Você está na página 1de 81

Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

sp 10 e

s
da
re de it
on 0
di
as is s
vid Ma inu
dú s
Mais de 100 respostas
sobre esta e
outras doenças
respiratórias
Como aliviar
a dor de cabeça
típica da sinusite?
Prevenção:
vacina contra
a gripe, testes
de alergia e
muito mais

Hidratação, inalação...
Para fazer no dia a dia
e evitar crises
VEJA
Livre-se da tosse, TAMBÉM:
congestão nasal, inchaço amigdalite,
nos olhos e outros sintomas asma (ou bronquite)
com medidas preventivas faringite, laringite,
e tratamentos certeiros pneumonia e rinite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Editorial

As causas da sinusite são diversas: podem ser virais, alérgicas,


bacterianas ou fúngicas, cada uma com características distintas,
manifestando-se em determinadas épocas do ano. Muito
comum, quando aguda a sinusite gera dor na face, quase
sempre acompanhada da temida cefaleia. Piora quando outras
doenças respiratórias ocorrem ao mesmo tempo – ou surgem
em efeito cascata, uma desencadeando a outra. No Guia Saúde
Hoje e Sempre – Sinusite, encontre as principais medidas pre-
ventivas e tratamentos no combate a esta e outras doenças,
como rinite, faringite, laringite, amigdalite, asma (ou bronquite)
e pneumonia. Entenda a importância da hidratação, do soro
fisiológico e da inalação. Saiba porque vacinas e testes de
alergia podem ajudar na prevenção, mas, às vezes, a intervenção
medicamentosa é imprescindível para evitar complicações.
Tudo explicado de maneira clara e direta.

Boa leitura!

5
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Índice
SINUSITE

O que é sinusite? ......................................................................................17

O que são os seios da face e quais são


suas finalidades? ......................................................................................17

O que é sinusite aguda? ..........................................................................20

Quais são suas causas? ............................................................................20

O que é sinusite crônica? ........................................................................20

Quais são suas causas? ............................................................................20

O que são pólipos nasais e como estão


relacionados à sinusite? ............................................................................21

A sinusite é considerada uma doença contagiosa? ................................21

Existe influência genética no desenvolvimento


da sinusite? ..............................................................................................21

Como alterações anatômicas podem causar sinusite? ............................21

Como desvios de septo podem


desencadear a doença? ............................................................................21

Quais as diferenças entre gripe e resfriado e


como essas doenças podem propiciar o aparecimento
da sinusite? ..............................................................................................22

Como os processos alérgicos, como rinites,


estão associados à sinusite? ....................................................................24

Como a asma está ligada à sinusite? ......................................................24

Como a exposição a alguns agentes químicos


pode desencadear quadros de sinusite? ................................................24

Como o ar-condicionado se relaciona à sinusite? ....................................24

Qual é a relação entre tabagismo e sinusite? ..........................................24

7
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Infecções odontológicas podem aumentar


as chances de sinusites? ..........................................................................24

Traumas faciais podem resultar em quadros


crônicos de sinusite? ................................................................................25

Quais são as complicações da sinusite? ..................................................25

Doenças que afetam a imunidade podem


ser associadas à sinusite? ........................................................................25

O que são a síndrome de Kartagener e a


síndrome dos cílios imóveis? ....................................................................26

Existe cura para a síndrome dos cílios imóveis? ......................................26

Quais são os sintomas da sinusite aguda? ..............................................26

Quais são os sintomas da sinusite crônica? ............................................26

Como a sinusite pode causar tosses


e inflamações de garganta?......................................................................27

Como sinusite pode originar


dor de ouvido?..........................................................................................27

Por que as tosses associadas à sinusite costumam


ocorrer à noite, após se deitar? ..............................................................27

A sinusite é considerada uma doença


de resolução espontânea?........................................................................27

Em que casos a sinusite tende a desaparecer


espontaneamente? ..................................................................................27

Quando é necessário procurar um médico? ............................................28

Como é feito o diagnóstico da sinusite?..................................................28

Que exames podem ser necessários


no diagnóstico? ........................................................................................28

Que especialidade médica trata a sinusite? ............................................29

Nos casos crônicos, quais exames podem


ser necessários? ........................................................................................29

Como é o tratamento da sinusite aguda?................................................29

8 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Como é o tratamento da sinusite crônica? ..............................................29

Quando pode ser necessário o uso


de antibióticos? ........................................................................................29

Pode-se tratar a sinusite com homeopatia? ............................................30

Quando é indicada a cirurgia no tratamento


para sinusite? ............................................................................................30

A presença de pólipos nasais representa


indicação para cirurgias? ..........................................................................30

Como esse procedimento é realizado e


quais são os seus resultados? ..................................................................30

Em casos de pólipos nasais, pode haver


reincidência após a cirurgia? ....................................................................31

Qual é a importância da boa hidratação


no tratamento da sinusite? ......................................................................31

Como aliviar o congestionamento nasal? ................................................32

Que produtos são indicados para fazer


a hidratação nasal? ..................................................................................32

Soluções salinas feitas em casa podem ajudar?


Como prepará-las?....................................................................................32

Como aliviar a dor de cabeça típica da sinusite? ....................................32

As dores nas têmporas são sintomas de sinusite? ..................................33

Como a inalação pode ser benéfica


no tratamento? ........................................................................................34

O uso de vaporizadores é indicado


nesses casos? ............................................................................................35

Quais são as consequências de uma sinusite


tratada inadequadamente? ......................................................................35

O tratamento inadequado da sinusite pode levar


à cronificação do quadro? ........................................................................35

Quais complicações podem ocorrer devido


a um tratamento inadequado? ................................................................36

9
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Como prevenir sinusites agudas? ............................................................36

Como prevenir crises de sinusite crônica? ..............................................36

Que medidas do dia a dia ajudam na prevenção? ..................................37

Por que é importante fazer a hidratação


das mucosas nasais? ................................................................................38

Como a gripe está relacionada à sinusite? ..............................................38

A vacina contra gripe pode também evitar


a ocorrência de sinusite? ..........................................................................39

Como testes de alergia podem auxiliar


na prevenção? ..........................................................................................39

Como os exercícios físicos podem ajudar a manter


a saúde respiratória? ................................................................................40

A alimentação influencia no aparecimento


da rinossinusite? ......................................................................................40

Por que tantas pessoas têm rinossinusite? ..............................................40

Regiões muito frias corroboram para


o aparecimento do problema? ................................................................41

RINITE

O que é rinite alérgica? ............................................................................41

Quais são as causas da rinite? ..................................................................42

A rinite está associada apenas a fatores alérgicos? ................................42

Como a rinite está associada a fatores genéticos? ................................42

Pode-se dizer que a rinite se manifesta através


de uma combinação entre fatores
genéticos e ambientais? ..........................................................................42

Que outros fatores podem predispor


o desenvolvimento da rinite? ..................................................................43

Poeira pode levar ao aparecimento do quadro? ....................................43

Como a poluição pode desencadear o problema?..................................43

10 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Como a baixa umidade do ar relaciona-se à doença? ............................43

Quais são os sintomas relacionados à


baixa umidade do ar? ..............................................................................44

Locais mal ventilados e mal ensolarados


podem levar à rinite?................................................................................44

A rinite é uma “reação exagerada” do organismo


a agentes inofensivos?..............................................................................44

Quais são os principais alérgenos


associados a rinites? ................................................................................44

Alergias alimentares também podem


estar associadas a crises? ........................................................................44

Em quais épocas do ano as crises


costumam piorar? ....................................................................................45

Quais são os sintomas da rinite? ..............................................................45

Pode ocorrer diminuição de audição e olfato? ........................................45

Como a rinite pode causar inchaço nos olhos? ......................................45

Crises de rinite podem derivar outras doenças


respiratórias e complicações? ..................................................................45

Como é feito o diagnóstico de rinite alérgica?........................................46

Que medicamentos são indicados para


o alívio das crises? ....................................................................................46

Rinite alérgica tem cura? ..........................................................................46

É comum que o organismo se dessensibilize


espontaneamente aos alérgenos? ..........................................................46

Quais são as opções de tratamento


para a rinite? ............................................................................................46

A imunoterapia pode ajudar? ..................................................................47

Que medidas no dia a dia podem prevenir


crises alérgicas? ........................................................................................47

A hidratação nasal pode prevenir crises? ................................................47

11
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

FARINGITE

O que é faringite? ....................................................................................47

Quais são as causas da faringite? ............................................................47

Quais são os sintomas da faringite? ........................................................48

A faringite é uma doença contagiosa? ....................................................48

A faringite é uma doença de resolução espontânea? ............................48

Quando é necessário procurar ajuda médica? ........................................49

Como é o tratamento da faringite? ........................................................49

Quais são as consequências de uma faringite mal tratada?....................49

Como prevenir as faringites? ..................................................................49

LARINGITE

O que é laringite? ....................................................................................50

Quais são as diferenças entre laringite e faringite? ................................50

Quais são as causas da laringite? ............................................................51

O que é a laringite crônica?......................................................................51

Quais são os sintomas da laringite? ........................................................51

A laringite é uma doença contagiosa? ....................................................51

A laringite é considerada uma doença


de resolução espontânea?........................................................................51

Quando é necessário procurar ajuda médica? ........................................51

Como é o tratamento da laringite?..........................................................52

Como aliviar os sintomas da laringite? ....................................................52

Que medicamentos podem ajudar? ........................................................53

Quais são as consequências de uma laringite mal tratada? ....................53

Como prevenir as laringites?....................................................................53

12 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

AMIGDALITE

O que são as amígdalas?..........................................................................53

Quais são suas funções? ..........................................................................53

O que é amigdalite? ................................................................................54

Quais são os seus sintomas? ....................................................................54

Quais são as causas da amigdalite? ........................................................54

Qual a relação entre amigdalites, faringites


e laringites? ..............................................................................................55

Como se dá a transmissão da amigdalite? ..............................................55

Jovens têm mais chances de desenvolver amigdalite? ..........................55

Amigdalites recorrentes podem indicar baixas


no sistema imunológico? ..........................................................................55

Quando o médico deve ser procurado? ..................................................55

Como é o tratamento para amigdalite? ..................................................55

Quando é indicada a cirurgia para remoção


das amígdalas?..........................................................................................56

Atualmente, muitas crianças ainda


fazem essa cirurgia?..................................................................................56

A retirada das amígdalas pode trazer algum


prejuízo ao indivíduo? ..............................................................................56

Como prevenir as amigdalites? ................................................................56

Por que, geralmente, as “ites” aparecem combinadas? ........................57

Manter uma alimentação balanceada


pode ajudar na prevenção? ......................................................................57

Terapias “alternativas”, como acupuntura,


ajudam no trato das “ites”? ....................................................................57

ASMA

O que são os brônquios e quais são as suas funções? ............................57

13
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

O que é bronquite? ..................................................................................58

O que é asma? ..........................................................................................59

Quais são os seus tipos? ..........................................................................59

Existem diferenças entre bronquite e asma? ..........................................59

Por que, frequentemente, bronquite e asma


são usados como sinônimos? ..................................................................60

Como o cigarro está associado à bronquite? ..........................................60

A bronquite crônica pode aumentar o risco de


outras infecções respiratórias, como pneumonias? ................................60

Por que ocorre o “chiado no peito” em pessoas


que sofrem de bronquite ou asma? ........................................................61

Pode-se dizer que a bronquite é uma doença


menos frequente que a asma? ................................................................61

Como é o tratamento nos dois quadros? ................................................61

Fale da importância do diagnóstico correto. ..........................................61

A asma é considerada uma doença crônica? ..........................................62

Quais são as causas da asma? ..................................................................62

Quais são as influências genéticas e ambientais?....................................62

Qual é a relação entre asma e doenças alérgicas? ..................................62

Quais são as causas para a falta de ar


característica da asma? ............................................................................63

Alergias alimentares podem causar crises de asma? ..............................63

Quais são os sintomas da asma?..............................................................63

Como é feito o diagnóstico para asma? ..................................................63

Quais são os tratamentos disponíveis para asma? ..................................63

O uso da bombinha é essencial?..............................................................64

Como prevenir as crises?..........................................................................65

14 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Como prevenir a bronquite e a asma? ....................................................65

Como é o tratamento nos dois casos? ....................................................65

PNEUMONIA

O que é pneumonia? ................................................................................66

Quais são as causas da pneumonia? ........................................................67

A pneumonia pode originar-se de


outras doenças respiratórias? ..................................................................67

O cigarro e o álcool podem ser fatores de risco


no surgimento de pneumonia? ................................................................67

Pessoas que sofrem de asma apresentam


mais chances de ter pneumonia? ............................................................68

Mudanças bruscas de temperatura podem


desencadear pneumonias? ......................................................................68

Quais são os tipos de pneumonia? ..........................................................68

Quais são os sintomas da pneumonia? ....................................................68

Por que, muitas vezes, a doença só dá sinal quando


seu quadro já avançou, passando um longo
período despercebida? ............................................................................69

Quais são as possíveis complicações da pneumonia? ............................69

Como é feito seu diagnóstico? ................................................................70

Como é o tratamento para a pneumonia? ..............................................71

É recomendada uma alimentação específica durante


o tratamento da pneumonia? ..................................................................71

Qual é a melhor forma de prevenir a pneumonia? ..................................71

A manutenção adequada de aparelhos de


ar-condicionado é importante na prevenção da
pneumonia e outras doenças respiratórias? ............................................71

15
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

SINUSITE

O que é sinusite?
O termo “sinusite” significa inflamação da mucosa que
reveste os seios paranasais, espaços aerados que se comunicam
com as cavidades nasais a cada lado da face.
As sinusites geralmente são secundárias às rinites (processos
inflamatórios, alérgicos e/ou infecciosos da mucosa do
nariz), sendo o termo “rinossinusite” mais adequado e repre-
sentativo justamente por envolver o nariz – relacionado à
rinite –, e os seios paranasais – relacionados à sinusite.
As rinossinusites podem ainda ser causadas ou estarem
associadas a problemas do epitélio ciliar nasal, alterações
no muco nasal, uso de drogas ilícitas inalatórias, tabagismo,
fatores anatômicos obstrutivos (como deformidades do septo
nasal e malformações), certos traumatismos faciais, tumores,
extrações ou doenças dentárias, entre outros fatores, podendo
ser exacerbadas por alterações hormonais, imunitárias e de
hidratação do indivíduo, anemia, desnutrição, refluxo gástrico,
além de alterações relacionadas ao meio ambiente (como
poluição do ar e água, alterações atmosféricas de umidade,
temperatura, pressão etc). *1 Marcelo M. Hueb, médico otorrinolaringologista e
professor responsável pela disciplina de Otorrinolaringologia da Universidade Federal do Triângulo

Mineiro (UFTM), atende no Hospital Santa Lúcia.

