Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
3.4 Pneumotórax aberto ............................................................................. 115
3
4. TRAUMA ABDOMINAL ............................................................................. 139
4
5.4 Lesão renal .............................................................................................. 259
311
5
7.2 Comprometimento da ventilação ........................................................ 340
6
ANEURISMAS VASCULARES
7
1. ATENDIMENTO INICIAL AO POLITRAUMATIZADO
profundas do organismo.
senta a terceira principal causa de morte, ficando atrás apenas das do-
ceiro pico, ocorrendo várias horas a semanas após o trauma, envolve com-
8
Para melhorar o atendimento e reduzir a morbidade e mortalidade
ses picos:
9
Pico de
Formas de Pre-
Morta- Características Exemplos de Lesões
venção
lidade
• Sinalização ade-
ventivas.
• Hemorragias de-
• Ocorre den-
vido a ruptura es- • Atendimento rá-
tro de minu-
plênica, lacera- pido e eficiente.
tos a horas
Se- ções hepáticas, • Ressuscitação
após o aci-
gundo fraturas pélvicas. imediata.
dente.
Pico • Hemopneumotó- • Treinamento de
• Conhecido
rax. equipes de res-
como "hora
• Hematomas epi- gate.
de ouro".
dural e subdural.
10
Pico de
Formas de Pre-
Morta- Características Exemplos de Lesões
venção
lidade
• Cuidados ade-
quados durante
as fases anterio-
res do atendi-
• Ocorre várias • Sepse.
Ter- mento.
horas a sema- • Disfunção sistê-
ceiro • Vigilância e tra-
nas após o mica de múltiplos
Pico tamento de in-
trauma. órgãos.
fecções.
• Monitoramento
contínuo do pa-
ciente.
Tabela 1
imediata, que requer uma avaliação rápida das lesões e a aplicação de me-
11
Preparação: Isso envolve dois cenários distintos - pré-hospitalar e
lar.
talar, a segurança pode ser entendida como a utilização dos EPI (Equipa-
12
Exame Primário: Nesta etapa, o foco está na identificação e trata-
porte.
dados adicionais para garantir que a vítima seja preparada para o exame
Cateter urinário para aferir diurese; Cateter gástrico para evitar aspiração;
Monitorização de FR, FC, SpO2, PA e gasometrias. Além disso, pode ser rea-
mais detalhada das lesões, procurando por problemas que podem não ser
13
Reavaliação e Monitoramento Contínuos Após Reanimação: A ví-
cial (tabela abaixo). Cada letra representa uma parte da avaliação e resolu-
ção de problemas em pacientes de trauma, com foco nas lesões que podem
nismo de trauma, essa sequência deve ser sempre seguida para garantir
Anotações
14
Mnemônico Significado Descrição
se necessário.
vítima.
D Defeito Neurológico
• Verifique a resposta do paciente
15
1.3 Avaliação e manutenção das vias aéreas com restrição
o colar deve ser removido e a estabilização da coluna cervical deve ser exe-
16
É importante ressaltar que, isoladamente, o colar cervical permite
prancha longa (rígida) em conjunto com coxins laterais para fixar a ca-
pacientes que estejam alertas (ECG = 15), sem queixas de dor no pes-
Figura 2 - Na imagem, observa-se a correta proteção da coluna cervical, por meio de pran-
cha rígida, colar cervical e coxins laterais. Fonte: Protocolo de suporte básico de vida
17
em extremidades, mecanismos de trauma perigosos, incapacidade de rea-
medular.
com indicação de via aérea de nível avançado, devem receber oxigênio pas-
18
de resposta verbal, respiração ruidosa e esforço respiratório, pois esses po-
e secreções devem ser removidos das vias aéreas por meio de sucção, uti-
Anotações
19
Figura 3
Figura 4
aérea com o uso de uma sonda de ponta rígida. Esse cuidado é essencial
20
A) Risco Iminente de Comprometimento das Vias Aéreas: Isso pode
Mas afinal, o que é uma via aérea avançada? A via aérea avançada
abaixo das pregas vocais, que tem como principal objetivo garantir a
obtenção dessa via aérea pode ser realizada por meio de técnicas cirúrgicas
21
ou não cirúrgicas, dependendo dos fatores específicos que serão detalha-
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
cais.
• Edema de glote.
Anotações
22
Figura 5 - Vale lembrar que a imobilização da coluna cervical deve continuar a ser feita durante
a intubação. Imagem ilustrativa apenas para demonstrar a técnica. Fonte:ATLS
laringe ou passar com segurança além das pregas vocais, fazendo das situ-
23
O que é a sequência rápida de intubação?
mente em pacientes que exigem controle imediato da via aérea e que man-
cefálico.
a succinilcolina (geralmente 1-2 mg/kg, usualmente 100 mg). Pode ser apli-
24
realizada após efeito do bloqueador neuromuscular, sem realização da
ventilação. Essa etapa não é realizada pois consideramos que esse paci-
coaspiração.
nor incidência desse evento com seu uso. No entanto, essa técnica é am-
em situações de emergência.
25
complicações, como a ocorrência de necrose de tecidos moles devido à
mos:
● Paciente em apnéia
claros:
aplicação de quaisquer sonda ou tubo por via nasal, já que a fratura por
26
● Otorragia e hemotímpano
● Otoliquorréia
● Rinorréia
● Edema de glote
transposição da laringe
27
1.8 Cricotireoideostomia cirúrgica:
queia.
28
estrutura responsável por sustentar a porção superior da traqueia em cri-
1.9 Traqueostomia
queal.
casos de trauma.
29
Portanto, a traqueostomia é uma opção que pode ser considerada
considerado como uma via aérea definitiva. Isso se deve ao fato de que ne-
nhum deles envolve o uso de um balonete (cuff) insuflado abaixo das pre-
gas vocais, o que é essencial para garantir a proteção da via aérea contra a
var que a inserção desse dispositivo não é uma tarefa simples e requer trei-
30
solução definitiva para o manejo da via aérea, mesmo assim, está sendo
cada vez mais utilizada na prática e cobrada nas provas de acesso direto.
Figura 8 - Exemplo de como a intubação endotraqueal pode ser realizada pela máscara laríngea.
Fonte: ATLS
31
tubo endotraqueal é inserido por ela permitindo assim uma intubação às
temporária e deve ser mantida apenas até a obtenção de uma via aérea
nutos.
32
direção da traqueia, permitindo ventilação intermitente a jato. A cri-
33
PARA IR ALÉM
pressão positiva.
34
previamente, e isso pode ocorrer devido à ventilação com pressão
positiva ou ao barotrauma;
no cenário pré-hospitalar.
diafragma.
Por outro lado, existem condições menos graves que podem afetar a
35
pneumotórax simples e hemotórax simples. Geralmente, essas desordens
Dito isso, estudaremos cada uma das lesões acima citadas de forma
36
1) Controlar focos de hemorragia externa por meio de compressão ade-
quada.
vados.
37
volêmica agressiva e contínua não substitui o controle definitivo da
hemorragia."
cubital ou as veias do antebraço. Caso não seja possível obter acessos peri-
cos.
periféricos após duas tentativas, a inserção de uma agulha intra óssea deve
da tuberosidade tibial, e essa técnica não pode ser realizada em áreas com
38
fraturas ou infecções devido ao risco de osteomielite. O acesso intraósseo
também pode ser uma alternativa para adultos com dificuldades em obter
seo é temporário e deve ser mantido até que seja possível obter um acesso
Anotações
39
No contexto de perda sanguínea decorrente de fraturas da pelve, a
cirúrgico.
Figura 10 - American College Of Surgeons. Committee On Trauma. Advanced trauma life support :
student course manual. 10th ed. Chicago, Il: American College Of Surgeons; 2018.
40
A classificação da hemorragia em quatro classes com base em sinais
centagem, sendo útil como guia inicial para a terapêutica. Contudo, deve-se
ter em mente que esses valores servem como referência inicial, visto que o
para os tecidos moles, uma vez que essa população apresenta pele e tecido
tamponamento.
gica:
41
hemácias. Geralmente, não representa um risco iminente. Em alguns casos,
dentro de 24 horas.
senta de 31% a 40% do volume total de sangue do paciente. Isso pode ser
42
Hemorragia Classe IV, os sinais de insuficiência de perfusão tecidual
diata.
Abaixo, a tabela que o ATLS nos traz em relação ao que foi discutido
43
portanto, estas duas classes de choque é a Frequência Cardíaca (classe II há
classe III ou IV, e novamente vamos utilizar a frequência cardíaca para dife-
perior a 140!
Tabela 3
A escolha da solução cristaloide ideal no manejo de pacientes em
44
significativos na redução da mortalidade. É crucial ressaltar que a adminis-
o mais rapidamente possível, com uma dose inicial de 1 litro para adultos
cadores como nível de consciência, débito urinário, bem como nos níveis de
menores de um ano.
