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Resumo
Não existe uma solução única ou simples para tornar as escolas seguras. Este é, necessariamente,
um esforço multifacetado e contínuo que requer comprometimento e participação de todas as
partes interessadas. Qualquer ato de violência escolar é inaceitável; assim como não agir com
clareza e diligência sobre as lições aprendidas com tantas tragédias e aprimoradas pelo trabalho
de educadores/as em todo o país. O desafio para os/as líderes escolares e profissionais de saúde
mental é trabalhar juntos/as para colocar esse conhecimento em prática. Quando toda uma
comunidade se compromete a reduzir a violência, a saúde e o bem-estar de suas crianças e
jovens são aprimorados.
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Os administradores escolares e os membros das equipes de crise podem criar escolas seguras,
protegidas e pacíficas, livres da influência destrutiva da violência em todas as suas formas. Para
fazer isso, as escolas devem implementar estratégias coordenadas e intencionais para aumentar
os níveis de segurança e proteção e, simultaneamente, promover o bem-estar e a resiliência
dos/as alunos/as. Esses esforços melhoram a prontidão dos alunos para aprender e criam climas
escolares positivos.
Violência escolar é um termo amplo que inclui comportamentos agressivos explícitos, como
brigas físicas no campus, bullying (incluindo bullying online ou cyberbullying), agressão física,
bombardeio, incêndio criminoso ou outros meios deliberados de causar danos a funcionários e
alunos. Infelizmente, inclui também os raros tiroteios em escolas, tão trágicos e devastadores.
Além disso, a violência escolar inclui comportamentos mais encobertos que aumentam o medo
e diminuem a segurança escolar, como ameaças de ferimentos na escola, posse de armas e
assédios. Em algumas comunidades, gangues recrutam alunos/as em idade escolar para serem
membros e contribuem ainda mais para a violência nas escolas.
Quando a violência ocorre na escola, a confiança é violada, o que diminui os esforços das escolas
para atingir sua missão principal de educar todos os/as alunos/as e ajudá-los/as a atingir seu
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pleno potencial. Embora nem todos os casos de violência possam ser evitados, políticas e
procedimentos que apoiem uma abordagem interdisciplinar equilibrada para a segurança
escolar e enfatizem a comunicação clara, promovam uma conexão pessoal positiva e
implementem suporte baseado em evidências serão mais eficazes na prevenção da violência
escolar.
Os esforços para reduzir a violência escolar são mais bem-sucedidos quando usam várias
estratégias selecionadas especificamente para as necessidades de cada escola. Nenhuma
estratégia ou programa sozinho criará uma escola segura e esforços efetivos requerem uma
colaboração entre administradores/as, professores/as, psicólogos/as escolares, outros
profissionais de saúde mental escolar, profissionais e técnicos escolares, pais, alunos/as e
agências comunitárias.
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seguranças armados no espaço escolar, podem não ser os meios de prevenção mais eficazes. As
escolas não podem ser barricadas contra todos os danos possíveis. Tentar fazer isso é
contraproducente para manter um ambiente de aprendizado saudável. A segurança excessiva
dos edifícios não promove uma sensação de segurança ou de bem-estar do/a aluno/a (e pode
prejudicá-la), nem fornece uma garantia de segurança quando um intruso armado está disposto
a morrer. Segurança física razoável – como portas trancadas; corredores iluminados e
monitorados; e sistemas de check-in e check-out de visitantes – devem ser combinados com
outras estratégias de prevenção da violência e com o apoio ao comportamento positivo.
Aumentar os esforços para criar e manter um clima escolar positivo que promova o
aprendizado, a saúde psicológica e o sucesso do/a aluno/a. Os/as administradores/as escolares
devem equilibrar a segurança física com os esforços que promovam a resiliência, a conexão e a
competência social dos/as alunos/as. O ponto central desse esforço é ajuda-los e a suas famílias
a se sentirem valorizados e investidos pessoalmente em manter as suas escolas seguras. Isso se
refere ao ensino de códigos de conduta, planos de prevenção de bullying, estratégias de
resolução de conflitos, a responsabilidade pessoal, o respeito e a compaixão. Promover
relacionamentos de confiança entre alunos/as e adultos é essencial para que estes/as se sintam
seguros/as e capacitados/as para denunciar atividades potencialmente perigosas (incluindo
ameaças de violência e suicídio). Essa notificação é uma das mais eficazes estratégias de
segurança escolar.
Promover iniciativas antiviolência que incluam programas de prevenção para todos/as os/as
alunos/as e para a comunidade escolar. As intervenções gerais incluem programas de prevenção
da violência em toda a escola. Essas atividades encorajam alunos/as a experimentar um
desenvolvimento emocional positivo e a usar meios não violentos para resolver os seus conflitos
pessoais. Esses programas são pontes naturais entre as intervenções que se concentram na
mudança individual e aquelas que buscam estabelecer o clima e a cultura positivos da escola.
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escolas, no entanto, a disponibilidade de profissionais de saúde mental é inadequada. Os
administradores escolares devem considerar o importante papel do pessoal de saúde mental da
escola e, em seguida, considerar a defesa de contratação de um maior número desses
profissionais, se necessário. Psicólogos escolares, conselheiros e assistentes sociais podem
oferecer avaliação e aconselhamento aos/às alunos/as e podem consultar as famílias e os/as
professores/as para fornecer intervenções e apoio mais eficazes. Eles/as são treinados para fazer
isso dentro de sistemas de suporte multicamadas, como o Response to Intervention, que
promove o aprendizado e a sustentabilidade de suportes ao longo do tempo.
Referências
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