O que são os seios da face e quais


são suas finalidades?
Os seios da face são cavidades ósseas ao redor do nariz,
das maçãs do rosto e dos olhos. De maneira resumida,
pode-se dizer que os seios da face têm função de dar res-
sonância à voz, aquecem o ar inspirado e facilitam a sus-
tentação do crânio, deixando-o mais leve. *2 Estelita Gonsales Teixeira
Betti, otorrinolaringologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

17
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

COMO OCORRE A SINUSITE?


A doença é caracterizada pela inflamação
das mucosas que revestem os seios da face
e o nariz, gerando acúmulo de secreção –
que é normalmente produzida para limpar e
proteger as mucosas dessas regiões.
A sinusite pode ser causada pela infecção
viral proveniente de resfriados ou devido a
alergias respiratórias, alterações anatômicas
que impedem a drenagem adequada dos
seios paranasais, disfunções imunológicas,
entre outros fatores.

Indivíduo saudável Seio


frontal

A mucosa possui cílios, estruturas


microscópicas que formam uma espécie
de “tapete” e movimentam-se para trans-
portar o muco pelas vias respiratórias.

Cílios
Cavidade
nasal

Seio
maxilar

Mucosa

Osso

De finalidade protetora, essa secreção


é constantemente renovada, e elimi-
nada pelo organismo apresentando
aparência líquida e clara.

18 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Indivíduo com sinusite

A movimentação insuficiente dos


cílios, a maior viscosidade da secreção
e/ou as alterações anatômicas que obs-
truem os canais dos seios da face são
fatores que dificultam a drenagem ade-
quada da secreção.

Mucosa

Osso

Bactéria

Acúmulo
de muco

O acúmulo de muco causa obstrução


das vias aéreas, gerando sintomas como
dificuldade em respirar e dores na face e
ao redor dos olhos, podendo propiciar a
proliferação de bactérias. A secreção nasal
torna-se espessa, com coloração amarelada
ou esverdeada.

19
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

O que é sinusite aguda?


A rinossinusite aguda é uma inflamação da mucosa que
reveste as cavidades paranasais, com duração inferior a quatro
semanas. É uma das principais razões para a prescrição de
antibióticos, sendo um dos diagnósticos mais frequentes na
prática médica. *2

Quais são suas causas?


A causa mais comum da rinossinusite aguda é a infecção viral
associada ao resfriado comum. Também estão envolvidos em
seu surgimento os problemas relacionados ao sistema imuno-
lógico e as variações anatômicas da cavidade nasal. *2

O que é sinusite crônica?


A rinossinusite crônica é uma doença multifatorial. Ela é
definida como uma inflamação da mucosa que reveste a cavidade
nasal e os seios paranasais, sendo este processo inflamatório
instalado por tempo superior a três meses. *2

Quais são suas causas?


As causas da rinossinusite podem estar associadas às dis-
cinesias ciliares primárias e secundárias e também à rinite
alérgica, que causa edema na mucosa sinusal devido à infla-
mação alérgica. A rinossinusite crônica e a asma ocorrem, fre-
quentemente, de maneira concomitante no mesmo paciente.
Devemos lembrar, ainda, a alta incidência de rinossinusite
crônica em pacientes com disfunções imunológicas, como no
caso de HIV positivo, por exemplo. O papel dos fungos nas
causas da rinossinusite crônica tem sido descrito, mas ainda
existem muitas dúvidas a respeito. Na rinossinusite crônica
com pólipos, deve-se lembrar a sensibilidade à aspirina como
uma das causas. As infecções virais das vias aéreas superiores
levam a um comprometimento da mucosa nasal e dos seios
paranasais e, na presença de bactérias, também podem oca-
sionar um quadro de rinossinusite crônica. *2
20 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

O que são pólipos nasais e como


estão relacionados à sinusite?
Os pólipos nasais são uma intensa
reação inflamatória da mucosa naso-
sinusal de origem desconheci-
da. Os pólipos podem
bloquear o complexo
osteo-meatal, levando
à sinusite crônica.
Estima-se que por
volta de 0,5% a 4,5%
dos pacientes com rini-
te alérgica apresentam
Pólipos nasais
pólipos nasais. *2

A sinusite é considerada uma doença contagiosa?


A causa mais frequente de rinossinusite aguda é de origem
viral. Consequentemente, nestes casos, a doença pode ser
transmitida a outras pessoas. *2

Existe influência genética no desenvolvimento da sinusite?


Alguns autores sugerem que, nos casos de rinossinusite
crônica com pólipos, exista um fator hereditário. *2

Como alterações anatômicas podem causar sinusite?


Não existem evidências comprovadas para correlação causal
entre a incidência de rinossinusite e variações anatômicas. Mas,
sabe-se que nos casos em que existe um bloqueio do complexo
osteo-meatal, ela pode ocorrer com mais frequência. *2

Como desvios de septo podem desencadear a doença?


A obstrução provocada pelo desvio de septo nasal desen-
cadeia um ciclo vicioso de disfunção ciliar, retenção de secre-
ções, obstrução, edema e hiperplasia da mucosa, levando ao
aparecimento da doença. *2
21
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

POR QUE ALGUMAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS


OCORREM AO MESMO TEMPO?
Tudo pode começar com um simples resfriado, que pode
ser causado por mais de 200 tipos de vírus. Após ocorrer a
penetração do antígeno na mucosa respiratória, ocorre uma
inflamação intensa. De forma geral, essa inflamação começa
na garganta, gerando um quadro de faringite, que pode
evoluir para uma laringite ou amigdalite. Também é possível
que a inflamação se estenda para o nariz, causando obstrução
e aumento da coriza. Se a drenagem dos seios da face é
bloqueada, a saída natural das secreções dificulta-se, podendo
ocasionar uma sinusite viral – que pode progredir para a
versão bacteriana, caso haja proliferação de bactérias. É
interessante saber que, em casos de nariz obstruído, a res-
piração pela boca pode causar ressecamento das mucosas,
favorecendo dores de garganta. Além disso, quando respi-
ra-se pela boca, o ar não é aquecido e nem umidificado (fun-
ções que ocorrem quando o ar passa pelo nariz), chegando
aos pulmões frio e seco e piorando as crises de asma.

Quais as diferenças entre gripe e resfriado e como essas


doenças podem propiciar o aparecimento da sinusite?
Resfriado e gripe surgem de forma aguda e têm os vírus como
agentes causais, com grande potencial de transmissão entre
as pessoas. O resfriado é uma doença mais amena do que a
gripe, com sintomatologia mais relacionada ao nariz e garganta,
ao passo que a gripe tem um comprometimento mais intenso
nestes locais, além de uma sintomatologia sistêmica mais evi-
dente, com febre, mal estado geral, indisposição, dores etc. A
gripe tem como agente o vírus influenza, capaz de sofrer
mutações (mudar as suas características) e ocasionar de epidemias
a pandemias de gripe. As complicações são mais comuns na
22 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Seios da face
Os canais dos seios da face ficam obs-
truídos devido ao excesso de secreção, o
que pode desencadear um quadro de sinu-
site, gerando dores na face e ao redor dos
olhos.

Nariz
A inflamação causada pelo resfriado
pode atingir o nariz, que fica obstruído
devido ao acometimento das mucosas nasais
e ao aumento na produção de muco.

Garganta
Os vírus responsáveis pelo resfriado
geralmente atingem primeiro a região da
garganta, podendo gerar faringites, laringites
e amigdalites, dependendo da intensidade.

Pulmões
Com o nariz obstruído, o indivíduo respira
pela boca, o que resseca as mucosas respi-
ratórias, inclusive a dos pulmões, podendo
gerar inflamações nos brônquios e piorar
crises asmáticas. Caso essa inflamação seja
muito intensa, pode haver acúmulo de secre-
ção nos pulmões, com possível infecção
bacteriana e consequente pneumonia.
Fonte: Francini Pádua, doutora em Otorrinolaringologia pela Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

gripe, podendo ter desfecho grave e, por vezes fatal, como no


caso da gripe A (vírus influenza H1N1).
Estas infecções virais do nariz cursam com inflamação e lesão
da mucosa e retenção de secreções em menor ou maior grau,
podendo evoluir para infecções bacterianas – situação onde o
uso de antibióticos passa a ser relevante. Já nas infecções por
vírus, o uso de antibióticos não é indicado. No universo das
infecções virais agudas (resfriado e gripe), menos de 5% dos
quadros evoluem para a rinossinusite bacteriana. A maioria das
rinossinusites bacterianas origina-se de uma infecção viral (em
torno de 80 a 90% dos casos), sendo a minoria relacionada a
outras causas. *1
23
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Como os processos alérgicos, como rinites,


estão associados à sinusite?
Não está bem esclarecido como a rinite alérgica leva à rinos-
sinusite. Mas, sabe-se que a associação entre alergia e sinusite
é frequente. *2

Como a asma está ligada à sinusite?


Muitos estudos têm demonstrado uma ligação entre sinusite e
asma. Sabe-se que pessoas que têm tanto sinusite quanto asma,
tendem a ter sintomas asmáticos mais graves. Muitas vezes, o tra-
tamento de uma condição ajuda a aliviar os sintomas da outra. *2

Como a exposição a alguns agentes químicos


pode desencadear quadros de sinusite?
Os poluentes ficam depositados no muco nasal e sua concen-
tração pode irritar a mucosa nasal, levando a um processo infla-
matório maior, com edema e aumento na produção de muco. *2

Como o ar-condicionado se relaciona à sinusite?


O ar-condicionado promove um ressecamento da mucosa nasal,
diminuindo, assim, a função mucociliar e sua capacidade de defesa
local. Pelo ar-condicionado, também podem ser disseminados
alguns agentes infecciosos que contaminam os seios da face. *2

Qual é a relação entre tabagismo e sinusite?


A nicotina, assim como outras substâncias químicas do
tabaco e sua fumaça, afeta o nariz, a mucosa nasal e a
produção de muco, promovendo a sinusite. Não foi compro-
vado risco para fumantes passivos, mas recomenda-se que
pessoas com sinusite não fiquem próximas a fumantes. *2

Infecções odontológicas podem aumentar


as chances de sinusites?
Sim. A sinusite maxilar crônica de origem dentária é mais fre-
quente em adultos. A causa mais comum é o granuloma apical,
24 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

especialmente do primeiro molar, mas a periodontite avançada


também deve ser considerada como fator causador. O ápice
dos dentes molares e pré-molares estão intimamente associados
ao seio maxilar, por isso, em alguns casos de sinusite, pode-se
sentir dor, pressão e desconforto nesses dentes. *2

Traumas faciais podem resultar em quadros


crônicos de sinusite?
Um osso facial fraturado ou quebrado pode causar obstrução
das vias nasais e, consequentemente, a sinusite. *2

Quais são as complicações da sinusite?


A sinusite bacteriana mal tratada ou não tratada pode evoluir
com a passagem de pus para outras áreas ao redor dos seios
da face. Quando esse pus se acumula, chamamos de abscesso.
Assim, podemos ter abscesso na região dos olhos (complicação
orbitária), no cérebro (complicação intracraniana) e também
nos ossos da face, processo conhecido como osteomielite (com-
plicação óssea). Quando o médico suspeita destas complicações,
uma tomografia computadorizada dos seios da face é solicitada
e o paciente precisa receber antibióticos na veia, assim como
ser submetido a uma cirurgia para a drenagem da infecção, em
alguns casos. *3 Francini Pádua, doutora em Otorrinolaringologia pela Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Doenças que afetam a imunidade podem ser


associadas à sinusite?
Sem dúvida. Toda alteração de imunidade no organismo
pode predispor a casos de sinusites. Dentre as doenças que
afetam a imunidade, pode-se citar a fibrose cística, as imu-
nodeficiências congênitas (que geralmente causam uma pro-
dução diminuída de anticorpos), a infecção pelo vírus HIV e
até mesmo o diabetes mal controlado pode prejudicar a imu-
nidade. *4 Paulo Saraceni Neto, otorrinolaringologista e membro da Comissão de Defesa Profissional
da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL/CCF).

25
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

O que são a síndrome de Kartagener e a


síndrome dos cílios imóveis?
A síndrome de Kartagener é um quadro congênito no qual
o paciente se apresenta com uma tríade de achados: sinusite
crônica, bronquiectasia (dilatação dos brônquios pulmonares)
e situs inversus (inversão dos órgão do corpo direita-esquerda).
A síndrome de Kartagener pertence a um grupo de doenças
que fazem parte das síndromes dos cílios imóveis, mais cor-
retamente chamada de discinesia ciliar primária. Nestas doen-
ças, ocorre a paralisia dos cílios, que são estruturas micros-
cópicas que formam uma espécie de tapete cuja função é
realizar o adequado transporte do muco nas vias respiratórias.
Quando há inatividade destes cílios, o muco que precisa ser
renovado constantemente acaba ficando parado e perde sua
função protetora. Isso diminui o componente de imunidade
e predispõe os portadores a maior chance de infecções. * 4

Existe cura para a síndrome dos cílios imóveis?


