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o

inconsciente
/in.cons.ci.en.te/

Curso da Casa do Saber + com


Daniel Omar Perez, tratando do
inconsciente desde antes de Freud
até as interpretações da
neurociência.
Este material é referente ao curso O Inconsciente, disponível na
Casa do Saber +, e tem como objetivo ser uma fonte de leituras de
apoio, não substituindo as aulas em si.

É proibida a reprodução parcial ou total sem autorização expressa


de seus autores.

© Casa do Saber | 2022


O inconsciente: mito, hipótese
ou descoberta?

Entender o que é o inconsciente vai em uma estrutura de repetição,


além do prazer intelectual de forçosamente incluímos os outros
compreender uma das questões nessa dinâmica, esperando que
mais importantes do pensamento. respondam de acordo com o que
O que se chama inconsciente se esperamos (e sofrendo quando
manifesta de maneiras diversas, isso não acontece). Essa
todas muito potentes, compulsão à repetição não ocorre
influenciando nossas ideias e apenas em relacionamentos
ações. Isso acontece de forma pessoais, mas com coisas e
contrária à nossa vontade, ou atividades – como o consumo
mesmo contornando-a, e nos exagerado de algum alimento, de
percebemos cometendo atos drogas lícitas ou ilícitas, ou a
inconscientes apenas depois que relação com o trabalho.
eles se consumaram.
Freud usou o termo Trieb (impulso)
Este tipo de situação nos coloca para descrever a energia de nosso
frente a questões importantes – corpo que nos direciona à
somos efetivamente livres? Somos efetivação de nossas atividades,
sujeitos de liberdade ou de seja as relações com os outros ou
repetição? E não estamos sozinhos: com algum objeto. Esta energia
não é apenas descarregada, mas jurado que nunca mais voltaria a
ela retorna ao corpo – é conhecida repetir). É aqui que entra a ideia do
sua ideia de que toda pulsão de inconsciente.
vida é também uma pulsão de
Esta ideia não era exatamente
morte. O que isso quer dizer? Que
nova. Teorias referentes a uma
a repetição do gozo esgota o
porção não consciente de nós
corpo. E o gozo não está
mesmos está presente na obra de
necessariamente relacionado a
Plotino, no século 3º d.C., por
algo prazeroso, como o uso
exemplo, e nas ideias de
comum da palavra sugere – ele
pensadores cristãos na transição
pode se manifestar causando
da Antiguidade para a Idade Média.
também dor ou desconforto. Aqui
Ao ser usado por Freud no início
são úteis a famosa ideia de
do século 20, porém, o termo
Lavoisier (“nada se cria, nada se
inconsciente tinha uma definição
perde, tudo se renova”) e a de
diferente.
entropia – de forma cíclica, a
repetição do gozo acontece até Com a revolução científica
que a energia se esgote. promovida por figuras como
Freud enunciou que o impulso Copérnico, Galileu, Kepler e
pode ser direcionado a qualquer Newton, nos séculos 15 e 16, o
objeto, sem ter um específico. Universo e seus componentes
Curiosamente, o impulso de cada passaram a pertencer a uma
pessoa a projeta em direção a uma finalidade mecânica do cosmos,
repetição (mesmo que ela tenha em que toda causa gera uma
consequência – logo, toda inconsciente, foi repetido como
consequência deve ser fruto de um adjetivo até ser estruturado e
ato causador que a antecede. Com apresentado como um conceito
Kant, no século 18, surge a em 1915.
proposta de uma segunda causa,
não mecânica: ações podem ser A teoria que funda a psicanálise
frutos de exercícios de liberdade, parte desta constatação de que há
de representações da consciência sintomas psicossomáticos que se
que nos motivem a fazer isso ou manifestam sem causa orgânica ou
aquilo. proposital detectável, mas que são
debilitantes e incapacitantes
Freud propôs uma terceira causa
mesmo assim. Freud considerou
para repensar os efeitos daquilo
que a causa inconsciente tem a ver
que pensamos, sonhamos e
com um “dispositivo
desejamos. Sua ideia foi analisar a
metapsicológico”, uma parte de
conduta humana a partir de outro
nosso aparelho psíquico,
fundamento que não as relações
relacionado a elementos da
de causa e efeito, ou de
própria constituição do sujeito e
manifestação de liberdade, mas a
que estrutura as simbolizações e o
partir da influência de motivações
nosso imaginário.
inconscientes.
Ainda em 1888, Freud já publicou a
hipótese de que um sintoma sem
causa orgânica pode ter sua
origem em representações
inconscientes, e o termo em si,
Resumindo...
A ideia de uma instância não consciente é antiga, mas
ganha uma reformulação importante na teoria psicanalítica
elaborada por Freud e é sobre ela que a clínica se funda

Plotino Tomás de Aquino Pascal Kant Freud


205 - 270 d.C. 1225 - 1274 1623 - 1662 1724 - 1804 1856 - 1939

O inconsciente influencia nossas ações e ideias. Os


impulsos contrários (ou alheios) à nossa vontade são
manifestações do que não pode ser dito, mas que busca
simbolização. O esquecido repete-se em ato.

Recordar

PASSADO PRESENTE Elaborar FUTURO

Repetir
Repetir
Repetir...
Para saber mais

Estudos sobre a histeria


em Obras Completas vol. 2
(1893-1895): Estudos sobre
a histeria.

Recordar, Repetir e
Elaborar em Obras
Completas vol. 10 (1911-
1913): "O Caso Schreber" e
outros textos.

O Inconsciente em Obras
Completas vol. 12 (1914-
1916): Introdução ao
Narcisismo, ensaios de
metapsicologia e outros
textos.

Além do Princípio de
Prazer em Obras
Completas vol. 14 (1917-
1920): "O homem dos
lobos" e outros textos.

O Inconsciente: Onde
mora o desejo. Daniel
Omar Perez.
Para saber mais

Instituto Espe. O Inconsciente: Onde Christian Dunker. O que é "recordar,


mora o desejo, conversa com Daniel repetir e elaborar"? | Christian
Omar Perez. Dunker | Falando nIsso 199

Cursos da Casa do Saber +

Uma Psicanálise da
Existência, com
Christian Dunker

Psicanálise e Racismo,
com Jaqueline Conceição

Sonhar: Por que e para


quê?, com Sidarta Ribeiro
O inconsciente de Freud

Há uma parte da filosofia que há uma biologia que precede a


entende o conhecer como aplicar linguagem; porém, sem a
conceitos – representações linguagem não seria possível
conscientes do existir no mundo. delinear a própria ideia de uma
Por exemplo: há uma ideia que biologia. Isso tem desdobramentos
define o que é este aparelho em mais práticos quando nos
que você lê esse texto, assim como perguntamos se, por exemplo,
cada parte que o compõe, e o nossas condutas sociais
conhecimento destes conceitos faz condicionam nosso cérebro, ou o
com que você entenda e interaja contrário.
com o celular, ou o computador, ou
mesmo o papel (se ainda gostar de Alguns problemas filosóficos são
ler em forma impressa). No século persistentes. No meio do século
20, a fenomenologia elaborada 17, René Descartes (1596-1650)
como uma corrente filosófica por lançou a dúvida radical sobre a
Edmund Husserl (1859-1938) existência e a realidade: como
pressupôs que é possível existir saber se o que vejo, escuto e sinto
uma compreensão pré-verbal, ou não é produto de uma alucinação,
pré-conceitual de elementos da de uma ilusão criada por um deus?
existência. Nesta lógica, Sua solução foi a famosa máxima:
desenvolve-se um paradoxo: há penso, logo existo – a única certeza
que posso ter é que sou capaz de psíquica, uma realidade construída
pensar, de elaborar a dúvida, a partir da influência do desejo de
portanto é nela que o eu se funda. cada sujeito. Não se trata de uma
Pouco tempo depois, George realidade inventada, mas também
Berkeley (1685-1753) buscou tratar não é uma realidade em si mesma:
do assunto de uma forma herdada é algo construído a partir da
por Kant (1724-1804), trazendo a relação que temos com nosso
ideia de que a realidade em si, se é próprio desejo.
que ela existe, não pode ser
apreendida em sua integridade, Escrito por Freud em 1895, Projeto
uma vez que dependemos de para uma Psicologia Científica
outras instâncias para percebê-la e desenvolve uma estrutura de
interagir com ela – Berkeley aparato de percepção e
enunciou que ser é ser percebido, consciência à luz da ciência de sua
algo que seria elaborado por Kant época, na intenção de levar a
em uma ontologia extremamente psicologia para além de uma
mais complexa a partir da ciência natural. Haveria três
pergunta “o que é possível sistemas diferentes, responsáveis
conhecer”, uma das bases de sua por estágios distintos de contato
Crítica da Razão Pura. Freud está na com o mundo: Phi (Φ, responsável
linha deste problema quase pela percepção de estímulos
trezentos anos depois de externos), Psi (Ψ, ligada ao registro
Descartes, presenciando suas destas percepções) e Omega (Ω,
manifestações na clínica. Para isso, representando a própria
desenvolve a ideia de realidade consciência). Em suma: estímulos
externos nos afetam e essas sível agir. Aquilo que conseguimos
percepções passam primeiro pelo nomear passa a existir no mundo
registro do inconsciente, para (no nosso mundo) com
então (algumas) chegarem à características delimitadas e
consciência. A percepção compreensíveis.
consciente de todos os estímulos
que nos afetam seria insuportável,
inviabilizando seguirmos vivendo.

Em suma, somos constantemente Estímulos


do mundo
estimulados pelo ambiente – sons, nos afetam
São
objetos, pessoas etc. Estes simbolizados
pelo
estímulos afetam nossos sentidos inconsciente
e são recebidos em uma dimensão
perceptiva de nosso aparelho
psíquico. Nem tudo deixa marcas
em nós; o que deixa, o faz
primeiramente por meio de Aquilo que
acessa a
registros inconscientes, em contato linguagem
chega à
com instâncias relacionadas à consciência
memória. Se estes registros
primários acessarem traços verbais

em uma camada pré-consciente, amando..!
então este registro é “traduzido”
em realidade, sobre a qual é pos-
Este é um primeiro desenho mas que nos afastam das coisas
freudiano do nosso aparelho em si mesmas. Isto dialoga
psíquico que dá conta do trajeto da diretamente com o legado
percepção à representação, do filosófico, artístico e literário
sensorial ao mental, algo que foi herdado por Freud pelo
esquematizado pouco tempo pensamento alemão de nomes
depois em A Interpretação dos como Kant, Goethe, Schelling,
Sonhos (1899). Ali, a consciência é Fichte, Schopenhauer, Nietzsche,
tratada como um órgão sensorial, entre outros.
excitável não apenas a partir da
percepção, mas de estímulos de O que Freud propôs foi que nem
prazer e desprazer. Todavia, antes sempre há uma causa biológica
da consciência, há o inconsciente, por trás de algum distúrbio mental.
onde acontece o real – e tanto um Se até então um sintoma na mente
quanto outro (inconsciente e real), corresponderia, supostamente, a
inapreensíveis por meio das formas um problema no cérebro, o que
de interpretação de que dispomos. Freud propôs foi um fim dessa
relação causal. Sua ideia era a de
Se lembrarmos da “tradução” feita que um problema psíquico tem
pela linguagem, é como se não relação com uma determinada
houvesse forma de descrever e forma de produção de sentido, não
delimitar o que é o inconsciente, com algo neurológico.
assim como o real só é
compreensível por meio de
conceitos que nos permitem agir,
NÃO SOMOS DONOS DE
AS TRÊS FERIDAS NÓS MESMOS
Freud opera a última
NARCÍSICAS ferida com o conceito de
inconsciente, apontando
essa dimensão oculta
NÃO SOMOS O
CENTRO DO que nos influencia
UNIVERSO constantemente.
Ao comprovar que NÃO SOMOS CRIADOS
a Terra gira ao POR UM DEUS
redor do Sol - e Com as pesquisas que resultaram
não o contrário -, em A Origem das Espécies, Charles
Nicolau Copérnico retirou o ser humano Darwin retirou a humanidade dos
do centro do Universo. planos de um criador.
Desta forma, a determinação de A repressão, uma barreira à
certos processos mentais, como pulsão, surge quando o que desejo
sonhos ou fobias, aconteceria a é antiético, imoral ou incompatível
partir de algo alheio ao sujeito, fora com as normas a que estou
de nosso controle. Nesta chave, sujeito. Importante notar que ela
somos como somos e agimos age não sobre o afeto em si, mas
como agimos porque não sobre sua representação. O afeto
poderíamos ser ou agir de maneira não desaparece quando reprimido,
diferente. Se a causa de nossas mas, destituído de uma “forma” ou
ações é inconsciente, e ele opera “identidade”, passa a necessitar
por meio da repressão de pulsões, outra representação. Neste
o que estes dois termos sentido, a excitação é um
significam?
desprazer – o prazer ocorre
As pulsões seriam “impulsos” ou quando o desejo se encontra com
“inclinações” humanas que nos o seu objeto. Esta ideia de que a
levam, em um primeiro momento, pulsão busca o esgotamento de si
a duas funções básicas: nos mesma será a base para a
alimentarmos e procriarmos – formulação freudiana da pulsão de
(sobre)vivermos como indivíduos e morte.
espécie. Freud as classificou no
início de sua metapsicologia como A repressão está associada a