45
da hemorragia. Dessa forma, o tratamento deve ser adaptado ao tipo de
ciar uma infusão de volume com o objetivo de manter uma pressão arterial
46
admissão (ou mais de 4 unidades em uma hora). A administração pre-
mais pontos
47
Surgeons (ACS TQPI). Essas diretrizes indicam que a Transfusão Maciça de
mesmo após uma adequada ressuscitação volêmica inicial. Além disso, ou-
grave.
48
UNICAMP (2021)
(focused assessment with sonography for trauma) positivo nos espaços he-
lactato aquecido.
timentos por minuto não deixam qualquer margem para dúvidas. A defor-
midade e o inchaço na coxa esquerda apontam para uma fratura que pode
no Trauma). Quando se
49
trata de pacientes críticos que requerem uma ressuscitação volumétrica
50
tempo de protrombina (PT), INR, tempo de tromboplastina parcial ativada
ambiente hospitalar.
51
1.16 Estado neurológico (D)
ção das pupilas podem fornecer informações valiosas sobre possíveis com-
52
Recentemente, a ECG sofreu algumas modificações (ECG revisada),
“flexão normal”. Além disso, o termo “não testado” deve ser empregado
ECG:
• Pinçamento do trapézio
• Insisura supraorbitária
53
A seguir, colocamos a ECG revisada, com as respectivas pontuações
álgico, mas muitas ainda mantém a dor como estímulo (abaixo está como
dor, mas saiba que existe essa relação). É importante ainda lembrar, con-
tura “NT”.
54
Além disso, a ECG revisada traz como conceitos para resposta motora
minações entende-se:
Anotações
55
Dessa forma, devemos subtrair do valor encontrado da ECG a pontu-
ECG - P = ECG - RP
Tabela 4
Anotações
56
EMCM (2021):
(ECG) é de 8 pontos.
57
Agora, vamos calcular o Glasgow-P, que envolve subtrair a pontuação
1).
Gabarito: letra B.
Anotações
58
1.18 Exposição com controle do ambiente (E)
crucial para o seu bem-estar e recuperação. Isso pode ser alcançado por
• Hipotermia
• Acidose
• Coagulopatia
59
SES - GO (2021):
rando ruidosamente
Veja que o examinador garantiu que a cena está segura e vamos buscar nas
60
imediato com lesões com risco de morte se não tratadas;
• Verde - pacientes com lesões leves que podem deambular e ser atendi-
• Preta - óbitos ou lesões sem recursos para tratamento que irão culmi-
nar em óbito.
que gerou dúvidas, mas a banca não aceitou o recurso. Com isso em mente,
vejamos os pacientes:
dizer que tem fonação preservada (via aérea pérvia) e oxigenação sufici-
61
Aqui entra a obsessão que devemos ter com o ABCDE, o que
mata primeiro o paciente: lesão de via aérea (A) ou hemorragia (C)? A via
mento da paciente B.
Gabarito: Letra B.
Anotações
62
(DASA-2023)
cânula orofaríngea.
intubação nasotraqueal.
RESPOSTA:
63
mas em casos de suspeita de lesão cervical, é essencial que um segundo
tes que estão inconscientes e com reflexo de gag (náusea e vômito) su-
Gabarito: Letra A.
64
(HSCSP 2023)
100mg ao dia, devido quadro de HAS, sofreu colisão contra veículo parado
65
RESPOSTA: Com base no cenário apresentado, a sequência de aten-
dimento do politraumatizado com o objetivo de dar suporte à vida até a
transferência para um centro especializado é a seguinte:
Gabarito: Letra B.
66
SCMSJC (2023)
RESPOSTA:
ventilação adequada.
ente está com insuficiência respiratória, o que significa que está com di-
67
O sangramento facial profuso pode obstruir as vias aéreas, tornando
mento especializado.
Gabarito: Letra B.
68
SCMSJC (2023)
ações para evitar o óbito. Qual seria ação prioritária e imediata para estabi-
lizar?
RESPOSTA:
por hemorragia, ela não é a ação prioritária. A estabilização das vias aé-
69
hemorragias é frequentemente uma ação subsequente após a manu-
rio.
trauma.
ratória e ao óbito.
Gabarito: Letra D.
70
(HSM 2023)
em que era o motorista, foi ejetado do veículo, foi levado pelos bombeiros
e de crânio.
aquecido.
tismo cranioencefálico.
mentos volumosos.
RESPOSTA:
71
• B) INCORRETA. A abordagem de ressuscitação de líquidos no ATLS segue
o conceito de "ressuscitação guiada por metas". O volume inicial de lí-
quidos é frequentemente de 1.000 mL de solução salina isotônica (não
aquecida), e a resposta do paciente à fluidoterapia é monitorada de
perto. O uso de 2.000 mL não é uma regra fixa, e a administração exces-
siva de fluidos pode ser prejudicial.
• C) CORRETA. O paciente está inconsciente e taquicárdico, o que indica a
necessidade de avaliar e assegurar a via aérea do paciente. Isso pode
envolver a intubação orotraqueal ou outra via aérea definitiva, depen-
dendo da situação clínica.
• D) INCORRETA. Embora o traumatismo cranioencefálico seja uma preo-
cupação importante, o paciente pode ter várias lesões, incluindo lesões
torácicas, abdominais e ortopédicas devido ao acidente. O ATLS preco-
niza uma avaliação abrangente para identificar e tratar todas as lesões
potenciais, não apenas o traumatismo cranioencefálico.
• E) INCORRETA. O ácido tranexâmico é uma medicação antifibrinolítica
que pode ser indicada em casos de sangramento volumoso e está indi-
cada o mais cedo possível após o início do sangramento. A administra-
ção ideal é dentro das primeiras horas após o trauma, não após 24 ho-
ras. A administração tardia pode não ser eficaz na redução do sangra-
mento.
Gabarito: Letra C.
72
MULTIVIX VITÓRIA (2023)
média
RESPOSTA:
73
• B) INCORRETA. Esta alternativa não é a melhor conduta inicial neste mo-
cenário.
ente.
Gabarito: Letra A.
74
SURCE (2021)
pele pálida, fria e úmida na cena. O que chama atenção é uma grave lesão
75
RESPOSTA: O reflexo que vem é pensar no ABCDE e marcar a letra D.
Mas muita calma, perceba que a questão cita o PHTLS e faz questão de re-
esta hemorragia. Fique tranquilo, pois isso não muda nada do que conver-
samos até então, mas fique atento às questões que citam o PHTLS e refor-
Gabarito: Letra C.
Anotações
76
(2021 SCMSP)
A) Intubação orotraqueal.
B) Intubação nasotraqueal.
D) Cricotireoidostomia cirúrgica.
E) Traqueostomia.
RESPOSTA:
77
colidiu com o para-brisa do veículo, o que é conhecido como o "sinal do
alvo". Notavelmente, ele não estava usando o cinto de segurança. Ao seguir
a abordagem ABCDE na admissão ao hospital, notamos que o paciente está
inconsciente, com uma respiração ruidosa e uma significativa diminuição
na saturação de oxigênio (uma saturação abaixo de 90% indica uma PaO2
abaixo de 60 mmHg).
78
2. TRAUMA DE FACE E CERVICAL
damental criar uma via aérea cirúrgica, um tema que pode ser encontrado
dica.
mento das vias aéreas, embora o sangramento também possa ser significa-
trolado por meio de compressão. Se essa abordagem não for eficaz, a he-
do vaso sangrante.
79
A artéria maxilar ou artéria maxilar interna, que é um dos principais
uma opção terapêutica eficaz. Quando essa alternativa não está disponível,
80
2.1 Fraturas de le fort
que a maioria das fraturas de Le Fort não ocorre de forma isolada e pode
estar associada a outras lesões faciais. Para uma avaliação precisa dessas
deve ser realizada após a avaliação das lesões que representam risco
à vida do paciente.
calizada acima das raízes dos dentes. Também é conhecida como fratura
tura possuem a forma de uma pirâmide, motivo pelo qual também são
81
chamadas de fraturas piramidais. A linha de fratura ocorre acima do nariz,
liquórica.
de 24 horas
82
• inchaço localizado
etmoide.
notar que a rinorreia, ou seja, o vazamento de líquor pelo nariz, pode ser
dada uma redução imediata, idealmente dentro das seis horas após o
rar de três a sete dias para a redução, pois nesse período o edema diminui
83
absoluta, adiar a cirurgia pode resultar em deformidades permanentes, e,
meningite bacteriana.
(que, quando não tratado, pode levar à necrose e erosão do septo de-
terações visuais.
estruturas vitais, incluindo vasos cervicais como a veia jugular interna, a ar-
84
compreendendo o esôfago, a laringe e a traqueia. Além disso, nervos crani-
anos e a coluna cervical também estão presentes, e lesões nessa área ge-
foco principal neste contexto é entender como lidar com traumas cervicais
bula.
85
suas respectivas características no que se refere a conduta. Pensando nisso,
Anotações
86
Zona da
Localização Características
Lesão
Abaixo da car-
Lesões mais graves e maior mortalidade de-
tilagem cri-
vido ao acesso cirúrgico mais difícil. Em al-
coide até o es-
Zona I guns casos, pode ser necessário associar
terno e as cla-
uma esternotomia para controle e reparo
vículas (operí-
das lesões.
culo torácico)
intervencionista.