A medicina ainda não descobriu a cura para os casos de discinesia
ciliar. Estes pacientes precisam ser acompanhados de perto e
tratados ao mínimo sinal de infecção para evitar complicações. *4

Quais são os sintomas da sinusite aguda?


A sinusite aguda caracteriza-se pela presença de secreção
nasal espessa, às vezes amarelada ou esverdeada. Também
ocorre obstrução nasal, geralmente unilateral, dor na face e
febre. *5 Lídio Granato, otorrinolaringologista e professor titular do Departamento de Otorrinolaringologia
da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Quais são os sintomas da sinusite crônica?


O sintoma mais frequente é a rinorreia, um escoamento de
líquido fluido e sem inflamação pelo nariz. No entanto, a congestão
nasal também é muito presente. O diferencial mais importante
entre a sinusite aguda e a crônica é o tempo de duração. A
sinusite crônica, geralmente, dura mais de 12 semanas. *4
26 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Como a sinusite pode causar tosses e


inflamações de garganta?
O muco infectado que desce do nariz em decorrência da
sinusite para a garganta pode desencadear o reflexo da tosse
ou mesmo provocar faringite, por irritação da garganta, prin-
cipalmente em crianças. * 5

Como sinusite pode originar dor de ouvido?


No fundo na rinofaringe, região que fica atrás das cavidades
do nariz, encontram-se duas estruturas chamadas tubas auditivas.
Uma de cada lado, sua função é fazer a ventilação da caixa tim-
pânica ou orelha média – região dos ouvidos onde ficam os
ossículos da audição. Quando existe muita secreção na região
nasal e na rinofaringe, a ventilação das tubas auditivas é pre-
judicada, podendo gerar otites e, consequentemente, dor. *4

Por que as tosses associadas à sinusite costumam


ocorrer à noite, após se deitar?
A sinusite, em geral, ocorre com a presença de secreção
espessa, tipo muco purulento. Quando a pessoa se deita, esta
secreção desce por trás do nariz, atingindo a garganta e desen-
cadeando a tosse. * 5

A sinusite é considerada uma doença


de resolução espontânea?
Cerca de 90% dos quadros de sinusite aguda são causadas
por vírus e, geralmente, têm um curso autolimitado. Nesses
casos, o tratamento consiste em aliviar os sintomas gerados
pela infecção. No entanto, em casos de origem bacteriana, que
representam cerca de 10% dos casos, o antibiótico tem seu
papel no tratamento. * 4

Em que casos a sinusite tende


a desaparecer espontaneamente?
Quando o paciente tem boa resistência física e bactérias
27
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

menos agressivas estão envolvidas no quadro clínico, ele pode


se livrar da doença com algumas medidas paliativas. * 5

Quando é necessário procurar um médico?


A visita ao médico é sempre indicada para o diagnóstico ade-
quado do quadro e para a prescrição de fármacos específicos
para os sintomas que mais incomodam o paciente. * 4

Como é feito o diagnóstico da sinusite?


Na sinusite aguda, o diagnóstico é feito por meio do exame
clínico e da história do paciente. Nos casos crônicos, além do
exame e histórico, podem ser necessários exames complementares.
* 6 Leonardo Balsalobre, otorrinolaringologista e vice-presidente da Academia Brasileira de Rinologia (ABR).

Que exames podem ser necessários no diagnóstico?


O diagnóstico é feito, principalmente, pelo histórico do
paciente e pelo exame físico. Hoje, a chamada nasofibroscopia
ajuda muito na avaliação otorrinolaringológica. A complemen-
tação é feita, em geral, pela rádio imagem, de preferência pela
tomografia computadorizada. * 5

NASOFIBROSCOPIA
(endoscopia das cavidades
nasais e rinofaringe)

Endoscópio
(aparelho com fibra optica na
ponta, introduzido pelo nariz)

28 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Que especialidade médica trata a sinusite?


A sinusite aguda pode ser tratada pelo clínico geral, pediatra,
pneumologista e, claro, pelo médico otorrinolaringologista. No
entanto, este profissional trata, mais frequentemente, casos de
sinusite crônica. * 6

Nos casos crônicos, quais exames


podem ser necessários?
A nasofibroscopia, que é a visualização da cavidade nasal
por meio de uma fibra óptica conectada a um sistema de vídeo,
é muito útil para o diagnóstico. Muitos otorrinolaringologistas
dispõem desse exame no próprio consultório. Além da naso-
fibroscopia, a tomografia computadorizada dos seios da face
é, frequentemente, necessária para o diagnóstico. * 6

Como é o tratamento da sinusite aguda?


O tratamento da sinusite aguda bacteriana é baseado em
terapia com antibióticos por, no mínimo, dez dias, bem como
corticoides tópicos (sprays nasais), lavagem nasal com solução
salina (soro fisiológico) e medicamentos para combater os sin-
tomas (como analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios). *6

Como é o tratamento da sinusite crônica?


O tratamento é semelhante ao da fase aguda, mas, para
adequar o tipo de antibiótico é necessário ter o cuidado de
observar se o paciente fez tratamentos prévios. Quando o
quadro crônico é provocado pela presença de polipose nasal,
necessita-se de boa avaliação para a possibilidade de tratamento
cirúrgico. Também utiliza-se o corticoide tópico, que pode ser
útil nesses casos. * 5

Quando pode ser necessário o uso de antibióticos?


Uma vez feito o diagnóstico de sinusite infecciosa bacteriana,
o uso do antibiótico é imperativo para todos os casos. *5

29
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Pode-se tratar a sinusite com homeopatia?


A homeopatia parece ser bastante útil para o controle de
diversas doenças do nariz e seios paranasais, especialmente
nos casos de rinite alérgica. Diversos pacientes se beneficiam
com esta terapia, porém, muitas vezes, o tratamento alopático
precisa ser empregado. * 6

Quando é indicada a cirurgia no


tratamento para sinusite?
A cirurgia endoscópica funcional naso-sinusal, feita com auxílio
de sistema de vídeo e fibra óptica, deve ser indicada, principalmente,
nos casos de sinusite crônica, refratários aos tratamentos clínicos
(medicamentosos) e, também, nos casos de sinusite aguda de
repetição (com muitos episódios de sinusite aguda). *6

A presença de pólipos nasais representa


indicação para cirurgias?
Sim. O procedimento cirúrgico é indicado quando há uma
falha no tratamento clínico nos casos crônicos e, principalmente,
nos casos de polipose nasal. * 5

Como esse procedimento é realizado e


quais são os seus resultados?
Esse procedimento é realizado em ambiente hospitalar, em
centro cirúrgico e, na maioria das vezes, sob anestesia geral. A
cirurgia é realizada com auxílio de endoscopia (fibra óptica)
conectada a um sistema de vídeo (como na laparoscopia). É
feita totalmente pelas narinas, sem nenhum tipo de corte externo.
A ideia principal da cirurgia é melhorar a anatomia do nariz e
dos seios da face, ampliando os orifícios naturais de comunicação
destes com a cavidade nasal. Desta forma, a fisiologia se res-
tabelece, normalizando a drenagem de secreções dos seios da
face, assim como sua ventilação. Há cerca de duas décadas,
realizava-se uma “raspagem” na mucosa dos seios da face,
porém, atualmente, esse conceito mudou e a ideia é ser o
30 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

menos invasivo possível, apenas melhorando as vias de drenagem


que já existem naturalmente. Os resultados são muito bons,
com uma recuperação consideravelmente mais rápida e pouco
dolorosa para o paciente. * 6

Em casos de pólipos nasais, pode haver reincidência


após a cirurgia?
Casos nos quais há presença de pólipos nasais nos seios da
face respondem bem logo após a cirurgia, mas o paciente
deverá ser acompanhado por um bom tempo, pois pólipos têm
tendência a recidivar. * 5

Qual é a importância da boa hidratação


no tratamento da sinusite?

Esse é o ponto principal no tratamento da sinusite, especial-


mente a aguda. Quando estamos desidratados, a secreção
nasal fica mais espessa, o que dificulta a sua drenagem. Ela fica
“parada” nos seios da face, facilitando a infecção bacteriana.
É extremamente importante que o paciente tome líquido durante
o dia todo para fluidificar essa secreção. * 6
31
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Como aliviar o congestionamento nasal?


A lavagem nasal com solução salina (soro fisiológico) é a
melhor medida. Porém, pode-se associar o uso de desconges-
tionantes tópicos e orais durante um curto período de tempo
– na fase mais aguda do quadro –, para aliviar este sintoma,
assim como corticoides tópicos. * 6

Que produtos são indicados para fazer a hidratação nasal?


É aconselhado o uso de cloreto de sódio 0,9% para fazer a
hidratação da mucosa nasal. * 5

Soluções salinas feitas em casa podem ajudar?


Como prepará-las?
As soluções salinas caseiras são muito úteis, além de serem
mais baratas. Pode-se prepará-las em casa, adicionando ½
colher (chá) de sal marinho em 250 ml de água filtrada. A
lavagem pode ser feita com uma seringa de 10 ou 20 ml, várias
vezes ao dia. * 6

Como aliviar a dor de cabeça típica da sinusite?


As dores que acompanham os quadros inflamatórios e infec-
ciosos das rinossinusites são mais frequentes na face e ao redor
dos olhos e menos comuns na cabeça. No início dos quadros
virais, as dores são mais amenas e respondem bem ao uso de
analgésicos comuns, à lavagem das cavidades nasais com soro
fisiológico e ao uso eventual de corticoides no local, acompanhado
de uma boa hidratação pela ingestão aumentada de líquidos.
No combate à obstrução nasal intensa, a utilização de descon-
gestionantes orais ou em gotas nasais, em casos selecionados
e por curto tempo, também pode auxiliar no controle da dor.
Em casos nos quais não ocorre melhora, com progressão das
dores e da sintomatologia, com persistência de cinco ou sete
dias, um especialista em Otorrinolaringologia deve ser consultado,
pois é possível que se trate de uma evolução para a rinossinusite
bacteriana. Nesta situação e nas rinossinusites crônicas, este
32 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

profissional pode fazer uma avaliação clínica e indicar o uso de


antibióticos ou outras medicações, além de detectar a neces-
sidade da realização de exames complementares ou, até mesmo,
procedimentos cirúrgicos. * 1

As dores nas têmporas são sintomas de sinusite?


Este tipo de dor é menos comum nos quadros de rinossi-
nusites, sejam elas agudas ou crônicas, estando mais relacionada
a quadros de tensão muscular e enxaqueca. Neste sentido,
as dores de cabeça ou cefaleias têm dezenas de causas, sendo,
muitas vezes, diagnosticadas erroneamente como rinossinusites,
33
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

o que implica no uso desnecessário de antibióticos. O diag-


nóstico correto da causa da dor de cabeça e a confirmação
ou descarte do quadro de sinusite deve ser feito, preferen-
cialmente, pelo médico otorrinolaringologista, para que o
paciente não acabe em uma peregrinação por consultórios
médicos, sendo submetido a exames e tratamentos, por vezes,
desnecessários e ineficazes. * 1

Como a inalação pode ser benéfica no tratamento?


Assim com a inflamação da mucosa que reveste os seios da
face, os mecanismos de defesa que mantêm as cavidades
limpas e aeradas (transporte mucociliar) ficam prejudicados, o
que favorece o acúmulo de secreção e o crescimento de micro-
rganismos. A inalação pode ajudar na limpeza, na lubrificação
e, no caso de inalação a quente (vapor), consegue-se efeito
anti-inflamatório, o que alivia os sintomas álgicos (de dores).Tra-
ta-se de um procedimento benéfico para adultos e crianças.
*7 Alessandro Goldner, médico otorrinolaringologista.
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

O uso de vaporizadores é indicado nesses casos?


Nos períodos de clima seco, a utilização de vaporizadores
de ambiente ultrassônicos pode ajudar na hidratação, devendo,
porém, utilizar sempre água filtrada. Além disso, deve-se evitar
o uso desses aparelhos em ambientes fechados, pelo risco de
umidade excessiva. *1

Quais são as consequências de uma sinusite


tratada inadequadamente?
As rinossinusites são tratadas com sucesso na maioria absoluta
dos pacientes, seja através de cuidados de suporte ou com
medicamentos, cirurgias ou com a combinação de todos estes
tratamentos. O importante é detectar com clareza as causas e
realizar um tratamento adequado. As rinossinusites infecciosas
agudas são, em sua maioria, de origem viral, necessitando de
tratamento com antibióticos em apenas 5% dos casos. O que
vemos é um número grande de pacientes se automedicando
ou sendo tratados por médicos não especialistas, usando anti-
bióticos desnecessariamente. Além disso, os pacientes, geral-
mente, são tratados apenas na crise aguda, sem que haja uma
continuidade no tratamento ou encaminhamento para que se
faça um diagnóstico adequado. As inadequações de diagnóstico
e tratamento favorecem a cronificação da doença e suas eventuais
crises de agudização, entre outras complicações. Pacientes com
rinossinusites devem procurar por médicos especialistas na área
ou, na impossibilidade disso, continuar o tratamento com o
médico otorrinolaringologista. Sabe-se que em um pequeno
número de casos, o tratamento deve ser cirúrgico – procedimento
que, atualmente, tem alta taxa de sucesso em virtude da utilização
de visão endoscópica e novas técnicas e instrumentos.*1

O tratamento inadequado da sinusite pode


levar à cronificação do quadro?
Sim. A sinusite aguda, quando subestimada ou não tratada
de maneira correta, pode evoluir para a cronificação. *7
35
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Quais complicações podem ocorrer devido


a um tratamento inadequado?
As rinossinusites virais têm como principais complicações as
otites médias agudas, principalmente em crianças, e as rinos-
sinusites bacterianas. Estas últimas podem acometer vários
locais da face, unilateralmente ou bilateralmente, de maneira
aguda ou em crises frequentes, podendo também apresentar-
se de forma crônica, com eventuais crises de agudização. As
crises bacterianas têm potencial para desenvolver complicações
nos ouvidos, olhos, órbita, sistema vascular e no cérebro,
podendo ter evolução fatal. Pacientes com rinossinusites crônicas
que são acometidos por surtos infecciosos agudos geralmente
têm mais propensão a complicações, o que dificulta o tratamento
e leva o quadro a um pior prognóstico. * 1

Como prevenir sinusites agudas?


