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CIÊNCIAS HUMANAS

E SUAS TECNOLOGIAS
FRENTE: HISTÓRIA I
EAD – MEDICINA
PROFESSOR(A): DAWISON SAMPAIO

AULA 02

ASSUNTO: ADMINISTRAÇÃO COLONIAL

D. Participação de particulares: os donatários eram membros da baixa


nobreza.
Resumo Teórico
E. Estrutura descentralizada: autonomia (doação das sesmarias)

ADMINISTRAÇÃO COLONIAL F. No Brasil houve feudalismo?


No feudalismo: a economia é voltada para o consumo interno,
Introdução subsistência.
Nas capitanias visava o mercado externo.
A. Por que colonizar o Brasil? No feudalismo: a mão de obra é basicamente servil.
– Crise do comércio das especiarias. Nas capitanias a mão de obra é essencialmente escrava.
– Constantes navegações estrangeiras.
– Esperança de encontrar metais preciosos. G. Razões do fracasso econômico do sistema.
Distância da metrópole.
B. Colonizar não é uma tarefa fácil. Falta de recurso dos donatários.
– Colonizar = povoar + administrar + defender + desenvolver + Conflito com os índios.
sistematizar. Má administração.
– Custo elevado x situação econômica de Portugal. Exceções: Pernambuco e São Vicente.

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA MONTADA Governo Geral (1548/1549)


NO BRASIL COLONIAL

REI PODER CENTRAL – METRÓPOLE A. Objetivo: Criado com a função de coordenar e reerguer as
capitanias hereditárias.
GOVERNO GERAL PODER CENTRAL – COLÔNIA
B. Política centralizada – Regimento Geral ou Regimento de Tomé
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS PODER REGIONAL de Sousa.

CÂMARAS MUNICIPAIS PODER LOCAL C. O Governo Geral não acabou com o sistema de Capitanias
hereditárias (1759, fim da última capitania).

D. Órgãos Auxiliares:
Sistema de Capitanias Hereditárias - 1534 Ouvidor: Responsável pela justiça.
Provedor: Responsável pelas finanças ou fazenda.
A. D. João III, O Colonizador, 1534. Capitão: Pela defesa do litoral.
Observação: Lembre que o Governo Geral não acabou com
B. Causas: o sistema de Capitanias (1759, fim da última capitania).
• Experiência nas ilhas do Atlântico.
• A coroa transferia para os particulares as despesas da E. Primeiros Governadores
colonização. • Tomé de Souza (1549 – 1553):
Desenvolvimento da agricultura e pecuária
C. Documentos básicos. Fundou a primeira cidade do Brasil (Salvador).
• Carta de Doação: Documento que definia as condições de Criou o primeiro bispado.
posse da capitania. Fundou o primeiro colégio (Cia. de Jesus).
• Foral: era onde vinham detalhados os direitos e deveres dos Vinda dos padres jesuítas para o Brasil chefiados por Manuel
donatários, além dos impostos e tributos a serem pagos. da Nóbrega.
Direitos – aplicar a justiça, escravizar índios e doar sesmarias.
Deveres – fundar povoados, cobrar impostos e defender o
território.

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MÓDULO DE ESTUDO
• Duarte da Costa (1553 – 1558): A Divisão Da Colônia:
Fundação do Colégio São Paulo
Invasão dos franceses no Rio de Janeiro, fundando a França
1573 – 1578
Antártica.
– Grande extensão territorial.
• Mem de Sá (1558 – 1572):
– Perigo de invasões.
Fundação da segunda cidade do Brasil: (Rio de Janeiro)
– Brasil do Norte (Salvador*).
Expulsão dos franceses do RJ com a ajuda de seu sobrinho
– Brasil do Sul (Rio de Janeiro*).
Estácio de Sá.
1621 – 1675
Câmaras Municipais – Estado do Brasil (Salvador*).
– Estado do Maranhão (São Luís*).