Tabela 5
87
QUADRO CLÍNICO E EXAME FÍSICO
cerebral.
88
Lesões Faringoesofágicas: Manifestações graves de lesões faringo-
talidade.
Para uma avaliação mais precisa, esses sinais podem ser divididos
SINAIS GRAVES:
• Lesão Vascular:
• Fremitos ou sopros
• Lesão Aerodigestiva:
• Insuficiência respiratória
89
SINAIS LEVES:
• Lesão Vascular:
• Hemorragia menor
• Lesão Aerodigestiva:
• Disfonia (rouquidão)
• Disfagia
TRATAMENTO:
90
Existem diversos sinais que sugerem a necessidade de uma in-
engolir).
• Rouquidão.
91
• Extensos traumas faciais com sangramento significativo na orofaringe,
ção.
PARA IR ALÉM:
tória ou obstrução total de via aérea pode ser uma tentativa de IOT, e em
92
No que se refere a ventilação e respiração (B), nos casos de ferimen-
pescoço.
resultados nas lesões vasculares localizadas na zona II, pois são mais super-
93
adicional pode ser a inserção de um cateter com balão na ferida, como um
cateter Fogarty ou sonda de Foley, que pode ser insuflado para proporcio-
larmente útil em ferimentos na zona I, onde existe uma provável lesão dos
entrada não está indicada para avaliar sua profundidade, uma vez que
trauma cervical.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
negativas.
94
clara para a exploração cirúrgica imediata, independentemente da lo-
pescoço podem ser avaliadas de forma seletiva por meio de exames diag-
não terapêuticas.
• Instabilidade hemodinâmica
• Sangramento ativo
95
Em casos de lesões localizadas na zona I, onde há probabilidade de
pode ser alcançado por meio de várias técnicas cirúrgicas, incluindo incisão
eficaz.
veia jugular interna, a ligadura é uma opção se o reparo primário não for
nos, as artérias carótidas comum e interna podem ser ligadas, mas isso
pode afetar o fluxo sanguíneo cerebral. A artéria carótida externa, por outro
96
procedimentos mais complexos, como esofagostomia e reconstrução tar-
dia. Além disso, pode ser necessário o estabelecimento de uma via alterna-
com sutura absorvível, desde que não haja tensão significativa. Lesões mai-
EXAMES COMPLEMENTARES
vas.
97
A arteriografia (angiografia) ainda é considerada o padrão-ouro
cional de ser tanto diagnóstica quanto terapêutica para lesões nas zo-
gatória.
xima a 100%.
98
Para simplificar o raciocínio na hora da prova, colocamos abaixo uma
de trauma cervical:
Anotações
99
Fluxograma 1
Anotações
100
UFPI (2020)
fibroso.
101
RESPOSTA:
zona I, respectivamente.
• C) INCORRETA. A alternativa "c" está incorreta: A Zona III, e não II, repre-
seo que protege as estruturas nervosas e vasculares que por ela atra-
mais fácil.
vai desde o osso hioide até a região torácica, onde se fixa no pericárdio.
Assim, letra C
102
UFPI (2020)
mente atingida é:
A) Osso nasal.
B) Mandíbula.
C) Maxila.
D) Zigoma.
E) Frontal.
RESPOSTA:
Assim, letra E
103
3. TRAUMA TORÁCICO
tulo que fala exclusivamente dos traumas torácicos, citados ainda no capí-
trauma torácico pode ser beneficiada por meio de medidas que podem ser
104
3.1 Lesão de árvore traqueobrônquica
ocorre uma lesão na traqueia, a grande maioria dos pacientes acaba não
queobrônquica incluem:
• Hemoptise;
gem do tórax;
105
As medidas terapêuticas iniciais para o tratamento de uma lesão na
quica.
106
Figura 16 - Mecanismo fisiopatológico do pneumotórax simples Fonte: ATLS
107
Os sinais clínicos que caracterizam um pneumotórax simples in-
cluem:
mais fraco.
cos, como:
108
• Dimensões reduzidas do pneumotórax, com a distância entre o tecido
inferior a 2 a 3 cm.
reo.
alta.
gere que a drenagem torácica seja a abordagem mais segura, embora ou-
109
acumula sob pressão. Isso resulta no colapso do pulmão afetado e pode
afetando, por exemplo, as veias cava superior e inferior, levando a uma di-
incluem:
• Timpanismo à percussão.
• Hipóxia.
• Taquipneia.
• Taquicardia.
110
Figura 18 - Imagem radiográfica que ilustra o pneumotórax hipertensivo
111
É importante notar que, anteriormente à 10ª edição do ATLS, a abor-
são seja realizada no 5º espaço intercostal, entre a linha axilar média e an-
terior.
tre a linha axilar média e anterior, seguida pela introdução do dedo na ca-
112
I. Posicionamento do Paciente:
mento adequado, como uma pinça delicada ou uma pinça Kelly. Asse-
113
permitirá uma liberação controlada do ar. Este é o passo de descom-
nais que possam ter migrado para a cavidade torácica, como uma hérnia
114
VIII. Radiografia de Tórax de Controle:
• A realização deste exame não deve atrasar ou interferir nas outras me-
115
significativamente grande para permitir que o ar atmosférico entre na
respiratórios graves.
116
Hipoxemia: A diminuição da capacidade do pulmão em trocar oxigê-
117
No entanto, o tratamento definitivo do pneumotórax aberto
cavidade torácica.
118
O hemotórax maciço geralmente ocorre como resultado de traumas
limite superior dos seios costofrênicos, conforme pode ser visto na imagem
abaixo:
119
O tratamento inicial recomendado para o hemotórax, indepen-
quada.
guínea.
Nos casos em que o está paciente estável, mas o dreno torácico con-
120
Nesses cenários, a videotoracoscopia é uma opção viável para revisar a he-
cavidade torácica. Isso ocorre mediante a fratura de, pelo menos, dois
121
levando a níveis variados de hipoxemia, que, em alguns casos, pode ser de
natureza grave.
grave, mesmo quando não há fraturas nos arcos costais. Isso ocorre devido
• Hipoxemia
do trauma
122
O diagnóstico geralmente é fundamentado em avaliação clínica, com
123
• Em casos mais graves, consideração de intubação precoce, especial-
mmHg).
124
3.8 Contusão miocárdica
trauma persistam.
125
Importante ressaltar que, até o momento, não existem evidências
sultados do eletrocardiograma.
mento das câmaras cardíacas. Isso, por sua vez, pode levar a um estado de
receber e bombear.
126
• Superiormente: a linha horizontal passando pelo ângulo de Louis (um
peito.
à região do peito.
cos.
noso).
127
Além desses sintomas, o pulso paradoxal, que é uma diminuição
lhantes.
trassom. Essa abordagem deve ser realizada com extrema cautela devido
128
3.10 Laceração aórtica
129
• Alargamento do mediastino, sendo esse o achado mais comum.
130
Quando se suspeita de uma possível laceração aórtica, é essen-
de lesões aórticas.
situações nas quais essa abordagem não esteja disponível ou não seja ade-
131
frequência cardíaca, contribuindo para reduzir o risco de ruptura aórtica. A
mia de emergência:
• Tamponamento cardíaco
132
REVALIDA (2023)
133
turgência jugular), a suspeita diagnóstica predominante é a de choque obs-
trutivo.
134
• A) INCORRETA. No tratamento do pneumotórax hipertensivo, a aborda-
gem envolve a realização de toracocentese e drenagem pleural fechada.
A ausculta pulmonar normal é um indicativo contrário a esse diagnós-
tico, pois no caso de pneumotórax, além do choque e turgência jugular,
observa-se abolição do murmúrio vesicular, timpanismo à percussão e
desvio da traqueia para o lado contralateral.
• B) CORRETA. A primeira medida a ser adotada nesse caso é a manuten-
ção das vias aéreas, geralmente realizada por meio da intubação orotra-
queal. Embora a pericardiocentese não seja altamente eficaz, ainda é
uma opção mencionada no protocolo ATLS para o tratamento imediato
do tamponamento cardíaco. Contudo, a melhor abordagem, quando há
disponibilidade de equipe cirúrgica, é a toracotomia e o reparo da lesão.
• C) INCORRETA. O erro nesta alternativa está relacionado à ultrassono-
grafia de tórax. O exame complementar apropriado para confirmar o di-
agnóstico seria o FAST, que permite identificar a presença de líquido no
saco pericárdico.
• D) INCORRETA A via aérea preferencial para este paciente é a intubação
orotraqueal. A cricotireoidostomia é indicada em situações específicas,
tais como:
o Falha na intubação orotraqueal;
o Presença de edema de glote ou distorção anatômica cervical;
o Casos de traumatismo maxilofacial extenso;
o Hemorragia profusa com impossibilidade de visualização das cor-
das vocais na laringe.