Sabe-se que as principais causas de sinusites são virais, alérgicas,
bacterianas e fúngicas, sendo que cada uma delas tem carac-
terísticas distintas, podendo se manifestar em determinadas
épocas do ano. Dito isto, de maneira geral, para preveni-las é
preciso criar condições para uma resposta imunológica eficiente,
através de medidas como a manutenção de uma boa alimentação,
evitando períodos prolongados de jejum, além de uma boa qua-
lidade do sono. De maneira mais específica, podemos lançar
mão de drogas que modulam as respostas imunológicas como
as vacinas, os lizados bacterianos e os medicamentos homeo-
páticos. Estes, por serem isentos de efeitos colaterais, podem
ser utilizados em conjunto com outros medicamentos, associados
à vacinação ou nos casos de contraindicação desta. Cabe lembrar
também dos pacientes com comorbidades graves, que têm con-
traindicação para a maioria dos medicamentos sintomáticos, o
que abre mais uma oportunidade de uso dessa classe. *7

Como prevenir crises de sinusite crônica?


O melhor tratamento é a prevenção, ou seja, deve-se evitar
36 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

que a sinusite aguda evolua para a cronificação. O ideal é procurar


seu médico logo no início dos sintomas para fechar o diagnóstico
o mais precocemente possível e com isso iniciar o tratamento
adequado, evitando possíveis complicações. *7

Que medidas do dia a dia ajudam na prevenção?


É possível prevenir estas
crises com razoável eficácia. SISTEMA MUCOCILIAR

Lembre-se que o sistema res- Mucosa saudável


piratório humano é recoberto
por uma mucosa que se adé-
qua ao funcionamento de
cada uma das suas estruturas
(nariz, seios paranasais, ouvi-
dos, faringe, laringe, traqueia
e pulmões). O sistema muco-
Muco inflamado
ciliar, um tapete de células
ciliadas com uma cobertura
de muco, reveste extensa-
mente este aparelho respira-
tório e participa ativamente
nos mecanismos de aqueci-
mento, umidificação e filtra-
gem do ar inspirado e ainda, Cílios Células Glândulas
caliciformes sub-mucosas
na defesa local. Alterações (Produção
do muco)
no funcionamento deste sis-
tema mucociliar podem oca- Efeito descongestionante
do spray nasal
sionar alterações no preparo
do ar inspirado e, consequen-
temente, disfunções respira-
tórias de intensidades variá-
veis, bem como propiciar a
instalação de processos infla-
matórios e infecciosos nas
vias respiratórias. *1
37
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Desta forma, cuidados de ingestão líquida em períodos com


menor umidade do ar, nebulizações com soro fisiológico acom-
panhado ou não de medicamentos, uso de spray nasal e lavagem
das fossas nasais com soro fisiológico podem ajudar a prevenir
crises. Em pacientes alérgicos com crises desencadeadas em
determinadas épocas do ano, o uso de antialérgicos antecipa-
damente às mesmas também ajuda na prevenção, assim como
a vacinação contra a gripe e os cuidados clássicos de higiene
durante os episódios de infecções virais agudas.
Nas infecções virais agudas, a hidratação oral e a lavagem
nasal ajudam muito, bem como o hábito de lavar as mãos. Além
disso, evitar o contato próximo com aglomerações evita a dis-
seminação da doença. Durante as fases iniciais, com mais
espirros, é preciso evitar locais fechados, fazendo uso de lenços
– ou na falta destes, espirrar dentro da camisa ou na manga
minimiza a dispersão dos vírus no ar. A higienização ambiental
e dos sistemas de refrigeração de ar-condicionado também são
importantes aliados nesse sentido. * 1

Por que é importante fazer a hidratação


das mucosas nasais?
A hidratação e a higienização das cavidades nasais com soluções
salinas são fundamentais para auxiliar os mecanismos de defesa,
como o transporte mucociliar, diminuindo o tempo de exposição
da mucosa a patógenos como vírus, bactérias, substâncias e
microrganismos alergênicos – que podem gerar processos infla-
matórios na mucosa, obstruindo os ductos de drenagem dos
seios paranasais e levando a sinusopatias agudas. *7

Como a gripe está relacionada à sinusite?


As mucosas de revestimento dos seios paranasais são fre-
quentemente agredidas nos indivíduos contaminados pelo vírus
influenza. Isso gera uma reação inflamatória intensa, obstruindo
os ductos de drenagem dos seios da face, tornando a secreção
mais espessa e diminuindo o transporte mucociliar, o que
38 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

favorece o crescimento bacteriano, que caracteriza a instalação


do quadro de sinusite aguda. * 7

A vacina contra gripe pode também evitar


a ocorrência de sinusite?
Sem dúvida, principalmente em indivíduos mais suscetíveis,
como crianças em fase pré-escolar, idosos, gestantes, portadores
de doenças crônicas, imunodeprimidos, entre outros. Deve ser
ressaltado, porém, que o vírus influenza sofre muitas mutações
e que as vacinas geralmente utilizam vírus atenuados de subtipos
diferentes, relacionados a epidemias que já ocorreram. Assim
sendo, pode ocorrer uma epidemia por um subtipo diferente
daqueles encontrados nas vacinas, com consequente ineficácia
da imunização. Apesar disso, cerca de 80% a 90% dos casos
de sinusite têm origem viral, o que faz da vacina contra a gripe
uma grande aliada na prevenção em indivíduos sensíveis, dimi-
nuindo a incidência das rinossinusites e de outras doenças
oriundas da infecção pelo vírus influenza. * 1

Como testes de alergia podem auxiliar na prevenção?


Feito o diagnóstico da alergia respiratória através dos testes
de alergia, o tratamento deve ser instituído o mais precocemente
possível, para evitar as agudizações, que geralmente se mani-
festam com edema e secreção nas vias aéreas, favorecendo o
crescimento bacteriano e a instalação de sinusopatias. * 7

Testes de alergias
ajudam a identificar
as causas da sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Como os exercícios físicos podem ajudar


a manter a saúde respiratória?
A atividade física regular, a alimentação adequada e as noites
de sono bem-dormidas ajudam na imunidade e no bem-estar
como um todo e isso tem implicações favoráveis na saúde res-
piratória. No entanto, uma ressalva deve ser feita nesse sentido:
em épocas do ano nas quais a umidade relativa do ar está baixa
e o tempo, frio, as atividades físicas mais extenuantes, princi-
palmente ao ar livre, devem ser evitadas. *1

A alimentação influencia no aparecimento da rinossinusite?


A ingestão líquida regular e em quantidades adequadas e,
ainda, aumentada nas crises agudas, certamente é o elemento
mais importante na relação entre a alimentação e as rinossinusites.
O consumo de alimentos muito frios ou muito quentes não
representa grande problema neste sentido, à exceção de
ocasiões nas quais a infecção já está instalada, devendo, pre-
ferencialmente, evitar-se extremos térmicos, principalmente em
pessoas mais sensíveis. Em contrapartida, na relação entre ali-
mentação e dores de cabeça ou enxaquecas, uma especial
atenção deve ser dada ao jejum (que gera hipoglicemia) e à
ingestão constante de alimentos que podem desencadear estas
crises (como enlatados e ultraprocessados), provocando enxa-
quecas e levando a falsos diagnósticos de rinossinusites. *1

Por que tantas pessoas têm rinossinusite?


Considerando-se as rinites e as rinossinusites em conjunto,
tem-se, talvez, as doenças que mais frequentemente acometem
os seres humanos, incrementada pela colaboração oriunda de
diagnósticos errôneos e creditados como sendo “sinusites”.
Além da grande gama de doenças sistêmicas que podem inter-
ferir no nariz, existem as doenças próprias deste órgão e con-
dições adversas externas que também somam a esta conta.
Em termos práticos, a mucosa nasal nunca pode ser considerada
normal do ponto de vista microscópico, pois, sob esta visão,
40 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

sempre há alguma “luta” para adequação do sistema mucociliar


às condições do paciente ou aos agentes externos, que estão
continuamente desafiando as defesas do organismo e causando
diversos “problemas”. *1

Regiões muito frias corroboram para


o aparecimento do problema?
Em qualquer época do ano ou em regiões onde as condições
meteorológicas ambientais oscilem muito ou permaneçam em
extremos de baixa ou alta umidade e temperatura ou poluição,
pode ocorrer comprometimento da mucosa do nariz (rinites),
ocasionando as rinossinusites. Nas épocas mais frias, as pessoas
tendem a ficar em ambientes fechados e mais próximas umas
das outras, com ventilação ambiental mais restrita justamente
durante o período do ano com maior incidência de infecções
virais (resfriados e gripes).
Os vírus são transmitidos através de partículas em suspensão
no ar, oriundas de espirros ou tosses de pessoas contaminadas.
Em virtude de seu grande potencial de transmissão, eles entram
pela via respiratória quando o indivíduo inala estas partículas,
ocasionando a doença. Além disto, a baixa temperatura e a
baixa umidade do ar prejudicam o funcionamento do sistema
mucociliar de defesa e criam o ambiente favorável para a ins-
talação e proliferação de microrganismos associados ao desen-
volvimento de rinossinusites. *1

RINITE

O que é rinite alérgica?


É uma doença inflamatória das mucosas nasais caracterizada
por espirros, congestão nasal e coriza. A rinite alérgica, doença
mais predominante na população mundial, caracteriza-se por
um quadro inflamatório crônico da mucosa nasal. De origem
hereditária, tem os fatores ambientais como principais desen-
cadeadores. *8 Patrícia Coelho, médica pós-graduada em Alergia e Imunologia.
41
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Quais são as causas principais da rinite?


Entre as causas principais estão os fatores ambientais, como
poeira domiciliar, cheiros fortes, mofos, fumaça de cigarro,
poluição, pelos de animais etc. Deve-se considerar também os
fatores ocupacionais, como pó de madeira, cheiro de resina,
pó de ração de animais, cheiro e vapor de derivados de petróleo,
entre outros. * 8

A rinite está associada apenas a fatores alérgicos?


Não. A rinite pode ter tanto desencadeantes alérgicos (pó,
ácaros de poeira, pelos de cão e gato, mofos etc), como não
alérgicos (mudança de temperatura, infecções virais, medica-
mentos, fatores irritativos como perfumes, poluição, fumaça de
cigarro etc). * 9 Karen Vanessa Mayumi Miyagi, médica alergologista da Clínica Dr. Família.

Como a rinite está associada a fatores genéticos?


Não se herda o tipo de alergia, mas sim a tendência para a
doença alérgica. Assim, um pai ou mãe podem ter asma e seu
filho não. A rinite alérgica é causada pela interação de fatores
ambientais, sendo, portanto, mais frequente em indivíduos com
antecedente familiar de alergia. O mecanismo imunológico da
doença é mediado por uma imunoglobulina chamada IGE – e
o fator determinante das crises é o contato com certos alérgenos,
como a poeira, pó, ácaros, fungos, baratas etc. Então, não são
apenas a cor dos olhos, o formato do nariz ou o timbre de voz
que os filhos herdam dos pais. A herança genética também é
responsável pela transmissão de diversas doenças que vão se
manifestar em algum momento. *8

Pode-se dizer que a rinite se manifesta através


de uma combinação entre fatores genéticos e ambientais?
Sim. A rinite alérgica tem predisposição genética, mas o
desenvolvimento dos sintomas está relacionado à exposição
aos fatores desencadeantes. Ou seja, a pessoa pode ter pre-

42 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

disposição genética, mas só manifestará sintomas se for exposta


ao que lhe causa alergia. * 9

Que outros fatores podem predispor


o desenvolvimento da rinite?
A rinite pode ter como principais fatores desencadeadores
os alérgicos (pó, ácaro de poeira, pelos de cachorro e gato,
mofos etc), irritativos (odores fortes, fumaça de cigarro, poluição,
entre outros) e medicamentosos (como o uso de substâncias
vasodilatadoras, por exemplo). * 9

Poeira pode levar ao aparecimento do quadro?


Sim, sabe-se que tanto a poeira é um fator desencadeador
quanto os ácaros e o mofo que podem se proliferar nela,
piorando os sintomas de rinite. * 9

Como a poluição pode desencadear o problema?


Até poucos anos atrás, acreditava-se que os fatores ambien-
tais eram apenas o gatilho no desenvolvimento da rinite e
outras doenças alérgicas. Entretanto, os novos estudos da
epigenética têm demonstrado que tais fatores influenciam a
expressão dos genes e, portanto, modificam a resposta
genética do indivíduo, tornando-o mais propenso ao desen-
volvimento de alergias. *8

Como a baixa umidade do ar


relaciona-se à doença?
A baixa umidade do ar favorece o ressecamento das vias res-
piratórias. O próprio ressecamento das mucosas atua como um
fator inflamatório, mas, além disso, ele dificulta a movimentação
e o batimento dos cílios que fazem a drenagem das secreções
e das impurezas das vias respiratórias. A baixa umidade do ar
também dificulta a dispersão da poluição, ou seja, favorece a
rinite por irritação da mucosa respiratória. * 9

43
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Quais são os sintomas relacionados à


baixa umidade do ar?
Índices de umidade no ar muito baixos, como 10%, por exemplo,
quando o ideal é 60%, podem causar irritação nos olhos, garganta
e nariz de indivíduos sadios, além de piorar a situação de pessoas
com rinite alérgica. Acredita-se que o clima seco tende a agravar
os sintomas de rinite, uma vez que o oxigênio entra pelo nariz e
chega aos pulmões ainda muito seco, levando à inflamação e
produção excessiva de secreção no nariz. * 8

Locais mal ventilados e mal ensolarados


podem levar à rinite?
Lugares fechados e com pouca exposição solar favorecem
a proliferação dos ácaros da poeira e dos mofos. Nestes locais,
a circulação de ar é menor, ou seja, há pouca troca de ar, o
que faz com que a concentração desses fatores prejudiciais
seja ainda maior. *9

A rinite é uma “reação exagerada” do organismo


a agentes inofensivos?
Sim. A rinite é uma reação exagerada do nosso organismo a
agentes normalmente bem tolerados. Ainda que haja uma pre-
disposição genética, que deixa alguns indivíduos mais suscetíveis,
só há manifestação de sintomas quando existe uma exposição
maior aos fatores desencadeantes ou às alterações do sistema
de defesa, como infecções virais ou bacterianas. * 9

Quais são os principais alérgenos associados a rinites?


