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Índice

INTRODUÇÃO.............................................................................................................3

Fragmentos do fim( (1) :Ualalapi..................................................................................4

Fragmentos do fim (2) :A morte de Mputa....................................................................5

Fragmentos do fim (3) :Damboia...................................................................................5

Fragmentos do fim (4) :O cerco ou fragmentos do cerco..............................................6

Fragmentos do fim (5) :Diário de Manua......................................................................6

Fragmentos do fim (6) : O último discurso de Ngungunhane.......................................7

CONCLUSÃO...............................................................................................................8

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...............................................................................9
INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende trazer aquilo que é o resumo da obra, de Ungulani


Ba Ka Khosa, que tem por título Ualalapi. Esta obra está dividida em seis episódios,
separados por líricas em forma de prosa designando-se de Fragmentos do fim,
nomeadamente Ualalapi, A morte de Mputa, Damboia, O cerco ou fragmentos de um
cerco, O diário de Manua e O último discurso de Ngungunhane. Os episódios deste
livro narram acerca dos marcantes acontecimentos que dizem respeito daquilo que foi a
vida de Ngungunhane, figura de grande destaque na História de Moçambique, sobretudo
quando se trata de Resistência Colonial em Moçambique.

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Fragmentos do fim( (1) :Ualalapi

Ualalapi é chefe de soldados, e na volta de mais uma victoriosa batalha, todos


carregados de animal caçado e ansiosos para ver suas famílias, chegando em sua aldeia,
encontram muitas actividades e acontecimentos anormais, pessoas morrendo em formas
estranhas. Uma dessas pessoas foi Muzila o rei da aldeia que o seu corpo já encontrava-
se na praça com as pessoas maiores do reino, estes que tinham o dever de assistir o seu
apodrecimento. Daí espera-se e dá-se palavra ao filho do falecido rei e este diz que à
beira de morte do pai indicou-lhe como seu sucessor e isso ninguém poderia tirar-lhe até
à morte, disse também que não baixaria a guarda prova disso é que a partir daquele dia
seu nome não era mais Mudungazi mas sim Ngungunhane e todos o temeriam como as
cavernas onde introduzem os condenados e ninguém iria aproveitar-se mais do reino
como teria feito o seu tio Mawewe graças à bondade do seu pai Muzila.

Pouco depois, Damboia, o quão invejosa tia do rei era ela, seduziu-o que matasse
o principe Mafemane. Em seguida, um homem de nome Manhune e guerreiros do seu
comando receberam ordens de ir executar o príncipe Mafemane, mas ao chegar em sua
aldeia ele transmite uma serenidade e pede para voltar para matá-lo mais tarde porque
ainda queria despedir-se da família, o soldados com medo voltam à casa onde tentam
expôr a situação e levaram fortes insultos por parte da tia do rei, Damboia, esta que
depois sugere que vá Ualalapi, Maguiguane e Mputa e outras guerreiros para trazerem o
cadáver de Mafemane a todo custo. Contudo, estes foram executar a ordem mesmo com
a dor no peito da esposa, que teve pesadelos pressagiando a morte do marido, e filho de
Ualalapi que depois morreram de desgosto. Chegados lá armaram um plano, em que
Mputa e Maguiguane avançavam e Ualalapi ficava atrás. Avançam e encontram
Mafemane os esperando, dizendo estar preparado para morrer e transmite-lhes uma
tranquilidade, dificultando que o matassem até que Ualalapi atira a lança de longe que
crava-se no peito dele e, depois de alguns acontecimentos, ele morre deixando a família
numa profunda e durável triste.

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Fragmentos do fim (2) :A morte de Mputa

Ao acordar, demanhã, Domia sentiu umas dores mas não se preocupou tanto, pois
sabia que tais dores sempre lhe vinham quando pensava em se vingar pela morte do seu
pai, Mputa, qua fora morto e retalhado por culpa da rainha inkonsikazi, primeira mulher
do rei Ngungunhane, que o acusara de proferir palavras injuriosas, sendo que
testemunhos como Molungo tio de Ngungunhane afirmam que a inkonsikasi é que o
perseguia como um animal em cio. Mesmo assim, o rei sentenciou-o a morte, Molungo
pede para atenuar a pena proferida para talvez cegá-lo, daí o rei ordena que chamassem
os tsongas em representação de todo o povo do império e declara ele culpado
independentemente da situação pois ele era um cão. O rei dá palavra ao condenado e ele
diz nunca ter se envolvido com a rainha e que tudo era uma calunia mas que como a
palavra da rainha era sagrada nunca o compreenderiam e pediu ser envenenado, falou
com tanta serenidade que intimidou até o rei que depois aceitou o pedido dele, fazendo
ele tomar o “mondzo”, só que o veneno demorou dar efeito e o rei achou que ele fosse
feiticeiro e jurou matá-lo ordenando os guardas que o espancassem até a morte na
presença de sua filha Domia. Então Domia sentindo-se preparada para a vingança foi ao
aposentos do rei com uma faca, usou os seus atributos de Mulher para intimidá-lo, foi
descoberta, esfaqueou-o a perna e a estupraram, depois ela cuspiu-no na cara es
chamou-o de cão, o rei sentiu-se ofendido e mandou matá-la e Ngungunhane ficou com
uma marca que nunca se apagaria na coxa direita do seu corpo.