A. Representação do poder local. A marca administrativa do Marquês de Pombal


B. Primeira Câmara – São Vicente em 1532
Marquês de Pombal: representante do Despotismo Esclarecido
em Portugal.
C. As funções das Câmaras Municipais:
Tentativa de modernizar Portugal, diminuindo influência inglesa
Estabelecer impostos e taxas,
Fixar o valor de moedas, salários e produtos, no país.
Criar leis e aprovar a criação de povoados. Estratégia: aumentar a exploração sobre o Brasil, combatendo
a sonegação e o contrabando.
D. Composição: aristocracia rural brasileira e lideranças religiosas – Aumento do controle administrativo.
homens bons (homens brancos e ricos proprietários de terra). Criação de companhias de comércio (reforço do monopólio).
Criação da Derrama.
E. As Câmaras Municipais possuíam um espírito autonomista. Expulsão de Jesuítas de Portugal – destruição das missões no RS.

F. Para limitar o poder das Câmaras Municipais foi criado o Conselho


Ultramarino que objetivava a maior fiscalização portuguesa.
Exercícios
Observação: Conflito à vista: As Câmaras Municipais possuíam
um espírito autonomista, que questionava a política mercantilista
portuguesa e a autoridade do Governo Geral.
01. (FGV/2008) “...se V.A. não socorre a essas capitanias e costas do
Brasil, ainda que nós percamos a vida e fazendas, V.A. perderá o
Conselho Ultramarino (1642) Brasil.”
Carta, de 1548, enviada ao rei de Portugal, pelo capitão Luís de Góis,
A. Após a restauração do trono português, D. João IV criou o da capitania de São Vicente.
Conselho Ultramarino em 1640, regulamentado em 1642.
O documento:
B. Foi um passo decisivo para a centralização administrativa colonial. A) mostra que São Paulo e São Vicente foram as duas únicas
capitanias que não conseguiram prosperar.
C. Com o Conselho Ultramarino, os poderes dos donatários, que já B) alerta a Coroa portuguesa a que mude com urgência a política,
haviam sido limitados com a criação do governo-geral, diminuíram para não perder sua nova colônia.
sensivelmente. C) revela a disputa entre donatários, para convencer o Rei a enviar
auxílio para suas respectivas capitanias.
D) exagera o risco de invasão do território, quando não havia
interesse estrangeiro de explorá-lo.
A ADMINISTRAÇÃO COLONIAL APÓS A RESTAURAÇÃO E) demonstra a incapacidade dos primeiros colonizadores de
estabelecer atividade econômica no território.

REI 02. (Puccamp/2017) Do Brasil descoberto esperavam os portugueses


a fortuna fácil de uma nova Índia. Mas o pau-brasil, única riqueza
Conselho brasileira de simples extração antes da “corrida do ouro” do início
Ultramarino do século XVIII, nunca se pôde comparar aos preciosos produtos
do Oriente. (...) O Brasil dos primeiros tempos foi o objeto dessa
Governo avidez colonial. A literatura que lhe corresponde é, por isso, de
Geral natureza parcialmente superlativa. Seu protótipo é a carta célebre
de Pero Vaz de Caminha, o primeiro a enaltecer a maravilhosa
fertilidade do solo.
Donatarias Câmaras
Municipais MERQUIOR, José Guilherme. De Anchieta a Euclides − Breve história da literatura
brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977, p. 3-4)

