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E SUAS TECNOLOGIAS
FRENTE: HISTÓRIA I
EAD – MEDICINA
PROFESSOR(A): DAWISON SAMPAIO
AULA 02
REI PODER CENTRAL – METRÓPOLE A. Objetivo: Criado com a função de coordenar e reerguer as
capitanias hereditárias.
GOVERNO GERAL PODER CENTRAL – COLÔNIA
B. Política centralizada – Regimento Geral ou Regimento de Tomé
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS PODER REGIONAL de Sousa.
CÂMARAS MUNICIPAIS PODER LOCAL C. O Governo Geral não acabou com o sistema de Capitanias
hereditárias (1759, fim da última capitania).
D. Órgãos Auxiliares:
Sistema de Capitanias Hereditárias - 1534 Ouvidor: Responsável pela justiça.
Provedor: Responsável pelas finanças ou fazenda.
A. D. João III, O Colonizador, 1534. Capitão: Pela defesa do litoral.
Observação: Lembre que o Governo Geral não acabou com
B. Causas: o sistema de Capitanias (1759, fim da última capitania).
• Experiência nas ilhas do Atlântico.
• A coroa transferia para os particulares as despesas da E. Primeiros Governadores
colonização. • Tomé de Souza (1549 – 1553):
Desenvolvimento da agricultura e pecuária
C. Documentos básicos. Fundou a primeira cidade do Brasil (Salvador).
• Carta de Doação: Documento que definia as condições de Criou o primeiro bispado.
posse da capitania. Fundou o primeiro colégio (Cia. de Jesus).
• Foral: era onde vinham detalhados os direitos e deveres dos Vinda dos padres jesuítas para o Brasil chefiados por Manuel
donatários, além dos impostos e tributos a serem pagos. da Nóbrega.
Direitos – aplicar a justiça, escravizar índios e doar sesmarias.
Deveres – fundar povoados, cobrar impostos e defender o
território.
É correto afirmar que, nesse trecho de documento, se faz referência 14. (ENCCEJA) Perde-se o Brasil, Senhor (...) porque alguns ministros
A) à criação do Governo-Geral, com sede na Bahia. de Sua Majestade não vêm cá buscar o nosso bem, vêm buscar
B) à implantação do Vice-Reinado no Rio de Janeiro. nossos bens. (...) Esse tomar o alheio, ou seja, o do Rei ou o dos
C) à implementação da Capitania-sede em São Vicente. povos, é a origem da doença da colônia brasileira.
D) ao estabelecimento de Capitanias Hereditárias, no Nordeste.
Adaptado de Padre Antônio Vieira, século XVII, in FAORO, R.
Os donos do poder. S. Paulo: Globo, 1991.
10. (Unifesp/2008) Encerrado o período colonial no Brasil, entre
as várias instituições que a metrópole implantou no país, uma De acordo com o Padre Antônio Vieira, no século XVII, o maior
sobreviveu à Independência. Trata-se das problema da colônia brasileira era
A) Províncias gerais. A) o abuso do poder do Rei de Portugal.
B) Milícias rurais. B) a corrupção praticada por ministros portugueses.
C) Guardas nacionais. C) a doença causada pela ignorância do povo.
D) Câmaras Municipais. D) o mau aproveitamento das riquezas pelo povo.
E) Cortes de justiça.
15. (Fuvest/2001) “Eu, el-rei D. João lII, faço saber a vós, Tomé de
11. (Ufal/2009) Como o sistema de capitanias gerais não conseguiu Sousa, fidalgo da minha casa que ordenei mandar fazer nas terras
sucesso na colonização do Brasil, devido a várias dificuldades, do Brasil uma fortaleza e povoação grande e forte na Baía de
Todos-os-Santos. (...) Tenho por bem enviar-vos por governador
Portugal resolveu organizar o governo-geral, que:
das ditas terras do Brasil.”
A) centralizou a exploração econômica e reorganizou a “Regimento de Tomé de Sousa”, 1549
administração das riquezas até 1822.
B) conseguiu superar certos obstáculos e evitar, sem maiores As determinações do rei de Portugal estavam relacionadas
dificuldades, o isolamento das capitanias. A) à necessidade de colonizar e povoar o Brasil para compensar
C) teve o cuidado de fortalecer a colônia contra as invasões a perda das demais colônias agrícolas portuguesas do Oriente
estrangeiras e de melhorar as relações com os indígenas. e da África.
D) se chocou com os objetivos da Igreja Católica, preocupada com B) aos planos de defesa militar do Império português para garantir
a libertação dos nativos e dos escravos. as rotas comerciais para a Índia, Indonésia, Timor, Japão e
E) manteve a dominação portuguesa de forma violenta, China.
fracassando, no entanto, na superação das dificuldades já C) a um projeto que abrangia conjuntamente a exploração
existentes. agrícola, a colonização e a defesa do território.
