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Urbanismo
Nr.: 21
Turma 1
Introdução........................................................................................................................................3
A Evolução Urbana nos Séculos XIX e XX........................................................................................3
A Gênese do Urbanismo Moderno.....................................................................................................4
As Dificuldades: O Urbanismo Contra a Cidade..............................................................................5
De Volta a Uma Concepção Mais Tradicional da Cidade................................................................6
Um Problema sem Solução: O Gigantismo Urbano..........................................................................7
CONCLUSÃO.....................................................................................................................................9
REFERÊNCIAS................................................................................................................................11
Introdução
legislação e direito relativouma cidade.O pensamento urbano urbano moderno é uma criação
específica do espírito ocidental. É portanto essencialreconstituira evolução do urbanismo
ocidental, no final do que nascerá o urbanismo moderno.Há duas fontes intelectuais do
urbanismo moderno, ambas da Renascença. A primeira é a
De re Aedificatoria
,de Alberti, que procura conceituar de maneira definitiva as regras racionais que propiciam
uma criaçãoharmoniosa, tanto de uma casa quanto de uma cidade. A segunda é
Autopia
, de More, primeiro modeloespacial e ideológico completo de uma realidade futura.Antes da
afirmação de um discurso teórico independente que pretende fundar sob seu único domínio a
realidadeurbana, desenvolve-se no Ocidente uma longa fase preparatória. É só de maneira
progressiva que uma parteda humanidade se distancia de uma visão do espaço urbano
condicionada pela religião, pelo sagrado, porpráticas e representações sociais que por sua vez
estão em conformidade com uma determinada concepção demundo.A antigüidade greco-
romana contribui para amenizar os laços de dependência que ligam a religião àorganização
do espaço constituído. Na Idade Média, embora toda a sociedade esteja imersa num
ambienteprofundamente religioso, são as autoridades s leigas que procuram estabelecer um
domíniosem espaço urbano. Aa partir da Renascença, os fundamentos urbanísticos
independentes se encontram colocados, mas a ruptura com opassado não está de fato
consumado. Se a razão se impõe cada vez mais, a utopia está presente ainda nasportas das
cidades.É a Revolução Industrial que engendra o urbanismo moderno, provocando uma
infecção efetiva das concepçõestradicionais da cidade e utilizando como recursos a utopia.
A Evolução Urbana nos Séculos XIX e XX
A Revolução Industrial, que nasce na Inglaterra, lança toda uma população operária nas
cidades, que não estápreparados para a colhê-las. Resulta uma rotina de cortes.As famílias
operam ias amontoam-se emlocais estreitos e sem conforto em Lille, Liverpool e
Manchester. Aos olhos dos contemporâneos, é toda acidade que está doente. Balsac
classificação Paris de“cancro“. Médicos , filantropos, sociólogos, economistas,romancistas,
diante das epidemias e da delinqüência, vêem aí os frutos envenenados dos cortiços, as
infecçõesde uma cidade má, acusada decorromper a raça humana, de destilar oviolência e
crime.Uma série de pensadores repudia a noção tradicional de cidade e elabora modelos que
permitem reencontraruma ordem perturbada pelo maquinismo. É esta pesquisa que nasce a
principal corrente do urbanismomoderno, uma corrente progressista.
As Dificuldades: O Urbanismo Contra a Cidade.
Ela acrescenta que a estrita aplicação doprincípio do zoneamento esvaziado durante o diaos
bairros habitacionais: rainha então um sentimento de tédioThatreforçar a padronização da
arquitetura.Quanto aos espaços verdes e terrenos circunvizinhos destinados a jogos em
conjuntos habitacionais, elesfavorecendo a delinqüência de grupos adolescentes: lá eles
encontram um espaço mais favorável que a rua para seus delitos, pois eliminam a vigilância
dos adultos. J. Jacobs observa que nossos bairros sem atração para opúblico, os parques não
fazem mais que acentuar “o tédio, a insegurança e o vazio“.