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MÓDULO DE ESTUDO
A colonização portuguesa, no século XVI, se valeu de algumas 05. (Unifesp/2004.1) Entre os donatários das capitanias hereditárias
estratégias para usufruir dos produtos economicamente rentáveis (1531-1534), não havia nenhum representante da grande nobreza.
no território brasileiro, e de medidas para viabilizar a ocupação Esta ausência indica que:
e administração do mesmo. São exemplos dessas estratégias e A) a nobreza portuguesa, ao contrário da espanhola, não teve
dessas medidas, respectivamente, perspicácia com relação às riquezas da América.
A) a prática do escambo com os indígenas e a instituição de B) a Coroa portuguesa concedia à burguesia, e não à nobreza,
os principais favores e privilégios.
vice-reinos, comarcas, vilas e freguesias.
C) no sistema criado para dar início ao povoamento do Brasil, não
B) a implementação do sistema de plantation no interior e a havia nenhum resquício de feudalismo.
construção, por ordem da Coroa, de extensas fortalezas e D) na América portuguesa, ao contrário do que ocorreu na África
fortes. e na Ásia, a Coroa foi mais democrática.
C) a imposição de um vultoso pedágio aos navios corsários de E) as possibilidades de bons negócios aqui eram menores do que
distintas procedências e a instalação de capitanias hereditárias. em Portugal e em outros domínios da Coroa.
D) a introdução da cultura da cana-de-açúcar com uso de trabalho
compulsório e a instituição de um governo-geral. 06. (Uespi/2007) A dificuldade em ocupar do território o Brasil colônia
E) o comércio da produção das missões jesuíticas e a fundação fez Portugal criar o sistema de capitanias hereditárias para manter
da Companhia das Índias Ocidentais. sua dominação. Com essa criação, Portugal:
A) teve êxito econômico imediato, crescendo a produção de açúcar
e a criação de gado.
03. (Unesp/2014) Em 1534, a Coroa portuguesa estabeleceu o regime B) fortaleceu a centralização administrativa e a atuação das
de capitanias hereditárias no Brasil Colônia. Entre as funções dos companhias de comércio inglesas.
donatários, podemos citar C) favoreceu a montagem da exploração econômica, protegendo
A) a nomeação de funcionários e a representação diplomática. mais a colônia contra ataques de inimigos.
B) a erradicação de epidemias e o estímulo ao crescimento D) ajudou na expansão das expedições exploradoras, encarregadas
demográfico. de descobrir ouro e diamantes.
C) a interação com os povos nativos e a repressão ao trabalho E) ocupou a colônia de maneira uniforme, sem grandes conflitos
escravo. com os indígenas.
D) a organização de entradas e bandeiras e o extermínio dos
indígenas. 07. (Mackenzie/2001) A divisão do Brasil em capitanias hereditárias
não seria apenas a primeira tentativa oficial de colonização
E) a fundação de vilas e cidades e a cobrança de impostos.
portuguesa na América, mas também a primeira vez que europeus
transportaram um modelo civilizatório para o Novo Mundo. A esse
04. (UFTM/2012) Observe o mapa. respeito é correto afirmar que:
A) o modelo implantado era totalmente desconhecido dos
portugueses e cada donataria tinha reduzidas dimensões.
B) representava uma experiência feudal em terras americanas,
sem nenhum componente econômico mercantilista.
C) atraiu sobretudo a alta nobreza pelas possibilidades de lucros
rápidos.
D) a coroa com sérias dívidas transferia, para os particulares, as
despesas da colonização, temendo perder a colônia para os
estrangeiros que ameaçavam nosso litoral.
E) o sistema de capitanias fracassou e não deixou como consequências
a questão fundiária e a estrutura social excludente.

08. (Enem/2012) A experiência que tenho de lidar com aldeias de diversas


nações me tem feito ver, que nunca índio fez grande confiança de
branco e, se isto sucede com os que estão já civilizados, como não
sucederá o mesmo com esses que estão ainda brutos.
NORONHA, M. Carta a J. Caldeira Brant. 2 jan. 1751. Apud CHAIM, M. M.
Aldeamentos indígenas (Goiás: 1749-1811). São Paulo:
Nobel, Brasília: INL, 1983. Adaptado.
Em 1749, ao separar-se de São Paulo, a capitania de Goiás foi
governada por D. Marcos de Noronha, que atendeu às diretrizes
da política indigenista pombalina que incentivava a criação de
O mapa faz alusão aldeamentos em função
A) das constantes rebeliões indígenas contra os brancos
A) ao Tratado de Madri, que dividiu as terras americanas entre
colonizadores, que ameaçavam a produção de ouro nas regiões
Portugal e Espanha, colocando fim a décadas de disputas. mineradoras.
B) à estratégia imaginada pelos portugueses para enfrentar o B) da propagação de doenças originadas do contato com os
avanço dos franceses sobre suas terras na América. colonizadores, que dizimaram boa parte da população indígena.
C) ao Tratado de Tordesilhas e ao sistema de capitanias, doação C) do empenho das ordens religiosas em proteger o indígena da
hereditária feita pela coroa a colonos portugueses. exploração, o que garantiu a sua supremacia na administração
D) à ação de Martim Afonso de Souza, encarregado de iniciar a colonial.
colonização efetiva das terras brasileiras. D) da política racista da Coroa Portuguesa, contrária à
E) ao sistema de sesmarias, utilizado pelos portugueses para miscigenação, que organizava a sociedade em uma hierarquia
garantir a posse da terra contra ameaças estrangeiras. dominada pelos brancos.
E) da necessidade de controle dos brancos sobre a população
indígena, objetivando sua adaptação às exigências do trabalho
regular.

