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Alunas: Gabriele Cainã Neves de Souza, Ludmila Ferreira da Paixão, Maria

Eduarda Ferreira Vieira e Vitória Monteiro da Silva.


Turma: 3°B
Trabalho 3°VA - Direito Civil

A) Tendo em vista o artigo 14 do CDC e o artigo 735 do CC, a defesa da empresa


Voe Bem não possui fundamento. Isso porque, nos dois artigos citados é descrito
que, o fornecedor de serviços responderá independentemente da existência de
culpa, já que a empresa foi contratada pelos passageiros e segundo o artigo 735 do
CC “a responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageiro
não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva”.
A empresa de aviação Voe Bem pode ser responsabilizada pelos danos causados
pela queda do avião. A responsabilidade da empresa de transporte aéreo é regida
pelo Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei nº 7.565/1986). A companhia aérea pode
ser responsabilizada objetivamente, ou seja, independentemente de culpa, pelos
danos causados durante o transporte aéreo. Caso seja comprovado que a
adulteração no combustível fornecido pela Petróleo X foi a causa direta do acidente,
essa empresa também pode ser responsabilizada. A responsabilidade, nesse caso,
pode ser de natureza civil e eventualmente criminal, dependendo das
circunstâncias.

B) No caso apresentado é aplicada a responsabilidade civil objetiva, pois decorre da


Teoria do Risco, na qual não precisa provar o dolo ou a culpa. De acordo com o
artigo 927 do código civil, aquele que por ato ilícito causar dano a outrem fica
obrigado a repará-lo, havendo a necessidade de reparação independente de culpa
nos casos especificados em lei, ou em quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por causa natureza, risco para os direitos
de outrem. Logo, na responsabilidade civil prova-se conduta, dano e nexo. Além
disso, de acordo com o código 14 do CDC, o fornecedor, no caso a empresa Voe
Bem, responderá independente de culpa a reparação dos danos causados bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. Ou
seja, ao decorrer independente de culpa se trata de uma responsabilidade civil
objetiva

C) Os direitos que podem ser pleiteados pela família da vítima fundamentam-se


principalmente no Direito Civil e no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Danos Morais:
Fundamento: Artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal, que assegura a
inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas.
CDC: Artigo 6º, inciso VI, reconhece como direito básico do consumidor a efetiva
prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais.
Danos Materiais, Emergentes e Lucros Cessantes:
Fundamento: Artigo 186 do Código Civil, que trata da responsabilidade civil por ato
ilícito, estabelecendo que aquele que causa dano a outrem fica obrigado a repará-lo.
CDC: Artigo 14, que estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor de
serviços, independentemente da existência de culpa, quando causar danos ao
consumidor.
Pensão Alimentícia (Danos Materiais):
Fundamento: Artigo 948 do Código Civil, que prevê a obrigação de indenizar,
incluindo os alimentos, em caso de morte.
Educação das Crianças (Danos Materiais):
Fundamento: A obrigação de prover educação está relacionada aos deveres
parentais e à responsabilidade civil.
Despesas Médicas e Funeral (Danos Emergentes):
Fundamento: Despesas médicas podem ser compensadas como danos
emergentes, e o funeral está vinculado à obrigação de indenizar por danos morais.
Os fundamentos legais fornecem a base jurídica para a busca de reparação diante
dos danos sofridos pela família. A análise específica do caso, incluindo a
responsabilidade da empresa aérea e a relação com a empresa fornecedora de
combustível, será crucial para fundamentar a demanda judicial.

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