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Monitoria – SOI I

Mariana Bleza
APG 06 APG 06
Formação do coração
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Compreender a formação do coração durante o
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desenvolvimento embrionário.

(Destacar origem, formação e circulação do coração primitivo)


Pequena revisão da formação embriológica inicial

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- O coração e o pericárdio
originam-se do mesoderma
lateral esplâncnico!
- É o primeiro sistema a funcionar (meio da 3ª semana), visto que o embrião não
consegue mais pegar nutrientes oriundos apenas da difusão;

- Começa os batimentos ineficazes com 21 dias, e contrações rítmicas com 24!

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- Ele começa como uma estrutura tubular.

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- Células da esplancopleura
→ Cordões angioblásticos
→ Formação de dois
tubos cardíacos

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endocárdicos →
Dobramento lateral →
Tubo endotelial →
Diferenciação muscular →
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Tubo cardíaco primitivo.

- O coração começa a bater

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com 22 a 23 dias.

- O fluxo sanguíneo começa


na 4ª semana.
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PARA NÃO ESQUECER:

Na 4ª semana →
DOBRAMENTO DO EMBRIÃO →

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Fusão dos tubos endocárdicos →
Coração tubular com dilatações e constrições →
Primórdios das cavidades!!

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AS TORÇÕES DO TUBO CARDÍACO:
- As torções ocorrem pois o tubo cardíaco
cresce mais do que a cavidade pericárdica,
“forçando” as torções em torno de seu próprio
eixo;
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- Essas torções organizam os átrios e
ventrículos;
- O bulbo e o ventrículo vem para frente e para

trás. APG 06
baixo, e o átrio e o seio vão para cima e para

- Dobramento ventro caudal e dorso cefálico.


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ATÉ AQUI O CORAÇÃO
AINDA É UM TUBO COM
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CAVIDADE CONTÍNUA...
APG 06Precisamos dividir:
- Átrios entre ventrículos;
- Ventrículos direito e esquerdo;
- Átrios direito e esquerdo.
SEPTAÇÃO ATRIOVENTRICULAR
- Formação das valvas atrioventriculares;

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- Inicialmente, o tubo cardíaco era apenas
endotelial;
- O mesoderma se diferencia em cardiomiócitos
(formarão o miocárdio);
- Os cardiomiócitos sintetizam a geleia cardíaca.

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- A geleia cardíaca forma os coxins endocárdicos.

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SEPTAÇÃO ATRIOVENTRICULAR

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SEPTAÇÃO ATRIAL
- O átrio primitivo será dividido em direito e esquerdo;

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- CALMA! Ainda falaremos da circulação fetal x neonatal;
- Formação de dois septos (primum e secundum);

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- A passagem de sangue do lado direito para o lado
esquerdo é importantíssima!

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- O sangue oxigenado chega no lado direito...

- Com o nascimento, essa passagem é fechada (a


pressão ficará maior no lado esquerdo);

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- Fechamento fisiológico x Fechamento anatômico
(somente após o 1 ano de vida).

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SEPTAÇÃO VENTRICULAR
- O ventrículo possui uma parte muscular e uma parte musculosa;

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- Assoalho do ventrículo primitivo → Crista muscular mediana → Parte musculosa;

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SEPTAÇÃO DO CORAÇÃO PRIMITIVO

DIVISÃO DO CANAL

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ATRIOVENTRICULAR:
- 4ª semana: geleia cardíaca → coxins
atrioventriculares → fundem-se → funcionam
como valvas primitivas → dividem o canal AV
em direito / esquerdo.

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SEPTAÇÃO DO ÁTRIO PRIMITIVO:
- Septum primum → Septum secundum →
Forame oval → Sangue oxigenado do AD

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para o AE → 3 meses após o nascimento →
Fechamento do forame → Fossa oval →
Septo interatrial.

- Ducto arterioso: leva o sangue da artéria


pulmonar para a aorta.
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LEMBRANDO QUE TUDO ISSO
I
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OCORRE POR INDUÇÃO
GENÉTICA...
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Compreender a diferença entre a circulação fetal e
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a circulação neonatal.
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CIRCULAÇÃO FETAL
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Mariana X Bleza
CIRCULAÇÃO NEONATAL
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CIRCULAÇÃO NO CORAÇÃO
PRIMITIVO:

- Veias vitelinas retornam o sangue pobre


em oxigênio da vesícula umbilical.

