Você está na página 1de 27

Circulação Fetal

e Neonatal
EMBRIOLOGIA
Profa. Dra. Maria Etelvina Pinto Fochi
SISTEMA CARDIOVASCULAR FETAL

O sistema cardiovascular fetal é designado


para servir as necessidades pré-natais e
permitir modificações ao nascimento que
estabelecem o padrão circulatório neonatal.
RECÉM-NASCIDO

Respiração do recém nascido

Mudanças circulatórias

Oxigenação do sangue nos pulmões


RECÉM-NASCIDO

• Estruturas vasculares importantes na circulação de


transição:

- Ducto venoso
- Forame oval
- Ducto arterial
DUCTO VENOSO

• Veias vitelínicos – sinusoides hepáticos

• Canal dominante entre os sinusoides


hepáticos – ducto venoso

Recebe sangue oxigenado


do sistema umbilical e o desvia
para a Veia Cava Inferior
FORAME OVAL Antes do nascimento, o
forame oval possibilita que a
maior parte do sangue
- Septum secundum - forame oval oxigenado que entra no
átrio direito a partir da VCI
- Septum primum - válvula do passe para o átrio esquerdo.
forame oval

Após o nascimento, a valva do


forame oval se fusiona com o
septum secundum, formando a
fossa oval.
DUCTO ARTERIAL

• Derivado da artéria esquerda do 6º


par de arco faríngeo

• Porção proximal  parte proximal


da artéria pulmonar esquerda.

• Porção distal  ducto arterial


Circulação Fetal
1) Veia umbilical
- 50% Ducto venoso  Esfíncter*
- 50% Veias hepáticas

Esfíncter do Ducto Venoso Ventrículo


esquerdo

1) Regula a circulação do sangue através


do ducto venoso

- Relaxado:  sangue pelo ducto


- ContraÍdo:  sangue pelo ducto / 
para a veia porta e sinusóides hepáticos

2) Impede sobrecarga coração –  fluxo


sanguíneo – contrações uterinas
Circulação Fetal
1) Veia umbilical
- 50% Ducto venoso  Esfíncter*
- 50% Veias hepáticas

2) Veia cava inferior (VCI)


- Sangue com  O2 (MI, abdômen e pelve) Ventrículo
esquerdo

3) Átrio direito Maior parte sangue


Forame oval
4) Átrio esquerdo
- Sangue com  O2 (Pulmões)

5) Ventrículo esquerdo

6) Aorta ascendente
- Cabeça, pescoço e MS
Circulação Fetal

7) Átrio direito
- Sangue restante da VCI + VCS
Ventrículo
8) Ventrículo direito esquerdo

- Sangue com  O2

9) Tronco pulmonar
- 10% para o pulmão
- Ducto arterial  Aorta descendente
- Corpo fetal
- Artérias umbilicais  Placenta
Circulação Fetal

Ducto arterial

1) Protege os pulmões da
sobrecarga circulatória

2) Permite que o ventrículo


direito se fortaleça para o
funcionamento em plena
capacidade no nascimento
Circulação Fetal

Aorta descendente

1) Recebe apenas 10% do sangue


da artéria ascendente

2) Sangue da artéria descendente


- 65% – artérias umbilicais –
placenta – reoxigenação
- 35% - vísceras e parte inferior
do corpo
Circulação Neonatal

Estruturas desnecessárias
após nascimento

- Veia umbilical
- Ducto venoso
- Forame oval
- Ducto arterial
- Artérias umbilicais
Transição para a Circulação Neonatal

Ducto venoso

• Contração total do esfíncter do ducto X


venoso – sangue vai para os sinusoides
hepáticos

• Fechamento da circulação
placentária causa queda imediata da
pressão sanguínea na VCI e no átrio
direito.

•  circulação sanguínea -  pressão


do átrio esquerdo – fecha o forame
X
oval - D  E.
Transição para a Circulação Neonatal

Ducto arterial
• Contração do ducto arterial - pequeno
desvio de sangue da aorta para o tronco
pulmonar (24 a 48 hr)

• Funcionalmente fechado
• 20% - 24 hr
• 82% - 48 hr
• 100% - 96 hr

• Fechamento do DA – bradicinina

• Bradicinina – liberada com a distensão pulmonar


• Depende de alto teor de oxigênio
• Efeito sobre musculatura lisa
Transição para a Circulação Neonatal

Artérias umbilicais

• Contração das artérias umbilicais –


impede perda de sangue

• Fluxo sanguíneo continua (pouco


tempo) através da veia umbilical
transferindo sangue da placenta para
o bebê
Transição para a Circulação Neonatal

• A mudança do padrão da circulação sanguínea fetal para a adulta não é


um acontecimento repentino.

• As mudanças ocorrem:
1) Com a primeira respiração;
2) Outras depois de horas ou dias;

• Durante a fase de transição, pode haver um fluxo do AD para o AE através


do forame oval.

• O fechamento dos vasos fetais e do forame oval:


1) Mudança funcional
2) Fechamento anatômico
Derivados das estruturas vasculares após nascimento

VEIA UMBILICAL:

• Período neonatal - transfusões de sangue (prevenir danos cerebrais e


morte em neonatos com eritroblastose fetal)

• Porção intra-abdominal - ligamento redondo do fígado/ligamentum teres


(umbigo ao fígado/ramo esquerdo da veia porta)

• Ligamento redondo pode permanecer canalizado - injeção de meio de


contraste ou drogas quimioterápicas.
Derivados das estruturas vasculares após nascimento
VEIA UMBILICAL:
Derivados das estruturas vasculares após nascimento

DUCTO VENOSO

• Ligamento venoso;

• Esse ligamento passa


através do fígado a partir
do ramo esquerdo da
veia porta e se liga à VCI
Derivados das estruturas
vasculares após nascimento

FORAME OVAL

• Fecha-se funcionalmente ao nascimento.

• Fechamento anatômico ocorre no 3º mês -


resultado da proliferação tecidual e adesão
do septum primum à margem esquerda do
septum secundum - fossa oval.
Derivados das estruturas vasculares após nascimento

FORAME OVAL
Derivados das estruturas vasculares após nascimento

DUCTO ARTERIAL

• Fecha-se funcionalmente – primeiros dias após nascimento.

• Fechamento anatômico e formação do ligamento arterial – até a 12ª


semana

• Ligamento arterial
• Denso e curto
• Vai da artéria pulmonar esquerda ao arco da aorta
Derivados das estruturas vasculares após nascimento

DUCTO ARTERIAL
Derivados das estruturas
vasculares após nascimento
ARTÉRIAS UMBILICAIS

• Partes intra-abdominais das artérias


umbilicais - ligamentos umbilicais
mediais

• Partes proximais - artérias vesicais


superiores, que irrigam a bexiga
urinária.
Derivados das estruturas
vasculares após nascimento
- Veia umbilical: ligamento redondo do
fígado/ligamentum teres

- Ducto venoso: ligamento venoso

- Forame oval: fossa oval

-Ducto arterial: ligamento arterial

- Artérias umbilicais: ligamentos umbilicais


mediais; artérias vesicais superiores
REFERÊNCIAS

SCHOENWOLF, G. C.; BLEYL, S. B.; BRAUER, P. R.; FRANCIS-WEST, P. H. Larsen


Embriologia Humana. 4ª edição, Editora Elsevier, Rio de Janeiro, 2010.

MOORE, Keith L; PERSAUD, T. V. N. Embriologia clínica. 10ª edição. Rio de


Janeiro (RJ): ELSEVIER, 2008.

Você também pode gostar