Os principais alérgenos associados à doença são a fumaça,
como a do cigarro, pelos de cães e gatos, baratas, mofo, poeira,
polens e fungos. *8

Alergias alimentares também podem estar


associadas a crises?
Alguns alimentos podem agir como alérgenos em certos
44 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

indivíduos, desencadeando ou piorando a rinite alérgica.


Estão associados laticínios, trigo, ovos, chocolate, nozes e
frutos do mar. Eles representam um papel importante como
desencadeadores, porque aumentam a produção de muco e
pioram os sintomas obstrutivos nasais. *8

Em quais épocas do ano as crises costumam piorar?


Entre o outono e o inverno, épocas nas quais a concentração
de ácaros no ambiente piora e há aumento do confinamento
– o que implica em um maior risco de ter infecções virais, as
quais agravam o quadro. Nessa época, aumenta também a inci-
dência de dias mais secos e a poeira e poluição ficam suspensas
no ar, o que piora a saúde respiratória. *8

Quais são os sintomas da rinite?


Os sintomas mais comuns são os espirros em salva, obstrução
nasal e corrimento nasal aquoso. A intensidade desses
sintomas varia de paciente para paciente. *10 Pedro Luiz Mangabeira
Albernaz, otorrinolaringologista e professor emérito de Otorrinolaringologia da Escola Paulista de

Medicina da Unifesp.

Pode ocorrer diminuição de audição e olfato?


A diminuição da audição é rara, só ocorre em crises muito
intensas. Já a perda de olfato é comum. As células sensoriais
da olfação estão na parte mais alta das fossas nasais e o edema
da mucosa nasal que ocorre nas crises alérgicas não permite
que o ar chegue a elas. *10

Como a rinite pode causar inchaço nos olhos?


A crise alérgica, frequentemente, causa obstrução das vias
lacrimais, o que pode ocasionar inchaço nos olhos. *10

Crises de rinite podem derivar outras


doenças respiratórias e complicações?
O edema da mucosa nasal que acompanha a crise alérgica
45
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

pode obliterar os óstios das cavidades paranasais (pequenos


orifícios que unem os seios da face às fossas nasais). Esta
obstrução pode causar sinusites. *10

Como é feito o diagnóstico de rinite alérgica?


O diagnóstico é feito pela história clínica e pela coloração
da mucosa nasal, que é arroxeada. A rinite infecciosa faz a
mucosa nasal ficar mais vermelha do que o usual. Entretanto,
nas pessoas com alergia e infecção, a mucosa fica vermelha e
não arroxeada. *10

Que medicamentos são indicados para o alívio das crises?


Podem ser recomendados corticosteroides não absorvíveis
para uso tópico nasal ou anti-histamínicos. Nas crises intensas,
associa-se os dois tipos de medicamentos e, em alguns casos,
administra-se corticosteroides via oral. *10

Rinite alérgica tem cura?


Rinite não tem cura, pois é uma doença constitucional. No
entanto, sabe-se que a rinite costuma melhorar com o avanço
da idade. *10

É comum que o organismo se dessensibilize


espontaneamente aos alérgenos?
Isso tem sido descrito pela literatura médica com relação
à alergia de animais domésticos, mas é possível que ocorra
com outros alérgenos. Entretanto, quando a dessensibilização
é realizada com vacinas, quase sempre o paciente desenvolve
alergias a outros alérgenos. *10

Quais são as opções de tratamento para a rinite?


Podemos tratar algumas das consequências da doença. Muitas
pessoas alérgicas têm desvio do septo nasal, causado pela res-
piração bucal na infância. A correção do desvio pode fazer com
que as crises alérgicas não cheguem a causar bloqueios dos
46 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

óstios, por haver mais espaço nas fossas nasais. *10

A imunoterapia pode ajudar?


Existem medicamentos que se propõem a melhorar a imu-
nidade das pessoas. Estes podem, eventualmente, ser úteis
para reduzir a incidência de infecções secundárias, mas não
melhoram a alergia. * 10

Que medidas no dia a dia podem prevenir


crises alérgicas?
A medida mais eficaz na prevenção das crises de rinite alérgica
é evitar o contato com os alérgenos já conhecidos pelo paciente,
mantendo a boa higienização dos ambientes, principalmente
dos domésticos. *10

A hidratação nasal pode prevenir crises?


As pessoas alérgicas são sensíveis ao ar seco, quer seja atmos-
férico, quer resulte do uso de aparelhos de ar-condicionado,
aquecedores, lareiras etc. Nessas circunstâncias, devem ser
usados hidratantes à base de cloreto de sódio ou de água do
mar. É preferível usar produtos sem conservantes, pois estes,
às vezes, causam alergia. *10

FARINGITE

O que é faringite?
Faringite é o nome usualmente dado a qualquer processo
inflamatório que acomete a região posterior da garganta, situada
entre o palato (céu da boca) e a laringe (local das pregas vocais).
*11 Luiz César Nakao Iha, médico otorrinolaringologista do Hospital Santa Cruz de São Paulo.

Quais são as causas da faringite?


Vários fatores podem desencadear os quadros inflamatórios,
sendo os mais comuns as crises alérgicas e as infecções virais
e bacterianas. *11
47
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Quais são os sintomas da faringite?

Os pacientes com quadros de faringite normalmente se quei-


xam de dor ao engolir ou falar, sensação de irritação local (na
região da garganta), podendo apresentar também tosse e febre.
Não é raro o processo inflamatório se estender e estar associado
a sintomas nasais ou à rouquidão. *11

A faringite é uma doença contagiosa?


A faringite pode ser contagiosa se for verificado uma possível
origem infecciosa do quadro. *11

A faringite é uma doença de resolução espontânea?


Não. A faringite pode apresentar quadro de sintomatologia
48 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

leve e, por vezes, evoluir sem gerar grande impacto no dia a


dia do paciente. Entretanto, dependendo do agente causador
inicial e de fatores associados, como a imunidade do paciente
e doenças respiratórias crônicas, pode se agravar de forma bas-
tante severa. *11

Quando é necessário procurar ajuda médica?


A ajuda médica é recomendada baseado na intensidade
dos sintomas, controle inicial dos mesmos e tempo de evo-
lução. Sintomas como dor acentuada e febre alta (acima de
38o C) que não melhoram com medicação analgésica e anti-
térmica habitual, piora importante do estado geral e grande
dificuldade de alimentação, bem como quadros que se arras-
tam por mais do que dois ou três dias sem melhora, requerem
ajuda especializada. *11

Como é o tratamento da faringite?


O tratamento depende da causa da faringite. O alívio dos
sintomas pode ser inicialmente alcançado com uso de antialér-
gicos ou analgésicos – a depender de cada quadro. *11

Quais são as consequências de uma


faringite mal tratada?
O processo inflamatório pode demorar mais para passar ou
ficar cada vez mais grave. Além disso, pode ocorrer uma pro-
pagação deste processo em direção às demais regiões das vias
aéreas como o nariz, a laringe e os pulmões. *11

Como prevenir as faringites?


Em épocas de mudanças de temperatura, é importante evitar
ficar em lugares muito aglomerados e sem ventilação. Ao usar
as roupas de frio, deve-se verificar se não estão emboloradas
por ter passado muito tempo sem uso. Além disso, é importante
manter uma boa alimentação e hidratação, para que a imunidade
esteja adequada. *11
49
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

LARINGITE

O que é laringite?
É a inflamação da laringe – um órgão em forma de “tubo”
cilíndrico, por onde passa o ar que segue para a traqueia e
pulmões e onde ficam os músculos e pregas vocais. *12 Sandro Sérgio
Muniz da Silva, médico otorrinolaringologista.

Quais são as diferenças entre laringite e faringite?


Enquanto a laringe se relaciona à respiração e fonação, a
faringe se relaciona à deglutição. As duas estruturas estão
justapostas, são cilíndricas e funcionam como “os dois canos”
ou vias diferentes por onde segue aquilo que deve ser
engolido, indo para o estômago, ou aquilo que deve ser res-
pirado, indo para os pulmões. A epiglote separa o que vai
para um lado e para outro. A faringite se dá, na maioria das
vezes, por secreções provenientes da parte posterior do

FUNÇÕES ESPECÍFICAS A laringe se relaciona


à respiração e a farin-
ge, à deglutição. A
epiglote é o local
onde se separa o que
vai para cada uma,
pois as duas são estru-
turas justapostas

Faringe

Epiglote

Laringe

50 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

nariz, que descem pela garganta. Sua inflamação provoca


dor ao engolir enquanto a laringite, por sua vez, provoca
mais tosse, falta de ar ou rouquidão. *12

Quais são as causas da laringite?


Normalmente, as inflamações da laringe são de origem infec-
ciosa, quase sempre viral. Mas, é possível termos outras causas,
como a irritação causada por alguma substância que tenha sido
aspirada pela pessoa, ou o esforço excessivo da voz. *13 Rodrigo
Lima, Médico de Família e Comunidade.

O que é a laringite crônica?


É uma inflamação da laringe que persiste por muito tempo,
geralmente causada pelo refluxo de suco gástrico que sobe do
estômago através da faringe. *12

Quais são os sintomas da laringite?


Os principais sintomas associados à laringite são tosse rouca,
falta de ar e voz rouca, podendo ocorrer afonia. *12

A laringite é uma doença contagiosa?


A laringite é considerada contagiosa somente em sua versão
viral, como ocorre em casos de laringites decorrentes de gripes,
por exemplo. *12

A laringite é considerada uma doença


de resolução espontânea?
Muitas vezes, a laringite se resolve espontaneamente.
Mas, pode demandar cuidados médicos, por vezes emer-
genciais, já que se trata de um órgão imprescindível para a
respiração. *12

Quando é necessário procurar ajuda médica?


É importante procurar ajuda médica sempre que o paciente
apresente quadros de dispneia, ou seja, falta de ar. *12
51
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Como é o tratamento da laringite?


A laringite é tratada com nebulizações ou inalações com
corticoides, adrenalina ou, ainda, com a administração injetável
destas medicações nos casos mais severos. Nos casos extremos,
nos quais ocorre o chamado “Edema de Glote” – geralmente
causado por reações alérgicas severas ou choques anafiláticos
–, é necessário realizar a traqueostomia. Nela se faz uma
abertura na região da traqueia, logo abaixo da laringe, para
que o ar possa passar. *12

Como aliviar os sintomas da laringite?

Nebulizações caseiras com vapor do chuveiro quente em um


box fechado podem ajudar a aliviar, inicialmente, os sintomas

52 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

nos quadros mais leves de laringite. *11

Que medicamentos podem ajudar?


Analgésicos, seja na forma de comprimidos, pastilhas ou mes-
mos os líquidos, costumam ter bons resultados no alívio dos
sintomas da laringite. *13

Quais são as consequências de


uma laringite mal tratada?
A cronificação do problema, levando a limitações na voz
(como rouquidão) e dor crônica. *13

Como prevenir as laringites?


Evitando o contato com inalantes irritantes, como fumaça,
vacinando-se contra a gripe, mantendo o corpo hidratado, uti-
lizando umidificadores de ar quando o tempo estiver muito
seco ou mesmo espalhando toalhas molhadas ou bacias com
água pelos ambientes, especialmente no quarto. *12

AMIGDALITE

O que são as amígdalas?


As amígdalas (tonsilas palatinas) compreendem em associação
com a adenoide (tonsila faríngea), as amígdalas linguais (tonsilas
linguais) e o anel de Waldeyer. Esse conjunto tem a mesma
estrutura celular e a mesma função fisiológica. Corresponde à
parte do sistema de defesa imunológico da garganta (orofaringe).
*14 Gustavo Rangel, otorrinolaringologista e especialista em Cabeça e Pescoço.

Quais são suas funções?


As amígdalas devem induzir a imunidade e regular a produção
de anticorpos. Como são expostas prontamente às bactérias e
aos vírus (antígenos dos patógenos) pela boca e nariz, estão
localizadas no trato aerodigestivo superior. *14

53
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

O que é amigdalite?
São processos inflamatórios, frequentemente infecciosos,
que acometem as tonsilas palatinas e, comumente, todo o anel
de Waldeyer. *14

Quais são os seus sintomas?


Garganta seca, mal-estar, febre, dificuldade para engolir, dor
para engolir, dor de ouvido, dor de cabeça, dor no pescoço,
calafrio e gânglios cervicais. *14

Quais são as causas da amigdalite?


A causa mais comum é a viral. As principais bactérias são os
Streptococcus beta-hemolíticos do grupo A. Contudo, podem
ser causadas por outras bactérias, parasitas ou leveduras. *14

AMIGDALITE BACTERIANA AMIGDALITE VIRAL

Úvula inchada

Placas brancas

Amígdala Amígdala
vermelha vermelha
e inchada e inchada

Garganta
vermelha Garganta
vermelha

Saburra
lingual
acinzentada

54 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Qual a relação entre amigdalites, faringites e laringites?