D) aos projetos administrativos da nobreza palaciana visando à
criação de fortes e feitorias para atrair missionários e militares
12. (PUC-MG/2006) A expressão “Círculo de ferro da opressão
ao Brasil.
colonial”, do historiador Caio Prado Jr., sintetiza admiravelmente
E) ao plano de inserir o Brasil no processo de colonização escravista
a nova política adotada por Portugal com o fim da União Ibérica, semelhante ao desenvolvido na África e no Oriente.
em 1640.
01. O texto datado de 1548 é um pedido de auxílio e nos remete às dificuldades encontradas pelos donatários para efetivar a posse
da terra como emissários que eram da Coroa, pois eram cada vez mais frequentes a presença de estrangeiros que ignoravam as
determinações do Tratado de Tordesilhas e, desta forma, o risco de perder a terra era iminente, sugerindo uma maior presença
militar em terras brasileiras. Essas condições, somadas ao fracasso econômico da maior parte das capitanias, levaria o Rei a criar o
Governo-Geral neste mesmo período.
Resposta: B
02. Em paralelo montagem à do equipamento administrativo no Brasil (Capitanias e posteriormente Governo-Geral), Portugal buscou
viabilizar a colonização do território mediante a exploração de gêneros que se enquadrassem na lógica comercial mercantilista.
Diante da frustração inicial por não terem encontrado metais preciosos, os portugueses se voltaram para a produção da cana-de-açúcar
estruturada nos moldes do plantation (latifúndio, monocultor, escravista e exportador)
Resposta: D
03. A escolha do sistema de capitanias hereditárias atendia bem aos interesses portugueses, primeiro porque os lusitanos já tinham uma
certa experiência no uso desse sistema (ilhas do Atlântico), segundo porque, na prática, a responsabilidade (entenda-se custos também)
de colonizar passava a ser do donatário. Em troca, os donatários desfrutavam de um alto grau de autonomia na administração dos
territórios a eles confiados. Essa articulação entre os deveres e direitos dos donatários era definida nos Forais que estabeleciam, entre
outras coisas, ao capitão donatário o direito de fundar vilas e cidades, cobrar impostos e doar sesmarias.
Resposta: E
04. O pioneirismo ibérico exigiu a delimitação de fronteiras das áreas descobertas a fim de evitar confronto entre as potências coloniais.
Nesse contexto, surgia o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494. Sua linha imaginária distaria 370 léguas da ilha de Cabo Verde,
sendo a leste possessões portuguesas e a oeste possessões espanholas. Com a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500 e passados
os trinta anos iniciais de relativo desinteresse pelas novas terras, veio a expedição de Martim Afonso de Sousa, denominada de
colonizadora, em 1530, mas foi somente em 1534 que efetivamente foi implantado, a partir da experiência portuguesa, o sistema de
capitanias hereditárias que se vê demarcado no mapa oferecido na questão.
Resposta: C
05. Com a implantação do sistema de Capitanias Hereditárias, em 1534, portugueses oriundos da pequena nobreza, funcionários do
Estado e comerciantes, possuindo em comum vínculos com a Coroa, tornaram-se donatários. A ausência inicial de elementos da
grande nobreza se justifica pela falta de atrativos econômicos no Brasil que superassem as perspectivas de lucros do comércio oriental.
Embora não possamos dizer que a implantação do sistema de capitanias representou uma transplantação do modelo feudal para o
Brasil, já que o tipo de mão de obra e a função econômica das capitanias se diferenciava do feudo, não podemos deixar de observar
algumas semelhanças, especialmente no caráter essencialmente agrícola e no alto grau de autonomia que possuíam os donatários.
Resposta: E
06. Mesmo enfrentando grandes dificuldades, devemos destacar a importante contribuição do sistema de capitanias hereditárias na
efetivação do projeto colonizador português no Brasil. Vale lembrar que o sistema que concedia alto grau de autonomia também
impunha algumas obrigações aos donatários, dentre as quais a de garantir a segurança e de viabilizar a exploração econômica.
Ainda que o sistema não viabilizasse uma ocupação homogênea do vasto território, tendo a mesma se dado mais na faixa litorânea e
mediante o fracasso econômico da maior parte das unidades, os portugueses conseguiram, com base nesse modelo administrativo,
alguns importantes objetivos estratégicos em seu projeto colonizador, especialmente no que se à refere defesa do território.
