo,
independente da vontade do indivíduo. A
dependência física e a tolerância podem se
manifestar isoladamente ou associadas,
somando-se à dependência psicológica.
Dependência psíquica
O indivíduo é dominado por uma forte vontade,
quase incontrolável, de administrar a droga à
qual se habituou. Existe um impulso psicológico
forte (compulsão) para o uso contínuo da droga.
Em estado de dependência psicológica, o
indivíduo sente um impulso irrefreável, tem que
fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar.
A dependência psicológica indica a existência de
alterações psíquicas que favorece a aquisição do
hábito.
PREVENÇÃO DOS FÁRMACOS
• NÍVEL PRIMÁRIO: visa a evitar o uso e impedir
a propagação

• NÍVEL SECUNDÁRIO: detecção e tratamento


do usuário do fármaco

• NÍVEL TERCIÁRIO: recuperação do usuário do


fármaco
A respeito de toxicologia forense, numere a coluna da direita
de acordo com sua correspondência com a da esquerda:
(1) Estado de intoxicação periódica ou crônica, nocivo ao
indivíduo ou à sociedade, pelo uso constante e repetido de
uma droga, com tendência a aumentar a dose.
(2) Conjunto de sintomas e sinais desagradáveis, opostos aos
produzidos pela droga, que surgem quando é baixo ou nulo o
teor da droga no sangue.
(3) Capacidade de suportar doses consideradas nocivas ou
fatais, em quantidades cada vez maiores.
(4) Necessidade de progressivo aumento da dose para
conseguir efeitos semelhantes, chegando até a doses fatais
para pessoas normais.
( ) toxicomania
( ) hábito
( ) tolerância
( ) síndrome de abstinência
Assinale a alternativa que apresenta a
sequência correta na coluna da direita, de cima
para baixo:
a) 2, 4, 3, 1.
b) 4, 2, 1, 3.
c) 4, 1, 3, 2.
d) 3, 1, 2, 4.
e) 3, 1, 4, 2
Assinale a alternativa correta, que corresponde às
seguintes características: alcalóide estimulante, de sabor
amargo, a maneira mais utilizada pelos usuários é pela
aspiração nasal do pó, de aquisição relativamente barata,
pode produzir perfuração do septo nasal, elemento
importante na avaliação pericial, e provoca o aspecto de
olhos fundos, brilhantes e de pupilas dilatadas.

a) Maconha.
b) Anfetamina.
c) Cocaína
d) Heroína.
e) LSD.
Em relação as classificação das drogas ou substâncias
psicoativas, assinale a alternativa correta:

a) Falta de coordenação motora e perda de memória


são alguns dos sintomas característicos produzidos por
substâncias psicoanalépticos.
b) Drogas ou substâncias psicoativas podem ser
classificadas quanto ao potencial de uso nocivo e
utilidade clínica ou ainda quanto à sua origem
c) Drogas consideradas psicolépticas são aquelas
estimulantes do sistema nervoso central, segundo
classificação quanto aos efeitos farmacológicos.
d) O ecstasy e a dietilamina do ácido lisérgico (LSD)
são consideradas substâncias psicoanalépticos.
SINTOMAS:

1 - forte desejo ou compulsão para consumir a


substância;
2 - dificuldade no controle de consumir a substância
em termos do seu início, término ou níveis de
consumo;
3 - estado de abstinência fisiológica quando o uso
cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinência ou
uso da substância para aliviá-los);
4 - evidência de tolerância, de tal forma que doses
crescentes da substância psicoativa são requeridas
para alcançar efeitos originalmente produzidos por
doses mais baixas;
5 - abandono progressivo de prazeres ou interesses
alternativos em favor do uso da substância
psicoativa, aumento do tempo necessário para
obter ou tomar a substância psicoativa ou para se
recuperar dos seus efeitos;
6 - persistência no uso da substância, a despeito de
evidência clara de consequências manifestamente
nocivas, tais como dano ao fígado por excesso de
álcool, depressão consequente ao período de
consumo excessivo da substância ou
comprometimento cognitivo relacionado à droga.
ÁLCOOL
Agindo sobre o sistema nervoso central, o álcool
é um poderoso depressor, cujas consequências
são mudanças psíquicas, com distúrbios
sensoriais e motores. Se ingerido em quantidade
elevada, podem ocorrer convulsões, coma e
morte por parada cardíaca ou respiratória. Essa
é a droga mais consumida pela sociedade e
causadora de muitos problemas físicos, mentais,
familiares e sociais.
No alcoolismo agudo, ou seja, a embriaguez
sazonal ou o “fogo” é caracteriza-se
fundamentalmente pelos sintomas e sinais
clínicos de ebriedade, sendo suas principais
manifestações são as alterações digestivas, dor
epigástrica e secura na boca, acompanhada de
náuseas, vômitos e às vezes diarréia. No
alcoolismo agudo, as alterações nervosas ou
psíquicas são caracterizadas por três períodos
distintos, a saber:
1) FASE EUFÓRICA - 1º período: de euforia com
extroversão exagerada .