Gabarito: Letra B
135
REVALIDA (2023)
de acesso venoso central em veia femoral direita, sem sucesso. Acesso cen-
136
Considerando a complicação mais frequente no acesso venoso pro-
compressão.
de acesso central.
137
UNAERP (2023)
A) Pneumotórax Aberto.
B) Pneumotórax Hipertensivo.
C) Tórax Instável.
E) Estridor laríngeo.
Assim, letra A.
Anotações
138
139
4. TRAUMA ABDOMINAL
tem como objetivo identificar o órgão específico afetado, mas sim de-
ticos específicos. O exame físico, em muitos casos, pode ter uma sensibili-
140
Além disso, é importante observar que, em geral, os traumas pene-
essenciais. Estes incluem o tipo de trauma envolvido, que pode ser causado
por Projetéis de Arma de Fogo (PAF) ou arma branca, bem como a presença
abdominal.
141
Figura 27 - As figuras ilustram as regiões do abdome semiologicamente divididas,
com a correlação anatômica de cada porção. Fonte: Bates propedêutica médica
142
envolvimento do intestino delgado em 5% a 10% das situações e a formação
143
Diagnóstico (LPD) e a Ultrassonografia Focada no Trauma Abdominal
Vítimas de contusão abdominal, para as quais o exame físico não é confiável de-
Circunstâncias em que o abdome pode ser uma das possíveis fontes de hemor-
Anotações
144
4.3 Lavado peritonial
Anotações
145
Figura 28 - Ilustração do lavado peritoneal. Fonte: ATLS
146
É importante destacar que a contraindicação absoluta para a re-
Tabela 7
147
4.4 FAST
mente 3,5 MHz) para identificar a presença de líquido livre nas cavidades
minal ou torácico. Ele oferece a vantagem de ser não invasivo, rápido de ser
vamente baixo. Além disso, pode ser repetido quantas vezes for necessário,
tempo.
Anotações
148
Figura 29 - Pontos de realização do FAST. Fonte: ATLS
149
Quadrante Superior Direito e Esquerdo: Em seguida, o médico exa-
esquerdo. Isso é feito com cortes coronais na linha axilar anterior, aproxi-
Anotações
150
Figura 32 - Espaço suprapúbico pelo FAST.Fonte: ATLS
cos.
hemotórax:
151
na linha clavicular média, para verificar a existência de pneumotórax ou he-
motórax.
síveis lesões.
Embora o FAST seja uma ferramenta valiosa, ele possui algumas limi-
tações. A qualidade das imagens pode ser afetada por gases no trato gas-
152
Mesmo com as limitações, o FAST desempenha um papel fundamen-
Anotações
153
USP (2023)
contrava-se:
quadrantes do abdome.
154
A) B)
C) D)
Anotações
155
RESPOSTA: Estamos enfrentando um cenário clínico envolvendo um
para essa instabilidade são identificadas como uma fratura na bacia, indi-
drantes do abdome.
Sendo assim,
156
• C) CORRETA. A imagem desta alternativa apresenta região hipoecóica (o
prova.
Gabarito: Letra C.
Anotações
157
4.5 Tomografia computadorizada de abdome
gurança do procedimento.
Anotações
158
Figura 33 - Imagem mostrando retropneumoperitônio (ar deline-
ando os rins, principalmente o direito na imagem) Fonte: USP 2021
mos muitas questões!), sendo reservada para aqueles que apresentam es-
utilização de contraste, com estudo nas fases arterial e venosa portal, é es-
159
Fluxograma 2
netrante são aqueles causados por armas brancas e armas de fogo. No en-
o atendimento médico.
160
Figura 34 - Ferimentos penetrantes por arma branca
do peritônio.
161
Conforme a 10ª edição do ATLS (Advanced Trauma Life Support), os
mente 55% a 60% dos pacientes que sofrem ferimentos por arma branca
cia. Cuidado para não cair nas pegadinhas de prova, uma vez determinado
Anotações
162
Figura 35 - Laparotomia exploradora
rios.
peritoneal,
• Instabilidade hemodinâmica
• Evisceração
• Irritação peritoneal
ou do trato geniturinário
163
4.9 Ferimento na parede anterior do abdome
lação do peritônio parietal, o paciente pode ser liberado para alta hospita-
lar.
paciente deve permanecer sob observação por 24 horas, com exames físi-
164
Dito isso, preparamos um fluxograma de conduta em relação
ao trauma abdominal que deve servir como base para o raciocínio na hora
Fluxograma 3
165
4.10 Ferimento no flanco ou dorso
mesmo alguns ferimentos por arma de fogo que não possuem trajeto trans-
peritoneal.
166
Em casos de ferimentos tangenciais por arma branca no flanco, com
tomografia duvidosa, especialmente em pacientes obesos, a laparoscopia
pode ser uma opção. A laparoscopia diagnóstica é útil na detecção de lesões
diafragmáticas em ferimentos penetrantes toracoabdominais, na avaliação
da penetração na cavidade abdominal e, ainda, nos traumas contusos com
suspeita de lesão de víscera oca.
sistólica (PAS) deve ser mantida em ≥ 100 mmHg para prevenir lesões cere-
brais secundárias.
167
situadas abaixo do plano dos mamilos e acima do rebordo costal, po-
toracoabdominal.
168
• Ferimentos penetrantes abaixo da altura da linha do mamilo, quando o
rotomia.
minais. Isso ocorre porque, nas lesões diafragmáticas causadas por trau-
169
frequentemente se associam à ruptura diafragmática contusa. É importante
proteção.
• Vômitos
• Dispneia
• Disfagia
170
• Borramento do seio costofrênico
tórax acometido
Figura 37 - Exemplo de ruptura diafragmática com sonda nasogástrica. Fonte: prova SCO 2022
afragmáticas.
171
SCMSP (2015)
de ocorrer após:
172
• C) INCORRETA. A herniação de vísceras abdominais é um elemento tardio
nos ferimentos por arma branca.
Gabarito: Letra C.
Anotações
173
Abaixo, segue o fluxograma para o raciocínio do tratamento de feridas pe-
netrantes em abdome:
Fluxograma 4
174
SCMSP
rado, FC 102, PA 70x50, sem outras lesões. Após receber 2000 mL de crista-
rácica normal, com pulsos distais presentes e abdome com ferimento pe-
sinais de peritonite.
D) Laparotomia exploradora
175
o nosso paciente estivera com ferimento por arma branca em região abdo-
Anotações
176
4.13 Lesões abdominais orgânicas específicas
4.14 Baço
177
adjacente ao hemidiafragma esquerdo. Além disso, o "Sinal de Bal-
plênico. Esse sinal também pode ser identificado por meio da percussão
sala de emergência. O FAST é uma opção popular, pois é rápido, não inva-
178
anatômicas identificadas na tomografia computadorizada ou durante o
procedimento cirúrgico.
abdominais.
uso de anticoagulantes.
179
de preservação do baço torna-se uma conduta primordial na abordagem
de traumas envolvendo esse órgão.
180
TRATAMENTO:
24 horas, e jejum por pelo menos 24 horas. Em certos casos, uma nova to-
mografia computadorizada (TC) pode ser realizada se houver queda nos ní-
mia.
181
No entanto, o tratamento cirúrgico é indicado em situações de
mais graves (graus IV e V), e em pacientes que não podem ser adequa-
graves.
Fluxograma 5
182
Santa Casa SP
ber atendimento pré hispitalar no local, com trauma por queda de moto.
B) realizar arteriografia
de contraste
seriado
RESPOSTA:
nós não estamos diante de um paciente com peritonite e nem com instabi-
183
contra indicada neste primeiro momento. Além disso, é importante notar
que a questão fez menção ao hospital no qual o paciente foi recebido ser
nos trazem essa informação), no qual podemos subentender que tem a dis-
ente politraumatizado. Este fato somado a lesão esplênica não ser nem de
meio da arteriografia.
Portanto, letra B.
Anotações
184
4.15 Trauma hepático:
lado, nos traumas por arma branca, o fígado é o órgão mais frequente-
mente lesionado.
principal registro de casos de trauma nos Estados Unidos, revelam que le-
abdominal fechado.
185
traumas penetrantes, enquanto o ATLS classifica o envolvimento hepático
breve revisão anatômica. O fígado é dividido em dois lobos, que, por sua
gulo portal, que inclui o ramo portal, o ramo da artéria hepática e o ducto
veia porta, que, apesar de ser uma veia, carrega nutrientes essenciais para
186
A classificação das lesões hepáticas é baseada em sua localização e
profundidade, com categorias que vão de graus I a VI. As lesões dos graus
um prognóstico desfavorável.
Anotações
187
GRAU LESÃO DESCRIÇÃO DA LESÃO
Hema- Hematoma subcapsular < 10% da superfície.
toma
I
Ruptura capsular com laceração parenquimatosa <
Laceração
1cm de profundidade.
188
Ruptura parenquimatosa > 75% de um lobo hepá-
Laceração tico ou > 3 segmentos de Couinaud em um único
V lobo.
