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Nome e matrícula:__________________________________________Data:_________
Instruções:
I. A avaliação deve ser respondida, preferencialmente, em dupla;
II. É permitida a consulta nos textos discutidos e nas aulas ministradas;
III. A folha de respostas deve ser enviada, digitalizada, até o fim do dia de forma
manuscrita;
IV. Manuscritos da folha de resposta com problemas caligráficos e/ou com baixa
qualidade da digitalização não serão corrigidos;
V. Esta avaliação deve ser entregue até às 23h59 do dia 15 de setembro de 2022;
VI. Devido a não formulação de atividades avaliativas anteriores, o peso desta será de
45% da nota final.
Questões:
1. Leia a notícia do arquivo 01. De acordo com os instrumentos de cálculo do PIB presentes
na teoria econômica, a ótica do consumo estabelece que 𝑌 = 𝐶 + 𝐺 + 𝐼 + (𝑋 − 𝑀),
onde: Y é a soma de todas as riquezas produzidas e comercializadas no país em
determinado período de tempo; C é o consumo das famílias; G são os gastos do governo
(custeios e investimentos); I são os investimentos privados (formação bruta de capital
fixo e variação dos estoques); X e M representam o montante de exportações e
importações, respectivamente.
a. Identifique nas informações contidas na notícia os desempenhos dos
componentes C, G e I na variação positiva do PIB Brasileiro para o segundo
trimestre de 2022 (1,0 ponto);
b. Na notícia há uma definição de que o “lado da oferta” do PIB se refere a
indústria, serviços e agropecuária. Esta definição é mais um esforço de tratar a
análise do PIB como o somatório da análise da oferta e demanda dos vários
setores econômicos que compõem a economia nacional. Se igualamos este
“lado da oferta” com o PIB pela ótica dos gastos chegaremos ao mesmo
resultado? Justifique sua resposta (1,0 ponto).
c. Observe os desempenhos das exportações e importações no segundo trimestre
em relação ao trimestre ligeiramente anterior e ao mesmo trimestre do ano
anterior. Discuta, de acordo com textos utilizados nas aulas, as possíveis causas
para estes desempenhos e os possíveis efeitos futuros deles para o balanço de
pagamentos da economia brasileira no ano de 2022 (2,0 pontos).
Em 2021, o valor alcançado pelo comércio externo (exportações mais importações) brasileiro
equivaleu a 39,2% do Produto Interno Bruto (PIB), a mais elevada relação desde 1960, quando
a série do Banco Mundial foi constituída. Entre 1960 e 1989, a relação média anual do comércio
externo com o PIB foi de 16%, enquanto de 1990 a 2021 passou a ser de 27%.
Se comparado com o ano de 1989 (14,4%), o peso do comércio externo no PIB de 2021 (39,2%)
foi multiplicado por 2,7 vezes. Embora as trocas comerciais no mundo tenham decaído 14,7%
desde a crise de 2008, o Brasil continuou aumentando a corrente de comércio exterior em
43,6%, pois passou de 27,3% do PIB, em 2008, para 39,2% do PIB, em 2021.
A trajetória de maior relevância do comércio externo relacionado ao PIB decorre da forma como
o Brasil se insere na Divisão Internacional do Trabalho. Em plena Era Digital, o mundo se divide
em dois grupos distintos de países.
Por ocupar a quarta maior posição no mercado consumidor de bens e serviços digitais do
mundo, o Brasil assumiu crescentemente a situação de importador, dependendo cada vez mais
das exportações de bens primários ou básicos (agrários e minerais) para poder financiar as
compras externas. Nesta nova condição periférica no sistema capitalista mundial, o Brasil
esvazia a sua capacidade interna de decidir a respeito do rumo a seguir, estando mais sujeito às
decisões tomadas externamente.
Entre 2019 e 2021, por exemplo, o PIB brasileiro acumulou crescimento de 1,2%, enquanto o
comércio externo aumentou 35,6%. Nestas condições, para que o PIB nacional possa aumentar
em um ponto percentual, precisa que o comércio externo cresça 30%.
Isso talvez explique por que o governo Bolsonaro pressiona as finanças do Estado, seja pela
desoneração fiscal, seja pela ampliação do gasto público, pois não há dinamismo possível
proveniente do comércio externo para impulsionar o conjunto da economia nacional. No
período de 1960 a 1989, por exemplo, o peso do comércio externo era diminuto em relação ao
mercado interno e o crescimento médio anual do PIB foi de 5,4%. [...]
Fonte: https://terapiapolitica.com.br/subdesenvolvimento-nao-e-um-improviso/
Na notícia do arquivo 02 se afirma que o Brasil apresenta desempenho superior no crescimento
do PIB em relação a maioria de um conjunto de economias selecionadas. Observe agora o
quadro 01. Nele é possível perceber que o Brasil perde posições no ranking dos maiores PIBs do
mundo, em US$, nos anos mais recentes.