Resposta: C
07. A adoção do sistema de Capitanias Hereditárias em, 1534, no Brasil se explica pela realidade histórica vivida por Portugal que, desgastada
pelo declínio do comércio oriental, buscava uma alternativa econômica para aliviar seu quadro de crise. A decisão pela efetiva colonização
do Brasil se deu também pela constante presença estrangeira que ameaçava as possessões lusitanas no Novo Mundo. O sistema já
experimentado trazia como vantagem a transferência de boa parte dos custos para particulares escolhidos pelo rei para administrar
os lotes por ele divididos. Ainda que se encontre certa semelhança entre o sistema de capitanias hereditárias e o modelo feudal,
especialmente no que se refere à estrutura descentralizada e à economia de caráter essencialmente agrário, entre os dois encontramos
substanciais diferenças. Diferente do feudo que, a rigor, cumpria uma função de subsistência sustentado no trabalho servil, a economia
colonial, na qual se inserem as capitanias, era voltada para a produção destinada à exportação e sustentada pelo trabalho escravo.
O fato de muitos dos donatários, membros em geral da baixa nobreza, terem poucos recursos, somado à inexperiência administrativa e
à falta de uma maior fiscalização, levaram ao fracasso da maior parte das capitanias. Finalmente, devemos lembrar como a distribuição
das capitanias e a doção de sesmarias pelos donatários contribuíram para a construção de uma estrutura fundiária concentradora e
excludente.
Resposta: D
09. O fragmento oferecido na questão faz parte de um importante documento da vida administrativa do Brasil colonial. Trata-se do
Regimento Geral em que o Rei atribui a Tomé de Sousa a responsabilidade de fundar o Governo-Geral no Brasil, com sede em Salvador.
Sua implantação faz parte de um contexto marcado pelo fracasso econômico da maior parte das capitanias hereditárias e pelo risco
iminente de “invasores” se fixarem no Brasil, notadamente franceses.
Resposta: A
10. De fato, ainda hoje, podemos comprovar a atuação das Câmaras Municipais como órgão administrativo ligado ao poder local.
Atualmente é formada por vereadores com número variando proporcionalmente à população da cidade. Convém lembrar que essa
instituição criada nos primórdios da colonização, mais precisamente em 1532 quando da criação da vila de São Vicente, continuou
existindo mesmo depois da Independência em 1822.
Resposta: D
11. O Governo-Geral foi o dispositivo administrativo criado em 1548 pelos portugueses na tentativa de recuperar a economia colonial,
ante ao fracasso das capitanias hereditárias, mas que também tinha a função de promover a estabilidade interna buscando relações
mais amistosas com os índios (tendo os jesuítas importante papel neste sentido), além de garantir a segurança do território, ante as
ameaças constantes de invasões de europeus não portugueses. O Governo-Geral que perdurou até 1808, quando da chegada da
Corte ao Brasil, a despeito da centralização política que aplicou, encontrou enormes dificuldades para concretizar, pelo menos em
parte, seus objetivos.
Resposta: C
12. Com a criação do Governo-Geral em 1548, a Coroa portuguesa pretendia imprimir um maior controle da colônia brasileira submetendo
os donatários ao poder do Governador-Geral. Porém, em 1580, ante aos problemas de sucessão do trono, Portugal foi submetido á
tutela espanhola, o que ficou conhecido como União Ibérica, tendo durado até 1640, período em que o controle sobre a colônia ficou
relativamente prejudicado. Após a Guerra de Restauração em 1640, Portugal materializou seu desejo de estabelecer o pleno controle
sobre as atividades coloniais com a criação do Conselho Ultramarino. Além de regulamentar os monopólios, o Conselho diminuiu
sensivelmente o poder das Câmaras Municipais, que possuíam um espírito autonomista, com a criação do cargo de Juiz de Fora.
Resposta: A
13. Transplantadas para as áreas coloniais, as Câmaras Municipais eram representações da administração voltadas para o provimento das
necessidades locais (municipais), sendo a primeira em São Vicente em 1532, assumindo as mais variadas funções neste nível, que
iam desde cuidar da limpeza e conservação pública até a questão dos impostos e da nomeação de funcionários. A participação neste
órgão era restrita a um grupo seleto a que a historiografia convencionou chamar de homens bons (grandes proprietários de terras e
membros do Clero).
Resposta: D
14. É inegável que os portugueses enfrentaram enormes dificuldades econômicas, administrativas e até mesmo militares para efetivar
a colonização do Brasil. Não alheio a tudo isso, o texto traz uma situação que historicamente tem sido um dos maiores entraves ao
desenvolvimento do Brasil. Trata-se da corrupção, em que o cargo público é usado não em benefício da sociedade mas em proveito
próprio.
Resposta: B
15. A criação do Governo-Geral, em 1548, decorre do insucesso econômico da maior parte das capitanias devido a inúmeros fatores,
dentre os quais a falta de recursos dos donatários e a má administração das áreas concedidas pela Coroa. Note que a criação do
Governo-Geral não extinguiu as capitanias, apenas eliminou boa parte da autonomia de que desfrutavam os donatários. Como prova
disso, estava entre as funções do Governador-Geral, a de dar favor e auxílio às capitanias. Dessa forma, por indicação estratégica, que
se observa nas determinações reais, foi montada a sede da nova administração na Bahia.
Resposta: C