Lesão venosa justa-hepática (veia cava retro-hepá-
Laceração
tica e veias hepáticas principais centrais)
VI Vascular Avulsão hepática
Tabela 9
TRATAMENTO
189
Tratamento Conservador:
absoluto por cinco dias, sendo as primeiras 48 horas na UTI. Alguns médicos
190
arterial) na tomografia computadorizada. Além disso, a embolização pode
Tratamento Cirúrgico:
• Presença de peritonite.
suporte em UTI
191
Laparotomia:
como as lesões no fígado ou no baço. Vale destacar que durante uma lapa-
192
Tampão com Balão:
pende da gravidade
da lesão:
cicatrização.
• Trauma hepático de grau V, com lesões das veias hepáticas ou veia cava
193
alta taxa de mortalidade, em torno de 80%. Nesses casos, podem ser
pático imediato.
194
REVALIDA (2020)
cia: < 2,0 mmol/L), INR = 1,0 (valor de referência: 0,8 a 1,2), fibrinogênio =
gem a seguir. Não foram evidenciadas outras lesões no abdome. Com base
195
A) laparotomia exploradora de urgência para tratamento da lesão
hepática.
B) controle clínico-laboratorial seriado e tratamento não operató-
rio.
C) angiografia e embolização para tratamento da lesão hepática.
D) laparoscopia de urgência para hemostasia da lesão hepática.
quima hepático.
196
Nesse contexto, a conduta a ser adotada para este paciente deve le-
Dessa forma,
197
seguida de angioembolização. A laparotomia seria recomendada apenas
Gabarito: Letra C
Anotações
198
USP (2023)
contrava-se:
199
Foi indicada a colocação de lençol para fechamento temporário do
seguir.
200
Qual das ilustrações abaixo representa a melhor conduta operatória?
A) B)
B) D)
ciente que sofreu uma queda de altura e apresenta trauma abdominal fe-
bilidade nesse caso tem múltiplas causas, sendo uma delas a fratura na
201
região da bacia, que foi tratada temporariamente com a imobilização por
manifesta acidose metabólica (um elemento da tríade letal que inclui aci-
adicionais.
dagem pode ser considerada como uma opção viável quando lidamos
202
• B) INCORRETA. A Sutura primária da lesão hepática é uma conduta pos-
uso de compressas.
Gabarito: Letra D
Anotações
203
Complicações após Trauma Hepático:
tão:
204
a uma comunicação anormal entre a circulação esplâncnica e o trato
de morbidade e mortalidade.
pode ser causada por várias outras situações, como instrumentação re-
205
Fluxograma 6
cos. Em todos esses casos, a hemobilia pode ser uma complicação grave
paro dessas lesões deve ser seguida pela inserção de um dreno, uma vez
cuidado.
206
.Nos casos de pacientes estáveis com lesões menores que não envol-
extra-hepática.
tado crítico com pequenas lacerações, pode ser empregada a sutura lateral
207
4.17 Trauma gástrico
cas pode variar de desbridamento e sutura simples das lesões até mesmo
estado do paciente.
208
GRAU AAST DESCRIÇÃO DA LESÃO
relação íntima entre esses órgãos. Embora faça parte do intestino delgado,
209
penetrantes, sendo que colisões de veículos automobilísticos sem o uso de
como dor lombar e nos flancos, com irradiação até o escroto, bem
cápsula renal.
210
Um achado radiológico incomum, mas característico, é o hematoma
abdominal.
de seis horas de evolução, podem ser tratadas com sutura simples e re-
las. No entanto, para lesões que evoluíram por mais de seis horas, é ne-
211
• Lesões grau III envolvem o reparo primário do duodeno, seguido por ci-
• O tratamento das lesões grau IV, que afetam a maior parte da segunda
direta do colédoco com a alça intestinal, após o reparo das lesões duo-
Anotações
212
GRAU ASPECTO TOMOGRÁFICO
AAST
Hematoma envolvendo uma única porção do duodeno ou Laceração de es-
I
pessura parcial, sem perfuração
213
As lesões contusas no intestino delgado e no mesentério geralmente
dentes de trânsito.
214
tomografia inicial não revele anormalidades, é aconselhável manter o paci-
à mobilidade intestinal.
215
contaminação. Para lesões maiores, a ressecção sem anastomose é prefe-
AAST
IV Transecção
reto pode ser lesionado devido a diferentes causas, como lacerações cau-
216
graves na região pélvica, empalamento, introdução de corpos estranhos ou
manipulação instrumental.
cerca de 16,1%.
217
uma cirurgia de laparotomia imediata. O mesmo se aplica ao comprometi-
rurgia.
seguintes critérios:
nal.
218
No entanto, em casos em que o paciente não atende a todos esses
cirurgia.
térios podem ser aplicados. Muitos cirurgiões optam por criar uma colosto-
219
pré-sacral (embora a drenagem pré sacral ainda seja uma conduta contro-
IV Transeção
V Segmento desvascularizado
Tabela 13
220
Dessa forma, podemos resumir de forma didática o tratamento do
ferência
• Comorbidades significativas.
veis para anastomose mento de Hartmann ou fístula mucosa). Alguns autores po-
221
4.21 Trauma de pâncreas
Figura 40 - Anatomia pancreática e sua relação com as vísceras adjacentes. Fonte: Pancreapedia
222
O comprometimento do pâncreas proximal no trauma frequente-
elevados.
parte superior do abdome. Por outro lado, lesões pancreáticas por arma de
fogo podem ocorrer tanto por lesão direta quanto por ondas de choque
223
propagadas durante a passagem da bala. Nesses casos, lesões em estrutu-
ras vasculares importantes, como a aorta, a veia cava inferior e a veia porta,
o ducto pancreático.
Embora o aumento nos níveis de amilase sérica tenha uma boa sen-
testino delgado.
224
O tratamento das lesões pancreáticas geralmente é cirúrgico. Após a
225
Lesões localizadas na porção proximal do pâncreas, de graus IV e V,
Anotações
226
Abaixo, resumimos os aspectos tomográficos das lesões pancreáti-
cas com os respectivos tratamentos:
trole de danos
trole de danos
Tabela 15
227
Fluxograma 7
sadas por armas de fogo ou objetos cortantes. Pacientes com essas lesões
228
O diagnóstico das lesões vasculares abdominais em pacientes está-
veis pode ser realizado por meio de uma tomografia abdominal com con-
traste, o que indica uma lesão vascular. No entanto, muitas vezes, a iden-
dagens clínicas.
Anotações
229
Figura 41 - Zonas de hematomas retroperitoneais. Fonte: Sabiston
230
demandam uma abordagem cirúrgica imediata no momento do diagnós-
por uma lesão abdominal penetrante, é imperativo que ele seja explorado
dem à área da pelve e podem ser resultado de lesões nos vasos ilíacos (co-
mum, interno ou externo) ou de fraturas pélvicas, que são a causa mais co-
231
No que se refere ao tratamento das lesões vasculares, este depende
operatória.
pios básicos da cirurgia vascular são seguidos. Isso inclui uma exposição
adequada dos vasos sanguíneos com controle proximal e distal, reparo cui-
232
Manobra de Kocher (Estendida): Reflete o cólon direito e o duodeno
térica superior.
peritôneo.
Dano (CCD), também conhecida como "damage control," emerge como uma
233
hipotermia. A hipotermia, por sua vez, contribui para a disfunção plaquetá-
cirúrgico para a realização do reparo definitivo das lesões, por meio de uma
reoperação planejada.
234
Em resumo, a cirurgia de controle de danos (CCD) tem como objetivo
de forma rápida e eficaz. Evitar a tríade letal composta por acidose me-
trole do dano:
Laparotomia abreviada.
Reoperação planejada
235
4.24 Síndrome compartimental abdominal
236
A avaliação da PIA é fundamental no acompanhamento de pacientes
mmHg.
I 12 – 15
II 16 – 20
III 21 – 25
IV > 25
Tabela 16
237
Portanto, o monitoramento rigoroso da PIA é essencial em pacientes
e neurológicas.
Alterações Abdominais:
minal intensa.
Alterações Pulmonares:
placência pulmonar.
238
pelo aumento da PIA. Isso pode resultar em hipoventilação, hipercapnia
Alterações Cardiovasculares:
tais.
Alterações Renais:
arterial devido à SCA, a perfusão renal pode ser comprometida. Isso pode
Alterações Intestinais:
239
pode levar à necrose dos tecidos intestinais, uma complicação grave que
Alterações Neurológicas:
• Posição supina
240
• Em caso de não melhora, ou de abdome tenso, ou insuficiência respira-
241
DASA (2013)
A) Grau V.
B) Grau I.
C) Grau III.
D) Grau IV
Grau IV é reservado para lesões mais graves, onde mais de 25% do baço
Assim, letra D.
242
Com relação à avaliação de paciente com suspeita de trauma
dominal.
