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Tratamento neuroevolutivo - Bobath

Luzia Iara Pfeifer_TOACCA III


Histórico
• Desenvolvido na década de 40 em Londres
• a partir de experiências clínicas
• Baseado em modelos de controle motor e neurociência disponíveis na época
• Karel Bobath, neurologista alemão (†1991)
• Berta Bobath, fisioterapeuta alemã (†1991)
• Método foi se desenvolvendo a partir da prática de tratar a espasticidade,
não só de adultos hemiplégico como de crianças com P.C.

(Bobath Centre, 2006)


Definição

• Abordagem terapêutica de solução de problemas:


• avaliação e reabilitação de pacientes com distúrbios de controle postural, movimento
e função.
• Técnica de reabilitação neuromuscular que:
• utiliza reflexos e os estímulos sensitivos para inibir ou provocar uma resposta motora
• respeita os princípios da normalização do tônus
• utiliza a experimentação de um movimento ou de um controle estático normal

Rosa Filho, 2006


Fundamentos
• Tratar crianças com PC com qualquer grau de comprometimento;

• Dar assistência ou orientação física, e não apenas ordem verbal para a


realização de determinadas atividades;

• Planejar o tratamento para cada criança de forma única, considerando


suas capacidades residuais, pontos positivos e deficiências;

• Levar em conta as necessidades de cada criança e de suas famílias, na


hora de estabelecer os objetivos e planejar as intervenções.
Objetivo
• diminuir a espasticidade muscular
• introduzir os movimentos automáticos e voluntários
• preparar a criança para os movimentos funcionais
• inibir o tônus anormal
• Facilitar os movimentos normais
Rosa Filho, 2006

A qualidade do movimento é mais importante que a repetição dos


mesmos utilizando compensações

“... Nós não ensinamos o movimento, nós fazemos eles possíveis” (Bobath, 1981)
Reflexos Patológicos
• Quando não desaparecem são considerados patológicos:
• Preensão
• Plantar
• Positivo de apoio
• Moro
• RTCA
• RTCS
• RTL

PADRÕES PATOLÓGICOS
Tratamento
• A criança aprende a sensação do movimento, não o movimento em si.

• O terapeuta
• realiza o manuseio para que a criança sinta o movimento
• vai retirando gradativamente o auxílio para que a criança aprenda a controlar seus
movimentos do modo mais normal possível, melhorando seu tônus postural e dando
experiência de padrões sensórios motores mais normais

• Análise da tarefa funcional é extremamente importante.


• Direcionar à tarefa funcional - objetivo primário do tratamento.
• Alinhamento é um pré-requisito para o movimento funcional eficiente.
• Controle postural antecipatório é um componente da tarefa funcional.
Tratamento
• Preparação: trabalhar as deficiências primárias críticas dos sistemas necessárias para
a execução do movimento necessário para a atividade
• muitas posturas desordenadas e movimentos típicos, são o resultado de reações posturais não
controladas e que persistem até idades em que elas já são consideradas anormais.
• inclui movimentos ativos e passivos
• só os ativos podem dar as sensações essenciais para a aprendizagem dos movimentos voluntários.

• Simulação: Através de atividades que simulem o objetivo funcional desejado usando


os componentes preparados acima
• Transferência: Prática no ambiente- equipamento
• Seguimento: Orientações e equipamentos
Técnicas de tratamento
• Padrões de inibição reflexiva (Facilitação):
• padrões posturais que alteram os patológicos devido a liberação da atividade reflexa tônica
• Pontos Chave:
• partes do corpo através das quais influenciam a intensidade e a distribuição do tônus postural e
atividade reflexa anormal
• Facilitação de movimentos voluntários:
• posições que facilitam a movimentação voluntária
• Estímulo cutâneo (tapping):
• estimulação proprioceptiva e tátil para aumentar diminuir ou fixar o tônus
• Colocação (placing):
• habilidade em manter um membro ou segmento em qualquer estágio do movimento
Facilitação
• baseia-se nas reações de:
• endireitamento
• reações estático-cinéticas que estão presentes desde o nascimento
e se desenvolvem, obedecendo uma ordem cronológica
• nas reações de equilíbrio
• a partir dos movimentos que produzem adaptações posturais
possíveis para mantê-lo.
Pontos Chave
Cabeça

FINNIE, 2. ed, s.d.


Pontos Chave
Ombros

FINNIE, 2. ed, s.d.


Pontos Chave

Braços

FINNIE, 2. ed, s.d.


Pontos Chave

Braços

FINNIE, 2. ed, s.d.


Pontos Chave
Braços

FINNIE, 2. ed, s.d.


Pontos Chave
Pernas e pés

FINNIE, 2. ed, s.d.


P
o
n
t Mãos
o
s
C
h
a
v
e
FINNIE, 2. ed, s.d.
Padrões de Inibição Reflexa

FINNIE, 2. ed, s.d.


Padrões de Inibição Reflexa

FINNIE, 2. ed, s.d.


Padrões de Inibição Reflexa

FINNIE, 2. ed, s.d.


Tapping
• Inibição
• Pressão
• Deslizamento
• Inibir musculatura agonista: Estímulo no sentido proximal para distal

• Estimular musculatura antagonista: Estímulo no sentido distal para proximal


• Alternado

Placing
• Manutenção do segmento corporal em determinada posição
• Deslizamento no sentido proximal para distal
Funcionalidade
TERAPIA OCUPACIONAL
Foco nas AVDs
AVDs: iniciando a Terapia
Foco na Educação
Focalizando contextos
Orientações
Setting Terapêutico
Integrando manuseio e função
Foco no Brincar: Meio e Fim
Um exemplo
Adaptações
Adaptações
Referências Bibliográficas
• ROSA FILHO, B.J. Introdução ao método Bobath. Disponível em
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/bobath.htm. Acessado em 01/10/2006.
• BOBATH CENTRE The founders and history. Disponível em
http://www.bobath.org.uk/TheFoundersandHistory.html. Acessado em 01/10/2006
• GUSMAN, S. XXII curso Bobath – método de tratamento neuroevolutivo. São Paulo – apostila, 1995.
• FINNIE, A. N. O manuseio em casa com paralisia cerebral. São Paulo: Manole, s.d. BOBATH, K. A deficiência
motora em pacientes com paralisia cerebral. 2. ed. São Paulo: Manole, 1979. 94 p. 1979;
• BOBATH, K. Tipos de paralisia cerebral. In: _____________. Uma base neurofisiológica para o tratamento
da paralisia cerebral. 2. ed. São Paulo: Manole, 1984. p. 50 – 73.
• ERHARDT, S.; MERRILL, S. C. Disfunção neurológica em crianças. IN: NEISTADT, M. E.; CREPEAU, E. B.
Willard & Spackman – terapia ocupacional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 9. ed. p. 542 – 565, 2002.
• LEVITT, S. Tratamento da paralisia cerebral e do retardo motor. 3. ed. São Paulo: Manole, 2001. 286 p.

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