TESTES

TESTE 5

AGRUPAMENTO / ESCOLA:

NOME: ANO: TURMA: DATA: / /

1. Santo Anselmo caracteriza Deus como o ser

A. de que nada maior pode ser pensado.
B. que é o mais perfeito.
C. que pode ser concebido como o que há de mais poderoso.
D. que é sumamente bom.

2. Para Santo Anselmo, sendo Deus o maior ser possível,

A. deve existir na mente e na realidade.
B. deve existir na mente.
C. deve existir na realidade.
D. não existe.

3. A questão fundamental a que o argumento cosmológico responde é:

A. Quando começou a Humanidade?
B. Quem é Deus?
C. Porque é que tudo se move?
D. Qual é a causa do Universo?

4. Tendo presente o seguinte argumento, qual é a premissa em falta?

P1.
P2. Nada é de si mesmo.
P3. Uma cadeia de causas não pode ser infinita.
P4. Deve existir uma primeira causa.
Conclusão: A primeira causa é Deus.

A. Tudo é causa de alguma coisa.

B. Tudo está consciente da sua própria causa.
C. Tudo tem uma causa.
D. Sempre existiu uma primeira causa.

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5. O argumento teleológico é também conhecido por

A. argumento da finalidade.
B. argumento do desígnio.
C. argumento finalista.
D. quinto argumento lógico.

6. São Tomás de Aquino, para ilustrar o seu argumento, sustenta-se na imagem de

A. uma pedra a rolar montanha abaixo.
B. uma girafa e uma pedra.
C. um arqueiro e uma flecha.
D. um peixe no oceano.

7. A aposta de Pascal é entre a existência

A. do Deus cristão ou de nenhum Deus.
B. do Deus cristão ou de todos os outros deuses.
C. de um qualquer Deus ou de muitos deuses.
D. de muitos deuses ou de nenhum Deus.

8. Para Pascal, aceitar a aposta

A. seria tão bom quanto a verdadeira fé.
B. seria um modo de adquirir a verdadeira fé.
C. seria melhor do que nada se não se pudesse ter uma verdadeira fé.
D. não seria suficientemente bom para que alguém alcance a vida eterna.

9. Para Leibniz, um exemplo da compatibilidade do mal com o bem maior é

A. Deus dar-nos a liberdade, até para fazer o mal.
B. um general preferir uma vitória com baixas nas suas fileiras a uma derrota.
C. a imperfeição das partes ser por vezes exigida para a maior perfeição do todo.
D. Todas as respostas anteriores.

10. A Teodiceia de Leibniz procurou explicar como

A. o bem e o mal poderiam existir num mundo criado por um Deus que deveria ser
bom.
B. o bem e o mal poderiam existir num mundo criado por um Deus que deveria ser
mau.
C. o Homem e a Natureza poderiam coexistir num mundo criado por Deus.
D. o mundo iria acabar.

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11. Segundo o argumento ontológico de Santo Anselmo, «Deus existe porque, se não
existisse, não seria o ser mais perfeito, e se não fosse o ser mais perfeito, então não seria
Deus».
Desde que foi apresentado este argumento, ele foi sujeito a várias objeções. Identifica e
caracteriza uma dessas objeções.
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12. Lê o texto seguinte.

O Grande Acelerador de Hadrões nos arredores de Genebra, na Suíça, é um dos projetos

científicos mais ambiciosos já concebidos. É a maior máquina do mundo. Os dois anéis do
acelerador têm 8 km de diâmetro e quase 27 km de circunferência, dispondo também do maior
sistema de refrigeração do mundo.
O seu objetivo final é entender a natureza da matéria no momento em que o cosmos foi criado.

13.1 Os cientistas procuram perceber a causa do Cosmos. Não dispondo dos meios técnicos
atualmente existentes, São Tomás de Aquino apresentou uma argumentação para a causa
ou origem do Cosmos. Identifica e caracteriza o argumento apresentado por São Tomás de
Aquino.
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13. Lê o texto seguinte.

O cientista Isaac Newton (1642-1727) usou a impressão digital como evidência da existência de
Deus porque cada pessoa tem uma impressão digital individual e única. Ele argumentou que
isso apontava para a existência de um Criador e não para um acaso.
O corpo humano está repleto de exemplos da forma única como somos criados. Por exemplo, o
modo de funcionamento dos nossos olhos com a sua complexidade parece orientar-nos para a
ideia de um Criador.
No entanto, existem muitas coisas que não funcionam bem no mundo e tornam difícil acreditar
na existência de um Criador cujo propósito criativo seja o melhor. Por exemplo, a crosta
terrestre, sendo composta por placas que não se encaixam perfeitamente, às vezes, quando se
empurram, causam terramotos e vulcões. Qual é a finalidade destes, além da evidente destruição
que causam?

13.2 Indica o argumento apresentado no texto.

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13.3 Será que São Tomás concordaria com esta posição? Justifica, apresentando a sua
argumentação.
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14. Lê o seguinte texto.