RESPOSTA:
não ser detectadas por esse método. É importante lembrar que a avali-
243
• B) VERDADEIRA. A elevação das enzimas hepáticas, como a alanina ami-
Gabarito: Letra B
Anotações
244
HSCSP (2023)
difícil detecção.
FAST.
colo FAST
245
RESPOSTAS:
Gabarito: Letra D
246
HEDA (2023)
B) Conduta é expectante.
D) Laparoscopia.
E) Drenagem de tórax.
Assim, letra D.
Anotações
247
AMS APUCARANA (2023)
Assim, letra D.
248
5. TRAUMA PÉLVICO E UROLÓGICO
a fraturas pélvicas:
249
a hemorragias fatais, é importante observar que pacientes idosos têm
pélvico posterior.
250
Figura 44 - Mecanismos de fratura pélvica acima descritos
Após a exclusão dessas lesões, a fratura pélvica isolada pode ser responsá-
251
que consiste na colocação de compressas ao redor da bexiga (revisadas em
deradas estáveis.
estáveis (Tipo C1) ou instáveis (Tipo C2) e têm menor risco de sangramento
significativo.
"livro aberto."
252
equimoses na região pélvica, discrepância no tamanho das pernas, mem-
ser realizadas.
253
para estabilizar a pelve. Isso ajuda a realinhar o anel pélvico e a reduzir o
risco de hemorragia.
ser feito em conjunto por uma equipe multidisciplinar que inclui cirurgiões
reabilitação.
254
Além disso, é fundamental o acompanhamento rigoroso desses pa-
cientes, uma vez que as fraturas pélvicas podem estar associadas a compli-
cações tardias, como infecções, pseudoartrose (falha na consolidação da
fratura), ou problemas funcionais de longo prazo. A reabilitação, incluindo
fisioterapia e acompanhamento clínico regular, é essencial para otimizar a
recuperação e minimizar as sequelas. Cada caso é único, e o tratamento
deve ser adaptado às necessidades individuais do paciente.
Fluxograma 8
255
5.3 Trauma de uretra:
ticas possíveis.
dagens clínicas.
256
Uretra Anterior: Compreende a fossa navicular, uretra peniana e
uretra bulbar (sendo que aproximadamente 85% das lesões uretrais ocor-
quedas sobre objetos duros. Essas lesões podem resultar em lesões parci-
diográfica, uma vez que essa intervenção pode converter uma lesão
257
Quando nos deparamos com um paciente instável, a prioridade é es-
tico de lesões uretrais, mas pode demandar algum tempo para ser reali-
zado, portanto, não deve ser uma prioridade. Se houver indicação cirúrgica,
uma opção.
rismo vesical está contraindicado, uma vez que pode agravar a lesão ure-
grada.
258
Palpação da Próstata Flutuante: Essa característica está relacio-
mia, que pode ser realizada por punção ou abordagem aberta, dependendo
diagnósticos
259
renal ocorre apenas em aproximadamente 10% dos pacientes. Os princi-
trombose.
ação inicial, podem ser observadas equimoses nessas áreas, além da pre-
sença de fraturas nos segmentos posteriores dos arcos costais. Lesões re-
exame de escolha para a avaliação do trauma renal. Este exame pode reve-
260
ser urina ou sangue) ou áreas de parênquima renal sem captação de con-
traste, o que sugere lesão vascular. Além disso, a função renal pode ser ava-
nal.
da lesão geralmente é feito durante a cirurgia, uma vez que não há tempo
cretoras.
261
As lesões graves, por outro lado, estão associadas a danos nas vias
lução do processo.
262
Lesões renais grau V frequentemente requerem nefrectomia. Antes
servação renal deve ser uma prioridade. Durante a inspeção da loja renal,
casos de lesões nas extremidades ou nas laterais do rim (longe do hilo re-
Anotações
263
Abaixo, resumimos em uma tabela o aspecto tomográfico das lesões
racão renal.
condensado no retroperitônio.
condensado no retroperitônio.
264
USP (2023)
ada hematúria.
mg/dL.
265
Qual é o tratamento para a lesão abdominal neste momento?
D) Nefrostomia.
nóstica recai sobre trauma renal, a qual foi confirmada pelo exame de to-
266
conservador, que inclui a observação clínica cuidadosa, idealmente em
diurese do paciente.
trauma renal
Gabarito: Letra A
Anotações
267
5.5 Trauma ureteral
possibilidade de uma lesão ureteral, uma vez que menos da metade dos
casos apresenta esse achado. Pacientes que inicialmente são tratados con-
268
estenose ureteral. Hematúria ou piúria podem ser identificadas por meio
de exames de urina.
promover a cicatrização.
269
nefrostomia percutânea, ou a colocação de um stent no ureter com exteri-
primeiros sete dias após a lesão, ou de forma tardia, após três a seis meses,
ureteral para comunicar a pelve renal com a bexiga urinária (cateter duplo
reteroureteroanastomose.
270
Lesões do ureter distal (distais aos vasos ilíacos): recomenda-se o
reimplante ureterovesical.
ureteral endoscópico (cateter duplo J), e se isso não for possível, considera-
Fluxograma 9
271
5.6 Trauma de bexiga
urológicas. Este órgão oco está localizado próximo ao assoalho pélvico, pos-
terior à sínfise púbica nas mulheres e anterior ao reto nos homens. O es-
predominantes.
272
• Dificuldade ou incapacidade de urinar;
antes da injeção do contraste, outra com a bexiga cheia e uma após o esva-
273
sólidos intracavitários (como fígado ou baço), sugere fortemente uma lesão
intraperitoneal na bexiga.
rio, que deve ser mantido por um período de 2 a 3 semanas (algumas refe-
gem adequada da bexiga (não se deve usar irrigação vesical), lesões conco-
274
Figura 45 - A imagem retrara a esquerda uma lesão extraperitonial de bexiga, e
a direita uma lesão intraperitoneal de bexiga. (fonte: https://www.saudedi-
reta.com.br/docsupload/1331414162Urologia_cap34.pdf)
Em resumo:
rar o cateter
Extraperitoneal
complexa
275
HAOC (2023)
conduta inicial?
opção para conduta inicial de fraturas pélvicas em livro aberto, pois permite
após o trauma.
Gabarito: Letra A
Anotações
276
UFPA (2020)
demora.
RESPOSTA:
cistostomia.
277
• B) INCORRETA. Embora a principal hipótese seja uma lesão de uretra
uretrocistografia retrógrada.
lesão é menos frequente, uma vez que está protegida pela próstata.
Gabarito: Letra D
Anotações
278
HSI (2019)
uretral e uretrorragia.
RESPOSTA:
279
• C) INCORRETA. No caso de pacientes estáveis, o tratamento preferencial
para lesões renais pequenas sem extravasamento de urina (ou seja, le-
Gabarito: Letra C
280
HSL - SP (2021)
feita com contraste venoso, mas apenas com fase arterial e portal, eviden-
ciou líquido livre em pelve. Não teve outros achados, exceto fratura estável
mento cirúrgico
lou a presença de líquido livre na pelve e uma fratura estável na bacia. Mas
qual seria a lesão mais provável? Uma lesão na uretra? Não, devemos lem-
281
hematoma perineal e sangramento no meato uretral, mas não hematúria.
Trauma renal?
Também não, pois a tomografia não mostrou evidências de lesão renal. Le-
Anotações
282
6. TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO E HIPERTEN-
SÃO INTRACRANIANA
menos 50% das mortes associadas ao trauma. Essa triste realidade é parti-
dessas lesões graves, que muitas vezes resultam em uma pontuação baixa
283
Outros fatores que contribuem para a incidência de TCE incluem que-
6.1 Anatomia
ninges.
O crânio, por sua vez, é uma estrutura robusta que pode ser
284
meníngea média, desencadeando o desenvolvimento de um hematoma ex-
(TCE).
após traumas. Elas são compostas por três camadas distintas: a dura-má-
tal, o folheto externo está menos aderido à tábua interna do crânio, o que
toma epidural.
285
posterior). Através de uma abertura no tentório, passam as estruturas que
subdural.
286
6.2 Avaliação no TCE
do corpo.
diversos aspectos:
287
Avaliação do nível de consciência:
288
• Avaliação de déficits motores unilateralizados: Qualquer assimetria nos
matosos.
sinais clínicos:
289
POSSÍVEIS ACHADOS NEUROLÓGICOS NAS LESÕES DE MASSA
ação do úncus.
6.3 Diagnóstico
290
Adicionalmente, fraturas cranianas podem ser identificadas com segu-
291
6.4 Estudando os tipos de trauma
gem das lesões que têm o potencial de causar a morte imediata do paci-
292
cerebrais graves sem apresentar fraturas cranianas visíveis em exames ra-
diológicos.
cular na radiografia de crânio, uma vez que isso pode aumentar a probabi-
crises convulsivas.
293
Fraturas Abertas: Essas fraturas ocorrem quando há uma ruptura
ves.
corre pelo nariz (rinorreia) ou pelo ouvido (otorreia). Outros sinais indicati-
ras da lâmina crivosa. Além disso, lesões nos nervos cranianos VII (paralisia
294
cerebrais relacionadas ao TCE são a concussão cerebral e a Lesão Axonal
Difusa (LAD).
mória geralmente segue uma sequência temporal, com os eventos mais dis-
pacientes assintomáticos.