2) FASE AGITADA - 2º período médico-legal


(perturbações psicosensoriais profundas), com
diminuição das faculdades mentais e falta de auto-
controle .

3) PERÍODO COMATOSO - caracterizado por


arreflexia, atonia, midríase, pulso lento, hipotensão
e hipotermia.
ACTIO LIBERA IN CAUSA
O agente, conscientemente, põe-se em estado de
inimputabilidade, sendo desejável ou previsível o
cometimento de uma ação ou omissão punível em
nosso ordenamento jurídico, não se podendo alegar
inconsciência do ilícito no momento fatídico, visto
que a consciência do agente existia antes de se
colocar em estado de inimputabilidade.
Essa teoria esboçada por Bartolo veio solucionar os
casos em que há a culpabilidade de agentes que
seriam considerados inimputáveis, especialmente
nos casos de embriaguez.
O exemplo clássico de aplicação da teoria da actio
libera in causa é o da embriaguez preordenada,
em que o agente, com o fim precípuo de cometer
crime, embriaga-se para buscar coragem
suficiente para a execução do ato, ou ainda para
eximir-se da pena, colocando-se em estado de
inimputabilidade. Neste caso, é expresso o dolo
do agente em relação ao ato criminoso,
configurando a embriaguez o primeiro elo na
cadeia de eventos que conduz ao resultado
antijurídico, ainda que meramente preparatório.
________________________________________
O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.

Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas


tranquilas.

Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por


amor do seu nome.

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria


mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me
consolam.

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos,


unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.

Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os


dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.
Salmos 23:1-6
JUSTIÇA CRIMINAL
• FUNÇÃO SOCIAL DA CRIMINALIDADE

• UTOPIA SOCIAL

• DURKHEIM: A CRIMINALIDADE EXERCE UMA


FUNÇÃO ÚTIL DE COESÃO SOCIAL
• DIVISÃO DA CRIMINALIDADE:

→CRIMINALIDADE PEQUENA E MEDIA

→CRIMINALIDADE GRAVE
• NOVO MODELO DE JUSTIÇA CRIMINAL
VOLTADO PARA A CRIMINALIDADE MEDIA E
PEQUENA, COM ESPAÇO DE CONSENSO
SUGERIDO PELA LEI 9099/95.

• PEQUENA E MEDIA CRIMINALIDADE -


PRINCIPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA E
PREOCUPAÇÃO DA JUSTIÇA CRIMINAL
INTERNACIONAL.
LEI 9099/95 E CONSESO
• Crime de pequeno ou médio potencial
ofensivo.

• Simplicidade processual através da oralidade,


informalidade, buscando a transação.

• Composição civil extingue a punilidade em


crimes de iniciativa privada.
Questões Processuais
_Na ação penal privada vigora o principio da
oportunidade ou convênio.
_A ação penal privada subsidiária da publica fere
dispositivo constitucional que atribui ao ministério
publica o direito exclusivo de iniciar ação publica.
_O consentimento do ofendido não foi previsto
pelo nosso ordenamento jurídico-penal como uma casa
de exclusão da ilicitude. Todavia, sua maneira justificante
é pacificamente aceita, desde que entre outros requisitos
o ofendido seja capaz de consentir e que tal
consentimento recaia sobre bem disponível.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO MODELO
CONSENSUAL DE JUSTIÇA CRIMINAL
• 1. PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE REGRADA

• 2. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE DO


IMPUTADO

• 3. PRINCÍPIO DA DESNECESSIDADE DA PENA DE


PRISÃO
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