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MÓDULO DE ESTUDO
09. (UFMG/2010) Leia este trecho do documento: Eu el-rei faço saber 13. (Fatec/2005) O papel das Câmaras Municipais, durante o Brasil
a vós [...] fidalgo de minha casa que vendo eu quanto serviço de Colônia, foi o de:
Deus e meu é conservar e enobrecer as capitanias e povoações A) criar um sistema administrativo próprio, capaz de suprir a falta
das terras do Brasil e dar ordem e maneira com que melhor e de experiência dos donatários.
seguramente se possam ir povoando para exaltamento da nossa B) ter completa autonomia jurídico-administrativa para levar
santa fé e proveito de meus reinos e senhorios e dos naturais adiante os negócios públicos.
deles ordenei ora de mandar nas ditas terras fazer uma fortaleza C) contribuir para acabar com os frequentes atritos entre colonos
e capitães donatários.
e povoação grande e forte em um lugar conveniente para daí
D) consolidar a colonização por meio de uma política administrativa
se dar favor e ajuda às outras povoações e se ministrar justiça e
local.
prover nas coisas que cumprirem a meus serviços e aos negócios
E) unificar o sistema de governo das capitanias, valendo-se de
de minha fazenda e a bem das partes [...] um juiz ordinário, nomeado pela Coroa, para supervisioná-las.

É correto afirmar que, nesse trecho de documento, se faz referência 14. (ENCCEJA) Perde-se o Brasil, Senhor (...) porque alguns ministros
A) à criação do Governo-Geral, com sede na Bahia. de Sua Majestade não vêm cá buscar o nosso bem, vêm buscar
B) à implantação do Vice-Reinado no Rio de Janeiro. nossos bens. (...) Esse tomar o alheio, ou seja, o do Rei ou o dos
C) à implementação da Capitania-sede em São Vicente. povos, é a origem da doença da colônia brasileira.
D) ao estabelecimento de Capitanias Hereditárias, no Nordeste.
Adaptado de Padre Antônio Vieira, século XVII, in FAORO, R.
Os donos do poder. S. Paulo: Globo, 1991.
10. (Unifesp/2008) Encerrado o período colonial no Brasil, entre
as várias instituições que a metrópole implantou no país, uma De acordo com o Padre Antônio Vieira, no século XVII, o maior
sobreviveu à Independência. Trata-se das problema da colônia brasileira era
A) Províncias gerais. A) o abuso do poder do Rei de Portugal.
B) Milícias rurais. B) a corrupção praticada por ministros portugueses.
C) Guardas nacionais. C) a doença causada pela ignorância do povo.
D) Câmaras Municipais. D) o mau aproveitamento das riquezas pelo povo.
E) Cortes de justiça.
15. (Fuvest/2001) “Eu, el-rei D. João lII, faço saber a vós, Tomé de
11. (Ufal/2009) Como o sistema de capitanias gerais não conseguiu Sousa, fidalgo da minha casa que ordenei mandar fazer nas terras
sucesso na colonização do Brasil, devido a várias dificuldades, do Brasil uma fortaleza e povoação grande e forte na Baía de
Todos-os-Santos. (...) Tenho por bem enviar-vos por governador
Portugal resolveu organizar o governo-geral, que:
das ditas terras do Brasil.”
A) centralizou a exploração econômica e reorganizou a “Regimento de Tomé de Sousa”, 1549
administração das riquezas até 1822.
B) conseguiu superar certos obstáculos e evitar, sem maiores As determinações do rei de Portugal estavam relacionadas
dificuldades, o isolamento das capitanias. A) à necessidade de colonizar e povoar o Brasil para compensar
C) teve o cuidado de fortalecer a colônia contra as invasões a perda das demais colônias agrícolas portuguesas do Oriente
estrangeiras e de melhorar as relações com os indígenas. e da África.
D) se chocou com os objetivos da Igreja Católica, preocupada com B) aos planos de defesa militar do Império português para garantir
a libertação dos nativos e dos escravos. as rotas comerciais para a Índia, Indonésia, Timor, Japão e
E) manteve a dominação portuguesa de forma violenta, China.
fracassando, no entanto, na superação das dificuldades já C) a um projeto que abrangia conjuntamente a exploração
existentes. agrícola, a colonização e a defesa do território.
D) aos projetos administrativos da nobreza palaciana visando à
criação de fortes e feitorias para atrair missionários e militares
12. (PUC-MG/2006) A expressão “Círculo de ferro da opressão
ao Brasil.
colonial”, do historiador Caio Prado Jr., sintetiza admiravelmente
E) ao plano de inserir o Brasil no processo de colonização escravista
a nova política adotada por Portugal com o fim da União Ibérica, semelhante ao desenvolvido na África e no Oriente.
em 1640.