295
6.8 Lesão axonal difusa (LAD)
gindo 51%.
296
• LAD Moderada: Não há sinais de posturas de decorticação ou descere-
• LAD Leve: Nesse caso, há coma que dura mais de seis horas, mas menos
suporte clínico.
Anotações
297
Caracte-
Lesão Axonal Difusa (LAD) Concussão Cerebral
rísticas
298
Não é um componente típico,
Intervalo Não é uma característica tí-
pois os sintomas da LAD ge-
Lúcido pica, mas pode ocorrer
ralmente são contínuos
Repouso e gerenciamento
Geralmente suporte clínico,
Trata- dos sintomas, com retorno
pois não há tratamento espe-
mento gradual às atividades nor-
cífico para LAD
mais quando apropriado
299
6.9 Lesões focais:
Existem várias lesões focais que podem ocorrer após um TCE, mas
rer em até 30% dos casos de traumas cranianos graves. Alguns grupos de
300
pressão prejudicial no cérebro. A localização mais comum é na região fron-
totemporoparietal.
mações adicionais.
301
O tratamento do hematoma subdural agudo envolve frequente-
chegando a 60%.
com TCE.
302
• Hipertensão arterial: Isso ocorre devido ao aumento da pressão intra-
cerebral adequado.
303
edema cerebral e monitoramento rigoroso em uma unidade de terapia in-
que não estão em coma, mas sua incidência aumenta para aproximada-
304
Devido à sua origem arterial, o hematoma epidural tem uma instala-
espaço epidural atinge um volume crítico, o paciente pode sofrer uma piora
ência devido à concussão cerebral pode não ocorrer. Além disso, estudos
recentes demonstraram que apenas cerca de 47% dos pacientes com he-
jeto dos ramos da artéria meníngea média ou dos seios sagitais. A Tomo-
305
forma de "meia lua" ou biconvexo. Outros achados que podem estar pre-
sentes incluem edema cerebral, desvio da linha média, redução das cister-
306
duas horas após a lesão, tem um impacto significativo no prognóstico do
paciente e pode resultar em completa recuperação da função neurológica,
especialmente em crianças. Portanto, o reconhecimento e o tratamento
imediatos são cruciais para melhorar as perspectivas de recuperação em
casos de hematoma epidural.
Entre a dura-máter e
Localização Entre a dura-máter e crânio
aracnoide
Origem do san-
Veias rompidas Lesão arterial ou venosa
gramento
Velocidade de ins-
Geralmente mais lenta Geralmente rápida
talação
Dependentes do tama-
Pode haver perda de
nho e gravidade, inclu-
consciência seguida de recu-
Sintomas clínicos indo dor de cabeça,
peração temporária e, em se-
confusão, déficits neu-
guida, piora neurológica
rológicos
307
Apresentação ra- Forma crescente e len- Forma lenticular e rápida
Tomografia computa-
TC de crânio e radiografia
Avaliação diag- dorizada (TC) de crânio
simples do crânio ajudam no
nóstica é o principal exame de
diagnóstico
imagem
308
6.13 Contusão e hematomas intracerebrais
dos casos de TCE grave, com predileção por se desenvolver nos lobos fron-
tal e temporal.
309
Uma complicação tardia que pode surgir em pacientes com contu-
dias após o trauma inicial. Isso inclui a coalescência das contusões, onde
várias áreas de lesões cerebrais se unem para formar uma única lesão
ções, que podem ocorrer em até 20% dos pacientes com contusões cere-
dos os pacientes com contusões cerebrais passem por uma nova avaliação
310
6.14 Lesões de pares cranianos relacionados ao TCE e suas
consequências
tes.
Aqui estão algumas das lesões de pares cranianos mais comuns as-
sociadas ao TCE:
par craniano não são comuns em TCE, pois as lesões costumam ser mais
do olfato.
311
• Par Craniano III - Nervo Oculomotor, IV - Nervo Troclear e VI - Nervo
ponsável pela audição e pelo equilíbrio. Lesões podem causar perda au-
312
• Par Craniano XII - Nervo Hipoglosso: Este par craniano controla os
grande parcela, cerca de 80%, dos pacientes afetados. Nesse grupo, é co-
bora a maioria deles tenha uma evolução favorável, é importante notar que
313
aproximadamente 3% podem apresentar uma deterioração súbita e impre-
vista.
dian CT head rule), um critério clínico que ajuda a identificar quais pa-
Canadense da TC de Crânio":
• Paciente com GCS menor que 15 nas primeiras duas horas após o
cala de Coma de Glasgow (GCS) nas primeiras duas horas após o trauma
314
• Sinais de Fratura Craniana Aberta: A presença de sinais evidentes de
uma TC de crânio.
que indicam baixo risco, nos quais a TC de crânio pode ser evitada. Isso
315
cuidadosamente monitorados e reavaliados clinicamente, pois podem de-
Tabela 20
316
Critérios de Baixo Risco Não Indicação para TC de Crânio
Tabela 21
de TC em hospitais primários.
máticos e alertas podem ser monitorados por mais algumas horas e reexa-
rológico deve ser considerada uma razão para retorno imediato à sala de
emergência.
317
Os pacientes com TCE moderado, que correspondem a cerca de 10%
passo crítico que demanda ação rápida e precisa. O TCE é uma condição na
318
qual a resposta rápida da equipe médica pode ter um impacto significativo
no prognóstico do paciente.
em torno de 35 mmHg.
dução da PaCO2 abaixo de 32 mmHg, deve ser realizada com extrema cau-
cos sutis.
319
Caso não haja melhora após a reposição de líquidos e o paciente con-
da pressão intracraniana.
320
• Hematomas Intracranianos: Traumas graves muitas vezes causam
neural pode inchar devido à lesão. Isso também contribui para o au-
são arterial sistêmica pode, por sua vez, aumentar a pressão intracrani-
ana.
o aumento de volume.
321
6.19 A doutrina de monro-kellie:
a soma dos volumes desses componentes deve ser constante, uma vez
322
neurocirurgia e cuidados intensivos utilizam várias estratégias para moni-
(PIC)?
323
de monitorização dentro do ventrículo cerebral, chamado de ventriculosto-
mia, é considerado o método mais seguro e eficaz. Isso permite uma avali-
ções nos níveis de pressão. Muitas vezes, a PIC de repouso pode ser inter-
ção cerebral, que normalmente mantém a PIC estável, pode estar compro-
metida em pacientes com TCE grave. Essas ondas de plateau podem ocor-
para garantir que os níveis permaneçam dentro desses limites, evitando as-
324
6.21 Conduta frente a hipertensão intracraniana
póxia cerebral, que podem agravar ainda mais o quadro clínico e o prog-
veis.
e idosos com mais de 70 anos. Para atingir esses valores, pode ser necessá-
325
vasopressores. No entanto, é fundamental manter o equilíbrio hídrico ade-
sobre o cérebro.
326
exigir a administração cuidadosa de fluidos intravenosos e, em alguns
cerebral.
bro.
diurético.
ções de 3 a 23,4%, pode ser uma opção terapêutica. Contudo, seu bene-
ção neurológica aguda. No entanto, seu uso deve ser cauteloso, pois a
327
pode resultar em vasoconstrição cerebral, levando à isquemia cerebral.
essa abordagem.
ção cuidadosa.
fícios questionáveis.
328
UNICAMP (2023)
Anotações
329
UFPA (2021)
após 15 minutos começou a sentir dor de cabeça e pediu para ser substitu-
vável diagnóstico é
A) Hematoma subdural.
B) Hematoma extradural.
C) Contusão cerebral.
330
traumatismos cranioencefálicos. Durante o evento traumático, fre-
ruptura da artéria meníngea média, em sua maioria dos casos. Esse tipo de
no caso mencionado.
ana, como náuseas, vômitos, dor de cabeça e até paralisia do nervo abdu-
cente.
à maior atrofia cerebral. Sua formação ocorre devido à ruptura das veias
331
• C) INCORRETA. A contusão cerebral pode causar alterações cognitivas e
mente por meio de uma cefaleia súbita e intensa, mas não apresenta o
dural.
Gabarito: Letra B
Anotações
332
SCMSJC (2023)
cranial ao exame físico visualiza a seguinte lesão. Qual seria a hipótese di-
agnostica?
A) Hematoma Subdural.
B) Hematoma Epidural.
D) Hematoma Subgaleal.
333
7. QUEIMADURAS
tos jovens entre 20 e 29 anos, bem como crianças menores de dez anos.
334
O prognóstico de uma vítima de queimadura depende de vários
dido:
da SCQ;
nal;
ção;
335
• Pacientes queimados com comorbidades graves.
funcionais significativas.
336
O primeiro passo, especialmente em casos de queimaduras de-
sua segurança. Após essa medida primordial, a atenção imediata deve ser
orofaringe.
