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Faculdade de Ilhéus

Curso: Psicologia

Disciplina: Teorias e Técnicas Psicoterápicas: Psicologia Junguiana

Docente: Lahiri Argollo

Discente: Karen Ribeiro da Silva de Jesus

Data: 27/02/2024

STEIN, Murray. Jung: O Mapa da Alma. Editora Cultrix, São Paulo, 2000, pag. 60-
80.

Em seus livros que remetiam a libido, Jung vai abordar sobre este assunto, tendo
como uma de suas bases, os escritos de Sigmund Freud, sendo Freud o criador do
termo libido. Jung se inclina em suas discussões psicanalíticas, sobre a teoria da
libido, assim formulando extensas escritas sobre a energia psíquica e a libido. Aquilo
que Schopenhauer chamava de vontade e apresentava como um motivador da
atividade e dos pensamentos humanos, Freud vai chamar de Libido, o que enfatizou
este termo como um elemento sensual de busca de prazer na natureza humana, Freud
defendia a tese de que a sexualidade é o motivador principal da maioria dos
processos mentais e comportamentos, pois para Freud a sexualidade esta presente
desde a infância nas pessoas e é possível percebê-la em diversas atividades.

Para Freud a manifestação da energia psíquica seja ela individual ou coletiva estão
ligadas a pulsão sexual e as sublimações ou repressões, tentando assim provar e
mostrar que os conflitos sexuais estão ligados a todas as doenças neuróticas e
psicóticas.

No começo das discussões com Freud sobre a teoria psicológica e prática clínica,
Jung traz divergências sobre a primazia da sexualidade que Freud fala, sugerindo que
poderia haver outras pulsões ativas também na vida humana além do sexo, por isto
ele vai romper também com a concepção pansexualista que Freud traz em seus
escritos. Com isso Jung nutria dúvidas acerca de ideias que Freud trazia, como
também mostrava críticas acerca de certas temáticas, por este fato nos escritos
iniciais de Jung ele soava como um reducionista do modelo Freudiano, mostrando que
ele não era um discípulo de Freud e sim que mostrava atenuâncias nas diferenças,
evitando os potenciais pontos de atrito em seu relacionamento.
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Jung em seus escritos vai trazer que o conceito da libido precisa ser suplementado
por um fator genético para torná-lo aplicável a Dementia praecox, que é um termo
utilizado para se referir a “ demência precoce ou loucura precoce” Em seus escritos
ele vai adotar a ideia da libido como energia psíquica através da concepção de
Schopenhauer de vontade, escreve Jung que atividades relacionadas com a
sexualidade podiam ser claramente vistas como um instinto sexual, através da
evolução da consciência e das culturas humanas.

Sobre a transformação da energia psíquica Jung argumenta que esta transformação


acontece em virtude da capacidade inata da mente humana para criar analogias,
segundo ele os motivos e pensamentos sexuais são substituídos por analogias,
metáforas e símbolos na vida consciente e inconsciente reaparecendo durante
regressões na vida mental do paciente.

Sustentava também a ideia de que a libido não era simplesmente um desejo sexual
por objetos específicos, nem tem que ser concebida como uma espécie de pressão
interna que procura descarrega-se em objetos de amor. Em seu livro a Psicologia do
inconsciente Jung vai defender a tese geral de que a transformação da libido ela
ocorre através de um conflito entre a energia psíquica a estrutura da psique.

É citado no livro” O Mapa da Alma” de Stein, a relação entre a física como um modelo,
ao qual Jung dispõem a conceituar a psique relembrando os trabalhos anteriores a
psicologia experimental com o experimento a associação verbal, trazendo a ideia de
que quando lidamos com a energia, somos levados a quantificação.

A fonte de energia psíquica para Jung vai ser distribuída entre vários componentes
da psique, trazendo interrogações sobre como a energia se movimenta no interior da
psique, por que alguns complexos são mais energizados que outros, dentre outras
indagações. Jung vai falar sobre a medição de energia psíquica também, sugerindo
que isso pode acontecer mediante uma determinação de valores e que a quantidade
de valor colocada em uma atitude ou atividade indica o nível de energia.

Sendo assim, Jung vai citar também, sobre o movimento e a direção da energia,
referindo-se a progressão da libido na utilização da adaptação a vida ao mundo, sobre
as transformações e símbolos relacionada a canalização da libido, que no ensaio “ A
energia Psíquica” ele fornece uma exposição da teórica formal de transformação.
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