a pulsão de autoconservação (uma exigências da ordem social, a
pulsão de vida) e a pulsão sexual. incongruências das exigências do
Importante ressaltar que a pulsão que Freud vai chamar
não tem um objeto ou alvo posteriormente de superegoicas.
determinado. Ela depende de todo Para ele, a fim de vivermos em
o esquema de representações de sociedade, devemos reprimir duas
cada pessoa, podendo ser pulsões fundamentais: a do incesto
direcionada a qualquer coisa e do assassinato. Seguindo esta
(ainda que acabe, para cada lógica, a noção de sociedade e
sujeito, se tornando algo civilização que conhecemos tem
específico). suas bases na pura repressão.
Há quatro destinos possíveis para Os dois primeiros pontos
a pulsão reprimida, de acordo com embasam algumas ideias da teoria
Freud no texto As Pulsões e suas freudiana, como o retorno do
Vicissitudes (1915): sadismo em masoquismo (querer
ferir outra pessoa e não conseguir
· Transformação no contrário – um
direciona o afeto para si), a
amor inconciliável, imoral ou
ambivalência afetiva (quando um
antiético se converte em ódio, por
exemplo; afeto representa sentimentos
· Retorno à própria pessoa – a opostos, como amor e ódio) e a
irrealização da pulsão faz com que noção de narcisismo, que será
a própria pessoa busque a fundamental.
satisfação na forma de estímulos
No narcisismo primário, o corpo da
autoeróticos ou adicções, por
criança é algo que lhe basta para o
exemplo;
· Retorno como sintoma – se não prazer e a satisfação. Esta noção é
posso realizar meu desejo, a interessante para entender como o
presença do objeto me causa narcisismo é uma ferramenta de
coceiras ou dor de cabeça, por constituição do ego que, em
exemplo; excesso, se torna uma maneira de
· Sublimação – diante da recusa ao mundo. O narcisismo
impossibilidade de realização do em excesso é uma forma de evitar
desejo, o indivíduo busca o encontro com a alteridade e a
alternativas ou tangentes de diferença – como a pessoa que,
satisfação (tratar muito bem ou repetidamente frustrada no amor,
cuidar de uma pessoa que se passa a evitar a busca por ele e a
deseja, mas não se pode ter); se voltar para si mesma. Ou então
aquela que se diz cansada de Uma pausa para
discutir com os outros, pois
ninguém a entende, e se fecha pensar...
para o contato com o que está fora
É interessante notar como este
das próprias representações.
tipo de raciocínio dialoga com
Já na sublimação é possível elementos de outras disciplinas,
considerar o desfecho de uma como a sociologia, por exemplo.
análise. Esta é uma das
possibilidades de “cura” que Freud O Mapa da Desigualdade de
propôs, juntamente com o ato de 2021 mostra que a expectativa
tornar consciente o inconsciente,
de vida varia em mais de 20 anos
ou de transformar uma tragédia
entre um morador do bairro
pessoal em uma pequena história
Cidade Tiradentes e outro do
– em todos os casos, uma
ressignificação do(s) trauma(s) com Alto de Pinheiros, ambos em São
a qual é possível lidar e conviver, Paulo.
não eliminar. A sublimação entra
como um caminho alternativo de Diversas manifestações da
elaboração e mudança de posição desigualdade podem limitar as
de sujeito de modo a oferecer formas de representação e
outros caminhos àquela pulsão. A sublimação, fazendo com que a
cultura é um bom exemplo disso: descarga pulsional ocorra
ainda que a repressão seja o diretamente. Quanto mais
elemento fundante da civilização repressiva é uma sociedade,
como entendemos, a sublimação
mais violenta é a descarga
permite que a repressão seja
pulsional, algo que Freud já havia
transformada em vida de outras
enunciado em sua obra O Mal-
maneiras (literatura, pintura,
cinema etc.) Estar na Civilização (1930).
Psicanálise e neurociência