Para ela, o essencial érefazer as ruas, que ela deseja vivas, animadas, comerciais, locais de
sociabilidade e de segurança. Suasidéias inspiraram parcialmente a reordenação de centros de
grandes cidades como Boston e Filadélfia.Sociólogos e psiquiatras constataram que um bairro
considerado deteriorado e insalubre pode revelar-se muitomais sadio socialmente do que um
bairro renovado pelos urbanistas; é o que testemunham as estatísticasrelativo aos distúrbios
mentais, ao alcoolismo e à delinqüência.
A abolição da rua e sua substituição por grandes espaços vazios se traduzem por uma certa
desintegraçãomental dos habitantes, enquanto que uma forte e estruturação do tecido urbano
é, ao cont rário,acompanhado deuma forte estruturação psíquica doshabitantes.O modelo
urbano progressista, com seus grandes conjuntos habitacionais e seus espaços livres podem,
portanto,revelar-se favorável ao desenvolvimento da imoralidade.
Se os bairros recentes responderam aos imperativos daA higiene e a salubridade física, sua
arquitetura e seu espaço desestruturado podem ser fonte de angústia,escondendo uma certa
insalubridade psíquica.A ideia de refazer as ruas ganha terreno a cada dia. “A cidade leu
coragem e passou a lutar.
Fala-se novamente das ruas. Fala-se da vida citadina”. Mas isso supõe tornar bastante
flexível as regras dozoneamento, que dissociam a função da habitação das demais funções
urbanas. Senão, realize-se somenteruas mortas de cidades-dormitórios. E antes mesmo de dar
vida às ruas a tarefa mais urgente consiste eminterrupção da destruição das ruas
existentes. Elas representam uma capital urbana que nos coloca naincapacidade de substituir
por qualquer coisa da mesma qualidade.
Poucos temas têm tanta repercussão em nossa época como os aspectos negativos da
megalópole; personageminviável da grande cidade, problemas de circulação e abastecimento,
esgotamento nervoso dos habitantes,poluição, etc.
Os seis milhões de habitantes da aglomeração de londrina ocupam uma área num raio de 20
km ao redordo centro: os quatro milhões de habitantes de Paris e dos seus subúrbios
concentram-se num círculo de 20 kmde diâmetro. Mas no período entre as duas guerras
mundiais e as duas capitais enfrentam uma explosãoespacial sem precedente: em Londres
assiste-se à triplicaçãodo espaço urbanizado.Nas vésperas da Segunda Guerra Mundial, as
autoridades britânicas tomaram plena consciência dosinconvenientes que representam a
concentração num espaço limitado de uma grande parte da população e dainfra-estrutura
industrial do país. Segundo as conclusões do relatório Barlow (1940) é adotado, logo após a
1ªguerra, uma política de descentralização industrial que se apoia na criação de cidades
novas, tanto na regiãode Londres quanto em outras partes da Inglaterra.
Se na Índia, no Zaire ou no Brasil deixa-se uma pequena cidade para se amontoar nas favelas,
é porque existediferença de nível entre as grandes cidades e o campo, totalmente incapaz de
possibilitar a sobrevivência aoenorme excedente populacional. Apesar de sua miséria
dramática, a cidade gigante do terceiro mundo é o localde esperança, onde talvez se tenhauma
chance de obter umTrabalho produtivo e, portanto, um salário.
CONCLUSÃO
Até à Revolução Industrial, apesar de uma evolução da imagem urbana, permanece válida a
definição dacidade dada pela Enciclopédia: “Um conjunto de edifícios com interesse emruas
e cercadas por um muro comum“.
Desses novos problemas nascem do urbanismo moderno, que se pretendem uma ciência, mas
que são na realidadealimentado de utopias com caráter totalitário mais ou menos
confesso. Em particular o urbanismo progressista,cuja influência é predominante, decorre em
grande medida de modelos utópicos como os de Fourier, veiculandouma ideologia anti-
urbana, que confunde a distinção tradicional entre espaço urbano e espaço rural.
CORBUSIER, Le. Urbanismo. São Paulo, Martins Fontes, 2000. GIL, Antonio Carlos. Como
elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
ROSSI, Aldo. A Arquitetura da Cidade. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.