Com relação a essa nova política administrativa, é correto afirmar:


A) O Conselho Ultramarino se tornou o órgão supremo da
SUPERVISOR/DIRETOR: Marcelo Pena – AUTOR: Dawison Sampaio
DIG.: Renan Oliveira – REV.: Rita de Cássia

administração responsável por todos os negócios das colônias Anotações


portuguesas.
B) As Câmaras Municipais se tornaram soberanas e independentes
expressando o poder máximo dos grandes senhores rurais.
C) A Intendência do Ouro, órgão especial de arrecadação
tributária, passou a se subordinar diretamente ao controle do
governador da Capitania das Gerais.
D) Os Capitães donatários adquirem mais prestígio, principalmente,
após a instalação do Vice-Reinado na América portuguesa.

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HISTÓRIA I
RESOLUÇÃO ADMINISTRAÇÃO
COLONIAL
AULA02
EXERCÍCIOS

01. O texto datado de 1548 é um pedido de auxílio e nos remete às dificuldades encontradas pelos donatários para efetivar a posse
da terra como emissários que eram da Coroa, pois eram cada vez mais frequentes a presença de estrangeiros que ignoravam as
determinações do Tratado de Tordesilhas e, desta forma, o risco de perder a terra era iminente, sugerindo uma maior presença
militar em terras brasileiras. Essas condições, somadas ao fracasso econômico da maior parte das capitanias, levaria o Rei a criar o
Governo-Geral neste mesmo período.
Resposta: B

02. Em paralelo montagem à do equipamento administrativo no Brasil (Capitanias e posteriormente Governo-Geral), Portugal buscou
viabilizar a colonização do território mediante a exploração de gêneros que se enquadrassem na lógica comercial mercantilista.
Diante da frustração inicial por não terem encontrado metais preciosos, os portugueses se voltaram para a produção da cana-de-açúcar
estruturada nos moldes do plantation (latifúndio, monocultor, escravista e exportador)
Resposta: D

03. A escolha do sistema de capitanias hereditárias atendia bem aos interesses portugueses, primeiro porque os lusitanos já tinham uma
certa experiência no uso desse sistema (ilhas do Atlântico), segundo porque, na prática, a responsabilidade (entenda-se custos também)
de colonizar passava a ser do donatário. Em troca, os donatários desfrutavam de um alto grau de autonomia na administração dos
territórios a eles confiados. Essa articulação entre os deveres e direitos dos donatários era definida nos Forais que estabeleciam, entre
outras coisas, ao capitão donatário o direito de fundar vilas e cidades, cobrar impostos e doar sesmarias.
Resposta: E

