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CURSO: DIREITO 1° A

DISCIPLINA: CIÊNCIAS POLÍTICAS


ACADÊMICO:

DISTINÇÃO ENTRE PLEBISCITO E REFERENDO

O Brasil, atualmente, constitui-se um Estado Democrático de Direito, em que


o poder emana do povo e deve ser exercido diretamente pelo povo ou por seus
representantes, melhor dizendo, configura-se o direito ao sufrágio, capacidade do
cidadão de participar da vida política, dentre outras, direito tanto de votar como de
ser votado, ou seja, forma de democracia semidireta, com, inclusive, possibilidade
de plebiscito ou referendo.
Nesse sentido, entende-se como plebiscito uma consulta prévia popular aos
cidadãos sobre uma possível alteração de alguma norma, tem-se como exemplo o
plebiscito realizado no ano de 1993 em que foi feita uma consulta aos cidadãos
brasileiros para saber se o brasil deveria continuar como república ou adotar o
modelo monárquico, assim como se o país deveria continuar com presidencialismo
ou adotar o parlamentarismo. Podendo, portanto, inferir que tal ação mudaria todo o
cenário até os dias de hoje, no entanto o povo decidiu que continuaria como
república e na forma de presidencialismo.
Por outro lado, apesar do referendo também constituir-se uma consulta
popular, no entanto é realizado após a norma ter sido implantada, ou seja, após ter
sido elaborada e aprovada no congresso, sendo remetido aos cidadãos a aprovação
ou rejeição, tendo como exemplo o referendo do ano de 2015 que incidiu após
apuração dos votos que a maioria da população rejeitava a proibição do comércio
de armas, segundo o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento.
Dispõe-se tanto o plebiscito quanto o referendo como prerrogativa exclusiva
do congresso nacional, sendo necessário que um terço na câmara dos deputados
ou do senado proponha um decreto legislativo convocando a consulta popular,
devendo ser aprovado posteriormente por maioria simples do plenário do congresso
nacional.
É evidente, portanto, a importância desses instrumentos e cabe à população
exercer seus direitos assim como ter a devida compreensão de seu poder, tendo
consciência que os representantes públicos tem como função servir ao povo e não o
contrário, respaldando-se por meio dessa estrutura democrática consubstanciada na
constituição, incidindo assim a uma sociedade mais justa e isonômica, com a esfera
pública atuando segundo a vontade do povo.

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