Por definição, a amigdalite chama-se faringotonsilite ou farin-
goamigdalite, ou seja, toda a amigdalite envolve a faringe. No
entanto, a laringite é uma outra entidade nosológica que
acomete o órgão que contém as pregas vocais, o que causa
falta de ar, muita rouquidão e menos sintomas gerais, como
febre, astenia (fraqueza) e dor. *14

Como se dá a transmissão da amigdalite?


Os vírus são espalhados por meio da saliva do hospedeiro
da doença pelo ar ou por veículos de uso pessoal, como talheres,
copos, entre outros objetos. *14

Jovens têm mais chances de desenvolver amigdalite?


Sim. No grupo de pessoas de quatro a dez anos, além de o
sistema imunológico estar em desenvolvimento, o contato com
outras crianças é mais íntimo e intenso, principalmente em
creches e escolas, o que pode aumentar o contágio. *14

Amigdalites recorrentes podem indicar


baixas no sistema imunológico?
Sim. Contudo, devemos ter cautela na possibilidade desse
diagnóstico. As infecções agudas repetitivas são comuns
mesmo em crianças saudáveis. Síndromes que cursam com
imunodeficiência, em geral, causam também infecções menos
comuns. *14

Quando o médico deve ser procurado?


O médico deve ser procurado caso os sintomas persistam
por mais de 48 horas ou quando há febre maior que 39º C, falta
de ar e abaulamento no pescoço, bem como casos repetitivos
ou com doenças associadas. *14

Como é o tratamento para amigdalite?


O tratamento é definido com base no provável agente da
55
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

doença. Dessa forma, o otorrinolaringologista utiliza o conjunto


de sinais e sintomas, o exame físico e ainda possíveis exames
complementares para fixar um diagnóstico e iniciar o tratamento.
A amigdalite viral é tratada com medicações contra os sintomas,
pois normalmente é limitada e sem complicações. Contudo, as
amigdalites bacterianas são mais graves e devem ser tratadas
com uso de antibiótico. *14

Quando é indicada a cirurgia para


remoção das amígdalas?
Existem três grupos de indicação para cirurgia. São eles o
das infecções, com amigdalites agudas recorrentes, amigdalites
crônicas e complicações graves de amigdalites; as obstruções,
causadoras de ronco excessivo, apneia do sono e complicações
sistêmicas da obstrução; e, por último, a malignidade ou suspeita
de malignidade. *14

Atualmente, muitas crianças ainda fazem essa cirurgia?


O número de procedimentos cirúrgicos caiu nas últimas déca-
das. Contudo, trata-se uma doença muita comum na faixa etária
de quatro a dez anos e muitos casos respondem bem ao tra-
tamento cirúrgico. *14

A retirada das amígdalas pode trazer algum


prejuízo ao indivíduo?
Existem estudos controversos sobre a questão do perfil imu-
nológico após a retirada das amígdalas, contudo, está claro
que não há nenhum comprometimento imunológico devido a
esse procedimento. Em relação a alergia, existe um estudo com
mais de 1300 crianças que não mostrou aumento de doenças
atópicas (asma, rinite e dermatite) após a cirurgia. *14

Como prevenir as amigdalites?


É preciso lavar sempre as mãos, manter distância de pessoas
com a doença, evitar a utilização de utensílios de indivíduos
56 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

doentes e evitar levar objetos à boca. Para evitar a dissemi-


nação, recomenda-se não levar crianças na escola quando
doentes. *14

Por que, geralmente, as “ites” aparecem combinadas?


Porque as infecções podem acometer todo o anel de Waldeyer
e não apenas a amígdala, assim, podem evoluir com outras
manifestações fora da amígdala. * 14

Manter uma alimentação balanceada


pode ajudar na prevenção?
Atualmente existe uma grande quantidade de estudos que
mostram a relação de uma boa alimentação com uma melhor
imunidade. Sendo assim, tudo que contribua para as defesas
do corpo será favorável. *14

Terapias “alternativas”, como acupuntura,


ajudam no trato das “ites”?
Não existe estudo científico que sustente outras alternativas,
portanto, no serviço universitário, todas as formas alternativas
de tratamento são identificadas como protocolos de pesquisa
ou em não conformidade com as bases científicas. *14

ASMA

O que são os brônquios e quais


são as suas funções?
Os pulmões têm a função de captar o oxigênio do ambiente
e passá-lo para os glóbulos vermelhos, que vão transportá-lo
para todas as células do organismo, retirando o gás carbônico,
que é tóxico em níveis muito elevados no sangue. O ar entra
pelas narinas ou pela boca e é conduzido pela traqueia e
brônquios até o parênquima pulmonar, onde ocorrem estas
trocas de gases. Assim, os brônquios funcionam como tubos
vivos de transporte de ar rico em oxigênio para os pulmões e
57
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

como vias de eliminação do gás carbônico. *15 Ciro Kirchenchtejn,

pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

O que é bronquite?

Brônquios normais Brônquios inflamados

Quando estes tubos recebem uma agressão, que pode ser


por agente físico (como o ar quente de um incêndio), por agente
biológico (como um vírus) ou alérgico (como o pólen), podem
inflamar. Essa inflamação do brônquio é chamada de bronquite.
Nesta situação, a mucosa do brônquio fica inchada, suas glândulas

58 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

podem produzir muco e aumentar a expectoração. A musculatura


que fica ao seu redor pode contrair e provocar broncoespasmos,
causando tosse, chiado no peito e dificuldade para respirar. *15

O que é asma?
Asma é uma doença onde há uma inflamação dos brônquios,
mas com características especiais. As pessoas com asma têm
crises recorrentes de tosse, chiado, falta de ar e sensação de
aperto no peito – que podem passar sozinhas, se o agente cau-
sador for afastado, ou com o uso de medicação. Assim, vemos
que é uma doença crônica, que ocorre em crises, provocada
por vários fatores, como estímulos alérgicos – podendo ocorrer
também devido a estímulos emocionais, físicos (muito frio ou
calor), medicamentos, exercícios físicos ou até risadas, entre
outros fatores. É importante que cada asmático reconheça os
fatores que desencadeiam suas crises, pois assim aprenderá a
sair delas. Na quase totalidade dos casos, as crises são totalmente
reversíveis e o asmático pode viver sem sintomas – exemplo
disso é que vários atletas de elite são asmáticos. *15

Quais são os seus tipos?


A asma é classificada de acordo com a gravidade e frequência
dos sintomas em: intermitente, persistente leve, persistente
moderada e persistente grave. *16 Leticia Moreira Goulart Orsatti, pediatra com
residência em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Existem diferenças entre bronquite e asma?


Bronquite descreve apenas uma inflamação dos brônquios,
por qualquer causa, em um quadro isolado na vida do paciente.
Já a asma descreve uma doença crônica, caracterizada pela
recorrência e reversibilidade. Então, se o paciente teve falta
de ar várias vezes (recorrência), que melhora com uso de
broncodilatadores (reversibilidade) ele não tem bronquite,
mas sim asma. *16

59
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Por que, frequentemente, bronquite e asma


são usados como sinônimos?
Muitos pais preferem chamar asma de bronquite, pois têm a
impressão que o diagnóstico de asma é mais grave que o de
bronquite. Apesar de a asma ser uma doença crônica, chamamos
de bronquite crônica aquela provocada pela inalação constante
de gases tóxicos, como a fumaça de cigarro. Em geral, estas
pessoas apresentam enfisemas e seus quadros já não têm a
reversibilidade total, como ocorre na asma. Mas, tanto os asmá-
ticos como os bronquíticos crônicos devem parar de fumar e
se afastar dos ambientes contaminados pela fumaça do cigarro,
pois ela é extremamente prejudicial para ambos. *15

Como o cigarro está associado à bronquite?


A fumaça do cigarro entra nos pulmões em temperatura
de brasa, com mais de cinco mil substâncias tóxicas – cerca
de 80 delas cancerígenas – com metais pesados, como o
arsênico, além de resíduos de defensivos agrícolas, benzenos
etc. Essas substâncias queimam e destroem as cordas vocais,
a traqueia, os brônquios e o parênquima pulmonar, retirando
as defesas naturais do pulmão. O fumo aumenta a chance
de crises mais graves de asma. Além disso, pode causar inca-
pacidade física e doenças em quase todos os órgãos, ace-
lerando o processo de envelhecimento e adoecimento do
organismo. *15

A bronquite crônica pode aumentar o risco de outras


infecções respiratórias, como pneumonias?
Os fumantes têm mais tuberculose, mais pneumonias e mais
septicemias, que ocorrem quando uma infecção se generaliza
pelo corpo. Os asmáticos e bronquíticos crônicos podem ter
quadros de gripe e pneumonias mais graves e, por isso, devem
ser vacinados contra gripe e pneumococos. Estas vacinas são
gratuitas na rede pública, sendo que para recebê-las, pessoas
abaixo de 60 anos precisam apresentar uma carta do médico
60 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

explicando sua condição respiratória. *15

Por que ocorre o “chiado no peito” em pessoas que


sofrem de bronquite ou asma?
Quando um tubo se estreita, a vibração do ar que passa por
ele provoca um som agudo. Por isto há um bucal nos apitos,
clarinetas e demais instrumentos de sopro. Quando uma “rolha”
de catarro ou um espasmo dos músculos que envolvem os brôn-
quios reduzem o diâmetro do brônquio, o ar que passa nele o
faz vibrar, sendo possível ouvir o chiado de longe ou com auxílio
do estetoscópio. Esta obstrução, às vezes, só é detectada pelo
exame de espirometria. Neste exame, a pessoa sopra um
aparelho que mede o volume de ar que se inspira e expira.
Desta forma, auxilia no diagnóstico, na avaliação da gravidade
e também dos efeitos dos tratamentos realizados. *15

Pode-se dizer que a bronquite é uma doença


menos frequente que a asma?
Sim, bem menos frequente. Mas, a maioria dos pacientes
com asma denomina a própria condição como “bronquite”,
“bronquite alérgica” ou “bronquite asmática”, o que faz com
que tenhamos a impressão que existem mais pessoas com bron-
quite do que com asma. *16

Como é o tratamento nos dois quadros?


O tratamento da bronquite é pontual. Já o tratamento da
asma, pela natureza da cronicidade e recorrência, pode necessitar
de medicamentos diários. *16

Fale da importância do diagnóstico correto.


É muito importante fazer o diagnóstico correto entre ambos
os casos pois asma é uma doença que requer acompanhamento
e, quanto mais informação o paciente tiver, melhor será a per-
cepção dos sintomas e chance de controle. Estas informações
só são possíveis após o diagnóstico preciso. *16
61
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

A asma é considerada uma doença crônica?


A asma é considerada uma doença crônica, pois não há cura.
Porém, com diagnóstico correto, tratamento e educação o
paciente pode obter o controle da doença. *16

Quais são as causas da asma?


As causas fundamentais da asma ainda não são comple-
tamente compreendidas. Os fatores de risco para a asma são
uma combinação de predisposição genética, infecções res-
piratórias e exposição ambiental a substâncias e partículas
inaladas que podem provocar reações alérgicas ou irritar as
vias aéreas. *16

Quais são as influências genéticas e ambientais?


A asma tende a incidir em famílias, o que significa que um
indivíduo será mais propenso a desenvolver asma se algum
parente já apresentar a doença. Os fatores de risco prevalentes
para o desenvolvimento de asma são uma combinação de pre-
disposição genética com exposição ambiental a substâncias e
partículas inaláveis que podem provocar reações alérgicas ou
irritar as vias aéreas, tendo como exemplo os alérgenos domi-
ciliares (como poeira doméstica e pelos de animais), alérgenos
externos (como polens e bolores); tabagismo, produtos químicos
irritantes no local de trabalho, poluição do ar etc. Outros desen-
cadeadores podem ser o ar-condicionado, estresse emocional,
extremos de raiva ou medo, exercícios físicos e, até mesmo,
certos medicamentos. *16

Qual é a relação entre asma e doenças alérgicas?


A grande maioria dos pacientes com asma convive com
outras manifestações alérgicas, como rinite e dermatite
atópica (alergias de pele). Trata-se de respostas semelhantes
e, de certo modo, “exageradas” do sistema de defesa dos
pacientes a alguns fatores irritantes. *16

62 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Quais são as causas para a falta de ar


característica da asma?
Os episódios de falta de ar típicos do paciente com asma se
devem à inflamação nas vias aéreas que ficam mais estreitas e
irritadas, dificultando a respiração e propiciando a produção
de quantidade excessiva de muco. *16

Alergias alimentares podem causar


crises de asma?
Podem, mas não são o desencadeador mais frequente de
crises de asma. Os fatores mais frequentes para estas crises são
os irritantes inalados. *16

Quais são os sintomas da asma?


Os sintomas mais característicos da asma são episódios de
falta de ar, dificuldade para respirar, tosse e sensação de sufoco
no peito. Geralmente, esses sintomas são variáveis, manifestados
pela exposição a alérgenos, vento frio ou exercícios, piorando
quase sempre à noite. *16

Como é feito o diagnóstico para asma?


O diagnóstico de asma é simples e fortemente baseado na
história clínica do paciente. Histórico de falta de ar, chiado ou
tosse que se repetem periodicamente, mais comuns à noite e
que melhoram após uso de medicamentos broncodilatadores,
são sinais muito sugestivos de asma. Para uma confirmação do
diagnóstico, podemos usar a espirometria ou a prova de função
pulmonar, que também é um exame simples e mede os volumes
e fluxos de ar do pulmão. *16

Quais são os tratamentos disponíveis para asma?


Embora a asma não tenha cura, o devido manejo pode con-
trolar a doença e permitir que os pacientes tenham uma boa
qualidade de vida. Existem estratégias não farmacológicas

63
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

(que não envolvem medicamentos) e farmacológicas. As estra-


tégias não farmacológicas consistem, basicamente, no controle
de exposição aos irritantes respiratórios. É importante evitar
tabagismo ou contato com fumaça de cigarro, infecções virais,
pó, mofo e pelos de animais. Para estratégias farmacológicas
nas crises agudas, são necessários medicamentos que abrem
rapidamente os brônquios para que o ar passe livremente
para o pulmão. São os broncodilatadores, que podem ser
veiculados por meio de nebulizações ou aerosóis dosimetrados,
popularmente conhecidos como “bombinhas”. Pessoas com
sintomas persistentes devem fazer uso diário da medicação
para controlar a inflamação subjacente, prevenir os sintomas
e exacerbações. *16

O uso da bombinha é essencial?