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- Veias umbilicais transportam o sangue
bem oxigenado do saco coriônico para o
seio venoso:
• Correm de cada lado do fígado;
• A veia umbilical direita se
degenera;
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• A esquerda se transforma em veia
umbilical, que transporta todo o sangue
da placenta → embrião;
• Ducto venoso: desvio dentro do

hepáticos.
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fígado que conecta a veia umbilical
com a VCI, evitando que o sangue da
placenta passe pelos capilares

- Veias cardinais comuns retornam o


sangue pobre em oxigênio do corpo do
embrião para o coração.
- As contrações ocorrem como ondas
peristálticas que começam no seio venoso;

- Ao final da 4a semana, as contrações já

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estão coordenadas e resultam em um fluxo
unidirecional (antes disso era num fluxo-
refluxo)

- O sangue entra no seio venoso vindo das

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veias cardinais, umbilicais e vitelinas;

- Caminho do sangue:

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Seio venoso → Átrio primitivo → Canal
atrioventricular → Ventrículo primitivo →
Bulbo cardíaco → Tronco arterioso →
Saco aórtico → Aorta dorsal → Embrião,
vesícula umbilical e placenta.
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Basicamente... tudo fetal é o
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contrário do neonatal

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PENSE ASSIM:
O que se aproxima do coração = Veia
O que se afasta do coração = Artéria
CIRCULAÇÃO FETAL
3 shunts:
ducto venoso
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forame oval
ducto arterioso

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CIRCULAÇÃO FETAL
- A única conexão entre o feto e meio externo é a placenta;

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- Antes do nascimento, o sangue proveniente da placenta, com cerca de 80% de saturação de oxigênio,
retorna para o feto pela veia umbilical.
- Esse sangue passa pelo fígado, mas desvia pelo ducto venoso, e desemboca na VCI;
- Após um pequeno percurso na veia cava inferior, onde o sangue placentário se mistura com o sangue não
oxigenado que retorna dos membros inferiores, ele entra no átrio direito.

NO CORAÇÃO: Mariana Bleza


- Após a entrada, é levado para o forame oval pela veia cava inferior, de modo que um volume maior do sangue
passa diretamente para o átrio esquerdo.

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- Uma pequena parte desce para o ventrículo direito, é bombeado para a artéria pulmonar (mas não vale a
pena todo esse sangue ir para o pulmão (ele vai apenas para NUTRIR, não para hematose);
- Dessa forma, existe o ducto arterioso, que desvia o sangue da artéria pulmonar para a aorta;
- Após sua passagem pela aorta descendente, o sangue flui para a placenta pelas duas artérias umbilicais.
CIRCULAÇÃO
NEONATAL
-
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Circulação placentária é interrompida;
Início da respiração → pressão passa a
ser maior do lado esquerdo;

-
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O volume de sangue que flui pelos
vasos pulmonares aumenta
rapidamente. Isso, por sua vez,

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aumenta a pressão no átrio
esquerdo.

- Simultaneamente, a pressão no átrio


direito diminui como resultado da
interrupção do fluxo sanguíneo
placentário.
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FATORES DE RISCO PARA UMA MALFORMAÇÃO
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CONGÊNITA CARDÍACA
• As alterações genéticas ou cromossômicas na criança, como a síndrome de

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Down, que leva a uma incidência 8 x maior de desenvolver alguma
cardiopatia.

• Uso de certos medicamentos, álcool ou drogas durante a gravidez: Alguns

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exemplos são o isotretinoína, para o tratamento da acne, e lítio, utilizado para
o tratamento de desordem bipolar.

• Infecção viral materna, como rubéola, no primeiro trimestre de gravidez

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• O risco de ter uma criança com doença cardíaca congênita pode dobrar se um
pai ou um irmão tem uma alteração cardíaca congênita.
• Diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2 na gravidez, que pode interferir com o

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desenvolvimento do coração.
o Os neonatos de mães diabéticas têm um risco quase que três
vezes maior de ter defeitos cardíacos congênitos, isso porque a
hiperglicemia parece agir como um teratógeno através da inibição

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da EMT, necessária para a formação dos coxins.

• Entretanto, é fundamental lembrar que mais de 90% das malformações


cardíacas ocorrem em fetos sem qualquer fator de risco;

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• Gravidez gemelar e fertilização in vitro também são considerados
importantes fatores de risco.
• Os fatores ambientais comuns incluem doença materna (p. ex., diabetes,

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rubéola, lúpus eritematoso sistêmico) ou ingestão materna de agentes
teratogênicos (p. ex., lítio, isotretinoína, anticonvulsivantes).