Fragmentos do fim (3) :Damboia

Damboia, irmã mais nova de Muzila, teve uma doença estranha e morreu de uma
menstruação de nunca acabar, o que impediu a realização de um ritual anual e sagrado,
“Nkuaia” que só não ocorre quando o rei morre, este não ocorreu mesmo estando em
momento de desespero. Ngungunhane disse que a saúde da tia era mais importante que
o desespero pelos tumultos e guerras do reino. E ordenou para que intercedessem pela
saúde da Damboia, como já teria feito para outras pessoas do reino e mandou
Maguiguane para outras terras realizar uma matança para que não rissem da sua
desgraça. Dias depois acontece algo enigmático, começa a cair uma chuva amarela

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como se fosse ranho, que não só fez mortos mas também desalojados. No último sábado
de Março morre Damboia de dor e com ela a potência sexual de cinco(5) homens da
aldeia, muita gente da aldeia julgou-a por envolver-se com vários homens mas seu
sobrinho a defendeu usando a violência. Ciliane, serva de Damboia, conta que a morte,
poderia ser pena da maldição de homens que ela teria matado por negarem envolver-se
com ela.

Fragmentos do fim (4) :O cerco ou fragmentos do cerco

Maguiguane era desde a entronização de Ngungunhane, o chefe militar do


imperador das terras de Gaza. Para saber quantos soldados restavam ou quantos homens
ainda estavam vivos, Maguiguane andava de acampamento em acampamento
conversava com os homens e no final do dia dirigia-se a sua cubata, para descansar.
Certo dia, numa noite chuviscante, pensou no rei e em simultâneo o rei pensa na Vuiazi,
mãe de Golide, sua mulher que o abandonara e Vuiazi pensa no Karnal Samade, seu
amante. Tempo depois Maguiguane adormece e sonha com serpentes a devorarem-no a
si e a sua equipe, mulheres perdendo-se, hienas famintas aproximando-se. Noite
estranha de um ambiente de pesadelos para os três pensadores. De manhã ele procura
Mabuiau seu conselheiro dizer – lhe o significado do sonho, o sonho significava que
sofreriam um ataque dos Machopes, abrindo espaço para a luta sangrenta e horrível do
tempo. E assim foram vencidos os Machopes. Xipenanyane e Maparato conseguiram
fugir com alguns guerreiros, deixando o cadáver de Binguane e de outros guerreiros de
corte chope, motivo de regozijo do rei Ngungunhane e outros companheiros de
Maguiguane, este que somente ele só sentia-se victorioso.

Fragmentos do fim (5) :Diário de Manua

Manua era um dos filhos do rei Ngungunhane, em Julho de 1892, numa manhã,ele
embarcou no paquete Pungué a Lourenço Marques era um dia nublado, e chovia
fracamente, enquanto o barco flutuava Manua conviveu com os portugueses. Na
primeira noite, contrariando o hábito secular dos nguni, comeu peixe e bebeu vinho. Ao

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dormir teve pesadelos, sonhou com em casa e com o corpo do seu pai coberto de cobras.
Acordou, sentiu-se mal, vomitou sujando o navio e chorava, mas não penalizaram por se
tratar do filho do rei. Ele pensou inacreditável diante desta cena assustadora. Manua
tinha estudado e vestia se como branco, assim logo que parou de vomitar, pegou num
papel caneta e tinta e escreveu o que tinha acontecido, tiveram que colocar guardas na
porta de Manua para que alguns portugueses não fizessem mal, pois o comandante do
navio nada entendia de feitiço. No navio, Manua chorou por conta do racismo e
acusações que ouvia por ele ser negro, e chegado a Lourenço Marques, Manua ouviu
falar mal dele. Ele tornou-se um alcoólatra e viciado em Cannabis que morreu e a sua
roupa comida por ratos.

Fragmentos do fim (6) : O último discurso de Ngungunhane

Pronto o paquete para a sua partida ao exílio, Ngungunhane, disse em voz alta ao
seu povo, lembrando primeiro alguns momentos marcantes do seu império, que os
homens da cor de cabrito que aplaudiam um dia mostraria o seu lado negativo,
corromperiam todos os seus costumes, registariam pessoa por pessoa, registariam em
papéis que enlouqueceram Manua e que os aprisionarão. Dariam nomes que bem lhes
aprouver, esquecerão os nomes dos seus antepassados e o papel rabiscado norteará a sua
vida e a sua morte. Prevendo assim todos os notáveis acontecimentos que o seu povo
estaria sujeito. Depois disso Ngungunhane virou-se entrou no navio que levou um
tempo para arrancar e desapareceu.

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CONCLUSÃO

Tendo chegado a este ponto, chego a conclusão, por tanto, que esta obra apresenta
características que me fazem acreditar que se trata de uma prosa na qual o autor narra a
respeito do reinado de Ngungunhane, e, porém, para além de trazer uma imagem
diferente da concepção heróica sobre Ngungunhane de como é conhecido na História
Oficial de Moçambique, imagem essa que se for olhada negativamente pode fortalecer o
tribalismo que ainda o país vivencia e tenta combater, visa também, de alguma forma,
voltar às raízes. Ou seja, valorizar as tradições mas não negando o legado europeu.
Ungulani, exalta a africanidade e o país, explorando os rituais tradicionais que fazem
referência à crença popular nos poderes sobrenaturais.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BA KA KHOSA, Ungulani, Ualalapi, Maputo, ALCANCE EDITORES, Outubro


de 2008.

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