04. O pioneirismo ibérico exigiu a delimitação de fronteiras das áreas descobertas a fim de evitar confronto entre as potências coloniais.
Nesse contexto, surgia o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494. Sua linha imaginária distaria 370 léguas da ilha de Cabo Verde,
sendo a leste possessões portuguesas e a oeste possessões espanholas. Com a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500 e passados
os trinta anos iniciais de relativo desinteresse pelas novas terras, veio a expedição de Martim Afonso de Sousa, denominada de
colonizadora, em 1530, mas foi somente em 1534 que efetivamente foi implantado, a partir da experiência portuguesa, o sistema de
capitanias hereditárias que se vê demarcado no mapa oferecido na questão.
Resposta: C

05. Com a implantação do sistema de Capitanias Hereditárias, em 1534, portugueses oriundos da pequena nobreza, funcionários do
Estado e comerciantes, possuindo em comum vínculos com a Coroa, tornaram-se donatários. A ausência inicial de elementos da
grande nobreza se justifica pela falta de atrativos econômicos no Brasil que superassem as perspectivas de lucros do comércio oriental.
Embora não possamos dizer que a implantação do sistema de capitanias representou uma transplantação do modelo feudal para o
Brasil, já que o tipo de mão de obra e a função econômica das capitanias se diferenciava do feudo, não podemos deixar de observar
algumas semelhanças, especialmente no caráter essencialmente agrícola e no alto grau de autonomia que possuíam os donatários.
Resposta: E

06. Mesmo enfrentando grandes dificuldades, devemos destacar a importante contribuição do sistema de capitanias hereditárias na
efetivação do projeto colonizador português no Brasil. Vale lembrar que o sistema que concedia alto grau de autonomia também
impunha algumas obrigações aos donatários, dentre as quais a de garantir a segurança e de viabilizar a exploração econômica.
Ainda que o sistema não viabilizasse uma ocupação homogênea do vasto território, tendo a mesma se dado mais na faixa litorânea e
mediante o fracasso econômico da maior parte das unidades, os portugueses conseguiram, com base nesse modelo administrativo,
alguns importantes objetivos estratégicos em seu projeto colonizador, especialmente no que se à refere defesa do território.
Resposta: C

07. A adoção do sistema de Capitanias Hereditárias em, 1534, no Brasil se explica pela realidade histórica vivida por Portugal que, desgastada
pelo declínio do comércio oriental, buscava uma alternativa econômica para aliviar seu quadro de crise. A decisão pela efetiva colonização
do Brasil se deu também pela constante presença estrangeira que ameaçava as possessões lusitanas no Novo Mundo. O sistema já
experimentado trazia como vantagem a transferência de boa parte dos custos para particulares escolhidos pelo rei para administrar
os lotes por ele divididos. Ainda que se encontre certa semelhança entre o sistema de capitanias hereditárias e o modelo feudal,
especialmente no que se refere à estrutura descentralizada e à economia de caráter essencialmente agrário, entre os dois encontramos
substanciais diferenças. Diferente do feudo que, a rigor, cumpria uma função de subsistência sustentado no trabalho servil, a economia
colonial, na qual se inserem as capitanias, era voltada para a produção destinada à exportação e sustentada pelo trabalho escravo.
O fato de muitos dos donatários, membros em geral da baixa nobreza, terem poucos recursos, somado à inexperiência administrativa e
à falta de uma maior fiscalização, levaram ao fracasso da maior parte das capitanias. Finalmente, devemos lembrar como a distribuição
das capitanias e a doção de sesmarias pelos donatários contribuíram para a construção de uma estrutura fundiária concentradora e
excludente.
Resposta: D

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RESOLUÇÃO – HISTÓRIA I
08. A Era Pombalina caracterizou-se por forte política nacionalista portuguesa, que precisava confirmar o poder do Estado Absolutista.
O Governo Lusitano de D. José I criou decisões que enfrentavam a influência dos Jesuítas e que buscavam aumentar a procura por
riquezas, no intuito de financiar o reerguimento de Portugal. A consolidação do poder estatal nacionalista, o crescimento do colonialismo
e a aceleração de uma economia diversificada em solo português inserem a Era Pombalina no “Despotismo Esclarecido”.
Resposta: E

09. O fragmento oferecido na questão faz parte de um importante documento da vida administrativa do Brasil colonial. Trata-se do
Regimento Geral em que o Rei atribui a Tomé de Sousa a responsabilidade de fundar o Governo-Geral no Brasil, com sede em Salvador.
Sua implantação faz parte de um contexto marcado pelo fracasso econômico da maior parte das capitanias hereditárias e pelo risco
iminente de “invasores” se fixarem no Brasil, notadamente franceses.