• A idade materna é um fator de risco conhecido para certas doenças genéticas,


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sobretudo síndrome de Down, que podem incluir cardiopatias.

• Muitos outros casos envolvem deleções subcromossômicas (microdeleções),

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duplicações subcromossômicas ou mutações em um único gene. Muitas vezes,
essas mutações causam síndromes congênitas que afetam vários órgãos além
do coração.
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Principais malformações congênitas
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cardíacas
- Os DCCs (defeitos congênitos do coração) são a principal causa de morbidade neonatal;
- A maioria dos DCCs são bem tolerados durante a vida fetal e as consequências aparecem após o
nascimento, quando o feto perde o contato com a circulação materna.
COMUNICAÇÃO INTERATRIAL

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- Ocorre mais frequentemente em mulheres;
- Costuma fechar nos primeiros dois anos de vida!
- Forame oval patente:
• É a forma mais comum;
• Uma sonda pode ser passada de um átrio para o outro através da parte superior do assoalho da fossa

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oval;
• Não é clinicamente significativa;
• Resulta de uma adesão incompleta entre a valva em forma de aba do forame oval e o septo
secundum após o nascimento;

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- O sangue vai do lado esquerdo para o direito (pois a pressão do esquerdo, como é maior, empurra para o
direito) → Há mistura de sangue venoso e arterial;

- O lado direito do coração trabalha até 4x mais;

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- Em casos mais avançados, a pessoa apresenta cansaço e palpitações, além de sopro;

- A presença do defeito causa aumento do fluxo sanguíneo que passa pelos pulmões a cada batimento cardíaco.

- A presença por períodos prolongados deste fluxo de sangue aumentado nos pulmões pode causar um quadro
conhecido por hipertensão pulmonar.

- Aumenta a predisposição para a formação de coágulos → Risco de desenvolvimento de AVC;


COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR

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- São o tipo mais comum de DCC (25%);

- Durante o 1º ano, 30 a 50% dos casos se resolvem espontaneamente;

-
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Se o orifício é pequeno, pode dar poucos ou mesmo nenhum sintoma, porque a sobrecarga é
pequena. Mesmo assim, no exame médico é possível se escutar um som (sopro) característico.
Se o orifício é grande, a criança pode apresentar falta de ar (dispneia), dificuldade para alimentar-

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se e de crescer em um ritmo normal (déficit ponderal).

- Pode ocorrer em qualquer parte do septo interventricular (o DSV membranoso é o tipo mais comum):
• Falha no desenvolvimento da parte membranosa do septo (falha do crescimento do coxim
endocárdico);

cardíaca;

- DSV muscular:
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• Fluxo sanguíneo pulmonar excessivo + hipertensão pulmonar → Dispneia e insuficiência

• Tipo menos comum;


• Algumas vezes são defeitos pequenos múltiplos (“em queijo suíco”);
TETRALOGIA DE FALLOT

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- Grupo de 4 defeitos:
1. Estenose da artéria pulmonar (obstrução de fluxo de saída ventricular direito);
2. Defeito do septo ventricular;

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3. Dextraposição da aorta (substituição ou sobreposição da aorta);
4. Hipertrofia ventricular direita;

- A cianose é um sinal. Mas não costuma estar presente no nascimento;

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- Os sintomas incluem cianose, dispneia durante a refeição, deficit de crescimento e crises
hipercianóticas (episódios súbitos e potencialmente letais de cianose grave).

• Uma crise pode ser desencadeada por qualquer evento que diminua lentamente a saturação de

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oxigênio (p. ex., choro, evacuação) ou que subitamente reduza a resistência vascular sistêmica (p.
ex., brincadeiras, esticar as pernas ao despertar) ou por crise súbita de taquicardia ou
hipovolemia.

- Resulta quando a divisão do tronco arterioso é desigual e o tronco pulmonar é estenosado.


ESTENOSE AÓRTICA

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- A valva aórtica fica “estreita”, causando uma sobrecarga de trabalho para o

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coração → hipertrofia do VE e sopros;

- A estenose aórtica não tratada progride e torna-se sintomática com um ou


mais sintomas da tríade clássica de síncope, angina e dispneia de

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esforço; ela pode provocar insuficiência cardíaca e arritmias;

- Bebês com estenose da válvula aórtica grave se tornam irritáveis e têm um


consumo de alimentos deficiente, sudorese na hora de comer, dificuldade

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respiratória, pele extremamente pálida ou com coloração acinzentada
não natural, mãos e pés frios, redução no número de fraldas molhadas e
frequência cardíaca acelerada.
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DÚVIDAS?

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