Duas relações entre psicanálise e científica em torno de problemas


neurociência predominaram nas de difícil comprovação, mas
últimas décadas. Uma de total passíveis de novas investigações
afastamento, com a neurociência com descobertas recentes. Um
se aproximando da neurologia e exemplo é a aceitação da
das abordagens cognitiva e neurobiologia de que emoções são
comportamental da psicologia, acessadas em partes mais
outra de aproximações possíveis, primitivas do cérebro, como Freud
tentando articular estes dois havia postulado, ou mesmo as
saberes. Neste último caso, o relações entre predisposições
trabalho de Eric Kandel (1929), genéticas, biológicas, e a influência
neurocientista austríaco que do ambiente e contexto dos
recebeu o prêmio Nobel de sujeitos no desenvolvimento de
Fisiologia ou Medicina no ano 2000, transtornos psíquicos.
por sua pesquisa a respeito das
Esta relação é visível na adoção de
bases fisiológicas da memória.
posturas médicas de evitar a
De acordo com Kandel, as medicalização extrema, ou de
aproximações possíveis não seriam associar medicação com processos
apenas a formação médica e de psicoterapia em casos de
científica de Freud, mas também distúrbios mentais (ainda que o
sua abordagem metodológica procedimento seja de corrigir
anomalias em função de um Será que é possível considerar o
padrão). Para a psicanálise estes objeto de pesquisa sem nenhum
distúrbios não são aleatórios e tipo de influência do pesquisador
devem ser investigados levando que o estuda? É preciso reformular
em conta a complexidade subjetiva algumas das bases e formas de
da pessoa e seus processos geração e apreensão de
mentais. Uma alucinação, por conhecimento? Ou a psicanálise
exemplo, provoca alterações deveria ajustar suas premissas de
cerebrais detectáveis em imagem, modo a se adequar aos padrões
mas o que compõe a alucinação científicos ainda utilizados? Kandel
vem de algum lugar da ordem da sugere que a neurociência pode
psiquê. fornecer novos fundamentos à
Parece, no entanto, que o grande psicanálise, mais sólidos do que
conflito reside nas bases de aqueles desenvolvidos por Freud
formação do conhecimento em sua metapsicologia. Do
utilizadas pela psicanálise e pela contrário, continuará em
biologia. Será que o modelo de descompasso com a ciência e será
ciência e natureza elaborados no lida como interpretações sobre o
século 19 ainda é adequado para humano da mesma ordem da
hipóteses desenvolvidas depois? filosofia ou da literatura.
Para conhecer mais

Luto e Melancolia em
Obras Completas vol. 14
(1917-1920): "O homem
dos lobos" e outros textos.

Inibição, Sintoma e
Angústia em Obras
Completas vol. 17 (1926-
1929): "O Futuro de uma
Ilusão" e outros textos.

O Mal-Estar na
Civilização em Obras
Completas vol. 18 (1930-
1936): "O Mal-Estar na
Civilização" e outros textos.

Funes, o Memorioso,
em Ficções, de Jorge Luis
Borges

Na Colônia Penal, em
Essencial, de Franz Kafka

Psychiatry,
Psychoanalysis, and the
New Biology of Mind,
de Eric Kandel
Para saber mais

Os Pilares Fundamentais da Ciência e Psicanálise | Dr. Daniel


Psicanálise - Casa do Saber Omar Perez - Instituto Espe

Cursos da Casa do Saber +

Para Entender Lacan,


com Christian Dunker

Nietzsche e Freud:
Consciência, Culpa e
Moral, com Oswaldo
Giacoia Junior

Você é o que Deseja,


com Daniel Omar Perez

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