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Embriologia

Tarefa Avaliativa - Sistema Cardiocirculatório


1. Descreva a circulação embrionária. Qual região (vaso) embrionária possui o maior teor
de oxigênio?

O fluxo sanguíneo se inicia durante a quarta semana. As veias umbilicais transportam


sangue altamente oxigenado da placenta para o seio venoso, onde se mistura com o sangue
venoso desoxigenado proveniente da veia vitelínica e também das veias cardinais,
tornando-se parcialmente oxigenado. Então vai para o átrio primitivo e para o ventrículo
primitivo, que impulsiona esse sangue para o embrião, passando pelo bulbo cardíaco e pelo
bulbo aórtico, e se direciona para os arcos aórticos, atingindo a aorta dorsal, onde o sangue
vai para a circulação sistêmica via artérias intersegmentares presentes na aorta. O sangue
parcialmente oxigenado vai também para a circulação vitelínica por meio da artéria vitelínica
e também para a circulação placentária novamente, retornando pela artéria umbilical, onde
desemboca nos espaços intervilosos, recebendo os nutrientes necessários e sendo
reoxigenado por meio da troca gasosa com o sangue materno, e, por fim, recomeça a
circulação. O sangue que foi para a circulação vitelínica pela artéria vitelínica retorna ao
coração primitivo pela veia vitelínica e o sangue que foi para a circulação sistêmica por meio
das artérias intersegmentares retorna pelas veias cardinais anteriores e posteriores, que
desembocam na veia cardinal comum, que, por fim, desemboca no seio venoso.

O vaso embrionário que possui o maior teor de oxigênio é a veia umbilical.

2. Descreva septação Atrial.

No final da quarta semana de desenvolvimento o átrio primitivo é dividido em átrio direito e


esquerdo, pela formação do septum primum e do septum secundum. Inicialmente o septum
primum, uma membrana fina, cresce em direção aos coxins endocárdicos que estão se
fundindo, a partir do assoalho do átrio primitivo, dividindo parcialmente o átrio comum em
metade direita e metade esquerda. Conforme o crescimento do septum primum, uma
abertura surge, chamada de foramen primum, localizado no meio das margens de
crescimento do septum primum e dos coxins endocárdicos, e serve como um desvio do átrio
direito para o esquerdo, possibilitando a passagem de sangue oxigenado. Esse forame vai
diminuindo de forma progressiva enquanto o septum primum se funde aos coxins
endocárdicos, formando o septo atrioventricular primitivo. Conforme o septo se funde com
os coxins endocárdicos, perfurações provenientes de apoptose, que estão na parte central do
septum primum, se unem para formar o foramen secundum. Após o fechamento completo do

Roberta Almeida - Enfermagem - UFRJ Macaé


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foramen primum, a função de passagem de sangue oxigenado de um átrio para o outro passa
a ser do foramen secundum. A partir daí o septum secundum começa a se desenvolver ao
lado do septum primum, durante a quinta e a sexta semanas, e sobrepõe o foramem
secundum no septum primum, o qual tem sua parte superior desaparecendo gradualmente,
formando uma divisão incompleta entre os átrios e formando também o forame oval.

3. Que estrutura embrionária é conhecida como a válvula do forame oval? Explique como
funciona essa válvula e sua importância na circulação fetal e neonatal.

Após a formação do forame oval, a parte cranial do septum primum desaparece


gradualmente, e a sua parte remanescente inferior forma a válvula do forame oval, a qual
funciona através da diferença de pressão entre os átrios. O sangue oxigenado passa do átrio
direito para o átrio esquerdo através do forame oval quando a pressão aumenta no átrio
direito. Ao diminuir a pressão, a válvula do forame oval é pressionada contra o septum
secundum, o qual é relativamente rígido, fechando, assim, o forame oval, devido à forma de
aba de sua válvula.

Sua importância na circulação fetal é devido à manutenção da passagem de sangue


oxigenado que entra pelo átrio direito, a partir da veia cava inferior, para o átrio esquerdo,
além de também prevenir o refluxo de sangue na direção oposta, ao se fechar contra o
septum secundum. Já a sua importância na circulação neonatal se deve ao seu fechamento
completo, pois, após o nascimento o forame oval precisa se fechar devido à maior pressão no
átrio esquerdo, o que garante a funcionalidade da circulação pulmonar. E, devido a esse
fechamento da válvula do forame oval, nos primeiros meses de vida há a formação da fossa
oval, por conta da fusão da válvula ao septum secundum, o que completa a divisão entre os
átrios.

4. Pesquise e resuma a malformação conhecida como “Tetralogia de Fallot”.

A Tetralogia de Fallot é caracterizada por um grupo de quatro defeitos cardíacos: estenose da


artéria pulmonar, que causa a obstrução do fluxo de saída do ventrículo direito; defeito do
septo ventricular; dextraposição da aorta, que é caracterizada pela substituição ou
sobreposição da aorta; e hipertrofia ventricular direita. Essa malformação ocorre devido a
uma desigual divisão do tronco arterioso, fazendo com que o tronco pulmonar seja
estenosado e que, consequentemente, o fluxo sanguíneo pulmonar seja diminuído, o
ventrículo direito hipertrofiado e o sangue não oxigenado entre na aorta.

Roberta Almeida - Enfermagem - UFRJ Macaé


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5. Explique a formação da veia porta.

A formação da veia porta se dá através da anastomose dorsal e ventral ao duodeno das veias
vitelínicas direita e esquerda, devido a degeneração da porção pré-anastomose esquerda, da
porção entre a anastomose da direita e da porção pós-anastomose da esquerda, com a
persistência da porção pré anastomose direita, da porção entre a anastomose esquerda, da
anastomose superior e da porção pós anastomose direita.

6. Que vasos embrionários/fetais contribuem na formação da veia cava inferior?

A veia cava inferior é formada por quatro segmentos: um segmento hepático, derivado da
veia hepática e sinusóides hepáticos; um segmento pré-renal, derivado da veia subcardinal
direita; um segmento renal, derivado da anastomose subcardinal-supracardinal e um
segmento pós-renal, derivado da veia supracardinal direita.

7. Enumere os derivados dos arcos aórticos.

Derivados do primeiro par de arcos aórticos: artérias maxilares e as artérias carótidas


externas.

Derivados do segundo par de arcos aórticos: artérias estapédicas.

Derivados do terceiro par de arcos aórticos: artérias carótidas comuns, que, junto com a
aorta dorsal, formam as artérias carótidas internas.

Derivados do quarto par de arcos aórticos: parte do arco da aorta e a parte proximal da
artéria subclávia direita.

Derivados do quinto par de arcos aórticos: se degenera ou não se desenvolve.

Derivados do sexto par de arcos aórticos: parte proximal da artéria pulmonar esquerda, a
parte proximal da artéria pulmonar direita e o ducto arterioso.

Roberta Almeida - Enfermagem - UFRJ Macaé

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