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A Verdadeira Esperança e a Melhor Herança

I Pe. 1.1-5

Objetivo: Apresentar a Igreja o fundamento para a


verdadeira esperança na vida do cristão para este tempo
presente na perspectiva da eternidade por vir.

Introdução: Diante1 de um casebre de pedaços de


caixotes, madeiras usadas e uma cobertura de lata e lona
plástica, num ponto marginal de uma grande cidade,
estaciona um advogado em seu carro de luxo. Vem
atender-lhe à porta um senhor muito simples e rude. O
advogado se apresenta, entra no pequeno barraco e passa
as seguintes informações: ‘Um seu parente distante
morreu sem deixar herdeiro. Após um tempo de buscas a
justiça descobriu que o senhor é o único herdeiro de todos
os bens do falecido. Ele está deixando para o senhor uma
fazenda com algumas centenas de alqueires de terra fértil
e produtiva, cortada de diversas estradas para
escoamento da produção. Está equipada com muitos
maquinários de plantio e beneficiamento de cereais, bem
como dispõe de uma boa frota de caminhões. Além disto
há em depósito algumas centenas de milhões de dólares
para você administrar. O advogado lhe passou alguns
papéis que assinou e foi-se embora. O homem na sua
simplicidade guardou aqueles papéis numa gaveta
qualquer e continuou sua vidinha de catador de lixo e
materiais recicláveis’.

Contexto: Possivelmente no ano de 65 d.C. esta carta de


Pedro foi escrita paras as Igrejas da Ásia e regiões

1
‘Desenvolvei a vossa Salvação’, Israel Carlos Biorqui.
próximas; e refere-se aos cristãos como dispersos e
forasteiros e peregrinos neste mundo.
Nesse período a Igreja era afligida e, muitos cristãos já
estavam sendo perseguidos por causa de sua fé.
Naquele contexto, ser cristão era pertencer a um grupo de
risco.

Transição: Estar como forasteiro e peregrino aponta


necessariamente para o fato de que não se possui herança e
talvez nenhuma esperança de estabilidade e segurança.
Quero, portanto, refletir nesta oportunidade sobre ‘A
Verdadeira Esperança e a Melhor Herança’.

I – Transitoriedade e Insegurança Nesta Vida.

a – A realidade que rondava os cristãos do primeiro século.

1. De acordo com boa parte dos estudiosos das Escrituras


os cristãos nesta última metade do primeiro século
estavam sofrendo perseguições por causa da sua fé.

2. A natureza das perseguições que estes sofriam não


era a mesma sofrida pelos cristãos no século seguinte,
pois não era ainda a perseguição oficial impingida pelo
Império Romano.

3. Os sofrimentos por que passavam estes cristãos


primitivos se classificavam, possivelmente em:
3.1 – Processos de justiça comum.
3.2 – Insultos.
a) I Pe. 4.4 ‘Por isso, difamando-vos, estranham
que não concorrais com eles ao mesmo excesso
de devassidão’.
b) I Pe. 4.14 ‘Se, pelo nome de Cristo, sois
injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre
vós repousa o Espírito da glória e de Deus’.
3.3 – Acusações falsas de má conduta.
a) I Pe. 2.12 ‘mantendo exemplar o vosso
procedimento no meio dos gentios, para que,
naquilo que falam contra vós outros como de
malfeitores, observando-vos em vossas boas
obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação’.
b) I Pe. 3.16 ‘fazendo-o, todavia, com mansidão e
temor, com boa consciência, de modo que,
naquilo em que falam contra vós outros, fiquem
envergonhados os que difamam o vosso bom
procedimento em Cristo’.
3.4 – Espancamentos.
a) I Pe. 2.20 ‘Pois que glória há, se, pecando e
sendo esbofeteados por isso, o suportais com
paciência? Se, entretanto, quando praticais o
bem, sois igualmente afligidos e o suportais
com paciência, isto é grato a Deus’.
3.5 – Ostracismo social.
3.6 – Violência esporádica pela multidão.
3.7 – Ações policiais locais.

4. Diante de tais quadros, a instabilidade e


insegurança rondavam sombriamente a vida destes
nossos irmãos primitivos.
4.1 – Como adquirir e possuir algum bem se tudo pode
ser roubado e espoliado por seus perseguidores?
4.2 – Como sonhar com um futuro para os filhos se a
retaliação e a marginalização pelo fato de serem
cristãos os colocava em prejuízo social?
4.3 – Como ter a tranquilidade de estabelecer família
se a morte os rondava tão de perto?

5. Pedro os lembra da realidade de que estão aqui


como forasteiros e que a verdadeira herança e
estabilidade estão no Reino a que estão destinados.

b – Situação análoga na espiritualidade do cristão.

1. Hoje vivemos um período mais estável para o cristão e


isto se torna de igual modo perigoso.

2. Não é incomum o cristão de hoje consumir sua


vida e suas energias na busca de construir seu próprio
reino, esquecendo-se que tudo há de passar em breve.

3. Os cristãos precisam lembrar que a verdadeira


esperança e herança não estão nas coisas e bens
conquistados aqui.
3.1 – Não deve perder de vista a herança eterna com
Cristo, o que faz da esperança o tema central nesta
carta de Pedro.

c – Síndromes e desconfortos existenciais para um cristão


míope.