337
consciência e quando a equipe de transporte não está treinada para
disso, joias e anéis devem ser retirados prontamente devido ao inchaço que
dente. É importante evitar o uso de gelo, pois isso pode aumentar a exten-
nos membros inferiores (por exemplo, veia safena), embora essa opção
338
esteja associada a maior risco de flebite em pacientes queimados. A punção
emergência próxima.
vítima.
Queimados (CETQ)
339
1. Queimadura de espessura parcial (2º grau) maior do que 10%.
outras complicações.
queimadura.
340
mais suscetíveis a esse tipo de lesão são aqueles que sofreram queimadu-
inadequado, uma vez que raramente ocorre. Isso se deve ao fato de que o
341
Além disso, a intoxicação por monóxido de carbono (CO) deve ser
uma afinidade pela hemoglobina muito maior do que o oxigênio, o que sig-
com alto fluxo, por meio de uma máscara unidirecional, sem recirculação,
níveis de COHb. Vale ressaltar que o oxímetro de pulso não é capaz de de-
globina.
342
escarotomia na lesão, o que envolve fazer uma incisão na área queimada
343
A reposição volêmica é crucial e deve ser iniciada o mais rápido pos-
rese por hora. Manter o débito urinário entre 0,5 ml/kg/h e 1 ml/kg/h em
seguir).
sária para não atrasar a reposição volêmica. Em casos em que veias super-
dissecação da veia safena pode ser uma alternativa. Em crianças com me-
344
Devido ao íleo paralítico que pode ocorrer devido à liberação de ca-
grau geralmente causam mais ansiedade do que dor, nesses casos, o uso
(SCQ) é de extrema relevância, uma vez que esse valor está diretamente
indicador prognóstico.
345
Seguindo essa regra, cada membro superior corresponde a 9% da
Anotações
346
Figura 50 - Regra dos 9 de Wallace
347
Outra técnica útil para calcular a porcentagem da SCQ, especial-
Anotações
348
Figura 51 - diagrama de Lund de Browner Fonte: Sabiston
349
As queimaduras variam em grau de gravidade, sendo classificadas
lar. Na maioria dos casos, não têm um impacto fisiológico significativo e não
ças.
350
As queimaduras de terceiro grau envolvem toda a epiderme,
Anotações
351
Figura 52 - Graus de queimaduras e suas localizações. Fonte: Sabiston
352
que a ferida esteja completamente reepitelizada, o que pode levar sema-
nas.
também em áreas não afetadas, que ocorre logo após o acidente, de-
(PGE2).
cenário, com a taxa metabólica basal aumentando em até 200%. Isso ocorre
353
gramas por quilo de peso corporal por dia em crianças com queimaduras
graves.
mado?
354
queimaduras graves. As diretrizes do ATLS indicam que a reposição deve
gue fórmulas mais precisas, como as que serão detalhadas a seguir. É im-
portante lembrar que o volume prescrito até esse ponto deve ser levado
hospitalar e na emergência.
eles não são necessários nas primeiras 24 horas, pois a intensa permeabili-
rença osmótica faz com que o espaço extracelular "puxe" mais líquido do
intravascular.
volume deve ser infundido nas primeiras oito horas após o acidente, e
355
a outra metade nas 16 horas subsequentes. Essa fórmula foi estabele-
Crianças < 14
Chama ou 3 ml RL x kg x SCQ 1 ml/kg/h
anos
escaldura
3 ml RL x kg x SCQ + solu-
ção
tada, para mais ou para menos, com o objetivo de manter um débito uriná-
Ringer.
356
É essencial evitar tanto a reposição insuficiente quanto a infusão ex-
o abdome ou extremidades.
dido nas primeiras oito horas após o acidente, e a outra metade nas 16
horas seguintes.
357
VOLUME DE CRIS- VOLUME DE CO-
FÓRMULA ÁGUA LIVRE
TALOIDE LOIDE
Ringer lactato 4 ml
Parkland Nenhum Nenhuma
x kg x SCQ
ml/m² de SCQ +
Galveston
1.500 ml/m² de su- Nenhum Nenhuma
(pediátrica)
perfície corporal to-
tal
Tabela 23
358
Após o desbridamento, é essencial aplicar um curativo oclusivo como
tratamento inicial. Isso envolve várias camadas, começando com uma ata-
Os curativos devem ser trocados pelo menos duas vezes ao dia. Di-
ferentemente das outras áreas, face e períneo devem receber curativos ex-
postos.
ticas distintas.
nas spp., mas pode causar dor durante a aplicação e levar à acidose me-
tabólica.
359
• A mupirocina é eficaz contra Staphylococcus aureus e é indolor na apli-
cação.
trização da ferida. Esses curativos devem ser aplicados nas primeiras 24 ho-
ras após a queimadura, antes que uma alta taxa de colonização bacteriana
360
7.8 Infecção e sepse no contexto de queimaduras
naqueles com falência de enxerto cutâneo, esse equilíbrio pode ser rom-
mais de 24 horas.
361
O diagnóstico precoce de infecção é de extrema importância. A área
de infecção. Febre e leucocitose, por si só, nem sempre são indicativos con-
fiáveis, pois podem ser causados pela resposta inflamatória sistêmica. Si-
dicativos suficientes.
362
queimadas envolve o início de antibioticoterapia sistêmica e a remoção ci-
pode complicar a lesão pulmonar por inalação. Outras infecções, como si-
140 e 180 mg/dl para pacientes críticos, em vez de uma abordagem mais
rigorosa.
363
7.9 Lesões pulmonares por inalação
caz.
particularmente relevantes, pois indicam uma lesão térmica das vias respi-
ratórias. Além disso, podem surgir sintomas como tosse com expectoração
sibilos durante a expiração sugere um edema grave das vias aéreas e pos-
dios.
364
inflamatórias, principalmente neutrófilos. Essas células liberam enzimas
forma "rolhas" de fibrina que obstruem as vias aéreas. Esse processo pode
ção mecânica.
forto Respiratório Agudo (SDRA), com infiltrados difusos nos pulmões de-
à perda de surfactante.
por inalação e pode surgir nos primeiros dias após o evento. Os agentes
365
métodos mais avançados, como a broncofibroscopia, podem ser necessá-
366
7.10 Outras complicações relacionadas
tos. Uma das mais comuns é o íleo adinâmico, que tipicamente ocorre nos
ling, embora seja rara com o uso preventivo de bloqueadores H2. Outra
uma colecistectomia.
367
Outra complicação potencial é a coagulopatia, que pode se manifes-
coagulação.
a lesão térmica direta sobre as hemácias seja responsável por essa compli-
cação.
após a fase aguda (com média de 35 anos). Este tipo de tumor tende a ser
368
linfonodais no momento do diagnóstico. É fundamental um acompanha-
dessa condição.
profundos do corpo.
369
geralmente associadas a correntes domiciliares, são semelhantes às quei-
que é observada inicialmente pela alteração na cor da urina. Para evitar da-
quada com solução salina isotônica. A alcalinização da urina pode ser con-
370
Quando se trata das lesões cutâneas causadas pela entrada da cor-
rente elétrica, a área afetada deve ser desbrida, e esse procedimento geral-
mente precisa ser repetido após aproximadamente 24 horas, uma vez que
Uma complicação tardia que pode surgir após uma queimadura elé-
em até 30% dos casos, geralmente entre um e dois anos após o acidente.
essas complicações podem ocorrer não apenas nas áreas diretamente afe-
tadas pela corrente elétrica, mas também em locais distantes da lesão. Por-
371
7.12 Queimadura química
caseiros são mais comuns. Essas lesões, provocadas por agentes químicos,
sadas por substâncias alcalinas tendem a ser mais graves do que aque-
las provocadas por ácidos. Isso ocorre devido à maior capacidade de pe-
netração das substâncias alcalinas nos tecidos e à sua inativação mais tar-
372
No caso de uma queimadura química, é crucial remover imediata-
mente todas as roupas do paciente e iniciar a lavagem abundante da área
afetada com água. O uso de substâncias neutralizantes não demonstrou ser
superior à lavagem com água, podendo, inclusive, causar superaqueci-
mento e resultar em queimaduras térmicas adicionais.
queimada deve ser realizado assim que o paciente estiver clinicamente es-
373
danos causados pelas queimaduras químicas e na otimização do prognós-
Anotações
374
UFPR (2021)
375
devido à perda da barreira protetora da pele, o que aumenta a perda de
quantidade de
horas seguintes.
2560 ml. Dessas, 1280 ml serão administradas nas primeiras 8 horas após
Assim, letra D.
376
SES-GO (2021)
A) Primeiro grau.
B) Segundo grau.
C) Terceiro grau.
D) Quarto grau.
RESPOSTA: Antes de mais nada, faço uma breve revisão sobre o tema:
377
Segundo grau: Essa queimadura atinge uma camada mais profunda
enegrecida, e a dor tende a ser menos intensa devido aos danos nos nervos.
Gabarito: Letra A
378
379