Para a grande maioria dos pacientes com asma, a bombinha
é essencial. A melhor via para utilizar medicamentos para asma
é a inalatória, pois a medicação chega mais rápido e em maior
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

concentração no pulmão. Devemos lembrar que a “bombinha”


não é o remédio, mas a maneira de usá-lo. *16

Como prevenir as crises?


Evitar exposição a estímulos que irritam ou inflamam as vias
aéreas, como fumaça de cigarro, mofo, poeira, pelos de animais,
e infecções virais (como resfriados). A vacinação contra gripe
também contribui para evitar crises. *16

Como prevenir a bronquite e a asma?


Mesmo as crianças que têm uma herança genética importante
para desenvolverem doenças respiratórias podem não mani-
festá-las. Para isso, deve-se fazer o aleitamento materno exclusivo
nos primeiros seis meses de vida, evitar contato com fumaça
de cigarro, ministrar as vacinas, evitar infecções precoces e a
exposição excessiva a pó, ambientes com baratas e muitos
bichos de pelúcia. *15

Como é o tratamento nos dois casos?


Os asmáticos e os portadores de doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC), que têm bronquite crônica, são tratados com
alguns medicamentos específicos. Em ambos, oferece-se medidas
gerais, educativas, de controle ambiental, vacinação e programas
de atividades físicas. Contempla-se também doenças que acom-
panham estes quadros, como rinite e conjuntivite alérgica,
refluxo gastroesofágico, distúrbios emocionais etc.
Os medicamentos, em ambos, costumam ser inalatórios,
na forma de spray ou inaladores de pó. Existe um arsenal de
remédios passível de controlar quase a totalidade dos pacientes.
Por isto, vale a pena procurar seu médico se você tem tosse
crônica e recorrente e falta de ar. Assim, terá a chance de
ficar assintomático, voltar a dormir bem, trabalhar e estudar
em sua plenitude, fazer esportes, viajar com segurança e apro-
veitar a vida. * 15

65
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

PNEUMONIA

O que é pneumonia?

Traqueia

Brônquios
Pulmão

Bronquíolos

Alvéolos

Alvéolos
com muco

A pneumonia é uma doença inflamatória no pulmão, que


afeta especialmente os alvéolos, que são sacos de ar micros-
cópicos. É associada à febre, com sintomas no peito. A doença
é geralmente causada por uma infecção, mas pode ser oriunda
de outras causas. Os agentes infecciosos são bactérias, vírus,
fungos e parasitas e o diagnóstico costuma ser realizado na
66 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

identificação da falta de espaço aéreo em uma radiografia de


tórax. *17 Ayrton de Magistris, médico fisiopatologista pela Universidade de São Paulo (USP).

Quais são as causas da pneumonia?


Algumas causas de pneumonia estão associadas a clássicas
características clínicas, mas não específicas. A pneumonia
causada pela bactéria Legionella pode ocorrer com dor abdo-
minal, diarreia ou confusão, enquanto a pneumonia causada
por Estreptococos está associada à expectoração de cor
enferrujada. Outro tipo de pneumonia, causada por Klebsiella,
pode ter expectoração com hemoptóicos (presença de san-
gue), características muitas vezes descrita como aparência
de “geleia”. *17

A pneumonia pode originar-se de outras


doenças respiratórias?
Sim. Há maior risco de um quadro de pneumonia em pacien-
tes com doenças pulmonares, como asma e enfisema, em
pessoas que sofreram derrames, fizeram ou fazem uso de
sedativos e pessoas com mobilidade limitada. Indivíduos que
têm dificuldade de tossir também são mais propensos a
adquirir pneumonia. Os pacientes com mais tendência de
contrair pneumonia são idosos com mais de 65 anos, bebês
e crianças pequenas. Pessoas que têm outros problemas de
saúde, como diabetes, doença hepática crônica, estado mental
alterado, desnutrição, alcoolismo, ou, ainda com o sistema
imunológico frágil por conta de AIDS, transplante de órgãos
ou tratamento de quimioterapia. *17

O cigarro e o álcool podem ser fatores de


risco no surgimento de pneumonia?
Sem dúvidas. Os dois fatores podem estar associados à ocor-
rência de pneumonias, por mecanismos diferentes. Enquanto
o cigarro causa inflamações nas vias aéreas, enfraquecendo as
defesas do pulmão, a ingestão de álcool aumenta os riscos de
67
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

aspiração pulmonar de conteúdo gástrico, o que também pode


dar início a um quadro de pneumonia. *18 Pedro Genta, pneumologista do
Hospital do Coração (HCor).

Pessoas que sofrem de asma apresentam mais


chances de ter pneumonia?
Não considero que haja maior chance de pneumonias em
pacientes asmáticos. No entanto, sabe-se que, nessas pessoas,
a doença pode se manifestar de forma mais grave, com com-
plicações mais sérias. Contudo, isso não significa que estão
mais predispostas à infecção. *18

Mudanças bruscas de temperatura podem


desencadear pneumonias?
A relação entre mudanças de temperatura e doenças
respiratórias ainda é controversa. No entanto, sabe-se que
durante as épocas frias, as mucosas respiratórias ficam
mais sensíveis e a permanência em locais muito fechados
contribui para o aumento de infecções respiratórias. Para
se prevenir, recomenda-se sair bem agasalhado, manter
uma alimentação equilibrada e ter uma boa qualidade do
sono, o que contribui para a manutenção adequada do
sistema imunológico. *18

Quais são os tipos de pneumonia?


As pneumonias mais comuns são as bacterianas, mas também
podem ser de origem viral e, raramente, em pacientes com
imunidade muito debilitada, fúngica. Outro tipo é a pneumonia
por aspiração de substâncias que podem desencadear infla-
mações pulmonares. *18

Quais são os sintomas da pneumonia?


Os sintomas mais comuns da pneumonia são a febre de 39°C
a 40°C, suor frio, calafrios, respiração rápida e curta, tosse seca

68 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

ou produtiva (com catarro amarelo ou esverdeado), dores no


peito ou no tórax, dispneia (dificuldade para respirar), diarreias,
vômitos, náuseas e fadiga. Sintomas mais graves podem incluir:
cianose central (predominância de cor azulada na pele e unhas),
diminuição de sede, convulsões, vômitos persistentes e dimi-
nuição do nível de consciência. Alguns sintomas merecem
atenção especial. A febre, por exemplo, não é muito específica,
já que ocorre em muitas outras doenças comuns e pode estar
ausente em pacientes com doença grave ou desnutrição. Já a
tosse é frequentemente ausente em crianças com menos de
dois meses de idade. *17

Por que, muitas vezes, a doença só dá sinal


quando seu quadro já avançou, passando
um longo período despercebida?
A pneumonia pode passar despercebida em alguns casos
devido à similaridade de seus sintomas iniciais aos de outras
doenças mais comuns, que também geram febre, tosse e
mal-estar. No entanto, é importante ressaltar que em casos
nos quais o estado febril, tosses e dores no peito persistem
por mais de dois dias, é indispensável que se procure a orien-
tação médica para investigação do quadro, uma vez que a
pneumonia é uma doença grave que pode evoluir rapidamente,
em alguns casos. *18

Quais são as possíveis complicações


da pneumonia?
Em casos muito graves, a doença pode progredir com
grandes dificuldades respiratórias e algumas complicações
como, por exemplo, infecção generalizada, derrame pleural
(acúmulo excessivo de líquido entre a membrana que recobre
o pulmão externamente e a membrana que reveste inter-
namente a parede torácica) e abcesso pulmonar (que ocorre
com a morte de parte do tecido do órgão). *18

69
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Como é feito seu diagnóstico?

O diagnóstico é baseado na análise clínica dos sintomas,


associada a radiologias e, se necessário, a tomografias do
pulmão. É importante ressaltar que apenas os exames de imagem
não diagnosticam a doença, sendo importante a análise em
conjunto com os sintomas sugestivos, como febre e tosse com
expectoração, relatados pelo paciente. Isso porque, nem tudo
que parece pneumonia é – como casos de cicatrizes pulmonares
e de outras doenças visíveis em imagens. *18

70 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Como é o tratamento para a pneumonia?


A pneumonia bacteriana, que é o tipo mais comum da doença,
exige tratamento com antibióticos. A escolha do medicamento
dependerá do quadro, da idade e comorbidades apresentadas
pelo paciente. Alguns quadros virais podem ser combatidos
com medicamentos específicos, enquanto outros devem ser
acompanhados com o tratamento de suporte. *18

É recomendada uma alimentação específica


durante o tratamento da pneumonia?
Não há nenhuma recomendação diferente para alimentação
durante o tratamento da pneumonia. No entanto, sugere-se
que o indivíduo mantenha hábitos alimentares saudáveis, boa
hidratação e repouso. *18

Qual é a melhor forma de prevenir a pneumonia?


A forma mais eficiente de prevenção contra esta doença são
as vacinas contra a gripe e pneumonia. Devem ser imunizados,
principalmente, os idosos (que podem apresentar quadros de
pneumonia por aspiração devido a dificuldades de deglutição),
pessoas que sofrem de asma (pela maior gravidade da doença
nesses casos) e todos os que têm doenças cardíacas ou doenças
respiratórias crônicas. *18

A manutenção adequada de aparelhos de


ar-condicionado é importante na prevenção
da pneumonia e outras doenças respiratórias?
A relação entre o ar-condicionado e doenças respiratórias
ainda é controversa, embora existam alguns germes que possam
ser transmitidos por esse meio. Sabe-se que essa não é uma
causa habitual de pneumonia, mas a falta de manutenção pode
propiciar o desenvolvimento de mofos capazes de desencadear
alergias. Por isso, recomenda-se a manutenção periódica desse
eletrodoméstico. *18

71
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Médicos consultados

* 7 Alessandro Goldner – CRM 5261353-7


Graduado em Medicina pela Escola Superior de Ciências da
Santa Casa de Misericórdia (EMESCAM), de Vitória, ES. Possui
pós-graduação na área de Otorrinolaringologia pelo Serviço
de Otorrinolaringologia da Policlínica de Botafogo, no Rio de
Janeiro, RJ. Tem título de especialista em Otorrinolaringologia
pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia
Cérvico-facial (ABORL-CCF). É ouvidor da Sociedade Carioca
de Otorrinolaringologia, chefe do serviço de Otorrinolaringologia
do Hospital Estadual Rocha Faria e diretor técnico e médico do
corpo clínico do Centro Integrado de Otorrinolaringologia, do
Rio de Janeiro, RJ.

* 17 Ayrton de Magistris – CRM 49439


Fisiopatologista com formação em Biologia, Odontologia e
Medicina pela Universidade de São Paulo (USP). Tem mestrado
em Biologia Molecular e doutorado em Patofisiologia pela
mesma instituição. Tem sete livros publicados, cinco em edições
sobre Fisiologia e dois em edições sobre Patofisiologia.

* 15 Ciro Kirchenchtejn – CRM 50579


Médico e mestre em Pneumologia pela Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp), com título de especialista pela Sociedade
Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). É coordenador
do Centro de Tratamento de Tabagismo do Hospital Alemão
Oswaldo Cruz, na mesma cidade, membro da SBPT, da American
College of Chest Physicians e da European Respiratory Society
(ERS). Atua em São Paulo, SP.

* 2 Estelita Gonsales Teixeira Betti – CRM 42899


Possui graduação em Medicina pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC/SP), doutorado em Otorrinola-
72 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

ringologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de


São Paulo (FMUSP), residência médica pela Irmandade da
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e aperfeiçoamento
em Otorrinolaringologia pela mesma instituição. É membro
da Academia Americana de Rinologia e da American Academy
of Otolaryngology – Head and Neck Surgery (AAO-HNS) e
médica otorrinolaringologista no Hospital Israelita Albert Eins-
tein, na capital paulista.

* 3 Francini Pádua – CRM 97862


Formada pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC),
especializou-se em Otorrinolaringologia no Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(HCFMUSP). Fez especialização em Cirurgia Endoscópica do
Nariz e dos Seios da Paranasais na mesma instituição e realizou
fellowship na Universidade de Graz, na Áustria. Completou seu
doutorado em Ciências na área de Otorrinolaringologia na
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP),
sendo médica assistente do Hospital das Clínicas até 2009. Em
2010, passou a ser médica colaboradora da Disciplina de Otor-
rinolaringologia Pediátrica do Departamento de Otorrinolarin-
gologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Escola Paulista de
Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp).
Dentre os cargos administrativos, foi membro da Diretoria da
Fundação Otorrinolaringologia, membro da Comissão de Título
de Especialista e da Comissão de Eventos da Associação
Brasileira de Otorrinolaringologia (ABORL-CCF) e, ainda,
membro da Diretoria, exercendo o cargo de secretária-geral
da ABORL-CCF no mandato de 2014.

* 14 Gustavo Rangel – CRM 52-87.192-3


Médico otorrinolaringologista graduado pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em Cirurgia de
Cabeça e Pescoço pela Associação Brasileira de Otorrinolarin-
gologia e Cirurgia Cérvico-facial (ABORL-CCF). É fellowship na
Universidade de Bordeaux, na França, e atua como otorrinola-
ringologista no Hospital Federal dos Servidores do Estado do
Rio de Janeiro, na capital carioca.
73
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

* 9 Karen Vanessa Mayumi Miyagi – CRM 107.810


Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Botu-
catu da Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp). Possui
residência médica em Pediatria pela Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp) e especialização em Alergia e Imunologia
pela mesma instituição. Possui título de especialista em Pediatria
obtido pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e de espe-
cialista em Alergia e Imunologia Clínica pela Associação Brasileira
de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), da qual é membro.