Resposta: A

10. De fato, ainda hoje, podemos comprovar a atuação das Câmaras Municipais como órgão administrativo ligado ao poder local.
Atualmente é formada por vereadores com número variando proporcionalmente à população da cidade. Convém lembrar que essa
instituição criada nos primórdios da colonização, mais precisamente em 1532 quando da criação da vila de São Vicente, continuou
existindo mesmo depois da Independência em 1822.

Resposta: D

11. O Governo-Geral foi o dispositivo administrativo criado em 1548 pelos portugueses na tentativa de recuperar a economia colonial,
ante ao fracasso das capitanias hereditárias, mas que também tinha a função de promover a estabilidade interna buscando relações
mais amistosas com os índios (tendo os jesuítas importante papel neste sentido), além de garantir a segurança do território, ante as
ameaças constantes de invasões de europeus não portugueses. O Governo-Geral que perdurou até 1808, quando da chegada da
Corte ao Brasil, a despeito da centralização política que aplicou, encontrou enormes dificuldades para concretizar, pelo menos em
parte, seus objetivos.

Resposta: C

12. Com a criação do Governo-Geral em 1548, a Coroa portuguesa pretendia imprimir um maior controle da colônia brasileira submetendo
os donatários ao poder do Governador-Geral. Porém, em 1580, ante aos problemas de sucessão do trono, Portugal foi submetido á
tutela espanhola, o que ficou conhecido como União Ibérica, tendo durado até 1640, período em que o controle sobre a colônia ficou
relativamente prejudicado. Após a Guerra de Restauração em 1640, Portugal materializou seu desejo de estabelecer o pleno controle
sobre as atividades coloniais com a criação do Conselho Ultramarino. Além de regulamentar os monopólios, o Conselho diminuiu
sensivelmente o poder das Câmaras Municipais, que possuíam um espírito autonomista, com a criação do cargo de Juiz de Fora.

Resposta: A

13. Transplantadas para as áreas coloniais, as Câmaras Municipais eram representações da administração voltadas para o provimento das
necessidades locais (municipais), sendo a primeira em São Vicente em 1532, assumindo as mais variadas funções neste nível, que
iam desde cuidar da limpeza e conservação pública até a questão dos impostos e da nomeação de funcionários. A participação neste
órgão era restrita a um grupo seleto a que a historiografia convencionou chamar de homens bons (grandes proprietários de terras e
membros do Clero).

Resposta: D

14. É inegável que os portugueses enfrentaram enormes dificuldades econômicas, administrativas e até mesmo militares para efetivar
a colonização do Brasil. Não alheio a tudo isso, o texto traz uma situação que historicamente tem sido um dos maiores entraves ao
desenvolvimento do Brasil. Trata-se da corrupção, em que o cargo público é usado não em benefício da sociedade mas em proveito
próprio.

Resposta: B

15. A criação do Governo-Geral, em 1548, decorre do insucesso econômico da maior parte das capitanias devido a inúmeros fatores,
dentre os quais a falta de recursos dos donatários e a má administração das áreas concedidas pela Coroa. Note que a criação do
Governo-Geral não extinguiu as capitanias, apenas eliminou boa parte da autonomia de que desfrutavam os donatários. Como prova
disso, estava entre as funções do Governador-Geral, a de dar favor e auxílio às capitanias. Dessa forma, por indicação estratégica, que
se observa nas determinações reais, foi montada a sede da nova administração na Bahia.

Resposta: C

SUPERVISOR/DIRETOR: Marcelo Pena – AUTOR: Dawison Sampaio


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