Algumas pessoas lidaram com o problema do mal apelando aos «caminhos misteriosos de
Deus». Não entendemos porque Deus faz o que faz, e não O devemos questionar. Mas esta
resposta está muito em desacordo com a necessidade de saber algo sobre Deus a fim de ter uma
razão para n´Ele acreditar. Além do mais, há uma justa interpretação de algumas das mais
brutais histórias da Bíblia (por exemplo, a história de Job, ou a destruição de cidades inteiras por
Deus)? Às vezes podemos entender o que é para uma pessoa sábia fazer algo que não
entendemos […]. Mas […] quando não podemos sequer imaginar um sentido em que um curso
de ação é justo, apelar para «caminhos misteriosos» não é […] uma resposta para o problema,
mas a admissão de que não temos ideia de como lidar com ele.
Robert C. Solomon e Kathleen M. Higgins, The Big Questions, Cengage Learning, 2010, pp. 86-87.

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Partindo da expressão «caminhos misteriosos de Deus», reflete sobre o problema do mal.

Na tua resposta, deves:
– clarificar o problema filosófico inerente à questão formulada;
– apresentar inequivocamente as posições em confronto;
– argumentar, mobilizando conceitos ou teorias relevantes;
– apresentar pelo menos um exemplo que ilustre a posição defendida.
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COTAÇÕES
1 a 10 11 12.1 13.1 13.2 14 TOTAL

10 × 7 pts 15 pts 20 pts 15 pts 40 pts 40 pts 200 pts

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PROPOSTAS DE RESPOSTA
TESTE 5 (Pág. 23)

1. A; 2. A; 3. D; 4. C; 5. B; 6. C; 7. A; 8. B; 9. D; 10. A.
11. A resposta pode conter uma das seguintes três alternativas:
• Se a noção de ser perfeito implica a existência, será que tudo o que se pensa como perfeito tem de existir? Para Gaunilo
de Marmoutiers, a resposta é não. A sua posição é justificada com o exemplo da ideia de uma ilha perfeita. Gaunilo dirá
que, seguindo o raciocínio do argumento de Santo Anselmo, se tivermos na nossa mente a ideia de uma ilha acima da qual
nenhuma outra pode ser pensada, então ela terá de existir. Para Gaunilo, este salto do intelecto (a ideia de uma ilha acima
da qual nenhuma outra pode ser pensada) para a realidade (a ilha existente) não tem sentido, pois admite- se a existência
de qualquer coisa apenas por ser pensada. O argumento ontológico prova a existência de coisas demais.
• É possível pôr em pé de igualdade uma qualidade com a existência dessa qualidade? Segundo alguns pensadores, a
resposta é não. Pensamento e realidade são dois planos que não se podem confundir. Como afirmou Kant, a existência
não é um predicado ou uma qualidade, mas a condição de possibilidade de atribuir predicados ou qualidades. Ao explicar
um ser perfeito, o que o torna perfeito são os predicados ou palavras que o descrevem. Pode-se dizer, para descrever
Deus, que ele é omnipotente, omnisciente e sumamente bom, mas se acrescentarmos «existência» nada acrescentamos
ao conceito de Deus. Assim, o único modo pelo qual posso saber que Deus existe é através de uma experiência sensorial,
não lógica.
• Por aceitarmos que Deus existe necessariamente, resulta daí que Deus existe na realidade? Por pensar numa sereia, uma
mulher com atributos de peixe, não quer dizer que existam sereias na realidade. Do mesmo modo, afirmar que Deus existe
necessariamente é logicamente verdade, porque é assim que definimos Deus, mas daí não se pode deduzir que Deus
existe na realidade.

12.1 Argumento cosmológico. O argumento cosmológico defende a existência de Deus como causa primeira e necessária para todas
as coisas, da qual todas as outras causas dependem.

13.1 Argumento teleológico ou do desígnio.

13.2 Sim. São Tomás poderia concordar com esta posição.

A palavra teleologia tem origem no grego telos, significando objetivo, propósito, finalidade. O argumento teleológico, do
desígnio, determina a existência de Deus a partir da finalidade e ordem de quanto existe no mundo. Recorrendo ao raciocínio
por analogia (por semelhança entre dois elementos, no caso, entre as produções humanas e o Universo), afirma que, tal como
os objetos são criados pelo ser humano com um propósito, também o Universo apresenta uma finalidade intrínseca.

Se essa finalidade implica a presença de um desígnio consciente e se não foi o ser humano que a imprimiu no Universo, o seu
autor só pode ter sido um ser consciente e superior, uma inteligência divina responsável pela criação da finalidade e ordem do
Universo.

São Tomás de Aquino desenvolveu um argumento teleológico ou da causa final ao observar que tudo na Natureza se movia de
acordo com uma ordem e propósito, de acordo com formas e fins previsíveis. Para São Tomás de Aquino a complexidade do
Universo manifestava a evidência de um desígnio, de uma finalidade dada por um criador, Deus.

13. A resposta deve mobilizar os conteúdos referentes:

• à distinção mal moral/mal natural;
• ao chamado problema do mal na formulação que dele faz Epicuro que argumenta contra a existência de um Deus que seja
ao mesmo tempo omnisciente, omnipotente e sumamente bom. É que se a divindade fosse dotada de tais poderes não
poderia permitir o mal. Mas existindo o mal, como é evidente, porque é que Deus o permite?;
• à compatibilidade da existência de Deus com a existência do mal, como argumentada por Leibniz – o argumento das leis
da Natureza;
• ao argumento da melhoria da alma (santidade) ou do mal edificante;
• ao argumento da defesa do livre-arbítrio.

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