1. A esperança é um termômetro regulador para a


constância e perseverança mesmo em meio aos
problemas que a vida nos apresenta.
2. O cristão que perde a visão correta da realidade de
que seu reino e herança não são deste mundo, passa a
perder a esperança diante da fragilidade e
instabilidade desta vida.

3. Existem muitos cristãos míopes, atrofiados na


visão e compreensão da vida, esquecendo-se as
promessas de Deus e olhando apenas para o que está
perto.

4. Quando se perde a esperança, a vida se desajusta,


pois a perda da esperança pode gerar:
4.1 – Desespero.
4.2 – Indiferença.
4.3 – Conformismo.
4.4 – Desânimo.
4.5 – Frieza.

5. ‘Em meio às tragédias podemos escolher a revolta


ou a esperança. Aquela nos enche de amargura, esta,
de consolo’ (Portal IPB).

II – A Melhor Herança é Garantida em Cristo.

a – Possuidores de uma viva esperança.

1. Pedro contrasta a serenidade e firmeza da esperança


do cristão com esperanças que se tornam vazias e sem
sentido por olharem apenas para coisas desta vida.

2. Neste contraste o apóstolo apresenta o conceito de


uma viva esperança.
2.1 – É a obveidade do óbvio, pois toda esperança é
viva.
2.2 – Se a esperança morreu já não é mais esperança.

3. O que significa possuir uma viva esperança?


3.1 – A ênfase está na hipérbole apontando para uma
esperança de natureza que não se destrói.
3.2 – Na Bíblia, esperança não é incerteza ou
expressão de desejo, mas uma expectativa confiante
de futura bênção, baseada em fatos e promessas.
3.3 – ‘Viva’ indica o caráter imortal e permanente
desta esperança.

b – A base da esperança está na promessa do próprio Deus.

1. Em que se baseia sua esperança para alcançar esta


herança?

2. O apóstolo Paulo, escrevendo ao Pr. Timóteo,


pastor da Igreja na cidade de Éfeso, afirma que a
esperança do cristão está firmada na promessa daquele
que não pode mentir:
2.1 – Tt. 1.2 ‘fé e conhecimento que se fundamentam
na esperança da vida eterna, a qual o Deus que não
mente prometeu antes dos tempos eternos’.
2.2 – Henry Law: ‘Se você estivesse sozinho, seria
presunção ter esperança. Como você não está
sozinho, estar apreensivo é uma ofensa’.

3. O cristão que conhece o seu Senhor sabe que nele


pode confiar.
c – A esperança do cristão aponta para que tipo de
herança?

1. O apóstolo Paulo nos ensina que os nascidos de Deus,


através da redenção que há na pessoa de Cristo, se
tornam filhos de Deus e são herdeiros de Deus e co-
herdeiros com Cristo.
1.1 – Rm. 8.17 ‘Se somos filhos, então somos
herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros
com Cristo, se de fato participamos dos seus
sofrimentos, para que também participemos da sua
glória’.

2. O apóstolo Pedro discrimina de forma detalhada a


natureza da herança que aguarda o cristão.
2.1 – ‘Incorruptível’ – Άφθαρτός (aftartós) →
imperecível, incorruptível, que não passa → aponta
para imortalidade.
2.2 – ‘Sem mácula’ – Άμιίαντος (amíantos) →
imaculável, limpa, que não pode ser manchada →
aponta para pureza.
2.3 – ‘Imarcescível’ – Άμάραντος (amárantos) →
imarcescível, que não pode murchar → aponta para
beleza.
2.4 – Os três adjetivos indicam que a herança é:
a) ‘intocável pela morte’.
b) ‘impermeável ao mal’.
c) ‘impenetrável pelo tempo’.
2.5 – I Pe. 1.4 ‘para uma herança que jamais poderá
perecer, macular-se ou perder o seu valor. Herança
guardada nos céus para vocês’.
3. O cristão que sabe o que está guardado e reservado
para ele no futuro eterno com seu Deus e Senhor, não
teme as intempéries, aflições ou perseguições que este
mundo possa oferecer.

Conclusão:

Viva no projeto do Reino de Deus neste mundo como


alguém que está indo para uma pátria melhor.

Quem aprende a viver assim, certamente se torna grande


bênção na vida de outros e experimenta menos
aborrecimentos com as coisas que se findam aqui.
Roteiro aos Pré-adolescentes.

I Pe. 1.1-5

1. Qual a possível data da escrita desta carta de Pedro?


( ) Certamente em 95, junto com o Apocalipse.
( ) Possivelmente no ano de 65 d.C.
( ) Em 33, logo após a crucificação.

2. No texto de I Pe. 2.12, se vê que os cristãos eram:


( ) Elogiados pelos cidadãos do Império Romano.
( ) Eram caluniados pelos cidadãos do Império Romano.
( ) Eram isentos de impostos.

3. Transcreva aqui o versículo 3:


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4. Quais as três expressões que o pregador reforçou com base no verso 4?


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5. Fale uma lição que você aprendeu hoje:


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