* 6 Leonardo Balsalobre – CRM 119.750


Médico formado pela Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp), com residência médica em Otorrinolaringologia, mes-
trado e doutorado em Rinossinusite Crônica pela mesma insti-
tuição. Atualmente é vice-presidente da Academia Brasileira
de Rinologia (ABR), em São Paulo, SP.

* 16 Leticia Moreira Goulart Orsatti – CRM 107891


Graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com residência
médica em Pediatria pela mesma instituição e especialização
em Emergências Pediátricas pelo Instituto de Ensino e Pesquisa
do Hospital Israelita Albert Einstein. Tem residência em Infec-
tologia Pediátrica pela Universidade Federal de São Paulo (Uni-
fesp) e atua como gerente médica da farmacêutica Boehringer
Ingelheim, na capital paulista.

* 5 Lídio Granato – CRM 12218


Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribei-
rão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP/USP), com resi-
dência no Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa
de São Paulo e especialização em Otorrinolaringologia pela
Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Brasileira de
Otorrinolaringologia. Tem doutorado pela Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp), é especialista em Otologia pela Sociedade
Brasileira de Otologia (SBO) e foi professor instrutor na disciplina
de Otorrinolaringologia da Faculdade de Ciências Médicas da
Santa Casa de São Paulo de 1969 a 1972. Foi professor adjunto
74 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

em Otorrinolaringologia na Faculdade de Ciências Médicas da


Santa Casa de São Paulo, de 1889 a 2012. Atualmente, ministra
aulas nos cursos de graduação em Otorrinolaringologia e
Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo, em São Paulo, SP.

* 11 Luiz César Nakao Iha – CRM 90.618


É médico otorrinolaringologista do Hospital Santa Cruz de
São Paulo, SP, e mestre e doutor em Otorrinolaringologia e
Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Escola Paulista de Medicina
da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp).

* 1 Marcelo Hueb – CRM 23.714


Graduado pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro
(UFTM) em Uberaba, MG. Possui residência médica em Otor-
rinolaringologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
(FMRP/USP), mestrado e doutorado em Otorrinolaringologia
pela mesma instituição. É fellowship em Otologia na International
Hearing Foundation e em Otorrinolaringologia na University of
Minnesota em Minneapolis, Estados Unidos. É especialista em
Otorrinolaringologia pela Associação Médica Brasileira (AMB)
e especialista em Medicina de Tráfego pela mesma associação.
É responsável pela Fundação Otorrinolaringologia em Minas
Gerais, foi presidente da Associação Centro-Brasileira de Otor-
rinolaringologia (ACB-ORL) e da Associação Brasileira de Otor-
rinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial (ABORL-CCF). Exerce
atividades acadêmicas como professor e responsável pela dis-
ciplina de Otorrinolaringologia da UFTM, além de atividades
clínicas e cirúrgicas no Hospital Santa Lúcia, em Uberaba, MG.

* 8 Patrícia Coelho – CRM 52 69.583-1


É formada em Medicina pela Faculdade Serra dos Órgãos
(Unifeso) e possui residência médica em Pediatria pelo Hospital
Universitário Gaffrée Guinle, no Rio de Janeiro, RJ. Tem pós-
graduação em Alergia e Imunologia pelo mesmo hospital e em
Medicina do Trabalho pela Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (Unirio), no Rio de Janeiro, RJ.
75
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

* 4 Paulo Saraceni Neto – CRM 135.702


Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul (UFMS), com residência médica e pós-graduação
em Otorrinolaringologia pela Escola Paulista de Medicina da
Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Possui MBA
em Gestão Executiva em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV), é médico-assistente do setor de Rinologia do Departa-
mento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço
da Escola Paulista de Medicina da Unifesp e membro eleito da
Comissão de Defesa Profissional da Associação Brasileira de
Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial (ABORL/CCF), na
capital paulista.

* 18 Pedro Genta – CRM 87176


Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Uni-
versidade de São Paulo (FMUSP), com residência médica em
Clínica Médica e Pneumologia e doutorado em
Pneumologia/Medicina do Sono pelo Hospital das Clínicas da
FMUSP. É especialista em Medicina do Sono pela Associação
Médica Brasileira (AMB) e médico-assistente no Laboratório do
Sono do Instituto do Coração (InCor), na capital paulista. É
professor colaborador da disciplina de Pneumologia da FMUSP
e possui pós-doutorado pela Universidade de Harvard, nos
Estados Unidos.

* 10 Pedro Luiz Mangabeira Albernaz – CRM 986


Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp), mestrado em Otorrinolaringologia pela
Washington University in Saint Louis, em Saint Louis, Estados
Unidos. É livre-docente em Otorrinolaringologia pela Unifesp,
com doutorado em Distúrbios da Comunicação Humana (Fonoau-
diologia) pela mesma instituição. Em 1964, realizou a primeira
cirurgia translabiríntica para exérese de neurinoma do acústico
do País e, em 1965, a primeira derivação endolinfática-suba-
racnóidea para Doença de Menière. Em 1977, realizou o primeiro
implante coclear do Brasil. É um dos dez sócios honorários da
American Otological Society e foi presidente do Collegium
Oto-Rhino-Laryngologicum Amicitiae Sacrum, em Bordeaux,
76 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

na França. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase


em Cirurgia Otorrinolaringológica, atuando principalmente nos
seguintes temas: vestibulometria, implantes cocleares, orelha
interna, surdez neuro-sensorial e electronistagmografia. Possui
um blog em português (pedromangabeira.blogspot.com) e
uma versão em inglês (pedroalbernaz.blogspot.com) sobre con-
ceitos filosóficos, questões médicas e história da medicina. Em
2015, recebeu o título de Professor Emérito da Escola Paulista
de Medicina da Unifesp.

* 13 Rodrigo Lima – CRM 14178


Médico de Família e Comunidade, diretor de comunicação
da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
(SBMFC), preceptor da residência em Medicina de Família e
Comunidade da Prefeitura da Cidade de Recife, Pernambuco,
preceptor de estágios de estudantes da graduação em Medicina
da Universidade de Pernambuco (UPE) e da Faculdade Per-
nambucana de Saúde (FPS). É graduado em medicina pela Uni-
versidade de Pernambuco, com residência multiprofissional em
Saúde da Família no Instituto de Medicina Integral de Pernambuco
(IMIP) e titulado como especialista em Medicina de Família e
Comunidade pela Associação Médica Brasileira/Sociedade Bra-
sileira de Medicina de Família e Comunidade.

* 12 Sandro Sérgio Muniz da Silva – CRM 92134


Médico Otorrinolaringologista com título de especialista pela
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvi-
co-facial, com especialização suplementar pelo Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (HCFMUSP) e pela Universidade de Zürich, na Suíça. Atua
com otorrinolaringologista em sua clínica, Otorrino & Alergia,
em Mogi das Cruzes, SP.

77
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Contatos

Alessandro Goldner Lídio Granato


Otorrinolaringologista Otorrinolaringologista
Rio de Janeiro/RJ São Paulo/SP

Ayrton de Magistris Luiz César Nakao Iha


Otorrinolaringologista Otorrinolaringologista
São Paulo/SP São Paulo/SP

Ciro Kirchenchtejn Marcelo Hueb


Pneumologista Otorrinolaringologista
São Paulo/SP Uberaba /MG

Estelita Gonsales Teixeira Betti Patrícia Coelho


Otorrinolaringologista Pediatra, alergista
São Paulo/SP e imunologista
Rio de Janeiro/ RJ
Francini Pádua
Otorrinolaringologista Paulo Saraceni Neto
São Paulo/SP Otorrinolaringologista
São Paulo/SP
Gustavo Rangel
Otorrinolaringologista Pedro Genta
Rio de Janeiro/RJ Pneumologista
São Paulo/SP
Karen Vanessa Mayumi Miyagi
Pediatra, alergista Pedro Luiz Mangabeira Albernaz
e imunologista Otorrinolaringologista
São Paulo/SP São Paulo/SP

Leonardo Balsalobre Rodrigo Lima


Otorrinolaringologista Médico de Família
São Paulo/SP e Comunidade
Recife-PE
Leticia Moreira Goulart Orsatti
Pediatra e Sandro Sérgio Muniz da Silva
infectologista pediátrica Otorrinolaringologista
São Paulo/SP Mogi das Cruzes/SP

78 • Guia saúde hoje e sempre Sinusite


Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas
Publicidade é conteúdo.

Mídia impressa faz toda


a diferença. Por isso,
grandes marcas nunca
param de anunciar.
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

Coleção

Editora-Chefe Amanda Agutuli


Repórteres Paula Lopes
Arte Fábio Francisco de Souza e Vivian Cristina Silva (coordenação)
Tratamento de Imagem Cleber Alves (coordenação) e Juliana Jacinto
Publicidade Kilma Lima
Executivas de Negócios Aracy Vieira, Camila Ruth e Talita Peres
Marketing Cynthia General (coordenação) e Michele Matos
Administrativo Cleber Santos
Assinaturas, Atendimento ao Leitor e Revenda Danielle França

Distribuição Dinap SA

FALE CONOSCO
ASSINATURAS, atendimento especial ao assinante: assinaturas@casadois.com.br
ATENDIMENTO AO LEITOR, para compra de edições anteriores: leitor@casadois.com.br
PUBLICIDADE, anúncios, encartes e ações dirigidas: publicidade@casadois.com.br
REDAÇÃO, dúvidas, críticas e sugestões: editorial@casadois.com.br
REVENDA, para colocar nossos produtos em seu ponto de venda: revenda@casadois.com.br

TELEFONES 2ª a 6ª das 8 às 18 horas - (11) 2108-9000 - fax (11) 2108-9020


ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 33707-2 - CEP 05521-970 - São Paulo/SP

Diretores
Luiz Fernando Cyrillo
Renato Sawaia Sáfadi

Coleção Guia Saúde Hoje e Sempre - Sinusite, ISBN 978-85-62588-56-3, é uma publicação da CasaDois Editora, CNPJ 00.935.104/0001-
98. Ninguém está autorizado a representar o nome da revista sem a apresentação do crachá da editora e/ou carta assinada pela diretoria. Não é
permitida a reprodução total ou parcial das matérias, das fotos ou dos textos publicados, exceto com autorização da CasaDois Editora. Os artigos
assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. A editora não se responsabiliza por informações ou teor dos anúncios publicados.
IMPRESSO NO BRASIL.

A CASADOIS EDITORA NÃO CONTRATA SERVIÇOS DE TERCEIROS PARA COBRANÇAS OU QUALQUER OUTRO TRABALHO ADMI-
NISTRATIVO-FINANCEIRO. Todos os contatos são feitos pelos nossos departamentos. Qualquer dúvida ligue para (11) 2108-9000 ou mande
e-mail para financeiro@casadois.com.br.

PUBLICAÇÕES DA CASADOIS EDITORA


ARTE COM AS MÃOS: Barrados em Crochê, Bonecas de Pano Bichos, Bonecas de Pano, Capitonê, EVA, Panos de Prato Especial, Ponto
Cruz Crochê, Tapeçaria. CAKE DESIGN: Cake Design, Cake Design Cupcake. CONSTRUIR: Casas de 50 a 90m², Construção do Começo
ao Fim, Construir, Especial Banheiros, Especial Cozinhas, Especial Quartos, Especial Salas, Guia de Projetos para Construir Especial, Guia de
Projetos para Construir, Projetos 100 a 200m², Rústicas, Varandas e Espaços Gourmets. DECORAÇÃO DE FESTAS: Decoração de Festas
Infantis, Guia de Decoração de Festas Infantis Bolos, Guia de Delícias Festa de Aniversário, Guia Decoração de Festa de Casamento 100
Bolos, Guia Decoração de Festa de Casamento, Guia Decoração de Natal. PAISAGISMO & JARDINAGEM: Como Cultivar Orquídeas, Guia
100 Plantas e Flores, Guia Como Cultivar Orquideas Iniciantes, Guia da Jardinagem, Guia de Orquídeas Guia Horta & Pomar, Jardins em
Pequenos Espaços, Paisagismo & Jardinagem. PISCINAS & CHURRASQUEIRAS: Guia de Modelos de Piscinas, Manual da Piscina, Piscinas
& Churrasqueiras, Piscinas & Churrasqueiras Especial. SAÚDE HOJE E SEMPRE: Guia Saúde Hoje e Sempre, Saúde Hoje e Sempre.
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

iv ir t a-se
D
r e la x e!
e re
Melho nça e
ia
a conf stima
e
a auto

Busque o
artista que existe
em você e crie um
mundo deslumbrante
com suas cores
preferidas

ENCONTRE A CASADOIS NO FACEBOOK LANÇAMENTO NAS BANCAS DE TODO BRASIL


WWW.FACEBOOK.COM/CASADOISEDITORA PARA ADQUIRIR EDIÇÕES ANTERIORES E CONHECER OUTROS TÍTULOS,
LIGUE PARA (11) 2108-9000 OU ACESSE WWW.CASADOIS.COM.BR
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

As causas da sinusite são diversas, mas o resul-


tado é um só: dor na face, quase sempre acom-
panhada da temida cefaleia. Piora quando outras
doenças respiratórias ocorrem ao mesmo tempo,
uma desencadeando a outra. Daí começa um
festival de sintomas, como congestão nasal,
tosse, inflamação na garganta, dor de ouvido,
inchaço nos olhos, rouquidão etc. No Guia Saúde
Hoje e Sempre – Sinusite, encontre mais de 100
perguntas e respostas sobre as causas, exames,
medidas preventivas e tratamentos no combate
a esta e outras doenças, como rinite, faringite,
laringite, amigdalite, asma (ou bronquite) e
pneumonia. Diversos médicos esclarecem, de
maneira clara, as principais dúvidas para cuidar
da saúde da sua família.

Você também pode gostar