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Discente: Karla Cristina de Brito Freitas

Professora: Ionara Vieira Moura Rabelo


Disciplina: Psicologia da Educação II

Vídeo 1 - Evento_ Primeira Infância Primeiro: Desafios e Oportunidades de


Colaboração - Evento Sul e Sudeste

A questão da violência contra crianças e adolescentes é um tema complexo e delicado


que exige abordagens cuidadosas e eficazes para prevenção e enfrentamento. Ao assistir ao
vídeo "Primeira Infância Primeiro: Desafios e Oportunidades de Colaboração - Evento Sul e
Sudeste", com destaque para a apresentação da psicóloga Elisa, pude obter informações
valiosas sobre estratégias baseadas em evidências científicas para lidar com esse problema
nos espaços em que atuarei futuramente, como escolas e redes de atenção e proteção.
Elisa ressalta a importância de estratégias que vão além da abordagem tradicional,
contrariando muitas vezes as ideias do senso comum. Dentre as estratégias mencionadas, a
transferência de renda se destaca como uma medida que visa atacar as raízes socioeconômicas
da violência, reconhecendo que fatores como pobreza e desigualdade contribuem para a
vulnerabilidade das crianças.
Os programas e serviços na área da parentalidade também são fundamentais,
oferecendo suporte e apoio aos pais e cuidadores. A parentalidade positiva é destacada como
uma abordagem que busca fortalecer os laços familiares e promover práticas parentais
saudáveis, contrapondo-se à visão comum de que a punição rigorosa é a única maneira de
disciplinar uma criança.
As visitas domiciliares, como aquelas realizadas pelos programas PIM, Criança Feliz e
outros, são mencionadas como estratégias eficazes para diminuir a violência contra crianças.
Essa abordagem vai além do ambiente escolar, penetrando nos lares e oferecendo suporte
personalizado às famílias, reconhecendo que o ambiente doméstico desempenha um papel
crucial na formação da criança.
Refletindo sobre as ideias apresentadas no vídeo, percebo que muitas delas confrontam
crenças arraigadas no senso comum, especialmente aquelas relacionadas à punição como
única forma de corrigir comportamentos. A abordagem de Elisa destaca a necessidade de
compreender as causas subjacentes da violência e investir em medidas preventivas que
abordem questões estruturais, familiares e individuais.
Esse confronto com o senso comum afeta positivamente a minha formação
profissional, desafiando-me a questionar práticas tradicionais e buscar abordagens mais
holísticas e eficazes. A compreensão de que a prevenção da violência vai além de medidas
punitivas impulsiona a busca por soluções mais abrangentes, como as propostas por Elisa, que
visam criar ambientes seguros e saudáveis desde a primeira infância.
Essa abordagem contrária ao senso comum também destaca a importância de uma
formação profissional que esteja atualizada com as melhores práticas e evidências científicas.
O profissional do futuro deve ser capaz de desafiar concepções ultrapassadas e adotar
estratégias inovadoras e baseadas em dados para lidar com questões complexas como a
violência contra crianças e adolescentes.
Em suma, as estratégias apresentadas no vídeo ressaltam a necessidade de uma
abordagem integrada e multifacetada para prevenção da violência. Ao adotar essas práticas
nos espaços em que irei atuar, buscarei não apenas enfrentar os sintomas visíveis, mas
também abordar as causas profundas desse problema, promovendo um ambiente seguro e
acolhedor para o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes.

Vídeo 2- Encontro com Especialistas 16/05/2023 - Prevenção da Violência Contra


Criança e Adolescente

A palestra da Prof. Mirella Braga no encontro de especialistas sobre a prevenção da


violência contra crianças e adolescentes destaca estratégias fundamentais para assegurar a
proteção integral desses grupos vulneráveis. A abordagem da palestrante, ancorada na
antropologia e na legislação brasileira, revela a complexidade do cenário, abrangendo desde
crimes sexuais e psicológicos até questões relacionadas à condição socioeconômica e ao
convívio familiar.
A compreensão da faixa etária específica da infância e adolescência, definida pela
legislação brasileira, demonstra a importância de tratarmos as diferentes fases do
desenvolvimento de maneira específica e atenta. A associação dos altos índices de violência
com a baixa condição socioeconômica e o convívio familiar destaca a necessidade de uma
abordagem ampla, considerando fatores sociais e familiares na prevenção.
A participação ativa dos pais, escolas, estado e municípios no enfrentamento das
violências, sobretudo a violência sexual, é ressaltada como peça-chave na estratégia de
prevenção. A sugestão da educação sexual como medida preventiva evidencia uma visão
abrangente que vai além do tratamento puramente jurídico, incorporando ações na saúde,
assistência social e educação.
A indicação da denúncia anônima como meio eficaz de combate à violência reflete a
importância de garantir a confidencialidade dos relatos, incentivando uma participação mais
ampla da comunidade na denúncia de casos. A menção às diversas leis que protegem crianças
e adolescentes reforça a necessidade de uma base jurídica sólida para a prevenção e punição
dos agressores.
A palestrante destaca a escuta especializada como uma ferramenta essencial,
proporcionando um espaço seguro para que a criança relate as violências sofridas. O
depoimento especial, conduzido por uma equipe multidisciplinar, é apresentado como um
meio de entender a criança de maneira holística, levando em consideração aspectos
emocionais e psicológicos.
A promoção de ações diversificadas para informar sobre os direitos e deveres das
crianças e adolescentes, assim como a atuação da Polícia Federal no combate à violência,
amplia a compreensão de que a prevenção não é responsabilidade de um único setor, mas sim
uma responsabilidade coletiva.
Essas estratégias propostas pela palestrante desafiam as ideias do senso comum, que
muitas vezes tendem a simplificar a prevenção da violência como uma questão puramente
legal. A abordagem da Prof. Mirella Braga destaca a complexidade do problema e a
necessidade de intervenções integradas, considerando não apenas a punição dos agressores,
mas também a prevenção, o suporte emocional e a educação.
A influência dessa abordagem na formação profissional é profunda, instigando os
profissionais a adotarem uma visão mais abrangente e multidisciplinar. A compreensão de que
a prevenção da violência vai além das barreiras jurídicas e envolve aspectos sociais,
psicológicos e educacionais contribui para uma atuação mais efetiva nos espaços de trabalho
futuros. Essa perspectiva desafia a tradicional abordagem da resolução de problemas apenas
após sua ocorrência, incentivando uma atuação proativa na criação de ambientes seguros e
saudáveis para crianças e adolescentes.
Ao considerar a aplicação dessas estratégias nos espaços em que atuaremos no futuro,
como escolas e redes de atenção e proteção, é essencial entender a complexidade do problema
e a necessidade de uma abordagem integrada. A implementação e vigilância do cumprimento
das leis são fundamentais para garantir que medidas protetivas sejam efetivas e que as
violações sejam devidamente punidas.
Referências

Elisa Altafim. Primeira Infância Primeiro: Desafios e Oportunidades de Colaboração -


Evento Sul e Sudeste. Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, 25 de mai. de 2023,
https://www.youtube.com/live/6Qw_XVlqPQU?si=lMuENAlIreYGg5fS.

Mirella Braga. Encontro com Especialistas 16/05/2023 Prevenção da Violência Contra


Criança e Adolescente. Portal de Boas Práticas IFF/Fiocruz, 16 de maio de 2023,
https://www.youtube.com/live/Wzn5fdiFMdE?si=TQ5yA7WzBDykDQCo.

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