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FORTALEZA – CE
2023
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Aprovado em: / /
1. INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
1. Concepção de Leitura:
2. Estratégias de Leitura:
3. Processo de Leitura:
4. Tipos de Leitura:
1. Noção de Texto:
A compreensão da noção de texto é fundamental para o estudo da
linguagem. De acordo com Beaugrande e Dressler (1981), um texto é uma unidade
linguística comunicativa que vai além da simples sequência de palavras, incorporando
coesão, coerência e intencionalidade. Essa perspectiva destaca a complexidade do
texto como uma manifestação completa da linguagem.
Kress e Van Leeuwen (2001) expandem a noção de texto para além do
verbal, incluindo elementos visuais, sonoros e gestuais. Essa abordagem multimodal
reconhece a diversidade de formas de comunicação e destaca a importância de
analisar textos de maneira holística.
2. Conceito de Texto:
Bakhtin (1981) enfatiza que os textos não são entidades isoladas, mas sim
construções sociais situadas em contextos específicos. O conceito bakhtiniano
destaca a interação dialógica entre diferentes vozes e perspectivas presentes nos
textos, destacando a natureza social da linguagem.
A abordagem antropológica proposta por Geertz (1973) destaca que os
textos são produtos culturais carregados de significados simbólicos. Ele argumenta
que a interpretação de um texto deve levar em conta o contexto cultural mais amplo
em que ele é produzido e recebido.
4. Abordagens Contemporâneas:
1. Pressuposto:
Os pressupostos são informações que o autor assume como verdadeiras ou
já conhecidas pelo leitor. Geralmente, não são declarados explicitamente no texto,
mas são subjacentes à mensagem. A teoria dos atos de fala, de Austin (1962) e Searle
(1969), destaca a importância dos pressupostos na comunicação. Gazdar (1979)
sugere que os pressupostos podem ser classificados em diferentes níveis, incluindo
pressupostos factuais (informações consideradas como fatos), pressupostos de
realização (assunções sobre o modo de expressão) e pressupostos comportamentais
(expectativas sobre o comportamento do interlocutor).
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2. Subentendido:
O subentendido refere-se a informações que podem ser inferidas a partir do
texto, mas não são explicitamente afirmadas. Grice (1975) destaca a relevância da
inferência na comunicação, enfatizando a importância do que é implicado além do que
é dito. A teoria da implicatura conversacional de Grice sugere que os falantes tendem
a comunicar de maneira a maximizar a relevância da informação, o que pode levar a
inferências sobre o que não está diretamente declarado.
3. Implicatura:
A implicatura, conforme proposta por Grice (1975), refere-se às inferências
que os falantes esperam que os ouvintes façam com base nas máximas
conversacionais. A implicatura pode ser classificada em implicatura conversacional,
que é derivada das máximas conversacionais, e implicatura convencional, que é
derivada do significado convencional das palavras. Grice identificou quatro máximas
conversacionais - quantidade, qualidade, relevância e modo. A quebra dessas
máximas muitas vezes leva a inferências por parte do ouvinte, gerando implicaturas.
4. Teoria da Relevância:
Sperber e Wilson (1986) propõem a Teoria da Relevância, que destaca a
importância da comunicação ser otimizada em termos de relevância percebida pelo
receptor. A implicatura, nessa teoria, é vista como uma estratégia para aumentar a
relevância. A Teoria da Relevância sugere que os falantes e ouvintes avaliam
constantemente o custo-benefício da informação comunicada, levando a implicaturas
quando a comunicação é otimizada.
A compreensão dos níveis de leitura implícitos, como pressupostos,
subentendidos e implicaturas, é fundamental para uma interpretação completa e
precisa do texto. A teoria dos atos de fala, as máximas conversacionais de Grice e a
Teoria da Relevância oferecem uma base teórica robusta para entender como as
informações implícitas são transmitidas e interpretadas na comunicação linguística.
Essa compreensão é crucial no ensino da língua portuguesa, pois capacita os alunos a
não apenas decodificar o que está explicitamente afirmado, mas também a inferir e
compreender as camadas implícitas de significado.
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3. METODOLOGIA
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS